BRPI0823325A2

BRPI0823325A2 - Acetábulo com interface estéril

Info

Publication number: BRPI0823325A2
Application number: BRPI0823325-0A2A
Authority: BR
Inventors: Thomas Gradel
Original assignee: Thomas Gradel
Priority date: 2007-01-08
Filing date: 2008-01-08
Publication date: 2013-10-15
Also published as: FR2911062B1; US8845748B2; BRPI0806331A2; ATE534349T3; HK1138753A1; AU2010214705C1; IL199717A; EP2189135A1; HK1143304A1; RU2009130372A; CA2888895A1; ZA200904848B; CA2674624A1; PT2101688E; AU2010214705B2; JP5671106B2; PT2189135E; US20100063597A1; MX2009007298A; CA2674624C

Abstract

ACETÁBULO COM INTERFACE ESTÉRIL. O acetábulo compreende: - uma cúpula de inserção (1) metálica, tendo uma face exterior de ancoragem (2) convexa sensivelmente hemiesférica conformada para ser ancorada em uma fossa acetabular da bacia de um paciente, e tendo uma face de recepção côncava (3), - segmento articular (4) móvel definitivo em cerâmica, tendo uma face exterior (5) e engatando na face de recepção côncava (3) da cúpula de inserção (1) metálica, e tendo uma face interior receptora (6) comportando uma superfície articular côncava (7) sensivelmente hemiesférica para permitir o encaixe e o pivotamento de uma cabeça de prótese femoral ou de um segmento articular móvel. O acetábulo é condicionado montado ao estado estéril, com o segmento articular (4) móvel definitivo em cerâmica encaixado na cúpula de inserção (1) metálica compreendendo uma estrutura periférica de recepção (8) apta a receber meios de fixação de um elemento de impacto (15) de colocação de acetábulo e conformada de modo que o elemento de impacto (15) possa ser fixado ao acetábulo na presença do segmento articular (4) imóvel definitivo em cerâmica.

Description

ACETÁBULO COM INTERFACE ESTÉRIL - "Pedido Dividido do PI 0806331-1, depositado em 08/01/2008"

DOMÍNIO TÉCNICO DA INVENÇÃO

A presente invenção refere-se a um acetábulo protético destinado a substituir o acetábulo natural do quadril.

Uma prótese total de quadril compreende duas partes constituindo uma articulação com rótula, especificamente uma parte fêmea destinada a substituir o acetábulo natural do quadril e uma parte macho destinada a substituir a cabeça do fêmur.

A parte macho da articulação comporta geralmente uma haste, destinada a penetrar no canal medular do fêmur, e cuja extremidade proximal conecta-se por um colo a uma cabeça esférica destinada a penetrar no acetábulo. A parte fêmea da articulação, que deve substituir o

acetábulo natural do quadril, e que se designará globalmente pela denominação acetábulo, compreende habitualmente uma cúpula de inserção hemiesférica, que se aloja em uma fossa acetabular preparada do osso da bacia, e na qual aloja-se um segmento articular definitivo. De maneira corrente, a cúpula de inserção é metálica.

0 segmento articular é em uma matéria com baixo coeficiente de fricção, tal como o polietileno ou uma cerâmica

Nos acetábulos com simples mobilidade, o segmento em polietileno ou em cerâmica é fixo na cúpula de inserção e comporta uma cavidade articular sensivelmente hemiesférica coaxial que permite o encaixe e o pivotamento da cabeça esférica da parte macho da articulação. Os movimentos de rotação da articulação se fazem então entre a cabeça 3 0 esférica da parte macho de prótese e a cavidade articular do segmento.

Durante a colocação da cúpula de inserção na fossa acetabular, é necessário poder utilizar um elemento de impacto que permite unir e manipular a cúpula de inserção e aplicá-la uma força de deformação na fossa acetabular do osso com uma boa orientação, durante uma duração suficiente especificamente para a colocação de um cimento entre a superfície externa da cúpula de inserção e a fossa acetabular do osso.

Nos acetábulos com simples mobilidade, o elemento de

impacto comporta geralmente um segmento de extremidade rosqueada que se fixa em um orifício rosqueado previsto no centro da cúpula de inserção.

0 principal problema durante a utilização de uma

prótese de quadril é o risco de luxação. A luxação é uma saída da cabeça femoral esférica fora da cavidade articular

Para reduzir os riscos de luxação, propôs-se estruturas de acetábulos com dupla mobilidade, nas quais a cúpula de inserção é metálica e recebe um segmento

2 0 articular em polietileno que é montado rotativo na cúpula

de inserção. Um inconveniente desta estrutura é o aparecimento de um desgaste progressivo do segmento articular, que gera, após alguns anos de utilização, uma instabilidade da articulação e um risco de luxação.

Outro meio eficaz para impedir a luxação é utilizar,

em um acetábulo com simples mobilidade, uma cabeça femoral protética esférica de grande diâmetro. Para fazer escapar a cabeça femoral esférica da cavidade articular, é de fato necessário fazer sair a cabeça femoral de uma distância

3 0 sensivelmente igual ao raio da cabeça femoral. Assim, maior o diâmetro da cabeça femoral protética, mais esforço necessário para luxar a prótese de quadril deve ser feito.

A fossa acetabular de um paciente tem contudo dimensões fixas que podem ser muito dificilmente (ou de forma alguma) alteradas. A espessura necessária do segmento articular imóvel determina então o diâmetro possível da cabeça femoral protética. Portanto imaginou-se utilizar um segmento articular imóvel de pouca espessura para permitir um aumento do diâmetro da cabeça femoral protética. Para reduzir mais a espessura do segmento articular imóvel em proveito do diâmetro da cabeça femoral, reduzindo ao mesmo tempo os riscos de desgaste, imaginou-se os segmentos com cúpula de inserção metálica e segmento em cerâmica, a cerâmica apresentando ao mesmo tempo boas propriedades de deslizamento e uma resistência mecânica mais elevada que o polietileno. A resistência mecânica mais elevada da cerâmica permite-lhe suportar as tensões mecânicas da articulação tendo uma espessura reduzida. Com as cerâmicas atuais, pode-se utilizar os segmentos articulares imóveis

2 0 cuja espessura reduzida é inferior ou igual a cerca de 4 mm.

Tal acetábulo com segmento em cerâmica é descrito no documento EP 1.290.992 A-I.

Para ainda aumentar o diâmetro da cabeça femoral protética, este documento ensina a reduzir a espessura da cúpula de inserção, conservando uma mesma espessura do segmento imóvel de cerâmica. Assim, a cúpula metálica tem uma espessura compreendida entre 0,1 e 2 mm, e o segmento em cerâmica tem uma espessura inferior a 4 mm.

Mas constata-se então um aumento importante dos riscos

3 0 de ruptura do segmento de cerâmica, seja durante o impacto do acetábulo para sua colocação, seja mesmo durante a utilização posterior da prótese.

De acordo com a presente invenção, considera-se que estas rupturas provêm de uma distribuição desigual dos esforços mecânicos sobre o segmento de cerâmica, sendo observado que o documento EP 1.290.992 A-I não menciona estas dificuldades e não descreve nenhum meio permitindo o impacto correto do acetábulo.

EXPOSIÇÃO DA INVENÇÃO

O problema proposto pela presente invenção é por sua

vez diminuir o risco de luxação de uma prótese de quadril e reduzir os riscos de ruptura do segmento em cerâmica tanto durante seu impacto na fossa acetabular da bacia de um paciente durante a utilização posterior da prótese.

Para atingir estes objetivos, bem como outros, a

invenção propõe um acetábulo compreendendo:

- uma cúpula de inserção metálica, tendo uma face exterior de ancoragem convexa sensivelmente hemiesférica conformada para ser ancorada em uma fossa acetabular da

2 0 bacia de um paciente, e tendo uma face de recepção côncava na borda anular,

- um segmento articular imóvel definitivo em cerâmica, tendo uma face exterior encaixada na face de recepção côncava da cúpula de inserção, e tendo uma face interior

receptora comportando uma superfície articular côncava sensivelmente hemiesférica para permitir o encaixe e o pivotamento de uma cabeça de prótese femoral ou de um segmento articular móvel,

- o segmento articular imóvel definitivo em cerâmica

tendo uma espessura inferior ou igual a cerca de 4 mm, - a cúpula de inserção compreendendo uma estrutura anular de recepção em projeção além da face receptora do segmento articular imóvel definitivo inserido na cúpula de inserção e comportando uma face anular de recepção

conformada de maneira que um elemento de impacto possa ser fixado a referida face anular de recepção na presença do segmento articular imóvel definitivo em cerâmica

- a cúpula de inserção tendo, na vizinhança da sua borda anular, uma espessura inferior ou igual a cerca de 4

mm e superior a 2 mm.

Graças a pouca espessura da cúpula de inserção e do segmento articular, uma dimensão máxima pode ser dada à cabeça femoral e à superfície articular côncava para reduzir eficazmente os riscos de luxação da articulação durante o uso posterior. Simultaneamente, apesar destas espessuras reduzidas, a estrutura anular de recepção permite não somente uma duração eficaz do acetábulo durante seu impacto por um elemento de impacto, mas também uma cooperação eficaz entre a cúpula de inserção e o segmento articular que são montados antes do impacto. Esta cooperação reduz os riscos de deformação da cúpula de inserção durante o impacto, pois o segmento articular em cerâmica permanece ao contato da cúpula de inserção e suporta uma parte dos esforços. E esta cooperação reduz os riscos de ruptura do segmento articular durante o impacto, os esforços de impacto sendo aplicados sobre a cúpula de inserção que os transmite em seguida de maneira repartida sobre o segmento articular em cerâmica. Após o impacto, esta cooperação reduz também os riscos de ruptura posterior do segmento articular, pelo fato dos esforços mecânicos são transmitidos de maneira regular e repartidos entre o segmento articular e a cúpula de inserção que não foi deformada.

Durante a colocação, a cúpula de inserção permanece unida ao segmento articular imóvel que é definitivo. A interface entre estas duas peças permanece, portanto inacessível e estéril, sem risco de contaminação durante a operação.

Graças ao fato da estrutura periférica de recepção está em projeção além da face receptora do segmento articular imóvel definitivo inserido na cúpula de inserção, e graças à espessura suficiente da cúpula de inserção à vizinhança de sua borda anular, isto é na zona constituindo a estrutura periférica de recepção, uma fixação segura do elemento de impacto à cúpula de inserção é possível, apesar da presença do segmento articular imóvel definitivo que impede qualquer acesso a um orifício rosqueado previsto no centro da cúpula de inserção.

Além disso, nas posições extremas de utilização da

2 0 prótese, o colo protético levando a cabeça femoral

protética está em apoio contra a estrutura periférica de recepção em projeção. O colo protético não vem assim parar contra o segmento em cerâmica imóvel definitivo e não arrisca, portanto danificar este pela aplicação de um esforço localizado pontual.

De preferência, a face anular de recepção se desenvolve em continuidade da face de recepção côncava da cúpula de inserção e é assim uma porção anular da face interior da cúpula de inserção. Tal estrutura periférica de

3 0 recepção é pouco incômoda e fácil de realizar por meios correntes de fabricação. Esta estrutura periférica de recepção é igualmente de uma única porção com a cúpula de inserção e é, portanto segura para permitir ao cirurgião aplicar os esforços necessários para uma boa fixação e uma boa orientação da prótese.

Vantajosamente, o acetábulo de acordo com a invenção pode estar associado a um segmento de colocação e de orientação, fixado de maneira móvel à estrutura periférica de recepção da cúpula de inserção, e comportando uma estrutura de montagem sobre qual o elemento de impacto pode ser fixo de maneira móvel. Tal segmento, fixado de acordo com periferia da cúpula de inserção, permite efetivamente repartir sobre a cúpula os esforços aplicados pelo cirurgião para fixar e orientar a prótese. De acordo com outro aspecto vantajoso da invenção, o

acetábulo é condicionado montado ao estado estéril, com o segmento articular imóvel definitivo em cerâmica encaixado na cúpula de inserção, e com o segmento de colocação e de orientação fixado à cúpula de inserção. Um interesse de tal combinação é que o segmento de

colocação e de orientação assegura a manutenção do segmento articular em cerâmica na cúpula de inserção durante o transporte e as manipulações. Pode-se assim prever segmento articular que é simplesmente encaixado na cúpula de inserção, e que pode seguidamente ser extraído se o cirurgião desejar, sem, no entanto, que haja um risco de extração intempestiva antes da colocação do acetábulo. Esta combinação pode ser utilizada independentemente das características de espessura do segmento articular e da cúpula de inserção. Para melhorar ainda a duração do segmento articular, pode-se prever que o segmento de colocação e de orientação fixado sobre a face anular de recepção da cúpula de inserção está apoio sobre ou com baixo desvio da face interior receptora do segmento articular imóvel definitivo em cerâmica.

Em alternativa ou em complemento, pode-se prever que o segmento de colocação e de orientação, fixado sobre a face anular de recepção, comporta uma ou várias nervuras elásticas em projeção estando em apoio sobre o segmento articular imóvel definitivo em cerâmica para mantê-lo na cúpula de inserção.

0 segmento de colocação e de orientação pode ser em polietileno, matéria barata e facilmente esterilizável que pode ser utilizado no meio cirúrgico.

De preferência, a estrutura de montagem pode compreender um orifício de fixação roscado feito no segmento de colocação e de orientação, permitindo o aparafusamento de uma porção rosqueada correspondente ao elemento de impacto. Realiza-se assim uma estrutura de montagem simples, segura e barata, e que permite assim a utilização dos elementos de impacto já conhecidos e disponíveis.

De acordo com um primeiro modo de realização vantajoso da invenção, pode-se prever que

a estrutura periférica de recepção comporta um garganta anular contínua ou descontínua,

- o segmento de colocação e de orientação comporta uma nervura anular contínua ou descontínua, encaixada 3 0 elasticamente no garganta anular. De acordo com um segundo modo de realização vantajoso da invenção, pode-se prever que:

a estrutura periférica de recepção comporta um rosqueamento interno ou externo, - o segmento de colocação e de orientação comporta um

rosqueamento externo ou interno, cooperando com o rosqueamento da estrutura periférica de recepção para fixar o segmento de colocação e de orientação de maneira móvel para aparafusamento sobre a estrutura periférica de recepção.

As diferentes estruturas periféricas de recepção e do segmento de colocação e de orientação são assim fáceis e baratas de realizar, e permitem uma duração suficiente de modo que o cirurgião possa aplicar os esforços necessários para uma boa fixação e uma boa orientação da prótese.

No primeiro modo de realização da invenção, pode-se vantajosamente prever que o orifício de fixação roscado é um orifício desobstruidor, apto a cooperar com um instrumento de desunião comportando uma haste rosqueada apto a aparafusar no orifício de fixação e que tem uma extremidade distai conformada para ter apoio contra a superfície articular côncava do segmento articular imóvel definitivo durante o aparafusamento da haste rosqueada no orifício de fixação do segmento de colocação e de orientação.

Em alternativa, no primeiro modo de realização da invenção, pode-se vantajosamente prever que:

- o segmento de colocação e de orientação é conformado de maneira que permaneça um espaço livre entre o segmento 3 0 de colocação e de orientação e o fundo da superfície articular côncava do segmento articular imóvel definitivo uma vez o segmento de colocação e de orientação fixados à estrutura periférica de recepção da cúpula de inserção,

- o segmento de colocação e de orientação está em contato de maneira estanque de acordo com sua periferia no

prolongamento anular curto da cúpula de inserção,

- o orifício de fixação é um orifício desobstruidor, colocando em comunicação com o exterior o espaço livre entre o segmento de colocação e de orientação e o segmento

articular imóvel definitivo, e dimensionado para encaixar a extremidade de uma seringa de maneira estanque.

De acordo com outro aspecto, a invenção propõe um processo de fabricação de acetábulo protético de quadril, compreendendo as etapas:

a) prever uma cúpula de inserção metálica tendo uma

face de recepção côncava e uma estrutura anular de recepção em projeção,

b) prever um segmento articular em cerâmica tendo uma face exterior e uma superfície articular côncava,

2 0 c) encaixar a face exterior de segmento articular na

face de recepção côncava da cúpula de inserção,

d) esterilizar o conjunto assim formado em um envelope de proteção microbiana.

0 interesse é ao mesmo tempo assegurar uma melhor

esterilidade da prótese, especificamente na interface entre o segmento articular e a cúpula de inserção, permitindo ao mesmo tempo o uso de um segmento articular simplesmente encaixado de maneira móvel na cúpula de inserção.

A esterilização pode ser efetuada após montagem do

3 0 segmento articular e da cúpula de inserção, por bombardeamento de raios gama. Tal processo de esterilização é de fato compatível com os materiais utilizados, especificamente o metal da cúpula de inserção, e a cerâmica do segmento articular.

0 processo pode vantajosamente compreender, além disso,

antes da esterilização, a etapa suplementar cl) de fixar à cúpula de inserção um segmento de colocação e de orientação.

Este processo, com ou sem a etapa de fixação do segmento de colocação e de orientação, pode ser utilizada independentemente da presença ou da ausência das características particulares da espessura do segmento articular e da cúpula de inserção.

De acordo com outro aspecto, a invenção propõe também tal processo compreendendo as etapas posteriores de: e) abrir o envelope estanque ao bloco operatório,

f) fixar um elemento de impacto ao acetábulo,

g) encaixar o acetábulo na fossa acetabular do osso e impactar o acetábulo para fixá-lo ao osso.

DESCRIÇÃO SUMÁRIA DOS DESENHOS

2 0 Outros objetos, características e vantagens da

presente invenção surgirão da descrição seguinte de modos de realização particulares, feitos em relação com as figuras em anexo, entre os quais

- a figura 1 é uma vista explodida de um acetábulo de acordo com a invenção com um segmento de colocação e de

orientação,

- a figura 2 é uma vista lateral de uma cúpula de inserção,

- a figura 3 é uma vista em corte dos elementos da

3 0 figura 1, - a figura 4 é uma vista em corte dos elementos da figura 1 após montagem,

- a figura 5 é uma vista em corte parcial de um acetábulo de acordo com a invenção fixado sobre um elemento

de impacto;

- a figura 6 é uma vista em detalhe da figura 5,

- as figuras 7 e 8 são vistas em corte ilustrando um primeiro modo de desunião do segmento de colocação e de orientação,

- a figura 9 é uma vista em corte ilustrando um

segundo modo de desunião do segmento de colocação e de orientação; e

- a figura 10 ilustra um acetábulo cujo segmento de colocação e de orientação compreende, além disso, nervuras

elásticas de manutenção do segmento articular.

DESCRIÇÃO DOS MODOS DE REALIZAÇÃO PREFERIDA

Sobre as figuras 1, 3 e 4 é representado um acetábulo com simples ou dupla mobilidade. Este compreende:

- uma cúpula de inserção 1, tendo uma face exterior de

ancoragem 2 convexa sensivelmente hemiesférica conformada

para ser ancorada em uma fossa acetabular da bacia de um paciente, e tendo uma face de recepção côncava 3,

um segmento articular 4 imóvel definitivo em cerâmica, tendo uma face exterior 5 se engatando na face de

recepção côncava 3 da cúpula de inserção 1 e tendo uma face interior receptora 6 comportando uma superfície articular côncava 7 sensivelmente hemiesférica para permitir o encaixe e pivotamento de uma cabeça de prótese femoral ou de um segmento articular móvel (não representados).

3 0 0 segmento articular 4 definitivo é chamado segmento articular imóvel definitivo, pois é imóvel em relação à cúpula de inserção 1.

Sobre as figuras 1, 3 e 4, a cúpula de inserção 1 comporta abas de ancoragem 27 destinadas a penetrar no osso da fossa acetabular do paciente para assegurar uma boa ancoragem da cúpula de inserção 1.

As figuras 1 e 3 são vistas explodidas respectivamente em perspectiva e em corte, e a figura 4 é uma vista em corte dos elementos das figuras 1 e 3 montados. Na configuração da figura 4, o acetábulo é

condicionado montado ao estado estéril com o segmento articular 4 imóvel definitivo em cerâmica encaixado na cúpula de inserção 1. A cúpula de inserção 1 compreende uma estrutura periférica de recepção 8, apta a receber os meios de fixação de um elemento de impacto de colocação de acetábulo e conformada de modo que o elemento de impacto possa ser fixado ao acetábulo em presença do segmento articular 4 imóvel definitivo em cerâmica encaixado na cúpula de inserção 1. 0 segmento articular 4 imóvel definitivo em cerâmica

comporta uma pequena espessura E' para autorizar o uso de uma cabeça femoral protética de grande diâmetro.

Para caracterizar a espessura de um segmento articular, considera-se geralmente sua espessura média de acordo com as diferentes direções perpendiculares a sua superfície articular côncava. Quanto um segmento articular apresenta um plano sobre seu fundo, como no segmento articular 4 imóvel definitivo das figuras 1, 3 e 4, a espessura deste fundo não geralmente é levada em conta para determinar a 3 0 sua espessura média. A espessura do segmento articular 4 imóvel definitivo é portanto sensivelmente igual à espessura E' representada sobre as figuras 3, 4 e 6 a 8.

Para diminuir eficazmente o risco de luxação, escolhe- se uma pequena espessura E' a fim de aumentar o diâmetro da cabeça femoral protética (não representado) destinada a ser inserida na superfície articular côncava 7 do segmento articular 4 imóvel definitivo (caso de um acetábulo com simples mobilidade do tipo descrito no documento EP 1.290.992 A-l) ou para permitir a utilização de um segmento articular móvel (não representado) destinado a receber a cabeça femoral protética (caso de um acetábulo com dupla mobilidade do tipo descrito no documento WO 2004/069091).

A espessura E' é escolhida de modo que o segmento articular 4 imóvel definitivo possa suportar, sem desgaste nem deterioração prematuras, as tensões se produzem durante uma utilização normal de prótese de quadril por um paciente

Por pequena espessura E', entende-se uma espessura E' inferior ou igual a cerca de 4 mm, preferivelmente inferior ou igual a 3,5 mm. Para isto, pode-se especificamente utilizar uma cerâmica como a descrita no documento EP 1.188.729.

Para caracterizar a espessura de uma cúpula de inserção, considera-se geralmente sua espessura à vizinhança da borda superior de sua face de recepção côncava. A espessura da cúpula de inserção 1 é, portanto sensivelmente igual à espessura E representada sobre as figuras 3 e 6 a 9. Esta espessura E é a espessura média da cúpula de inserção 1 à vizinhança da borda anular 9 da face 3 0 côncava de recepção 3 da cúpula de inserção 1. Para diminuir ainda eficazmente o risco de luxação para um acetábulo com simples ou dupla mobilidade, escolhe- se uma pequena espessura E. Por pequena espessura E, entende-se uma espessura E inferior ou igual a cerca de 4 mm, preferivelmente inferior ou igual a 3 mm, mas superior a 2 mm para garantir uma resistência mecânica suficiente.

Vê-se mais particularmente sobre as figuras 4 e 8 que a cúpula de inserção 1 compreende uma estrutura periférica de recepção 8 que está em projeção além da face receptora 6 do segmento articular 4 imóvel definitivo inserido na cúpula de inserção 1.

A estrutura periférica de recepção 8 constitui um prolongamento anular curto de parede de cúpula de inserção 1 com, neste modo de realização, uma face anular 10 interior de recepção (materializada por linhas pontilhadas sobre as figuras 4 e 8) se desenvolvendo em continuidade da face de recepção côncava 3 da cúpula de inserção 1.

Nos modos de realização das figuras 1 a 9, para permitir a fixação de um elemento de impacto, prevê-se um segmento de colocação e de orientação 11, fixado de maneira móvel à estrutura periférica de recepção 8 da cúpula de inserção 1. O segmento de colocação e de orientação 11 pode assim ser unido à cúpula de inserção 1 na presença do segmento articular 4 imóvel definitivo em cerâmica encaixado na cúpula de inserção 1 (figuras 4, 5, 6, 7 e 9), e pode ser separado da cúpula de inserção 1 (como é melhor representado sobre a figura 8) após impacto do acetábulo na fossa acetabular do paciente.

0 segmento de colocação e de orientação 11 comporta 3 0 uma estrutura de montagem 12 sobre qual pode ser fixo um elemento de impacto de maneira móvel. 0 segmento de colocação e de orientação 11, uma vez fixado sobre a periferia da cúpula de inserção 1, repartem sobre a cúpula de inserção 1 os esforços aplicados pelo cirurgião para fixar e orientar a prótese com a ajuda de um elemento de impacto.

No modo de realização representado sobre as figuras 1 a 9, a estrutura de montagem 12 compreende um orifício de fixação 13 roscado feito no segmento de colocação e de orientação 11. Este orifício de fixação 13 roscado permite aparafusamento de uma porção rosqueada 14 do elemento de impacto 15 (figuras 5 e 6). Assim, para desunir o elemento de impacto 15 do segmento de colocação e de orientação 11, é suficiente desaparafusar a porção rosqueada 14 do elemento de impacto 15 fora do orifício de fixação 13 roscado.

No modo de realização ilustrado sobre as figuras 1 a 9, a estrutura periférica de recepção 8 comporta uma garganta anular 16 na qual se encaixa a uma nervura anular 17

2 0 prevista sobre o segmento de colocação e de orientação 11.

A nervura anular 17 se encaixa elasticamente na garganta anular 16 durante a montagem da cúpula de inserção 1, do segmento articular 4 imóvel definitivo e do segmento de colocação e de orientação 11, a montagem esquematizada sobre a figura 3 pelas flechas 30 e 31.

No modo de realização ilustrado sobre as figuras 1 a 9, a garganta anular 16 e a nervura anular 17 são contínuas. 0 caráter contínuo da garganta anular 16 e da nervura anular 17 permitem realizar uma retenção homogênea e máxima do

3 0 segmento de colocação e de orientação 11 na cúpula de inserção 1 de acordo com qualquer sua periferia.

Contudo, outras formas de nervura anular 17 e garganta anular 16 podem ser previstas. Por exemplo, a garganta anular 16 e a nervura anular 17 podem ser descontínuas.

Do mesmo modo, as disposições respectivas da garganta

anular 16 e da nervura anular 17 sobre o segmento de colocação e de orientação 11 ou a cúpula de inserção 1 podendo ser diferentes das representadas sobre as figuras 1 a 9.

Sobre as figuras 1 a 9, a garganta anular 16 é

prevista sobre a face anular 10 interior de recepção da estrutura periférica de recepção 8 da cúpula de inserção 1, enquanto a nervura anular 17 do segmento de colocação e de orientação 11 é uma nervura anular 17 exterior, encaixada

elasticamente na garganta anular 16. 0 segmento de colocação e de orientação 11 não ultrapassa lateralmente para além da periferia da cúpula de inserção 1. Não há, portanto risco de conflito durante o impacto e a orientação do acetábulo, entre o segmento de colocação e de orientação

2 0 11 e a matéria óssea da bacia do paciente em periferia de

sua fossa acetabular.

De acordo com outro modo de realização da invenção não representado sobre as figuras 1 a 9, a estrutura periférica de recepção 8 e o segmento de colocação e de orientação 11

comportam os rosqueamentos cooperando juntos para fixar o segmento de colocação e de orientação 11 de maneira móvel por aparafusamento sobre a estrutura periférica de recepção 8. 0 rosqueamento da estrutura periférica de recepção 8 é interno enquanto o rosqueamento do segmento de colocação e

3 0 de orientação 11 é externo, e o rosqueamento da estrutura periférica de recepção 8 é externo enquanto o rosqueamento do segmento de colocação e de orientação 11 é um rosqueamento interno.

Durante sua utilização, o acetábulo é condicionado, montado ao estado estéril, com o segmento articular 4 imóvel definitivo em cerâmica encaixado na cúpula de inserção 1 (figura 4). Para colocar a cúpula de inserção 1 na fossa acetabular, o cirurgião utiliza um elemento de impacto 15 com um segmento de extremidade 14 rosqueado que se fixa no orifício de fixação 13 roscado feito no segmento de colocação e de orientação 11 (figuras 5 e 6).

O elemento de impacto 15 comporta uma base 26 em apoio contra a face superior 28 do segmento de colocação e de orientação 11 a base 26 permite repartir os esforços de impacto e de orientação sobre o segmento de colocação e de orientação 11.

O elemento de impacto 15 permite ao cirurgião aplicar uma força de introdução da cúpula de inserção 1 na fossa acetabular do osso, permite aplicar os torques de rotação para regular a orientação da cúpula de inserção 1, e permite manter a cúpula de inserção 1 em posição fixa durante uma duração suficiente especificamente para a colocação de um cimento entre a superfície externa da cúpula de inserção Iea fossa acetabular do osso. Durante estas operações, a cúpula de inserção 1 sofre

esforços importantes que, devido à pequena espessura E (figura 6), poderiam deformar a cúpula de inserção 1 somente ao contato do osso da bacia do paciente. Esta deformação da cúpula de inserção 1 é impedida, durante o 3 0 impacto da cúpula de inserção 1, pela presença do segmento articular 4 imóvel definitivo encaixado na cúpula de inserção 1.

Assim, se o osso da bacia do paciente tem tendência a deformar a cúpula de inserção 1 devido a sua pequena espessura E o segmento articular 4 imóvel definitivo em cerâmica é suficientemente rígido e sólido para se opor qualquer deformação. 0 segmento articular 4 imóvel definitivo em cerâmica endurece a cúpula de inserção 1.

A cúpula de inserção 1, o segmento articular 4 imóvel definitivo e o segmento de colocação e de orientação 11 podendo vantajosamente serem condicionados juntos ao estado estéril. 0 cirurgião pode então impactar em só uma operação a cúpula de inserção 1 com seu segmento articular 4 imóvel definitivo. O cirurgião ganha assim um tempo operatório precioso, o que contribui para reduzir os riscos operatórios ligados a uma possível infecção.

Uma vez que a cúpula de inserção 1 munida de seu segmento articular de 4 imóvel definitivo foi impactada, o cirurgião retira o segmento de colocação e de orientação 11 fora da estrutura periférica de recepção 8 da cúpula de inserção 1 e aloja a cabeça femoral protética escolhida na superfície articular côncava 7 do segmento articular 4 imóvel definitivo.

A etapa de desunião do segmento de colocação e de orientação 11 e da cúpula de inserção 1 é representada mais particularmente sobre as figuras 7 a 9.

Um primeiro modo de desunião do segmento de colocação e de orientação 11 é ilustrado sobre as figuras 7 e 8.

Sobre estas figuras 7 e 8, o caráter desobstruidor do orifício de fixação 13 roscado permite encaixar um instrumento de desunião 18 comportando uma haste rosqueada

19 apto a se aparafusar no orifício de fixação 13. O instrumento de desunião 18 comporta uma extremidade distai

conformada para estar em apoio contra a superfície articular côncava 7 do segmento articular 4 imóvel

definitivo durante o aparafusamento da haste rosqueada 19 no orifício de fixação 13 do segmento de colocação e de orientação 11.

0 fato de aparafusar a haste rosqueada 19 no orifício de fixação 13 (girando em um sentido ou outro em função da configuração das roscas utilizadas) permite afastar o segmento de colocação e de orientação 11 da cúpula de inserção 1 de acordo com a direção axial I-I até sua desunião completa (figura 8) onde a nervura anular 17 do segmento de colocação e de orientação 11 escapou elasticamente para a garganta anular 16.

A extremidade distai 20 do instrumento de desunião 18 é adaptada para estar em apoio contra a superfície articular côncava 7 do segmento articular 4 imóvel

2 0 definitivo sem, no entanto, degradar esta.

Um segundo modo de desunião do segmento de colocação e de orientação 11 é ilustrado sobre a figura 9.

Sobre esta figura 9, o segmento de colocação e de orientação 11 é conformado de forma que permanece um espaço livre S entre o segmento de colocação e de orientação 11 e o fundo da superfície articular côncava 7 do segmento articular 4 imóvel definitivo uma vez o segmento de colocação e de orientação 11 fixado à estrutura periférica de recepção 8 da cúpula de inserção 1. O segmento de

3 0 colocação e de orientação 11 está em contato de maneira estanque de acordo com sua periferia no prolongamento anular curto 9 da cúpula de inserção 1.

0 caráter desobstruidor do orifício de fixação 13 permite colocar em comunicação com o exterior o espaço livre S tratado entre o segmento de colocação e de orientação 11 e o segmento articular 4 imóvel definitivo.

0 orifício de fixação 13 é dimensionado para permitir o encaixe da extremidade de uma condução 21 de condução de líquido sob pressão. A condução 21 permite conduzir um fluido após o

exterior no espaço livre S como ilustrado pela flecha 22. O fluido vai então preencher o espaço livre S, e a pressão de fluido no conduto 21 e o espaço livre S vai provocar um empurrão de eixo I-I sobre o segmento de colocação e de orientação 11 no sentido definido pela flecha 32. Com uma pressão de fluido suficiente e uma superfície de segmento de colocação e de orientação 11 suficiente sobre a qual pode se aplicar esta pressão, rapidamente e facilmente retira-se o segmento de colocação e de orientação 11 da cúpula de inserção 1 fazendo sair a nervura anular 17 fora da garganta anular 16.

Em prática, obteve-se bons resultados para a utilização de uma seringa. O conduto conduzido de fluido 21 pode, portanto ser a extremidade de uma seringa. A utilização de uma seringa se prove particularmente interessante no quadro médico. Trata-se de fato de um objeto médico atual, que pode ser esterilizado e que é facilmente utilizável em um bloco operatório. Em alternativa, o conduto conduzido de fluido 21 pode ser uma 3 0 parte tubular do elemento de impacto. O fluido utilizado para a desunião da cúpula de inserção 1 e do segmento de colocação e de orientação 11 pode ser de água ou de soro fisiológico que são fluidos utilizáveis e muito comuns nos blocos operatórios.

Na prática, obteve-se bons resultados utilizando um

segmento de colocação e de orientação 11 em polietileno. 0 polietileno é de fato um material admissível em bloco operatório, de baixo custo e que pode ser facilmente esterilizado.

Sobre a figura 6, vê-se que o segmento de colocação e

de orientação 11 é fixado sobre a estrutura periférica de recepção 8 da cúpula de inserção 1 com pouco desvio e da face interior receptora 6 do segmento articular 4 imóvel definitivo em cerâmica. Tal desvio permite um encaixe seguro e certo da nervura anular 17 na garganta anular 16 de acordo com toda sua periferia. Além disso, durante o impacto do acetábulo na fossa acetabular da bacia de um paciente, o segmento de colocação e de orientação 11 deformar-se muito ligeiramente sob os esforços de impacto axial do eixo I-I para um desvio ainda mais baixo ou em apoio sobre a face interior receptora 6 do segmento articular 4 imóvel definitivo em cerâmica ou sobre sua borda periférica.

No caso onde o segmento de colocação e de orientação 11 em polietileno está em apoio sobre a face interior receptora 6 do segmento articular 4 imóvel definitivo em cerâmica ou sobre sua borda periférica, o segmento articular 4 imóvel definitivo permite a transmissão dos esforços de impacto e de orientação do acetábulo. 0 segmento articular 4 imóvel definitivo é, além disso, mantido em placa contra a face de recepção côncava 3 da cúpula de inserção 1, o que garante que o segmento articular 4 imóvel definitivo participa na rigidez da cúpula de inserção 1 e impede qualquer deformação desta.

No caso onde persiste, durante o impacto do acetábulo,

um desvio importante entre o segmento de colocação e de orientação 11 e a face interior receptora 6 do segmento articular 4 imóvel definitivo em cerâmica, pode prever, como representado sobre as figuras 4 e 6 a 9, um ajuste cônico 23 entre o segmento articular 4 imóvel definitivo e a cúpula de inserção 1. Estamos assim certo, apesar da presença do desvio e dos choques provocados pelo impacto, que o segmento articular 4 imóvel definitivo participa na rigidez da cúpula de inserção 1 e impede qualquer deformação desta especificamente contra as deformações podendo produzir devido aos esforços radiais, ilustrados pelas flechas 24, induzidos pela matéria óssea da bacia do paciente.

No modo de realização ilustrado sobre a figura 10, o 2 0 segmento de colocação e de orientação 11 compreende uma nervura elástica lia em projeção que está em apoio elástico contra o segmento articular 4 em cerâmica a fim de mantê-lo em placa na cúpula de inserção 1. Na realização ilustrada, a nervura lia está na forma de borda anular, e está em apoio contra a face interior receptora 6. Em alternativa, pode-se prever uma nervura que está em apoio sobre a borda frontal periférica do segmento articular 4 em cerâmica, ou pode-se prever várias nervuras ou outras formas elásticas estando em apoio simultâneo sobre o segmento articular 4. Compreende-se que, contrariamente aos acetábulos com simples mobilidade geralmente conhecidos, a presença do segmento articular 4 imóvel definitivo em cerâmica encaixado na cúpula de inserção 1 proibida a utilização de parafusos de fixação para fixar a cúpula de inserção 1 na fossa acetabular da bacia do paciente passando através dos orifícios atravessando a cúpula de inserção desde de sua face de recepção côncava para sua face exterior de ancoragem 2 convexa.

Neste caso, pode ser útil prever, à vizinhança da borda superior da face exterior de ancoragem 2 convexa da cúpula de inserção 1, um pé de fixação externo 25 ilustrado sobre a figura 2. Este pé de fixação externo 25 comporta um lúmen 29 que atravessa um parafuso (não representado) para colocar no osso da bacia do paciente. Embora alguns modos de fixação do segmento de

colocação e de orientação 11 sobre a cúpula de inserção 1 foram descritos explicitamente, compreenderá-se que qualquer outro modo de fixação alternativo é compreendido no campo de proteção da invenção. Por exemplo, poderá-se 2 0 realizar a fixação do segmento de colocação e de orientação 11 sobre a estrutura periférica de recepção 8 da cúpula de inserção 1 por uma inserção em força do segmento de colocação e de orientação 11.

A cúpula de inserção 1 pode ser metálica, em titânio ou uma liga de aço com cromo e com cobalto. A cúpula de inserção 1 pode igualmente ser em PEEK (poliéterétercetona) ou em qualquer outro material adaptado. A face convexa externa 2 da cúpula de inserção 1 pode vantajosamente ser recoberta de uma camada de hidróxiapatita (HAP). Na prática, obtiveram-se boas capacidades de antiluxação e uma boa resistência à deformação durante o impacto com um segmento articular 4 imóvel definitivo em cerâmica de espessura E' inferior ou igual a 3,5 mm encaixado em uma cúpula de inserção 1 metálica de espessura E inferior ou igual a 4 mm.

A presente invenção não é limitada aos modos de realização que foram explicitamente descritos, mas inclui as diversas alternativas e generalizações contidas no domínio das reivindicações seguintes.

Claims

1. Processo de fabricação de acetábulo protético de quadril, caracterizado pelo fato de compreender as etapas de: a) prever uma cúpula de inserção metálica (1) tendo uma face de recepção côncava (3) e uma estrutura anular de recepção (8); b) prever um segmento articular (4) em cerâmica tendo uma face exterior (5) e uma superfície articular côncava (7) ; c) encaixar a face exterior (5) de segmento articular (4) na face de recepção côncava (3) da cúpula de inserção (1) ; cl) fixar, de forma reversível, à cúpula de inserção (1), um segmento de colocação e de orientação (11), comportando uma estrutura de montagem (12) em que um elemento de impacto (15) possa ser fixado de forma removível; e d) esterilizar o conjunto assim formado em um envelope de proteção microbiana.

2. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a etapa (d) de esterilização é realizada pelo bombardeamento de raios gama.

3. Processo, de acordo com uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o segmento de colocação e de orientação (11) é em polietileno.

4. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2 ou 3, caracterizado pelo fato de que a estrutura de montagem (12) compreende um orifício de fixação (13) roscado praticamente no segmento de colocação e de orientação (11), permitindo o aparafusamento de uma porção rosqueada (14) correspondente ao elemento de impacto (15) .

5. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3 ou 4, caracterizado pelo fato de que o segmento de colocação e de orientação (11) fixado na face anular (10) de recepção da cúpula de inserção (1), está em um suporte sobre uma pequena lacuna (e) da face interior receptora (6) do segmento articular (4) imóvel definitivo em cerâmica.

6. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4 ou 5, caracterizado pelo fato de que o segmento de colocação e de orientação (11) fixado na face anular (10) de recepção, inclui uma ou mais nervuras elásticas (Ila) se projetando em direção ao suporte sobre o segmento articular (4) imóvel definitivo em cerâmica para se manter na cúpula de inserção (1).