PT109513A

PT109513A - Piso de cortiça com ligação de encaixe à pressão

Info

Publication number: PT109513A
Application number: PT109513A
Authority: PT
Inventors: Mühlebach Moritz
Original assignee: Proverum Ag
Priority date: 2015-07-10
Filing date: 2016-07-08
Publication date: 2017-01-10
Also published as: DE102016112404A1; CH711305B1; CH711305A1; US20170009462A1; US10344485B2

Abstract

UM ELEMENTO DE PISO (20.1, 20.2) COMPREENDE UMA CAMADA DE SUPORTE (23), UMA CAMADA DE REFORÇO (22), ADJACENTE À CAMADA DE SUPORTE (23), UMA CAMADA DE TOPO (25.2), E UMA CAMADA EXTERNA (21). A DISPOSIÇÃO TEM A CAMADA DE SUPORTE (23) E A CAMADA DE REFORÇO (22) ENTRE A CAMADA DE TOPO (25.2) E A CAMADA EXTERNA (21), E O ELEMENTO DE PISO TEM, NA SUA PERIFERIA, MEIOS DE LIGAÇÃO PARA LIGAÇÃO A UM OUTRO ELEMENTO DE PISO (20.1, 20.2). A CAMADA DE SUPORTE (23) E A CAMADA EXTERNA (21) SÃO COMPOSTAS POR UM MATERIAL DE CORTIÇA E, PELO MENOS, A CAMADA DE SUPORTE (23) E A CAMADA DE REFORÇO (22) PROLONGA-SE PARA OS MEIOS DE LIGAÇÃO.

Description

DESCRIÇÃO "Piso de cortiça com ligação de encaixe à pressão"

Campo técnico 0 invento refere-se a um elemento de piso com uma camada de suporte, uma camada de reforço, adjacente à camada de suporte, uma camada de topo e uma camada externa, em que a disposição tem a camada de suporte e a camada de reforço entre a camada de topo e a camada externa, e em que o elemento de piso tem, na sua periferia, meios de ligação para ligação a um outro elemento de piso. Técnica anterior

Existem vários revestimentos de piso conhecidos, os quais podem ser construídos a partir de elementos de piso, que podem ser ligados mecanicamente entre si. Os elementos são frequentemente painéis, os quais compreendem uma superfície retangular e que têm, ao longo da sua periferia, isto é, na sua periferia, meios de ligação para ligação aos painéis adj acentes.

Um exemplo de um revestimento de piso deste tipo é o laminado. Um elemento de piso laminado é composto por uma placa de suporte, geralmente feita de um material fibroso (madeira) que tem uma camada de topo aplicada ao seu lado superior. A camada de topo compreende, geralmente, uma camada decorativa, por exemplo, um papel decorativo, e também uma camada de proteção, por exemplo, uma camada de verniz. Pode existir uma camada de equilíbrio, aplicada ao lado de baixo da placa de suporte. A referida camada de equilíbrio proporciona estabilização mecânica ao elemento de piso e serve como barreira contra a humidade. A disposição pode, além disso, ter isolamento contra efeitos sonoros de sólidos disposto na parte de baixo; (esta pode, no entanto, ser também assente separadamente, antes da instalação do verdadeiro piso laminado).

Um piso de laminado é, geralmente, composto por várias filas de elementos de piso retangulares. Os elementos de piso geralmente têm, em primeiro lugar, elementos de ligação tipo ranhura contínuos num lado mais longo e num lado mais curto, e, em segundo lugar, têm elementos de ligação tipo lingueta contínuos no outro lado mais longo e no outro lado mais curto. As geometrias dos elementos de ligação tipo ranhura e tipo lingueta estão adaptadas apropriadamente uma à outra, de uma maneira que pode proporcionar uma ligação de bloqueio entre os elementos de piso, onde a camada de topo dos elementos ligados forma uma superfície de serviço contínua. A disposição tem usualmente elementos das filas adjacentes desfasados relativamente entre si, de modo a formarem uma superfície que é estável e esteticamente atraente.

Atualmente, os elementos de ligação tomam, frequentemente, a forma do que é conhecido como um sistema de encaixe à pressão. Os ranhuras e linguetas compreendem elementos mecânicos que se bloqueiam entre si durante a instalação do piso. Isto melhora a estabilidade mecânica do revestimento de piso e evita a formação de juntas óbvias entre os elementos de piso fixos entre si. 0 revestimento de piso é assente sem fixação ao substrato, e as alterações dimensionais causadas por expansão ou contração (por exemplo, resultantes de mudanças na temperatura e/ou humidade) são absorvidas através de folgas periféricas nas paredes.

Existem vários sistemas de encaixe à pressão conhecidos, os quais têm geometrias diferentes e permitem a utilização de procedimentos diferentes durante a instalação. Mais pormenores disto são proporcionados numa fase posterior abaixo.

Atualmente, existem também pisos semelhantes aos laminados, mas feitos de outros materiais e compostos por elementos de piso que podem ser ligados mecanicamente entre si e podem ser assentes sem fixação ao substrato, sendo exemplos o parquê de encaixe à pressão, os pisos de PVC sólidos ("ladrilhos de vinil de luxo", LVT), e os revestimentos de cortiça. Estes últimos são semelhantes aos laminados devido a compreenderem, geralmente, uma placa de suporte feita de um material de fibroso, por exemplo, HDF.

Existe, para além disso, um revestimento de piso disponível conhecido como "hydrocork", o qual compreende um núcleo, feito de cortiça, a qual foi altamente compactada e é, portanto, muito dura, com uma espessura de, por exemplo, 3 mm, envolvido por duas camadas de PVC com, por exemplo, uma espessura, em cada caso de 1,2 mm.

Em WO 2014/116131 Al (Amorim Revestimentos) é descrito um revestimento de piso deste tipo, e descrito um painel de piso laminado feito de um material à base de cortiça com uma camada média feita de material à base de cortiça; a referida camada tem uma camada de desgaste numa das suas grandes superfícies, e tem meios de ligação na sua periferia. A disposição tem uma camada externa, por exemplo, feita de PVC, na grande superfície oposta à camada de desgaste.

Em virtude de o núcleo feito de cortiça, é possível reduzir o teor de plástico do revestimento de piso em comparação com revestimentos de piso LVT convencionais, que podem ser assentes sem fixação ao substrato. A camada média feita de material à base de cortiça tem de ser muito densa e, por isso, é comparativamente dura. Devido ao teor de PVC permanecer comparativamente elevado, e a camada de cortiça ter elevada densidade, as propriedades do revestimento são bastante semelhantes às de um revestimento LVT convencional, e as propriedades vantajosas de um verdadeiro revestimento de cortiça, isto é, um bom isolamento contra efeitos sonoros de sólidos, o conforto do utilizador, e o aquecimento para os pés, estão substancialmente ausentes.

Em DE 10 2012 112 562 (Guido Schulte) é descrito de modo semelhante um elemento de piso que compreende uma placa de suporte com um revestimento no lado superior, por exemplo, uma camada de desgaste à base de resina de melamina, poliuretano (PU) , poli(tereftalato de etileno) (PET), polipropileno (PP) e/ou poli(cloreto de vinilo) (PVC). A placa de suporte é composta por um material de cortiça e, na sua periferia, tem meios perfilados e de ligação de encaixe à pressão. Os meios de ligação de encaixe à pressão (a ranhura e, respetivamente, a lingueta) são, portanto, parte da placa de suporte. O material de cortiça da placa de suporte é, em pareticular, granulado de cortiça altamente compactado com densidade superior a 580 kg/m3, de preferência, entre 600 e 900 kg/m3. O revestimento do lado superior da placa de suporte compreende uma camada decorativa, por exemplo, impressa diretamente por meio de impressão digital sobre a placa de suporte; este lado visível pode, além disso, tem uma estrutura de superfície em relevo apropriada para a imagem decorativa impressa. Pode existir uma camada de equilíbrio proporcionada no lado de baixo da placa de suporte; a referida camada pode ser, do mesmo modo, composta por granulado de cortiça altamente compactado. A fim de permitir a formação dos meios de ligação de encaixe à pressão na placa de suporte, a cortiça tem de ser altamente compactada e tem de compreender ligantes misturados. A situação é semelhante à situação quando é utilizado "hydrocork": são perdidas as propriedades vitais de uma camada de cortiça.

Descrição do invento É um objeto do invento proporcionar um elemento de piso dentro do campo técnico mencionado na introdução, o qual apresenta um bom isolamento contra efeitos sonoros de sólidos, proporciona um bom conforto ao utilizador e tem propriedades térmicas vantajosas.

Este objeto é alcançado como definido pelas características da reivindicação 1. A camada de suporte e a camada externa no invento são compostas por um material de cortiça e, pelo menos, a camada de suporte e a camada de reforço prolongam-se para os meios de ligação. 0 significado do prolongamento da camada de reforço para os meios de ligação é que a referida camada prolonga-se para uma região do elemento de piso, a qual se projeta para e a qual fica por debaixo da camada de topo. A natureza da geometria de ligação pode tornar desnecessário que a camada de reforço se prolongue para a referida região, em ambos os lados mutuamente opostos do elemento de piso, existe também uma geometria, a qual exclui a existência deste tipo de região em ambas as regiões periféricas, que interatuam entre si nos elementos de piso. A geometria de ligação nas periferias longitudinais, pode diferir da geometria de ligação nas periferias perpendiculares, tal como descrito com mais pormenor, numa fase posterior abaixo. A camada de reforço proporciona, à camada de suporte e, com esta, também aos meios de ligação, a estabilidade mecânica, em particular, em relação às cargas de tração e de compressão no plano principal da camada de suporte. É, portanto, possível, mesmo quando se utiliza um material de cortiça comparativamente macio para a camada de suporte, proporcionar uma geometria de ligação estável que permite a ligação dos elementos de piso adjacentes. 0 material de cortiça comparativamente macio proporciona as propriedades desejadas ao piso, isto é, o bom isolamento contra efeitos sonoros de sólidos, o elevado nível de conforto do utilizador e aquecimento agradável para os pés. A camada de reforço, para além disso, representa ao mesmo tempo uma camada de equilíbrio. É, portanto, possível, em particular, omitir uma camada de equilíbrio adicional.

Um elemento de piso do invento pode, para além disso, ser prática e inteiramente produzido a partir de matérias-primas naturais; não existe necessidade das camadas de PVC dos revestimentos de cortiça compostos conhecidos que podem ser assentes sem fixação ao substrato.

Uma outra característica possível de um elemento de piso do invento é, em particular, que o mesmo não compreende, no essencial, formaldeído. Em muitos elementos de piso, o formaldeído é utilizado em HDF, o qual serve como placa de suporte. Um elemento do invento não utiliza, de preferência, HDF, e o formaldeído pode ser omitido nas camadas de cortiça do invento, e é, portanto, possível produzir um elemento de piso do invento sem formaldeído.

Além disso, o referido elemento pode, em particular, também no essencial não compreender ftalatos. Os ftalatos são usualmente utilizados como plastificantes em camadas de PVC em revestimentos de piso. Os ftalatos podem ascender aqui a 50% do peso total do PVC. Os ligantes são uma outra aplicação convencional para os ftalatos. Não há qualquer ligação química entre os ftalatos e os polímeros de PVC ou os constituintes de ligantes, e os mesmos podem, portanto, ser libertos na forma gasosa ao longo do tempo, e/ou podem ser dissolvidos em água, e/ou podem fixar-se ao pó da casa.

Surpreendentemente, verificou-se que o material de cortiça do invento apresenta também as suas propriedades vantajosas, quando utilizado com ligantes isentos de ftalatos. As camadas de cortiça do invento, portanto, não compreendem, de preferência, ftalatos; é particularmente preferido que os elementos de piso do presente invento não compreendam ftalatos. A omissão dos ftalatos e/ou do formaldeído é vantajosa porque se suspeita que tanto o formaldeído como os ftalatos causem problemas de saúde. Ambas as substâncias são voláteis e podem ser libertas na forma gasosa, e, portanto, a omissão de ambas as substâncias é, em particular, vantajosa para um elemento de piso para utilização em espaços residenciais e em salas de trabalho. A conceção de um elemento de piso do invento pode ser tal que a sua capacidade de absorver água seja muito pequena. Isto é, em particular, conseguido através de ligantes, os quais têm muito baixa absorção de água e pela adição de aditivos convencionais. As próprias partículas de cortiça apresentam naturalmente propriedades hidrofóbicas. Surpreendentemente, verificou-se que a utilização de ligantes com baixa taxa de absorção de água e a adição de aditivos, os quais reduzem a absorção de água, quase no tem qualquer efeito sobre as outras propriedades das camadas de cortiça, com o resultado de que as mesmas continuam a ser adequadas para os elementos de piso do invento. Os elementos de piso com baixa absorção de água são adequados, em particular, para utilização em ambientes húmidos, por exemplo, em casas de banho.

Numa outra concretização preferida, as adições antibacterianas são misturadas com as camadas de cortiça. As adições adequadas são comercializadas, por exemplo, com a marca registada "Microban®". De novo, estas adições não alteram substancialmente as propriedades mecânicas das camadas de cortiça. As propriedades antibacterianas podem prolongar a vida útil dos elementos de piso, por exemplo, em setores de utilização húmidos e quentes.

As adições antibacterianas e as adições para baixa absorção de água podem ser utilizadas em conjunto ou independentemente uma da outra. Além disso, a(s) adição (ões) podem ser combinadas com agentes ligantes isentos de ftalato e/ou com componentes isentos de formaldeido. A camada de reforço é vantajosamente composta por um tecido não tecido feito de um material de fibroso, em particular, material de fibra de vidro. Este tipo de material permite prever uma camada de elevada resistência, em conjunto com baixo peso e baixa espessura. A camada de suporte proporcionada com a camada de tecido não tecido de fibra de vidro combina as propriedades vantajosas de cortiça com a elevada resistência, em particular, nas regiões dos meios de ligação. É também possivel utilizar um tecido tecido, em vez de um tecido não tecido. Os materiais que podem ser utilizados não são apenas de fibra de vidro, mas também outros materiais de fibrosos, por exemplo, materiais sintéticos, tais como as aramidas. Em alternativa, é possivel utilizar outros materiais para a camada de reforço, sendo exemplos os materiais à base de madeira de elevada resistência. É preferido que a disposição tenha uma primeira camada de reforço adjacente à camada de suporte e entre a camada de suporte e a camada externa. Portanto, a camada de reforço reforça a camada de suporte no seu lado inverso, isto é, no lado virado para fora da superfície do utilizador.

Aqui é usual que uma camada de equilíbrio seja também introduzida, e é, portanto, possível, de preferência, que a referida camada de reforço assuma a função de camada de equilíbrio.

Em particular, a primeira camada de reforço também se prolonga para os meios de ligação. A seleção da geometria dos meios de ligação é, portanto, de tal modo que seja formado um prolongamento significativo através dessa região da estrutura de camadas que compreende a camada de suporte (ou uma secção da mesma) e que compreende a primeira camada de reforço.

Além disso, ou em alternativa, está presente uma segunda camada de reforço, disposta adjacente à camada de suporte e entre a camada de suporte e a camada de topo, ou, em particular, uma segunda camada de suporte. A mesma reforça a camada de suporte no seu lado frontal, isto é, no lado virado para a superfície do utilizador. A segunda camada de suporte é, de preferência, uma camada de cortiça com uma densidade maior do que a densidade da camada de suporte.

Em particular, a segunda camada de reforço também se prolonga para os meios de ligação. A seleção da geometria dos meios de ligação é, portanto, de tal modo que seja formado um prolongamento significativo através da região da estrutura de camadas que compreende a camada de suporte (ou uma secção da mesma) e que compreende a segunda camada de reforço.

Se as duas camadas de reforço estiverem presentes, é possível que ambas se prolongam para os meios de ligação, ou que apenas uma das mesmas faça isso. Pode ser apropriado para a geometria de ligação que a primeira camada de reforço se prolongue para os primeiros meios de ligação, enquanto a segunda camada de reforço se prolonga para os segundos meios de ligação.

Numa concretização preferida do invento, a camada de suporte e a camada de topo são adjacentes. Em particular, esta camada de topo é composta, principalmente, por PVC e compreende uma camada decorativa. 0 revestimento de piso deste tipo combina as propriedades vantajosas de uma verdadeira cobertura de cortiça, nomeadamente um bom isolamento contra efeitos sonoros de sólidos, o conforto do utilizador, e o aquecimento para os pés, com a robustez, as propriedades óticas e as possibilidades de conceção proporcionadas por um piso de PVC.

Nesta concretização, a camada de topo é composta, em particular, por uma primeira camada de PVC, de preferência, com uma espessura de 0,5 a 1,5 mm. A espessura desta camada é, em particular, de cerca de 1 mm. É preferido que, cobrindo um lado desta camada, exista um papel decorativo ou uma impressão. Esta impressão e este papel decorativo são concretizações possíveis de uma camada decorativa. A camada decorativa fica, por sua vez, adjacente a uma segunda camada de PVC, cuja espessura é, de preferência, de 0,2 a 0,8 mm, em particular, de 0,3 a 0,5 mm. A espessura desta segunda camada de PVC é determinada, entre outras coisas, pelo tempo de vida de desgaste desejado.

Nesta concretização, com a camada de topo de PVC, não existe essencialmente a necessidade de uma segunda camada de reforço e de uma segunda camada de suporte, devido à camada de topo de PVC, em particular, a primeira camada de PVC, assumir as funções de uma camada de equilibragem e de proporcionar uma superfície decorável. No entanto, é inteiramente possível que uma camada de topo, descrita acima, feita de PVC, ou também apenas a primeira ou a segunda camada de PVC, seja combinada com uma segunda camada de reforço e/ou com uma segunda camada de suporte.

Numa concretização preferida do invento, a segunda camada de suporte é composta por um material de cortiça. O resultado é um revestimento de piso, o qual é substancialmente composto de cortiça e o qual pode ser assente sem fixação ao substrato. Este tipo de revestimento de piso é muito substancialmente composto por uma matéria-prima natural, e tem excelentes propriedades mecânicas e térmicas. É vantajoso que a densidade da segunda camada de suporte e a densidade da camada externa sejam mais elevadas do que a densidade da camada de suporte. Em particular, a densidade da camada de suporte é, pelo menos, 20% inferior, de preferência, pelo menos, 30% inferior à densidade não apenas da segunda camada de suporte, mas também da camada externa. Ao contrário da técnica anterior, na qual a camada de suporte, a qual forma também a geometria de ligação, deva ser particularmente dura, é utilizada aqui uma camada comparativamente macia, em particular, a fim de se obter um bom isolamento contra efeitos sonoros de sólidos e um elevado nível de conforto do utilizador. É preferido que a densidade da camada de suporte seja, no máximo, de 500 kg/m3, em particular, no máximo, de 400 kg/m3. É preferido que a segunda camada de suporte e a camada externa sejam, respetivamente, compostas por um granulado de cortiça comprimido, em que o tamanho de grão do granulado de cortiça da segunda camada de suporte é mais fino do que o tamanho de grão do granulado de cortiça da camada externa. É preferido que, pelo menos, 70% da massa do material de cortiça, do qual é composta, pelo menos, uma das camadas do elemento de piso, seja composta por cortiça natural. Pelo menos, esta camada é, em particular, a camada de suporte e/ou a camada externa e/ou a segunda camada de suporte. Numa outra concretização, pelo menos, 70% da massa de todo o material de cortiça do elemento de piso é composto por cortiça natural. O elevado teor de cortiça do elemento de piso assegura que as propriedades favoráveis da cortiça são, particularmente, significativas, sendo exemplos um elevado nível de amortecimento, a baixa condutividade térmica, as propriedades hidrofóbicas e a conservação dos recursos durante a produção e a eliminação.

Pelo contrário, um teor de cortiça menor, por exemplo, de 50% da massa do elemento de piso ou de todos os materiais de cortiça do elemento de piso, ou do material de cortiça de uma camada, pode proporcionar maior liberdade de conceção e permitir uma adaptação a condições muito específicas, por exemplo, elevadas cargas de área local.

Numa concretização preferida, a segunda camada de suporte tem, no seu lado externo, impressão e/ou estruturação. A impressão é, em particular, conseguida por meio de um processo de impressão digital; a estruturação pode ser conseguida por meio de estampagem ou por meio de um processo de extração de material.

Numa concretização preferida, a camada de topo tem, no seu lado externo, impressão e/ou estruturação. A impressão é, em particular, conseguida por meio de um processo de impressão digital; a estruturação pode ser conseguida por meio de estampagem ou por meio de um processo de extração de material.

Numa concretização preferida, a camada de topo cobre uma camada impressa e/ou estruturada. A impressão é, em particular, conseguida por meio de um processo de impressão digital; a estruturação pode ser conseguida por meio de estampagem ou por meio de um processo de extração de material. A impressão pode ter lugar diretamente sobre a camada de suporte, com a aplicação subsequente, sobre a impressão, de uma camada de proteção transparente, a qual forma a camada de topo do revestimento de piso. No entanto, é também possível que exista uma camada adicional presente sobre a camada de suporte, a qual é impressa. Assim, é possível produzir pisos de cortiça com uma variedade muito grande de estéticas: a camada externa pode, por exemplo, imitar uma superfície de madeira, uma superfície de pedra natural, ou uma superfície de ladrilhos. A expressão "camada externa" é, de preferência, uma expressão coletiva para todas as camadas sobre a camada de suporte, isto é, por exemplo, uma segunda camada de reforço, uma segunda camada de suporte e uma camada de topo, ou simplesmente uma camada de topo, com ou sem camadas decorativas.

Portanto, é possível utilizar outros materiais ao longo de uma segunda camada de suporte feita de cortiça. Por exemplo, é possível aplicar uma impressão ou um papel decorativo à camada de suporte ou à segunda camada de suporte, com a aplicação subsequente de uma camada de desgaste à base de resina de melamina, poliuretano (PU), poli(tereftalato de etileno) (PET), polipropileno (PP) e/ou poli(cloreto de vinilo) (PVC). É preferido, que o elemento de piso tenha, pelo menos, ao longo dos lados mais longos, meios de ligação para produzir uma ligação de bloqueio de encaixe à pressão. Isto significa, em particular, uma ligação, na qual um elemento de piso é, em primeiro lugar, encaixado à pressão longitudinalmente com um ângulo dentro de um elemento de piso assente anteriormente, e é, então, inclinado para a posição horizontal, sendo este um método simples de proporcionar uma ligação mecânica fiável. As geometrias correspondentes são conhecidas, por exemplo, do sector de laminados. 0 elemento de piso tem vantajosamente, em conjunto com a geometria mencionada nos lados mais longos, meios de ligação ao longo dos lados mais curtos, os quais permitem a inserção vertical dos elementos de piso adjacentes. Isto significa que um elemento de piso pode ser inserido verticalmente para baixo ao longo do lado mais curto num elemento de piso previamente assente. Quando da inserção, é possível, em virtude da elasticidade das regiões de ligação que interatuam entre si, ocorrer um grau de bloqueio na direção vertical, ou que apenas a ligação proporcione a retenção segura em relação à tensão na direção horizontal. No segundo caso, a retenção segura na direção vertical, é assegurada por meio da geometria de ligação ao longo dos lados mais longos.

Este tipo de geometria ao longo dos lados mais curtos facilita o assentamento do revestimento de piso do invento, devido a cada elemento de piso seguinte, a ser ligado ao longo dos lados mais longos, poder ser bloqueado diretamente, antes dos outros elementos de piso na mesma série terem sido fixos.

Em alternativa, é também possível que existam meios de ligação ao longo dos lados mais curtos, os quais proporcionam uma ligação de bloqueio de encaixe à pressão, quando os elementos de piso são, em primeiro lugar, fixos com um ângulo e são, então, inclinados para baixo. 0 resultado é o que é conhecido como assentamento angular ("angle/angle") do revestimento de piso.

Outras concretizações vantajosas e combinações de características do invento serão evidentes a partir da descrição pormenorizada seguinte e da totalidade das reivindicações.

Breve descrição dos Desenhos

Os desenhos utilizados para explicar a concretização mostram o seguinte: na Fig. 1 um corte de um piso produzido com uma primeira concretização dos elementos de piso do invento; na Fig. 2 um corte de um piso produzido com uma segunda concretização dos elementos de piso do invento; na Fig. 3 um corte de um piso produzido com uma terceira concretização dos elementos de piso do invento; nas Figs. 4A, B a produção de uma ligação de encaixe à pressão para fixação dos segundos elementos de piso da primeira ou da segunda concretização; nas Figs. 5A, B a produção de uma ligação vertical para fixação de dois elementos de piso da segunda ou da terceira concretização; na Fig. 6A, B a estrutura de camadas e a geometria de ligação de um elemento de piso da segunda concretização; e na Fig. 7 a estrutura de camadas e a geometria de ligação de um elemento de piso da terceira concretização; nas Figs. 8A, B a estrutura de camadas e a geometria de ligação de um elemento de piso da quarta concretização; e na Fig. 9 a estrutura de camadas e a geometria de ligação de um elemento de piso da quinta concretização.

As partes semelhantes têm, em principio, os mesmos símbolos de referência nas figuras. Métodos para implementação do invento A Fig. 1 mostra uma secção de um piso produzido com uma primeira concretização dos elementos de piso do invento. Vários elementos de piso retangulares 10 estão ligados entre si nos seus lados mais longos 10a, 10c e nos seus lados mais curtos 10b, lOd, formando assim um revestimento de piso plano, o qual pode, em teoria, ter qualquer dimensão desejada. Uma geometria de ligação é proporcionada ao longo dos lados mais longos 10a, 10c e dos lados mais curtos 10b, lOd.

Na primeira concretização, a geometria de ligação na direção longitudinal, isto é, entre os lados mais curtos 10b, lOd dos elementos de piso adjacentes 10, é idêntica à da direção transversal, isto é, entre os lados mais longos 10a, 10c dos elementos de piso adjacentes 10. A geometria ao longo dos lados mais longos 10a, em cada caso representada em baixo na Fig. 1, nos elementos de piso 10, e também ao longo dos lados mais curtos lOd, em cada caso representada no lado direito na Fig. 1, é tipo ranhura (ver abaixo no lado esquerdo da Fig. 6A). A geometria ao longo dos lados mais longos 10c, em cada caso representada em cima na Fig. 1, nos elementos de piso 10, e também ao longo dos lados mais curtos 10b, em cada caso representada no lado esquerdo na Fig. 1, é tipo lingueta (ver abaixo no lado direito da Fig. 6A).

Os elementos de piso são assentes de uma maneira em si mesmo conhecida, a qual, com referência à Fig. 1, prossegue da esquerda para a direita e para baixo, e como pode ser visto nas Figs. 4A, 4B a lingueta do elemento de piso, que é o seguinte a ser assente, é inserida, em primeiro lugar, com um ângulo na ranhura do elemento de piso assente anteriormente (Fig. 4A) e é, subsequentemente, bloqueado pela inclinação, sendo, assim, proporcionada a posição final da Fig. 4B. A Fig. 2 mostra uma secção de um piso produzido com uma segunda concretização dos elementos de piso do invento. Vários elementos de piso retangulares 20 são ligados entre si nos seus lados mais longos 20a, 20c e nos seus lados mais curtos 20b, 20d, formando assim um revestimento de piso plano, o qual pode, em teoria, ter qualquer dimensão desejada. É proporcionada uma geometria de ligação ao longo dos lados mais longos 20a, 20c e dos lados mais curtos 20b, 20d.

Na segunda concretização, a geometria de ligação na direção longitudinal, isto é, entre os lados mais curtos 20b, 20d dos elementos de piso adjacentes 20, difere da geometria de ligação na direção transversal, isto é, entre os lados mais longos 20a, 20c dos elementos de piso adjacentes 10. Uma geometria tipo ranhura, semelhante à geometria dos elementos de piso da primeira concretização (ver abaixo no lado esquerdo da Fig. 6A) , é de novo proporcionada ao longo dos lados mais longos 20a, em cada caso representada em baixo na Fig. 2 nos elementos de piso 20. A geometria tipo lingueta correspondente é proporcionada (ver abaixo no lado direito da Fig. 6A) ao longo dos lados mais longos 20c que interatuam com os mesmos nos elementos de piso 20.

Ao longo dos lados mais curtos 20d, em cada caso representada no lado direito na Fig. 2, é proporcionada uma geometria de ligação com um recesso prolongado para cima para uma ligação vertical (ver abaixo no lado esquerdo da Fig. 6B); ao longo dos lados mais curtos 20b, em cada caso representada no lado esquerdo, é proporcionada uma geometria de ligação com um recesso prolongado para baixo para uma ligação vertical (ver abaixo no lado direito da Fig. 6B). A maneira do assentamento dos elementos de piso prossegue de novo, com referência à Fig. 2, da esquerda para a direita e para baixo, e aqui os elementos de piso 20, os quais estão adjacentes na direção longitudinal, podem ser inseridos a partir de cima nas ranhuras dos elementos de piso assentes anteriormente 20, ver as Figs. 5A, 5B. A inclinação ocorre apenas quando a ligação é feita ao longo dos lados mais longos 20a, 20c. Isto simplifica a ligação dos outros elementos de piso 20, na direção longitudinal, devido a isso a permanecer possível, quando o assentamento e o bloqueio dos elementos de pisos anteriores já tiverem sido completados. A Fig. 3 mostra uma secção de um piso produzido com uma terceira concretização dos elementos de piso do invento. Vários elementos de piso retangulares 30 são ligados entre si nos seus lados mais longos 30a, 30c e nos seus lados mais curtos 30b, 30d, formando assim um revestimento de piso plano, o qual pode, em teoria, ter qualquer dimensão desejada. É proporcionada uma geometria de ligação ao longo dos lados mais longos 30a, 30c e dos lados mais curtos 30b, 30d.

Na terceira concretização, é proporcionada uma geometria para ligação vertical não apenas na direção longitudinal, isto é, entre os lados mais curtos 30b, 30d dos elementos de piso adjacentes 30, mas também na direção transversal, isto é, entre os lados mais longos 30a, 30c dos elementos de piso adjacentes 30, com a inserção de encaixe à pressão e o bloqueio resultante na direção vertical em virtude da elasticidade dos elementos que interatuam mutuamente. A geometria com o recesso prolongado para cima é proporcionada ao longo dos lados mais longos 30a, em cada caso representada em baixo na Fig. 3 nos elementos de piso 30, e também ao longo dos lados mais curtos 30d, em cada caso representada no lado direito na Fig. 3 (ver o lado esquerdo da Fig. 7); a geometria com o recesso prolongado para baixo é proporcionada ao longo dos lados mais longos 30c, em cada caso representada em cima na Fig. 3, e também ao longo dos lados mais curtos 30b, em cada caso representada no lado esquerdo na Fig. 3 (ver o lado direito da Fig. 7). A maneira de assentar os elementos de piso é de novo, com referência à Fig. 3, da esquerda para a direita e para baixo, e aqui os elementos de piso adjacentes 30 podem, em cada caso ser inseridos a partir de cima nas ranhuras dos elementos de piso 30 assentes anteriormente, sendo aqui a ligação conseguida exercendo pressão, por exemplo, com o auxilio de um martelo, superando assim temporariamente a força de recuperação elástica qua aparece nas regiões de ligação.

As Figs. 6A, 6B mostram a estrutura de camadas e a geometria de ligação de um elemento de piso da segunda concretização. A Fig. 6A mostra uma secção transversal ao longo da linha A-A da Fig. 2B, isto é a região de ligação na região de um lado mais longo do elemento de piso. A Fig. 6B mostra uma secção transversal ao longo da linha B-B na Fig. 2B, isto é, a região de ligação na região de um lado mais curto do elemento de piso. A região de ligação do elemento de piso da primeira concretização (ver a Fig. IA) corresponde, tanto ao longo do lado mais longo como ao longo do lado mais curto, à geometria mostrada na Fig. 6A. A Fig. 6A mostra um dos lados mais longos 20.1a de um primeiro elemento de piso 20.1 e o outro lado mais longo 20.2c de um segundo elemento de piso 20.2, antes da ligação. O lado mais longo 20.1a do primeiro elemento de piso 20.1 tem uma geometria de ligação tipo ranhura; o lado mais longo 20.2c do segundo elemento de piso 20.2 tem uma geometria de ligação tipo lingueta. Os elementos de piso 20.1, 20.2 têm a mesma estrutura de camadas através de si. A camada mais inferior, uma camada externa 21, é composta por um material de cortiça de alta densidade. Adjacente ao lado superior desta existe uma primeira camada de reforço 22, feita de um tecido não tecido de fibra de vidro. Por cima do tecido não tecido a disposição tem a camada de suporte 23 feita de um material de cortiça com uma densidade inferior à da camada externa 21, e por cima desta existe, então, uma outra camada de reforço 24. Esta é coberta pela camada externa 25, em primeiro lugar, uma outra camada de cortiça com densidade relativamente elevada, a qual é a que pode ser denominada de uma 2 a camada de suporte 25.1, e, finalmente, uma camada de topo 25.2, por exemplo, feita de um verniz adequado. Um adesivo em si mesmo conhecido tem sido utilizado para ligar adesivamente e laminar as camadas 21-25 entre si. A região de ligação tipo ranhura 28 ao longo do lado mais longo 20.1a é a porção do elemento de piso 20.1 que se projeta para além da superfície de serviço composta pela camada de topo 25.2. A camada externa 21, a primeira camada de reforço 22 e também uma porção da camada de suporte 23 prolongam-se para a referida porção. Uma região de ligação mecanicamente estável 28 é obtida em virtude da camada de reforço 22, do tecido não tecido de fibra de vidro laminado na camada de suporte 23. A região de ligação tipo ranhura 29 ao longo do lado mais longo 20.2c é a porção do elemento de piso 20.2 que se projeta para além da superfície de serviço composta pela camada de topo 25.2. Uma pequena porção da 2a camada de suporte 25.1 de a camada externa 25, a segunda camada de reforço 24 e também uma porção da camada de suporte 23 prolongam-se para a referida porção. Aqui de novo, é obtida uma região de ligação mecanicamente estável 29 em virtude da segunda camada de reforço 24, o tecido não tecido de fibra de vidro laminado na camada de suporte 23. Os elementos de piso 20.1, 20.2 são unidos como mostrado nas Figs. 4A, 4B. A Fig. 6B mostra um lado mais curto 20. Id do primeiro elemento de piso 20.1 e o outro lado mais curto 20.3b de um terceiro elemento de piso 20.3 antes da ligação. O lado mais curto 20.Id do primeiro elemento de piso 20.1 tem uma geometria de ligação com um recesso no lado da camada de topo; o lado mais curto 20.3b do terceiro elemento de piso 20.3 tem um recesso no lado de baixo (lado da camada externa). De acordo com a definição acima, de acordo com a qual a região de ligação se projeta e fica por debaixo da camada de topo 25.2, é formada uma região de ligação 27 apenas no caso do recesso no lado da camada de topo. A camada externa 21, a primeira camada de reforço 22 e também uma porção da camada de suporte 23 prolongam-se para a referida região.

No caso do elemento de pavimento oposto 20.3, a segunda camada de reforço 24 prolonga-se através do recesso subjacente tanto quanto o bordo do elemento de piso 20.3, e reforça assim a lingueta, a qual interatua com o recesso na camada de topo do outro elemento de piso 20.1. A Fig. 7 mostra a estrutura de camadas e a geometria de ligação de um elemento de piso da terceira concretização. Esta tem, tanto ao longo dos lados mais longos como ao longo dos lados mais curtos, uma geometria de ligação que permite a ligação de dois elementos de piso adjacentes por meio de inserção vertical. Em muitos aspetos, a geometria corresponde à da Fig. 6B. A fim de conseguir a retenção vertical segura, no entanto, as secções que interatuam mutuamente têm uma forma algo diferente. A Fig. 7 mostra um dos lados mais longos 30.1a de um primeiro elemento de piso 30.1 e o outro de lado mais longo 30.2c de um segundo elemento de pavimento 30.2 antes da ligação. O lado mais longo 30.1a do primeiro elemento de piso 30.1 tem uma geometria de ligação com um recesso no lado da camada de topo; o lado mais longo 30.2c do segundo elemento de piso 30.2 tem um recesso no lado de baixo (lado da camada externa) . A geometria entre os lados mais curtos que interatuam mutuamente é a mesma, e não é necessária qualquer representação separada desta.

Os elementos de piso 30.1, 30.2 têm a mesma estrutura de camadas através de si. A camada mais inferior, uma camada externa 31, é composta por um material de cortiça de alta densidade. Adjacente ao lado superior desta encontra-se uma camada de reforço 32 feita de um tecido não tecido de fibra de vidro. Por cima do tecido não tecido a disposição tem a camada de suporte 33, feita de um material de cortiça de densidade inferior à da camada externa 31. Esta é coberta pela camada externa 35, sendo, em primeiro lugar, uma 2a camada de suporte 35.1, feita de cortiça de densidade relativamente elevada, e, finalmente, uma camada de topo 35.2, por exemplo, feita de um verniz adequado. Um adesivo em si mesmo conhecido foi utilizado para ligar adesivamente e laminar as camadas 31 a 35 entre si. De acordo com a definição acima, de acordo com a qual a região de ligação se projeta e está abaixo da camada de topo 25.2, uma região de ligação 37 é formada apenas no caso do recesso no lado camada de topo. A camada externa 31, a primeira camada de reforço 32 e também uma porção da camada de suporte 33 prolongam-se para dentro da referida região. o recesso tipo ranhura dirigido para cima da região de ligação 37 do primeiro elemento de piso 30.1 tem um ligeiro recorte. O mesmo se aplica à lingueta dirigida para baixo, a qual interatua com o mesmo, no segundo elemento de pavimento 30.2. Durante a inserção vertical, em particular, a região de ligação 37 do primeiro elemento de piso 30.1 é ligeiramente deformada para permitir a inserção total da lingueta. Logo que a região de ligação de 37 tenha retornado elasticamente para sua forma inicial, a lingueta fica firmemente retida verticalmente no recesso tipo ranhura. A retenção horizontal segura é obtida por meio de uma ligação de bloqueio, em virtude da geometria das regiões de ligação que interatuam entre si. A geometria de ligação mostrada nas Figs. 8A e 8B é a mesma do que nas Figs. 6A e 6B, mas a estrutura de camadas do elemento de piso é diferente. Tanto quanto se refere à disposição e métodos de assentamento, esta concretização não difere, portanto, da concretização mostrada nas Figs. 6A e 6B. A estrutura dos elementos de piso é, no entanto, como se segue: como nas Figs. 6A e 6B, existe uma camada externa 21 e uma primeira camada de reforço 22, por cima da mesma, a qual serve como camada de equilíbrio e de reforço. De novo, a disposição tem uma primeira camada de suporte 23 por cima. Esta é seguida por uma segunda camada de reforço 24, uma segunda camada de suporte 25.1, e finalmente pela camada de topo 25.2. A sequência e o material, e as propriedades dos materiais das camadas, não são diferentes das dos elementos de piso mostrados nas Figs. 6A e 6B. A diferença reside na espessura das camadas individuais: nas Figs. 8A e 8B, a distância entre a primeira e a segunda camadas de reforço 22 e 24 a partir da superfície do elemento, respetivamente, mais próxima destas é, de preferência, aproximadamente idêntica. A "superfície, respetivamente, mais próxima" aqui é o lado externo da camada externa 21 para a primeira camada de reforço 22 e o lado externo da camada de topo 25.2 para a segunda camada de reforço 24. As camadas de reforço 22 e 24 servem aqui de camada de equilibragem e camada de equilíbrio dos elementos de piso. As mesmas asseguram que as várias camadas não se movem para fora da posição relativa entre si e provoquem, assim, uma distorção do elemento. A sua posição precisa no elemento é, portanto, uma função das propriedades físicas das diferentes camadas. Devido, por exemplo, à própria camada de topo 25.2 poder assumir uma função de equilibragem parcial, mas a camada 21 poder comportar-se de modo diferente e poder aplicar o equilíbrio excessivo ou insuficiente, é preferido que as camadas de reforço 22 e 24 sejam colocadas adequadamente a fim de compensarem estas diferenças. A primeira camada de reforço 22 deve, de preferência, prolongar-se para os meios de ligação, de preferência, para os meios de ligação tipo lingueta, a fim de assegurar que estes têm a estabilidade requerida. Pelo contrário, a segunda camada de reforço 24 está, de preferência, disposta sem consideração dos meios de ligação, de uma tal maneira que a mesma pode operar como camada de equilibragem em relação à camada de equilíbrio realizada por meio da primeira camada de reforço 22 .

Na quarta concretização descrita nas Figs. 8A e 8B, a segunda camada de reforço 24 está, portanto, por cima dos meios de ligação. A Fig. 9 mostra uma outra estrutura de camadas possível de um elemento de piso. A geometria da Fig. 6A foi, por exemplo, adotada aqui, mas a estrutura de camadas pode ser utilizada com qualquer outra geometria de ligação do invento. 0 elemento de piso tem de novo uma camada externa 21, a qual é a mais inferior. Por cima desta está a primeira camada de reforço 22, a qual desempenha duas tarefas: atuando, em primeiro lugar, como camada de equilíbrio e, em segundo lugar, reforçando a porção tipo lingueta dos meios de ligação. Uma camada de suporte 23 segue-se, por cima da primeira camada de reforço 22. 0 material de que são feitas a camada externa 21, a camada de reforço 22 e a camada de suporte 23 é, de preferência, o mesmo que nas concretizações anteriores. As suas espessuras e posições são também semelhantes. No entanto, a sequência aqui não tem uma segunda camada de reforço nem uma segunda camada de suporte. Em vez disso, existe uma camada de topo 25.2 diretamente por cima da camada de suporte. Este sistema de proteção contra desgaste 25.2 é, de preferência, composto por três porções: uma primeira camada de PVC 25.21, de preferência, com a espessura de cerca de 1 mm, uma camada decorativa 25.22, que pode, por exemplo, ser um papel impresso, ou a qual é impressa diretamente no PVC e, finalmente, uma segunda camada de PVC 25.23, cuja espessura é, de preferência, de 0,2 a 0,8 mm, de particular preferência, de 0,3 a 0,5, e que formam a superfície de serviço.

Neste caso, a camada de topo de PVC 25.2 forma uma camada de equilibragem efetiva e, portanto, não existe a necessidade de uma segunda camada de reforço 22. A produção é assim simplificada. Em particular, é possível pré-fabricar toda a camada de topo de PVC 25.2. O invento não está restringido às concretizações representadas: é também possível que, numa variante com a geometria de ligação como na terceira concretização, deva existir uma segunda camada de reforço por cima da camada de suporte. A conceção da camada externa pode ser completamente diferente: por exemplo, a camada de suporte pode ter sido impressa na sua superfície superior, e a camada de topo pode ser composta por uma camada de desgaste, feita de material transparente. No caso de uma variante específica, por exemplo, a camada de suporte foi impressa, por meio de um processo de impressão digital na sua superfície superior, e está coberta por uma camada de desgaste transparente com a espessura de 0,3 a 0,5 mm, feita de PVC. É também possível utilizar uma camada de topo mineral ou camada externa, por exemplo, uma camada fina de pedra natural. Muitas outras variantes podem, de modo semelhante, serem realizadas dentro do âmbito do invento. É do mesmo modo possível conceber a geometria específica das regiões de ligação de modo diferente. As formas adequadas são em si mesmo conhecidas do sector do parquê e dos laminados. Lateralmente ao longo as camadas, é possível que outros elementos, em especial, elementos de bloqueio, estejam presentes de uma maneira em si mesmo conhecida, e assegurem a ligação na região de ligação.

Deve ser afirmado, de modo resumido, que o invento proporciona um elemento de piso que apresenta um bom isolamento contra efeitos sonoros de sólidos, proporciona um bom conforto ao utilizador, e tem propriedades térmicas vantajosas.

Lisboa, 2016-07-08

Claims

REIVINDICAÇÕES

1 - Elemento de piso (10, 20, 30) com uma camada de suporte (23), uma camada de reforço (22, 24), adjacente à camada de suporte (23), uma camada de topo (25.2) e uma camada externa (21) , em que a disposição tem a camada de suporte (23) e a camada de reforço (22, 24) entre a camada de topo (25.2) e a camada externa (21), e em que o elemento de piso (20.1, 20.2) tem, na sua periferia, meios de ligação para ligação a um outro elemento de piso (20.1, 20.2), caracterizado por a camada de suporte (23) e a camada externa (21) serem compostas por um material de cortiça e por, pelo menos, a camada de suporte (23) e a camada de reforço (22, 24) prolongarem-se para os meios de ligação.
2 - Elemento de piso (10, 20, 30) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a camada de reforço (22, 24) ser composta por um tecido não tecido feito de um material de fibroso, em particular, material de fibra de vidro.
3 - Elemento de piso (10, 20, 30) de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por a disposição ter uma primeira camada de reforço (22), adjacente à camada de suporte (23), e entre a camada de suporte (23) e a camada externa (21).
4 - Elemento de piso (10, 20, 30) de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por a primeira camada de reforço (22) prolongar-se para os meios de ligação.
5 - Elemento de piso (10, 20, 30) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizado por a disposição ter uma segunda camada de reforço (24), adjacente à camada de suporte (23), e entre a camada de suporte (23) e a camada de topo (25.2), ou, em particular, uma segunda camada de suporte (25.1) .
6 - Elemento de piso (10, 20, 30) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizado por a disposição ter a camada de suporte (23), adjacente à camada de topo (25.2), e a camada de topo (25.2) ser, em particular, composta principalmente por PVC e compreender, de preferência, uma camada decorativa (25.22).
7 - Elemento de piso (10, 20, 30) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, caracterizado por a segunda camada de suporte (25.1) ser composta por um material de cortiça.
8 - Elemento de piso (10, 20, 30) de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por a densidade da segunda camada de suporte (25.1) e a densidade da camada externa (21) serem mais elevadas do que a densidade da camada de suporte (23) .
9 - Elemento de piso (10, 20, 30) de acordo com a reivindicação 7 ou 8, caracterizado por a segunda camada de suporte (25.1) e a camada externa (21) serem, respetivamente, compostas por um granulado de cortiça comprimido, em que a dimensão do grão do granulado de cortiça da segunda camada de suporte (25.1) é mais fina do que o tamanho de grão do granulado de cortiça da camada externa (21).
10 - Elemento de piso (10, 20, 30) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 9, caracterizado por a segunda camada de suporte (25.1) e/ou a camada de topo (25.2) terem, no seu lado exterior, impressão e/ou estruturação e/ou cobrir uma camada impressa e/ou estruturada.
11 - Elemento de piso (10, 20, 30) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 10, caracterizado por ter, pelo menos, ao longo dos lados mais longos, meios de ligação para produzir uma ligação de encaixe à pressão.
12 - Elemento de piso (10, 20, 30) de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por apresentar, ao longo dos lados mais curtos, meios de ligação, os quais permitem a inserção vertical de elementos de piso adjacentes. Lisboa, 2016-07-08