PT1526074E - Unidade de formação e selagem para uma máquina para embalagem de produtos alimentares fluídos - Google Patents

Description

ΕΡ 1 526 074/ΡΤ

DESCRIÇÃO "Unidade de formação e selagem para uma máquina para embalagem de produtos alimentares fluidos" 0 presente invento refere-se a uma unidade de formação e selagem para uma máquina para embalagem de produtos alimentares fluidos. São conhecidas máquinas para embalagem de produtos alimentares fluidos, tais como sumo de fruta, vinho, molho de tomate, leite pasteurizado ou de longa armazenagem (UHT), etc., nas quais as embalagens são formadas a partir de um tubo continuo de material de embalagem definido por uma banda selada longitudinalmente. 0 material de embalagem tem uma estrutura de múltiplas camadas compreendendo uma camada de material de papel coberta de ambos os lados com camadas de material termoselante, por exemplo polietileno. No caso de embalagens assépticas para produtos de longa armazenagem, tais como leite UHT, o material de embalagem compreende uma camada de material de barreira, definido por exemplo por folha de alumínio, que está sobreposta a uma camada de material de plástico termoselante e por sua vez é coberta com outra camada de material de plástico termoselante definindo a face interna da embalagem contendo eventualmente o produto alimentar.

Para produção de embalagens assépticas, a banda de material de embalagem é desenrolada de uma bobina e alimentada através de uma câmara asséptica, na qual é esterilizada, por exemplo ao aplicar um agente de esterilização tal como peróxido de hidrogénio que é mais tarde evaporado por aquecimento e/ou sujeitando o material de embalagem a radiação de comprimento de onda e intensidade apropriados. A banda esterilizada é em seguida dobrada num cilindro e selada longitudinalmente para formar, de maneira conhecida, um tubo vertical contínuo, selado longitudinalmente. Por outras palavras, o tubo de material de embalagem forma um prolongamento da câmara asséptica e é cheio continuamente com o produto alimentar fluido e em seguida alimentado para uma unidade de formação e selagem 2 ΕΡ 1 526 074/ΡΤ (transversal) para produzir as embalagens individuais e na qual é agarrado entre pares de mandíbulas, que selam o tubo transversalmente para formar pacotes em forma de almofada que são em seguida separados ao cortar a selagem entre os pacotes.

Mais especificamente, a porção de tubo comprimida entre as mandíbulas é simultaneamente selada transversalmente por meios de aquecimento, por exemplo aquecimento de indução ou ultrasónico, suportados pelas próprias mandíbulas. Uma vez a selagem terminada, é activada uma faca para cortar o tubo de material de embalagem ao longo do centro da porção selada e separar um pacote em forma de almofada da extremidade de fundo do tubo. Por conseguinte a extremidade de fundo selada transversalmente e as mandíbulas abrem para evitar interferência com o tubo e o outro par de mandíbulas. Ao mesmo tempo, o outro par de mandíbulas, activado da mesma maneira, desloca-se para baixo a partir de uma posição de ponto morto superior e repete as operações de agarrar/formação, selagem e corte.

Os pacotes em forma de almofada são em seguida transportados para uma estação de dobragem de finalização, onde são dobrados mecanicamente para formar as embalagens acabadas.

Unidades conhecidas também compreendem, para cada par de mandíbulas, duas abas de formação voltadas uma para a outra articuladas com as mandíbulas e móveis entre uma posição recuada ou aberta e uma posição avançada ou fechada na qual coincidem, quando as mandíbulas estão fechadas, para definir uma cavidade definindo a forma e volume da embalagem a ser formada entre as mesmas.

Numa solução conhecida, o movimento de fecho das abas de formação é controlado por excêntricos fixos à estrutura da máquina e que estão especificamente dimensionados e situados para produção de um dado tipo de embalagem e interagem com respectivos rolos suportados pelas patilhas.

As máquinas do tipo acima foram extremamente bem sucedidas comercialmente e provaram ser extremamente fiáveis, 3 ΕΡ 1 526 074/ΡΤ no sentido de requererem muito pouca manutenção, mesmo após muitos anos de serviço.

Por outro lado, têm várias desvantagens, em particular, ao serem bastante rígidas em relação à produção.

Isto é, as máquinas do tipo acima podem ser adaptadas para produção de embalagens de volumes diferentes, mas só à custa de grandes alterações à máquina, que incluem a substituição das abas de formação sobre as mandíbulas, substituição de todas as peças, mesmo as estáticas (como os excêntricos) que controlam o movimento de fecho das patilhas e subsequentemente ajustar o novo sistema. Em aditamento ao custo de fabrico das novas peças, tais alterações por conseguinte também envolvem muito tempo de imobilização.

Uma solução para o problema acima é descrita no documento EP-A-1 101 700, que descreve uma unidade de formação e selagem na qual o movimento de fecho das abas de formação sobre o tubo de material de embalagem é controlado por excêntricos suportados pelas próprias abas de formação e que interagem com rolos fixos à estrutura da unidade, de maneira a que o volume das embalagens produzidas possa ser modificado alterando simplesmente as abas de formação (que, sendo concebidas para um tipo específico de embalagem, têm de ser alteradas de qualquer maneira em cada alteração de produção) sem ser necessário nenhum trabalho sobre as peças estáticas da máquina.

Contudo, mesmo a solução acima, não está isenta de desvantagens. Isto é, o facto dos excêntricos que controlam o movimento de fecho das abas de formação estarem montados nas próprias patilhas aumenta o peso das peças móveis e deste modo cria problemas dinâmicos e impõe limites à taxa de produção. Além disso, a geometria dos sistemas impõe sérias restrições ao movimento para evitar interferência pelos excêntricos. É um objecto do presente invento proporcionar uma unidade de formação e selagem concebida para eliminar os problemas mencionados acima tipicamente associados a unidades conhecidas. 4 ΕΡ 1 526 074/ΡΤ

De acordo com o presente invento, é proporcionada uma unidade de formação e selagem de acordo com a reivindicação 1. A titulo de exemplo irá ser descrita uma concretização preferida não limitativa do presente invento com referência aos desenhos em anexo, nos quais: a Fig. 1 mostra uma vista de frente esquemática de uma unidade de formação e selagem para um máquina para embalagem de produtos alimentares fluidos, em conformidade com os ensinamentos do presente invento; a Fig. 2 mostra uma vista de lado parcial esquemática de um conjunto de formação e selagem da unidade da Fig. 1; a Fig. 3 mostra uma vista parcial em perspectiva de um conjunto de controlo de excêntrico da unidade da Fig. 1; as Figs. 4 e 5 mostram elevações de duas abas de formação diferentes utilizáveis selectivamente na unidade da Fig. 1 para produzir respectivamente primeira e segunda embalagens de volumes diferentes; a Fig. 6 mostra uma vista parcial em perspectiva, com partes removidas para clareza, da unidade de formação e selagem equipada com abas de formação como mostrado na Fig. 4; a Fig. 7 mostra uma vista parcial em perspectiva, com partes removidas para clareza, da unidade de formação e selagem equipada com abas de formação como mostrado na Fig. 5;

Com referência às Figs. 1 e 2, número 1 indica uma unidade de formação e selagem como um todo para uma máquina para embalagem de produtos alimentares fluidos, tais como leite pasteurizado ou UHT, sumo de fruta, vinho, etc.

Mais especificamente, a unidade 1 está concebida para produção de embalagens assépticas seladas de um produto alimentar fluido a partir de um tubo 2 de material de 5 ΕΡ 1 526 074/ΡΤ embalagem (Fig. 1) formado ao dobrar e selar longitudinalmente uma banda de material de folha termoselante e cheio a montante da unidade 1 com o produto alimentar para embalagem. 0 tubo 2 é alimentado para a unidade 1 de maneira conhecida ao longo de um trajecto vertical definido por um eixo A. A unidade 1 compreende uma estrutura de suporte 3 definindo duas guias verticais 4, que estão situadas simetricamente em relação a um plano central longitudinal vertical α da unidade através do eixo A e cujos eixos se situam num plano central transversal vertical τ da unidade 1. Deste modo o eixo A define a intersecção do plano α e plano τ . A unidade 1 compreende, de maneira conhecida, dois conjuntos de formação 5, 5', móveis verticalmente ao longo de respectivas guias 4 e que interagem alternadamente com o tubo 2 de material de embalagem para o agarrar e termoselar ao longo de secções transversais do tubo.

Sendo os conjuntos 5, 5' simétricos em relação ao plano a, só um (conjunto 5) é mostrado em mais detalhe na Fig. 2 e descrito abaixo. Além disso, uma vez que os conjuntos são conhecidos, só são descritas as partes pertinentes para um claro entendimento do presente invento e as partes correspondentes dos conjuntos 5, 5' são indicadas nos desenhos utilizando os mesmos números de referência.

Com referência à Fig. 2, o conjunto 5 compreende substancialmente uma corrediça 6, que desliza ao longo da respectiva guia 4 e duas mandíbulas 7, que estão articuladas no fundo com a corrediça, em torno de respectivos eixos horizontais paralelos 8 simétricos em relação ao plano i, de maneira a abrirem e fecharem substancialmente "tipo um livro".

Mais especificamente, cada mandíbula 7 compreende um corpo de controlo principal 9, substancialmente em forma de uma placa quadrangular adequadamente com nervuras (Fig. 1) 6 ΕΡ 1 526 074/ΡΤ que se prolonga ao longo de um plano de funcionamento β da mandíbula contendo respectivos eixos 8, que está articulada, perto do seu lado de fundo, com a corrediça 6 e compreende um respectivo braço de controlo 10 que sobressai a partir da face do corpo 9 voltado para fora do plano τ.

As mandíbulas 7 também compreendem respectivos braços de suporte 11, que estão fixos às extremidades de topo dos respectivos corpos 9 das respectivas mandíbulas 7 e sobressaem em direcção e além do plano a, numa direcção paralela aos respectivos eixos 8 e substancialmente ao longo dos respectivos planos de trabalho β, de maneira a estarem situados em lados opostos do tubo 2.

As porções salientes dos braços 11 estão equipadas com respectivos elementos de selagem em forma de barra 13, 14 (Fig. 2), que interagem com o tubo 2 e que podem ser definidos, por exemplo, por um indutor para gerar corrente na camada de alumínio do material de embalagem e efeito de Joule fundindo a camada de termoplástico e por uma almofada contrastante com a qual agarra o tubo à pressão necessária. O movimento alternativo da corrediça 6 e o movimento de abertura/fecho das mandíbulas 7 são controlados, de maneira conhecida não descrita, por pares de hastes verticais (não mostradas) por sua vez controladas por excêntricos rotativos ou servomotores.

As mandíbulas 7 são móveis entre uma posição fechada (não mostrada), na qual respectivos elementos de selagem 13, 14 agarram o tubo 2 e uma posição totalmente aberta (Fig. 2).

Sobre respectivos elementos de selagem 13, 14, braços 11 das mandíbulas 7 estão equipados com respectivos conjuntos de controlo de volume de embalagem 20.

Cada conjunto 20 compreende duas abas de formação 21 articuladas com respectivas mandíbulas 7, em torno de respectivos eixos horizontais paralelos B simétricos em relação ao plano τ e que cooperam uma com a outra, quando formam as embalagens, para envolver o tubo 2 e moldá-lo numa 7 ΕΡ 1 526 074/ΡΤ configuração de secção rectangular correspondente àquela das embalagens acabadas.

As Figs. 4, 6 e 5, 7 respectivamente mostram duas concretizações diferentes de abas de formação 21, indicadas por 21a e 21b respectivamente, para formar embalagens de volumes diferentes. Mais especificamente, as patilhas 21b estão concebidas para formar embalagens pequenas, tais como os chamados "pacotes de porção" de 200 ml e as patilhas 21a para formar embalagens maiores, por exemplo de 1 litro.

Quando se descreverem caracteristicas comuns a ambas e a não ser que seja declarado, as abas de formação 21a e 21b são colectivamente referidas como patilhas 21.

As abas de formação 21 compreendem cada uma porção de meia-concha 22 definindo uma cavidade 23 de substancialmente a mesma forma e volume que metade da embalagem a ser produzida e dois braços de controlo laterais 24 que se prolongam de lados opostos da porção de meia-concha e cooperam com respectivos conjuntos de controlo de excêntrico 25, mostrados nas Figs. 3, 6 e 7 e descritos em mais detalhe mais tarde.

Mais especificamente, a porção de meia-concha 22 compreende uma parede traseira 28 articulada ao longo da sua extremidade de fundo com respectiva mandibula 7 em torno do eixo B e duas paredes laterais 29, que sobressaem para a frente a partir de lados opostos da parede traseira 28 e decrescem gradualmente em altura, de maneira conhecida, em direcção à extremidade de fundo da porção de meia-concha 22, para evitar interferência com a porção de meia-concha 22 complementar quando se deslocam em direcção e em torno do tubo 2.

Os braços de controlo 24 prolongam-se paralelos ao eixo B e estão equipados nas extremidades com respectivos rolos seguidores de excêntrico 30 de eixo C paralelo ao eixo B.

Como pode ser observado a partir de uma comparação das Figs. 4 e 5, em aditamento à forma e tamanho das respectivas porções de meia-concha 22, as patilhas 21a e 21b também 8 ΕΡ 1 526 074/ΡΤ diferem no que diz respeito à distância entre rolos 30. Mais especificamente, os rolos 30 das patilhas 21a estão separados por uma distância D (medida, por exemplo, entre os planos transversais centrais dos rolos) maior do que a correspondente distância entre os rolos 30 das patilhas 21b.

Cada aba de formação 21 é empurrada, de maneira conhecida por meios elásticos não mostrados, para um posição avançada ou fechada definida por um dispositivo de batente ajustável (não mostrado) e na qual a parede traseira 28 está substancialmente paralela ao plano de funcionamento β da respectiva mandibula (Fig. 2). Uma concretização dos meios elásticos e dispositivo de batente é ilustrada no documento EP-A-1 101 700. O movimento de aproximação e fecho das abas de formação 21 em direcção e em torno do tubo 2 de material de embalagem é controlado, de maneira conhecida, pelos dois conjuntos de controlo de excêntrico 25, que estão fixos à estrutura 3 e situados ao longo dos conjuntos de formação 5, 5' para interagirem com os rolos 30 das abas de formação 21 durante o movimento das mandíbulas 7 (Figs. 6 e 7).

Os conjuntos de controlo de excêntrico 25 compreendem cada um excêntrico de topo 35, para controlar o movimento de aproximação das patilhas 21, e dois excêntricos de fundo 36, para controlar o movimento de fecho das patilhas. O excêntrico 35 é definido por uma placa plana paralela ao plano α e formando dois pares de perfis de trabalho 37, 38 (Figs. 3, 6 e 7) que cooperam com rolos 30 das patilhas 21a e rolos 30 das patilhas 21b respectivamente.

Os perfis de trabalho 37 e 38 são definidos por bordos laterais 39 do excêntrico 35 e os dois perfis 37 e os dois perfis 38 são simétricos uns com os outros em relação ao plano T.

Os excêntricos 35 dos dois conjuntos de controlo de excêntrico 25 são simétricos em relação ao plano a. Os perfis 37 e 38 de cada excêntrico 35 são definidos por respectivas bandas longitudinais de bordos 39 desfasadas na direcção da 9 ΕΡ 1 526 074/ΡΤ espessura do excêntrico 35. Por outras palavras, os perfis 37 e 38 estão situados a distâncias diferentes do plano a. Cujas distâncias - maior para os perfis 37 do que para os perfis 38 - são calculadas de maneira a que os rolos 30 das patilhas 21a cooperem com os perfis 37 e os rolos 30 das patilhas 21b cooperem com os perfis 38 (Figs. 6 e 7 respectivamente) e o ângulo máximo de abertura das abas de formação 21 também possa ser independente da distância entre os eixos C e B (Figs. 4 e 5).

Embora difiram substancialmente em tamanho, os perfis 37 e 38 são similares em forma e podem cada um compreender uma porção de entrada de topo côncava curva 42, cuja distância do plano T diminui gradualmente para baixo; uma porção intermédia vertical direita 43 e uma porção de saída de fundo em declive direita 44 que converge para baixo em relação ao plano T.

Os perfis 38 das patilhas 21b, cujos rolos 30 estão mais perto um do outro, situam-se convenientemente dentro da área definida pelos perfis 37, quando observado numa direcção perpendicular ao plano a, de maneira a evitar interferência entre os rolos 30 das patilhas 21b e os perfis 38 das patilhas 21b.

Os excêntricos de fundo 36 de cada conjunto 25 estão situados na saída do excêntrico de topo 35 e cada compreende uma porção de topo 46 que converge para baixo em relação ao plano T e uma porção de fundo 47 substancialmente paralela ao plano T. Estão situadas porções de topo 46 de cada lado das porções de saída 44 do excêntrico 35, de maneira a interceptar respectivos rolos 30 das patilhas 21 à medida que são libertados do excêntrico de topo 35.

Ao contrário dos excêntricos de topo 35, os testes demonstraram que os excêntricos de fundo 36 podem ter um único perfil de trabalho suficiente largo para cooperar com rolos 30 não só das patilhas 21a mas também das patilhas 21b.

Contudo, as porções 47 têm prolongamentos 48 da porção de perfil concebidos para cooperar com rolos 30 das patilhas 21a, que interagem mais tempo com o tubo 2 devido ao maior 10 ΕΡ 1 526 074/ΡΤ tamanho das embalagens produzidas. Na realidade, os rolos 30 têm de ser mantidos dentro dos excêntricos 36 até que as duas mandíbulas de topo 7 estejam totalmente fechadas, como descrito em detalhe mais tarde. A unidade de formação e selagem 1 funciona como se segue. O movimento das mandíbulas 7 para selar o tubo 2 transversalmente é conhecido e por conseguinte só é descrito brevemente abaixo.

As mandíbulas 7 de cada conjunto 5, 5' fecham à medida que o conjunto se desloca para baixo, de maneira a agarrar o tubo 2 com uma componente de movimento vertical para baixo igual à velocidade de deslocamento do tubo 2. As mandíbulas 7 são mantidas fechadas à medida que se deslocam para baixo e elementos de selagem 13, 14 agarram o tubo com pressão suficiente para o termoselar. Perto da posição de ponto morto inferior, as mandíbulas 7 abrem e libertam o tubo 2 e são abertas totalmente à medida que se deslocam para cima e antes de alcançar a posição de ponto morto superior. Neste ponto, as mandíbulas começam a fechar outra vez como descrito acima. O movimento das dois conjuntos 5, 5' está obviamente desfasado de um meio período: o conjunto 5 desloca-se para cima com as mandíbulas 7 abertas, ao mesmo tempo que o conjunto 5' se desloca para baixo com as mandíbulas fechadas, de maneira a que os braços 11 do conjunto 5' passem entre os braços do conjunto 5e sem interferência com os mesmos.

As abas de formação 21 sobre as mandíbulas 7 interagem com o tubo 2 de material de embalagem em coordenação com a acção das mandíbulas e os movimentos de aproximação e fecho das patilhas 21 em direcção e em torno do tubo 2 são controlados respectivamente pelos excêntricos de topo 35 e excêntricos de fundo 36 que interagem com rolos 30 das abas de formação 21.

Os movimentos acima são substancialmente conhecidos e por conseguinte só descritos brevemente abaixo. 11 ΕΡ 1 526 074/ΡΤ

Quando os elementos de selagem 13, 14 primeiro contactam o tubo 2, mas antes do tubo ser contactado pelas patilhas 21, os rolos 30 das abas de formação 21 entram em contacto com as porções de entrada de topo 42 dos excêntricos de topo 35 (metade de topo das Figs. 6 e 7), de maneira a que as patilhas 21 sejam deslocadas gradualmente, ao longo das porções 42, para uma posição recuada ou aberta (não mostrada), que é mantida ao longo das porções intermédias verticais 43 dos excêntricos de topo 35, ao longo das quais o movimento das mandíbulas 7, por agora fechadas, também é puramente vertical.

Ao longo das porções de saida 44 dos excêntricos 35, as patilhas 21 podem fechar gradualmente em torno do tubo 2 sob o controlo de respectivas molas (não mostradas). Imediatamente a jusante dos excêntricos 35, o controlo do movimento das abas de formação 21 é assumido pelos excêntricos 36 para contrariarem a pressão interna do tubo 2 e definirem com precisão o volume da embalagem a ser formada. A metade de fundo da Fig. 6 mostra a condição totalmente fechada das patilhas 21, que ocorre ao longo de porções inferiores 47 dos excêntricos 36 e em que porções de meia-concha 22 circundam totalmente o tubo 2 e coincidem substancialmente para conferirem a forma e volume da cavidade interna definida por elas no tubo 2.

As patilhas 21 são fixas positivamente na posição fechada acima até que os rolos 30 desengatem dos excêntricos de fundo 36.

Isto acontece quando as mandíbulas 7 do outro conjunto de formação 5' já agarraram o tubo 2 pela porção de selagem seguinte para fechar a embalagem a ser formada, de maneira a que as mandíbulas 7 do conjunto 5 possam abrir e separar as abas de formação 21 da embalagem.

As vantagens da unidade de formação e selagem 1 de acordo com o presente invento irão tornar-se claras a partir da descrição antecedente.

Em particular, de acordo com o presente invento, o movimento das abas de formação 21 é controlado por 12 ΕΡ 1 526 074/ΡΤ excêntricos fixos tendo diferentes perfis de trabalho 37, 38 engatados selectivamente por rolos seguidores de excêntricos 30, dependendo do tipo de patilhas 21a, 21b a ser utilizado. Como tal, o volume da embalagens produzidas pode ser modificado ao trocar simplesmente as patilhas 21 (que, sendo concebidas para um tipo especifico de embalagem, têm de ser trocadas de qualquer modo em cada alteração de produção), mas sem ser necessário nenhum trabalho sobre as partes estáticas da máquina.

Uma vez que os excêntricos 35 estão fixos, as patilhas 21 suportam simplesmente os rolos seguidores de excêntricos 30 e por conseguinte são idênticas às patilhas convencionais, a produção é mais flexível sem nenhum aumento nos pesos de deslocamento e por conseguinte sem problemas dinâmicos e nenhuma restrição na taxa de produção. O tamanho das partes móveis (patilhas 21) e a complexidade do sistema de mandíbula também podem ser reduzidos e os componentes de diferentes configurações de máquina mais normalizados à medida que diferentes formatos de recipiente são introduzidos.

Claramente, as alterações podem ser efectuadas à unidade como descrito aqui sem, contudo, afastamento do âmbito das reivindicações em anexo.

Em particular, os excêntricos 35 podem ter mais do que dois perfis diferentes, no caso da unidade ter que produzir mais do que dois tipos de embalagem.

Além disso, a unidade 1 pode ser uma corrente, em vez de um tipo de mandíbula alternativa, isto é pode compreender dois grupos de mandíbulas e mandíbulas opostas ligadas para formar respectivas correntes de deslocamento contínuo, de maneira a que uma mandíbula de uma corrente e uma correspondente mandíbula oposta da outra corrente engatem ciclicamente o tubo de material de embalagem.

Lisboa

Claims (7)

1. ΕΡ 1 526 074/ΡΤ 1/2 REIVINDICAÇÕES 1 - Unidade de formação e selagem para produção de embalagens seladas assépticas de um produto alimentar fluido a partir de um tubo (2) de material de embalagem, cheio com o dito produto alimentar, e alimentado ao longo de um trajecto vertical (A), compreendendo a dita unidade (1) uma estrutura fixa (3); e meios de formação (5, 5') que interagem ciclicamente com o dito tubo (2) de material de embalagem, e por sua vez compreendem pelo menos dois pares de mandíbulas (7) tendo meios de selagem (13, 14) e móveis entre uma posição aberta e uma posição fechada, em que os ditos meios de selagem (13, 14) cooperam com o dito tubo (2) de material de embalagem, e respectivos pares de abas de formação (21) suportadas pelas ditas respectivas mandíbulas (7) e tendo respectivas porções de formação de meia-concha (22), sendo as ditas abas de formação (21) móveis entre uma posição recuada, na qual as mesmas não cooperam com o dito tubo (2) e uma posição avançada, na qual as ditas respectivas porções de formação de meia-concha (22) circundam o dito tubo, na dita posição fechada das relativas mandíbulas (7), para formar uma cavidade de volume predeterminado; compreendendo a dita unidade meios de excêntrico fixos (25); e meios seguidores de excêntrico (30) suportados pelas ditas abas de formação (21) e cooperando com os ditos meios de excêntrico fixos (25) para controlar o movimento das ditas abas de formação (21) a partir da dita posição recuada para a dita posição avançada; sendo a dita unidade (1) caracterizada por as ditas abas de formação (21) poderem ser seleccionadas a partir de um número de tipos das abas de formação (21a, 21b) que diferem em tamanho e para produção de respectivos tipos das embalagens; e por os ditos meios de excêntrico fixos (25) definirem diferentes perfis de trabalho (37, 38) que podem ser engatados selectivamente pelos ditos meios seguidores de excêntrico (30), dependendo do tipo das abas de formação (21a, 21b) utilizado.
2. 2 - Unidade de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os ditos meios de excêntrico fixos compreenderem dois conjuntos de controlo de excêntrico (25), localizados em lados opostos dos ditos meios de formação (5, 5'); sendo os ditos meios seguidores de excêntrico definidos, ΕΡ 1 526 074/ΡΤ 2/2 para cada aba de formação (21), por dois rolos seguidores de excêntrico (30), que se prolongam lateralmente a partir da dita respectiva aba de formação (21) e cooperando com os respectivos ditos conjuntos de controlo de excêntrico (25).
3. 3 - Unidade de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por os ditos conjuntos de controlo de excêntrico (25) compreenderem cada um deles um excêntrico de topo (35) para controlo do movimento de aproximação das ditas abas de formação (21) para o dito tubo (2) de material de embalagem e dois excêntricos de fundo (36) para controlo do movimento de fecho das ditas abas de formação (21) em torno do dito tubo (2) de material de embalagem.
4. 4 - Unidade de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por os ditos perfis de trabalho diferentes (37, 38) dos ditos meios de controlo de excêntrico (25) serem definidos pelos ditos excêntricos de topo (35).
5. 5 - Unidade de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por os ditos excêntricos de topo (35) serem definidos por placas planas; sendo os ditos perfis de trabalho diferentes (37, 38) definidos por porções de bordos laterais (39) dos ditos excêntricos de topo (35) desfasadas na direcção da espessura dos excêntricos de topo (35).
6. 6 - Unidade de acordo com a reivindicação 5, caracterizada por os ditos rolos seguidores de excêntrico (30) dos diferentes tipos de abas de formação (21a, 21b) estarem afastados com distâncias diferentes (D, d) , de maneira a cooperarem com respectivos os perfis de trabalho (37, 38) dos ditos excêntricos de topo (35).
7. 7 - Unidade de acordo com uma das reivindicações 3 a 6, caracterizada por os ditos excêntricos de fundo (36) terem perfis de trabalho comuns para diferentes tipos de abas de formação (21a, 21b). Lisboa,