PROCESSO PARA O TRATAMENTO TÉRMICO DE COSTURAS DE SOLDA [001] A invenção refere-se a um processo e a um dispositivo para o tratamento térmico indutivo de costuras de solda em uma máquina de soldar com um cabeçote de solda a laser para união de tiras de aço, sendo que é realizado um processo de aquecimento da costura de solda e das regiões de costura de solda contíguas antes e depois da soldagem propriamente dita por meio de indutores lineares.
[002] |
Quando da soldagem e especialmente quando da |
soldagem a raio laser de chapas, uma quantidade de energia muito grande é introduzida, concentrada em uma região muito estreita da zona de junção. Como essas regiões de chapa contíguas a essa região fortemente aquecida têm
temperaturas |
ambiente, em seguida à soldagem ocorre um |
resfriamento |
muito rápido devido à elevada queda de |
temperatura. |
Com isso surgem alterações de textura, que |
podem deteriorar consideravelmente as propriedades mecânicas nessa região. Por um tratamento térmico específico dessa região de costura de solda em questão antes e depois da soldagem propriamente dita, tenta-se influenciar o resfriamento após a operação de soldagem. Objetivo do pré-aquecimento é então evitar fissuras imediatamente após a operação de soldagem e o aumento do teor de energia da região de costura para redução da velocidade de resfriamento. O pós-aquecimento, que tem lugar após a soldagem, serve então para ulterior redução da velocidade de resfriamento.
[003] O tratamento térmico da região de costura de solda pode então ser realizado pro um aquecimento térmico, por exemplo por meio de queimadores a gás ou a plasma ou
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2/11 por um aquecimento indutivo. O tratamento térmico da costura de solda ocorre, usualmente, por uma disposição unilateral dos queimadores ou dos indutores no lado superior ou inferior da tira.
Disso resulta uma distribuição de temperatura irregular condicionada pelo processo e, em consequência disso, um tratamento térmico irregular pela altura da costura de solda. Com curtos tempos de aquecimento e altas potências caloríficas específicas [004] é então ainda mais reforçada essa assimetria.
Para o tratamento térmico requerido pelos motivos acima especificados são conhecidos distintos processos e também dispositivos. Assim é que da DE 10 2004 001 166 A1 é conhecido um processo para soldagem a laser com pré- e/ou pós-aquecimento na região da costura de solda, que é realizado com o raio laser do cabeçote de solda a laser, sendo que o mesmo é conduzido com potência essencialmente igual à requerida para a soldagem e com focagem igual porém maior velocidade de avanço e eventualmente várias vezes pela região de costura a ser tratada. Uma alternativa a esse processo reside em que o raio laser é conduzido com uma desfocagem elevada e eventualmente também mais lentamente pela região de costura a ser tratada.
[005] Na EP 1 285 719 B1, é descrita uma soldagem a laser em um eixo que gira, sendo que para o préaquecimento escalonado é empregado um indutor em forma de segmento de círculo, cujos segmentos estão aplicados ao eixo localmente antes do cabeçote de processamento a raio laser. A realização de ambos os ciclos de pré-aquecimento ocorre com dois indutores diferentes, dispostos fixamente
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3/11 relativamente entre si e relativamente ao ponto de incidência do raio laser, sendo que a densidade de corrente térmico do primeiro indutor é menor e o tempo de atuação térmica e a área de atuação do indutor são maiores do que os correspondentes valores do segundo indutor. O aumento de temperatura se dá, por conseguinte, no primeiro ciclo de pré-aquecimento de modo mais plano do que no segundo ciclo de pré-aquecimento. Ambos os indutores podem ser operados com freqüências distintas, mas também podem ser reunidos corporalmente em um indutor, sendo obtidas distintas concentrações de campo indutor por elementos de reforço de campo magnético, uma outra seção transversal de indutor ou uma mais estreita distância de espira. Com materiais particularmente sensíveis a fissuras pode também ser conectado um ciclo de pós-aquecimento indutivo, sendo que o indutor aí empregado é reunido com os dois indutores dos ciclos de pré-aquecimento para um indutor comum.
[006] Na DE 101 52 685 A1 é proposto um dispositivo, com o qual a costura de solda e as zonas de influência térmica dispostas de ambos os lados da costura de solda podem realizar um tratamento térmico indutivo local de uma peça de trabalho soldada com um ou vários indutores lineares fixamente dispostos ao longo da costura de solda em operação offline ou deslocáveis em operação online. Dentro da esfera de ação dos indutores lineares estão dispostos elementos de blindagem com relação aos indutores lineares de tal maneira que blindam uma parte da região da peça de trabalho ativada em operação pelos indutores lineares do campo magnético alternado produzido pelos indutores lineares.
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4/11 [007] Partindo desse estado atual da técnica exposto, consiste o objetivo da invenção em aperfeiçoar um processo e um dispositivo para o tratamento térmico de costuras de solda do tipo anteriormente mencionado de tal maneira que seja amplamente minimizado o perigo de uma formação de fissura ou de alteração de textura na região da costura de solda quando da soldagem de chapas de aço.
[008] O objetivo proposto é alcançado, em termos de processo, com as características da reivindicação 1, em que o aquecimento da região de costura de solda ocorre por meio de um indutor linear de múltiplos estágios, definidamente ajustável, com zonas de distintas densidades de potência, o qual é executado com uma múltipla divisão de seus comprimentos de alça de condutor e/ou com um distinto chapeamento das alças de condutor e/ou com vários estágios de distância distintos para com a tira de aço.
[009] Um dispositivo para execução desse processo é caracterizado pela reivindicação 9.
[010] O aquecimento em vários estágios é realizado, segundo a invenção, por uma divisão da densidade de potência calorífica total a ser aplicada para o aquecimento pelos estágios de aquecimento individuais, sendo que no primeiro estágio de aquecimento tem lugar um aumento de temperatura maior do que no estágio de aquecimento seguinte. Assim, por exemplo, quando de um aquecimento em dois estágios, a divisão de potência entre o primeiro e o segundo estágios de aquecimento são realizados na proporção 3 : 1. O resultado de uma tal divisão de potência é um aumento de temperatura mais lento no segundo estágio de aquecimento em comparação com o primeiro. Assim,
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5/11 não apenas é obtido um menor gradiente de temperatura entre o lado superior da tira e o lado inferior da tira com relação a um aquecimento em um só estágio, mas também é minimizado o perigo de um superaquecimento de textura com aproximação da temperatura final desejada. Vantajosamente, quando do aquecimento em vários estágios entre distintos estágios de aquecimento também pode ser ajustado um tempo de retenção a uma temperatura especialmente ajustada, que é determinada por medição de temperatura, com subseqüente resfriamento da região de costura de solda previamente aquecida, ao qual se segue então um novo aquecimento. Para a produção dessas zonas de compensação entre as distintas zonas de aquecimento podem ser interrompidas por exemplo distintas alças de condutor.
[011] Os indutores lineares para o pré- e pósaquecimento são executados, segundo a invenção, ativáveis opcionalmente individualmente ou em conjunto, sem que sejam móveis, por exemplo em carros separados, acoplamentos fixos de cabeçote de solda a laser e condutores lineares.
[012] O aquecimento a ser realizado em vários estágios da região de costura de solda seguinte ao cabeçote de solda a laser é amplamente dependente da textura da tira de aço. O cabeçote de solda a laser, portanto, é disposto com uma distância ótima do cabeçote de solda a laser ajustada às exigências do processo e determinada p.ex. por medição da temperatura. Segundo a invenção, contudo, também é possível um movimento do indutor linear independente, controlado pelo cabeçote de solda a laser, para se evitar por exemplo superaquecimentos locais nas regiões de costura de solda, para o que por exemplo é variada de modo
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6/11 oscilante a distância para com o cabeçote de solda a laser.
[013] O aquecimento em vários estágios da região de costura de solda adiante, que é realizado por meio de um indutor linear escalonado, disposto antes do cabeçote de solda a laser, pode ocorrer devido ao aquecimento diretamente seguinte pelo cabeçote de solda a laser com sua velocidade, razão por que, por exemplo, é então possível e eventualmente também conveniente associar fixamente esse indutor linear ao cabeçote de solda a laser ou acoplá-lo diretamente ao cabeçote de solda a laser. Mas também é possível aí, caso isso seja requerido para a adaptação do processo, disposto o indutor linear com variação de distância oscilante antes do cabeçote de solda a laser.
[014] As vantagens alcançáveis com os indutores lineares executados em vários estágios são assim resumidas:
- divisão da densidade de potência e, com isso, controle e redução de um perigo de superaquecimento no final da zona de aquecimento,
- estrutura fixa sem comprimentos de condutor variáveis,
- divisão de alças em proximidade de ação imediata da tira de aço,
- forma de construção compacta.
Outros detalhes da invenção será detalhadamente explicados a seguir em exemplos de execução representados em figuras de desenho esquemáticas.
[015] Mostram:
Fig. 1 - um dispositivo para tratamento térmico da costura de solda,
Fig. 2 - um indutor linear em um estágio segundo o
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7/11 estado atual da técnica,
Fig. 3 - um diagrama temperatura-tempo com aquecimento em um estágio,
Fig. 4 - a divisão de corrente de um indutor linear de dois estágios,
Fig. 5 - um indutor linear em dois estágios com a divisão de corrente da fig. 4,
Fig. 6 - um diagrama temperatura-tempo com aquecimento em dois estágios,
Fig. 7 - um diagrama temperatura-tempo de um pósaquecimento em dois estágios com reaquecimento.
[016] Na figura 1 está representado esquematicamente um dispositivo para a soldagem e para o tratamento térmico da costura de solda 1 (cf. fig. 4) em uma tira de aço 2. Ele consiste em um cabeçote de solda a laser 3 e em um indutor linear 4 disposto antes e um indutor linear 5 disposto depois. O cabeçote de solda a laser 3 e os dois indutores lineares 4, 5 são movidos nesse exemplo de execução para a operação de solda e para o tratamento térmico em direção de movimento ou de solda 9, enquanto que a tira de aço 2 é sujeita de modo fixo. A execução aqui representada é aplicável também para chapas deslocáveis com uma disposição fixa dos indutores lineares 4, 5 e do cabeço de solda a laser 3. O indutor linear 4 adiante do cabeçote de solda a laser 3 aquece a tira de aço em uma região de costura de solda 6 à frente correspondente ao comprimento do indutor linear 4 e, da mesma maneira, a região de costura de solda 7 (atrás) seguinte ao cabeçote de solda a laser 3 é pós-aquecida pelo indutor linear 5 atrás, disposto depois do cabeçote de
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8/11 solda a laser 3.
[017] Os indutores lineares empregados para o tratamento térmico são executados usualmente em um estágio, segundo o estado atual da técnica. De um processo de aquecimento em um estágio, configurado com um indutor linear 8 assim, executado a título de exemplo na figura 2 com apenas uma alça de condutor com comprimento de estágio L contínuo resulta o diagrama temperatura-tempo em princípio, ilustrado na figura 3. Como se pode depreender do diagrama, entre a temperatura To do lado superior da tira e a temperatura Tu do lado inferior da tira há uma maior diferença de temperatura com um máximo no final do tempo de aquecimento tges, pois a diferença de temperatura é diretamente proporcional à densidade de potência calorífica q do indutor linear e ao tempo de aquecimento t. Os desvios da temperatura de processo Tm almejado após o final da zona de aquecimento 15 e o início da zona de resfriamento 17 são parcialmente grandes demais, razão por que há o perigo de um superaquecimento da textura.
[018] Na figura 4 está representado um indutor linear em dois estágios com dois estágios L1 e L2 executados com distinto comprimento. Como o aquecimento para a temperatura de processo Tm almejada no indutor linear 10 de dois estágios (cf. fig. 5) requer a mesma alimentação de energia Q . tges = qh1 . t1 + qh2 . t2 que com o indutor linear 8 de um estágio (com qh1 . t1 para o primeiro estágio de aquecimento e qh2 . t2 para o segundo estágio de aquecimento) e a divisão de corrente Iges para as correntes parciais l1 e l2 é inversamente proporcional aos dois comprimentos de estágio L1 e L2, com correspondente
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9/11 seleção dos comprimentos de estágio pode ser controlada a alimentação de energia em distintos estágios de aquecimento.
[019] A divisão de corrente, a título de exemplo, disso decorrente, nos distintos comprimentos de estágio L1 e L2 do indutor linear 10 de dois estágios está registrada na figura 5. O estágio L1 mais curto com uma densidade de potência l1 maior em comparação com o estágio L2 mais longo se encontra adiante em direção de soldagem 9, isto é, a região de costura de solda a ser tratada é ativada inicialmente com uma densidade de potência maior. Nas figs. 4 e 5 se pode ver ainda de que maneira a divisão de corrente com um indutor linear 10 de dois estágios pode ser concretizada por disposição especial e adução de corrente de ambas as alças de condutor com seus distintos comprimentos de estágios L1 e L2.
[020] O resultado de um processo de aquecimento de dois estágios executado com um indutor linear 10 desse tipo é agora o diagrama temperatura-tempo em princípio, reproduzido na figura 6. O acentuado aumento de temperatura no primeiro estágio de aquecimento 15 leva, de fato, igualmente, a fortes diferenças de temperatura entre as temperaturas de tira To e Tu até o final do primeiro estágio de aquecimento com t1, em seguida no entanto, no segundo estágio de aquecimento 16 tem lugar uma compensação de temperatura pelo período t2, de modo que após decurso desse segundo tratamento térmico com tges os desvios de temperatura do valor médio almejado da temperatura de tira Tm resultam nitidamente menores em comparação com o aquecimento em um estágio.
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10/11 [021] O resultado real de um pós-aquecimento em dois estágios com um reaquecimento está representado na figura 7. O decurso da curva de temperatura começa no diagrama temperatura-tempo aí mostrado com a região de solda 20 imediata a t = 0 com resfriamento 17 decorrendo acentuadamente em seguida. A uma temperatura previamente determinada, aqui cerca de 320 oC, com o acentuado aumento de temperatura começa o primeiro do reaquecimento com uma duração estágio de aquecimento 15 de cerca de 1,7 segundos até uma temperatura de cerca de
520 oC. Imediatamente em seguida ocorre o segundo estágio de aquecimento 16 com aumento agora mais suave de temperatura até um tempo de aquecimento total de cerca de
3,3 segundos e uma temperatura final de cerca de
620 oC. Segue-se um resfriamento definitivo com curva de resfriamento
17' plana pelo reaquecimento. Todavia, há casos em que a zona 16 é uma mera zona de retenção ou até mesmo uma zona com resfriamento retardado. Com um resfriamento retardado, a energia alimentada no sistema não basta para compensar a emissão de calor ao meio ambiente.
LISTA DE REFERÊNCIAS costura de solda tira de aço cabeçote de solda a laser indutor linear para pré-aquecimento indutor linear para pós-aquecimento região de costura de solda adiante região de costura de solda atrás indutor linear em um estágio direção de solda, direção de movimento
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11/11
10 |
indutor linear em dois estágios |
15, |
16 zona de aquecimento |
17, |
17'zona de resfriamento |
20 |
região de solda imediata |
L |
comprimento da alça |
L1, |
L2 comprimento de estágio do condutor linear |
11, |
l2 intensidade de corrente |
T |
temperatura do banho |
To |
temperatura do lado superior da tira |
Tu |
temperatura do lado inferior da tira |
Tm |
temperatura média da tira |
t |
tempo |
t1 |
fim do primeiro estágio de aquecimento |
t2 |
fim do segundo estágio de aquecimento |
tges |
tempo de aquecimento total |
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