PT1603919E - Derivados 7-imino de camptotecina com actividade anti-tumoral - Google Patents

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Sergio Penco
Sabrina Dallavalle
C Sigma-Tau Indus Farma Pisano
F Istit Nazion Studio C Zunino
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Sigma Tau Ind Farmaceuti
Ist Naz Stud Cura Dei Tumori
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Description

1
Descrição "DERIVADOS 7-IMINO DE CAMPTOTECINA COM ACTIVIDADE ANTI-TUMORAL" A presente invenção é relativa a compostos com actividade anti-tumoral, em particular a novos derivados de camptotecinas, a processos para a sua preparação, à sua utilização como fármacos anti-tumorais e a composições farmacêuticas que os contêm como ingredientes activos.
Antecedentes da invenção A camptotecina é um alcaloide, que foi isolado pela primeira vez por Wall et al. (J. Am. Chem. Soc. 88, 3888-3890 (1966)) a partir da árvore Camptoteca acuminata, uma planta originária da China, da familia Nyssaceae. A molécula consiste de uma estrutura pentaciclica tendo uma lactona no anel E, que é essencial para a citotoxicidade. 0 fármaco demonstrou um vasto espectro de actividade anti-tumoral, em particular contra tumores do cólon, outros tumores sólidos e leucemias, e os primeiros ensaios clínicos foram realizados no início dos anos 70. Uma vez que a Camptotecina (a seguir abreviadamente designada por CPT) tem uma baixa solubilidade em água, para se prepararem ensaios clínicos, o National Câncer Institute (NCI) preparou o sal de sódio (NSC100880), que é solúvel em água. Os ensaios clínicos da fase 1 e II, não foram completados por causa da elevada toxicidade evidenciada pelo composto (cistite hemorrágica, toxicidade gastrointestinal, tais como náusea, vómito, diarreia e mielossupressão, especialmente leucopenia e trombocitopenia. 2
De qualquer modo, o sal de sódio apresentou uma menor actividade do que a CPT, porque a pH 7,4 predomina a forma inactiva (anel aberto) sobre a lactona activa (anel fechado), que predomina a pH<4,0.
Subsequentemente, foram sintetizados muitos análogos de CPT de modo a obter compostos com menor toxicidade e maior solubilidade em água. São comercializados dois fármacos, Irinotecano (CPT-11), comercializado sob a marca registada Camptosar® pela Upjohn e Topotecano, comercializado sob a marca registada Hymcamptamin® ou Thycantin®, pela Smith Kline & Beecham. Outros derivados encontram-se em diferentes estádios de desenvolvimento clinico em fase II, tal como NSC-603071 (9-amino-camptotecina) , 9-NC ou 9-nitrocamptotecina, um pro-fármaco oral convertido em 9-aminocamptotecina, GG-211 (GI 147211), e DX-8591f, o último a ser solúvel em água. Todos os derivados identificados até à data contêm a estrutura base com 5 anéis, essencial para a citotoxicidade. Foi demonstrado que modificações no primeiro anel, tal como no caso dos fármacos acima mencionados, aumentam a solubilidade em água e permitem uma melhor tolerabilidade do fármaco. 0 Irinotecano solúvel em água foi aprovado para o tratamento de muitos tumores sólidos e ascite (cancro do cólon-recto, da pele, do estômago, da mama, do pulmão de pequenas e não pequenas células, do colo do útero e dos ovários e no linfoma não Hodgkin). Além disso, o Irinotecano mostrou-se activo em tumores sólidos resistentes a Topotecano, vincristina ou melfalano e as células MDR-1 mostraram-se marginalmente resistentes ao fármaco. 0 metabolito activo foi identificado como o derivado 10-hidroxi (SN-38), produzido pela acção de carboxilesterases. CPT-11 mostrou uma boa actividade utilizando vias de administração diferentes, tais como intraperitoneal, intravenosa, oral 3 (Costin, D., Potmhexyl, M. . Advances in Pharmacol., 29B, 51-72 1994). CPT-11 foi também administrado com cisplatina ou etoposido, exibindo um efeito sinérgico, graças à capacidade de inibir a reparação do ADN. No entanto, também neste caso ocorreram leucopenia de grau 3 e 4 e diarreia (Sinha, B.K., (1995), Topoisomerase inhibitors. Drugs, 49, 11-19, 1995).
0 Topotecano tem uma biodisponibilidade oral significativa. A administração oral mostrou-se conveniente para se obter uma exposição prolongada ao fármaco, sem que a utilização de cateteres temporários fosse necessária (Rothenberg, M.L., Annals of Oncology, 8, 837-855, 1997) . Também este análogo de CPT solúvel em água exibiu actividade contra diferentes tipos de tumores, utilizando diferentes vias de administração, intraperitoneal, intravenosa, subcutânea, oral. Os resultados mais promissores foram obtidos com cloridrato de Topotecano, infusão intravenosa durante 5 dias, em diferentes tumores, tais como de pequenas e não pequenas células do pulmão, dos ovários, da mama, do estômago, do figado, da próstata, sarcoma de tecidos moles, da cabeça e do pescoço, esófago, do cólon-recto resistente, glioblastoma multiforme, leucemias mielociticas agudas e crónicas. No entanto, também neste caso, ocorreram efeitos secundários graves, tais como neutropenia e trombocitopenia, enquanto a toxicidade gastrointestinal, tal como náusea, vómito e diarreia, foi mais moderada. vias de transformação e hidrólise da lactona e lactona é 50% hidrolisada a infusão. 0 Topotecano 10 minutos após a infusão Pelo no fluido cerebrospinal em relação ao plasma).
Demonstrou-se que as principais eliminação do fármaco compreendem excreção urinária: de facto, a forma para anel aberto, 30 minutos após atravessa a barreira hematoencefálica (30% 4 contrário, a camptotecina não atravessa a barreira hematoencefálica em quantidade significativa, provavelmente devido à sua ligação a proteinas. 0 desenvolvimento clinico de 9-aminocamptotecina foi atrasado pela sua escassa solubilidade em água. Recentemente, foi preparada uma dispersão coloidal, que tornou possivel a sua entrada em ensaio clinico da fase II. Exposição prolongada (de 72 horas a 21 dias) pareceu ser essencial para demonstrar actividade anti-tumoral, devido à sua curta semi-vida (Dahut, et al., 1994). Foram observadas respostas em doentes sofrendo de cancro do cólon-recto e da mama não tratados e de linfoma resistente. A actividade demonstrada contra tumores Pgp positivos sugeriu a ausência de resistência cruzada contra células MDR-1 resistentes. Uma vez mais, foi observada toxicidade da medula óssea e gastrointestinal. 0 Lurtotecano é o análogo mais solúvel em água, com uma actividade comparável à do Topotecano in vitro. Foram adoptados dois regimes: um 30-minutos de infusão por dia durante 5 dias cada 3 semanas e outro 72-horas de infusão uma vez cada 3 semanas. Foram observadas respostas em doentes sofrendo de, tumor do pescoço, ovários, mama, figado. Também neste caso, foi detectada toxicidade hemática. A molécula é a seguinte:
5 A 9-nitrocamptotecina é um pro-fármaco oral rapidamente convertido em 9-aminocamptotecina, após a sua administração. Foram observadas respostas em doentes sofrendo de cancro do pâncreas, dos ovários e da mama.
Apesar disto a maior parte das células tumorais é altamente sensível a inibidores da topoisomerase I, devido aos elevados níveis enzimáticos, algumas linhagens tumorais são resistentes. Isto é devido a outros mecanismos, e não a sobre-expressão dos genes MDR1 e MRP (proteína associada à resistência multifármacos) e dos seus produtos, respectivamente, glicoproteína P (Pgp) e proteína MRP, para as quais o Topotecano ou a CPT-11 não são muito bons substratos, (Kawato, Y., et al., J. Charm. Pharmacol., 45, 444-448, (1993)).
Aliás, observou-se que algumas células tumorais resistentes contêm formas mutantes de topo I, consequentemente a formação do complexo topo I-ADN encontra-se afectada ou algumas células estão desprovidas da actividade carboxilesterase, necessária para converter a CPT-11 no metabolito activo SN-38 e são assim resistentes a este fármaco (Rothenberg, 1997, ibid.).
Entre os fármacos utilizados na terapêutica tumoral, o interesse em inibidores de enzimas topoisomerase I é atribuído às seguintes considerações: a) eficácia contra tumores naturalmente resistentes a fármacos convencionais, incluindo a inibidores da topoisomerase II; b) os níveis da enzima topo I permanecem elevados em todas as fases do ciclo; c) muitos tumores expressam níveis elevados da enzima alvo; d) não identificação pelas proteínas envolvidas no fenómeno da resistência multi-fármacos (Pgp ou MRP) e ausência do metabolismo de destoxificação mediado por enzimas, associado ao sistema dependente da glutationa (glutationa peroxidase e glutationa S-transferase) (Gerrits, CJH., et al., Brit. J. Câncer, 76, 952-962). 6
Uma vez tomadas em consideração as vantagens clínicas potenciais dos inibidores da topoisomerase I, tanto em termos de actividade anti-tumoral, testada numa vasta gama de tumores, como a fraca indução de fármaco-resistência, a presente investigação tem por objectivo a identificação de inibidores da topo I com uma toxicidade mais baixa relativamente à apresentada pelos fármacos no mercado ou em fase clínica. Os factores que determinam a potência relativa dos análogos da camptotecina incluem a) actividade intrínseca de inibição da topoisomerase I; b) vida média do fármaco; c) interacção com proteínas plasmáticas; d) a razão entre a forma activa em circulação (lactona) e a não activa (carboxilato); e) sensibilidade do fármaco relativamente ao fluxo para o exterior da célula mediado pela glicoproteína P ou MRP; f) estabilidade da ligação à topoisomerase I (Rothenberg, 1997, ibid.).
Entre os principais efeitos adversos do Irinotecano e de outros derivados de camptotecinas, foram observadas mielossuppressão e toxicidade gastrointestinal, tal como diarreia e vómito. A diarreia pode ter um início precoce ou tardio e pode ser um factor limitativo da dose. 0 vómito e a diarreia tardia são induzidos por muitos fármacos anti-tumorais, enquanto a diarreia precoce que ocorre durante ou imediatamente após a infusão é quase específica do Irinotecano e de alguns derivados da camptotecina.
Os efeitos tóxicos ocorrem principalmente no tracto intestinal.
Para se reduzir a diarreia, a CPT-11 foi administrada em alguns ensaios clínicos, em combinação com loperamida, um opióide sintético, agonista dos receptores entéricos opióides mu (Abigerges, 1994; Abigerges, 1995), bem como com um inibidor das encefalinases (acetorfano) ou com ondansetron, um antagonista 7 dos receptores 5-HT3, ou com difenidramina, um antagonista dos receptores Hi.
Até à data, os problemas associados á utilização de derivados de camptotecina como fármacos anti-tumorais pode ser sumarizado nos seguintes itens: - a camptotecina (CPT), e muitos dos seus derivados activos têm baixa solubilidade em água; - os derivados subsequentes apresentam efeitos adverso graves ao nivel gastrointestinal e da medula óssea; - algumas linhagens de tumores desenvolveram resistência a inibidores da topoisomerase I; - existe uma pesquisa constante por um melhor indice terapêutico. 0 pedido de patente WO 97/31003 divulga derivados de camptotecinas substituídas nas posições 7, 9 e 10. A posição 7 proporciona as seguintes substituições: -CN, -CH(CN)-R4, CH=C(CN)-R4, -CH2-CH=C (CN)-R4, -C (=NOH) -nh2, -CH=C (N02)-r4, CH(CN)-R5, -CH (CH2N02) -Rs, 5-tetrazolilo, 2-(4,5-di- hidroxazolilo), 1,2,4-oxadiazolidin-3-il-5-ona, em que R4 é hidrogénio, alquilo com 1 a 6 átomos de carbono linear ou ramificado, nitrilo, carboxialcoxi. Destes compostos possíveis, a WO 97/31003 permite apenas a divulgação de derivados da camptotecina que apresentam na posição 7 o grupo -CN e CH=C(CN)2, com as posições 9 e 10 não substituídas.
Destes compostos, o que provou ser melhor foi o 7-nitrilo (R4 = -CN), a seguir designado por CPT 83, com actividade citotóxica em carcinoma do pulmão de não pequenas células (CPNPC, H-460). Esta linhagem de tumores é intrinsecamente resistente à terapêutica citotóxica e só responde moderadamente a inibidores da topoisomerase I, não obstante a sobre-expressão da enzima alvo. 8 A CPT 83 é mais activa que o Topotecano, tomado como composto de referência e no conjunto apresenta um melhor perfil farmacológico, mesmo em termos de tolerabilidade, mais do que um melhor indice terapêutico. A CPT 83 é preparada por uma via de sintese que compreende a oxidação de 7-hidroximetilcamptotecina para camptotecina 7-aldeído, a transformação do último em oxima e conversão final em nitrilo. 0 composto de partida e os intermédios são divulgados em Sawada et al., Chem. Pharm. Buli., 39, (10), 2574, (1991). O artigo faz referência a uma familia de patentes com prioridade de 1981, por exemplo o pedido de patente Europeia EP 0 056 692, publicado em 1982. Nestas publicações são divulgados, entre outros, os compostos camptotecina 7-aldeído e a sua oxima. A utilidade destes derivados é a de fornecer compostos com actividade anti-tumoral com baixa toxicidade partindo de 7-hidroximetilcamptotecina. Neste artigo publicado em Chem. Pharm. Buli., 39, (10) 2574, (1991), os autores demonstram que, relativamente à camptotecina, os derivados 7-alquilo e 7-aciloximetilo, que não se encontravam previstos no acima mencionado pedido de patente, são os compostos mais activos em linhagens de leucemia murina L1210, enquanto foi observada actividade mais baixa, sempre relativamente à camptotecina, em compostos portadores de substituições na posição 7 com carácter de polaridade elevada, tais como hidrazonas e a oxima -CH (=NOH) . A EP 1 044 977 divulga derivados da camptotecina portadores de uma oxima O-substituida na posição 7. A fórmula geral compreende também derivados da camptotecina portadores de um grupo enamina na posição 7. Nesta referência, o principal ensinamento é dirigido à actividade anti-tumoral de derivados oxima, enquanto iminas são apenas apresentadas em poucos exemplos de preparação 9 por síntese, mas sem que sejam fornecidos dados farmacológicos. Trabalho subsequente dos inventores da acima mencionada patente teve enfoque em derivados oxima, em particular o terc-butoxi, que, sob o nome de Gimatecano se encontra aqora em ensaios clínicos. As iminas foram apenas consideradas uma alternativa às oximas, mas os primeiros ensaios farmacológicos desencorajaram o desenvolvimento adicional desta classe.
Sumário da invenção
Foi agora surpreendentemente descoberto que as camptotecinas portadoras de um grupo enamino aromático na posição 7 são dotadas de actividade anti-tumoral. Os referidos compostos têm um melhor índice terapêutico.
Consequentemente, são objecto da presente invenção compostos da fórmula geral (I) :
na qual:
Ri é um grupo -C(R5)=N-R4, em que R4 é um grupo fenilo substituído com um ou mais grupos seleccionados do grupo que consiste de: -S-S-(2-aminofenil) , -S-S-(4-aminofenil) , -S-(4-aminofenil) , SCH3; R5 é hidrogénio, Ci-C8 alquilo linear ou ramificado, Ci-Cs alquenilo linear ou ramificado, C3-C10 cicloalquilo, (C3-C10) 10 cicloalquil- (Ci-Cs) alquilo linear ou ramificado, C6-C14 arilo, (C6-C14) arilo- (Ci-Cs) alquilo linear ou ramificado; R2 e R3, iguais ou diferentes entre eles, são hidrogénio, hidroxilo, Ci-Cs alcoxi linear ou ramificado; os seus Ni-óxidos, os seus isómeros isolados, em particular os isómeros sin e anti do grupo -C(Rs)=N-R4, os seus possíveis enantiómeros, diastereómeros e respectivas misturas, os seus sais farmaceuticamente aceitáveis e os seus metabolitos activos. A presente invenção compreende a utilização dos compostos da fórmula (I) acima mencionada como ingredientes activos para medicamentos, em particular para medicamentos úteis no tratamento de tumores. Um outro objecto da presente invenção é também a utilização dos compostos da fórmula (I) como ingredientes activos para medicamentos úteis no tratamento de infecções virais. Outro objecto da presente invenção é também a utilização dos compostos da fórmula (I) como ingredientes activos para medicamentos com actividade antiplasmodium falciparum. A presente invenção compreende composições farmacêuticas contendo compostos da fórmula (I) como ingredientes activos, em mistura com veículos e excipientes farmaceuticamente aceitáveis. A presente invenção compreende também processos para a preparação de compostos da fórmula (I), e os respectivos intermédios principais.
Descrição detalhada da invenção
No âmbito da presente invenção, exemplos de grupo alquilo Ci-Cs linear ou ramificado, significam metilo, etilo, propilo, butilo, pentilo, octilo e os seus possíveis isómeros, tais como por exemplo isopropilo, isobutilo, terc-butilo. 11
Por halogénio entende-se flúor, cloro, bromo, iodo.
Exemplos de sais farmaceuticamente aceitáveis são, no caso de átomos de azoto de carácter básico, os sais com ácidos farmaceuticamente aceitáveis, quer inorgânicos quer orgânicos, tais como por exemplo, ácido clorídrico, ácido sulfúrico, ácido acético, ou, no caso de um grupo ácido, tal como carboxilo, os sais com bases farmaceuticamente aceitáveis, quer inorgânicas quer orgânicas, tais como por exemplo, hidróxidos alcalinos e alcalino-terrosos, hidróxido de amónio, amina, também as heterociclicas.
Um grupo de compostos particularmente preferidos compreende: 7-2-(2-aminofenilditio)feniliminometilcamptotecina (ST1737) 7-4-(4-aminofenilditio)feniliminometilcamptotecina (ST2034) 7-4-(4-aminofeniltio)feniliminometilcamptotecina (ST2069) 7-(2-metiltiofenil)iminometilcamptotecina (ST2138)
Os compostos da fórmula (I) podem ser preparados por diferentes métodos de acordo com a natureza do grupo R4 ligado ao azoto do grupo 7-iminometilo.
Os compostos da fórmula (I) em que R4 é como definido acima podem ser preparados a partir de camptotecina 7-aldeído (fórmula Ia, R5 hidrogénio) ou camptotecina 7-cetona (fórmula Ia, R5 diferente de hidrogénio),
R
Ri 2
H3C (la) 12 na qual
Ri é um grupo -C(Rs)=0, e R5 é como definido na fórmula (I), R2 e R3 são como definidos na fórmula (I). 0 composto da fórmula (Ia) é colocado em reacção com o composto da fórmula (Ilb) R4-NH2, na qual R4 é como acima, para se obterem os compostos da fórmula (I), na qual Ri é o grupo - C(R5)=N-R4, R4 é definido como na fórmula (I). A reacção pode ser conduzida por métodos convencionais, bem conhecidos do perito na arte, sendo uma formação normal de uma imina. De preferência, a razão molar entre camptotecina 7-aldeido ou 7-cetona e amina encontra-se compreendida entre 1:3 e 3:1. Podem também ser utilizados os sais da amina que tenham interesse. A reacção é conduzida na presença de uma base, por exemplo uma base inorgânica, tal como carbonato de potássio, ou orgânica, tal como trietilamina ou diazabiciclononeno, utilizando solventes polares, de preferência metanol ou etanol e conduzindo a reacção a uma temperatura compreendida entre a temperatura ambiente e o ponto de ebulição do solvente, opcionalmente na presença de agentes desidratantes, por exemplo sulfato de sódio ou de magnésio, tamis molecular. Se desejado também é possivel conduzir a reacção na presença de um catalisador, por exemplo um ácido de Lewis (como divulgado por exemplo por Moretti e Torre, Synthesis, 1970, 141; ou por Kobayashi, et al., Synlett, 1977, 115). O camptotecina 7-aldeído e a camptotecina 7-oxima são divulgados no pedido de patente EP 0 056 692 e no mencionado Sawada, et al., Chem. Pharm. Buli., 39, (10) 2574 (1991).
Os Ni-óxidos dos compostos da fórmula (I) são preparados de acordo com métodos bem conhecidos de oxidação de azoto heteroaromático, de preferência por oxidação com ácido acético ou trifluoroacético e peróxido de hidrogénio, ou por reacção com peroxiácidos orgânicos (A. Albini e S. Pietra, Heterocyclic N-oxides, CRC, 1991). 13
Relativamente aos diversos significados de R4, presentes nos diferentes reagentes da fórmula II, estes reagentes encontram-se disponíveis no mercado ou podem ser preparados de acordo com métodos bem conhecidos da literatura, a que o perito na arte pode recorrer, completando com o seu próprio conhecimento da matéria.
Os sais farmaceuticamente aceitáveis são obtidos por métodos convencionais encontrados na literatura, e não necessitam de divulgação adicional.
Os compostos divulgados na presente invenção apresentam actividade antiprolif erativa, por isso são úteis para a sua actividade terapêutica, e possuem propriedades físico-químicas que os tornam adequados para serem formulados em composições farmacêuticas.
As composições farmacêuticas compreendem pelo menos um composto da fórmula (I), numa quantidade tal que produza um efeito terapêutico significativo, em particular efeito anti-tumoral. As composições compreendidas na presente invenção são convencionais e são obtidas por métodos de utilização comum na indústria farmacêutica. De acordo com a via de administração desejada, as composições estarão em forma sólida ou líquida, adequada à via oral, parenteral, intravenosa. As composições de acordo com a presente invenção compreendem em conjunto com os ingredientes activos pelo menos um veículo ou excipiente farmaceuticamente aceitável. Co-adjuvantes de formulação, por exemplo agentes de solubilização, dispersão, suspensão, emulsão podem ser particularmente úteis.
Os compostos da fórmula (I) podem ser também utilizados em combinação com outros ingredientes activos, por exemplo outros 14 fármacos anti-tumorais, tanto em formas separadas, como sob a forma de dose única.
Os compostos de acordo com a presente invenção são úteis como medicamentos com actividade anti-tumoral, por exemplo em tumores pulmonares, tal como o tumor de pulmão de não pequenas células, tumores do cólon-recto, próstata, gliomas. A actividade citotóxica dos compostos da presente invenção foi determinada em sistemas celulares de células de tumor humano, utilizando o teste de actividade antiproliferativa como um método de avaliação do potencial citotóxico. A linhagem de células utilizada é um carcinoma de pulmão de não pequenas células que pertence ao histotipo de não pequenas células designado por NCI H460.
Para os estudos in vivo, a solubilização foi realizada em 10% DMSO em água bidestilada, sendo impossível a solubilização em solução salina, e a administração por via oral foi realizada num volume de 10 ml/kg.
Actividade anti-tumoral
Foram utilizados camundongos Swiss nu/nu atímicos (Charles River, Calco, Itália), com idade de 10-12 semanas. Os animais foram mantidos em câmaras com fluxo laminar, de acordo com as "guidelines" do Coordination Committee Câncer Research do Reino Unido. Os protocolos experimentais foram aprovados pelo Comité de Ética para ensaios em animais do Istituto Nazionale per lo Studio e la Cura dei Tumori.
Fragmentos de tumor com cerca de 2x2x2 mm provenientes de camundongos aos quais haviam sido inoculados s.c. 106 células NCI 15 H460/camundongo, foram implantadas s.c. bilateralmente em grupos de 5 camundongos cada.
Os animais foram tratados com os compostos quando o tumor começava a ser palpável.
Duas vezes por semana, utilizando um compasso de calibre de Vernier, foram medidos, em mm, a largura, o diâmetro minimo (1), o comprimento e o diâmetro máximo (L) dos tumores. 0 volume do tumor (mm3) foi calculado de acordo com a fórmula 12xL/2. A eficácia da molécula foi avaliada como IVT porcento do grupo tratado versus o grupo de controlo de acordo com a fórmula IVT% = 100-(T/CxlOO) , em que T é o valor médio do volume do tumor do grupo tratado e C do de controlo. Um composto é considerado activo quando IVT% á 50.
Mais vantagens destas moléculas podem ser identificadas no intervalo amplo de doses eficazes, indicando um aumento do indice terapêutico e um maior manuseamento na utilização terapêutica, em particular se estiver prevista uma administração prolongada no tempo, acima de tudo nas formulações injectáveis, com a utilização de esquemas e doses variáveis.
Uma importante desvantagem das camptotecinas convencionais é a reversibilidade da sua ligação no complexo ternário (fármaco-ADN-enzima). Esta reversibilidade afecta a eficácia do fármaco, uma vez que não permite a transformação da clivagem de ADN hélice simples em clivagem de ADN hélice dupla durante a síntese de ADN. A vantagem apresentada pelos compostos de acordo com a presente invenção é evidente na superação do limite da reversibilidade do complexo ternário relativamente ao estado da arte. 16
Em investigações pré-clinicas, os compostos da presente invenção exibiram actividade citotóxica em diversas linhagens de células tumorais.
Este largo espectro de actividade anti-cancro foi confirmado em camundongos transplantados com xenoenxertos de tumor humano, incluindo carcinomas CPNPC (H460, A549), próstata ca. (JCA-1), glioblastoma (GBM/7), cancro gástrico (MKN28), osteossarcoma (U20S), cancro dos ovários (A2780/Dx, A2780/DDP) e cólon (HT29, CoBA) bem como no cancro do pulmão murino (M109) e no modelo de leucemia (L1210).
Os dados pré-clínicos sugerem que os compostos da presente invenção podem ser um agente anti-cancro activo contra cancros humanos e em particular contra cancro do pulmão de não pequenas células (CPNPC), glioblastoma e carcinoma da próstata. A actividade anti-tumoral de compostos ilustrativos da invenção é apresentada na Tabela 1 seguinte.
Composto ST 1737 ST 2034 ST 2069 ST 2138
Tabela 1 IC5o (mg/ml) 0,0295±0,07 (solúvel em água) 0,236±0,02 0,14+0,04 0,033+0,004 A actividade in vivo do composto ST1737 é apresentada na Tabela 2 abaixo.
Tabela 2
Efeitos do ST 1737 administrado per os, q4dx4, em camundongos nus atímicos portadores s.c. do carcinoma gástrico humano MKN-28 17 Fármaco Dose IVT%1 PPC%2 Tox3 (mg/kg) ST 1737 4 69 0/4 7 56 0/4 12 68 4 0/4
Os tempos de duplicação de tumores médios em camundongos de controlo foram 7,111,3 e 5,411,4 dias (respectivamente, exp. 656 e 664) . 1 % de inibição do volume de tumor em tumores tratados sobre controlos no dia 11-12 após o último tratamento. 2 % de perda de peso corporal induzida pelo tratamento com fármaco. 3 Camundongos mortos/tratados. A elevada potência citotóxica dos compostos da presente invenção, aqui representada de uma forma ilustrativa por um dos compostos preferidos, ST 1737, é também reflectida pela potente actividade anti-tumoral. Utilizando um painel de xenoenxertos de tumor caracterizados por uma capacidade de resposta significativa ao Topotecano (TPT) (i.e. IVT > 80%), o espectro de actividade anti-tumoral dos compostos da presente invenção, contra um número significativo de modelos de tumores humanos foi substancialmente melhorado. Em particular, foi encontrada uma eficácia anti-tumoral impressionante no tratamento de muitos modelos de tumor, em que foram obtidas regressões muito elevadas num grande número de animais tratados. Além disso, os compostos da presente invenção, foram capazes de induzir uma resposta total substancial nos tumores caracterizados por um fenótipo MDR. Esta observação é de alta importância, indicando que os compostos da presente invenção não são um substrato para a glicoproteina P.
As vantagens terapêuticas adicionais dos compostos da presente invenção estão relacionadas com a) uma melhoria do indice 18 terapêutico, b) eficácia do fármaco numa grande amplitude de doses, c) evidência de eficácia utilizando esquemas bastante diferentes, tornando os compostos da presente invenção menos dependentes do esquema de tratamento do que o do Topotecano.
Os exemplos seguintes também ilustram a invenção.
Exemplo 1
Processo geral: A uma suspensão de Yb (OTf)3 (16 mg, 0,03 mmole) em 5 ml de CH2C12 anidro contendo tamis molecular de 4A, foi adicionada uma solução de 7-formilcamptotecina (100 mg, 0,26 mmole) em 20 ml de CH2C12, seguida de uma solução da amina (0,26 mmole) em 0,5 ml de CH2C12. A mistura resultante é agitada à temperatura ambiente até a reacção estar completa. Após filtração dos tamises, adicionam-se 20 ml de água e as duas fases são separadas. A fase aquosa é rapidamente extraída três vezes com diclorometano. As fases orgânicas combinadas são secas e evaporadas, e o produto purificado por cromatografia flash em sílica gel.
Foram obtidos os seguintes compostos. Nalguns casos é exibida actividade anti-tumoral (IC50 em H-460, μΜ) 7-2-(2-aminofenilditio)feniliminometilcamptotecina (ST1737) IC5o (H-460, μΜ) : 0,017 XH RMN (DMSO-de) δ: 0,83 (t, J = 7 Hz, H3-18) , 1,7-1,9 (m, H2-19) , 5, 35-5, 75 (6H, m, H2-5 + H-17 + NH2) , 6,40 (1H, m, ArH) , 6,5-6,6 (2H, m, 1 ArH + OH), 6,90 (1H, m, ArH), 7,25-7,45 (4H, m, 3 ArH + H-14) , 7,15-8,0 (4H, m, 4 ArH), 8,25 (1H, dd) , 9,75 (1H, s, CH=N). 7-4-(4-aminofenilditio)feniliminometilcamptotecina (ST2034) 19 IC50 (H-460, μΜ): 0, 39 P.F. 154· -155°C dec. , XH RMN (DMSO- -d6) õ: 0,83 (t, J = 7 Hz, H3 18) , 1,7 -1,9 (m, h2 -19) , r 5,40 (s, h2- -17) , 5,55 (s, H2-5 + NH2) 6, 50 (s, -OH), 6, 55 (m, 2H Ar), 7, 25 (m, 2H Ar) , 7,35 (s, H-14) 7, 60 (m, 4H Ar), 7, 8 (m , H-ll), 7 , 9 (m, H-10), 8,25 (dd, H-12) 9, 0 (dd, H-9), 9, 70 (s, CH=N). 7-4-(4-aminofeniltio)feniliminometilcamptotecina (ST2069) IC50 (H-460, μΜ) : 0,24 P.F. 187-188 °C dec., RMN (DMSO-d6) õ: 0,87 (t, J = 7 Hz, H3- 18), 1,7-1,9 (m, H2-19), 5,4 (s, H2-17), 5,55 (s, H2-5 + NH2) , 6,55 (s, -OH), 6,65 (m, 2H Ar), 7,10-7,50 (m, 6H Ar + H-14), 7,8 (m, H-ll) , 7,9 (m, H-10), 8,30 (dd, H-12), 9,0 (dd, H-9) , 9,5 (s, CH=N). 7-(2-metiltiofenil)iminometilcamptotecina (ST2138) IC50 (H-460, μΜ) : 0,06 P.F. >250 °C dec., XH RMN (DMSO-d6) δ: 0,83 (t, J = 7 Hz, H3-18), 1,7-1,9 (m, H2-l9) , 2,50 (s, SCH3) , 5,40 (s, H2-17) , 5,70 (s, H2- 5), 6,45 (s, -OH), 7,25-7,35 (m, H-14; 3H arom.), 7, 6 (m, 1H arom.) , 7,8 (m, H-ll), 7,95 (m, H-10), 8, 30 (dd, H-12) , 9,10 (dd, H-9), 9,55 (s, CH=N).
Lisboa, 5 de Fevereiro de 2009

Claims (11)

1 Reivindicações 1. Compostos da fórmula (I)
na qual: Ri é um grupo -C(Rs)=N-R4, em que R4 é um grupo fenilo substituído com um ou mais grupos seleccionados do grupo que consiste de: -S-S-(2-aminofenil), -S-S-(4-aminofenil), -S-(4-aminofenil), SCH3; R5 é hidrogénio, Ci-Cs alquilo linear ou ramificado, Ci-Cs alquenilo linear ou ramificado, C3-C10 cicloalquilo, (C3-C10) cicloalquil-(Ci-Ce) alquilo linear ou ramificado, C6-C14 arilo, (C6-C14) arilo- (Ci-Cs) alquilo linear ou ramificado; R2 e R3, iguais ou diferentes entre eles, são hidrogénio, hidroxilo, Ci-Cg alcoxi linear ou ramificado; os seus Ni-óxidos, os seus isómeros isolados, em particular os isómeros sin e anti do grupo -C(Rs)=N-R4, os seus possíveis enantiómeros, diastereómeros e respectivas misturas, os seus sais farmaceuticamente aceitáveis.
2. Compostos de acordo com a reivindicação 1, em que o grupo fenilo é substituído em posição orto. 2
3. Compostos de acordo com a reivindicação 1, seleccionados do grupo que consiste de: 7-2-(2-aminofenilditio)feniliminometilcamptotecina (ST1737) 7-4-(4-aminofenilditio)feniliminometilcamptotecina (ST2 03 4) 7-4-(4-aminofeniltio)feniliminometilcamptotecina (ST2069) 7-(2-metiltiofenil)iminometilcamptotecina (ST213 8) os seus Ni-óxidos, os seus isómeros isolados, em particular os isómeros sin e anti do grupo -C(R5)=N-R4, os seus possíveis enantiómeros, diastereómeros e respectivas misturas, os seus sais farmaceuticamente aceitáveis.
4. Um processo para a preparação dos compostos das reivindicações 1-3, compreendendo a reacção de um composto da fórmula (Ia)
em que Ri é o grupo -C(Rs)=0, e R5 é como definido para a fórmula (I), R2 e R3 são como definidos na fórmula (I), com o composto da fórmula (lia) R4-NH2, e transformação opcional dos compostos obtidos da fórmula (I) nos seus Ni-óxidos, os seus isómeros isolados, em particular os isómeros sin e anti do grupo -C(Rs)=N-R4, os seus possíveis enantiómeros, diastereómeros e respectivas misturas, os seus sais farmaceuticamente aceitáveis. 3
5. Processo de acordo com a reivindicação 4, em que a razão molar entre o composto da fórmula (Ia) e o composto da fórmula (lia) se encontra compreendida entre 1:3 e 3:1.
6. Compostos de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-3, como medicamentos.
7. Composição farmacêutica compreendendo uma quantidade terapeuticamente eficaz de pelo menos um composto das reivindicações 1-3, em mistura com veículos e excipientes farmaceuticamente aceitáveis.
8. Composição farmacêutica compreendendo uma quantidade terapeuticamente eficaz de pelo menos um composto das reivindicações 1-3, em mistura com veículos e excipientes farmaceuticamente aceitáveis e opcionalmente em combinação com outros ingredientes activos.
9. Composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 8 em que o referido outro ingrediente activo é um anti-tumoral.
10. Utilização de um composto das reivindicações 1-3, para a preparação de um medicamento útil para o tratamento de tumores.
11. Utilização de acordo com a reivindicação 10, em que o referido tumor é seleccionado do grupo que consiste em tumor do pulmão de não pequenas células, tumores do cólon-recto, próstata, ovário, gliomas, sarcomas e leucemia. Lisboa, 5 de Fevereiro de 2009
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