BRPI1000430A2 - produção de propilenoglicol a partir de glicerina - Google Patents

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BRPI1000430A2
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Marlito Gomes Jr
Bernardo Galvao Siqueira
Menezes Raphael Bezerra De
Wilson Kenzo Huziwara
Tomas Shinobu Yamada
Oliveira Ligia Maria Marcareli De
Giselle De Carvalho Oliveira
William Victor Carlos Candido
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Abstract

PRODUçãO DE PROPILENOGLICOL A PARTIR DE GLICERINA A presente invenção descreve um processo para a produção de propilenoglicol a partir de glicerina, sendo a transformação de glicerina purificada em propilenoglicol realizada por meio de uma reação de hidrogenólise, em fase líquida, onde as duas etapas da reação ocorrem simuítaneamente e em um mesmo reator (1) sob condições determinadas de temperatura e pressão, cujo efluente do reator (1) de leito fixo é conduzido a etapas subseqúentes de processo que compreendem separação e purificação.

Description

PRODUÇÃO DE PROPILENOGLICOL A PARTIR DE GLICERINA
CAMPO DA INVENÇÃO
A presente invenção encontra-se no campo dos processos para produção de propilenoglicol a partir de glicerina. Especificamente, a invenção trata da produção de propilenoglicol a partir de glicerina por uma reação de hidrogenólise.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
Atualmente, observa-se um aumento significativo da oferta de glicerina no mercado devido, em grande parte, à expansão mundial da produção de biodiesel. Dentro do processo de produção de biodiesel, a glicerina é um subproduto gerado em uma proporção mássica de 10/1 (biodiesel/glicerina).
No entanto, este excesso da oferta de glicerina implica diretamente na redução do seu valor comercial, o que viabiliza seu emprego em diversas outras aplicações.
Vários estudos foram iniciados com o propósito de aproveitar este excesso de glicerina como matéria-prima para a produção de novos produtos.
As publicações técnicas sobre o assunto estão aumentando à medida que são concebidas soluções para o aproveitamento deste excesso de glicerina.
Um dos produtos em estudo que desperta interesse é o propilenoglicol e sua produção a partir de glicerina, seja qual for a sua procedência.
TÉCNICA RELACIONADA
Dentro do estado da técnica que vem se formando a respeito, podem ser destacados alguns documentos bem representativos do desenvolvimento de processos relacionados ao assunto.
O documento WO 2008/051540 A2 (Archer-Daniels-Midland Company) apresenta um processo para a produção de propilenoglicol a partir de glicerina que utiliza um reator de leito fluidizado que opera em temperaturas na faixa entre 178°C e 205°C, pressões na faixa entre 1200 psi e 1600 psi, com razão molar hidrogênio/glicerina na faixa entre 1:1 e 10:1, e uma velocidade espacial na faixa entre 0,5 h"1 e 10 h"1. A carga do reator é uma solução, predominantemente aquosa, contendo no mínimo 30% em massa de glicerina em meio alcalino selecionado entre hidróxidos metálicos, alcóxidos, sais básicos e óxidos metálicos.
O documento WO 2007/053705 A2 (University of Missouri Board of Curators) apresenta um processo para a produção de uma mistura de acetol e propiíenoglicol em qualquer proporção a partir de glicerina em fase vapor. A pressão parcial de glicerina situa-se na faixa entre 0,01 bar e 0,5 bar e a temperatura na faixa entre 80°C e 300°C. A pressão parcial de hidrogênio dentro do processo encontra-se na faixa entre 0,01 bar e 25 bar. É utilizado um catalisador heterogêneo que possui, pelo menos, um elemento do grupo I ou Vlll da tabela periódica, rutênio, cobre, cromo ou, ainda, uma combinação destes elementos.
Os documentos US 2005/0244312 e Pl 0507874-1 (Gaien J. Suppes, Wiiliam Rusty Sutteriin e Mohanprasad Dasari) apresentam processos para produção de acetol, propiíenoglicol ou uma mistura de glicerina e propiíenoglicol, com principal utilização como fluido anti- congelante, a partir de glicerina como matéria-prima. Para a produção de propiíenoglicol, a ênfase recai em um processo conduzido em duas etapas, no qual a primeira etapa é de produção de acetol por destilação reativa onde a glicerina é desidratada obtendo-se o acetol com auxílio de um catalisador, sendo o acetol imediatamente destilado do meio reacional com auxílio de um catalisador. Nesta primeira etapa são empregados reatores em batelada ou semi-batelada, temperatura em uma faixa entre 170°C e 270°C, pressão na faixa entre 0,2 bar e 25 bar, a glicerina da carga deve conter uma faixa entre 0% e 15% em massa de água, com um catalisador heterogêneo que pode ter um elemento escolhido entre paládio, níquel, ródio, cromo, cobre ou uma combinação destes, preferivelmente, um catalisador baseado em uma combinação de cobre e cromo. Em uma segunda etapa, o acetol produzido, ao ser misturado com hidrogênio, sofre hidrogenação a propilenoglicol com auxílio de catalisador. Nesta segunda etapa o tempo de reação encontra-se na faixa entre 0,1 e 24 horas, as temperaturas estão na faixa entre 50°C e 250°C, preferivelmente entre 150°C e 220°C, pressão entre 1 bar e 25 bar, preferivelmente entre 10 bar e 20 bar, a carga de acetol contém, no máximo 50% em massa de água, preferivelmente entre 0% e 35%, com um catalisador que pode ser escolhido da mesma forma como o foi para a primeira etapa, sendo preferencial um catalisador baseado em uma combinação de cobre e cromo.
O documento WO 2008/049470 A1 (Clariant International Ltd.) apresenta um processo em autoclave para produção de propilenoglicol a partir de glicerina, onde esta glicerina deve possuir pelo menos 95% de pureza, sob pressão de hidrogênio na faixa entre 20 bar e 100 bar, em temperatura na faixa entre 180°C e 240°C e em presença de um catalisador que compreende de 20% a 0% de óxido de cobre, 30% a 70% de óxido de zinco e 1% a 10% de óxido de manganês.
O documento WO 2007/010299 (Davy Process Technology Ltd) apresenta um processo de produção de propilenoglicol a partir de glicerina, realizado em fase vapor em presença de um catalisador a base de cobre. A temperatura do processo encontra-se na faixa entre 160°C e 260°C e a pressão na faixa entre 10 bar e 30 bar. A relação volumétrica entre hidrogênio e glicerina está na faixa entre 400:1 e 600:1 com velocidade espacial entre 0,01 h"1 e 2,5 h"1.
O documento WO 2008/012244 (Davy Process Technology Ltd) apresenta modificações no processo do documento acima mencionado adicionando vários estágios ao processo dando ênfase à redução na quantidade de hidrogênio requerida pelo processo quando operado sob este regime de estágios.
O documento WO 03/035582 (Battelle Memorial Institute & Michigan State University) apresenta um processo de hidrogenólise de açúcares que contenham 6 átomos de carbono e polióis, incluindo glicerina, com utilização de um catalisador sólido multimetálico que contém rênio. O processo é conduzido sob temperatura na faixa entre 120°C e 250°C, com um valor de pH da carga líquida na faixa entre 8 e 13 e uma pressão de hidrogênio durante a reação de hidrogenálise da glicerina na faixa entre 600 psi e 1800 psi.
O documento WO 2008/133939 (.Archer-Daniels-Midland Company) apresenta um processo hidrogenólise catalítica de glicerina onde a velocidade espacial da carga situa-se na faixa entre 0,5h~1 e 2,5h"1. A carga é composta de uma solução que contém entre 25% e 40% de glicerina USP (United States Pharmacopeia), alcalinizada com hidróxido ou alcóxido de sódio ou potássio de forma que seja obtido um valor de pH situado na faixa entre 6 e 14. A pressão de hidrogênio situa-se na faixa entre 500 psi e 2000 psi, sob uma temperatura na faixa entre 150°C e 300°C e uma razão molar hidrogênio/glicerina na faixa entre 1:1 e 10:1.
O documento destaca que, além de produzir propilenoglicol como composto majoritário, há a formação de butanodióis e uma proporção de outros dióis na faixa entre 0,04% e 2,31%.
A seção de purificação/separação de produtos proposta neste processo compreende uma etapa de remoção do agente alcalinizante por meio de uma resina de troca iônica e por etapas de destilação dos produtos. Na primeira torre de destilação, água e álcoois leves são removidos pelo topo e enviados a uma segunda torre de destilação para que sejam separados. O efluente de fundo da primeira torre de destilação segue para uma pluralidade de pequenas torres de destilação, nas quais a água residual e a glicerina não convertida são separadas. A corrente enriquecida em propilenoglicol é conduzida para uma torre de destilação para separação de outros subprodutos, principalmente etilenoglicol.
O documento US 2008/0275277 A1 (Peter Kalagias), apresenta um processo de purificação de propilenoglicol e etilenoglicol, produzidos de fonte renovável. O processo utiliza um solvente polar para auxiliar na separação por destilação dos componentes da mistura. Neste processo; uma mistura de polióis produzida na hidrogenólise de matéria-prima renovável, dentre elas a glicerina; é misturada a um solvente polar que não forme azeótropo com os componentes da mistura sendo, então, destilada. Este tipo de destilação, chamado de destilação extrativa, é utilizado quando componentes de uma mistura têm uma volatilidade relativa baixa, reduzindo as chances de separação eficiente por destilação convencional. O solvente polar adicionado interage de maneira diferente com os componentes da mistura causando uma alteração na volatilidade relativa dos componentes, possibilitando então a separação destes.
Como foi possível observar os estudos continuam progredindo, embora se observe, dentre os processos citados acima, muito pouca preocupação com a etapa de separação de produtos.
A presente invenção apresenta uma rota alternativa para obtenção do propilenoglicol, com aprimoramento do processo como um todo; assim como a recuperação, a separação e tratamento final dos produtos obtidos.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
É objetivo da presente invenção, um processo para a produção de propilenoglicol a partir de glicerina, no qual as reações ocorrem em fase líquida e a glicerina empregada como matéria-prima é, especificamente, o subproduto do processo de obtenção de biodiesel.
A glicerina obtida de biodiesel, denominada glicerina loura, é produzida com uma pureza na faixa entre 40% e 85%. Para ser empregada como matéria-prima para a produção de propilenoglicol segundo a presente invenção, precisa ser purificada por intermédio de processos de purificação normalmente empregados na técnica, originando uma glicerina com teor de pureza na faixa entre 90% e 99,9% peso.
A transformação desta glicerina purificada em propilenoglicol é realizada por meio de uma reação de hidrogenólise, a qual é conduzida em fase líquida, onde as duas etapas da reação ocorrem simultaneamente e em um mesmo reator.
Na primeira etapa a glicerina, por efeito de temperatura e catalisador, é transformada em acetol e água. Na segunda etapa o acetol, por efeito de catalisador e gás hidrogênio é transformado em propilenoglicol.
O gás de reciclo é conduzido a um reator de metanação, para transformação dos contaminantes CO e CO2 presentes na corrente de reciclo de hidrogênio em metano, para, posteriormente, ser reciclado ao reator, minimizando os efeitos de desativação do catalisador e mantendo uma conversão de glicerina acima de 95% e seletividade do propilenoglicol superior a 90%.
O efluente do reator é conduzido a uma seção de separação e purificação após a qual, obtém-se um produto final com alta pureza e baixo teor de contaminantes. BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
A Figura 1 é uma representação das equações químicas ilustrativas da transformação da glicerina de biodiesel em propilenoglicol.
A Figura 2 é uma representação do fluxograma simplificado do processo da hidrogenólise de glicerina para a obtenção de propilenoglicol. DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
Trata a presente invenção de um processo para a produção de propilenoglicol a partir de glicerina de qualquer procedência, no qual as reações ocorrem em fase líquida.
A corrente de glicerina pode ser proveniente de unidades de biodiesel, saboarias ou produção de ácidos graxos.
Para fins ilustrativos, a glicerina que será referida daqui por diante tem sua procedência a partir do processo de obtenção de biodiesel onde é gerada como subproduto.
A glicerina obtida ao longo do processo de produção de biodiesel possui inicialmente um teor de pureza na faixa entre 40% a 85% devido à presença de inúmeros subprodutos da reação, como por exemplo:
- sais contendo sódio, cloro, enxofre e fósforo, os quais desativam o
catalisador de maneira irreversível;
- ácidos graxos, fosfolipídios, glicerídeos, sabões e resíduos de
biodiesel, os quais desativam o catalisador por bloqueio de poros.
A produção de propilenoglicol tem como matéria-prima esta glicerina. No entanto, antes de ser admitida ao reator de hidrogenólise, a glicerina é previamente submetida a uma etapa de concentração e uma etapa de purificação, para remoção de contaminantes tais como: sais e material orgânico não glicerinoso (MONG), resultando numa corrente de glicerina com grau de pureza situando-se normalmente em uma faixa de valores entre 90% p/p e 100% p/p. O processo mais comumente utilizado para a etapa de purificação é uma destilação fracionada a vácuo.
Após ser purificada, a glicerina é transformada em propilenoglicol por meio de uma reação de hidrogenólise. Tal reação é conduzida em fase líquida, onde as duas etapas da reação ocorrem simultaneamente e em um mesmo reator, ou seja, a glicerina, por efeito de temperatura e catalisador, é transformada em acetol e água e em seguida, por efeito de catalisador e gás hidrogênio, o acetol é transformado em propilenoglicol. As reações químicas envolvidas no processo encontram-se representadas na Figura 1.
O processo para produção de propilenoglicol a partir de glicerina proveniente de biodiesel, segundo a presente invenção, pode ser acompanhado com o auxílio da Figura 2. Basicamente, compreende os seguintes passos:
a) submeter a glicerina (G), proveniente de uma produção de biodiesel, contendo impurezas, a uma etapa de purificação (P) para retirada das impurezas (I) por qualquer processo de purificação conhecido, desde que esse processo forneça uma glicerina com teor de pureza na faixa entre 90% e 99,9% peso;
b) proceder à reação de hidrogenólise, em um reator (1) adiabático de leito fixo que opera em regime de fluxo descendente, em fase líquida, onde as duas etapas da reação ocorrem simultaneamente da seguinte forma:
■ ativar um catalisador a base de cromito de cobre por meio da passagem de hidrogênio;
■ pressurizar (1) o reator de leito fixo a uma pressão que pode se situar em uma faixa entre 5 kgf/cm2 e 50 kgf/cm2;
■ elevar a temperatura do leito catalítico a uma temperatura de operação que se situa em uma faixa entre 160°C e 260°C;
■ iniciar a admissão de glicerina purificada com certo teor de água por uma linha de carga (12) e iniciar a admissão de hidrogênio por uma linha de gás (13), com uma proporção molar entre glicerina e hidrogênio na faixa entre 10 mol/mol e 120 mol/mol e uma velocidade espacial na faixa entre 0,1 h-1 e 10h-1 em relação ao reagente limitante, a glicerina;
c) resfriar por meio de um resfriador (R) e retirar o efluente preferencialmente pelo fundo deste reator e conduzir por uma linha de reagido (11);
d) enviar o efluente proveniente do reator (1) de leito fixo por meio da linha de reagido (11) a um vaso separador de fases (2), para remoção de uma corrente contendo hidrogênio e compostos leves não condensáveis por meio de uma primeira corrente de topo (21), e, remoção de efluente líquido, por meio de uma primeira corrente de fundo (22);
e) enviar a primeira corrente de topo (21) proveniente do vaso separador de fases (2) a um compressor de reciclo (3), que comprime o conteúdo desta corrente onde uma primeira parte (211) é conduzida por uma primeira linha de purga (32) destinada à queima por incineração;
enviar uma segunda parte (212) da primeira corrente de topo (21) proveniente do vaso separador de fases (2) a um aquecedor (213), para a seguir entrar em um reator de metanação (214) para transformação de compostos contaminantes CO e CO2 presentes na primeira corrente de topo (21) em metano para, então, ser misturado na linha de carga (12) e reciclada ao reator (1) de hidrogenólise;
enviar o efluente líquido da primeira corrente de fundo (22) proveniente do vaso separador de fases (2) a uma torre de fracionamento primário (4), que descarrega por uma segunda corrente de topo (41) água e compostos leves polares como metanol, etanol, n-propanol e isopropanol, enquanto o efluente de fundo é conduzido por uma segunda corrente de fundo (42); enviar o efluente de fundo da segunda corrente de fundo (42) proveniente da torre de fracionamento primário (4) a uma torre de remoção de pesados (5), que remove glicerina não reagida e outros produtos pesados formados durante a reação de hidrogenólise, os quais são conduzidos por meio de uma terceira corrente de fundo (52) para destinos que podem ser escolhidos entre: uma segunda linha de queima (53) para incineração e geração de energia e uma segunda linha de reciclo (54) onde a glicerina é retornada para o reator (1) de leito fixo enquanto, pela terceira corrente de topo (51) é conduzido propilenoglicol contendo impurezas;
enviar o efluente da terceira corrente de topo (51) proveniente da torre de remoção de pesados (5) a uma torre de purificação (6), que remove impurezas como etilenoglicol, 1,3-propilenoglicol e um pequeno teor de compostos pesados, as quais são conduzidas por uma quarta corrente de fundo (62) até a junção com a segunda linha de queima (53) para incineração e geração de energia, enquanto propilenoglicol com alto grau de pureza é retirado por meio da quarta corrente de topo (61).
O reator de metanação (214) emprega um catalisador à base de níquel suportado em alumina, opera em uma faixa de temperatura entre 200°C e 450°C, pressão em uma faixa entre 5 kgf/cm2 e 50 kgf/cm2, e uma velocidade espacial na faixa entre 5.000 h"1 e 20.000 h"1.
O CO e CO2 são transformados em metano dentro do reator de metanação (214) segundo as reações (1) e (2) abaixo:
CO + 3 H2 CH4 + H2O (1)
CO2 + 4 H2 CH4 + 2 H2O (2)
Tanto o CO quanto o CO2 agem como venenos reversíveis para o catalisador, se adsorvendo nos sítios metálicos e reduzindo sua função hidrogenante, temporariamente. Devido a isso, a conversão e seletividade do catalisador são paulatinamente reduzidas e ocorre a deposição de compostos pesados na superfície do catalisador, pela condensação da glicerina que não conseguiu ser convertida.
Ao mesmo tempo, outros benefícios podem ser obtidos:
a) menor consumo de glicerina: maior seletividade e produtividade;
b) menor consumo de hidrogênio: redução da purga;
c) operação em temperaturas menores;
d) maior tempo de campanha do catalisador;
e) redução do tamanho dos equipamentos do processo;
f) redução do custo operacional;
g) redução da quantidade de efluentes líquidos e gasosos;
h) aumento do tempo de operação da unidade.
Devido à exotermicidade das reações envolvidas, o reator (1) de leito fixo pode conter mais de um leito catalítico e apresentar um sistema de resfriamento entre os leitos. O propilenoglicol produzido segundo a presente invenção apresenta um grau de pureza estimado acima de 99% com baixo teor de contaminantes.
A seguir serão abordados, a título meramente ilustrativo, dois exemplos da aplicação do processo objeto da presente invenção.
EXEMPLO 1
Após a ativação in situ do catalisador, por intermédio da passagem de hidrogênio, o sistema foi pressurizado a aproximadamente 20 kgf/cm2 com hidrogênio e a temperatura de operação ajustada para 225°C.
No reator (1) de leito fixo adiabático contendo 557 ml_ de catalisador, admitiu-se glicerina purificada e hidrogênio em uma proporção molar glicerina/hidrogênio de 1/120 a uma temperatura de 225°C com uma velocidade espacial de 0,5 h"1 em relação ao reagente limitante, glicerina. O reator (1) de leito fixo opera com um gradiente de temperatura de 10°C. O efluente do reator (1) após ser analisado apresentou uma conversão de glicerina em torno de 99% e a seletividade para o propilenoglicol foi de 89,8%.
EXEMPLO 2
Ao mesmo sistema reacional do EXEMPLO 1, foi acrescido um reator de metanação (214) como meio de remoção do CO e do CO2 formados no processo. As condições operacionais foram mantidas, inicialmente constantes e iguais ao EXEMPLO 1.
Uma vez observada à conversão total da glicerina, a temperatura foi reduzida para 220°C, de forma a se constatar um teor de 0,2% de glicerina no produto final.
Foi observado que com a introdução do sistema de redução de contaminantes citado acima, o catalisador se apresentou com mais atividade e seletividade em comparação aos resultados do EXEMPLO 1.
A composição completa do efluente do reator em cada um dos dois exemplos pode ser comparada com o auxílio da tabela 1 a seguir:
TABELA 1 <table>table see original document page 13</column></row><table>
Embora a invenção tenha sido descrita em sua forma de realização preferida, o conceito principal que norteia a presente invenção que é um processo para produção de propilenoglicol a partir de glicerina, particularmente, a partir de glicerina de biodiesel, se mantém preservado quanto ao seu caráter inovador, onde aqueles usualmente versados na técnica poderão vislumbrar e praticar variações, modificações, alterações, adaptações e equivalentes, cabíveis e compatíveis ao meio de trabalho em questão, sem, contudo se afastar da abrangência do espírito e escopo da presente invenção, que estão representados pelas reivindicações que se seguem.

Claims (3)

1. PRODUÇÃO DE PROPILENOGLICOL A PARTIR DE GLICERINA, onde a glicerina empregada como matéria prima pode ter qualquer procedência, e o processo compreende basicamente os seguintes passos a serem cumpridos: a) submeter a glicerina(G) proveniente de uma produção de biodiesel e com impurezas a uma etapa de purificação (P) para retirada das impurezas (I) por qualquer processo de purificação conhecido, desde que esse processo forneça uma glicerina com teor de pureza na faixa entre 90% e 99,9% peso; b) proceder à reação de hidrogenólise, em um reator (1) adiabático de leito fixo que opera em regime de fluxo descendente, em fase líquida, onde as duas etapas da reação ocorrem simultaneamente da seguinte forma: ■ ativar um catalisador a base de cromito de cobre por meio da passagem de hidrogênio; ■ pressurizar (1) o reator de leito fixo a uma pressão que pode se situar em uma faixa entre 5 kgf/cm2 e 50 kgf/cm2; ■ elevar a temperatura do leito catalítico a uma temperatura de operação que se situa em uma faixa entre 160°C e 260°C; ■ iniciar a admissão de glicerina purificada com certo teor de água por uma linha de carga (12) e iniciar a admissão de hidrogênio por uma linha de gás (13), com uma proporção molar entre glicerina e hidrogênio na faixa entre 10 mol/mol e -120 mol/mol e uma velocidade espacial na faixa entre 0,1 h"1 e -10 h"1 em relação ao reagente Iimitante (glicerina); c) resfriar por meio de um resfriador (R) e retirar o efluente preferencialmente pelo fundo deste reator e conduzir por uma linha de reagido (11); d) enviar o efluente proveniente do reator (1) de leito fixo por meio da linha de reagido (11) a um vaso separador de fases (2), para remoção de uma corrente contendo hidrogênio e compostos leves não condensáveis por meio de uma primeira corrente de topo (21), e, remoção de efluente líquido, por meio de uma primeira corrente de fundo (22); e) enviar a primeira corrente de topo (21) proveniente do vaso separador de fases (2) a um compressor de reciclo (3), que comprime o conteúdo desta corrente onde uma primeira parte (211) é conduzida por uma primeira linha de purga (32) destinada à queima por incineração; f) enviar o efluente líquido da primeira corrente de fundo (22) proveniente do vaso separador de fases (2) a uma torre de fracionamento primário (4), que descarrega por uma segunda corrente de topo (41) água e compostos leves polares como metanol, etanol, n-propanol e isopropanol, enquanto o efluente de fundo é conduzido por uma segunda corrente de fundo (42); g) enviar o efluente de fundo da segunda corrente de fundo (42) proveniente da torre de fracionamento primário (4) a uma torre de remoção de pesados (5), que remove glicerina não reagida e outros produtos pesados formados durante a reação de hidrogenólise, os quais são conduzidos por meio de uma terceira corrente de fundo (52) para destinos que podem ser escolhidos entre: uma segunda linha de queima (53) para incineração e geração de energia e uma segunda linha de reciclo (54) onde glicerina é retornada para o reator (1) de leito fixo enquanto, pela terceira corrente de topo (51) é conduzido propilenoglicol com impurezas; h) enviar o efluente da terceira corrente de topo (51) proveniente da torre de remoção de pesados (5) a uma torre de purificação (6), que remove impurezas como etilenoglicol, 1,3-propilenoglicol e um pequeno teor de compostos pesados, as quais são conduzidas por uma quarta corrente de fundo (62) até a junção com a segunda linha de queima (53) para incineração e geração de energia, enquanto propilenoglicol com alto grau de pureza é retirado por meio da quarta corrente de topo (61). caracterizado por enviar uma segunda parte (212) da primeira corrente de topo (21) proveniente do vaso separador de fases (2) a um aquecedor (213), para a seguir entrar em um reator de metanação (214) para transformação de compostos contaminantes CO e CO2 presentes na primeira corrente de topo (21) em metano para, então, serem misturados na linha de carga (12) e reciclada ao reator (1) de hidrogenólise.
2. PRODUÇÃO DE PROPILENOGLICOL A PARTIR DE GLICERINA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o reator de metanação empregar um catalisador à base de níquel suportado em alumina, operar em uma faixa de temperatura entre 200°C e 450°C, pressão em uma faixa entre 5 kgf/cm2 e 50 kgf/cm2, e uma velocidade espacial na faixa entre -5.000 h-1 e 20.000 h'1.
3. PRODUÇÃO DE PROPILENOGLICOL A PARTIR DE GLICERINA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por alcançar uma conversão de glicerina acima de 95% e seletividade do propilenoglicol superior a -90%.
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