PT1373674E - Dispositivo guarda-vento flexível - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "DISPOSITIVO GUARDA-VENTO FLEXÍVEL" A presente invenção refere-se a um dispositivo guarda-vento flexível cooperando com meios de movimentação de modo a fazer mover o guarda-vento de acordo com uma trajectória determinada entre uma posição de fecho e uma posição de abertura, sendo este guarda-vento destinado a fechar um vão ou outra abertura. Num dispositivo deste tipo as bordas laterais do guarda-vento são mantidas, pelo menos, numa parte da sua trajectória, em caminhos de guiamento paralelos.

Se por uma ou outra razão, os meios de movimentação não puderem ser activados quando o guarda-vento está na sua posição de fecho, não é possível, com os dispositivos existentes deste tipo, passar através da abertura fechada pelo guarda-vento.

Esta situação ocorre, por exemplo, quando as pessoas presentes num local em que uma abertura de segurança é fechada por este dispositivo guarda-vento devem ser evacuadas muito rapidamente. Por exemplo, no caso de as pessoas entrarem em pânico e se dirigirem em massa, devido a um incêndio, para a saída de emergência de uma grande superfície comercial, o guarda-vento pode ser obstruído por uma avaria em posição fechada e não é, por vezes, possível abrir o guarda-vento que fecha esta saída de emergência. 1

Deste modo, em muitos países, a utilização de um guarda-vento cujas bordas laterais se movem em caminhos de guiamento é proibida por regulamentos de segurança. 0 documento FR-A-2684008 descreve uma cortina corta-fogo que é constituída por faixas sucessivas fixas entre si por um fecho "velcro" de modo a permitir a passagem de pessoas. A invenção tem como objectivo remediar estes inconvenientes e quer apresentar um dispositivo guarda-vento que pode ser útil como saída de emergência e que pode ser aberto muito rapidamente sem que os meios de movimentação tenham de ser accionados.

Para tal, de acordo com a invenção, o guarda-vento apresenta, pelo menos, uma zona de resistência reduzida que, na posição de fecho, se estende a partir da borda inferior do guarda-vento até uma determinada altura deste último, de modo a permitir formar uma abertura de saída quando o guarda-vento for quebrado no sítio desta zona de resistência reduzida.

De acordo com uma forma de realização particularmente vantajosa, a zona de resistência reduzida é formada por um corte no guarda-vento cujas bordas são ligadas entre si de um modo amovível.

De um modo vantajoso, as bordas da zona de resistência reduzida sobrepõem-se, pelo menos, parcialmente.

Numa forma de realização interessante do dispositivo guarda-vento, de acordo com a invenção, estão previstos meios de detecção permitindo controlar se a zona de resistência reduzida está quebrada, cooperando estes meios de detecção com os meios 2 de movimentação de modo a impedir que o guarda-vento seja movido para a sua posição de abertura quando é quebrado no sitio da zona de resistência reduzida, í. e., quando a abertura de saída acima mencionada está aberta.

De acordo com uma forma de realização particular do dispositivo guarda-vento, de acordo com a invenção, os meios de detecção acima referidos compreendem um circuito eléctrico, ligado aos meios de movimentação, que é interrompido quando o guarda-vento é quebrado no sítio da zona de resistência reduzida.

Outros pormenores e particularidades da invenção surgirão da descrição dada, daqui por diante, a titulo de exemplos não limitativos de algumas formas de realização particulares fazendo referência aos desenhos anexos. A figura 1 é uma vista esquemática frontal e em perspectiva de um dispositivo guarda-vento na sua posição de fecho, de acordo com a invenção, montado num vão numa parede. A figura 2 é uma vista semelhante à da figura 1 mostrando uma pessoa que tenta passar através do vão. A figura 3 é uma vista semelhante à das figuras 1 e 2 representando uma pessoa que passa através do vão, sendo o guarda-vento quebrado e formando duas folhas flexíveis. A figura 4 é uma vista esquemática em perspectiva do dispositivo guarda-vento das figuras 1 a 3 do lado oposto do guarda-vento com uma pessoa que passou através do vão. 3 A figura 5 é uma vista frontal esquemática de um dispositivo guarda-vento, de acordo com a invenção, com um circuito eléctrico que permite detectar se o guarda-vento está quebrado. A figura 6 é uma vista esquemática de uma parte das bordas de uma zona de resistência reduzida do guarda-vento com um botão de pressão. A figura 7 é uma representação esquemática em perspectiva da montagem de um ilhó de um sistema de botão de pressão. A figura 8 é uma representação esquemática em perspectiva da montagem de um botão para um sistema de botão de pressão. A figura 9 é uma vista esquemática em perspectiva de um dispositivo guarda-vento na sua posição de fecho, de acordo com uma outra forma de realização da invenção, montada num vão numa parede. A figura 10 é um corte vertical esquemático do dispositivo de acordo com a figura 9, quando o guarda-vento é quebrado e forma duas folhas. A figura 11 é um corte análogo ao da figura 10, quando as folhas se encontram no plano do guarda-vento. A figura 12 é uma vista frontal esquemática de uma forma de realização muito vantajosa de um dispositivo guarda-vento, de acordo com a invenção. 4

As figuras 13 a 16 mostram etapas sucessivas quando o guarda-vento da figura 12 é quebrado na zona de resistência reduzida e são formadas folhas. A figura 17 é uma vista semelhante à da figura 12 durante a preparação do dispositivo guarda-vento para restabelecer a zona de resistência reduzida. A figura 18 mostra um pormenor da zona de resistência reduzida da figura 12 numa escala maior. A figura 19 representa, em pormenor, a extremidade superior do fecho de correr vertical e as extremidades dos fechos de correr horizontais do dispositivo guarda-vento da figura 12. A figura 20 mostra a extremidade da zona de resistência reduzida perto de uma borda lateral do guarda-vento da figura 12. A figura 21 é uma vista frontal esquemática de uma parte da zona de resistência reduzida e do guarda-vento de acordo com uma forma de realização alternativa da forma de realização da invenção das figuras 12 a 20. A figura 22 é um corte transversal de acordo com a linha XXII - XXII da figura 21. A figura 23 é uma vista semelhante à da figura 22 quando a zona de resistência reduzida foi quebrada.

Nas diferentes figuras, os mesmos números de referência referem-se aos mesmos elementos ou a elementos semelhantes. 5

De um modo geral, a presente invenção refere-se a um dispositivo guarda-vento dotado de uma saída de emergência, cooperando este dispositivo com meios de movimentação, tais como um tambor, cujo eixo esteja ligado ao veio de um motor. 0 guarda-vento, podendo mover-se entre uma posição de fecho e uma posição de abertura, é destinado ao fecho de um vão de uma passagem numa parede ou abertura total.

Pela palavra "guarda-vento", deve entender-se, no âmbito desta invenção, qualquer elemento, pelo menos parcialmente, flexível, flexível, semi-rígido, com um ou vários reforços, tais como um encerado, uma faixa em matéria plástica, uma chapa metálica, uma grade etc. Trata-se, mais particularmente, de um guarda-vento que pode ser dobrado ou encurvado em torno de um eixo perpendicular à sua direcção de deslocamento entre a sua posição de abertura e de fecho. É necessário, no entanto, notar que é dada uma preferência marcada aos guarda-ventos flexíveis formados, por exemplo, por um encerado. Deste modo, as figuras referem-se a um guarda-vento composto por um encerado cujas bordas laterais estão, por exemplo, dotadas com uma cinta ou uma sucessão de pequenas travessas. 0 dispositivo, de acordo com a invenção, representado na figura 1 compreende um guarda-vento 1 com bordas 2 e 3 laterais guiadas em caminhos 8 e 9 de guiamento e uma borda 4 inferior que pode, eventualmente, estar dotada com um ou vários reforços ou uma barra de lastro. Este guarda-vento 1 serve para fechar um vão 5 numa parede 6 e pode ser movido entre uma posição de fecho, como representado na figura 1, e uma posição de abertura. Na posição de abertura, o guarda-vento 1 é enrolado num tambor 7 6 que está situado sobre o vão 5. Durante a abertura do guarda-vento 1, as bordas 2 e 3 laterais deste último são guiadas nos caminhos 8 e 9 de guiamento verticais que se estendem de ambos os lados do vão 5. 0 tambor 7 é accionado por meios de movimentação compreendendo um motor 10 eléctrico e meios de comando não representados. Pela rotação do tambor 7 em torno do seu eixo, o guarda-vento 1 é enrolado ou desenrolado e, por consequência, é movido para a sua posição de abertura ou a sua posição de fecho. O guarda-vento 1 é dotado de uma zona 11 de resistência reduzida que pode ser quebrada de um modo relativamente fácil no sitio desta zona 11 quando uma pessoa 12 empurra o guarda-vento 1, como representado na figura 2.

Esta zona 11 de resistência reduzida compreende uma primeira parte 13, que se estende a partir da borda 4 inferior do guarda-vento 1 até uma determinada altura deste último, e. g., da ordem de dois metros, e uma segunda parte 14 que se estende horizontalmente, de um modo preferido, até uma pequena distância das bordas 2 e 3 laterais do guarda-vento 1. Consequentemente, a zona 11 de resistência reduzida tem, neste caso, a forma de T.

As partes 13 e 14 da zona 11 de resistência reduzida são formadas por um corte no guarda-vento 1 estendendo-se de acordo com a direcção destas partes 13 e 14.

As bordas 15 e 16 do corte são ligadas entre elas de um modo amovível, por exemplo, por meio de botões 17 de pressão e sobrepõem-se. Deste modo, é possível tornar a ligar as bordas 15 e 16 do corte após uma ruptura na zona 11 de resistência 7 reduzida.

Quando o guarda-vento 1 é quebrado no sítio da zona 11 de resistência reduzida por uma pessoa 12, que quer atravessar um vão obturado pelo guarda-vento 1, como representado na figura 2, são formadas duas folhas 18 e 19 flexíveis como claramente mostrado na figura 3. As folhas 18 e 19 são limitadas, por um lado, lateralmente pelas bordas 2 e 3 laterais do guarda-vento 1 e, por outro lado, horizontalmente, na sua parte superior, pelo corte da parte 14 de resistência reduzida que se estende entre as bordas 2 e 3 laterais do guarda-vento 1.

As folhas 18 e 19 são, então, abertas na direcção das setas 20 e 21.

De modo a impedir que o guarda-vento 1 seja enrolado quando é quebrado no sítio da zona 11 de resistência reduzida, estão previstos meios de detecção cooperando com os meios de movimentação do dispositivo guarda-vento. Estes meios de movimentação compreendem, entre outros, o motor 10 eléctrico e meios 22 de comando podendo accionar este último. Na forma de realização do dispositivo guarda-vento, de acordo com a invenção, representada na figura 5, os meios de detecção compreendem um circuito 23 eléctrico mostrado esquematicamente a tracejado.

Este circuito eléctrico está ligado aos meios 22 de comando de tal modo que o motor 10 não pode ser accionado quando o guarda-vento 1 é quebrado em qualquer sítio da zona 11 de resistência reduzida. Em particular, quando o guarda-vento 1 é quebrado neste sítio, o circuito 23 eléctrico é interrompido.

Para tal, o circuito 23 eléctrico é dotado de, pelo menos, um elemento 24 de contacto compreendendo um condutor eléctrico em cada uma das bordas 15 e 16 da zona 11 de resistência reduzida. Quando o guarda-vento 1 não é quebrado e, consequentemente, as bordas 15 e 16 estão ligadas entre si, o condutor eléctrico da borda 15 faz contacto com o condutor eléctrico da borda 16 do corte.

De um modo vantajoso, estão previstos diversos elementos 24 de contacto na zona 11 de resistência reduzida, como representado na figura 5. Estes elementos 24 de contacto são ligados em série, de tal modo que, logo que um elemento 24 de contacto é quebrado, o guarda-vento 1 já não pode ser aberto por um deslocamento vertical até que o contacto eléctrico seja restabelecido.

Nas figuras 6 a 8, estão representados elementos 24 de contacto na forma de botões de pressão. Cada um destes botões de pressão é composto por um ilhó 25, que está unido a uma borda da zona 11 de resistência reduzida, e por um botão 26 que está unido à outra borda desta zona, num sítio correspondente. 0 circuito 23 eléctrico está ligado, por um lado, ao ilhó 25 e, por outro lado, ao botão 24, de modo a que, quando este botão de pressão está aberto, este circuito 23 eléctrico é interrompido. 0 ilhó 25 está unido cL borda 15 ou 16 da zona 11 de resistência reduzida por meio de um pino 2 7 que atravessa 0 guarda-vento 1 e que é fixo ao botão 26. Um anel 29 ligado ao circuito 23 eléctrico é introduzido entre o pino 27 e o botão 26. 9

Do mesmo modo, um anel 30 ligado ao circuito 23 eléctrico é introduzido entre o botão 26 e um pino 28 correspondente de modo a unir o botão 26 à borda 16 ou 15 em frente do ilhó 25. O circuito 23 eléctrico, representado na figura 5, compreende um fio condutor de electricidade que liga três elementos 24 de contacto formados por botões de pressão do tipo acima mencionado. Este fio está integrado no guarda-vento 1 e é ligado aos meios 22 de comando.

Além dos botões 24 de pressão actuando como elementos de contacto eléctrico, outros botões 17 de pressão estão previstos ao longo das bordas 15 e 16 do corte da zona 11 de resistência reduzida de modo a assegurar um bom fecho do guarda-vento 1.

Numa outra forma de realização do dispositivo guarda-vento, de acordo com a invenção, a zona 11 de resistência reduzida pode consistir numa linha de resistência reduzida onde o guarda-vento 1 pode ser quebrado. O elemento 24 de contacto apresenta, então, um ponto fraco no sitio desta linha de modo a que, durante a ruptura do guarda-vento nesta linha, o circuito 23 eléctrico seja interrompido.

Nas figuras 9 a 11, está representada uma forma de realização da invenção muito interessante na qual o guarda-vento 1 é dotado de meios de fecho automático. Estes meios de fecho permitem recolocar as folhas 18 e 19 no plano do guarda-vento 1, de modo a fechar a abertura de passagem que é formada pela ruptura do guarda-vento no sitio da zona 11 de resistência reduzida. 10

Deste modo, os meios de fecho compreendem uma ligação elástica, por exemplo, uma mola helicoidal ou um elástico, ligando as bordas 15 e 16 da zona 14 de reduzida resistência horizontal entre si. 0 guarda-vento 1 das figuras 9 a 11 representa uma zona 11 de resistência reduzida em forma de T. Deste modo, as folhas 18 e 19 têm uma forma rectangular cujo lado superior é formado pela borda 15 da zona 14 de reduzida resistência horizontal.

De modo a poder fechar automaticamente a abertura no guarda-vento 1, os meios de fecho acima mencionados compreendem elásticos 31 e 32 gue ligam as bordas 15 das folhas 18 e 19 à parte do guarda-vento 1 acima da borda 16. Em particular, o elástico 31 está ligado por uma das suas extremidades 33 à folha 18 junto à borda 2 lateral do guarda-vento 1, enquanto a outra extremidade 34 está fixa ao guarda-vento 1 acima da outra folha 19 perto da outra borda 3 lateral do guarda-vento 1. Desta maneira, a elástico 31 recoloca a folha 18 no plano do guarda-vento 1.

Do mesmo modo, o outro elástico 32 está ligado pelas suas extremidades 35 e 36, respectivamente, à outra folha 19 e ao guarda-vento 1 acima da folha 18.

Como mostrado claramente na figura 10, os elásticos 31 e 32 estendem-se através do vão 5 quando uma abertura de passagem é formada no guarda-vento 1.

De modo a permitir que as folhas 18 e 19 sejam recolocadas facilmente no plano do guarda-vento 1, estas folhas são dotadas, pelo menos, um reforço 37 estendendo-se no lado superior das 11 folhas e, de um modo preferido, coincidindo com a borda 15 da zona 14 de resistência reduzida.

Nas figuras 9 e 10 as folhas 18 e 19 apresentam, além do reforço 37, reforços 38 que são distribuídos na superfície da folha 18 ou 19. Os reforços 37 e 38 estendem-se entre as bordas 15 e 16 da zona 13 de reduzida resistência vertical e a respectiva borda 2 e 3 lateral do guarda-vento 1.

De modo a poder enrolar o guarda-vento 1 no tambor 7, os reforços 37 e 38 estendem-se de modo sensivelmente horizontal e transversal à direcção de deslocamento do guarda-vento 1.

Os reforços 37 e 38 podem, por exemplo, ser constituídos por barras em metal ou em material plástico que estão incorporadas no guarda-vento 1. Quando são utilizadas barras em metal, estas podem ser integradas no circuito eléctrico que faz parte dos meios de detecção supracitados.

Numa variante desta forma de realização da invenção, os reforços 37 e 38 de uma das folhas 18 ou 19 são ligados de um modo removível aos correspondentes reforços 37 e 38 da outra folha 19 ou 18. O contacto assim formado entre os reforços 37 e 38 através da zona 13 de resistência reduzida pode constituir um elemento de contacto de maneira a permitir determinar se o guarda-vento 1 foi quebrado no sítio da zona de resistência reduzida.

As bordas 15 e 16 da zona 13 de resistência reduzida do guarda-vento estão, de um modo preferido, equipadas com imanes de modo a ligar automaticamente estas bordas entre si quando as folhas 18 e 19 são recolocadas no plano do guarda-vento 1 pelos 12 meios de fecho automático e a zona de resistência reduzida é restaurada.

Para clareza das figuras, o circuito eléctrico, pertencente aos meios de detecção acima referidos, não está representado nas figuras 9 a 11.

Em ainda uma outra alternativa do dispositivo de acordo com a invenção, os meios de fecho automático compreendem uma mola, e. g., helicoidal, que liga os reforços 37 superiores das folhas 18 e 19.

Nas figuras 12 a 21 está representada uma forma de realização muito vantajosa do dispositivo guarda-vento, de acordo com a invenção. Nesta forma de realização, o guarda-vento 1 apresenta uma zona 11 de resistência reduzida em forma de T. Uma primeira parte 13 desta zona 11 de resistência reduzida estende-se partir da borda 4 inferior do guarda-vento 1 até uma segunda parte 14 desta zona 11 de resistência reduzida que se estende de modo sensivelmente horizontal entre as bordas 2 e 3 laterais do guarda-vento 1. A zona 11 de resistência reduzida compreende três fechos 39, 40 e 41 de correr. Estes fechos 39, 40 e 41 de correr são constituídos por duas faixas dotadas de dentes que se engatam uma na outra por meio de um cursor. O primeiro fecho 39 de correr coincide com a primeira parte 13 da zona 11 de resistência reduzida. O segundo fecho 40 de correr estende-se da borda 2 lateral do guarda-vento 1 até a primeira parte 13 da zona 11 de resistência reduzida, enquanto o terceiro fecho 41 de correr se estende entre a outra borda 3 lateral do guarda-vento 1 e esta primeira parte 13 da zona 11 de resistência reduzida. 13

Deste modo, o conjunto dos fechos de correr 39, 40 e 41 apresenta uma forma em T e corresponde essencialmente à zona 11 de resistência reduzida.

Deste modo, as bordas da zona 11 de resistência reduzida são ligadas pelos fechos de correr e a zona 11 de resistência reduzida define, portanto, duas folhas 18 e 19 no guarda-vento 1. O primeiro fecho 39 de correr, estendendo-se, portanto, assim de modo sensivelmente vertical, está ligado, por um lado, por uma faixa 42 dotada de dentes com o lado lateral da folha 18 e, por outro lado, com uma faixa 43 dotada de dentes, com o lado lateral da outra folha 19. Quando o guarda-vento 1 está fechado, as bandas 42 e 43 estão engatadas uma na outra.

De modo a poder quebrar a zona 11 de resistência reduzida, quando uma pessoa quer atravessar o vão que está fechado pelo guarda-vento 1, as faixas 42 e 43 não estão engatadas uma na outra numa parte do fecho 39 de correr. Em particular, no sitio 44, que é indicado pelo desenho esquemático de duas mãos 45, um ou vários dentes do fecho 39 de correr foram removidos. Desta maneira, o sitio 44 constitui um sitio de inicio da ruptura da zona 11 de resistência reduzida. Em particular, por causa de dentes em falta, por simples pressão neste sitio 44 de activação que une as faixas 42 e 43 do fecho 39 de correr libertam-se abrindo este último.

Nas figuras 13 e 14 mostra-se esquematicamente como o fecho 39 de correr se abre a partir do sitio 44 de activação pela libertação das faixas 42 e 43 que partem deste sitio 44. 14 0 sítio 44 de activação está representado em pormenor na figura 18. Nesta figura, dois dentes da faixa 42 e dois dentes opostos da faixa 43 foram cortados de modo a formar o sítio 44 de activação. Estes dentes estão representados a preto. Entre estes dentes cortados, as faixas 42 e 43 não se engatam.

Quando o fecho 39 de correr é aberto, os fechos 40 e 41 de correr, cujas extremidades opostas às bordas 2 e 3 laterais do guarda-vento 1 se encontram perto da extremidade superior do fecho 39 de correr, são abertos automaticamente porque não estão mantidos pelo cursor, como representado na figura 15 e indicado pelas setas 47 e 48. Deste modo, a zona 11 de resistência reduzida é totalmente quebrada e duas folhas 18 e 19 são libertadas, de modo que uma pessoa pode atravessar o vão que foi obturado pelo guarda-vento 1, como representado na figura 16.

De modo a tornar a fechar a abertura de passagem que é formada pela ruptura do guarda-vento 1 no sítio da zona 11 de resistência reduzida e para restaurar este último, um cursor 49, 50 e 51 está previsto em cada fecho 39,40 e 41 de correr.

Numa primeira etapa, os cursores 49, 50 e 51 são colocados numa posição inicial para o fecho da abertura de passagem. Esta posição inicial está situada no sítio da extremidade superior do fecho 39 de correr vertical e das extremidades 45 e 46 dos fechos 40 e 41 de correr horizontais.

Cada fecho 39, 40 e 41 de correr apresenta na posição inicial uma ponteira de introdução 53 para o cursor respectivo, de modo a poder engatar as faixas 42 e 43 do fecho 39, 40 e 41 de correr correspondentes uma na outra pelo movimento dos cursores na direcção da outra extremidade do fecho de correr 15 respectivo segundo o sentido das setas 52.

Desta maneira, a zona 11 de resistência reduzida é restaurada e a abertura de passagem é fechada.

Na figura 19 está representado um pormenor da extremidade superior do fecho 39 de correr vertical e extremidades 45 e 46 dos fechos 40 e 41 de correr horizontais, quando a abertura de passagem estava fechada. Como está claramente ilustrado, a ponteira 53 de introdução está prevista na faixa 42 dos fechos 39, 40 e 41 de correr, enquanto a outra faixa 43 apresenta uma folha 54 de paragem que impede que o cursor saia dos dentes desta faixa 43.

Após a zona de resistência reduzida ser restaurada pelo fecho dos fechos 39, 40 e 41 de correr, os cursores 49, 50 e 51 são postos numa posição de estacionamento como ilustrado na figura 12 e em pormenor na figura 20. A figura 20 mostra, em particular, a extremidade do fecho 40 de correr na proximidade da borda 2 lateral do guarda-vento 1. A faixa superior dotada de dentes 43 estende-se para lá da faixa dotada de dentes 42. O cursor 50 que está em posição de estacionamento repousa contra uma folha 55 de paragem e envolve os dentes da faixa 43 na proximidade desta folha 55 de paragem. Deste modo, na altura da abertura do fecho 40 de correr, as faixas 42 e 43 deste fecho 40 podem ser totalmente separadas, como ilustrado na figura 16.

Para fechar a abertura de passagem no guarda-vento 1, o cursor 50 é feito deslizar nos dentes da faixa 43 na direcção da posição inicial acima referida até à folha 54 de paragem que se 16

encontra na outra extremidade 45 do fecho 40 de correr. A ponteira de introdução da faixa 42 é introduzida no cursor 50 e este último é, então, movido para a posição de estacionamento engatando as faixas 42 e 43 uma na outra. A extremidade perto da borda 3 lateral do fecho 41 de correr e a extremidade inferior do fecho 39 de correr são feitas de um modo semelhante.

De modo a impedir que a zona 11 de resistência reduzida seja quebrada durante o fecho do guarda-vento 1 por um movimento segundo os caminhos 8 e 9 de guiamento quando um obstáculo se encontra debaixo do guarda-vento 1, a extremidade inferior do fecho 39 de correr está na borda 4 inferior do guarda-vento 1 dobrada. Desta maneira, as faixas dotadas de dentes 42 e 43 correspondentes são curvas e sobem numa determinada distância verticalmente. Na figura 17, mostra-se esquematicamente que a extremidade inferior da faixa 43 está dobrada sobre si mesma.

Quando é utilizado um guarda-vento 1 cuja zona 11 de resistência reduzida consiste num ou vários fechos de correr com um ou mais sitios 44 de activação, evita-se que o guarda-vento seja quebrado no sitio desta zona 11, por exemplo, por causa do vento. Uma passagem de abertura no guarda-vento 1 é formada apenas sob a acção de uma pressão relativamente reduzida no sitio 44 de accionamento. De um modo preferido previu-se dois sitios 44 de activação no fecho 39 de correr vertical. Um primeiro sítio de activação está localizado a uma altura apropriada para adultos, enquanto um segundo sítio de activação está a uma altura apropriada para crianças. O sítio de activação está, em particular, previsto ao nível do peito de uma pessoa, de modo que esta pessoa possa facilmente empurrar contra o 17 guarda-vento 1 neste sítio, de modo a quebrar a zona 11 de resistência reduzida para criar uma abertura de passagem no guarda-vento 1.

Embora na forma de realização acima descrita, a zona 11 de resistência reduzida seja formada por fechos de correr que apresentam duas faixas 42 e 43 dotadas de dentes, é claro que estas faixas 42 e 43 não têm necessariamente de ser dotadas de dentes, mas as faixas podem elas mesmas, por exemplo, ser constituídas por uma matéria plástica e apresentar uma borda perfilada de tal modo que uma das faixas pode estar envolvida pela outra faixa. Deste modo, estas faixas plásticas formam um fecho conhecido como um fecho dito de correr. Pode ser previsto um cursor de modo a poder ligar facilmente as duas faixas uma à outra de um modo removível. No caso de utilização destas faixas de plástico, um sítio de activação é formado assegurando que as faixas não podem ser engrenadas numa determinada parte do seu comprimento. No sítio de activação, pelo menos, uma das duas faixas não é, por exemplo, perfilada.

Esta forma de realização foi representada esquematicamente nas figuras 21 a 23. A zona 11 de resistência reduzida consiste em duas faixas 42 e 43 em matéria plástica formando um fecho 39 de correr. A faixa 42 está ligada ao lado lateral da folha 18 e banda 43 está ligada ao lado lateral da outra folha 19. A primeira faixa 42 apresenta uma cavidade 56 segundo o seu comprimento que coopera com espessamento 57 que se estende segundo o comprimento da segunda faixa 43. Quando é exercida uma pressão sobre a faixa 43, o espessamento 57 é apertado na cavidade 56 da outra faixa 43. Esta pressão pode, por exemplo, ser aplicada por um cursor, não representado nas figuras. De um 18 modo preferido, pelo menos, o espessamento 57 é comprimido quando este espessamento é introduzido na cavidade 56.

De modo a poder quebrar a zona 11 de resistência reduzida, quando uma pessoa quer atravessar o vão que está fechado pelo guarda-vento 1, um sitio 44 de activação está previsto no fecho 39 de correr. Neste sitio 44 de activação o espessamento 57 foi removido numa pequena extensão de, por exemplo, alguns centímetros. Desta maneira as faixas 42 e 43 não se podem engrenar, nesta parte do seu comprimento, no sítio 44. Por simples pressão sobre este sítio 44 de activação as faixas 42 e 43 do fecho 39 de correr são libertadas abrindo as duas folhas 18 e 19.

Compreende-se, claramente, que a invenção não está limitada às diversas formas de realização acima descritas, mas que outras alternativas ainda podem ser consideradas sem sair do quadro desta invenção, em particular no que se refere à forma e à natureza da zona 11 de resistência reduzida e o modo de ligar entre si as bordas desta zona. As folhas 18 e 19 flexíveis podem, por exemplo, estar ligadas entre si por imanes que se estendem ao longo da zona 11 de resistência reduzida das duas bordas desta zona ou por fitas aderentes uma à outra através das suas fibras têxteis, e. g., conhecidas sob o nome comercial "Velcro".

Os elementos de contacto podem, por exemplo, ser formados por um íman permanente que é rodeado por um solenoide. Neste caso, o íman é ligado na borda da zona de resistência reduzida oposta à borda onde o solenoide é ligado de modo a que, assim que o guarda-vento for quebrado no sítio da zona de resistência reduzida, o íman seja separado do solenoide e um sinal eléctrico 19 seja dado aos meios 22 de comando.

Os meios de detecção podem compreender um sensor óptico electrónico que é, por exemplo, montado nos caminhos de guiamento e que detecta se uma parte do guarda-vento 1, como uma folha 18 ou 19, se encontra no exterior do plano do guarda-vento 1.

Além disso, a invenção não está limitada a um guarda-vento cujas bordas laterais sejam deslocadas em caminhos de guiamento verticais, mas pode ter, igualmente, caminhos de guiamento que se estendem horizontalmente.

Além disso, a zona de resistência reduzida não está limitada a uma forma em T, mas pode apresentar qualquer espécie de formas como, por exemplo, uma linha vertical ou diagonal.

Embora o dispositivo guarda-vento, de acordo com a invenção, seja descrito com um tambor 7 de enrolamento, é claro que a presença deste cilindro não é sempre necessária. Em determinados casos, os caminhos de guiamento podem estender-se verticalmente ou horizontalmente acima do vão 5, de modo que durante a abertura do guarda-vento, as bordas laterais deste último possam estar na parte dos caminhos de guiamento acima do vão 5. É mesmo possível prever um recipiente acima do vão 5 no qual o guarda-vento se dobra durante a abertura.

Lisboa, 12 de Março de 2010 20

Claims (20)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo guarda-vento flexível cooperando com meios de movimentação para permitir mover verticalmente o guarda-vento (1) entre uma posição de fecho e uma posição de abertura, sendo este guarda-vento (1) destinado ao fecho de um vão (5) ou de uma outra abertura, caracterizado por o guarda-vento (1) apresentar, pelo menos, uma zona (11) de resistência reduzida que, na posição de fecho, se estende a partir da borda (4) inferior do guarda-vento (1) até uma determinada altura do último, para permitir formar, pelo menos, uma abertura de passagem quando o guarda-vento (1) for quebrado no sítio desta zona (11) de resistência reduzida, caracterizado por a zona (11) de resistência reduzida compreender, pelo menos, duas faixas (42,43) que se podem engatar uma na outra por intermédio de, pelo menos, um cursor (49, 50, 51).
2. 2. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a zona (11) de resistência reduzida acima referida se estender de modo essencialmente vertical a partir da borda (4) inferior do guarda-vento (1).
3. 3. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por o guarda-vento (1) apresentar uma zona (14) de resistência reduzida que se estende de modo sensivelmente horizontal entre as bordas (2,3) laterais do guarda-vento (1) .
4. 4. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por a zona (11) de resistência 1 reduzida acima mencionada ser formada por um corte no guarda-vento (1) cujas bordas (15,16) são ligadas entre si de um modo amovível.
5. 5. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por as bordas (15,16) da zona (11) de resistência reduzida se sobreporem, pelo menos parcialmente.
6. 6. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5 caracterizado por a zona (11) de resistência reduzida compreender, pelo menos, um fecho de correr (39,40,41), com duas faixas dotadas de dentes (42,43) podendo engatar-se uma na outra por intermédio de, pelo menos, um cursor (49,50,51), estendendo-se o fecho (39,40,41) de correr sensivelmente de acordo com a direcção desta zona (11) de resistência reduzida.
7. 7. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por o fecho (39,40,41) de correr estar dotado com, pelo menos, um sítio (44) de activação.
8. 8. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 7 caracterizado por, no sítio (44) de activação, os dentes de, pelo menos, uma das faixas (42,43) acima referidas, terem sido removidos, pelo menos, parcialmente.
9. 9. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado por serem previstos meios para pôr o cursor (49,50,51) numa posição de estacionamento de modo a que as faixas (42,43) do fecho (39,40,41) possam ser totalmente separadas. 2
10. 10. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por uma das faixas (43) acima referidas se estender para lá da outra faixa (42), de modo a que o cursor (49, 50.51) possa ser posto sobre a primeira faixa (43) numa posição de estacionamento.
11. 11. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado por serem previstos meios de detecção permitindo detectar se a zona (11) de resistência reduzida está quebrada, cooperando estes meios de detecção com meios de movimentação de modo a impedir que o guarda-vento (1) seja movido quando é quebrado no sítio da zona (11) de resistência reduzida.
12. 12. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por os meios de detecção acima referidos compreenderem um circuito (23) eléctrico ligado aos meios (10) de movimentação, que é interrompido quando o guarda-vento (1) é quebrado no sítio da zona (11) de resistência reduzida.
13. 13. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por o circuito (23) eléctrico acima referido ser dotado de, pelo menos, um elemento (24) de contacto compreendendo um condutor eléctrico em cada borda (15,16) da zona (11) de resistência reduzida, fazendo o condutor eléctrico de uma borda (15,16) contacto com o condutor eléctrico da outra borda (16,15) quando estas bordas (15,16) são ligadas entre si, estando este contacto aberto quando o guarda-vento (1) é quebrado no sítio da zona (11) de resistência reduzida. 3
14. 14. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado por o circuito (23) eléctrico acima referido compreender diversos elementos (24) de contacto que são ligados em série.
15. 15. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 13 ou 14, caracterizado por o elemento (24) de contacto acima referido ser formado por um botão (17) de pressão compreendendo um botão (26) ligado a uma das bordas da zona (11) de resistência reduzida e um ilhó (25) ligado à outra borda da zona (11) de resistência reduzida.
16. 16. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 11 a 15, caracterizado por os meios de detecção compreenderem um sensor electrónico que permite detectar se uma parte do guarda-vento (1) está afastada do plano do guarda-vento (1) ou se um obstáculo se encontra próximo do guarda-vento (1) .
17. 17. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 16, caracterizado por serem previstos meios de fecho automático permitindo fechar automaticamente a abertura de passagem acima referida.
18. 18. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 17, caracterizado por os meios de fecho automático compreenderem, pelo menos, uma ligação (31,32) elástica que liga as bordas (15,16) da zona (11) de resistência reduzida de modo a recolocar estas bordas (15,16) no plano do guarda-vento (1) . 4
19. 19. Dispositivo, de acordo com uma das reivindicações 1 a 18, caracterizado por o guarda-vento apresentar, pelo menos, um reforço (37,38) estendendo-se de modo sensivelmente transversal à direcção de deslocamento do guarda-vento (1), entre a zona (11) de resistência reduzida e, pelo menos, uma borda (2,3) lateral do guarda-vento (1).
20. 20. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 19, caracterizado por, no sitio da zona (11) de resistência reduzida, o reforço (37,38) acima referido, estendendo-se a partir de uma borda (2,3) lateral do guarda-vento (1), estar ligado de um modo amovível a um reforço (37,38) correspondente estendendo-se até à outra borda (3,2) lateral do guarda-vento (1). Lisboa, 12 de Março de 2010 5 1/8

    Fig. 4 Fig. 3 2/8

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    25 29 <SBf 30. ^ (Òy^ Fig. 7 Fig. 8 28 3/8

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