PT1616623E - Moinho descontínuo para materiais cerâmicos - Google Patents

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PT1616623E
PT1616623E PT05076379T PT05076379T PT1616623E PT 1616623 E PT1616623 E PT 1616623E PT 05076379 T PT05076379 T PT 05076379T PT 05076379 T PT05076379 T PT 05076379T PT 1616623 E PT1616623 E PT 1616623E
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cylindrical drum
mill
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cylindrical
outlet nozzle
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PT05076379T
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Pietro Rivola
Walter Tontini
Simone Casadio
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Sacmi
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    • B02CCRUSHING, PULVERISING, OR DISINTEGRATING IN GENERAL; MILLING GRAIN
    • B02C17/00Disintegrating by tumbling mills, i.e. mills having a container charged with the material to be disintegrated with or without special disintegrating members such as pebbles or balls
    • B02C17/18Details
    • B02C17/183Feeding or discharging devices
    • YGENERAL TAGGING OF NEW TECHNOLOGICAL DEVELOPMENTS; GENERAL TAGGING OF CROSS-SECTIONAL TECHNOLOGIES SPANNING OVER SEVERAL SECTIONS OF THE IPC; TECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER USPC CROSS-REFERENCE ART COLLECTIONS [XRACs] AND DIGESTS
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Description

ΕΡ 1 616 623/ΡΤ
DESCRIÇÃO "Moinho descontínuo para materiais cerâmicos" 0 presente invento refere-se a um moinho descontinuo em particular, mas não em exclusivo, adequado para ser utilizado na preparação de pastas no campo das cerâmicas.
No campo das cerâmicas é conhecida a preparação de pastas através da fragmentação húmida das matérias-primas e da adição de aditivos específicos durante a própria operação de fragmentação, até que seja obtida uma barbotina homogénea que tem a desejada granulometria dos pós em suspensão.
De acordo com a arte anterior, o processo de fragmentação compreende três fases sucessivas que principiam com uma fase de esmagamento e terminam com uma fase de refinação.
Para uma operação deste tipo no campo da moagem de cerâmicas são conhecidos e de modo geral utilizados moinhos nos quais a fragmentação é realizada pelas colisões, e em qualquer dos casos pelas interacções entre os corpos de moagem que são de modo geral de formato esférico.
Para as diferentes fases de fragmentação os corpos de moagem têm de ser de tamanhos diferentes que diminuem ao passarem da fase de esmagamento para a fase de refinação.
Para além disso, para cada fase de fragmentação, para a qual são utilizados corpos de moagem de tamanhos específicos, existe uma velocidade que optimiza a eficiência de processamento, os tempos de processamento e o consumo de energia das instalações de moagem.
Os moinhos conhecidos que realizam a fragmentação das matérias-primas são do tipo descontínuo ou contínuo.
Os moinhos descontínuos surgem na forma de máquinas com uma câmara única vedada durante o funcionamento, razão pela qual as operações de carregamento das matérias-primas grosseiras ocorrem com a máquina parada através da abertura 2 ΕΡ 1 616 623/ΡΤ de um bocal adequado. No interior da câmara de moagem existem corpos de moagem de dimensões diferentes; para optimizar o consumo de energia da fragmentação têm sido desenvolvidos experimentalmente ciclos de funcionamento de moinhos descontínuos que variam a velocidade de rotação do tambor durante o funcionamento da máquina, para tornar óptima a acção dinâmica nas várias fases de moagem (colisão no esmagamento, compressão e atrito na refinação) predominantes.
Moinhos contínuos, por outro lado, compreendem muitas câmaras intercomunicantes, a primeira e a última das quais estão equipadas respectivamente com um bocal de carga e um bocal de descarga, através dos quais o material é continuamente carregado e descarregado. Por outras palavras, um moinho contínuo pode ser considerado como uma série de moinhos de câmara única dispostos em série, que têm o mesmo diâmetro e a rodarem à mesma velocidade.
As instalações conhecidas, embora utilizadas e apreciadas, não estão isentas de inconvenientes; em particular, a moagem descontínua tem tempos de desocupação substanciais para as fases de carga de matérias-primas e descarga de barbotina; estas fases são sempre realizadas manualmente como é, por exemplo, conhecido a partir da US-A-4603814.
Em adição a isto, os moinhos descontínuos também necessitam de ciclos de lavagem para cada alteração nos materiais tratados, o que compreende uma fase de carregamento da máquina com água limpa, uma fase de rotação da máquina a uma velocidade reduzida e uma fase de descarga da água e dos resíduos de moagem.
Desta forma existe um agravamento dos tempos de processamento com um consequente aumento nos custos, em conjunto com uma menor eficiência. A finalidade do presente invento é ultrapassar os inconvenientes referidos acima ao proporcionar um moinho descontínuo no qual a fase de descarga dos materiais processados ocorra de modo automático sem a intervenção manual de um operador. 3 ΕΡ 1 616 623/ΡΤ
Outra finalidade do invento é conseguir a dita finalidade no contexto de uma solução de construção simples, racional e fiável.
As ditas finalidades são conseguidas graças a um moinho e a um método que utiliza este moinho como definido nas reivindicações em anexo.
Em particular, uma concretização do invento proporciona um moinho que compreende um tambor cilíndrico com eixo horizontal adequado para rotação à volta do dito eixo tanto no sentido de funcionamento como no sentido oposto, estando o dito tambor cilindrico equipado com um invólucro externo fechado por uma placa de base de topo e por uma placa de base de fundo e com meios para esvaziar o próprio tambor cilindrico, compreendendo: pelo menos um bocal de saída formado no invólucro externo, e um tubo de descarga que, estando equipado com uma primeira extremidade associada ao dito pelo menos um bocal de saída e uma segunda extremidade aberta para o lado de fora, rodeia o invólucro externo num sentido que coincide com o sentido de rotação de funcionamento do tambor cilíndrico.
Graças a esta solução, é possível esvaziar por completo o tambor cilíndrico, depois moer, simplesmente ao colocar o mesmo a rodar no sentido oposto ao sentido de funcionamento, sem a intervenção directa de um operador e com maior eficiência.
De forma mais específica, o invento prevê que o tubo de descarga seja enrolado à volta do invólucro externo do tambor cilíndrico com um ângulo de enrolamento igual a 180°, sendo também particularmente vantajoso para o dito ângulo de enrolamento que não seja inferior a 270°.
Desta forma, na verdade, qualquer fuga acidental de material do tambor cilíndrico durante a moagem é evitada de forma vantajosa.
Uma concretização adicional do invento também prevê que os meios de esvaziamento do tambor cilíndrico compreendam uma pluralidade de bocais de saída e, para cada bocal de saída, 4 ΕΡ 1 616 623/ΡΤ um tubo de descarga; em particular, está previsto dispor a dita pluralidade de bocais de modo que os mesmos fiquem sobre a mesma circunferência perimétrica do invólucro externo, dividindo a mesma em arcos de igual dimensão e, por conseguinte, estando igualmente afastados.
Graças a esta solução é descarregada em cada rotação do tambor cilíndrico uma grande quantidade de barbotina, o que torna a operação de esvaziamento mais rápida e mais eficiente. Uma vantagem adicional consiste no facto de, graças ao determinado, ser eliminada a necessidade dos designados ciclos de recuperação, estruturados como os ciclos de lavagem mas mais curtos, que têm a função de também esvaziar o material que permanece sobre os corpos de moagem da câmara.
Também vantajosa de acordo com o invento é a solução que prevê associar o tubo de descarga ao respectivo bocal de saida com a interposição de um elemento acessório fixo ao invólucro externo; estando o dito elemento acessório equipado com uma grelha de filtragem que permite de forma vantajosa a passagem da barbotina, ao mesmo tempo que evita a fuga dos corpos de moagem.
Finalmente, o invento prevê um sistema de carregamento automático do tambor cilíndrico que compreende um cubo cilíndrico oco que, associado de forma coaxial à placa de base de topo do dito tambor cilíndrico, coloca o lado de dentro do último em comunicação com o lado de fora, e um dispositivo de parafuso de Arquimedes acoplado ao dito cubo cilíndrico oco para a introdução das matérias-primas a serem processadas.
Desta forma, a fase de carregamento do tambor cilíndrico também é feita de forma mais rápida e mais eficiente, reduzindo também os tempos de desocupação e consequentemente os custos de produção.
As reivindicações dependentes expressam concretizações preferidas e particularmente vantajosas do invento. 5 ΕΡ 1 616 623/ΡΤ
Características e vantagens adicionais do invento ficarão evidentes a partir da leitura da descrição seguinte, dada como um exemplo e não com finalidades de limitação, com a ajuda das figuras ilustradas nas desenhos em anexo, em que: a fig. 1 é uma vista frontal de um moinho descontinuo de acordo com o invento; a fig. 2 é a secção II-II da fig. 1; a fig. 3 mostra, em detalhe, um elemento acessório do moinho descontinuo de acordo com o invento. A partir das figuras 1 e 2 referidas acima é possivel ver um moinho descontinuo 1 para processar matérias-primas grosseiras a fim de obter uma barbotina que tem uma certa granulometria. 0 dito moinho descontinuo 1 compreende um tambor cilíndrico 2 com eixo horizontal que, por sua vez, compreende um invólucro externo 3, uma placa de base de topo 4 e uma placa de base de fundo 5 que, fechando o dito invólucro externo 3 nos lados, definem uma câmara interna 20 na qual são introduzidos corpos de moagem de dimensões adequadas.
Um veio saliente 6 montado coaxial com o invólucro externo 3 está associado à placa de base de fundo 5 (ver fig. 2), visto que um cubo cilíndrico oco 7, também saliente e coaxial com o invólucro externo 3, adequado para colocar a câmara interna 20 em comunicação com o lado de fora a actuar como um bocal, está associado à placa de base de topo 4. O veio saliente 6 e o cubo cilíndrico oco 7 acoplam, com a interposição das chumaceiras 8, respectivamente com os apoios 9 e 10 que suportam o tambor cilíndrico 2, o que permite que o mesmo rode à volta do seu eixo.
Tanto o apoio 9 como o 10 estão fixos a dois ressaltos fortes, 11 e 12 respectivamente, que colocam o tambor cilíndrico 2 levantado, e espaçado de forma adequada, em relação ao plano do solo 13. 6 ΕΡ 1 616 623/ΡΤ Ο moinho descontínuo 1 também compreende um dispositivo de actuação 30 do tambor cilíndrico 2, para que o último possa ser comandado em rotação (ver figs. 1 e 2). O dito dispositivo de actuação 30 compreende um motoredutor 31 que proporciona o movimento ao tambor cilíndrico 2 através de uma correia de transmissão 32 (ver fig. 2); a dita correia de transmissão 32 tem uma polia 33 ligada directamente ao motoredutor 31 e uma correia 34 enrolada sobre a própria polia 33 e sobre a superfície externa do invólucro externo 3 na placa de base de topo 4 (ver fig. 2).
Em particular, o motoredutor 31 é capaz de fazer rodar a polia 33 e, consequentemente, o tambor cilíndrico 2 em ambos os sentidos de rotação igualmente bem; desta forma, é possível definir um sentido de funcionamento de rotação A utilizado durante a moagem das matérias-primas grosseiras e um sentido oposto de rotação B para o tambor cilíndrico 2 (ver fig. 1).
Como pode ser visto a partir da fig. 2, no lado de dentro do cubo cilíndrico oco 7 encontra-se montado um dispositivo de parafuso de Arquimedes 70 que actua como um sistema de carregamento das matérias-primas. O dito dispositivo de parafuso de Arquimedes 70 compreende uma manga cilíndrica 71 equipada com uma primeira porção 72 adequada para ser entalhada no lado dentro do cubo cilíndrico oco 7 até que a mesma se abra para a câmara interna 20, e uma segunda porção 73 que permanece sobre o lado de fora e que suporta um bocal com um eixo vertical 74 para a introdução das matérias-primas grosseiras. No lado de dentro da manga cilíndrica 71, coaxial com a mesma, um corpo helicoidal 75 está montado de forma rotativa, o qual, movido por um sistema de actuação 76, é adequado para impulsionar as ditas matérias-primas a partir do bocal com eixo vertical 74 até à câmara interna 20 do tambor cilíndrico 2. O moinho descontínuo 1 também está equipado com meios para esvaziar o tambor cilíndrico 2. 7 ΕΡ 1 616 623/ΡΤ
Na verdade, a partir da fig. 2, pode ser visto que sobre o invólucro externo 3 do tambor cilíndrico 2 existem dois bocais de saída 14 abertos na espessura do dito invólucro externo 3; os ditos bocais de saída 14 estão dispostos substancialmente ao longo do mesmo diâmetro de uma circunferência perimétrica do próprio invólucro externo 3 (ver fig. 1).
Em cada um dos ditos bocais de saída 14 existe um elemento de acessório 15 fixo integralmente ao lado de fora do invólucro externo 3 de modo a fechar por completo o próprio bocal de saída 14 (ver fig. 1).
Cada elemento acessório 15 (ver fig. 3) compreende um corpo oco 4 0 que define, no lado de dentro do mesmo, uma conduta 41 que abre para a câmara interna 20 do tambor cilíndrico 2 através do respectivo bocal de saída 14, e uma flange conformada 42 que tem uma curvatura adequada para acoplar com o invólucro externo 3 ao qual está fixa (ver fig. D ·
Em particular, o corpo oco 40 de cada elemento acessório 15 tem uma primeira porção 44, na flange conformada 42, conformada como uma cunha para que a conduta 41 fique inclinada em relação ao correspondente bocal de saída 14, e uma segunda porção 45 conformada como uma manga que se projecta para o lado de fora do invólucro externo 3.
Cada elemento acessório 15 está montado sobre o tambor cilíndrico 2 para que a conduta 41 siga o perfil do tambor cilíndrico 2 no mesmo sentido que o sentido de funcionamento de rotação A (ver fig. 1).
Para além disso, como mostrado na fig. 3, a conduta 41 de um elemento acessório 15 é interceptada, próximo do correspondente bocal de saída 14, por uma grelha de filtragem 43.
Com referência às figs. 1 e 2, um tubo de descarga 16 que tem uma extremidade 50 fixa à porção conformada em manga 45 do correspondente elemento acessório 15 e uma extremidade aberta para o lado de fora 51 está associado a cada um dos 8 ΕΡ 1 616 623/ΡΤ dois elementos acessórios 15 (ver fig. 1); o dito tubo de descarga 16 está enrolado à volta do invólucro externo 3 no mesmo modo que o sentido de funcionamento de rotação A do tambor cilíndrico 2, e que se prolonga para um ângulo de enrolamento de substancialmente 270° (ver figs. 1 e 2).
Nos tubos de descarga 16, por baixo do invólucro externo 3, no espaço tornado disponível pela altura dos ressaltos 11 e 12, está disposta uma caixa de recolha 17 conformada como uma tremonha que, pelo menos de modo parcial, envolve o tambor cilíndrico 2 (ver figs. 1 e 2); a dita caixa de recolha 17 está fixa ao ressalto 11 e está equipada com uma abertura de fundo 18 que permanece levantada em relação ao plano do solo 13.
Em utilização, o tambor cilíndrico 2 do moinho descontínuo 1 é colocado a rodar no sentido de funcionamento A através do dispositivo de actuação 30 (ver fig. 1) . As matérias-primas grosseiras são introduzidas dentro da câmara interna 20 através do dispositivo de parafuso de Arquimedes 70 de forma automática e sem necessidade de parar o moinho 1, até que o desejado enchimento da própria câmara interna 20 seja alcançado (ver fig. 2).
Desta forma começa a fase de moagem: o tambor cilíndrico 2 roda constantemente no sentido de funcionamento A e a interacção entre os corpos de moagem contidos na câmara interna 20 e as matérias-primas introduzidas produz a fragmentação destes materiais.
Em particular, a fase de moagem pode ser dividida numa pluralidade de fases intermédias durante as quais a rotação do tambor cilíndrico 2, mantendo o sentido de funcionamento A, é efectuada a diferentes velocidades; as ditas fases intermédias são necessárias para optimizar a acção dinâmica entre matérias-primas e corpos de moagem, e para reduzir o consumo de energia do moinho 1.
Durante toda a fase de moagem, a câmara interna 20 do tambor cilíndrico 2 está completamente isolada do ambiente externo, i.e., o material não pode sair da câmara interna 20 apesar de lá existir uma ligação com o lado de fora que está 9 ΕΡ 1 616 623/ΡΤ sempre aberta, devido aos bocais de saida 14 e aos elementos acessórios 15 correspondentes e aos tubos de descarga 16.
Para realizar isto o ciclo de rotação do tambor cilíndrico 2 deveria estar idealmente dividido, com referência a um dos bocais de saída 14, numa fase decrescente durante a qual o dito bocal de saída 14 se desloca do ponto de altura máxima para o ponto de altura mínima em relação ao plano do solo 13, e numa fase de incremento durante a qual o mesmo se desloca do ponto de altura mínima até ao ponto de altura máxima (ver fig. 1).
Desta forma, é possível afirmar que cada um dos bocais de saída 14 é intersectado por um escoamento de material que sai da câmara interna 20 quando, durante a sua fase decrescente, o mesmo está descido em relação ao eixo do tambor cilíndrico 2: numa situação destas, na verdade, o material tende a cruzar o mesmo por gravidade.
Por conseguinte, uma vez que os tubos de descarga 16 estão enrolados sobre o invólucro externo por um ângulo de enrolamento não inferior a 180°, quando um dos ditos bocais de saída 14 está descido em relação ao eixo do tambor cilíndrico 2, o material que cruza o mesmo acumula-se no cotovelo formado pelo correspondente tubo de descarga 16 uma vez que, ao mesmo tempo, a extremidade aberta 51 do dito tubo de descarga 16 está subida em relação ao eixo referido acima do tambor cilíndrico 2 (ver fig. 1).
Para além disso, uma vez que os tubos de descarga 16 estão enrolados sobre o invólucro externo 3 no mesmo modo que o sentido de funcionamento de rotação A, para a extensão em que o tambor cilíndrico 2 roda no sentido de funcionamento A, a extremidade aberta 51 do tubo de descarga 16 está constantemente antecipada em relação ao correspondente bocal de saída 14 e, em particular, em relação ao material acumulado referido acima (ver fig. 1); por conseguinte, seguindo a continuação da rotação, o dito material acumulado nunca pode encontrar a extremidade aberta 51 do tubo de descarga 16, mas pelo contrário, quando o bocal de saída 14 inicia a fase de incremento do seu ciclo de rotação, o mesmo 10 ΕΡ 1 616 623/ΡΤ tende a fluir em sentido contrário no lado de dentro da câmara 20.
Quando a fase de moagem termina, procede-se ao esvaziamento da câmara interna 20 e à recolha da barbotina obtida. Esta operação ocorre de forma dinâmica simplesmente por actuação do tambor cilíndrico 2 no sentido de rotação B, oposto ao sentido de funcionamento A (ver fig. 1) .
Na verdade, nesta condição de funcionamento, cada bocal de saída 14 está antecipado, durante a rotação, em relação à extremidade aberta 51 do correspondente tubo de descarga 16; por conseguinte, quando o dito bocal de saída 14 está numa altura inferior em relação ao eixo do tambor cilíndrico 2, a barbotina flúi através da conduta 41 do elemento acessório 15 para dentro do tubo de descarga 16 onde, graças à rotação do tambor cilíndrico 2, a mesma é levada a encontrar a extremidade aberta 51 e, por conseguinte, a sair para o lado de fora (ver fig. 1). A presença da grelha de filtragem 43 para interceptar a conduta 41 assegura a passagem da barbotina, mantendo ao mesmo tempo os corpos de moagem no lado de dentro da câmara 20 do tambor cilíndrico 2.
Para cada rotação completa do tambor cilíndrico 2 no sentido de rotação B, parte da barbotina contida na câmara interna 20 é esvaziada para o lado de fora, e esta fase de esvaziamento pode ser prolongada até ser obtido o esvaziamento completo.
Ao sair da extremidade aberta 51 do tubo de descarga 16, a dita barbotina cai para dentro da caixa de recolha 17 e é transportada, por gravidade, para a abertura de fundo 18.
Finalmente, por baixo da dita abertura de fundo 18 estão dispostos meios de acumulação móveis 19 para a recolha da barbotina e para o seu movimento de retirada do moinho 1 (ver figs. 1 e 2).
Um exemplo indicativo do ciclo de funcionamento é mostrado de seguida com referência a um moinho 1, de acordo 11 ΕΡ 1 616 623/ΡΤ com ο determinado, com uma câmara interna 20 de volume igual a 2000 litros e contendo 2000 kg de peso de corpos de moagem.
Em primeiro lugar, o tambor cilíndrico 2 é actuado de modo a rodar o seu eixo no sentido de funcionamento A.
De seguida, começa a fase de carregamento: a câmara interna 20 é cheia com uma quantidade igual a 420 kg de matérias-primas, das quais 40% consistem em argila e os restantes 60% consistem em materiais duros de diferentes proporções entre areias de silica, caulino, feldspato, etc.
Depois da fase de carregamento começa a fase de moagem que, como referido, pode ser dividida numa pluralidade de fases durante as quais o tambor cilíndrico 2 roda, sempre no sentido de funcionamento A, a diferentes velocidades.
No global, as fases de carregamento e moagem duram cerca de 85 minutos e produzem cerca de 390 litros de barbotina.
Quando a moagem está concluída, ao colocar o tambor cilíndrico 2 a rodar no sentido oposto B, começa a fase de descarga da barbotina a qual demora aproximadamente 10 minutos.
Durante esta fase, como já referido, a barbotina que sai do tambor cilíndrico 2 é finalmente recolhida na caixa 17 e, daí, nos meios de acumulação móveis 19 por baixo.
Lisboa

Claims (19)

  1. ΕΡ 1 616 623/ΡΤ 1/4 REIVINDICAÇÕES 1 - Moinho (1) que compreende um tambor cilíndrico (2) com eixo horizontal adequado para rodar à volta do dito eixo tanto num sentido de funcionamento (A) como num sentido oposto (B), estando o dito tambor cilíndrico equipado com um invólucro externo (3) fechado por uma placa de base de topo (4) e por uma placa de base de fundo (5) e com meios (14, 15, 16) para esvaziar o próprio tambor cilíndrico (2), em que os ditos meios (14, 15, 16) para esvaziar o tambor cilíndrico (2) compreendem pelo menos um bocal de saída (14) formado no invólucro externo (3) e um tubo de descarga (16), caracterizado por o dito tubo de descarga (16), estando equipado com uma primeira extremidade (50) associada ao dito pelo menos um bocal de saída (14) e uma segunda extremidade (51) aberta para o lado de fora, rodear o invólucro externo (3) num sentido que coincide com o sentido de rotação de funcionamento (A) do tambor cilíndrico (2).
  2. 2 - Moinho (1) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o dito tubo de descarga (16) envolver o invólucro externo (3) com um ângulo de enrolamento maior ou igual a 180°.
  3. 3 - Moinho (1) de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por o dito ângulo de enrolamento ser maior ou igual a 270°.
  4. 4 - Moinho (1) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o dito bocal de saída (14) estar disposto próximo da placa de base de fundo (5) do tambor cilíndrico (2) .
  5. 5 - Moinho (1) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os ditos meios (14, 15, 16) para esvaziar o tambor cilíndrico (2) compreenderem uma pluralidade de bocais de saída (14) e, para cada bocal de saída (14), um tubo de descarga (16).
  6. 6 - Moinho (1) de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por os ditos bocais de saída (14) estarem ΕΡ 1 616 623/ΡΤ 2/4 igualmente espaçados na mesma circunferência perimétrica do invólucro externo (3).
  7. 7 - Moinho (1) de acordo com a reivindicação 1 ou 5, caracterizado por o dito tubo de descarga (16) estar associado ao bocal de saida (14) com a interposição de um elemento acessório (15).
  8. 8 - Moinho (1) de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por o dito elemento acessório (15) compreender um corpo oco (40) adequado para proporcionar uma conduta de passagem (41) dentro do mesmo, e uma flange conformada (42) adequada para fixar o mesmo ao invólucro externo (3) no bocal de saida (14).
  9. 9 - Moinho ( D de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por a dita conduta de passagem (41) ser interceptada por uma grelha de filtragem (43) .
  10. 10 - Moinho (D de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por 0 mesmo compreender um sistema de carregamento automático do tambor cilíndrico (2).
  11. 11 - Moinho i ;d de acordo com a reivindicação O \—1 caracterizado por o dito sistema de carregamento automático do tambor cilindrico (2) compreender: um cubo cilíndrico oco (7), disposto de forma coaxial sobre a placa de base de topo (4) do tambor cilíndrico que coloca o lado de dentro do tambor cilíndrico em comunicação com o lado de fora, e um dispositivo de parafuso de Arquimedes (70) associado ao dito cubo cilíndrico oco (7).
  12. 12 - Moinho (1) de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por o dito dispositivo de parafuso de Arquimedes (70) compreender: uma manga cilíndrica (71) adequada para ser entalhada numa porção no lado de dentro do cubo cilíndrico oco (7), um corpo helicoidal (75) que roda de forma coaxial no lado de dentro da dita manga cilíndrica (71), um bocal de alimentação (74) e um sistema de actuação (76) do dito corpo helicoidal (75). ΕΡ 1 616 623/ΡΤ 3/4
  13. 13 - Moinho (1) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o mesmo compreender uma caixa de recolha (17) .
  14. 14 - Moinho (1) de acordo com a reivindicação 13, caracterizado por a dita caixa de recolha ser conformada como uma tremonha.
  15. 15 - Método para a fragmentação de matérias-primas grosseiras com um moinho (1) de acordo com a reivindicação 1, compreendendo as fases de: - carregar o tambor cilíndrico (2) do moinho (1) com matérias-primas grosseiras; - moer as matérias-primas grosseiras ao fazer o dito tambor cilíndrico (2) rodar no sentido de funcionamento (A), até que uma desejada granulometria das ditas matérias-primas seja obtida, caracterizado por o mesmo compreender a fase de: - descarregar o tambor cilíndrico (2) por colocação do mesmo em rotação no sentido oposto (B).
  16. 16 - Método para a fragmentação de matérias-primas grosseiras de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por a fase de carregamento ocorrer com o tambor cilíndrico (2) a rodar no sentido de funcionamento (A).
  17. 17 - Método para a fragmentação de matérias-primas grosseiras de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por a fase de carregamento do tambor cilíndrico (2) ocorrer de forma contínua até que um desejado valor de enchimento da câmara interna (20) seja alcançado.
  18. 18 - Método para a fragmentação de matérias-primas grosseiras de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por a fase de carregamento e a fase de moagem ocorrerem consecutivamente, sem interrupção da rotação do tambor cilíndrico (2).
  19. 19 - Método para a fragmentação de matérias-primas grosseiras de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por a fase de moagem compreender uma pluralidade de fases que ΕΡ 1 616 623/ΡΤ 4/4 diferem entre si pela velocidade de rotação admitida pelo tambor cilíndrico (2). Lisboa,
PT05076379T 2004-07-16 2005-06-07 Moinho descontínuo para materiais cerâmicos PT1616623E (pt)

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PT1616623E true PT1616623E (pt) 2007-09-18

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