PT100601B

PT100601B - Processo para o revestimento de objectos por meio de uma cobertura flexivel, em particular bancos ou outro tipo de assentos

Info

Publication number: PT100601B
Application number: PT100601A
Authority: PT
Original assignee: Guilherm Christian; Sauniere Jean
Priority date: 1991-06-20
Filing date: 1992-06-17
Publication date: 1999-06-30
Also published as: CA2070566C; KR930000068A; JPH05229011A; KR100205734B1; CN1071472A; PT100601A; TW233285B; FR2678001B1; CA2070566A1; JP2587353B2; CN1040139C; FR2678001A1

Description

PROCESSO PARA O REVESTIMENTO DE OBJECTOS POR MEIO DE UMA COBERTURA FLEXÍVEL, UTILIZADO QUANDO DA REALIZAÇÃO DOS PRODUTOS OBTIDOS

Requerentes

CHRISTIAN GUILHEM, francês, industrial e comerciante, residente em Route Nationale 20, · 82350 Albias, França e

JEAN SAUNIERE, francês, industrial e comerciante, residente em Tourets, 82350 Albias, França.

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A presente invenção refere-se a um processo para o revestimento de objectos por meio de coberturas flexíveis, em particular guarnições de um banco ou outro tipo de assento, destinadas a constituir as costas, o assento e os apoios dos cotovelos de um banco. A invenção estende-se aos produtos obtidos por utilização do referido processo e ainda a um meio para ser utilizado na realização do processo.

As guarnições de bancos ou de outro qualquer tipo de assento ou apoio, são geralmente constituídas por um suporte rígido com uma forma apropriada e uma camada elástica, em especial de espuma, mantida na face anterior deste suporte por uma cobertura. 0 suporte rígido é geralmente de madeira ou de plástico (ou material análogo), podendo no entanto também ser metálico.

As coberturas são actualmente feitas a partir de peças de tecido que são cortadas com a forma das guarnições, com uma margem muito grande na periferia.

Esta margem permite apanhar cada cobertura pelos seus bordos, precueá-la na periferia da guarnição e exercer uma tracção que lugar, em é depois fixada ou na sua assegura da no a colocação sua guarnição. A suporte rígido,

No caso de um suporte de da cobertura no referida margem, nas suas costas periferia.

madeira, esta fixação é assegurada habitualmente por agrafagem do tecido no suporte. No caso de um supores metálico, esta fixação é assegurada por uma ripa ou um bite que é aplicado na aba da guarnição para apertar a margem do tecido.

Este processo de revestimento apresenta graves defeiros. Em primeiro lugar, exige uma mão-de-obra importante para efectuar a operação manual de colocação da cobertura no lugar, por traeções sucessivas, e a operação de fixação desta por agrafagem ou por meio de bites ou ripas. No caso de um suporte metálico, estas operações são não só demoradas, como também delicadas e exigem uma grande habilidade. Além disso, a largura importante das margens necessária para a periferia de cada peça de tecido conduz a perdas notáveis de material, em relação ao que é estritamente necessário para revestir as guarnições, muitas vezes, estas margens devem ser sobredimensionadas para suprimir a banda flutuante de tecido, operação que aumenta os custos de mão-de-obra, ao mesmo tempo que comporta riscos de desfiamento das bordas do tecido, prejudiciais para o aspecto final do produto.

Estes inconvenientes foram resolvidos pela técni ca descrita na patente europeia EP 223 312, da Requerente, que visa um processo para o revestimento de um objecto por meio de uma cobertura flexível, que consiste em realizar uma cobertura com a forma adaptada para cobrir uma face do objecto e para possuir uma margem que se reba~e sobre ape riferia desta face ou sobre a face oposta, em manter depois esta cobertura por um fio de tensão, retido

- 3 ao longo ca referida ão esticado e bloqueado a franzir a referida margem e apertá-la na do objecto ou para a face posterior.

A presente invenção visa aperfeiçoado de revestimento da às por fios auxiliares pespontados margem, sendo o referido fio de ten de modo periferia processo derivado técnica atrás recordada, processo e permitindo técnica.

proporcionar um de um objecto, conduzindo este técnica um mesmas vantagens que esta ampliar o campo de aplicações de anterior uma tal

Para isso, a presente invenção visa um de revestimento de um processo objecto por meio de uma cobertura por consistir, em combinação, em:

flexível, caracterizado

- recortar uma peça de material flexível com a forma correspondente à da face anterior do objecto, com uma margem suplementar no contorno;

- pespontar nesta margem fios auxiliares, de modo a formar na borda da peça um ponto de luva que compreende uma linha de pesponto no material e uma linha de fixação exterior, tendo entre as duas uma passagem que se estende ao longo ca referida margem;

- colocar no lugar, na passagem do ponto de luva, um fio de ensamblagem disposto de modo que esse fio possa deslizar no interior desta passagem e ao longo da mesma com comprimentos de excesso nas suas extremidades, compreendendo o referido fio de ensamblagem um fio condutor da corrente eléctrica, revestido com um material termocolante, apropriado para se tornar adesivo por aquecimento a uma temperatura inferior à temperatura de fusão dos fios auxiliares do ponto de luva e do material flexível;

- recobrir a face anterior do objecto por meio da peça, de modo que a margem provida do fio de ensamblagem ultrapasse o contorno deste;

- dobrar a referida margem na periferia do objecto

- 4 e exercer nas duas extremidades do fio de ensamblagem tracções de sentidos opostos tendentes a diminuir o comprimento do fio de ensamblagem introduzido na referida passagem; e

- ligar o fio condutor a uma fonte de corrente eléctrica de modo a aquecer o material termocolante e a selar em todo o seu contorno a aba da margem num suporte.

Deve notar-se que é conhecido, da patente FR 1 049 71-, o processo de utilizar um fio eléctrico com vista a unir dois elementos. Todavia, o processo descrito nesca patente refere-se a um sector técnico muito afastado do da presente invenção. Além disso, ele visa a união de elementos termoplásticos, isto é, segundo esse processo,' e contrariamente à presente invenção, o fio apenas constitui um simples meio aquecedor, inadequado para assegurar a soldadura dos elementos.

Um tal processo conduz, em primeiro lugar, às mesmas vantagens que a técnica descrita na patente europeia EP 223 312. Além disso, segundo este processo, a aba da cobertura encontra-se solidarizada com o suporte na totalidade da sua periferia, indo portanto adaptar-se perfeitamente à forma deste último. 0 campo das aplicações de um tal processo é muito vasto.

Com efeito, e em primeiro lugar, permite solidarizar a cobertura em suportes de naturezas muito diversas, utilizando, de maneira vantajosa, um fio de ensamblagem cujo material de revestimento termocolante é constituído por uma resina sintética ou por uma mistura de resinas sintéticas apta para apresentar propriedades adesivas numa pluralidade de materiais tais como metais, plásticos, madeira, .

materiais porosos ).

Por outro lado, (papel, cartão, podem encarar-se couro, várias formas de realização, que oferecem possibilidades de revestimento e de ensamblagem variadas.

Assim, segundo uma primeira forma de realização que visa a cobertura de um objecto que possui uma face

- 5 posterior oposta à face anterior, o fio de ensamblagem é colocado de modo a ficar em frente da face posterior depois da dobragem da margem, de modo gue a referida face posterior constitua o suporte no qual é selada a aba da peça flexível.

Segundo esta forma de realização, o contorno da cobertura fica então selado, na totalidade da sua periferia, na face posterior do objecto. Deve notar-se que um ponto vantajoso da presente invenção, neste caso, reside no facto de a cobertura poder ser colada directamente na camada elástica de uma guarnição de banco a revestir, sem ser necessário que esta camada elástica seja forrada com um suporte rígido ao nível da sua face posterior. A única condição imposta visa a obrigação de utilizar um material termocolante com propriedades adesivas relativamente à camada elástica.

facto de a cobertura ser selada na totalidade da sua periferia na face posterior do objecto permite, por outro lado, revestir objectos não planos, isto é, apresentando uma face anterior e portanto uma face posterior de forma côncava, convexa, etc.. Este revestimento pode com efeito ser realizado de maneira vantajosa mantendo uma pressão na periferia da peça, quando da operação de termocolagem da referida periferia na face posterior do objecto.

Por outro lado, o processo segundo a presente invenção permite igualmente revestir um objecto cuja face posterior apresenta um contorno não linear e, em especial, partes de contorno côncavo.

De maneira vantajosa e para realizar este revestimento:

- dispõe-se uma cavilha que fica saliente em relação à face posterior na aba desta última, na direcção da zona de inflexão de cada parte de contorno côncavo;

- para cada uma destas partes de contorno côncavas, abre-se na aba da peça e antes da realização do ponto de luva, um recorte alongado disposto de modo a ficar na prumada da passagem; e

- dobra-se a margem na periferia do objecto, de modo que cada um dos recortes alongados aloje uma cavilha e que o fio de ensamblagem vá apoiar-se do lado interior da referida cavilha.

Uma segunda forma de realização da presente invenção pode além disso permitir revestir com uma cobertura, um objecto dotado com uma face posterior e, simultaneamente, solidarizar esta face posterior num segundo suporte. Para isso:

- posiciona-se o fio de ensamblagem· na borda da peça, na porção da margem;

- encosta-se um segundo suporte contra a face posterior do objecto; e

- sela-se, por aquecimento do material termocolante, o contorno da aba da peça flexível na face posterior do objecto e no segundo suporte.

Segundo uma terceira forma de realização, pode igualmente revestir-se um objecto com uma cobertura, numa primeira operação, e solidarizar ulteriormente este objecto num suporte. Para isso:

- posiciona-se o fio de ensamblagem na face da margem que fica oposta à face posterior depois de dobrar a referida margem;

- bloqueiam-se as extremidades do fio de ensamblagem depois das tracções;

- dispõe-se o objecto num suporte e liga-se o fio condutor a uma fonte de corrente de modo a solidarizar o objecto no referido suporte.

Finalmente, o processo segundo a presente invenção pode permitir revestir um objecto que tenha uma periferia dotada com um entalhe, na periferia da face anterior. Para isso, posiciona-se o fio de ensamblagem

- 7 para ficar em frente do entalhe, depois da dobragem da margem, introduzindo-se o referido fio no referido entalhe quando da operação de tracção,

A presente invenção refere-se igualmente, como meio que permite a realização do processo descrito atrás, a um fio de ensamblagem que compreende:

- uma alma constituída por um fio condutor da corrente eléctrica, envolvido num material termocolante;

- e uma manga feita por entrançamento de fibras de um material termocolante apropriado para ser activado a uma temperatura vizinha da temperatura de activação do material de revestimento.

A presente invenção refere-se igualmente a guarnições de bancos susceptíveis de ser obtidas pelo processo segundo a presente invenção e que compreendem uma camada elástica, uma cobertura flexível que cobre uma face, dita anterior, da cobertura e compreendendo uma margem rebatida sobre a periferia ou para a face oposta, dita posterior, a esta face anterior, sendo as referidas guarnições caracterizadas por a cobertura compreender um fio condutor electricamente retido por fios auxiliares pespontados de modo a formar um ponto de luva na borda da referida margem e manter-se por meio de um cordão de material termocolante que corre ao longo do fio condutor e que efectua uma ligação adesiva entre a aba da margem e o contorno da face anterior ou da face posterior.

Outras características, objectivos e vantagens da presente invenção evidenciar-se-ão na descrição de pormenor que se segue, com referência aos desenhos anexos que a representam, a título de exemplo não limitativo, numa forma de realização preferida. As figuras dos desenhos, que fazem parte integrante desta memória descritiva, representam:

A Fig. 1 - uma vista em perspectiva numa escala maior, de um fio de ensambla8 gem para a realizaçao do processo segundo a presente invenção;

A Fig. 2 - uma vista esquemática, em corte vertical, de uma prensa de revestimento que permite a realização do processo segundo a presente invenção;

As Figs. 3a a 3e - vistas esquemáticas que ilustram o processo de revestimento segundo a presente invenção; e

A Fig. 4 - uma vista	em	perspectiva	de	uma
guarnição	de	assento obtida	por
realização	do	processo da	presente

invenção.

processo segundo a presente invenção tem por objectivo revestir objectos, tais como guarnições de bancos, ou outros tipos de assentos ou apoios, por meio de uma cobernura flexível, em cuja aba se forma um ponto de luva que prende um fio de ensamblagem apropriado para deslizar longitudinalmente no referido ponto de luva. Esta cobertura flexível e o processo do seu fabrico estão descritos na patente europeia 223 312, já referida, à qual deve recorrer-se para mais pormenores.

Como está representado na Fig. 1 , o fio de ensamblagem (1 ) destinado a ficar preso no ponto de luva compreende uma alma constituída por um fio condutor (2) envolvido por um material termocolante (3) e uma manga entrançada (4).

Em primeiro lugar, o fio do condutor (2) é um fio metálico com um diâmetro que varia entre 0,4 mm e 0,6 mm. Este fio está além disso esmaltado para que esteja isolado electricamente.

material de revestimento (3) termocolante consiste, por sua vez, numa resina sintética ou uma

- 9 mistura de resinas sintéticas que apresenta, por um lado, propriedades adesivas numa multitude de materiais, tais como metais, plásticos, materiais porosos (papel, cartão, couro, madeira, ...) e, por outro lado, uma temperatura de activação compreendida entre 60° e 75° C inferior à temperatura de fusão do ponto de luva (como exemplo de resina que satisfaz a estes critérios, cita-se a que é comercializada pela Société THERMELT e cujas características estão definidas na ficha técnica 122 lb 84 JJN) .

A manga entrançada (4) em cujo interior é introduzida esta alma constituída pelo fio condutor da corrente eléctrica (2) e pelo material de revestimento (3), é realizada por entrançamento de fibras à base de polietileno e/ou polipropileno. Tem uma temperatura de fusão da ordem da do material termocolante, isto é, sensivelmente compreendida entre 60° e 75°C. As funções desta manga entrançada (4) são, por um lado, facilitar o deslizamento do fio de ensamblagem (1) na passagem do ponto de luva e, por outro lado, prender o fio condutor (2) qualquer que seja a forma do contorno, por exemplo com partes côncavas, da aba da peça flexível. Além disso, esta manga permite reforçar o cordão de material termocolante, que forma a ligação adesiva da cobertura no seu suporte.

revestimento de um objecto por meio de uma peça de tecido dotada com este fio de ensamblagem (1) descreve-se a seguir, no quadro da aplicação do processo para o revestimento de uma guarnição de banco.

Este revestimento é feito por meio de uma prensa como se representa esquematicamente na

Fig. 2. Esta prensa é do tipo da representada nas Figs. 8 e 9 da patente europeia 223 312 já referida. Compreende os meios gerais descritos nessa patente anterior: uma armação (5), um órgão de. compressão (6), constituído por uma placa ou cruzeta, um macaco (7) que suporta o órgão de compressão (6) com vista a permitir a sua deslocação verticalmente, o prato (8) situado na prumada do órgão (6) e garras (9) para assegurar uma tracção nas extremidades de um fio de ensamblagem (1 ) na parte traseira da guarnição (refere-se esta patente para mais pormenores sobre estes órgãos e a sua realização).

A primeira diferença entre a prensa segundo a presente invenção e a que se acaba de recordar, reside na estrutura das garras (9). Com efeito, segundo a presente invenção, estas garras são constituídas por pinças (9), do tipo de pinças de corcodilo, cada uma das quais é ligada, através de um fio eléctrico (10), a um dos terminais de uma fonte de corrente (11). No exemplo, esta fonte de corrente (11) compreende um variador electrónico que fornece uma energia eléctrica de baixa tensão (24 V ou 48 V) e de grande intensidade de corrente.

Em relação à prensa da patente europeia atrás recordada, a prensa segundo a presente invenção compreende por outro lado um contramolde (12) que consiste numa coroa com forma e dimensões conjugadas com o contorno da face posterior da guarnição a revestir, adaptada para exercer uma pressão na margem da peça de tecido, depois de a referida margem ter sido dobrada sobre a face posterior referida. Além disso, este contramolde (12) é suportado por macacos (13) que permitem deslocá-lo verticalmente.

As Figs. 3a a 3e ilustram o processo realizado por meio da referida prensa de revestimento.

Um molde de manutenção (14) é colocado no centro do prato (8): possui bordos elevados (14a) e a sua forma está adaptada à da guarnição (15) a revestir. Em vez de e no lugar deste molde, convém notar que pode igualmente utilizar-se um recinto cheio com um leito de partículas como o descrito no pedido de patente europeia 350 979.

Esta guarnição (15) é constituída por um suporte rígido (15a) e uma camada elástica de espuma (15b). A sua cobertura (16) é formada por uma peça de tecido cortada previamente com a forma da guarnição, com uma margem suplementar (16a), e provido do fio de ensamblagem (1 ) na aba desta margem.

A peça de tecido (16), a camada de espuma (15b) e o suporte rígido (15a) são sobrepostos no molde (14), como se ilustra na Fig. 3a, ficando a margem (16a) da peça elevada pelos bordos (14a) do molde.

A placa (6) é depois baixada, por acção do macaco (7), até comprimir a camada elástica (15b) (Fig. 3b).

As pinças (9) são então aproximadas uma da outra (Fig. 3c) e o operador cruza as extremidades do fio de ensamblagem (1) para fixar cada uma delas na pinça (9) oposta.

As pinças são então afastadas (Fig. 3d). No decurso deste movimento, elas exercem nas extremidades do fio de ensamblagem (1 ) tracções que apertam de novo a margem (16a), que vai rebater-se contra a face posterior do suporte rígido.

Uma vez a margem rebatida, o ccntra-molde (12) é baixado por acção dos macacos (13) e vai exercer uma pressão nessa margem (Fig. 3e). As pinças (9) são então alimentadas electricamente durante alguns segundos e a elevação da temperatura do fio condutor (2) provoca a fusão da resina de revestimento (3) e da manga entrançada (4). 0 material em fusão expande-se através do ponto de luva e forma assim um cordão que realiza uma ligação adesiva entre a margem (16a) da peça de tecido (16) e o suporte rígido (15a), ligação cuja aderência é reforçada pela pressão exercida pelo contra-molde (12).

No decurso desta operação, podem dispor-se goteiras (não representadas), sob os troços de extremidade do fio de ensamblagem (1 ) para evitar que caia material em fusão sobre a guarnição.

Este processo permite obter uma guarnição como a representada vista de trás na Fig. 4, que possui qualidades de acabamento notáveis, devidas em especial ao facto de a margem ficar perfeitamente solidarizada em todo o seu contorno no suporte rígido.

Claims

R Ε I V I N DICAÇÕES

12. - Processo para o revestimento de um objecto por meio de uma cobertura flexível (16), possuindo este objecto uma face anterior a revestir, caracterizado por em conjunto, consistir em:

- cortar uma peça (16) de material flexível de forma correspondente à da face anterior do objecto, com uma margem periférica suplementar (16a);

- pespontar nesta margem (16a) fios auxiliares de modo a formar ao longo do bordo da peça, um ponto de luva que compreende uma linha de pesponto no material e uma linha de fixação exterior, deixando entre os dois uma passagem que se estende ao longo da referida margem;

- colocar no lugar, na passagem do ponto de luva, um fio de ensamblagem (1 ) disposto de modo que este fio possa deslizar no interior e ao longo desta passagem com comprimentos de excesso nas suas duas extremidades, compreendendo o referido fio de ensamblagem um fio (
2) condutor eléctrico envolvido num material termocolante (
3), apto para se tornar adesivo por aquecimento a uma temperatura inferior à temperatura de fusão dos fios auxiliares do ponto de luva e do material flexível;

- recobrir a face anterior do objecto por meio da peça (16), de modo que a margem (16a) provida do fio de ensamblagem (1) ultrapasse o contorno deste;

- dobrar a referida margem (16a) ao longo da aresta do objecto e exercer nas duas extremidades do fio de ensamblagem (1 ) tracções em sentidos opostos tendendo a encurtar o comprimento do fio de ensamblagem (1) em contacto com a referida passagem; e

- ligar o fio condutor (2) a uma fonte de corrente (11) de modo a aquecer o material termocolante (3) e a selar em toda a sua periferia o bordo da margem (16a) num suporte (15a).

22. - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se exercerem tracções nas extremidades do fio de ensamblagem (1) por meio de pinças (9) ligadas electricamente a uma fonte de corrente (11) e por se alimentarem electricamente as pinças (9) depois de ter efectuado as já referidas tracções.

30. - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 ou 2, caracterizado por se utilizar um fio de ensamblagem (1 ) cujo material de revestimento termocolante (3) é constituído por uma resina sintética ou por uma mistura de resinas sintéticas próprias para apresentar propriedades adesivas numa pluralidade de materiais tais como metais, plásticos, materiais porosos (papel, cartão, couro, madeira, etc.).

49. - Processo de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por se utilizar um fio de ensamblagem (1 ) que compreende uma manga entrançada (4) realizada por entrançamento de fibras de um material termocolante apropriado para se tornar adesivo a uma temperatura vizinha da temperatura de activação do material de revestimento (3).

5^e- - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se utilizar um fio de ensamblagem (1 ) que compreende um material de revestimento (3) e uma manga entrançada (4) cuja temperatura de activação está sensivelmente compreendida entre 60°C e 75°C.

62. - Processo de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por se utilizar um fio de ensamblagem (1 ) cujo fio condutor (2) está revestido com uma

- 14 camada de material isolante, tal como o esmalte.

79. - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 ou 6, para o revestimento de um objecto que possui uma face posterior oposta à face anterior, caracterizado por o fio de ensamblagem (1 ) estar posicionado para se colocar em frente da face posterior depois da dobragem da margem (16a), de modo que a referida face posterior constitua o suporte no qual é selado 0 bordo do material flexível.

89. - Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por se manter uma pressão na periferia do bordo do material de cobertura, quando da operação de colagem do referido bordo na face posterior do objecto.

99. - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 7 ou 8 para o revestimento de um objecto cuja face posterior apresenta um contorno não linear e em especial partes de contorno côncavas, caracterizado por:

- se dispor uma cavilha que fica saliente relativamente à face posterior no bordo desta última no alinhamento da zona de inflexão de cada parte de contorno côncava;

- para cada uma destas partes de contorno côncavo, se abrir no bordo da peça feita no material de revestimento e antes da realização do ponto de luva, um recorte alongado disposto de modo a encontrar-se na vertical da passagem; e

- se dobrar a margem na periferia do objecto de modo que cada um dos recortes alongados aloje uma cavilha e que o fio de ensamblagem (1 ) vá apoiar-se do lado interior da referida cavilha.

109. - Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por:

- se posicionar o fio de ensamblagem (1) ao longo

- 15 do bordo da peça feita de material de revestimento, na porção da margem (16a);

- se ir colar um segundo suporte contra a face posterior do objecto; e

- se selar, por aquecimento do material termocolante (3), a periferia do bordo da peça flexível, na face posterior do objecto e no segundo suporte.

112. - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, para o revestimento de um objecto que possui uma face posterior oposta à face anterior, caracterizado por:

- se posicionar o fio de ensamblagem na face da margem oposta à face posterior depois da dobra da referida margem;

- se bloquearem as extremidades do fio de ensamblagem (1) após a aplicação de tracções; e

- se dispor o objecto num suporte e se ligar o fio condutor (2) a uma fonte de corrente (11) de modo a solidarizar o objecto no referido suporte.

122. - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, para o revestimento de um objecto que possui uma periferia provida de um entalhe na periferia da face anterior, no qual se posiciona o fio de ensamblagem para ficar colocado em frente do entalhe, depois da dobragem da margem, introduzindo-se o referido fio no referido entalhe quando da operação de tracções.

132. - Guarnição de apoio susceptível de ser obtida pelo processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 12, que compreende uma camada elástica (15b), uma cobertura flexível (16) que cobre uma face, dita anterior, da guarnição e compreendendo uma margem (16a) rebatida sobre o contorno ou no sentido da face oposta, dita posterior, desta face anterior, caracterizada por a referida cobertura compreender um fio condutor (2) electricamente retido por fios auxiliares pespontados de modo a formar um ponto de luva ao longo do bordo da margem (16a) referida, e é mantida por meio de um cordão de material termocolante (3,4) que corre ao longo do fio condutor (2) e realizando uma ligação adesiva entre o bordo da margem (16a) e o contorno da face anterior ou da face posterior.

14-· - Fio de ensamblagem que permite a realização de um processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 12, caracterizado por compreender:

- uma alma constituída por um fio (2) condutor eléctrico, envolvido por um material termocolante (3); e

- uma manga (4) feita por entrançamento de fibras de um material termocolante apropriado para ser activado a uma temperatura vizinha da temperatura de activação do material de revestimento (3).

15²· - Fio de ensamblagem de acordo com a reivindicação 14, caracterizado por o material de revestimento (3) consistir numa resina sintética ou numa mistura de resinas sintéticas apropriadas para apresentar propriedades adesivas numa pluralidade de materiais, tais como metais, plásticos, materiais porosos (papel, cartão, couro, madeira, etc.).

165. - Fio de ensamblagem de acordo com qualquer das reivindicações 14 ou 15, caracterizado por o material de revestimento (3) e a manga entrançada (4) possuírem uma temperatura de activação sensivelmente compreendida entre 60°C e 75°C.

175. - Fio de ensamblagem de acordo com qualquer das reivindicações 14 a 16, caracterizado por a manga entrançada (4) ser feita a partir de fibras à base de polietileno e/ou polipropileno.

182. - Fio de ensamblagem de acordo com qualquer das reivindicações 14 a 17, caracterizado por o fio condutor (2) ser um fio metálico com um diâmetro que varia entre
4/10 e 6/10 de mm.

192. - Fio de ensamblagem de acordo com qualquer das reivindicações 14 a 18, caracterizado por 0 fio condutor (2) ser esmaltado.