BRPI1001397A2 - máquina de bandeamento de bordas - Google Patents

Abstract

MáQUINA DE BANDEAMENTO DE BORDAS. Trata-se de uma máquina de bandeamento de 5 bordas (1) para bandear as bordas de uma peça de trabalho (2) a ser usinada feita de madeira ou de materiais semelhantes, a máquina compreendendo uma série de unidades operacionais (101, 102, 103, 104) disposta em um percurso de avanço (P) da referida peça de trabalho (2) para aplicar um elemento laminar a uma borda da referida peça de trabalho (2). Para obter uma máquina de bandeamento de bordas compacta (1) de construção simples e económica, em que as peças de trabalho (2) a serem usinadas são avançadas por um movimento regular e retidas de maneira firme e eficaz, usamos uma correia transportadora (12) configurada para avançar a referida peça de trabalho (2) a ser usinada em um sentido de avanço (X) ao longo do referido percurso de avanço (P).

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "MÁQUINA DE BANDEAMENTO DE BORDAS".

A presente invenção refere-se a máquinas de bandeamento de bordas, em específico ao tipo linear monolateral, para bandear a borda de peças de trabalho de madeira ou de materiais parecidos.

As máquinas de bandeamento de bordas são conhecidas por aplicar e colar bordas a perfis de peças de trabalho, por exemplo, painéis, mesas, pás, portas etc., feitas de madeira ou de materiais parecidos.

Máquinas de bandeamento de bordas atuais incluem, por exemplo, a máquina de bandeamento de bordas automática compacta Olimpic K200® do mesmo requerente.

Esta máquina conhecida compreende uma corrente de circuito fechado em torno de um rolete de acionamento, que guia a corrente, e em torno de um ou mais roletes guiados. A corrente é feita pela conexão de vários trilhos, todos eles de formato retangular e munidos de uma superfície revestida de material polimérico. Uma parte superior da corrente, substancialmente horizontal, estende-se ao longo de uma direção longitudinal da máquina em uma área operacional da máquina e é disposta para apoiar e avançar as peças de trabalho a serem usinadas.

Essa máquina conhecida compreende ainda um meio de pressionamento de formato paralelepípedo estendendo-se longitudinalmente na área operacional que carrega vários roletes para exercer um impulso vertical nas peças de trabalho para mantê-las para serem usinadas pressionadas contra a corrente.

A máquina conhecida compreende ainda, na área operacional, várias unidades operacionais dispostas em seqüência ao longo da direção longitudinal em uma posição lateral em relação à corrente e ao meio de pressionamento. Em particular, esta máquina compreende uma unidade de colagem para colar uma borda à peça de trabalho, uma unidade de corte para cortar uma parte da borda protuberante lateral em relação à peça de trabalho, uma unidade de aplainamento para aplainar a borda em relação à peça de trabalho removendo as partes protuberantes acima e abaixo dela, unidades de raspagem para eliminar os resíduos de cola e terminar a conexão entre a borda e a peça de trabalho usinada e uma unidade de escova para limpar e polir a borda.

A máquina de bandeamento de bordas conhecida compreende ainda um alimentador para alojar a borda que será aplicada à peça de trabalho, em termos gerais, no formato de uma bobina de plástico.

Uma desvantagem da máquina de bandeamento de bordas conhecida é que a corrente supramencionada não permite a obtenção de grande fricção para reter sobre a corrente as peças de trabalho sendo usinadas. Por esse motivo, é necessário que o meio de pressionamento exerça um impulso muito grande sobre a peça de trabalho para garantir o posicionamento firme dela sobre a corrente durante a usinagem. No entanto, este grande impulso pode deixar marcas ou ranhuras visíveis na superfície superior da peça de trabalho, prejudicando, assim, sua aparência estética.

Outra desvantagem da máquina conhecida é que tais correntes não garantem o movimento regular das peças de trabalho. De fato, perto dos roletes em torno dos quais a corrente é fechada, os trilhos da corrente são dispostos de modo a formar uma linha quebrada poligonal. Isso causa o movimento irregular da peça de trabalho, mais especificamente, um movimento indexado caracterizado por acelerações e frenagens que diminuem a precisão das usinagens.

Ainda outra desvantagem da máquina conhecida é que tais correntes são onerosas; além do quê, montá-las na máquina requer grande precisão e, portanto, grandes tempos e custos de montagem.

Um objetivo da presente invenção é o de melhorar as máquinas de bandeamento de bordas conhecidas.

Outro objetivo é o de obter uma máquina de bandeamento de bordas em que as peças de trabalho sejam movidas pela área operacional com movimentos regulares.

Ainda outro objetivo da presente invenção é o de obter uma máquina de bandeamento de bordas em que as peças de trabalho sejam retidas de forma firme e eficaz.

Um objetivo adicional é o de obter uma máquina de bandeamento de bordas que realizar usinagens nas peças de trabalho com grande precisão. Ainda outro objetivo adicional é o de obter uma máquina de bandeamento de bordas para peças de trabalho de bandeamento de bordas garantindo boa qualidade estéticas a elas, isto é, uma máquina de bandeamento de bordas que realize usinagens nas peças de trabalho supramencionadas sem arruinar as mesmas.

Ainda outro objetivo é o de obter uma máquina de bandeamento de bordas de construção fácil e barata.

Esses e ainda outros objetivos são todos atingidos por uma máquina de bandeamento de bordas feita de acordo com qualquer uma das reivindicações estabelecidas mais abaixo.

A invenção pode ser mais bem compreendida e implementada com referência aos desenhos em anexo, os quais ilustram uma concretização dela a título exemplificativo não- limitante, nos quais:

A Figura 1 é uma vista em perspectiva de uma máquina de bandeamento de bordas de acordo com a presente invenção;

A Figura 2 é uma vista dianteira da máquina da Figura 1;

A Figura 2A é uma vista dianteira parcial e alongada do meio de pressionamento em uma área operacional da máquina da Figura 1; A Figura 3 é uma vista lateral parcial e esquemática de uma parte da máquina da Figura 1, na qual certos elementos são ilustrados em corte transversal;

A Figura 4 é um detalhe ampliado da Figura 3.

Com referência às Figuras 1 e 2, é ilustrada uma máquina de bandeamento de bordas 1, em particular do tipo linear monolateral, para bandear bordas em peças de trabalho 2 a serem usinadas, por exemplo, feitas de madeira ou de materiais semelhantes.

A máquina de bandeamento de bordas 1 pode compreender um alimentador 3, opcionalmente de formato cilíndrico, disposto para apoiar um elemento laminar na forma de uma bobina (não-ilustrado) a ser aplicado a uma borda da peça de trabalho 2.

A máquina de bandeamento 1 pode compreender ainda uma carcaça 4, opcionalmente suportada por vários pés 5, que repousam no chão da sala em que a máquina 1 se localiza.

A carcaça 4 pode compreender uma parte inferior 6 contígua aos pés 5 que é opcionalmente oca de modo a definir uma cavidade interna de formato substancialmente prismático. Nesta cavidade, que é opcionalmente dividida em várias cavidades adjacentes umas às outras, é possível alojar, em particular, grande parte dos cabos elétricos necessários para a operação da máquina 1. Além disso, a cavidade pode receber um tanque (não-ilustrado) contendo uma substância adesiva, normalmente cola, usada para colar o elemento laminar à peça de trabalho 2.

A carcaça 4 pode compreender ainda uma parte superior 7, que também é opcionalmente oca de modo a definir, em seu interior, outra cavidade de formato substancialmente prismático. A parte superior 7 pode receber uma série de unidades operacionais 101, 102, 103, 104 (ilustrados em parte na Figura 2 e reveladas em mais detalhes abaixo) dispostas para realizar usinagens subsequentes na peça de trabalho 2.

A parte inferior 6 e a parte superior 7 podem ser separadas por uma área operacional 8, onde a peça de trabalho 2 é usinada. A área operacional 8 é, portanto, substancialmente limitada, acima, pela parte superior 7 e, abaixo, pela parte inferior 6.

A máquina de bandeamento de bordas 1 pode compreender um meio de transportação 9 para avançar a peça de trabalho 2 ao longo de um percurso de avanço P de uma área de entrada 10 a uma área de saída 11 da máquina 1. No percurso de avanço P, que, por opção, é substancialmente paralelo ao sentido de avanço X, a peça de trabalho 2, à medida que avança, é submetida a usinagens subsequentes realizadas pelas várias unidades operacionais supramencionadas 101, 102, 103, 104 montada na máquina 1.

O meio de transportação 9 pode compreender uma correia transportadora 12 de circuito fechado em torno de um rolete de acionamento 13, um primeiro rolete ocioso 14 e um segundo rolete ocioso 15, o último sendo disposto, em específico, para manter a correia transportadora 13 esticada. O rolete de acionamento 13 pode ser acionado por um motor elétrico 24, ilustrado na Figura 3.

A medida que avança ao longo do percurso de avanço P, a peça de trabalho 2 pode ser mantida pressionada contra a correia transportadora 12 por um meio de pressionamento 41, ilustrado em ampliação na Figura 2A. O meio de pressionamento 41, compreendendo, por exemplo, vários roletes 42, exerce um impulso descendente sobre a peça de trabalho 2 em um sentido substancialmente vertical.

A correia transportadora 12 pode ser, por exemplo, uma correia transportadora do tipo disponível para comércio, que é substancialmente semelhante às correias transportadoras no setor de fabricação de azulejos de cerâmica para avançar os azulejos. Em particular, a correia transportadora 12, da qual a Figura 4 ilustra uma parte em mais detalhes, pode compreender várias camadas, cada uma delas sendo adequada para conferir à correia transportadora 12 propriedades mecânicas e/ou físicas e/ou químicas específicas. Vale frisar que é possível definir uma parte operacional 12a da correia transportadora 12 como a parte da correia transportadora 12 voltada para a área operacional 8.

Conforme ilustra a Figura 4, a correia transportadora 12 pode compreender uma primeira camada externa 16, por exemplo, feita de um elastômero, configurada para ser posta em contato com a peça de trabalho 2 que será usinada. Em outras palavras, uma superfície inferior 17 da peça de trabalho 2 repousa sobre uma superfície de contato 18 da primeira camada 16.

A correia transportadora 12 pode compreender ainda uma segunda camada 19, adjacente à primeira e, por exemplo, feita de um material compreendendo um tecido duplo que garanta boas características de tensão e suporte à correia transportadora 12.

A correia transportadora 12 também pode compreender uma terceira camada 20, adjacente à segunda e, por exemplo, feita de um elastômero, possivelmente com características diferentes do elastômero do qual a primeira camada 16 é feita. A terceira camada 20 pode ser posta em contato lateralmente com um elemento de contenção lateral 30, que, conforme explicaremos melhor abaixo, limita o movimento lateral da correia transportadora 12.

A correia transportadora 12 pode compreender uma quarta camada 21, adjacente à terceira e, por exemplo, feita de tecido, em particular de fibras conhecidas como "algodão turco", para conferir à correia transportadora 12 boa capacidade de deslizar sobre um plano de repouso 22. Em uso, o plano de repouso 22 pode ser posto em contato com a superfície deslizante 23 da quarta camada 21, que, portanto, desliza sobre o plano de repouso 22. Deve-se observar que a correia transportadora 12 é delimitada por uma superfície de contato 18, operacionalmente posta em contato com a peça de trabalho 2, e por uma superfície de deslizamento 23, oposta à superfície de contato 18 e capaz de deslizar sobre o plano de repouso 22.

A superfície de contato 18 define um plano de transportação 25 pelo qual a peça de trabalho 2 é avançada ao longo do percurso de avanço P.

Em outras palavras, em uso, a primeira camada 16 é disposta entre a peça de trabalho 2 e a segunda camada 19; a segunda camada 19 é disposta entre a primeira camada 16 e a terceira camada 20; a terceira camada 20 é disposta entre a segunda camada 19 e a quarta camada 21; e a quarta camada 21 é disposta entre a terceira camada 20 e o plano de repouso 22.

O plano de repouso 22, que se estende substancialmente ao longo do sentido de avanço X, compreende uma superfície de acoplamento 26 em contato com a superfície de deslizamento 23 da quarta camada 21 da correia transportadora 12 e sobre a qual ela desliza. Em particular, deve-se observar que a parte operacional 12a da correia transportadora 12 desliza sobre o plano de repouso 22. Para fazer com que a parte de operação 12a deslize sobre o plano de repouso 22, a superfície de acoplamento 26 pode ser submetida a usinagens mecânicas que confiram uma boa qualidade periférica à superfície de acoplamento 26.

O plano de repouso 22 pode ser fixado a um elemento alongado 27, por exemplo, uma barra de aço oca com um corte substancialmente quadrangular, ilustrada em mais detalhes na Figura 3. Tal elemento alongado 27 pode estender-se com prevalência ao longo do sentido de avanço X, opcionalmente entre o rolete de acionamento 13 e o primeiro rolete ocioso 14, e pode suportar o plano de repouso 22.

O elemento alongado 27 pode ser suportado por uma barra fixa conectada à carcaça 4. A partir da barra, substancialmente em uma área mediana dela, estende-se um braço que suporta rotativamente o segundo rolete ocioso 15, que, por sua vez, entra em contato com a correia transportadora 12, firmando-a. Em particular, o segundo rolete ocioso 15, assim como o primeiro rolete ocioso 14 e o rolete de acionamento 13, entra em contato com a superfície de deslizamento 23 da quarta camada 21 da correia transportadora 12.

O elemento de contenção lateral supramencionado 30 pode ser fixado ao elemento alongado 27, o elemento de contenção lateral supramencionado 30 sendo, em específico, feito de plástico, tal como, por exemplo, polietileno. O elemento de contenção lateral 30 pode estender-se ao lado da parte operacional 12a da correia transportadora 12 ao longo do sentido de avanço X substancialmente por um comprimento igual ao do elemento alongado 27 e pode ser fixado a ele por vários meios de fixação 21, em específico, parafusos.

O elemento de contenção lateral 30 pode ser posto em contato lateralmente, por exemplo, com a quarta camada 21 e com uma parte da espessura da terceira camada 20 em uma superfície de contato lateral 20a, conforme ilustra a Figura 4. Em particular, o elemento de contenção lateral 30 pode ser posto em contato lateralmente com uma parte adequada da espessura da corrente transportadora 12 de modo a prender a correia transportadora 12 e limitar seus movimentos ao longo de uma direção Y, que é substancialmente transversal ao sentido de avanço X.

Deve-se observar que o elemento de contenção lateral 30 é opcionalmente disposto de modo a encontrar-se a uma altura mais baixa do que o plano de transportação 25 definido pela superfície de contato 18 na qual a peça de trabalho 2 repousa.

A máquina de bandeamento de bordas 1 pode compreender ainda uma barra de suporte 32, que se estende, por opção, por um comprimento substancialmente igual ao da máquina 1 ao longo do sentido de avanço X. A barra de suporte 32 pode ser movida ao longo da direção Y para suportar a peça de trabalho 2 que será usinada junto com a parte operacional 12a da correia transportadora 12. Conforme ilustra a Figura 1, a barra de suporte 32 pode ser movida, por opção, por um acoplamento axialmente deslizável, por exemplo, do tipo com uma barra que é deslizável dentro de uma guia prismática ou cilíndrica. Em particular, o acoplamento pode compreender, opcionalmente em extremidades opostas da máquina de bandeamento de bordas 1, uma guia 33 e uma barra 34 que desliza para dentro da guia 33 e é opcionalmente fixada a partes conectoras 35 da barra de suporte 32. Em outras palavras, as guias 33, opcionalmente fixadas à parte inferior 6 da máquina 1, guiam o movimento das barras 34 correspondentes ao longo da direção Y.

A barra de suporte 32 compreende vários elementos de rolagem 36, em específico, roletes cilíndricos, nas superfícies sobre as quais a peça de trabalho 2 que será usinada por deslizar. Deve-se observar que os pontos de contato entre esses elementos de rolagem 36 e a peça de trabalho 2 são substancialmente contidos no plano de transportação 25.

A máquina de bandeamento de bordas 1 pode compreender um codificador 37 (Figura 1) ligado, por opção, coaxialmente a um eixo mecânico do primeiro rolete ocioso 14 para detectar a posição angular do referido eixo e, portanto, do primeiro rolete ocioso 14.

Como alternativa, o codificador 37 pode ser suportado por uma placa 38 fixada ao elemento alongado 27 e ao referido eixo mecânico, conforme ilustra a Figura 1.

Com referência à Figura 1, a máquina de bandeamento de bordas 1 pode compreender ainda uma unidade de controle de gerenciamento 39 para controlar e comandar as várias unidades operacionais 101, 102, 103, 104 que atuam sobre a peça de trabalho 2 e o meio de transportação 9, em específico, o avanço da correia transportadora 12. A unidade de controle e gerenciamento 39 pode ser programada também para receber os sinais elétricos enviados pelo codificador 37, que indicam a posição anular do primeiro rolete ocioso 14 e, por conseguinte, o avanço da correia transportadora 12. Deve-se observar que o codificador 37, ligado ao primeiro rolete ocioso 14, permite que a posição da correia transportadora 12 seja detectada considerando esta posição substancialmente coincidente com a posição angular do primeiro rolete ocioso 14.

Além disso, a máquina 1 pode incluir uma interface 40 pela qual um operador pode inserir, na unidade de controle e gerenciamento 39, os parâmetros da peça de trabalho 2 que será usinada e das usinagens que serão realizadas.

Em uso, a máquina de bandeamento de bordas 1, em particular do tipo linear monolateral, permite que um elemento laminar seja aplicado à borda de uma peça de trabalho 2 que será usinada, por exemplo, feita de madeira ou de materiais parecidos, isto é, permite que a peça de trabalho 2 tenha sua borda bandeada.

Em primeiro lugar, o operador posiciona o elemento laminar, que provavelmente tem a forma de uma bobina, no alimentador 3 da máquina de bandeamento de bordas. Deve-se observar que esta operação pode não ser necessária se o elemento laminar com o qual a peça de trabalho 2 terá sua borda bandeada for o mesmo usado para bandear a borda de outras peças de trabalho recém-usinadas.

Além disso, o operador ajusta, em geral manualmente, a posição da barra de suporte 32 ao longo da direção Y em função do tamanho da peça de trabalho 2 que será usinada na direção Y, isto é, em função da largura da peça de trabalho 2. Em seguida, o operador posiciona a peça de trabalho 2 em uma área de entrada 10 da máquina de bandeamento de bordas 1 colocando a peça de trabalho sobre a parte operacional 12a da correia transportadora 12 e sobre a barra de suporte 32.

Quando o motor elétrico 24 aciona a correia transportadora 12, a peça de trabalho 2 avança ao longo do percurso de avanço P substancialmente paralelo ao sentido de avanço X. Dessa forma, a peça de trabalho 2 passa pela área operacional, na qual as unidades operacionais 101, 102, 103, 104 contidas na máquina 1 realizam usinagens sucessivas sobre ela. Deve-se observar que durante a passagem pela área operacional 8, a peça de trabalho 2 é mantida pressionada contra a parte operacional 12a da correia transportadora 12 por um meio de pressionamento 41, por exemplo, compreendendo uma série de roletes 42.

Em termos gerais, as unidades operacionais 101, 102, 103, 104 da máquina de bandeamento de bordas 1 são do tipo conhecido usado em máquina de bandeamento de bordas.

Em particular, as unidades operacionais supramencionadas 101, 102, 103, 104 compreendem em sucessão ao longo do sentido de avanço X: uma unidade de colagem 101 para colar o elemento laminar em uma borda da peça de trabalho 2 que será usinada; um segundo meio de pressionamento 102 operacionalmente disposto após a unidade de colagem 101 para pressionar o elemento laminar contra a borda da peça de trabalho 2 que será usinada de modo a fixá-lo a ela. Além disso, as unidades operacionais 101, 102, 103, 104 compreendem pelo menos uma unidade operacional 103 para remover partes protuberantes laterais e/ou acima e/ou abaixo da referida borda do elemento laminar fixado a ela. Em particular, a pelo menos uma unidade operacional 103 compreende uma unidade de corte para cortar uma parte do elemento laminar protuberante lateral em relação à borda da peça de trabalho 2 e/ou uma unidade de aparagem para aparar o elemento laminar em relação à borda da peça de trabalho 2 removendo a parte protuberante acima e abaixo da borda da peça de trabalho 2.

As unidades operacionais 101, 102, 103, 104 compreendem ainda, opcionalmente, pelo menos uma unidade de acabamento 104 para realizar as usinagens de acabamento da superfície sobre a borda da peça de trabalho. Em particular, a unidade de acabamento 104 compreende uma unidade de raspagem para finalizar a borda da peça de trabalho 2 e, por opção, escovas para limpar e polir a borda da peça de trabalho 2 à qual o elemento laminar foi aplicado.

Em seguida, a peça de trabalho 2 sai da área operacional 8 pela área de saída 11, da qual o operador pode remover a peça de trabalho 2. A essa altura, um elemento laminar foi aplicado a uma borda da peça de trabalho 2 e as tarefas reveladas acima precisam ser repetidas por uma série de vezes igual ao número de bordas na peça de trabalho 2 que precisam ser bandeadas, portanto, na maioria dos casos mais três vezes, para concluir o bandeamento da peça de trabalho 2.

Graças à invenção, é possível obter uma máquina de bandeamento de bordas 1 do tipo linear monolateral em que as peças de trabalho 2 que serão usinadas são movidas pelo movimento regular da correia transportadora 12 ao longo da área operacional 8.

Além disso, a máquina de bandeamento de bordas 1, na qual o meio de pressionamento 41 mantém a peça de trabalho 2 que será usinada pressionada contra a correia transportadora 12, retém a peça de trabalho 2 de maneira firme e eficaz.

Ademais, as camadas 16, 19, 20, 21 presentes na correia transportadora 12 permitem que ela tenha as características mecânicas, físicas e químicas necessárias pelo usuário, por exemplo, uma resistência mecânica à tração, à flexão e à torção definida ou uma resistência ao estiramento definida ou propriedades específicas anti-óleo ou anti-tinta.

Além disso, a correia transportadora 12 pode ser montada e desmontada pelo operador com rapidez.

Também se deve observar que a máquina de bandeamento de bordas 1 é de construção simples e barata.

A máquina de bandeamento de bordas 1, portanto, permite que peças de trabalho 2 tenham suas bordas bandeadas de forma precisa sem arruinar as peças de trabalho sendo usinadas, isto, é sem danificar a aparência estética final dela.

Em uma versão da invenção não-ilustrada, a correia transportadora 12 pode compreender um número de camadas diferente de quatro, ou seja, maior ou menor do que quatro. Essas camadas podem ser feitas de materiais diferentes uns dos outros, por exemplo, de tecido ou de elastômero. Em um caso em específico desta versão, a correia 12 também pode compreender uma única camada, por exemplo, feita de um material ou de uma mistura de materiais que conferem à correia 12 as características mecânicas, físicas e químicas específicas desejadas.

Em outra versão, não-ilustrada, o meio de transportação 9 pode compreender um número de roletes diferente de três, em particular dois, isto é, um rolete de acionamento e um rolete ocioso. Além disso, o meio de transportação 9 pode compreender um número de roletes igual a quatro ou mais, em que um é um rolete de acionamento e, os demais, roletes ociosos.

Em ainda outra versão, não-ilustrada nas Figuras, o codificador 37 pode ser ligado coaxialmente a um eixo de suporte do rolete de acionamento 13, ou a um eixo de suporte correspondente do segundo rolete ocioso 15 e, portanto, não ao eixo de suporte do primeiro rolete ocioso 14.

Além disso, versões e/ou incrementos ao que foi revelado acima e/ou ao que foi ilustrado nos desenhos em anexo são possíveis.

Claims (13)

1. Máquina de bandeamento de bordas (1), em particular para o bandeamento de bordas de uma peça de trabalho (2) feita de madeira ou de materiais semelhantes, compreendendo: um meio de transportação (9) para transportar a peça de trabalho (2) ao longo de um percurso de avanço (P); várias unidades operacionais (101, 102, 103, 104) dispostas no referido percurso de avanço (P) para aplicar um elemento laminar a uma borda da referida peça de trabalho (2), caracterizada pelo fato de que o referido meio de transportação (9) compreende uma correia transportadora (12) de circuito fechado configurada para receber sobre ela a referida peça de trabalho (2) em uma área operacional (12a) da referida correia transportadora (12) e para deslizar a referida parte operacional (12a) em um sentido de avanço (X) ao longo do referido percurso de avanço (P).

2. Máquina, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a referida correia transportadora (12) compreende várias camadas sobrepostas (16, 19, 20, 21).

3. Máquina, de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de que as referidas várias camadas (16, 19, -20, 21) incluem pelo menos uma primeira camada (16) feita de elastômero disposta para entrar em contato com a referida peça de trabalho (2).

4. Máquina, de acordo com a reivindicação 2 ou 3, caracterizada pelo fato de que as referidas várias camadas compreendem pelo menos uma camada (19) feita de tecido.

5. Máquina, de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de que as referidas várias camadas (16, 19, -20, 21) compreendem pelo menos uma primeira camada (16) feita de elastômero disposta para entrar em contato com a referida peça de trabalho (2), uma segunda camada (19) feita de tecido adjacente à referida primeira camada (16), uma terceira camada (20) feita de elastômero adjacente à referida segunda camada (19), e uma quarta camada (21) feita de tecido adjacente à referida terceira camada (20).

6. Máquina, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada por compreender um plano de repouso (22) disposto abaixo da referida parte operacional (12a) e adjacente a ela de modo a fazer contato com ela ao menos quando ela recebe sobre si a referida peça de trabalho (2).

7. Máquina, de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo fato de que a referida correia transportadora (12) compreende uma superfície de contato (23) com o referido plano de repouso (22) feita ao menos em parte de tecido.

8. Máquina, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada por compreender ainda um elemento de contenção lateral (30) estendendo-se ao lado da referida correia transportadora (12) para limitar o movimento lateral dela ao longo da direção (Y), que é substancialmente transversal ao referido sentido de avanço (X), o referido elemento de contenção lateral (30) operando em contraste ao impulso lateral de pelo menos uma das referidas unidades operacionais (101, 102, 103, 104) sobre a referida correia transportadora (12).

9. Máquina, de acordo com a reivindicação 8, caracterizada pelo fato de que o elemento de contenção lateral (30) é disposto abaixo de um plano de transportação (25) definido pela referida correia transportadora (12).

10. Máquina, de acordo com a reivindicação 8 ou 9, caracterizada pelo fato de que a referida correia transportadora (12) compreende pelo menos uma superfície lateral (20a) em contato com o referido elemento de contenção letal (30) feita ao menos em parte de elastômero.

11. Máquina, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada por compreender um meio de pressionamento (41) para pressionar a referida peça de trabalho (2) contra a referida correia transportadora (12).

12. Máquina, de acordo com a reivindicação -11, caracterizada pelo fato de que o referido meio de pressionamento (41) compreende vários roletes (42) dispostos de acordo com o referido sentido de avanço (X) para pressionar a referida peça de trabalho (2) contra a referida correia transportadora (12).

13. - Máquina, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que as referidas unidades operacionais (101, 102,103, 104) incluem: - uma unidade de colagem (101) para aplicar uma substância adesiva ao referido elemento laminar; - um segundo meio de pressionamento (102) disposto operacionalmente após a referida unidade de colagem (101) para pressionar o referido elemento laminar contra a referida borda da referida peça de trabalho (2) de modo a fixá-lo a ela; - pelo menos uma unidade operacional (103) para remover, do referido elemento laminar fixado à referida borda, partes protuberantes laterais e/ou acima e/ou abaixo da referida borda; e - opcionalmente, pelo menos uma unidade de acabamento (104) para realizar usinagens de acabamento na superfície da referida borda.