BRPI0911987B1 - sutura de autorretenção e método para formar a mesma - Google Patents

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BRPI0911987B1 BRPI0911987-6A BRPI0911987A BRPI0911987B1 BR PI0911987 B1 BRPI0911987 B1 BR PI0911987B1 BR PI0911987 A BRPI0911987 A BR PI0911987A BR PI0911987 B1 BRPI0911987 B1 BR PI0911987B1
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Abstract

sutura de autorretenção e método para formar a mesma é descrito um filamento cirúrgico heterofuncional marcado. o filamento compreende duas ou mais seções (140; 142; 144; 146; 148) com características diferentes, e as seções (140; 142; 144; 146; 148) diferentes do filamento são providas com marcadores de maneira que elas possam ser identificadas e diferenciadas. filamentos podem ter retentores (130) na superfície de uma ou mais seções (140; 142;144; 146; 148), de maneira tal que o filamento possa encaixar e reter tecidos sem nós. os marcadores podem ser usados para indicar características fixas de uma seção (140; 142; 144; 146; 148) de filamento, tais como a presença e/ou orientação de retentores (130). os marcadores podem ser utilizados para indicar condições do filamento, tal como tensão. os marcadores podem ser legíveis diretamente, ou podem ser legíveis por máquina. o filamento cirúrgico é fino e flexível e pode ser usado para sutura.

Description

SUTURA DE AUTORRETENÇÃO E MÉTODO PARA FORMAR A MESMA
Campo da Invenção [001] A presente invenção diz respeito, no geral, a filamentos para procedimentos cirúrgicos, métodos de fabricar filamentos para procedimentos cirúrgicos, e seus usos.
Antecedentes da Invenção [002] Dispositivos para fechar ferida, tais como suturas, grampos e taxas, foram amplamente usados em procedimentos cirúrgicos superficiais e profundos em humanos e animais para fechar feridas, reparar lesões ou defeitos traumáticos, unir tecidos (aproximar tecidos separados, fechar um espaço anatômico, afixar camadas de tecido únicas ou múltiplas umas nas outras, criar uma anastomose entre duas estruturas ocas/luminais, unir tecidos, anexar ou reanexar tecidos na sua posição anatômica adequada), anexar elementos estranhos aos tecidos (afixar implantes médicos, dispositivos, próteses e outros dispositivos funcionais ou sustentadores), e para reposicionar tecidos em novas posições anatômicas (reparos, elevações de tecido, enxerto de tecido e procedimentos relacionados) para citar apenas alguns exemplos.
[003] Suturas são frequentemente usadas como dispositivos para fechar ferida. Suturas tipicamente consistem em um fio da sutura filamentoso anexado a uma agulha com uma ponta afiada. Fios da sutura podem ser feitos de uma ampla variedade de materiais incluindo materiais bioabsorvíveis (isto é, que quebra completamente no corpo com o tempo), ou não absorvíveis (permanentes; não degradável). Observouse que suturas absorvíveis são particularmente usadas em situações onde a remoção da sutura pode por em risco o reparo, ou onde o processo de cura natural torna o suporte provido pelo material da sutura desnecessário após a cicatrização da ferida ter sido completa; como,
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2/70 por exemplo, no término de um fechamento de pele descomplicado. Suturas não degradáveis (não absorvíveis) são usadas em feridas onde espera-se que a cura seja prolongada, ou onde o material da sutura é necessário para dar suporte físico para a ferida por longos períodos de tempo; como, por exemplo, reparos de tecido profundos, feridas de alta tensão, muitos reparos ortopédicos e alguns tipos de anastomose cirúrgica. Também, uma ampla variedade de agulhas cirúrgicas é disponível, e a forma e tamanho do corpo da agulha e a configuração da ponta da agulha são tipicamente selecionados com base na necessidade da aplicação particular.
[004] Para usar uma sutura ordinária, a agulha da sutura é avançada através do tecido desejado em um lado da ferida e em seguida através do lado adjacente da ferida. A sutura é então formada em um laço que é completado atando um nó na sutura para manter a ferida fechada. Dar o nó toma tempo e causa uma faixa de complicações, incluindo, mas sem limitações, (i) secreção (uma condição onde a sutura, normalmente um nó) pressiona a pele depois de um fechamento subcutâneo), (ii) infecção (bactérias são frequentemente capazes de anexar e crescer nos espaços criados por um nó), (iii) volume/massa (uma quantidade significativa de material da sutura deixada em uma ferida é a porção que compreende o nó), (iv) deslizamento (nós podem deslizar ou desamarrar), e (v) irritação (nós servem como um corpo estranho volumoso em uma ferida). Laços da sutura associados com a amarração do nó podem levar a isquemia (nós podem criar pontos de tensão que podem estrangular o tecido e limitar o fluxo sanguíneo para a região) e maior risco de deiscência ou ruptura na ferida cirúrgica. A amarração do nó demanda também muita mão-de-obra e pode compreender uma porcentagem significativa do tempo gasto no fechamento de uma ferida cirúrgica. O tempo de procedimento operatório adicional é ruim não somente para o paciente (taxas de complica
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3/70 ção aumentam com tempo gasto em anestesia), mas ele também aumenta ao custo geral da operação (muitos procedimentos cirúrgicos são estimados em custos entre $15 e $30 por minuto de tempo de operação).
[005] Suturas de autorretenção (incluindo suturas farpadas) diferem das suturas convencionais em que suturas de autorretenção possuem inúmeros retentores de tecido (tais como farpas) que ancoram a sutura de autorretenção no tecido após o desdobramento, e resiste ao movimento da sutura em uma direção oposta àquela para a qual os retentores ficam voltados, eliminando por meio disto a necessidade de dar nós para afixar tecidos adjacentes uns nos outros (um fechamento sem nó). Dispositivos de aproximação de tecido sem nós com farpas foram previamente descritos, por exemplo, na patente U.S No. 5.374.268, revelando âncoras com braço com projeções tipo farpa, enquanto conjuntos da sutura com elementos laterais farpados foram descritos nas patentes U.S Nos. 5.584.859 e 6.264.675. Suturas com uma pluralidade de farpas posicionada ao longo de uma porção maior da sutura são descritas na patente U.S. No. 5.931.855, que revela uma sutura farpada não direcional, e a patente U.S No. 6.241.747, que revela uma sutura farpada bidirecional. Métodos e aparelho para formar farpas em suturas foram descritos, por exemplo, na patente U.S Nos. 6.848.152. Sistemas de autorretenção para fechamento de ferida também resultam em melhor aproximação das bordas da ferida, distribuem uniformemente a tensão ao longo do comprimento da ferida (reduzindo as áreas de tensão que podem romper ou levar a isquemia), diminuem o volume de material da sutura remanescente na ferida (eliminando-se os nós) e reduzem a secreção (a extrusão de material da sutura - tipicamente nós - através da superfície da pele. Considera-se que todas essas características reduzam a cicatrização, melhoram a cosmese e aumentam a resistência da ferida com relação a fechamen
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4/70 tos de ferida usando suturas planas ou grampos. Assim, suturas de autorretenção, em virtude de tais suturas evitarem amarração do nó, permitem que pacientes experimentem um melhor resultado clínico, e também poupe tempo e custos associados com cirurgias prolongadas e tratamentos de acompanhamento. Nota-se que todas as patentes, pedidos de patente e relatórios descritivos de patente identificados em todo o relatório estão incorporados aqui pela referência nas suas íntegras.
[006] A capacidade de suturas de autorretenção ancorar e manter tecidos no luar mesmo na ausência de tensão aplicada na sutura por um nó é uma característica que também fornece superioridade em relação a suturas comuns. Quando se fecha uma ferida que está sob tensão, esta vantagem manifesta por si mesma de diversas maneiras:
(i) suturas de autorretenção têm uma multiplicidade de retentores que pode dissipar a tensão ao longo de todo o comprimento da sutura (ao fornecer centenas de pontos âncora, isto produz um resultado cosmético superior e reduz a chance de que a sutura deslize ou seja puxada), oposto às suturas interrompidas ligadas com nós que concentram a tensão em pontos discretos; (ii) geometrias de ferida complicadas podem ser fechadas (de círculo, arcos, bordas recortadas) de uma maneira uniforme com mais precisão e exatidão do que pode-se obter com suturas interrompidas; (iii) suturas de autorretenção eliminam a necessidade de uma terceira mão, que é frequentemente necessária para manter a tensão através da ferida durante sutura tradicional e a amarração do nó (para prevenir deslizamento quando a tensão é momentaneamente liberada durante amarração); (iv) suturas de autorretenção são superiores em procedimentos onde a amarração do nó é tecnicamente difícil, tais como em feridas profundas ou procedimentos laparoscópicos/endoscópicos; e (v) suturas de autorretenção podem ser usadas para aproximar e manter a ferida antes do fechamento de-
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5/70 finitivo. Em decorrência disso, suturas de autorretenção proporcionam manuseio mais fácil em locais anatomicamente apertados ou profundos (tais como a pélvis, abdome e tórax) e facilitam aproximar tecidos em procedimentos laparoscópicos/endoscópicos e minimamente invasivos; tudo sem ter que prender o fechamento por meio de um nó. Maior precisão permite que suturas de autorretenção sejam usadas para fechamentos mais complexos (tais como aqueles com desencontros de diâmetro, maiores defeitos ou sutura de cordão de bolsa) do que pode ser realizado com suturas comuns.
[007] Uma sutura de autorretenção pode ser unidirecional, com um ou mais retentores orientados em uma direção ao longo do comprimento do fio da sutura; ou bidirecional, tipicamente com um ou mais retentores orientados em uma direção ao longo de uma porção do fio, seguido por um ou mais retentores orientados em uma outra direção (frequentemente oposta) em uma porção diferente do fio (da maneira descrita com retentores farpados na patente U.S Nos. 5.931.855 e 6.241.747). Embora qualquer número de configurações sequenciais ou intermitentes de retentores seja possível, uma forma comum da sutura de autorretenção bidirecional envolve uma agulha em uma extremidade de um fio da sutura que tem farpas com pontas projetando para fora da agulha até que a ponta de transição (frequentemente o ponto central) da sutura seja atingida; na ponta de transição, a configuração de farpas reverte por si mesma cerca de 180 ° (de maneira tal que as farpas sejam agora voltadas para a direção oposta) ao longo do comprimento remanescente do fio da sutura antes da anexação a uma segunda agulha na extremidade oposta (em decorrência do que as farpas nesta porção da sutura também têm pontas projetando para fora da agulha mais próxima). Projetar para fora da agulha significa que a ponta da farpa está ainda mais fora da agulha e a porção da sutura compreendendo a farpa pode ser puxada mais facilmente através de
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6/70 tecido na direção da agulha do que na direção oposta. Posto de uma outra maneira, as farpas em ambas metades de uma sutura de autorretenção bidirecional típica têm pontas que apontam em direção ao meio, com um segmento de transição (sem farpas) disposto entre elas, e com uma agulha anexada em qualquer extremidade.
Sumário da Invenção [008] A despeito da pluralidade de vantagens das suturas de autorretenção unidirecionais e bidirecionais, continua haver uma necessidade de melhoria do projeto da sutura de maneira tal que uma variedade de limitações possa ser eliminada e maior funcionalidade e/ou funcionalidade adicional ser provida.
[009] De acordo com um aspecto, a presente invenção diz respeito a suturas heterofuncionais e suturas de autorretenção com seções de filamento de sutura com características diferentes.
[0010] De acordo com um outro aspecto, a presente invenção diz respeito a suturas heterofuncionais e suturas de autorretenção como marca distintiva visível/reconhecível associada com esta para facilitar a identificação e diferenciação de seções de filamento de sutura com caracterícitcas diferentes.
[0011] De acordo com um outro aspecto, a presente invenção diz respeito a suturas heterofuncionais e suturas de autorretenção com marca distintiva legível por máquina associada com esta para facilitar a identificação e diferenciação de seções de filamento de sutura com caracteríticas diferentes.
[0012] De acordo com um outro aspecto, a presente invenção diz respeito a suturas e suturas de autorretenção com marca distintiva visível ou legível por máquina associada com esta que são indicativos de condições do filamento de sutura tal como tensão.
[0013] De acordo com uma outra modalidade, a presente invenção diz respeito a suturas heterofuncionais com marcadores legíveis por
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7/70 máquina indicativos de características ou condições da sutura e/ou seções da sutura.
[0014] De acordo com uma outra modalidade, a presente invenção diz respeito a suturas heterofuncionais com marcadores indicativos de características ou condições da sutura e/ou seções da sutura que podem ser lidos através de dispositivos não óticos.
[0015] De acordo com uma outra modalidade, a presente invenção diz respeito a suturas heterofuncionais com marcadores ativos indicativos de características ou condições da sutura e/ou seções da sutura.
[0016] De acordo com modalidades particulares, as suturas heterofuncionais marcadas são suturas de autorretenção bidirecionais.
[0017] De acordo com outras modalidades, a presente invenção diz respeito a métodos e dispositivos para uso junto com as suturas anteriores.
[0018] Os detalhes de uma ou mais modalidades são apresentados na descrição a seguir. Outras características, objetivos e vantagens ficarão aparentes a partir da descrição, dos desenhos e das reivindicações. Além do mais, as revelações de todas as patentes e pedidos de patente referenciados aqui estão incorporados pela referência nas suas íntegras.
Descrição dos Desenhos [0019] Características da invenção, sua natureza e várias vantagens ficarão aparentes a partir dos desenhos anexos e da descrição detalhada seguinte de várias modalidades.
[0020] A figura 1A é uma vista em perspectiva de uma sutura de autorretenção bidirecional de acordo com uma modalidade da presente invenção.
[0021] As figuras 1 B-1 D são vistas ampliadas de porções da sutura da figura 1A;
[0022] A figura 1E ilustra uma vista endoscópica de uma sutura de
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8/70 autorretenção bidirecional para demonstrar problemas resolvidos pela presente invenção.
[0023] As figuras 2A - 2D mostram exemplos da suturas heterofuncionais com duas ou mais seções com características diferentes de acordo com modalidades da presente invenção.
[0024] As figuras 2E-2F mostram exemplos de uma aplicação de uma sutura heterofuncional tal como a sutura heterofuncional da figura 2B de acordo com uma modalidade da presente invenção.
[0025] As figuras 3A-3I mostram exemplos de marcadores de sutura que podem ser associados com uma ou mais seções de uma sutura com características diferentes de acordo com modalidades da presente invenção.
[0026] As figuras 4A-4E mostram exemplos de agulha e marcadores de compressa que podem ser associados com uma ou mais seções de uma sutura com características diferentes de acordo com modalidades da presente invenção.
[0027] As figuras 5A-5H mostram exemplos de marcadores de sutura e marcadores de agulha que podem ser associados com uma sutura para indicar uma condição de uma sutura, tal como tensão, de acordo com modalidades da presente invenção.
[0028] As figuras 6A-6D mostram exemplos de marcadores de sutura ativos que podem ser associados com uma ou mais seções de uma sutura para indicar características e/ou condições da sutura de acordo com modalidades da presente invenção.
[0029] A figura 7A mostra um sistema endoscópico capaz de utilizar marcadores de sutura legíveis por máquina e marcadores de agulha associados com uma ou mais seções de uma sutura para indicar uma característica ou condição fixa de uma sutura de acordo com uma modalidade da presente invenção.
[0030] A figura 7B mostra um fluxograma que mostra as etapas na
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9/70 operação de um sistema videoscópico capaz de utilizar marcadores de sutura legíveis por máquina e marcadores de agulha associados com uma sutura para indicar uma caracterísitca ou condição fixados de uma sutura de acordo com uma modalidade da presente invenção. [0031] A figura 7C mostra um exemplo de uma exibição de vídeo aumentada com informação da sutura derivada de marcadores de sutura de acordo com uma modalidade da presente invenção.
[0032] A figura 8 é uma vista de elevação parcial de uma sutura de autorretenção de acordo com a presente invenção com uma deformação do segmento de transição.
[0033] As figuras 9a e 9b são vistas de elevação parcial das suturas de autorretenção de acordo com a presente invenção com segmento de transição reentrâncias.
[0034] As figuras 10a e 10b são vistas de elevação parcial das suturas de autorretenção de acordo com a presente invenção com formas de alívio do segmento de transição.
Descrição da Invenção
Definições [0035] Definições de certos termos que podem ser usadas a seguir incluem o seguinte.
[0036] Sistema de autorretenção refere-se a uma sutura de autorretenção junto com dispositivos para desdobrar a sutura no tecido. Tais dispositivos de desdobramento incluem, sem limitação, agulhas de sutura e outros dispositivos de desdobramento bem como extremidades suficientemente rígidas e afiadas na própria sutura para penetrar o tecido.
[0037] Sutura de autorretenção refere-se a uma sutura que compreende características no filamento de sutura para encaixar tecido sem a necessidade de um nó ou âncora da sutura.
[0038] Retentor de tecido (ou simplesmente retentor) ou farpa
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10/70 refere-se a uma característica física de um filamento de sutura que é adaptado para encaixar mecanicamente tecido e resistir ao movimento da sutura em pelo menos uma direção axial. Apenas a título de exemplo, retentor de tecido ou retentores podem incluir ganchos, projeções, farpas, flechas, extensões, saliências, âncoras, protuberâncias, esporas, galos, pontos, dentes, encaixadores de tecido, dispositivos de tração, rugosidade superficial, irregularidades superficiais, defeitos superficiais, bordas, facetas e similares. Em certas configurações, retentores de tecido são adaptados para encaixar tecido para resistir ao movimento da sutura em uma direção sem ser a direção em que a sutura é desdobrada no tecido pelo médico, sendo orientado para ficar substancialmente voltado na direção do desdobramento. Em algumas modalidades, os retentores ficam dispostos planos quando puxados na direção do desdobramento e abertos ou espalhados quando puxados em uma direção contrária na direção do desdobramento. Uma vez que a extremidade que penetra o tecido de cada retentor fica voltada para fora da direção do desdobramento quando move-se através de tecido durante o desdobramento, os retentores de tecido não pegarão ou prenderão o tecido durante esta fase. Uma vez que a sutura de autorretenção tenha sido desdobrada, uma força exercida em uma outra direção (frequentemente substancialmente oposta à direção do desdobramento) faz com que os retentores sejam deslocados da posição de desdobramento (isto é, apoiando-se substancialmente ao longo do corpo da sutura), forçam as extremidades do retentor a abrir (ou espalhar) do corpo da sutura de uma maneira que peguem e penetrem no tecido vizinho, e faz com que o tecido seja pego entre o retentor e o corpo da sutura; por meio disto ancorando ou afixando a sutura de autorretenção no local. Em certas outras modalidades, os retentores de tecido podem ser configurados para permitir movimento da sutura em uma direção e resistir ao movimento da sutura em uma outra dire
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11/70 ção sem espalhar ou desdobrar. Em certas outras configurações, o retentor de tecido pode ser configurado ou combinado com outros retentores de tecido para resistir ao movimento do filamento de sutura em ambas direções. Tipicamente, uma sutura com tais retentores é desdobrada através de um dispositivo tal como uma cânula que impede contato entre os retentores e o tecido até que a sutura esteja no local desejado.
[0039] Configurações de retentor referem-se às configurações de retentores de tecido e podem incluir características tais como tamanho, forma, flexibilidade, características superficiais, e assim por diante. Essas são algumas vezes também referidas como configurações de farpa.
[0040] Sutura bidirecional refere-se a uma sutura de autorretenção com retentores orientados em uma direção em uma extremidade e retentores orientados na outra direção na outra extremidade. Uma sutura bidirecional é tipicamente com braço com uma agulha em cada extremidade do fio da sutura. Muitas suturas bidirecionais têm um segmento de transição localizado entre as duas orientações de farpa.
[0041] Segmento de transição refere-se a uma porção sem retentor (sem farpa) de uma sutura bidirecional localizada entre um primeiro conjunto de retentores (farpas) orientados em uma direção e um segundo conjunto de retentores (farpas) orientados em uma outra direção. O segmento de transição pode estar aproximadamente no ponto central da sutura de autorretenção, ou próximo a uma extremidade da sutura de autorretenção para formar um sistema de sutura de autorretenção assimétrica.
[0042] Fio da sutura refere-se ao componente do corpo filamentar da sutura. O fio da sutura pode ser um monofilamento, ou compreender múltiplos filamentos como em uma sutura trançada. O fio da sutura pode ser feito de qualquer material biocompatível adequado, e
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12/70 pode ser adicionalmente tratado com qualquer material biocompatível adequado, quer para aumentar a resistência, elasticidade, longevidade das suturas, ou outras qualidades, ou para equipar as suturas para executar funções adicionais além de unir tecidos, reposicionar tecidos, ou anexar elementos estranhos aos tecidos.
[0043] Sutura de monofilamento refere-se a uma sutura compreendendo um fio da sutura monofilamentar.
[0044] Sutura trançada refere-se a uma sutura compreendendo um fio da sutura multifilamentar. Os filamentos em tais fios da sutura são tipicamente trançados, torcidos, ou tecidos juntos.
[0045] Sutura degradável (também referida como sutura biodegradável ou sutura absorvível) refere-se a uma sutura que, depois da introdução em um tecido, é quebrada e absorvida pelo corpo. Tipicamente, o processo de degradação é pelo menos parcialmente mediado, ou realizado, em um sistema biológico. Degradação refere-se a um processo de cisão de cadeia pelo qual uma cadeia de polímero é clivada em oligômeros e monômeros. Cisão de cadeia pode ocorrer através de vários mecanismos, incluindo, por exemplo, por reação química (por exemplo, hidrólise, oxidação/redução, mecanismos enzimáticos ou uma combinação desses) ou por um processo térmico ou fotolítico. Degradação de polímero pode ser caracterizada, por exemplo, usando cromatografia de permeação de gel (GPC), que monitora as mudanças de massa molecular do polímero durante erosão e quebra. Material da sutura degradável pode incluir polímeros tais como ácido poliglicólico, copolímeros de glicolídeo e lactídeo, copolímeros de carbonato de trimetileno e glicolídeo com dietileno glicol (por exemplo, MAXONTM, Tyco Healthcare Group), terpolímero composto de glicolídeo, carbonato de trimetileno, e dioxanona (por exemplo, BIOSYNTM [glicolídeo (60 %), carbonato de trimetileno (26 %), e dioxanona (14 %)], Tyco Healthcare Group), copolímeros de glicolídeo,
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13/70 caprolactona, carbonato de trimetileno, e lactídeo (por exemplo, CAPROSYNTM, Tyco Healthcare Group). Uma sutura dissolvível também pode incluir parcialmente álcool polivinílico deacetilado. Polímeros adequados para uso em suturas degradáveis podem ser polímeros lineares, polímeros ramificados ou polímeros multiaxiais. Exemplos de polímeros multiaxiais usados em suturas são descritos em publicação de pedido de patente U.S. Nos. 20020161 168, 20040024169, e
200401 16620. Suturas feitas de material da sutura degradável perdem limite de resistência, uma vez que o material degrada. Suturas degradáveis podem ser tanto em uma forma de multifilamento trançado quanto uma forma de monofilamento.
[0046] Sutura não degradável (também referida como sutura não absorvível) refere-se a uma sutura compreendendo material que é não degradado por cisão de cadeia tais como processos de reação química (por exemplo, hidrólise, oxidação/redução, mecanismos enzimáticos ou uma combinação desses) ou por um processo térmico ou fotolítico. Material da sutura não degradável inclui poliamida (também conhecido como náilon, tais como náilon 6 e náilon 6,6), poliéster (por exemplo, poli(tereftalato de etileno), politetrafluoretileno (por exemplo, politetrafluoretileno dilatado), éster de poliéter tal como polibutéster (copolímero bloco de butileno tereftalato e éter de politetrametileno glicol), poliuretano, ligas metálicas, metal (por exemplo, arame de aço inoxidável), polipropileno, polietileno, seda, e algodão. Suturas feitas de material da sutura não degradável são adequadas para aplicações em que a sutura deve ficar permanentemente ou deve ser removida fisicamente do corpo.
[0047] Diâmetro da sutura refere-se ao diâmetro do corpo da sutura. Deve-se entender que uma variedade de comprimentos da sutura pode ser usada com a sutura descrita aqui e que, embora o termo diâmetro seja frequentemente associado com uma periferia circular, de
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14/70 ve-se entender que aqui indica uma dimensão seccional transversal associada com uma periferia de qualquer forma. O dimensionamento da sutura é baseado no diâmetro. A designação da United States Pharmacopeia (USP) de tamanho da sutura varia de 0 a 7 na maior faixa e 1-0 a 11-0 na menor faixa; na menor faixa, quanto maior o valor antecedendo o zero hifenizado, menor o diâmetro da sutura. O diâmetro real de uma sutura dependerá do material da sutura, de forma que, a título de exemplo, uma sutura de tamanho 5-0 e feita de colágeno, terá um diâmetro de 0,15 mm, enquanto suturas com a mesma designação de tamanho USP, mas feitas de um material absorvível sintético ou um material não absorvível, terão cada qual um diâmetro de 0,1 mm. A seleção de tamanho da sutura com um propósito particular depende de fatores tais como a natureza do tecido a ser suturado e a importância de problemas cosméticos; embora suturas menores possam ser mais facilmente manipuladas através de sítios cirúrgicos apertados, e sejam associadas com menor cicatrização, o limite de resistência de uma sutura fabricada de um dado material tende a diminuir com a diminuição do tamanho. Deve-se entender que as suturas e métodos de fabricar suturas aqui revelados são apropriados para uma variedade de diâmetros, incluindo, sem limitação, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1, 0,
1-0, 2-0, 3-0, 4-0, 5-0, 6-0, 7-0, 8-0, 9-0, 10-0 e 1 1-0.
[0048] Anexação de agulha refere-se à anexação de uma agulha para uma sutura que exige o mesmo para desdobramento em tecido, e pode incluir métodos tais como crimpagem, estampagem, uso de adesivos, e assim por diante. O fio da sutura é anexado na agulha da sutura usando métodos tais como crimpagem, estampagem e adesivos. Anexação da suturas e agulhas cirúrgicas é descrita em U.S. Patente Nos. 3.981.307, 5.084.063, 5.102.418, 5.123.911, 5.500.991, 5.722.991, 6.012.216 e 6.163.948, e publicação de pedido de patente U.S. No. US 2004/0088003). A ponta de anexação da sutura na agulha
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15/70 é conhecida como a parte estampada.
[0049] Agulha da sutura refere-se a agulhas usadas para desdobrar suturas em tecido, que vem de muitos diferentes perfis, formas e composições. Existem dois tipos principais de agulhas, agulhas traumáticas e agulhas atraumáticas. Agulhas traumáticas têm canais ou extremidades perfuradas (ou seja, furos ou olhais) e são supridas separadas do fio da sutura e são enfiadas no local. Agulhas atraumáticas são cegas e são anexadas na sutura na fábrica por formação da parte estampada ou outros métodos, por meio do que o material da sutura é inserido em um canal na extremidade romba da agulha que é então deformado em uma forma final para manter a sutura e agulha juntas. Dessa maneira, agulhas atraumáticas não exigem tempo extra no local para enfiar a sutura, e a extremidade da sutura no local de anexação de agulha é no geral menor que o corpo da agulha. Na agulha traumática, o fio vem fora do furo da agulha em ambos os lados e frequentemente a sutura rompe os tecidos até uma certa extensão uma vez que ele tenha atravessado. A maioria das suturas modernas são agulhas atraumáticas com parte estampada. Agulhas atraumáticas podem ser permanentemente estampadas na sutura ou podem ser projetadas para vir fora da sutura com um tirante reto afiado. Esses meios de remoção são comumente usados para suturas interrompidas, onde cada sutura é passada somente uma vez, e então amarrada. Para suturas farpadas que são ininterruptas, essas agulhas atraumáticas são preferidas.
[0050] Agulhas de sutura também podem ser classificadas de acordo com a geometria da ponta, ou ponta da agulha. Por exemplo, agulhas podem ser (i) cônicas por meio do que o corpo da agulha é redondo e afunila suavemente até uma ponta; (ii) cortantes por meio do que o corpo da agulha é triangular e tem uma aresta de corte afiado no lado de dentro; (iii) corte reverso por meio do que a aresta de cor
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16/70 te é no lado de fora; (iv) ponta trocarte ou corte trocarte por meio do que o corpo da agulha é redondo e cônico, mas termina em uma ponta de corte pequena triangular; (v) ponta romba para costurar tecidos friáveis; (vi) corte lateral ou ponta de espátula por meio do que a agulha é plana no topo e base com uma aresta de corte ao longo da frente até um lado (essas são tipicamente usadas para cirurgia de olhos).
[0051] Agulhas de sutura também podem ser de diversas formas incluindo, (i) retas, (ii) semicurvas ou esqui, (iii) 1/4 de círculo, (iv) 3/8 de círculo, (v) 1/2 de círculo, (vi) 5/8 de círculo, (v) e curva composta.
[0052] Agulhas da sutura são descritas, por exemplo, na patente
U.S Nos. 6.322.581 e 6.214.030 (Mani, Inc., Japan); e 5.464.422 (W.L. Gore, Newark, DE); e 5.941.899; 5.425.746; 5.306.288 e 5.156.615 (US Cirúrgico Corp., Norwalk, CT); e 5.312.422 (Linvatec Corp., Largo, FL); e 7.063.716 (Tyco Healthcare, North Haven, CT). Outras agulhas da sutura são descritas, por exemplo, em patente U.S. Nos. 6.129.741; 5.897.572; 5.676.675; e 5.693.072. As suturas descritas aqui podem ser desdobradas com uma variedade de tipos de agulha (incluindo, sem limitação, curvas, retas, longas, curtas, micro, e assim por diante), superfícies cortantes da agulha (incluindo, sem limitação, cortante, cônica, e assim por diante), e técnicas de anexação de agulha (incluindo, sem limitação, extremidade perfurada, crimpada, e assim por diante). Além disso, as suturas aqui descritas podem incluir elas mesmas extremidades suficientemente rígidas e afiadas de maneira a eliminar a exigência de agulhas de desdobramento completamente.
[0053] Diâmetro de agulha refere-se ao diâmetro de uma agulha de desdobramento da sutura na ponta mais ampla de tal agulha. Embora o termo diâmetro seja frequentemente associado com uma periferia circular, deve-se entender aqui indicar uma dimensão seccional transversal associada com uma periferia de qualquer forma.
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17/70 [0054] Sutura braço refere-se a uma sutura com uma agulha da sutura em pelo menos uma extremidade de desdobramento da sutura. Extremidade de desdobramento da sutura refere-se a uma extremidade da sutura a ser desdobrada no tecido; uma ou ambas extremidades da sutura podem ser extremidades de desdobramento da sutura. As extremidades de desdobramento da sutura podem ser anexadas a um dispositivo de desdobramento, tal como uma agulha da sutura, ou podem ser suficientemente afiadas e rígidas para penetrar tecido por si mesmas.
[0055] Fechamento de ferida refere-se a um procedimento cirúrgico para fechar uma ferida. Uma lesão, especialmente uma em que a pele ou uma outra superfície externa ou interna é cortada, rasgada, perfurada, ou de outra forma quebrada, é conhecida como uma ferida. Uma ferida comumente ocorre quando a integridade de qualquer tecido é comprometida (por exemplo, quebras ou queimaduras de pele, rasgos nos músculos ou fraturas ósseas). Uma ferida pode ser causada por um ato, tais como uma perfuração, queda, ou procedimento cirúrgico; por uma doença infecciosa; ou por uma condição médica oculta. Fechamento de ferida cirúrgica facilita o evento biológico de cicatrização unindo, ou aproximando estritamente, as bordas dessas feridas onde o tecido foi rasgado, cortado, ou de outra forma separado. Fechamento de ferida cirúrgica justapõe ou aproxima diretamente as camadas de tecido, que serve para minimizar o novo volume de formação de tecido necessário para ligar a folga entre as duas bordas da ferida. O fechamento pode servir tanto a propósitos funcionais quanto estéticos. Estes propósitos incluem eliminação de espaço morto, aproximando-se os tecidos subcutâneos, minimização de formação de cicatriz por alinhamento epidérmico criterioso, e evitação de uma cicatriz rebaixada por eversão precisa das bordas da pele.
[0056] Procedimento de elevação de tecido refere-se a um pro
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18/70 cedimento cirúrgico para reposicionamento de tecido de uma elevação inferior para uma elevação superior (isto é, mover o tecido em uma direção oposta à direção de gravidade). Os ligamentos de retenção da face suportam o tecido macio facial na posição anatômica normal. Entretanto, com a idade, efeitos gravitacionais e perda de volume de tecido realizam a migração descendente de tecido, e gordura desce no plano entre a fascia facial superficial e profunda, fazendo assim com que o tecido facial caia. Procedimentos de elevação facial são projetados para levantar esses tecidos caídos, e são um exemplo de uma classe mais geral de procedimento médico conhecido como um procedimento de elevação de tecido. Mais no geral, um procedimento de elevação de tecido reverte a mudança de aparência que resulta de efeitos de envelhecimento e gravidade com o tempo, e outros efeitos temporais que fazem com que o tecido caia, tais como efeitos genéticos. Deve-se notar que o tecido também pode ser reposicionado sem elevação; em alguns procedimentos, os tecidos são reposicionados lateralmente (fora da linha média), medialmente (em direção a linha média) ou inferiormente (abaixados) a fim de restaurar a simetria (isto é, reposicionados de maneira tal que os lados esquerdo e direito do corpo casem).
[0057] Dispositivo médico ou implante refere-se a qualquer objeto colocado no corpo com o propósito de restaurar a função fisiológica, reduzir/aliviar sintomas associados com doença, e/ou reparar e/ou substituir órgãos e tecidos danificados ou doentes. Embora composto normalmente de materiais sintéticos biologicamente compatíveis (por exemplo, aço inoxidável de grau médico, titânio e outros metais ou polímeros tais como poliuretano, silicone, PLA, PLGA e outros materiais) que são exógenos, alguns dispositivos médicos e implantes incluem materiais derivados de animais (por exemplo, xenoenxertos tais como órgãos animais totais; tecidos animais tais como válvulas do cora
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19/70 ção; moléculas de ocorrência natural ou quimicamente modificadas tais como colágeno, ácido hialurônico, proteínas, carboidratos e outros), doadores humanos (por exemplo, aloenxertos tais como órgãos totais; tecidos tais como enxertos ósseos, enxertos de pele e outros), ou de pacientes por si mesmo (por exemplo, autoenxertos tais como enxertos da veia safenosa, enxertos de pele, transplantes de tendão/ligamento/músculo). Dispositivos médicos que podem ser usados em procedimentos junto com a presente invenção incluem, mas sem limitações, implantes ortopédicos (juntas artificiais, ligamentos e tendões; parafusos, placas, e outra ferragem implantável), implantes dentais, implantes intravasculares (enxertos de desvio vascular arterial e venoso, enxertos de acesso a hemodiálise; tanto autólogo quanto sintético), enxertos de pele (autólogo, sintético), tubos, drenagens, agentes encorpantes de tecido implantável, bombas, desvios, selantes, malhas cirúrgicas (por exemplo, malhas de reparo de hérnia, andaimes de tecido), tratamentos de fístula, implantes espinhais (por exemplo, discos intervertebrais artificiais, dispositivos de fusão espinhal, etc.) e similares.
SUTURAS HETEROFUNCIONAIS MARCADAS [0058] Conforme discutido anteriormente, a presente invenção diz respeito a composições, configurações, métodos de fabricar e métodos de usar suturas, suturas heterofuncionais e suturas de autorretenção em procedimentos cirúrgicos que eliminam uma variedade de limitações e fornecem funcionalidade melhor e/ou adicional. Da maneia aqui usada, uma sutura heterofuncional é uma sutura com duas ou mais seções funcionalmente distintas de filamento de sutura onde as seções de filamento tem diferentes características. Uma sutura heterofuncional também pode englobar suturas com duas ou mais seções de filamento onde dispositivos associados com as seções de filamento, tais como uma agulha, apenas a título de exemplo, tem diferentes ca
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20/70 racterísticas. Da maneia aqui usada, o termo característica é empregado para referir-se a uma propriedade fixa de uma sutura, tais como material, orientação do retentor, diâmetro nominal, configuração da agulha etc. O termo condição é usado para referir-se a propriedades variáveis de um filamento de sutura tais como tensão, temperatura etc. O termo propriedade é usado para englobar tanto características (propriedade fixa) quanto condições (propriedades variáveis) das suturas. As duas ou mais seções de filamento de sutura em uma sutura heterofuncional não precisam ser de nenhum comprimento particular, mas uma seção deve ser grande o bastante para que sua diferença de propriedade tenha um efeito na funcionalidade da seção. Isto exige tipicamente um comprimento da sutura grande o bastante por pelo menos um passo ou mordida através de tecido nas condições de uso. Tipicamente uma seção da sutura será uma porção da sutura com um comprimento pelo menos duas ordens de magnitude maior que o diâmetro e mais tipicamente, três ou quatro ordens de magnitude maior que o diâmetro da sutura.
[0059] De acordo com modalidades particulares, a presente invenção diz respeito a suturas e suturas de autorretenção que são suturas duplo-braços; suturas triplo-braços; suturas multibraços; suturas heterofuncionais com duas ou mais seções da sutura com características diferentes; suturas duplo-braços com diferentes tipos (ou tamanhos) de agulhas em cada extremidade; suturas simples ou duplo-braços para uso com diferentes camadas/profundidade e tipos de tecido; suturas simples ou duplo-braços com seções de filamento com diferentes diâmetros para uso com diferentes camadas/profundidades e tipos de tecido; suturas duplo-braços com seções de transição colocadas assimetricamente; e suturas com uma combinação de dois ou mais dessas características. De acordo com modalidades particulares da presente invenção, essas suturas, suturas de autorretenção e/ou seções desses
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21/70 podem ser não marcadas, marcadas, ou diferencialmente marcadas por um ou mais tipos de marcadores, ou combinação de marcadores. Suturas marcadas incluem, a título de exemplo, suturas duplo-braços com diferentes marcadores em cada extremidade da sutura; suturas heterofuncionais com diferentes marcadores em diferentes seções da sutura; suturas de autorretenção com marcadores indicativos da presença, ausência e/ou orientação de retentores em uma seção da sutura; suturas duplo-braços com diferentes marcadores em cada agulha; suturas duplo-braços com marcadores para identificar orientação ou direção de uma extremidade de uma sutura duplo-braço; suturas com marcadores utilizados em ferramentas cirúrgicas roboticamente assistidas e com ferramentas cirúrgicas endoscópicas; suturas com marcadores que identificam tipos e características da suturas e chamam tais dados de tabelas em dispositivos de computador (dispositivos de cirurgia assistida por computador) que exibe esta informação para o doutor ou limita o que o doutor pode fazer no que diz respeito ao tensionamento da sutura desdobrada; e suturas com marcadores em combinação com som ou geradores de som variáveis, ou luz ou geradores de luz variáveis, ou dispositivos hápticos que variam um estímulo provido para um médico dependendo da força, deformação e/ou tensão na suturas.
[0060] Além das suturas marcadas para facilitar o uso do doutor da sutura durante um procedimento cirúrgico, suturas aqui reveladas incluem as com marcadores que podem ser usados para identificar seções de uma sutura heterofuncional depois de ela ter sido desdobrada e o procedimento cirúrgico completado. Por exemplo, marcadores detectáveis por tomografia computadorizada ou tomografia axial computadorizada pode assistir na localização da sutura bem depois que o paciente tiver sido curado pelo procedimento cirúrgico.
[0061] Os marcadores podem ser providos na sutura ou em uma
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22/70 agulha ou em um outro dispositivo associado com uma sutura ou seção da sutura, por exemplo, uma compressa ou similares. Os marcadores incluem, mas sem limitações: marcadores que identificam características da sutura tais como materiais e/ou outras propriedades fixas; marcadores que identificam condições da sutura tais como tensão e/ou outras propriedades variáveis; marcadores visíveis na faixa de frequência de luz visível; marcadores invisíveis ao olho nu, mas que são visualizados nas condições de uso cirúrgico; marcadores reconhecíveis na faixa de frequência de radiação não visível, tais como nos espectros ultravioleta ou outros espectros de fluorescência; marcadores detectáveis com ultrassom; marcadores detectáveis por radiação de raios-X; marcadores detectáveis por imageamento de ressonância magnética; marcadores detectáveis por varreduras de tomografia computadorizada (CT) ou por varreduras de tomografia axial computadorizada (CAT); marcadores que são legíveis por máquina; marcadores que podem ser lidos remotamente; marcadores que sãos marcadores ativos; marcadores que são marcadores passivos (RFID passivo); marcadores que incluem um LED e um acelerômetro ou sensor de deformação; marcadores que incluem uma fonte de luz e um sensor responsivo a condições da sutura; marcadores que identificam a presença, ausência e/ou orientação de retentores; marcadores que identificam diferentes seções de uma sutura com características diferentes; marcadores que mudam de cor em virtude da intensidade, deformação e/ou tensão da sutura; marcadores com cores alternadas onde as cores se misturam e produzem uma cor diferente em resposta à força, deformação e/ou tensão da sutura; marcadores com diferentes cores colocados em diferentes profundidades ou lado a lado onde as cores se misturam e produzem uma cor diferente em resposta a intensidade, deformação e/ou tensão da sutura; marcadores com um ou mais padrões onde os padrões interferem uns com os outros para produzir
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23/70 uma mudança visível ou reconhecível no padrão em resposta à intensidade, deformação e/ou tensão da sutura; marcadores que cobrem um corpo esticável da sutura e um retentor relativamente não esticável (um pouco isolado do corpo) de maneira tal que exista um desalinhamento notável quando o corpo da sutura está sob tensão e esticado; e marcadores que deformam ou mudam a configuração quando a sutura está sob tensão; marcadores que estendem dos alojamentos ou camisas ou cavidades na agulha ou sutura quando a sutura está sob tensão; marcadores usados com dispositivos de imageamento estéreo/3D.
A. Sistemas de sutura de Autorretenção Heterofuncional Marcada [0062] A figura 1A ilustra um sistema de sutura de autorretenção heterofuncional 100. O sistema de sutura de autorretenção 100 compreende agulhas 110, 112 anexadas ao fio da sutura de autorretenção 102. O fio da sutura de autorretenção 102 inclui uma pluralidade de retentores 130 distribuída na superfície de um filamento 120. Na seção de avanço 140 de filamento 120 não existem retentores 130. Na seção 142 de filamento 120 existe uma pluralidade de retentores 130 arranjada de maneira tal que a sutura possa ser desdobrada na direção da agulha 110, mas que resiste ao movimento na direção de agulha 112. Na seção de transição 144, não existem retentores 130. Na seção 146, existe uma pluralidade de retentores 130 arranjada de maneira tal que a sutura possa ser desdobrada na direção da agulha 112, mas resista ao movimento na direção da agulha 110. Os retentores 130 na seção 146 são maiores que os retentores 130 na seção 142. Os retentores maiores são mais bem adequados para pegar o tecido que é mais macio e/ou menos denso do que os retentores menores. Na seção de avanço 148 de filamento 120 não existem retentores 130.
[0063] Uma quebra é mostrada em cada uma das seções 140,
142, 144, 146 e 148 para indicar que o comprimento de cada seção
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24/70 pode ser variado e selecionado dependendo da aplicação para qual a sutura deve ser usada. Por exemplo, a seção de transição 144 pode ser assimetricamente localizada próxima da agulha 110 ou agulha 112, se desejado. Uma sutura de autorretenção com uma seção de transição localizada assimetricamente 144 pode ser favorecida por um médico que prefere usar sua mão dominante em técnicas que exigem sutura em direções opostas ao longo de uma ferida. O médico pode iniciar adicionalmente de uma extremidade da ferida que das outra e costurar a porção mais comprida da ferida com a agulha que é localizada adicionalmente da seção de transição 144. Isto permite que um médico use sua mão dominante para costurar a maior parte da ferida com o braço mais comprido da sutura. O braço mais comprido da sutura é a seção da sutura entre a seção de transição e a agulha que é localizada mais afastada da seção de transição.
[0064] O sistema de sutura de autorretenção heterofuncional 100 é composto de dois braços com diferentes funções. Cada braço pode ser considerado uma seção de sistema de sutura de autorretenção 100. O primeiro braço compreendendo seções 142 e seção 140 de fio da sutura de autorretenção 102 e uma agulha curva 110 tem retentor relativamente pequeno adequado para encaixar tecido mais duro/mais denso. O segundo braço compreendendo seções 146 e 148 e agulha 112 de fio da sutura de autorretenção 102 tem retentores relativamente maiores adequados para encaixar tecido mais macio/menos denso. O fio da sutura de autorretenção 102 da figura 1A é um fio da sutura heterofuncional em virtude de cada braço da sutura ter características diferentes. Por exemplo, conforme previamente estabelecido, o primeiro braço tem retentor relativamente pequeno adequado para encaixar tecido mais duro/mais denso e o segundo braço tem retentores relativamente maiores adequados para encaixar tecido mais macio/menos denso. Durante a cirurgia, pode, entretanto, ser difícil para o médico
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25/70 diferenciar um braço ou agulha de sistema de sutura de autorretenção 100 do outro braço, ou identificar e diferenciar um braço ou agulha de fio da sutura de autorretenção 102 do outro braço. Assim, de acordo com certas modalidades da presente invenção, o sistema de sutura de autorretenção 100 pode ser provido com marcadores visíveis associados com um ou outro dos braços ou agulha do sistema de sutura de autorretenção ou seções do fio da sutura heterofuncional 102. Os marcadores visíveis permitem que um médico reconheça e diferencie os braços do sistema de sutura de autorretenção heterofuncional 100 e/ou as seções do fio da sutura heterofuncional 102.
[0065] A figura 1B ilustra uma vista ampliada do fio da sutura de autorretenção 102 na seção 142. Conforme mostrado na figura 1 B, uma pluralidade de retentores 130 é distribuída na superfície de filamento 120. A afixação da suturas de autorretenção depois do desdobramento em tecido vincula a penetração das extremidades do retentor 132 no tecido vizinho, resultando em tecido preso entre o retentor 130 e o corpo de filamento de sutura 120. A superfície interna 134 do retentor 130 que está em contato com o tecido que é preso entre o retentor 130 e o corpo de filamento 120 é referida aqui como superfície de encaixe de tecido ou superfície de retentor interno. Conforme ilustrado na figura 1 B, cada retentor 130 tem uma ponta 132 e superfície de retentor de tecido 134. Quando o fio da sutura de autorretenção 102 move-se na direção de seta 136, os retentores 130 ficam dispostos planos contra o corpo de filamento 120. Entretanto, quando o fio da sutura de autorretenção 102 move-se na direção da seta 138, a ponta 132 do retentor 130 encaixa o tecido em volta do filamento 120 e faz com que o retentor 130 abras em forma de leque do filamento 120 e encaixe no tecido com superfície de encaixe de tecido 134, prevenindo assim o movimento da sutura nesta direção. Conforme mostrado, na figura 1 B, o filamento 120 na seção 142 carrega um marcador
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152 composto de dois triângulos. As pontas dos triângulos apontam em uma direção ao longo do eixo longitudinal do filamento 120. Esta direção mostrada pela seta 136 é a direção na qual a seção 142 de fio da sutura de autorretenção 102 pode ser desdobrada sem retentores 130 que encaixam no tecido. Assim, o marcador 152 tanto identifica a seção 142 quanto indica sua orientação. Conforme mostrado na figura 1A, agulha 110 também pode ser marcada com o mesmo marcador 152.
[0066] A figura 1C ilustra uma vista ampliada de fio da sutura de autorretenção 102 na seção 144. Conforme mostrado na figura 1C, na seção 144, não existem retentores 130. A seção 144 pode ser referida como a seção de transição de sistema de sutura de autorretenção 100. A seção 144 pode ser desdobrada em qualquer das ambas direções mostradas pelas setas 136 e 138. Em muitos procedimentos é desejável localizar a região de transição a fim de situar devidamente a região de transição no início do desdobramento da sutura. Conforme mostrado, na figura 1C, o filamento 120 na seção 144 carrega um marcador 154 composto de um diamante. As pontas dos diamantes apontam em ambas direções, mostrando que a seção 144 de fio da sutura de autorretenção 102 pode ser desdobrada em qualquer direção e diferenciando a seção 144 da seção 142.
[0067] A figura 1D ilustra uma vista ampliada de fio da sutura de autorretenção 102 na seção 146. Conforme mostrado na figura 1D, uma pluralidade de retentores 130 é distribuída na superfície de filamento 120. Conforme ilustrado na figura 1D, cada retentor 130 tem uma ponta 132 e superfície de retentor de tecido 134. Quando o fio da sutura de autorretenção 102 move-se na direção da seta 138, o retentor 130 fica disposto plano contra o corpo de filamento 120. Entretanto, quando o fio da sutura de autorretenção 102 move-se na direção da seta 136, a ponta 132 ou o retentor 130 encaixa no filamento em volta
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27/70 tecido 120 e faz com que o retentor 130 se abra como um leque a partir do filamento 120 e encaixe o tecido com face 134, prevenindo assim o movimento da sutura nesta direção. Assim, na seção 146 retentores 130 são orientados na direção oposta aos retentores 130 na seção 142. Conforme mostrado, na figura 1D, o filamento 120 na seção 146 carrega um marcador 156 composto de um triângulo simples. A ponta do triângulo aponta na direção da seta 138 em que seção 146 de fio da sutura de autorretenção 102 pode ser desdobrada sem os retentores 130 encaixar o tecido. Note que o marcador 156 é diferente do marcador 152 permitindo que os braços de sistema de sutura de autorretenção 100 sejam reconhecidos e diferenciados. Assim, marcador 156 identifica a orientação dos retentores na seção 146 e diferencia a seção 146 das seções 144 e 142. Conforme mostrado na figura 1A, agulha 112 também pode ser marcada com o mesmo marcador 156. Adicionalmente, diferenças do marcador podem incluir diferentes formas, diferentes cores, diferentes números e diferentes letras, para citar alguns tipos de marcadores.
[0068] A figura 1E ilustra o problema resolvido pela presente invenção. Conforme mostrado na figura 1E, um sistema de sutura de autorretenção não marcado 100 é usado em uma cavidade do corpo humano para fechar uma abertura 160 em tecido 162. O procedimento é realizado endoscopicamente e o campo visual 164 do médico é limitado à seção dentro do círculo tracejado. O médico dá uma mordida no tecido 162 em ambos os lados da abertura 160. Dois instrumentos endoscópicos 166 e 168 são controlados pelo médico e são visíveis para o médico no campo operatório 164. O médico dá uma mordida no tecido 162 em cada lado da abertura 160 com agulha 112 e tira a seção 146 através do tecido para a posição mostrada na figura 1E. O médico tem sistema de sutura de autorretenção temporariamente liberado 100 com os instrumentos endoscópicos. Agulha 112 e uma porção de sisPetição 870190052679, de 04/06/2019, pág. 36/83
28/70 tema de sutura de autorretenção 100 estão fora do campo visual. [0069] O médico deseja mover a seção de transição 144 de forma que ela fique aproximadamente centralizada sobre a abertura 160 e então pega a agulha 112 e dá uma outra mordida no tecido em cada lado da abertura 160 movimentando da direita para a esquerda. Entretanto, os retentores 130 ao longo não são suficientemente visíveis para o médico por meio do endoscópio. Também, instrumentos endoscópicos 166 e 168 não fornecem bastante sensação tátil ao médico para que ele seja capaz de sentir onde os retentores 130 estão localizados. [0070] A primeira tarefa do médico é como identificar a seção 144, diferenciá-la das seções 142 e 146 e então centralizar a seção 144 sobre a abertura 160. Se a seção 144 for provida com marcadores 154, conforme mostrado nas figuras 1A, 1C, o médico pode identificar a seção 144, diferenciá-la das seções 142 e 146 e então puxar a sutura até a seção 144 ficar centralizada sobre a abertura 160.
[0071] A próxima tarefa do médico é encontrar e identificar a agulha associada com a sutura que sai no lado direito da abertura 160. Note que a seção 142 da sutura que está localizada na direita da abertura 160 deixa o campo visual 164. Tudo fora do círculo tracejado é invisível para o médico sem movimentar o endoscópio. A menos que a agulha 112 seja marcada de alguma maneira, o médico pode assumir incorretamente que a agulha 112 é associada com a seção 142 do sistema de sutura de autorretenção 100. Entretanto, se a agulha 112 for marcada conforme mostrado na figura 1A, então o médico pode identificar a agulha 112 como a agulha incorreta.
[0072] A próxima tarefa para o médico é encontrar e pegar a agulha 110. Uma maneira para o médico adquirir a agulha 110 é seguir a seção 142 da sutura inteiramente da abertura 160 até a extremidade. Isto é demorado e o médico talvez pode ficar confuso se as seções 142 e 146 cruzarem ou moverem em alguma ponta. Uma técnica mais
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29/70 rápida seria o médico iniciar a partir do segmento visível 170 da seção 142 da sutura dentro do campo visual 164. Entretanto, a menos que a seção 142 do fio da sutura seja marcada de alguma maneira, não existe maneira para o médico ficar seguro de que o segmento visível 170 da sutura é parte da seção 142. Igualmente, o médico não pode dizer se o segmento visível 172 da sutura é parte da seção 142 ou parte da seção 146. Se a seção 142 for marcada de alguma maneira, o médico pode adquirir a seção 142 em porção visível 170. Se a seção 142 for marcada de uma maneira que indica orientação da sutura, o médico será capaz também de saber em qual direção a agulha 110 fica disposta da porção visível 170 permitindo que o médico adquira a agulha 110 da maneira mais expediente e exata. Se a agulha 110 for também marcada de alguma maneira, o médico pode confirmar que ele adquiriu a agulha correra para a etapa seguinte no procedimento. Assim, marcar a sutura, seções da sutura e/ou agulhas reduz erro e economiza tempo.
B. Sistemas de sutura de Autorretenção Heterofuncionais [0073] Conforme discutido anteriormente, deseja-se particularmente marcar e identificar porções de um sistema de autorretenção quando existe uma diferença nas características/utilidade de diferentes seções da sutura de autorretenção. No caso da suturas de autorretenção, a diferença nas características entre seções da sutura pode ser a presença, ausência e orientação de retentores associados com a seção. Na figura 1A, a diferença em função entre os dois braços de sistema de sutura de autorretenção 100 é o comprimento de retentores 130. Entretanto, as diferenças nas características e/ou utilidade entre seções de uma sutura heterofuncional não estão limitadas à presença, ausência e orientação de retentores e incluem tais diferenças como comprimento de agulha, diâmetro de agulha, configuração da agulha, configuração da ponta da agulha; método de anexação de agulha, ma
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30/70 terial da agulha, superfície da agulha tratamento, comprimento da sutura, diâmetro da sutura, material da sutura, processo de fabricação da sutura, revestimento da sutura, textura da sutura, tratamento da superfície de sutura, produtos farmacêuticos associados, características da memória em forma de sutura, resistência da sutura, elasticidade da sutura, dureza da sutura, absorvibilidade da sutura, configuração do retentor, dimensões do retentor, distribuição do retentor, e elevação do retentor. As figuras 2A - 2D mostram exemplos das suturas heterofuncionais com duas ou mais seções com características diferentes de acordo com modalidades da presente invenção.
[0074] Conforme mostrado na figura 2A, um exemplo de um sistema de sutura de autorretenção heterofuncional 210 inclui dois braços
212, 213 unidos em uma seção de transição 214. Cada braço 212,
213, termina em uma agulha 216, 217. O comprimento de filamento de sutura no braço 212, entretanto, é significativamente menor do que o comprimento de filamento de sutura no braço 213. Este sistema de sutura de autorretenção heterofuncional é usado, por exemplo, em um fechamento de ferida onde um médico começa na ponta do centro da ferida e as suturas em direção a uma extremidade da ferida com um braço da sutura e em direção a outra extremidade da ferida com o outro braço da sutura. Normalmente, é mais confortável para um médico suturar em uma direção do que na outra. Assim, com o sistema de sutura de autorretenção heterofuncional 210 da figura 2A, o médico pode começar mais próximo de uma extremidade da ferida em vez de no centro da ferida. Assim, o médico pode realizar mais sutura com o braço 213 na direção preferida e menos sutura com o braço 212 na direção menos preferida.
[0075] Conforme mostrado na figura 2B, um outro exemplo de um sistema de sutura de autorretenção heterofuncional 220 inclui dois braços 222, 223 unidos em uma seção de transição 224. Cada braço
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222, 223, termina em uma agulha 226, 227. O filamento de sutura no braço 222 é, nesta modalidade, significativamente mais espesso do que a espessura do filamento de sutura no braço 223. Além do mais, a agulha 226 do braço 222 é correspondentemente maior do que a agulha 227 do braço 223. Este sistema de sutura de autorretenção heterofuncional é usado, por exemplo, em um fechamento de ferida onde um médico usa um braço da sutura para fechar o tecido mais profundo e usa um outro braço da sutura para fechar tecido superficial. Tipicamente, é preferível usar uma sutura mais fina para o fechamento superficial para reduzir reatividade do tecido da sutura e fornecer melhor cosmese. Com o sistema de sutura de autorretenção heterofuncional da figura 2B, o médico pode primeiro utilizar o braço 222 para o fechamento de ferida profunda, onde a necessidade de resistência é um fator mais significativo, e pode então usar o braço 223 para fechar a superfície da ferida, onde a necessidade de reduzir a reatividade do tecido e melhorar a cosmese são fatores mais significativos.
[0076] A diferença na função entre os braços em um sistema de sutura de autorretenção bidirecional pode se dar em virtude de diferenças nas agulhas (ou outros dispositivos anexados no filamento) sem ser o próprio filamento de sutura. Por exemplo, conforme mostrado na figura 2C, um outro sistema de sutura de autorretenção heterofuncional exemplar 230 inclui dois braços 232, 233 unidos em uma seção de transição 234. Cada braço 232, 233, termina em uma agulha 236, 237. O filamento de sutura no braço 232 está na mesma espessura e comprimento do filamento de sutura 233 e tem uma configuração de retentor similar (retentores em cada braço orientados para permitir o desdobramento em direção da agulha deste braço e resistir ao movimento na direção oposta). Entretanto, o braço 232 inclui uma agulha reta 236 ao passo que o braço 233 inclui uma agulha curva 237. Diferentes agulhas cirúrgicas são usadas pelos médicos para técnicas de
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32/70 sutura diferente, aproximação do tecido e elevação de tecido. Assim, é usado para ter facilidade de usar diferentes técnicas providas em uma sutura de autorretenção. Com o sistema de sutura de autorretenção heterofuncional 230 da figura 2C, o médico pode utilizar agulha reta 236 do braço 232 usando uma técnica e utilizar agulha curva 237 do braço 233 usando uma técnica diferente.
[0077] Sistemas de sutura de autorretenção heterofuncionais não estão limitados a dois braços (sutura duplo-braço). Um sistema de sutura de autorretenção heterofuncional pode ter mais que dois braços. Outras suturas de múltiplos braços podem incluir dois, três, quatro, cinco ou mais braços. Conforme mostrado na figura 2D, um outro exemplo de um sistema de sutura de autorretenção heterofuncional 240 inclui três braços 241, 242, 243 unidos em uma seção de transição 244. Cada braço 241, 242, 243 termina em uma agulha 245, 246, 247. Os braços 242 e 243 têm o mesmo tipo de filamento e agulha. O filamento de sutura no braço 241 é, entretanto, significativamente mais espesso do que a espessura do filamento de sutura nos braços, 242 243. Além do mais, a agulha 245 do braço 241 é correspondentemente maior do que as agulhas 246, 247 dos braços 242, 243. Este sistema de sutura de autorretenção heterofuncional é usado, por exemplo, em um fechamento de ferida onde um médico usa um braço da sutura para fechar tecido mais profundo e usa um outro braço da sutura para fechar tecido superficial. Tipicamente, é preferível usar uma sutura mais fina para o fechamento superficial para reduzir a reatividade do tecido na sutura e fornecer melhor cosmese. Com o sistema de sutura de autorretenção heterofuncional da figura 2B, o médico pode primeiro utilizar o braço 241 para o fechamento de ferida profunda, onde a necessidade de resistência é mais significativa, e pode então usar os braços 242, 243 para fechar a superfície da ferida, onde reatividade do tecido e cosmese é mais significativa.
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33/70 [0078] As figuras 2E e 2F mostram um exemplo de um fechamento de ferida de múltiplas camadas usando uma sutura heterofuncional tal como mostrado na figura 2B. Conforme mostrado na figura 2B, sistema de sutura de autorretenção heterofuncional 220 inclui dois braços
222, 223 unidos em uma seção de transição 224. Cada braço 222,
223, termina em uma agulha 226, 227. O filamento de sutura no braço 222 é significativamente mais espesso do que a espessura do filamento de sutura no braço 223. Além do mais, a agulha 226 do braço 222 é correspondentemente maior do que a agulha 227 do braço 223. Conforme mostrado nas figuras 2E e 2F, o médico fecha a ferida 250 começando em uma primeira extremidade 252 e sutura no sentido da segunda extremidade 254. O médico fecha a ferida 250 em duas camadas. O médico primeiro utiliza o braço 222 para o fechamento de ferida profunda (mostrado na figura 2E) e então usa o braço 223 para fechar a superfície da ferida (mostrado na figura 2F). Uma vantagem desta técnica de fechamento é que o cirurgião pode selecionar por qual extremidade (252 ou 254) da ferida 250 começar o fechamento e pode fechar a sutura da ferida em uma direção. Assim, o médico poda suturar exclusivamente com sua mão dominante e evitar mudança de um lado do paciente para outro durante a sutura.
[0079] Agora com referência à figura 2E que mostra o fechamento da camada de tecido profundo. O médico passa a agulha 226 através da borda da camada subcuticular, derme profunda e o tecido macio e tira o braço 222 através da ferida até que os retentores do braço 223 comecem a encaixar o tecido. O médico fecha as camadas profundas usando uma configuração de costura helicoidal ou sinusoidal. Em virtude de a agulha 226 ser relativamente maior, o médico pode dar grandes mordidas através do tecido neste fechamento de camada profunda que permite uma maior força de tensão a ser aplicada no tecido para fechar a ferida sem rasgar o tecido ou causar isquemia. O cirur
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34/70 gião pode tensionar o braço 222 uma vez que a sutura progride da extremidade 252 para a extremidade 254, desta forma fechando progressivamente a ferida 250. Se necessário, o médico pode fazer um passe subcutâneo com a agulha 227 para colocar mais retentores do braço 223 no tecido para prevenir repuxo durante o fechamento das camadas profundas de tecido com o braço 222. O filamento de sutura do braço 222 é relativamente mais espesso e assim, permite aplicação de maior tensão para fechar a ferida 250 do que seria de outra forma possível.
[0080] Agora com referência à figura 2F que mostra a porção superficial do fechamento de ferida. Conforme mostrado na figura 2F, o médico passa através do tecido subcutâneo dando mordidas nos lados alternados da ferida. A profundidade da agulha uma vez que ela entra no tecido e emerge deve ser a mesmo para cada mordida e do lado oposto da ferida. A área da mordida é determinada pela área da agulha 227. As mordidas são assim menores que as mordidas feitas com o braço 222 e a agulha 226. Assim, menos tensão pode ser aplicada na ferida 250 pelo braço 223. Entretanto, a maioria da tensão exigida para fechar a ferida 250 já foi aplicada pelo braço 222. O filamento do diâmetro menor e mordidas de agulha menores 227 são, portanto, suficientes para fechar a ferida superficial conforme mostrado na figura 2F. Adicionalmente, em virtude de o braço 223 ser feito de um filamento do diâmetro relativamente menor, terá menos reatividade do tecido n o filamento da sutura. Isto melhorará a cosmese e reduzirá resultados adversos tais como divisão e similares. A medida que o fechamento de ferida progride o médico pode querer aplicar mais tensão no braço da sutura de camada profunda 222. Quando tensão adequada foi atingida o médico pode dar um passe laço J com a sutura e cortar a sutura remanescente e a agulha do braço 222. Quando o médico acabar o fechamento superficial, o médico dá a última mordida subcutâ
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35/70 nea em 2 cm do tecido além da segunda extremidade 254 da ferida 250 sair através da pele. O médico empurra para baixo do tecido e remove da agulha remanescente e sutura rente com a pele.
C. Marcadores de Sutura Visível para Suturas Heterofuncionais [0081] Conforme discutido anteriormente, deseja-se particularmente marcar e identificar porções de um sistema de sutura heterofuncional onde diferentes seções da sutura têm características diferentes tal como nos sistemas de sutura de autorretenção com braço duplo. Nos sistemas de sutura de autorretenção heterofuncionais a diferença na função entre seções da sutura pode ser a presença, ausência e/ou orientação de retentores. Para servir o propósito de permitir que um médico identifique e diferencie as seções de sutura, os marcadores de sutura devem ser facilmente reconhecidos e distinguidos pelo médico nas condições em que a sutura deve para ser usada. Por exemplo, em aplicações de microcirurgia, podem ser usados marcadores que são visíveis sob o microscópio, mas não necessariamente visíveis a olho nu. Igualmente em aplicações endoscópicas, devem ser usados marcadores que são visíveis através do endoscópio e sistema de exibição associado. Se a sutura será usada com visualização fluoroscópica então os marcadores podem incluir marcadores de rádio-opaco. Se a sutura será usada com visualização de ultrassom então os marcadores podem incluir marcadores ecogênicos. Assim, diferentes marcadores e diferentes tipos de marcadores podem ser apropriados sob diferentes circunstâncias dependendo das circunstâncias do procedimento e a tecnologia de varredura/imageamento/visualização utilizada no procedimento.
[0082] Os marcadores podem ser providos de várias formas que podem ser identificados e distinguidos um do outro. Os marcadores podem compreender padrões, formas, comprimentos, tamanhos de cores, direções e arranjos distinguíveis. Os marcadores podem incluir
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36/70 diferentes cores tais como vermelho, verde, laranja, amarelo, azul etc. Tais cores podem ser usadas em uma densidade uniforme ou densidade variada em cujo caso a graduação de densidade de cor pode ser usada para designar, por exemplo, uma orientação. Os marcadores podem ser incluídos ao longo do comprimento total do sistema de sutura de autorretenção, em inúmeros pontos discretos, ou somente nas extremidades ou seção de transição da sutura de autorretenção. Em alguns casos pode ser desejável usar uma cor para marcadores que é incomum no ambiente operatório. Por exemplo, pode ser desejável usar marcadores verdes em virtude de o verde não ser comum no corpo humano. Em aplicações endoscópicas, o uso do verde é vantajoso em virtude de o sistema de vídeo poder ser programado para enfatizar o verde e melhorar a visualização do marcador sem interferir no restante da imagem.
[0083] Os marcadores podem ser formados por vários métodos convencionais. Por exemplo, os marcadores podem ser revestidos, aspergidos, colados, secos, manchados, ou de outra forma afixados nos sistemas de sutura de autorretenção ou seus componentes. Processos de aplicação de corante tradicionais incluem, sem limitação, molhar, aspergir (por exemplo, por um jato de tinta), pintar, imprimir, aplicar e/ou revestir corantes na seção de sutura de interesse. Extração de fluido crítico (tal como óxido de carbono) também pode ser usada para adicionar corante localmente em toda ou parte da seção desejada a ser marcadas. Alternativamente, corante(s) para a seção de sutura de interesse pode(m) ser incluído(s) em uma porção do material da sutura que é usada para formar o corpo da sutura, em que esta porção está na seção de interesse da sutura fabricada.
[0084] Adicionalmente, a seção de sutura de interesse pode ser demarcada usando um corante ativado por energia. Por exemplo, quando um corante ativado por laser (ou seja, um pigmento ou corante
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37/70 que muda permanentemente a cor depois de exposta a energia de laser) é usado para colorir a sutura, então a seção de sutura de interesse pode ser demarcada usando energia a laser para mudar permanentemente o revestimento da sutura na seção de sutura de interesse. Isto também se aplica ao uso de outros corantes ativados por energia que são ativados por outras fontes de energia tais como, mas sem limitações, calor, produtos químicos, micro-ondas, luz ultravioleta, ou raiosX. Por exemplo, produtos químicos de branqueamento tais como hipoclorito de sódio ou peróxido de hidrogênio mudará permanentemente a cor do corante que permite a demarcação da seção de sutura de interesse. A marca da seção de sutura de interesse pode ser uma ou mais abas mecânicas. Esta aba pode ser feita tanto de materiais absorvíveis quanto não absorvíveis. Por exemplo, uma aba não absorvente feita de feltro de poliéster ou feltro de politetrafluoretileno pode ser usada como o marcador de transição onde o cirurgião puxa suavemente e remove a aba da sutura uma vez que a seção de sutura de interesse está posicionada no tecido antes de completar o fechamento do tecido da ferida. A remoção da aba pode ser facilitada tendo um corte ou fatia parcialmente através da aba para facilidade de remoção durante a cirurgia. Exemplos de materiais absorvíveis incluem polímeros de glicolídeo e glicolídeo-lactídeo. A configuração da aba inclui, mas sem limitações, uma aba retangular, uma aba circular, ou uma aba em espiral. Por exemplo, mas sem limitações, a aba pode ser afixada na sutura com um furo onde a sutura passa através da aba, um corte/fatia parcial onde a sutura é posicionada na fatia, dobrando a aba em torno da sutura, crimpando a aba na sutura, torcendo a aba em torno da sutura, amarrando a aba na sutura, ou por adesão (por exemplo, soldagem ultrassônica, colagem adesiva, soldagem térmica, e similares) na sutura. O uso de uma aba absorvível pode ser especialmente feito para fechamentos de tecido de cavidade profunda
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38/70 onde o cirurgião pode preferir deixar a aba absorvível dentro do corpo. [0085] Adicionalmente, a aba mecânica pode ser colorida para aumentar a visibilidade da aba para marcar a seção de sutura de interesse. Isto inclui, mas sem limitações, usar corantes fluorescentes, compostos detectáveis por rádio, ou compostos detectáveis por imageamento de ressonância magnética.
[0086] Adicionalmente, o(s) corante(s) empregado(s) para demarcar a seção de sutura de interesse pode(m) ser incluído(s) em um material plástico biocompatível que é aplicado na sutura na seção de interesse. Uma camada como essa pode ser absorvível, tais como revestimento de poliglicolídeo que tem um corante para marcar a seção de sutura de interesse, ou ele pode ser um material não absorvível, como silicone. O material colorido pode ser sintético ou pode ser derivado de uma fonte natural (quer o material seja modificada quer não modificado), tais como colágeno. O material plástico biocompatível pode ser aplicado na sutura antes ou depois de os retentores serem formados no corpo da sutura.
[0087] Alternativamente, a seção de sutura de interesse pode ser marcada reversa, de maneira tal que, onde o corpo da sutura já é visivelmente colorido, o corante possa estar ausente em toda ou parte da seção de sutura de interesse de maneira tal que pelo menos uma porção da seção de interesse seja oticamente distinguível pelo cirurgião do resto da sutura. Uma sutura como essa pode ser fabricada incluindo uma porção sem corante de material da sutura na área da seção de sutura de interesse durante a fabricação do corpo da sutura (por exemplo, por extrusão) ou por remoção de corante da seção de sutura de interesse depois que o corpo da sutura foi fabricado, quer antes quer depois de os retentores serem formados no corpo da sutura. O corante pode ser removido localmente, por exemplo, por extração de fluido crítico tais como (por exemplo, óxido de carbono). Não é neces
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39/70 sário remover todo o corante da seção de interesse da sutura, desde que exista uma diferença detectável por um cirurgião entre a seção de interesse e o resto da sutura.
[0088] Um outro exemplo de uma sutura marcada reversa é uma que não tem uma camada colorida que está presente no resto do corpo da sutura. Um material plástico biocompatível que leva um corante pode ser aplicado nas outras seções da sutura, e pelo menos onde as outras seções delimitam a seção de interesse. Exemplos de tais materiais são discutidos anteriormente. Como nos exemplos anteriores, demarcação da seção de sutura de interesse pode ser afetada no processo de fabricação da sutura tanto antes quanto depois de formar os retentores.
[0089] Um outro exemplo de uma sutura marcada reversa é um com uma estrutura coaxial em que cada camada coaxial uma cor diferente, e uma porção da(s) camada(s) mais externa(s) é removida para expor visualmente uma camada a abaixo. Por exemplo, uma sutura de monofilamento de polipropileno de camada dupla pode ser produzida com um núcleo interno branco (camada intercoaxial) com uma camada coaxial externa azul, e porções da camada externa podem ser removidas para expor visualmente o monofilamento interno branco para marcar a seção de sutura de interesse.
[0090] Ainda um outro exemplo de uma sutura marcada reversa é um em que um revestimento externo é removido (ou parcialmente removido) da sutura na seção de sutura de interesse, e onde tanto o revestimento quanto a sutura base tem uma diferença de cor contrastante. Esta técnica de remover (ou remover parcialmente) material na seção de sutura de interesse também pode criar uma demarcação tátil da seção de sutura de interesse.
[0091] A marcação pode incluir um composto detectáveis por rádio ou composto detectável por imageamento de ressonância magnética.
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Por exemplo, uma seção de sutura de interesse provida com sulfato de bário (BaSO4), tal como impregnando a sutura com sulfato de bário ou adicionando um revestimento contendo sulfato de bário, será detectável por energia eletromagnética. No caso de detecção de raios-X, a seção de interesse marcada com sulfato de bário seria radio-opaco. Igualmente, varreduras de tomografia computadorizada (CT) ou varreduras de tomografia axial computadorizada (CAT) podem ser usadas para detectar a seção detectável por rádio de interesse. O uso de energia eletromagnética para detecção por rádio da seção de transição não está limitado ao uso de comprimentos de onda de raios-X já que outras frequências de rádio podem ser usadas. Igualmente, gadolínio (Gd) ou compostos de gadolínio podem ser usados para a marcação da seção de sutura de interesse especialmente quando a detecção será feita usando imageamento de ressonância magnética (MRI). O uso de marcação rádio detectável ou imageamento de ressonância magnética detectável da zona transição pode ser feito pelo cirurgião durante procedimentos cirúrgicos laparoscópicos.
[0092] Alternativamente, marcadores podem ser feitos tratando-se uma superfície do sistema de sutura para fazer uma mudança visualmente observável nas características superficiais tais como por marcação, texturização, embossamento, estampagem e similares. Alternativamente, os marcadores podem ser uma parte integral do material do qual o sistema de sutura de autorretenção é formado - tal como formando um sistema de sutura de autorretenção unindo diferentes seções de filamento de sutura de diferentes cores. Os marcadores podem ser providos em um ou mais de filamento da sutura, das agulhas, ou um outro item, tal como uma compressa, associada com o sistema de sutura de autorretenção ou seção do filamento. Em alguns casos, marcadores podem ser formados como uma parte integral dos retentores de uma sutura de autorretenção, tal como criando retentores de
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41/70 uma cor de material particular ou expondo uma cor de material particular - padrões de retentor diferente podem ser usados para diferenciar seções diferentes da sutura de autorretenção.
[0093] As figuras 3A-3I ilustram algumas das muitas maneiras em que marcadores no filamento de sutura podem ser usados para identificar uma seção da sutura e distingui-la das outras seções. Os marcadores podem ser usados sozinhos ou em combinação com outros dos marcadores. Os marcadores podem identificar, diferenciar e/ou delinear suturas e/ou seções da sutura com características diferentes.
[0094] A figura 3A mostra uma seção 300 de um filamento de sutura de autorretenção. A seção 300 é marcada em intervalos regulares com fitas 302 de uma cor forte distinguível da cor do filamento. As fitas servem para identificar a seção 300 mas, permanecendo sozinhas, não indicam a orientação dos retentores 304 na seção 300.
[0095] A figura 3B mostra uma seção 310 de um filamento de sutura de autorretenção. A seção 310 é marcada em intervalos regulares com fitas 312 de uma cor forte distinguível da cor de fundo do filamento. As fitas servem para identificar a seção 310 mas, permanecendo sozinhas, não indicam a orientação dos retentores 314 na seção 300. O intervalo entre as fitas 312 da seção 310 é significativamente menor que o intervalo entre as fitas 302 da seção 300. O arranjo das diferentes fitas 312 e fitas 302 pode ser visualmente observado e assim permite que o médico diferencie a seção 310 da seção 300.
[0096] A figura 3C mostra uma seção 320 de um filamento de sutura de autorretenção. A seção 320 é marcada em intervalos regulares com fitas 322 de uma cor forte distinguível da cor de fundo do filamento. As fitas servem para identificar a seção 320 mas, permanecem sozinhas, não indicam a orientação dos retentores 324 na seção 320. A cor ou densidade de cor das fitas 322 da seção 320 é distinguível da cor (ou densidade de cor) das fitas 302 da seção 300 (representada
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42/70 por nuance de cor na figura 3C pela nuance de cor das fitas 322). A cor diferente e/ou densidade de cor das fitas 322 e fitas 302 pode ser visualmente observada e assim, permite que o médico diferencie a seção 320 da seção 300.
[0097] A figura 3D mostra uma seção 330 de um filamento de sutura de autorretenção. A seção 330 é marcada em intervalos regulares com formas 332 de uma cor forte distinguível da cor de fundo do filamento. As formas têm uma orientação discernível que é assimétrica com relação ao eixo longitudinal da seção 330. Por exemplo, as formas 332, podem ser consideradas apontar na direção do ápice no lado direito. Assim, as formas 332 podem ser usadas para identificar a seção 330 e também para indicar a orientação dos retentores 304 na seção 300. A direção na qual os marcadores apontam pode ser atribuída por convenção, entretanto, na seção 330, as formas 332 apontam na direção na qual a seção 330 do filamento de sutura de autorretenção pode ser desdobrada através de tecido sem resistência pelos retentores 334. Como a parte de um sistema de sutura de autorretenção, as formas apontariam assim ao longo do filamento na direção da agulha de desdobramento associado com o braço incluindo a seção 330. O arranjo diferente das fitas 332 e fitas 302 pode ser visualmente observado e assim, também permite que o médico também possa distinguir a seção 330 da seção 300.
[0098] As formas da figura 3D podem ser usadas para indicar a orientação de um filamento de sutura de autorretenção. A figura 3E mostra uma seção 340 de um filamento de sutura de autorretenção orientada na direção oposta da seção 300. A seção 340 é também marcada em intervalos regulares com formas 342 de uma cor forte distinguível da cor de fundo do filamento. As formas 342, podem ser consideradas apontando na direção do ápice no lado esquerdo. Entretanto, no mais, a seção 340 pode ser confundida com a seção 330. As
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43/70 sim, uma característica adicional é usado para diferenciar seção 340 da seção 330. Conforme mostrado na figura 3D, a seção 340 é marcada em intervalos regulares com fitas 346 de uma cor forte distinguível da cor do filamento, além das formas 342. Assim, a seção 340 pode ser identificada e distinguida da seção 330 e a orientação do filamento em cada qual das seções 330, 340 pode ser determinada a partir dos marcadores.
[0099] A figura 3F mostra uma seção 350 de um filamento de sutura de autorretenção. A seção 350 é formada de um material com uma cor forte ou marcada com uma cor forte que é distinguível das outras seções da sutura. A cor serve para identificar a seção 350 mas, permanecendo sozinha, não indica a orientação dos retentores 354 na seção 350. A cor pode ser visualmente observada e assim, permite que o médico diferencie a seção 350 de uma seção de uma cor diferente. Cores diferentes podem ser usadas para identificar as seções de um sistema de sutura de autorretenção tanto unindo seções coloridas diferentes da sutura depois de elas serem coloridas, quanto tratando as seções diferentes do mesmo filamento para ter cores diferentes tais como tingindo uma seção de um filamento para adicionar cor, ou tratando uma seção de um filamento para remover a cor.
[00100] A figura 3G mostra uma seção 360 de um filamento de sutura de autorretenção. A seção 360 é marcada com uma linha longitudinal 362 de uma cor forte distinguível da cor de fundo do filamento. A linha longitudinal 362 serve para identificar a seção 360 mas, permanecendo sozinha, não indica a orientação dos retentores 364 na seção 360. A orientação longitudinal da linha 362 é facilmente distinguível das fitas 302 da seção 300. A diferente orientação da linha 362 e fitas 302 pode ser visualmente observada e assim, permite que o médico diferencie a seção 360 da seção 300. As linhas longitudinais, tais coma linha 362, mas com diferente espessura, padrões ou cores, tam
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44/70 bém podem ser usadas para distinguir uma seção de filamento de uma outra de diferente espessura.
[00101] A figura 3H mostra uma seção 370 de um filamento de sutura de autorretenção. A seção 370 é marcada com um espiral 372 de uma cor forte distinguível da cor de fundo do filamento. Um espiral pode ser usado para indicar orientação de um filamento em virtude de uma espiral poder ser à esquerda ou à direita. A diferente direção do espiral pode ser visualmente observada e assim, permite que o médico determine a orientação dos retentores. A direção da espiral 372 pode, entretanto, ser mais difícil de discernir e mais difícil de associar com uma orientação particular de retentor do que, por exemplo, uma forma simples tal como mostrado nas figuras 3D e 3E.
[00102] A figura 31 mostra uma seção 380 de um filamento de sutura de autorretenção. A seção 380 é marcada com caracteres tipográficos (tais como R para direita e L para esquerda). Caracteres tais como caracteres alfanuméricos 382 e setas 384 podem ser usados para identificar seções da sutura e a orientação dos retentores nesta seção se elas são observáveis pelo médico. Entretanto, em muitas circunstâncias a sutura será muito fina para tais marcadores para ser discernível pelo médico com o nível de ampliação disponível utilizado durante o procedimento cirúrgico.
D. Marcadores de Agulha/Compressa Visíveis/ Reconhecíveis [00103] Da maneira descrita anteriormente, a agulha ou um outro objeto associado com uma seção de um filamento de sutura heterofuncional pode ser marcado para permitir que a seção seja identificada e distinguida das outras seções em vez de, ou além de, marcar o filamento de sutura por si mesmo. As figuras 4A-4E ilustram marcadores alternativos que podem ser colocados nas agulhas e/ou compressas de sistemas de sutura de autorretenção. Deve-se entender que tais marcadores e, de fato, alguns outros marcadores aqui descritos, se
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45/70 desejado, podem estar presentes como uma imagem na faixa de comprimento de onda de luz visível ou na faixa de comprimento de onda não visível. Na faixa de comprimento de onda não visível (mas de outra forma reconhecível), um detector seria usado para localizar e imagear o marcador não visível de forma que o doutor faça o uso e tenha o benefício deste marcador.
[00104] A figura 4A mostra uma agulha semicircular 410 com duas fitas 412 com características visual/reconhecível diferentes do restante da superfície de agulha 410. As fitas 412 podem ser seções coloridas, ou seções tratadas para reduzir ou mudar reflexo de luz. Um número, cor ou disposição diferente das fitas podem ser usados para diferenciar uma agulha de uma outra. As fitas 412 podem, por exemplo, ser seções impressas da superfície da agulha, ou seções oxidadas da superfície da agulha.
[00105] A figura 4B mostra uma agulha curva composta 420. A superfície da agulha 420 exibe uma característica visual diferente da superfície, por exemplo, da agulha 410. Agulhas têm tipicamente a característica cor prata refletiva de aço cirúrgico. Diferentes características visuais podem ser obtidas usando um diferente metal, ou colorindo, tratando ou mudando a refletividade da agulha de aço de alguma maneira, tal como oxidação, tratamento de calor e similares. Então uma agulha pode ser na cor prata e a outra agulha pode ser na cor preta.
[00106] A figura 4C mostra uma agulha um quarto de círculo 430. Agulha 430 tem dois entalhes circunferenciais 432 que podem ser observadas na haste da agulha. Um número diferente, tamanho, ou disposição de entalhes pode ser usado para diferenciar uma agulha de uma outra. Outras características estruturais podem ser cortados ou adicionados na superfície da agulha por processos tais como, por exemplo, gravação ou estampagem, desde que essas características
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46/70 possam ser diferenciados e não interfiram na função da agulha.
[00107] A figura 4D mostra uma agulha em forma de J 440. A agulha 440 é marcada com um caractere alfanumérico 442. As agulhas podem ser marcadas com tais caracteres desde que os caracteres possam ser discernidos e diferenciados pelo médico. Os caracteres podem ser marcados na agulha usando qualquer das técnicas anteriores.
[00108] A figura 4E mostra uma compressa 450 que pode ser associada com uma seção da sutura passando o filamento através de furos 452, 454. As compressas podem ser marcadas usando qualquer dos dispositivos previamente discutidos para identificar e diferenciar as seções da sutura e indicar a orientação de retentores na seção. Compressas e similares podem ser permanentemente anexadas ou removivelmente anexadas em uma sutura ou seção da sutura.
E. Indicativos de Marcadores Variáveis de uma Condição de Sutura [00109] Marcadores visuais/reconhecíveis podem ser usados para outras funções em vez ou além de identificar e diferenciar seções de uma sutura heterofuncional e indicar a orientação da sutura. Marcadores também podem ser utilizados para indicar outras características ou condições da sutura. Um marcador indicativo de uma característica fixa, tal como o material do qual a sutura é feita, pode ser na forma de um código de cor ou similares que fornece uma dica visual/reconhecível para o médico com relação a sutura que ele está usando sem ter de verificar a embalagem. As porções não estéreis da embalagem da sutura podem ser removidas pelo um assistente do médico, por exemplo, com o médico observando ou não observando a etiqueta. Assim, um marcador fixo associado com a sutura pode ser usado pelo médico para confirmar que ele está usando a sutura que ele solicitou. Novamente, o marcador pode fornecer uma imagem na faixa de luz visível e/ou não visível.
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47/70 [00110] Um marcador que é indicativo de uma condição da sutura deve passar por uma mudança discernível na aparência ou outra característica reconhecível em resposta a uma mudança na condição. Por exemplo, em aplicações endoscópicas onde instrumentos longos são usados através de portas ou mesmo operados remotamente, pode ser difícil ou impossível para o médico sentir a tensão aplicada na sutura pelos instrumentos ou pela sutura do tecido. Para substituir a realimentação háptica reduzida ou ausente, é vantajoso fornecer um marcador indicativo variável da tensão na sutura. O marcador variável fornece uma dica visual ou reconhecível que pode ser observada pelo médico através do endoscópio (ou reconhecida por outros dispositivos).
[00111] Em um caso simples, conforme mostrado nas figuras 5A e 5B, um filamento de sutura de autorretenção 500 é provido com uma pluralidade das fitas 502 espaçadas em intervalos regulares ao longo do filamento da sutura. Filamento de autorretenção 500 é um pouco elástico e, portanto, estica em resposta a tensão aplicada na sutura. Assim, quando a tensão é aplicada no filamento de sutura na figura 5A, ele estica na configuração mostrada na figura 5B. Entretanto, sem as fitas 502, pode ser difícil ou impossível para um médico reconhecer e/ou observar a extensão do filamento 500. O espaçamento das fitas 502 aumenta à medida que o filamento de sutura de autorretenção 500 estica, fornecendo por meio disto uma dica visual para o médico com relação à extensão do filamento. Em virtude de o esticamento do filamento estar relacionado à tensão no filamento, o espaçamento das fitas fornece ao médico uma dica visual com relação à tensão no filamento. Note que neste caso, os marcadores não mudam entre si, e a mudança no espaçamento das fitas é dependente do alongamento do filamento da sutura. Adicionalmente, a fita deve cobrir parcialmente um retentor e cobrir parcialmente o filamento da sutura. Mediante estica
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48/70 mento da sutura, o filamento esticaria, e o retentor não causaria desalinhamento entre a porção da fita no retentor e a porção da fita no filamento. Este desalinhamento indicaria que o filamento estava em tensão.
[00112] Um filamento de sutura de autorretenção alternativo 510 é mostrado nas figuras 5C e 5D. Filamento 510 é provido com um marcador variável que muda um estado visual em resposta a tensão no filamento de sutura 510. O marcador pode ser um marcador superficial ou pode ser uma característica do material do qual o filamento 510 é feito. Além disso, o marcador pode cobrir todo o filamento ou pode ser restrito às seções particulares do filamento. Conforme mostrado nas figuras 5C e 5D, quando a tensão é aplicada ao filamento 510 as mudanças do marcador da aparência visual da figura 5C (ilustrado como branco) na aparência visual da figura 5D (ilustrado como sombreado). A mudança na aparência visual pode ser uma mudança na cor, transmissão de luz, refletividade de luz etc. A mudança na aparência visual pode ser uma mudança na aparência não observável a olho nu, mas que pode ser visualizada usando o endoscópio ou um outro sistema de visualização em uso. Uma mudança como essa pode incluir uma mudança na polarização de luz, ou propriedades óticas nos comprimentos de onda invisíveis a olho nu, mas observáveis usando uma câmera de vídeo configurada adequadamente.
[00113] Por exemplo, marcadores podem ser feitos de duas cores que sob tensão se misturam e apresentam uma terceira cor ou várias intensidades de sombreados de uma diferente cor dependendo do grau da tensão. As duas cores diferentes podem ser colocadas em diferentes profundidades de uma sutura e quando a sutura é tensionada as cores se misturam ou sobrepõem umas nas outras para apresentar cores diferentes. As diferentes profundidades da sutura podem ser feitas de diferentes materiais que esticam em diferentes graus quando a
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49/70 sutura é tensionada e assim as cores diferentes em diferentes profundidades se misturariam ou sobreporiam umas nas outras para apresentar uma cor diferente. Os diferentes níveis podem ser coextrudados para prover, como desejado, cada camada com diferentes tipos de material da sutura e diferentes marcadores coloridos. Adicionalmente, os diferentes marcadores coloridos podem ser colocados lado a lado na superfície da sutura e quando a sutura está sob tensão as cores se misturam ou sobrepõem ou tornam-se diferentemente orientadas com relação umas às outras de maneira tal que elas apresentam uma cor ou sombra diferente e a cor ou sombra pode ser dependente do grau de tensão que a sutura está. Em vez de cores diferentes, diferentes padrões podem ser usados e então os padrões sobrepõe ou de outra forma, combinam em virtude de tensão colocada na sutura, um padrão diferente tal como uma interferência ou padrão de interferência pode ser apresentado.
[00114] Um filamento de sutura de autorretenção alternativo 520 é mostrado nas figuras 5E, 5F. Filamento 520 é provido com um marcador variável na forma de uma característica mecânica 522 que passa por uma mudança física visível em resposta à aplicação de tensão na sutura. Conforme mostrado nas figuras 5E e 5F, quando a tensão é aplicada ao filamento 520 ao característica mecânica 522 muda da configuração na figura 5E para a configuração da figura 5F. A mudança na aparência estrutural é selecionada de maneira tal que seja observável pelo médico nas condições em que a sutura é usada. A mudança em aparência estrutural pode ser uma mudança na aparência não observável a olho nu, mas que pode ser visualizada usando o endoscópio ou outro sistema de visualização em uso. Preferivelmente, a mudança na aparência estrutural não interfere com a função da sutura. [00115] Conforme mostrado nas figuras 5G e 5H, um marcador variável pode formar parte de uma agulha ou outros dispositivos fixos no
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50/70 filamento de sutura sem ser parte do filamento por si mesmo. Conforme mostrado nas figuras 5G e 5H, um sensor mecânico 532 é incluído em uma agulha 534 para indicar a tensão aplicada a um filamento 530. Sensor mecânico 532 inclui uma tampa 536 estampada no filamento 530, a tampa 536 é recebida em uma cavidade 538 da agulha 534. Um dispositivo, tal como uma mola 539, que alonga-se em resposta à tensão, é posicionado entre a tampa 536 e a extremidade da cavidade 538. Quando a tensão é aplicada ao filamento 530, a mola 539 estende-se e a tampa 536 desliza para fora da cavidade 538 revelando um marcador 533 que foi previamente cancelado dentro da cavidade 538. A constante da mola 539 é selecionada de maneira tal que indicador visual torna-se visível quando uma tensão desejada é atingida. Uma diferente mola pode ser usada para suturas, e/ou aplicações que exigem uma tensão máxima diferente. O sensor mecânico 532 é indicativo da tensão aplicada na sutura pela agulha. Sensores mecânicos similares podem ser anexados na linha com o filamento de sutura em outros locais onde uma indicação de tensão é desejada. Em vez de uma mola, o filamento 530 pode ser diretamente conectado na agulha na cavidade 538. À medida que o filamento estica, o marcador 533 se tornaria estendido da cavidade 538 conforme visto na figura 5H. Ainda adicionalmente, a modalidade anterior poderia ser localizada no corpo da sutura onde um marcador estende-se de uma cavidade ou debaixo de uma camisa de um corpo da sutura quando a sutura é tensionada. [00116] Outros sensores mecânicos passivos podem indicar propriedades da sutura através de dispositivos sem ser exibindo um marcador visível marcador ou oticamente detectável. Por exemplo, um sensor de deformação passiva sem fio pode ser incorporado em uma sutura ou uma agulha ou um outro dispositivo associado com a sutura para permitir detecção remota da tensão usando um sensor não ótico. Um tal sensor é revelado em Tan et al., A wireless, passive strain
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51/70 sensor based on the harmonic response of magnetically soft materials Smart Materials E Strutures 17:1-6 (2008) que está incorporado aqui pela referência. Tan et al. revelam um sensor feito de uma detecção ferromagnética elemento separado por um material elástico deformável de uma faixa magnética permanente. O ajuste da deformação aplicada no sensor mudou a distância entre o sensor e o imã permanente deformando o material elástico. Esta mudança na distância criou uma mudança detectável na resposta harmônica do sensor para um campo magnético alternado. Assim, um sensor passivo simples fornece um sinal de deformação que pode ser detectado remotamente usando um campo magnético externo. Similarmente sensores de deformação passivos associados com a sutura ou agulha podem ser lidos usando outras tecnologias de detecção remota, tais como ultrassom, fluoroscopia, e similares.
F. Marcadores de Sutura Ativos [00117] Marcadores fixos ou variáveis para filamentos de sutura também podem ser providos por sistemas ativos em vez ou além dos outros métodos de marcação. Tais marcadores visíveis ativos podem ser utilizados para indicar características ou condições da sutura.
[00118] A figura 6A mostra um exemplo simples de um marcador de sutura visível ativo. Conforme mostrado na figura 6A, um filamento de sutura 610 é estampado em uma agulha 612. Um sistema de marcador ativo 614 é disposto dentro da agulha 612 do filamento de sutura adjacente 610. Sistema de marcador ativo 614 compreende uma fonte de alimentação 616, um controlador de luz 617 e uma fonte de luz 618. A fonte de luz 618 é posicionada no filamento de sutura adjacente 610 de maneira tal que a luz da fonte de luz 618 possa ser direcionada no filamento de sutura 610 e observada pelo médico. O sinal de luz será visível no filamento de sutura ao longo do comprimento do filamento de sutura e atenuará de maneira que ele passe fora do filamento longe
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52/70 da fonte de luz dependendo das características do filamento.
[00119] A fonte de luz 618 é controlada por controlador de luz 617 que tira energia da fonte de alimentação 616. O controlador de luz 617 determina as características do sinal de luz providas pela fonte de luz 618. O sinal de luz pode ser variado com o tempo tais como ligando, desligando e/ou clareando em diferentes velocidades. O sinal de luz também pode ser variado em cor, se a fonte de luz 618 for capaz de produzir luz de diferentes comprimentos de onda. Se a fonte de alimentação 616 for uma bateria, a energia disponível limitará o tempo que fonte de luz 618 pode ser operada. Assim, será desejável que fonte de luz 618 seja ativada por controlador de luz 617 somente no início do procedimento utilizando filamento de sutura 610. A ativação pode ser obtida usando uma chave magnética, chave mecânica, sensor eletromagnético ou similares. Em uma modalidade, a fonte de luz pode ser um LED e o controlador um sensor que mede a força, deformação ou tensão. O LED e sensor podem ser feitos em um chipe semicondutor. O suprimento de energia pode ser passivo, tal como em uma etiqueta RFID passiva. Então uma fonte de radiação pode ativar a fonte de alimentação RF para ativar o sensor e a fonte de luz LED. Em algumas modalidades, o sensor pode compreender um acelerômetro.
[00120] Em um sistema de sutura duplo-braço, um outro sistema de marcador ativo 614 pode ser provido em uma outra agulha da parte estampada na extremidade oposta de filamento de sutura 610. Onde dois sistemas de marcador ativo 614 são usados, eles podem ser diferenciados com base nas características dos sinais de luz providos pela fonte de luz 618. Por exemplo, cada fonte de luz pode ser controlada para fornecer luz de um comprimento de onda diferente dos outros. Alternativamente, uma fonte de luz pode fornecer um sinal de luz constante ao passo que a outra fonte de luz pode fornecer um sinal de luz intermitente. Se os sinais de luz de ambas as fontes de luz sobrepõem
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53/70 no filamento da sutura, então os sinais de luz podem ser atenuados ajustando a potência dos sinais de luz, reduzindo a transmissão de luz do filamento de sutura ou colocando uma barreira tal como uma seção opaca para bloquear a transmissão de luz entre uma seção de filamento de sutura 610 e uma outra seção de filamento de sutura 610.
[00121] Um marcador ativo indicativo de uma característica, tal como o material do qual uma seção de uma sutura heterofuncional é feita, ou a orientação de retentores em uma seção particular de uma sutura de autorretenção, pode ser na forma de um código de cor ou similares que fornece uma dica visual para o médico com relação à sutura que ele está usando sem ter de checar a embalagem. Porções não estéreis da embalagem da sutura podem ser removidas por um assistente do médico, por exemplo, com o médico observando a etiqueta. Assim, um marcador visível ativo associado com a sutura pode ser usado pelo médico para confirmar que ele está usando a sutura que ele requisitou.
[00122] Marcadores visuais ativos também podem ser utilizados para indicar condições da sutura. Um marcador visual ativo que é indicativo de uma condição da sutura passa por uma mudança observável na aparência em resposta à condição. Assim, em um exemplo, um sinal de luz pode ser modulado em resposta a tensão em uma sutura fornecendo uma dica de visual que pode ser observada pelo médico. A figura 6B mostra um exemplo simples de um de marcador ativo indicativo de sutura visível de uma condição variável. Conforme mostrado na figura 6B, um filamento de sutura 620 é estampado em uma agulha 622. Um sistema de marcador ativo 624 é disposto dentro da agulha 622 do filamento de sutura adjacente 620. O sistema de marcador ativo 624 compreende uma fonte de alimentação 626, um controlador de luz 627 e uma fonte de luz 628. O sistema de marcador ativo 624 também inclui um sensor 625 para monitorar uma condição de filamento
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54/70 de sutura 620. A fonte de luz 628 é controlada por controlador de luz 627 que tira energia da fonte de alimentação 626. O controlador de luz 627 controla as características do sinal de luz provido pela fonte de luz 628. O sinal de luz pode ser variado com o tempo, tal como acendendo, apagando e/ou clareando em diferentes velocidades. O sinal de luz também pode ser variado em cor se a fonte de luz 628 for capaz de produzir luz de diferentes comprimentos de onda.
[00123] O sinal de luz provido pela fonte de luz 628 é modulado pelo controlador 627 em resposta à saída de sensor 625. Assim, o sinal de luz provido pela fonte de luz 628 é modulado em resposta à condição monitorada pelo sensor 625. Por exemplo, o sensor 625 pode ser um sensor de força, tal como um acelerômetro, e o controlador 627 (também parte do acelerômetro, por exemplo, nesta modalidade) pode controlar a fonte de luz 628 de forma que nenhum sinal de luz seja provido ao filamento de sutura 620 até que o sensor indique que um patamar tensão em filamento 620 foi obtido. Quando a tensão passa o patamar, então controlador 627 gira na fonte de luz 628 provendo uma dica para o médico. Alternativamente, a fonte de luz pode ser ligada inicialmente e então cintilada quando a tensão atingir o patamar.
[00124] Conforme mostrado na figura 6C, um sistema de marcador ativo não precisa ser parte de uma agulha. Um sistema de marcador ativo 634 pode, por exemplo, ser provido em uma compressa 632 ou um outro dispositivo anexado ou associado com o filamento de sutura 632. O sistema de marcador ativo 634 pode fornecer um sinal de luz utilizando o filamento de sutura 630, compressa 632 ou diretamente da fonte de luz 638 para o médico. Alternativamente, conforme mostrado na figura 6D, alguns, ou todos de um sistema de marcador de sutura ativo 644 pode ser miniaturizado e embutido em um filamento de sutura 640.
[00125] Onde um sistema de marcador ativo é provido sem ser na
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55/70 extremidade de um filamento de sutura conforme mostrado nas figuras 6C e 6D, o sistema de marcador ativo pode vantajosamente fornecer dois sinais de luz - um primeiro sinal indicando o filamento de sutura em uma primeira direção do sistema de marcador ativo e um segundo sinal indicando o filamento de sutura em uma segunda direção. Os dois sinais de luz podem, por exemplo, ser providos pelas duas fontes de luz, uma fonte apontando em cada direção ao longo do filamento do sistema de marcador ativo. Assim, conforme mostrado na figura 6D, um sistema de marcador ativo 644 embutido em um filamento de sutura 640 pode incluir duas fontes de luz 648 apontando em direções opostas ao longo do filamento de sutura 640 conforme mostrado.
G. Marcadores Legíveis por Máquina [00126] Da maneira descrita anteriormente, um filamento de sutura pode ser provido com de marcadores visíveis indicativos de características ou condições do filamento de sutura e/ou indicativos de seções particulares de um filamento de sutura com características diferentes. Tais marcadores são observados pelo médico nas condições operatórias - que podem incluir, por exemplo, ampliação em procedimentos microcirúrgicos e exibição de vídeo - incluindo comprimento de onda translação/melhoria em procedimentos endoscópicos. Entretanto, onde máquinas são disponíveis para leitura, varredura e marcadores de sutura decodificados, tais marcadores não precisam ser marcadores visíveis ou marcadores que podem ser visualmente decodificados. Os marcadores podem ser projetados para ser legíveis por máquina em vez de, ou além de ser diretamente visualizável pelo médico. Embora marcadores visíveis possam ser identificados e decodificados utilizando um sistema de supervisão e análise de vídeo, diferentes marcadores visíveis podem ser mais adequados para reconhecimento por máquina. Além disso, marcadores não visíveis da sutura ou codificação também podem ser usados por um sistema de computador para identi
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56/70 ficar as seções e condições da sutura. Quando as seções de sutura e/ou condições forem reconhecidas e avaliadas pelo sistema, informação a cerca das seções e condições da sutura podem ser providas para o médico pelo sistema. A informação pode ser provida para o médico sobre qualquer sistema de exibição disponível, incluindo uma exibição visual, auricular ou háptica.
[00127] A figura 7A mostra características de um sistema cirúrgico endoscópico (no geral) 720 que utiliza marcadores legíveis por máquina para identificar seções e condições de um filamento de sutura 700. O sistema cirúrgico endoscópico 720 compreende um sistema do lado do paciente 730 que interface com o paciente no local operatório e um sistema do lado do médico 740 que interface com o médico 710. O sistema do lado do paciente 730 inclui um sistema de imageamento tais como um endoscópio, fluoroscópio, ultrassom ou similares e um ou mais efetores cirúrgicos, tais como instrumentos cirúrgicos, cateteres, e similares. O sistema do lado do médico 740 inclui um sistema de exibição 742 tais como monitor de vídeo para prover informação para o médico 710 e um sistema de controle 744 tais como um manete de controle ou similares para permitir que o médico controle um ou mais efetores cirúrgicos. O sistema de controle 744 pode ser uma conexão mecânica simples para os instrumentos cirúrgicos.
[00128] Conforme mostrado na figura 7A, o sistema do lado do paciente 730, compreende um endoscópio 732 com uma saída de luz 733 e dois dispositivos de imageamento na forma de CCDs 734, 735 e óptica associada para imagear o campo operatório. CCDs 734, 735 são separados pela largura de endoscópio 732 e assim, fornecem uma imagem binocular compreendendo duas vistas separadas do campo operatório. Essas duas vistas podem ser utilizadas para gerar uma imagem tridimensional do campo operatório e também para gerar dados de supervisão tridimensional para objetos e marcadores que po
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57/70 dem ser identificados em cada imagem. O sistema do lado do paciente 730 também inclui dois instrumentos cirúrgicos 736, 737 para manipular filamentos de sutura, agulhas e tecido. Instrumentos cirúrgicos 736, 737 são mostrados como instrumentos endoscópicos e podem ser operados manualmente ou servo-operado. Instrumentos cirúrgicos 736, 737 podem ser fórceps, acionador de agulha, cautério, dispositivo de aperto e/ou qualquer da ampla faixa de instrumentos cirúrgicos disponíveis como adequado para um procedimento particular.
[00129] Conforme mostrado na figura 7A, o sistema do lado do médico 740 compreende um sistema de exibição 742 que fornece informação para o médico 710. O sistema de exibição 742 pode incluir componentes de exibição visual, áudio e háptica. O sistema do lado do médico 740 também compreende uma interface de controle médico 744 para permitir que médico 710 controle o sistema incluindo controlar o movimento de instrumentos cirúrgicos 736, 737. A interface de controle médico 744 pode incluir um teclado, mouse, manetes de controle ou similares. A interface de controle médico 744 pode incluir controladores de realimentação de força que também servem para fornecer informação para o médico como parte do sistema de exibição do médico. O sistema do lado do médico também inclui um sistema de informação de sutura 746 que recebe informação do endoscópio e decodifica-a para gerar informação a cerca da sutura. O sistema do lado do médico também inclui um sistema de processamento de exibição 748 para receber informação de imagem do endoscópio e integrá-la com outra informação para exibição para o médico 710 por sistema de exibição 742.
[00130] Conforme mostrado na figura 7A, sistema de informação de sutura 746 recebe dados de imagem de CCDs 734, 735 do sistema do lado do paciente 730. Sistema de informação de sutura 746 inclui um decodificador de imagem esquerda 750 que recebe e decodifica dados
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58/70 de imagem de CCD 734 e decodificador de imagem direita 751 que recebe e decodifica dados de imagem de CCD 735. Decodificadores de imagem 750, 751 identificam marcadores de sutura nos dados de imagem de vídeo recebida de um CCD de 734, 735 de endoscópio 732. O sistema de supervisão marcador de 752 recebe identidade do marcador e dados da posição dos decodificadores de imagem 750 e 751. A posição de um marcador diferirá ligeiramente entre a imagem esquerda e a imagem direita. A partir da diferença nas posições, o sistema de supervisão de marcador 752 pode identificar o local dos marcadores em três dimensões. Em uma modalidade, sistema de informação de sutura 746 inclui um calculador de tensão da sutura 754 que calcula a tensão na sutura da informação de supervisão do marcador. A informação de tensão da sutura e informação de supervisão de marcador é provida no sistema saída de dados de sutura 756. O sistema de saída dados da sutura 756 fornece a informação ao sistema de processamento de exibição 748 que integra os dados da sutura com a outra informação recebida do sistema do lado do paciente.
[00131] Nas modalidades da figura 7A, 7B, e 7C o sistema e, por exemplo, o calculador de tensão da sutura, além de fazer com que um sinal de alarme visual, audível ou háptico, ou outro qualquer, seja gerado e enviado para o médico, pode colocar limite na quantidade máxima de tensão que pode ser colocada na sutura. Adicionalmente, uma vez que cada tipo da sutura tem diferentes caracteres, o sistema pode usar uma base de dados para identificar a quantidade de tensão que pode ser colocada em qualquer tipo da sutura e pode fazer com que o sistema limite a quantidade de tensão que o doutor pode colocar na sutura dependendo do tipo da sutura desdobrada no paciente durante este procedimento. Adicionalmente o sistema pode fazer com que ocorram vários níveis ou intensidades de realimentação de som, luz ou háptica, dependendo da quantidade de tensão na sutura e do tipo da
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59/70 sutura desdobrada neste tempo no paciente. Novamente, as várias características de cada sutura podem ser armazenadas em uma base de dados no sistema e o sistema pode reconhecer o tipo da sutura desdobrado e ajustar a realimentação e/ou a tensão máxima que a sutura pode ser colocada.
[00132] A figura 7B é um fluxograma que ilustra as etapas do processo geral para operar um sistema utilizando marcadores de sutura legíveis por máquina ou marcadores de sutura ativos. No fluxograma, várias etapas algorítmicas são sumarizadas em blocos individuais. Tais blocos descrevem ações ou decisões específicas a ser feitas ou realizadas à medida que o algoritmo continua. Onde um microcontrolador (ou equivalente) é empregado, o fluxograma apresentado aqui fornece a base para um programa controle que pode ser usado por um microcontrolador como esse (ou equivalente) para efetuar o controle desejado do dispositivo. Versados na técnica podem facilmente escrever um programa controle como esse com base nos fluxogramas e outras descrições aqui apresentadas.
[00133] Conforme mostrado na figura 7B, um sistema recebe entrada de dados na forma de dados de vídeo 760. O sistema também pode receber dados de sensor adicionais 762 indicativos das condições da sutura. Os dados de sensor 762 podem ser dados transmitidos para o sistema por dispositivos de sensor tal como mostrado nas figuras 6A-6C. Dados de sensor 762 inclui todos os dados recebidos pelo sistema da sutura ou sensores associados com a sutura. O sistema também pode receber entrada de dados 764 tais como dados de um teclado, mouse, código de barra ou similares. Entrada de dados 764 pode incluir, por exemplo, uma identificação do filamento de sutura introduzindo um identificador de produto, lendo um código de barra ou similares. As diferentes suturas terão características diferentes, o sistema terá também acesso aos dados da sutura armazenados 766 que pode
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60/70 rão ser uma informação de base de dados da sutura identificando diferentes suturas, as características da suturas, e os marcadores de suturas. Os dados da sutura armazenados 766 podem ser armazenados no sistema ou acessados em uma rede.
[00134] Novamente com referência à figura 7B, na etapa 770, o sistema recebe dados de vídeo 760 e identifica marcadores presentes nos dados de vídeo. Na etapa 772, o sistema analisa os marcadores identificados na etapa 770 para gerar informação a cerca da sutura tais como identificar seções da sutura, orientação de seções da sutura, local da sutura e condição da sutura, tal como tensão. Na etapa 774, o sistema identifica a sutura com base na entrada de dados 764. Alternativamente, a sutura pode ser identificada com base na análise dos marcadores na etapa 772 se os marcadores forem características da sutura (tal como, por exemplo, um código de barra). A identidade da sutura é utilizada para identificar os dados da sutura armazenados em torno das características da sutura. Isto pode incluir o fabricante, tamanho e material da sutura, a resistência da sutura, e também informação com respeito a correlações entre marcadores de sutura e características particulares da sutura e/ou seções da sutura. Por exemplo, os dados armazenados podem indicar que uma sutura particular em uso tem uma resistência máxima de 7 libras e um alongamento de 1 % por libra. Essas características são recuperadas na etapa 776 e então usados na etapa 778 para derivar mais informação a cerca da sutura. Por exemplo, o sistema pode analisar as posições do marcador para determinar o alongamento da sutura dos dados de vídeo 760. A partir do alongamento da sutura ou uma seção da sutura, o sistema pode determinar a tensão na sutura usando os dados da sutura armazenados. O sistema também pode comparar a tensão da sutura calculada com a tensão da sutura máxima usando os dados da sutura armazenados. Em alguns casos, o sistema pode então dar um aviso, se
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61/70 a tensão da sutura calculada ultrapassar um patamar (que pode ser uma porcentagem predeterminada da tensão máxima). Na etapa 770, o sistema amplia os dados da sutura de imagem com mais informação de sutura. A imagem ampliada incluindo a informação da sutura é exibida para o médico na etapa 768. O sistema então retorna para receber mais dados de vídeo 760 e atualiza a exibição ampliada na etapa 768.
[00135] O sistema de processamento de exibição 748 da figura 7A pode integrar a saída de dados da sutura nos outros dados de exibição em muitas maneiras diferentes. Ver etapa 770 da figura 7B. Dados da tensão da sutura podem ser exibidos para o médico como realimentação háptica, visual ou áudio. Para realimentação háptica, a tensão calculada pode ser exibida como realimentação de força para um controlador de realimentação de força. Para realimentação de áudio, um som pode ser emitido para o médico indicativo da tensão na sutura. O som fixo pode ser emitido quando uma tensão da sutura desejável particular for atingida ou excedida. Alternativamente, um som variável pode ser usado, por exemplo, que aumenta em frequência de ocorrência, altura ou volume a medida que a tensão na sutura aumenta. Para realimentação visual, um valor, símbolo ou cor indicativos da tensão da sutura pode ser exibido para o médico como parte ou adjacente à exibição de vídeo do campo operatório. Em alguns casos, os dados visuais podem ser adicionados na imagem do campo operatório, por exemplo, sobrepondo um valor, símbolo ou cor na imagem da sutura 700 ou instrumentos cirúrgicos 736, 737. Assim, sistema de exibição 742 fornece ao médico 710 com uma exibição ampliada que inclui uma representação do campo operatório ampliado com informação derivada dos marcadores de sutura usando informação de sutura 746.
[00136] A figura 7C ilustra uma exibição de vídeo ampliada 780 do sistema do lado do paciente 730 da figura 7A. A figura 7C ilustra inú
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62/70 meras maneiras nas quais uma exibição visual pode ser ampliada para indicar características e/ou condições da sutura. O tipo e tamanho da sutura 782 podem ser sobrepostos na exibição. Um medidor de tensão 784 pode ser usado para mostrar a tensão máxima e a tensão real em relação aos termos. Alternativamente, informação de tensão real e tensão máxima pode ser provida em termos absolutos. Condições de tensão ou outros da sutura também podem ser registrados com e sobrepostos na imagem da sutura e ou ferramentas. Por exemplo, o sistema pode sobrepor a sutura com uma diferente cor com base em uma característica da sutura (tal como, por exemplo, orientação de retentor ou tensão) derivada de dados do marcador ou outros dados. Assim, conforme mostrado na figura 7C, a seção da sutura 700 entre os instrumentos 736, 737 é realçada com cor 786 representativa de tensão em sutura 700. Ao passo que as seções da sutura 700 não tensionadas por ferramentas 736, 737 são realçadas com uma cor diferente 788 (ou não realçadas).
H. Marcadores de Sutura Táteis [00137] Onde um procedimento cirúrgico é realizado manualmente, ou por dispositivos assistidos roboticamente suficientemente sensíveis, marcações táteis podem ser providas. Essas podem ser particularmente usadas em suturas que não são de autorretenção e nas seções sem retentor de suturas de autorretenção. Por exemplo, no caso das suturas de autorretenção, o doutor pode querer identificar o segmento de transição; dessa maneira, um segmento de transição como esse pode ser provido com uma configuração que é mais facilmente detectável por toque do que a simples ausência de retentores, por meio disto obviando a necessidade de o cirurgião sentir repetidamente e/ou vigorosamente ao longo do corpo da sutura para localizar o segmento de transição. Tais marcações táteis podem ser providas em qualquer seção de interesse de uma sutura, e podem incluir uma deformação na
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63/70 seção de interesse, tal como deformação 804 de segmento de transição 802 na sutura 800 mostrado na figura 8. Isto pode ser afetado introduzindo-se uma dobra no segmento de transição da sutura para conferir uma deformação que pode ser facilmente sentida (e certamente também pode ser visível). Outros tipos de deformações de sutura detectável tatilmente podem similarmente ser providos.
[00138] Reentrâncias facilmente detectáveis na seção de interesse também podem ser providas, tal como por compressão (por exemplo, estampagem) de toda ou parte da seção para deformar o material da sutura nelas, e a remoção de material da sutura (por exemplo, corte, ataque químico, abrasão, remoção a laser) de toda ou parte da seção de sutura de interesse para criar uma reentrância. Reentrâncias pode tomar qualquer forma (tais como, sem limitações, entalhes, poços, rebaixo), desde que o diâmetro do corpo da sutura na reentrância seja menor que o diâmetro do corpo da sutura em outra parte, e desde que o diâmetro de corpo da sutura na reentrância permaneça suficiente para resistir a ruptura das forças normalmente exercidas durante o desdobramento e encaixe da sutura. Por exemplo, uma reentrância ou estreitamento do diâmetro da sutura no segmento de transição pode assistir um doutor na localização do segmento de transição. Com referência à figura 9a, a sutura de autorretenção bidirecional 900 inclui primeira pluralidade de retentores 904, segunda pluralidade de retentores 906, e segmento de transição 902 (que pode ou não corresponder ao ponto médio real da sutura, dependendo do arranjo de retentores). O diâmetro da sutura 900 estreita-se gradualmente no segmento de transição 902 de forma que na posição y e y', o diâmetro seja menor que o diâmetro tanto das posições x e x' ou quanto z e z'. Na figura 9B, uma reentrância mais acentuada 958 é provida no segmento de transição 952 entre pluralidades de retentor 954 e 956 da sutura 950. Novamente, o diâmetro da sutura na posição y a y', onde a profundidade
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64/70 da reentrância 958 está no seu máximo, é menor que o diâmetro tanto das posições x e x' ou quanto z e z'.
[00139] Outros exemplos de marcações de sutura táteis incluem um aumento tatilmente detectável em o diâmetro do corpo da sutura em toda ou parte da seção de interesse. Por exemplo, protuberâncias na superfície da seção de interesse que são facilmente detectáveis e distinguíveis dos retentores de tecido podem assistir um cirurgião na localização da seção de interesse, tais como aquelas protuberâncias 1004 no segmento de transição 1002 na sutura 1000 na figura 10a. Alternativamente, uma saliência pode ser provida que fica disposta continuamente ou descontinuamente em torno da circunferência da sutura em toda ou parte da seção de interesse, ou um saliência como essa pode ficar disposta somente em uma porção da circunferência da seção de interesse; ver, por exemplo, a saliência 1054 no segmento de transição 552 da sutura 550 na figura 10b. Similarmente, outros tipos de configurações ou formas de relevo (tais como projeções filamentosas, quadrados ou outros formas) podem ser providos na circunferência da seção de interesse. Deve-se notar que embora tais formas de relevo possam ser diferenciáveis facilmente de maneira tátil dos retentores de tecido, não é necessário que elas sejam configuradas para evitar induzir uma resposta fibrótica no tecido. Tal aumento no diâmetro da sutura na seção de interesse pode ser criado durante a fabricação do fio da sutura (por exemplo, extrudando uma grande quantidade de material da sutura para um comprimento particular de um fio da sutura durante um processo de fabricação de extrusão, corte ou estampagem de um fio da sutura com uma porção diâmetro expandido, e assim por diante), ou depois da fabricação do fio da sutura (por exemplo, cortando o material fora das extremidades de um fio da sutura, adicionando o material na porção desejada do fio, por exemplo, por polimerização, e assim por diante).
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65/70 [00140] Outras formas de demarcações táteis incluem diferenças de textura. Fornecer textura de diferenças para todo ou parte do segmento de transição inclui fornecer uma pluralidade de áreas de maior e/ou menor diâmetro do corpo da sutura na seção de interesse. Por exemplo, uma pluralidade de reentrâncias, uma pluralidade de configurações de relevo, e quaisquer combinações desses pode ser provida na seção de interesse, por métodos incluindo, sem limitação, compressão, corte, revestimento, aplicação de agentes tais como abrasivos, polimerisadores, ácidos corrosivos, base corrosiva, e assim por diante.
I. Materiais [00141] Fios da sutura aqui descritos podem ser produzidos por qualquer método adequado, incluindo, sem limitação, moldagem por injeção, estampagem, corte, laser, extrusão, e assim por diante. Com relação a corte, fio polimérico ou filamentos podem ser fabricados ou comprados para o corpo da sutura, e os retentores podem ser subsequentemente cortados no corpo da sutura; os retentores podem ser cortados a mão, cortados a laser, ou cortada mecanicamente por máquina usando lâminas, roda corte, roda de esmeril, e assim por diante. Durante o corte tanto o dispositivo de corte quanto o fio da sutura pode ser movido com relação um ao outro, ou ambos podem ser movidos, para controlar o tamanho, forma e profundidade do corte 210. Os métodos particulares para cortar farpas em um filamento são descritos no pedido de patente U.S. Serial No. 09/943,733 intitulado Method OF Forming Barbs On A Suture And Apparatus For Performing Same to Genova et al., e pedido de patente U.S. Serial No. 10/065,280 intitulado Barbs Sutures to Leung et al. Ambos os quais estão incorporados aqui pela referência. As suturas podem ser feitas de qualquer material biocompatível adequado, e podem ser adicionalmente tratadas com qualquer material biocompatível adequado, quer para aumentar a resistência, elasticidade, longevidade das suturas, ou outras qualidades,
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66/70 quer para equipar as suturas para executar funções adicionais além de unir tecidos, reposicionar tecidos, ou anexar elementos estranhos aos tecidos.
[00142] Adicionalmente, suturas de autorretenção aqui descritas podem ser providas com composições para promover cura e prevenir efeitos indesejáveis tais como formação de cicatriz, infecção, dor, e assim por diante. Isto pode ser realizado em uma variedade de maneiras, incluindo, por exemplo: (a) afixar diretamente na sutura uma formulação (por exemplo, tanto aspergindo a sutura com um filme polímero/medicamento, quanto mergulhando a sutura em uma solução polímero/medicamento), (b) revestir a sutura com uma substância tal como um hidrogel que absorverá por sua vez a composição, (c) entrelaçar o fio revestido com formulação (ou o polímero por si mesmo formado em um fio) na estrutura da sutura no caso de suturas multifilamentárias, (d) inserir a sutura em uma camisa ou malha que é compreendida ou revestida com uma formulação, ou (e) construir a sutura por si mesma com uma composição. Tais composições podem incluir, sem limitação, agentes antiproliferativos, agentes antiangiogênico, agentes anti-infecciosos, agentes indutores de fibrose, agentes anticicatriz, agentes lubrificantes, agentes ecogênicos, agentes antiinflamatórios, inibidores do ciclo celular, analgésicos, e agentes antimicrotúbulo. Por exemplo, uma composição pode ser aplicada na sutura antes de os retentores serem formados, de forma que, quando os retentores se encaixarem, a superfície de encaixe esteja substancialmente livre do revestimento. Desta maneira, tecido que está sendo suturado faz contato uma superfície revestida da sutura, uma vez que a sutura é introduzida, mas, quando o retentor se encaixa, uma superfície não revestida do retentor faz contato com o tecido. Alternativamente, a sutura pode ser revestida depois ou durante a formação de retentores na sutura se, por exemplo, uma sutura totalmente revestida sem
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67/70 ser revestida seletivamente for desejada. Ainda em uma outra alternativa, uma sutura pode ser seletivamente revestida tanto durante quanto depois da formação de retentores, expondo-se somente as porções selecionadas da sutura para o revestimento. O propósito particular ao qual a sutura tem que ser posta ou a composição pode determinar se uma sutura totalmente revestida ou revestida seletivamente é apropriada; por exemplo, com revestimentos escorregadios, pode ser desejável revestir seletivamente a sutura, deixando, por exemplo, as superfícies encaixe no tecido da sutura não revestido a fim de impedir que a função de encaixe no tecido daquelas superfícies seja prejudicada. Por outro lado, revestimentos tais como aqueles compreendendo compostos tais como agentes anti-infecciosos podem ser aplicados adequadamente em toda a sutura, enquanto revestimentos tais como aqueles compreendendo agentes fibrosantes podem ser aplicados adequadamente em toda ou parte da sutura (tais como as superfícies encaixe no tecido). O propósito da sutura também pode determinar o tipo de revestimento que é aplicado na sutura; por exemplo, suturas de autorretenção com revestimentos anti-proliferativos podem ser usadas em sítios de excisão de tumor, enquanto suturas de autorretenção com fibrosante revestimentos podem ser usadas em procedimentos de reposicionamento de tecido e aqueles com revestimentos anti-cicatriz podem ser usados para fechamento de ferida na pele. Igualmente, a estrutura da sutura pode influenciar a escolha e extensão do revestimento; por exemplo, suturas com um segmento expandido pode incluir uma composição de indução de fibrose no segmento expandido segurar adicionalmente o segmento na posição no tecido. Revestimentos também podem incluir uma pluralidade de composições tanto juntos quanto em diferentes porções da sutura, onde as composições múltiplas podem ser selecionadas tanto para diferentes propósitos (tais como combinações de analgésicos, agentes anti-infecciosos e antiPetição 870190052679, de 04/06/2019, pág. 76/83
68/70 cicatriz) quanto para seus efeitos sinergísticos.
J. Usos clínicos [00143] Além do fechamento geral de ferida e aplicações de reparo de tecido macio, suturas de autorretenção podem ser usadas em uma variedade de outras indicações.
[00144] Suturas de autorretenção aqui descritas podem ser usadas em vários procedimentos dentais, isto é, procedimentos cirúrgicos orais e maxilofaciais e assim, podem ser referidas como suturas dentais de autorretenção. Os procedimentos mencionados anteriormente incluem, mas sem limitações, cirurgia oral (por exemplo, remoção de dentes impactados ou quebrados), cirurgia para fornecer aumento do osso, cirurgia de reparo de deformidades dentofaciais, reparo depois de trauma (por exemplo, fraturas e lesões ósseas faciais), tratamento cirúrgico de tumores odontogênicos e não odontogênicos, cirurgias reconstrutivas, reparo de lábio fissurado ou palato fissurado, deformidades craniofaciais congênitas e cirurgia facial estática. Suturas dentais de autorretenção podem ser degradáveis ou não degradáveis e podem tipicamente variar em tamanho de USP 2-0 para USP 6-0.
[00145] Suturas de autorretenção aqui descritas também podem ser usadas em procedimentos de reposicionamento de tecido cirúrgicos e assim, podem ser referidas como suturas de reposicionamento de tecido de autorretenção. Tais procedimentos cirúrgicos incluem, sem limitação, levantamentos da face, levantamento do pescoço, levantamento de coxa e levantamento de mama. Suturas de autorretenção usadas em procedimentos de reposicionamento de tecido podem variar dependendo do tecido sendo reposicionado; por exemplo, suturas com retentores maiores e ainda mais espaçados podem ser adequadamente empregadas com tecidos relativamente macios, tais como tecidos de gordura.
[00146] Suturas de autorretenção aqui descritas também pode ser
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69/70 usadas em procedimentos microcirúrgicos que são realizados em um cirúrgico microscópio (e assim, podem ser referidos como microssuturas de autorretenção). Tais procedimentos cirúrgicos incluem, mas sem limitações, reanexação e reparo de nervos periféricos, microcirurgia espinhal, microcirurgia da mão, vários procedimentos microcirúrgicos plásticos (por exemplo, reconstrução facial), microcirurgia dos sistemas reprodutores de macho e fêmea e vários tipos de microcirurgia reconstrutiva. Reconstrução microcirúrgica é usada para problemas de cirurgia reconstrutiva complexos quando outras opções, tais como fechamento primário, cura por intenção secundária, enxerto de pele, transferência de aba local e transferência de aba distante são não adequados. Microsuturas de autorretenção têm um calibre muito pequeno, frequentemente o mínimo USP 9-0 ou USP 10-0, e podem ter uma agulha anexada de tamanho correspondente. As microssuturas podem ser degradáveis ou não degradáveis.
[00147] Suturas de autorretenção da maneira descrita aqui podem ser usadas em faixas de calibre similarmente pequenas para procedimentos cirúrgicos oftálmicos e assim, podem ser referidas como suturas oftálmicas de autorretenção. Tais procedimentos incluem, mas sem limitações procedimentos microcirúrgicos de ceratoplastia, catarata e retina vítrea. Suturas oftálmicas de autorretenção podem ser degradáveis ou não degradáveis, e têm uma agulha anexada de calibre correspondentemente pequeno.
[00148] Suturas de autorretenção podem ser usadas em uma variedade de aplicações veterinárias para um amplo número de propósitos cirúrgicos e traumáticos em saúde animal.
[00149] Embora a presente invenção tenha sido mostrada e descrita em detalhe com relação somente a algumas modalidades exemplares da invenção, versados na técnica devem entender que não se pretende limitar a invenção a modalidades específicas reivindicadas. Vá
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70/70 rias modificações, omissões e adições podem ser feitas nas modalidades reveladas sem fugir substancialmente dos preceitos inéditos e vantagens da invenção, particularmente sob a luz dos preceitos anteriores. Dessa maneira, pretende-se cobrir todas tais modificações, omissões, adições e equivalentes que podem estar incluídas no espírito e escopo da invenção, da forma definida pelas reivindicações seguintes.

Claims (8)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Sutura de autorretenção (102), caracterizada pelo fato de que compreende uma pluralidade de seções (140; 142; 144; 146; 148) e uma pluralidade de retentores (130), em que:
    uma seção (140; 142; 144; 146; 148) tem características diferentes das características de uma outra seção (140; 142; 144; 146; 148), em que as características são propriedades fixas da sutura, e a uma seção (140; 142; 144; 146; 148) tem uma pluralidade de marcadores (152; 154; 156) que a distinguem de uma outra seção (140; 142; 144; 146; 148), em que os marcadores (152; 154; 156) não são visíveis e são configurados para serem lidos, digitalizados e decodificados por uma máquina.
  2. 2. Sutura de autorretenção (102), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a sutura compreende um material biodegradável, e/ou um revestimento, em que o revestimento compreende uma composição selecionada a partir da classe que consiste de agentes antiproliferativos, agentes antiangiogênico, agentes anti-infecciosos, agentes indutores de fibrose, agentes anti-cicatriz, agentes lubrificantes, agentes ecogênicos, agentes anti-inflamatórios, inibidores do ciclo celular, analgésicos, e agentes antimicrotúbulo.
  3. 3. Sutura de autorretenção (102), de acordo com a reivindi- cação 1, caracterizada pelo fato de que uma seção (140; 142; 144; 146; 148) compreende uma compressa ou ainda compreende uma agulha (110, 112), em que a agulha (110, 112) compreende um sistema de marcador ativo, em que o sistema de marcador ativo compreende uma fonte de alimentação, um controlador de luz, e uma fonte de luz.
  4. 4. Sutura de autorretenção (102), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o marcador indica:
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    2/3 uma característica de identificação da sutura (102); ou uma característica de identificação da seção (140; 142;
    144; 146; 148); ou uma força agindo na sutura (102), em que a força é uma força mecânica; ou uma condição da sutura, particularmente uma deformação mecânica, ou degradação química.
  5. 5. Sutura de autorretenção (102), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que compreende um sistema de marcador variável passivo, em que:
    o sistema de marcador variável passivo indica uma alteração na condição da sutura (102), em que a alteração compreende deformação mecânica, ou degradação química, ou o sistema de marcador variável passivo compreende um sensor.
  6. 6. Sutura de autorretenção (102), caracterizada pelo fato de que a sutura (102) compreende uma sutura dental, ou uma microssutura, ou uma sutura oftálmica, ou uma sutura de reposicionamento de tecido.
  7. 7. Método para formar uma sutura de autorretenção (102) conforme definida na reivindicação 1, o método caracterizado pelo fato de que compreende as etapas de:
    fornecer material de filamento cirúrgico biocompatível, adicionar um agente de marcação a uma porção do material do filamento cirúrgico, formar uma sutura tendo uma pluralidade de seções (140; 142; 144; 146; 148), em que uma primeira seção (140; 142; 144; 146; 148) tem características diferentes das características de uma outra seção (140; 142; 144; 146; 148) e em que a primeira seção (140; 142; 144; 146; 148) compreende o agente de marcação; e formar uma pluralidade de retentores (130) na sutura (102).
    Petição 870190052679, de 04/06/2019, pág. 81/83
    3/3
  8. 8. Método, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que o agente de marcação é selecionado da classe que consiste em corantes de espectro ultravioleta, e corantes fluorescentes, e/ou ainda compreende revestir a sutura (102) em uma composição selecionada da classe que consiste em agentes antiproliferativos, agentes antiangiogênico, agentes anti-infecciosos, agentes indutores de fibrose, agentes anti-cicatriz, agentes lubrificantes, agentes ecogênicos, agentes anti-inflamatórios, inibidores do ciclo celular, analgésicos, e agentes anti-microtúbulo.
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