BRPI0716816A2 - Painel de cobertura com aresta chanfradas que tem seção transversal variável e aparelho e método de fazer o mesmo - Google Patents

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "PAINEL DE COBERTURA COM ARESTAS CHANFRADAS QUE TEM SEÇÃO TRANSVERSAL VARIÁVEL E APARELHO E MÉTODO DE FAZER O MESMO".

A presente invenção refere-se a um painel para utilização em um

conjunto de painéis ligados um ao outro para formar uma cobertura, que compreende uma superfície superior e uma superfície inferior, cada uma se estendendo dentro de um plano principal diferente, e no mínimo uma aresta entre estas superfícies compreendendo dispositivo de acoplamento para a- copiar o painel a dispositivo de acoplamento de um outro painel, no qual a superfície superior inclui uma parte rebaixada em dita aresta do painel.

A invenção também é relativa a um método de fazer tais painéis.

Tais painéis são conhecidos em diversas modalidades, por exemplo, na forma de painéis de piso laminado. Tais painéis são feitos em uma base de madeira e têm uma camada decorativa, principalmente para imitar painéis naturais feitos de madeira ou outros materiais naturais.

É um objetivo da presente invenção proporcionar um painel que imite ainda melhor um painel natural.

Para alcançar este objetivo a invenção fornece um painel cuja seção transversal da parte rebaixada, perpendicular à aresta do painel, varia ao longo da aresta.

Devido a este aspecto, a parte rebaixada tem uma estrutura não plana ao longo da aresta, o que melhora a aparência natural de um painel. A vantagem é que os painéis de acordo com a invenção proporcionam uma melhor imitação de painéis naturais do que aqueles que têm uma parte re- baixada plana.

A seção transversal da parte rebaixada pode variar ao longo do comprimento da aresta em uma maneira irregular, preferivelmente randômi- ca, por exemplo, um desenho rústico. Isto melhora ainda mais a aparência natural de um painel.

A parte rebaixada pode ter uma aresta extrema que é projetada para ser posicionada contra uma aresta extrema de um painel adjacente, cuja aresta extrema tem uma posição constante dentro de cada seção trans- versal. Como resultado deste aspecto, a aresta extrema de cada um dos painéis em um conjunto de painéis pode ser acoplada uma à outra para for- mar a cobertura, de tal modo que a cobertura é vedada entre painéis adja- centes na aresta extrema. Isto impede vazamento de água, ou similar, entre painéis. Além disto, este aspecto tem a vantagem de evitar a exposição de uma porção da aresta do painel se a aresta extrema de painéis adjacentes tiver posições variáveis em diferentes localizações uma em relação à outra ao longo da aresta.

A superfície superior do painel pode ser dotada de uma decora-

ção de superfície enquanto a parte rebaixada pode ser dotada de um aca- bamento de superfície. Isto proporciona a oportunidade para aplicar o méto- do de produção de fornecer a decoração de superfície para o painel, tal co- mo conhecido na técnica, enquanto a parte rebaixada pode ser acabada em um processo separado.

Alternativamente, a invenção fornece um painel para utilização em um conjunto de painéis ligados um ao outro para formar uma cobertura que compreende uma superfície superior e uma superfície inferior, cada uma se estendendo dentro de um plano principal diferente, e não mínimo uma aresta entre estas superfícies compreendendo dispositivo de acoplamento para acoplar o painel a dispositivos de acoplamento de um outro painel, no qual a superfície superior inclui uma parte rebaixada em dita aresta do pai- nel, a parte rebaixada cruzando o plano principal da superfície superior ao longo de uma primeira linha e cruzando uma aresta extrema do painel que é projetada para ser posicionada contra uma aresta extrema de um painel ad- jacente ao longo de uma segunda linha, no qual a extensão da primeira linha se desvia da extensão da segunda linha. Nesta modalidade a primeira linha entre a superfície superior da parte rebaixada pode ser utilizada para melho- rar a aparência natural de um painel. A invenção também proporciona um método de fazer um painel

para utilização em uma cobertura, que inclui as etapas de:

fornecer um painel que compreende uma superfície superior e uma superfície inferior, cada uma se estendendo dentro de um plano princi- pal diferente, e no mínimo uma aresta entre estas superfícies,

usinar a aresta para formar o dispositivo de acoplamento para acoplar o painel a dispositivos de acoplamento de um outro painel e para fornecer a superfície superior com uma parte rebaixada em dita aresta do painel,

no qual a aresta é usinada de tal modo que a parte rebaixada é dotada de uma seção transversal perpendicular à aresta do painel, que varia ao longo da aresta do painel. Este método pode fornecer painéis que têm as vantagens como

mencionado aqui anteriormente.

A parte rebaixada pode ser dotada de um revestimento tal como uma folha ou pintura, que têm o benefício de proteger o painel contra sujeira, água e similares. Por razões estéticas, ele pode ser de um desenho rústico, por exemplo.

Em um método preferencial a superfície superior do painel é do- tada de um acabamento de superfície antes que o revestimento seja forneci- do sobre a parte rebaixada, no qual a superfície superior acabada é dotada de um antiadesivo antes que a parte rebaixada seja revestida, e qualquer revestimento que seja aplicado sobre o antiadesivo é removido juntamente com o antiadesivo, por exemplo, por meio de escovação. A vantagem destas etapas é que elas simplificam o método de fazer painéis de acordo com a invenção. Uma vez que a seção transversal da parte rebaixada ao longo da aresta varia, a largura da parte rebaixada quando vista em uma direção ao longo da aresta do painel pode variar. Como conseqüência, a largura da fo- lha ou a quantidade de tinta pode variar ao longo da aresta do painel. Devido à aplicação do antiadesivo, a largura da folha ou borrifo de tinta pode ser maior, de maneira localizada do que a largura da parte rebaixada como mencionado acima, uma vez que folha ou pintura excessiva podem ser re- movidas facilmente da superfície superior próximo à parte rebaixada, por exemplo, por meio de escovação. Naturalmente, se nenhum problema é en- contrado com relação à aderência entre o revestimento e a parte rebaixada, outros métodos de fornecer um revestimento sobre a parte rebaixada são concebíveis ao invés de utilizar um antiadesivo.

Preferivelmente a aresta é usinada por meio de uma fresa que é movida em uma direção no sentido de e para longe da aresta durante a fre- sagem da aresta ou a fresagem é realizada por meio de uma fresa rotativa que tem dentes ao redor de sua circunferência que têm uma distância variá- vel desde o centro de rotação da ferramenta. A vantagem de aplicar esta técnica é que ela proporciona a oportunidade de um processo de fabricação rápido para obter a estrutura desejada da parte rebaixada como aqui men- cionado anteriormente, com isto minimizando custos de produção.

A invenção será esclarecida daqui em diante com referência aos desenhos bastante esquemáticos que acompanham.

A figura 1 é uma vista em planta bastante esquemática em pers- pectiva de dois painéis adjacentes de acordo com a invenção. A figura 2 é uma seção transversal em perspectiva em escala

maior ao longo da linha Il-Il na figura 1.

A figura 3a é uma vista lateral bastante esquemática de um pai- nel, que ilustra uma etapa de usinagem alternativa mostrando o painel de cabeça para baixo.

A figura 3b é uma vista em escala menor como mostrado na fi-

gura 2, que ilustra painéis adjacentes que são fabricados de acordo com a etapa de usinagem alternativa como ilustrado na figura 3a.

A figura 3c é uma vista como mostrado na figura 2, que ilustra painéis adjacentes que são fabricados de acordo com ainda outra alternativa da etapa de usinagem.

As figuras 4a-4c são vistas em corte bastante esquemáticas de dois painéis em diferentes etapas de fabricação, que mostram os painéis de cabeça para baixo.

As figuras 5a-5b são vistas em corte bastante esquemáticas de um painel e uma ferramenta de compressão que ilustram o processo de fixar uma folha à parte rebaixada.

A figura 6a é uma vista lateral bastante esquemática de um apa- relho para fornecer e aderir folhas sobre uma parte rebaixada de um painel.

A figura 6b é uma vista que é parcialmente similar à figura 6a, na qual a maneira de comprimir duas porções diferentes de um painel está ilustrada.

A figura 6c é uma vista lateral bastante esquemática de um apa-

relho aproximadamente similar àquele mostrado na figura 6b, mas que inclui uma única cinta.

A figura 6d é uma vista lateral bastante esquemática de um apa- relho aproximadamente similar àquele mostrado na figura 6c, porem incluin- do uma cinta única mais curta, como vista em uma direção de movimento, que ilustra a maneira de comprimir duas porções diferentes de um painel de maneira sincronizada.

A figura 7 é uma vista lateral bastante esquemática de uma mo- dalidade de uma fresa para usinar a aresta de um painel para formar a parte rebaixada.

A figura 8 é uma vista lateral bastante esquemática de uma mo- dalidade alternativa de uma fresa para usinar a aresta de um painel para formar a parte rebaixada.

A figura 1 ilustra dois painéis adjacentes 1 de uma modalidade de painel de acordo com a invenção. Os painéis 1, como mostrado na figura 1, são ligados um ao outro e podem fazer parte de uma cobertura quando uma pluralidade de painéis são ligados um ao outro desta maneira. Geral- mente os painéis serão retangulares, ou quadrados ou alongados ou entre estes. Contudo, outras formas são concebíveis. A figura 2 ilustra uma seção transversal do conjunto dos painéis

1 como mostrado na figura 2 em uma escala maior em mais detalhe. Cada painel 1 compreende uma superfície superior 2 e uma superfície inferior 3. Estas superfícies 2 e 3 se estendem dentro de planos principais diferentes. Na modalidade como mostrado na figura 2, as porções principais da superfí- cie superior 2 e superfície inferior 3 são paralelas uma à outra e espaçadas na direção Y. As superfícies superior e inferior 2, 3 são superfícies substan- cialmente planas. O painel compreende uma aresta 4 entre ambas as super- fícies. A aresta 4 é dotada de dispositivos de acoplamento para acoplar o painel 1 a dispositivos de acoplamento do painel adjacente, tal como mos- trado na figura 2. O dispositivo de acoplamento é bem conhecido na técnica, por exemplo, formado por uma língueta 5 e ranhura 6, e não faz parte da presente invenção. Naturalmente é possível dotar o painel 11 com diversos tipos de dispositivos de acoplamento e dispositivos de travamento para ligar os painéis 1 uns aos outros.

A superfície superior 2 inclui uma parte rebaixada 7 sobre no mínimo uma, porem preferivelmente todas as arestas 4 do painel. A figura 2 mostra que a superfície superior 2 compreende uma porção de superfície substancialmente plana 8 e a parte rebaixada 7. A parte rebaixada 7 é locali- zada abaixo da porção de superfície plana 8 da superfície superior 7 como visto na direção Y.

A superfície superior 2 do painel 1 é dotada de uma decoração de superfície que imita materiais naturais, tal como madeira. Esta decoração de superfície pode incluir um laminado de camadas de papel impregnadas com resina. A parte restante do painel 1 abaixo da superfície superior 2 pode incluir um núcleo que compreende uma ou mais camadas de MDF1 HDF, HTSP, PVC, compostos ou similares, e possivelmente uma camada de equi- líbrio.

De acordo com a invenção, a seção transversal da parte rebai- xada 7, perpendicular à aresta do painel, varia ao longo da aresta 4. Na figu- ra 2 a aresta 4 se estende na direção Z. Pode ser visto que a parte rebaixa- da 7 tem uma estrutura não plana como visto ao longo da aresta 4. Isto pro- porciona uma aparência natural aos painéis 1. A modalidade do painel 1 co- mo mostrado na figura 2 tem uma parte rebaixada 7, da qual a seção trans- versal varia em uma maneira irregular. Preferivelmente ela varia em uma maneira randômica, de modo a proporcionar uma aparência mais natural do painel 1.

Na modalidade como mostrado na figura 2, a parte rebaixada 7

tem uma aresta extrema 9 que é posicionada contra uma aresta extrema 9 do painel adjacente 1. A aresta extrema 9 é reta e, portanto, tem a mesma posição dentro de cada seção transversal, de modo a obter uma vedação apropriada entre painéis adjacentes 1. Pode ser visto na figura 2 que a ares- ta extrema 9 tem uma posição fixa em relação à superfície inferior 3, uma vez que a aresta extrema 9 se estende paralela à superfície inferior 3 e à superfície superior 2, enquanto o restante da parte rebaixada 7 varia em uma maneira randômica.

Na modalidade da figura 2, a parte rebaixada 7 tem uma exten- são inclinada como visto desde a aresta extrema 9 até a superfície superior 2. Isto resulta em uma ranhura em V entre os painéis 1 quando eles são Ii- gados um ao outro. Além disto, uma seção inferior 10 da ranhura em V que é adjacente à aresta extrema 9, tem uma forma plana e uma seção transversal constante ao longo da aresta 4. Uma seção superior 11 da parte rebaixada 7 que é localizada entre a seção inferior 10 e a porção de superfície plana 8 da superfície superior 2, tem uma seção transversal variável ao longo da aresta 4. O ângulo da seção inferior 10 em relação à superfície superior 2 é maior do que o ângulo da seção superior 11 com relação à superfície superior 2, por exemplo. 35-85° e 15-40°, respectivamente, porém, naturalmente, outros ângulos são também possíveis. A largura da parte rebaixada 7 no plano X, Y ao longo da aresta 4 pode variar ao redor de 2 mm, por exemplo, porém ou- tras dimensões são naturalmente concebíveis.

A figura 2 mostra também que a parte rebaixada 7 cruza a su- perfície superior 2 em uma primeira linha 12. A aresta extrema 9 forma uma segunda linha. Pode ser visto que a extensão da primeira linha 12 se desvia daquela da aresta extrema 9 de modo a formar a estrutura não plana dese- jada da parte rebaixada 7.

De acordo com a invenção o painel 1 tal como descrito aqui an- teriormente pode ser feito por meio das seguintes etapas:

usinar a aresta 4 para formar dispositivos de acoplamento 5, 6; dotar a superfície superior 2 com uma parte rebaixada 7 na aresta 4; e usi- nar a aresta 4 de tal modo que a parte rebaixada 7 seja dotada de uma se- ção transversal variável, perpendicular à aresta 4 do painel 1. A estrutura da parte rebaixada 7 na figura 2 pode ser obtida realizando as seguintes eta- pas: usinar primeiro a seção inferior plana 10 passando o painel 1 ao longo de uma fresa que tem uma posição fixa em relação ao painel 1 que passa, e então passar o painel 1 ao longo de uma fresa que é movida em uma dire- ção no sentido de e a partir do painel 1 de modo a formar a seção superior 11.

Uma maneira de movimentar a fresa é movimentando-a de ma- neira retilínea na direção X e /ou Y. Isto pode ser feito movimentando a fer- ramenta por meio de um motor (indução, linear, etc.), de maneira pneumáti- oa, de maneira hidráulica, de maneira mecânica, em uma maneira randômi- ca controlada. Contudo, também é concebível fazer os movimentos por meio de elementos piezelétricos ou atuadores, ou um motor linear em combinação com um magneto que pode ser suportado por um elemento resiliente. Por exemplo, um ou mais elementos piezelétricos podem ser montados entre um suporte de máquina e o motor para movimentar as ferramenta em uma ou mais direções. Se mais do que um elemento piezelétrico é utilizado, estes elementos podem ser utilizados em paralelo ou em série. A figura 2a mostra um arranjo que inclui uma fresa 21 ligada a um motor 24 que é montado em um suporte 25 e 26 que são, cada um, móveis em direções perpendiculares uma à outra. Cada um dos suportes é conectado a um elemento piezelétrico 27, 28, respectivamente, que são montados a uma base fixa. A base fixa para o elemento 27 também pode ser formada pelo suporte 26 de modo a permitir movimentos independentes dos suportes 25 e 26 na direção XeY para criar a forma desejada da parte rebaixada 7 da aresta do painel (neste caso a parte superior 11 dele) quando a fresa 21 e a parte rebaixada 7 são movidas uma ao longo da outra.

A parte rebaixada 7 também pode ser feita em uma única etapa de usinagem. Isto está ilustrado na figura 3a. A parte rebaixada 7 é feita pela fresa 21, que tem uma posição fixa em relação à posição da aresta extrema 9 do painel 1. A fresa 21 pode ser oscilada ao redor da aresta extrema 9 tal como o mostrado pela seta de duas cabeças na figura 3a. Este método de usinagem alternativo resulta em painéis que têm uma parte rebaixada 7 que tem uma estrutura não plana entre a primeira linha 12 e a aresta extrema 9 que tem mantida sua forma original, neste caso uma linha reta. Este método de usinagem resulta em um painel 1 tal como mostrado na figura 3b.

Fazendo referência à figura 3a, também é possível oscilar a fre- sa 21 ao redor de uma linha que se estende paralela à aresta extrema 9 en- tre a aresta extrema 9 e a superfície superior 2. Isto resulta em um painel 1 tal como ilustrado na figura 3c. Neste caso a seção inferior inclinada 10 é usinada por uma etapa de usinagem precedente.

Os elementos piezelétricos também podem ser utilizados para criar o movimento de oscilação da fresa colocando o(s) elemento(s) em uma maneira apropriada com relação à fresa ou motor para atuá-la.

Normalmente a superfície superior 2 de uma grande placa cujos painéis 1 serão serrados mais tarde, é inicialmente dotada de uma decora- ção de superfície 13 antes que os painéis 1 sejam serrados. Depois de usi- nar a aresta 4 para fazer a parte rebaixada 7, a parte rebaixada 7 é preferi- velmente dotada de um acabamento de superfície tal como um revestimento 14 que compreende uma folha 14a ou uma pintura. Isto protege o material do painel 1 contra sujeira e líquidos, ou similares, que poderiam permear para o interior do painel 1. Isto também fornece à parte inferior 7 uma cor ou decoração que é adaptada à decoração da superfície superior do painel. Uma vez que a seção transversal da parte rebaixada 7 do painel

1 ao longo da aresta 4 varia, a quantidade requerida de revestimento 14 ou tinta por unidade de comprimento ao longo da aresta 4 a ser fornecida para a parte rebaixada 7 varia também ao longo da aresta 4. De acordo com a invenção, o acabamento de superfície pode ser fornecido sobre a superfície superior 2 antes que o revestimento 14 seja fornecido sobre a parte rebaixa- da 7, enquanto a superfície superior acabada 2 é dotada de um antiadesivo antes que a parte rebaixada 7 seja revestida. Depois de revestir a parte re- baixada 7 uma parte do revestimento 14 pode ter sido fornecida sobre a su- perfície superior 2 junto à parte rebaixada 7 (a porção de superfície plana 8) que já estava coberta pelo antiadesivo. O revestimento restante 14 sobre a superfície superior 2 pode ser removido facilmente da superfície superior 2 juntamente com o antiadesivo, por exemplo, por meio de escovação. Preferivelmente o antiadesivo é fornecido sobre a superfície su- perior 2 antes de usinar a aresta para formar a parte rebaixada 7, uma vez que neste caso a parte rebaixada 7 é tornada livre de maneira automática de antiadesivo durante a um usinagem, enquanto a porção de superfície plana 8 permanece coberta com o antiadesivo. Estas etapas estão ilustradas na figura 4. A figura 4a mostra que as superfícies superiores 2 de dois painéis 1 são cobertas por antiadesivo junto às arestas antes da usinagem das ares- tas 4 e que formam a parte rebaixada 7 (observar que os painéis são mos- trados de cabeça para baixo na figura 4). O antiadesivo pode ser fornecido sobre a superfície superior 2 utilizando um aparelho de borrifamento 15. A figura 4b ilustra os painéis 1 depois que os dispositivos de acoplamento 5, 6 e a parte rebaixada 7 tenham sido fornecidas. A figura 4c ilustra o processo de fornecer uma folha 14a como um revestimento 14 sobre a parte rebaixa- da 7.

As figuras 5a e 5b ilustram o processo de fornecer uma folha

14a à superfície rebaixada 7 em mais detalhe. A figura 5a ilustra o processo de comprimir a folha 14a sobre o painel 1 por meio de duas ferramentas de compressão separadas 15, uma atrás da outra, como visto na direção ao longo da aresta 4. Cada uma das ferramentas de compressão 15 tem super- fícies de compressão substancialmente planas 16 que podem ser inclinadas uma em relação à outra, de modo a criar uma superfície de compressão 16 que corresponde à forma da parte inferior 7. A figura 5b mostra o processo de comprimir a folha 14a sobre o painel 1 por meio de uma única ferramenta de compressão 15, que tem uma superfície de compressão deformável 16 que se adapta à forma variável da parte rebaixada 7.

A figura 6a é uma vista lateral bastante esquemática de um apa- relho para fornecer uma folha sobre uma parte rebaixada 7 de um painel 1. Uma tira de folha 14a é fornecida a partir do lado esquerdo por meio de um rolete 17 que compreende uma tira de folha 14a. A tira de folha 14a tem uma largura de 8 a 10 mm, por exemplo, porém outras dimensões são concebí- veis. Os painéis 1 são também fornecidos a partir do lado esquerdo (não mostrado) e são transportados da esquerda para a direita na mesma veloci- dade que a velocidade da tira de folha 14a. A figura 6a também mostra que o aparelho compreende cintas de compressão 18 e roletes de compressão 19 que comprimem a cinta 18 contra a folha 14a sobre a parte rebaixada 7 do painel 1. O aparelho também compreende elementos de aquecimento 20 para suportar um processo de adesão da tira de folha 14a ao painel 1. Os elementos de aquecimento 20 são capazes de manter a temperatura da fo- lha em um nível constante durante o processo de adesão. Além disto, a figu- ra 6a mostra duas cintas para o caso em que a parte rebaixada 7 é dotada de uma seção inferior 10 e uma seção superior 11, cada uma tendo diferen- tes ângulos em relação à superfície superior 2, tal como ilustrado na figura 5a. Uma cinta 18 pode ser aplicada para comprimir a folha à seção inferior e a outra cinta 18 pode ser aplicada para comprimir a folha 14a à seção superior 11. Isto está ilustrado na figura 6b. Alternativamente, o aparelho pode ser dotado de apenas uma cinta sem fim deformável 18 e roletes de compressão 19 nos quais eixos de rotação dos roletes de compressão 19 podem ser inclinados um em relação ao outro de tal modo que a cinta 18 é comprimida sobre uma parte rebaixada 7, da qual a seção inferior 10 e a seção superior 11 têm ângulos diferentes em relação à superfície superior 2, tal como mostrado na figura 5b. Tal aparelho está ilustrado na figura 6c. Neste aparelho a orientação de uma porção da cinta 18 que comprime sobre a folha 14a é mudada ao longo de sua direção de movimento entre o conjun- to esquerdo de rodas e o conjunto direito de rodas na figura 6c.

Uma outra modalidade alternativa do aparelho compreende uma cinta de compressão 18 que é capaz de comprimir a folha de maneira sin- cronizada sobre a seção inferior 10 e a seção superior 11 que tem diferentes ângulos em relação à superfície superior 2, tal como mostrado na figura 6b. Neste caso a cinta de compressão 18 é feita de um material mais flexível.

De acordo com a invenção, a estrutura não plana da parte re- baixada 7 é feita usinando a aresta 4 com uma fresa 21, que pode ser movi- da em uma direção no sentido de e para longe da aresta 4 e ao longo da aresta 4 ao mesmo tempo. Este método resulta em uma estrutura da parte rebaixada 7 tal como mostrado na figura 2. Um método alternativo foi expli- cado acima com referência à figura 3a. Também é possível aplicar uma fresa rotativa 21 tal como mostrado na figura 7. Esta modalidade da fresa 21 é dotada de dentes 22 ao redor de sua circunferência, que têm uma distância variável d em relação a um centro de rotação 23 da fresa 21. Isto proporcio- na a possibilidade de variar a quantidade de material que é cortado pela fre- sa mudando a posição de rotação da fresa 21 durante a passagem de um painel 1 ao longo da fresa 21 enquanto o centro de rotação permanece na mesma localização.

Outra modalidade alternativa de uma fresa 29 está mostrada de maneira muito esquemática na figura 8. A modalidade é dotada de um motor elétrico linear 30, um magneto 31, uma mola de lâmina 32, um primeiro su- porte 33 para suportar o magneto 31 por meio de molas de lâmina 32 e um segundo suporte 34. O magneto 31 é fixado ao segundo suporte 34. O motor linear 30 tem uma localização fixada, por exemplo, a uma estrutura (não mostrado). A modalidade 29 é ainda dotada de uma ferramenta 35 tal como uma fresa que é fixada a um eixo 36. O eixo é acionado por um motor de acionamento 37, neste caso por meio de um elemento de acoplamento 38. O eixo 36 é acoplado de maneira rotativa ao suporte 34 por meio de elementos de apoio 39.

Quando o motor linear 30 é ativado o magneto 31 é movido em

relação ao motor 30. Parece que uma vibração rápida na direção ao longo do eixo de acionamento 36 da ferramenta 35 pode ser conseguida. A vibra- ção é suportada pelas molas de lamina 32. Por meio do segundo suporte 34 a vibração é transferida para a ferramenta 35. Devido ao elemento de aco- plamento, o eixo 10 pode vibrar enquanto o motor de acionamento 37 tem uma posição fixa. A modalidade não está limitada à aplicação de molas de lamina 32, porém pode ser dotada de elementos resilientes equivalentes. Também é concebível que o magneto 31 seja fixado a uma estrutura do apa- relho e o motor seja fixado ao segundo suporte 34. A modalidade 29 parece ser um aparelho relativamente simples para fazer uma parte rebaixada 7 na aresta de um painel 1, cuja seção transversal varia ao longo da aresta, em uma maneira apropriada. Preferivelmente a parte rebaixada é fresada em duas ou mais etapas de fabricação, por exemplo, a 40 e 22,5° em relação à superfície su- perior para assegurar que qualquer abertura entre dois painéis seja minimi- zada. Isto reduz o risco de penetração de água ou similar entre os painéis.

Do que precede será claro que a invenção proporciona um pai-

nel que apresenta uma imitação muito boa de um painel feito de materiais naturais. Além disto, a invenção proporciona um método apropriado para fazer tal painel.

A invenção não está restrita às modalidades descritas acima, as quais podem ser variadas em inúmeras maneiras dentro do escopo das rei- vindicações. Por exemplo, a primeira linha do painel pode ser paralela à a- resta extrema, enquanto uma porção da parte rebaixada entre a primeira linha e a aresta extrema é dotada de uma estrutura não plana. Normalmente, todas as etapas de fresagem sobre uma aresta dos painéis serão realizadas em uma operação com diversas fresas, porém seria possível seguir um outro procedimento. Também é concebível obter a forma irregular da parte rebai- xada movimentando o painel para e a partir da fresa ao invés da outra ma- neira.

Claims (15)

1. Painel (1) para utilização em um conjunto de painéis (1) liga- dos um ao outro para formar uma cobertura, que compreende uma superfí- cie superior (2) e uma superfície inferior (3), cada uma se estendendo dentro de um plano principal diferente e, no mínimo, uma aresta (4) entre estas su- perfícies compreendendo dispositivo de acoplamento (5, 6) para acoplar o painel (1) aos dispositivos de acoplamento (5, 6) de um outro painel (1), no qual a superfície superior (2) inclui uma parte abaixada (7) em dita aresta (4) do painel (1), a seção transversal da parte abaixada (7) perpendicular à aresta (4) do painel (1) varia ao longo da aresta (4).

2. Painel (1) de acordo com a reivindicação (1), no qual a seção transversal da parte abaixada (7) varia ao longo do comprimento da aresta (4) em uma maneira irregular, preferivelmente randômica.

3. Painel (1) de acordo com a reivindicação 1 ou 2, no qual a parte abaixada (7) tem uma aresta extrema (9) que é projetada para ser po- sicionada contra uma aresta extrema (9) de um painel (1) adjacente, dita aresta extrema (9) em uma posição constante dentro de cada seção trans- versal.

4. Painel (1) de acordo com uma das reivindicações preceden- tes, no qual a parte abaixada (7) tem uma extensão inclinada para formar uma ranhura em V entre os painéis (1).

5. Painel (1) de acordo com a reivindicação 4, no qual uma ra- nhura em V em uma seção inferior (10) que tem uma forma regular e uma seção transversal constante ao longo do comprimento da aresta (4) e uma seção superior (11) que tem uma seção transversal variável e no qual, prefe- rivelmente, o ângulo da seção inferior (10) com relação à superfície superior (2) é maior do que o ângulo da seção superior (11) com relação à superfície superior (2).

6. Painel (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, no qual a superfície superior (2) do painel (1) é dotada de uma decoração de superfície (13) enquanto a parte abaixada (7) é dotada de um acabamento de superfície (14).

7. Painel (1) para utilização em um conjunto de painéis (1) liga- dos um ao outro para formar uma cobertura, que compreende uma superfí- cie superior (2) e uma superfície inferior (3), cada uma se estendendo dentro de um plano principal diferente, no mínimo uma aresta (4) entre estas super- fícies compreendendo dispositivos de acoplamento (5, 6) para acoplar o pai- nel (1) ao dispositivo de acoplamento (5, 6) de um outro painel (1), no qual a superfície superior (2) inclui uma parte abaixada (7) em dita aresta do painel (1), a parte abaixada (7) cruzando o plano principal da superfície superior (2) ao longo de uma primeira linha (12) e cruzando uma aresta extrema (9) do painel (1) que é projetada para ser posicionada contra uma aresta extrema (9) de um painel (1) adjacente ao longo de uma segunda linha (9), caracteri- zado pelo fato de a extensão da primeira linha (12) se desviar da extensão da segunda linha (9).

8. Método de fazer um painel (1) para utilização em uma cober- tura, que inclui as etapas de: fornecer um painel (1) que compreende uma superfície superior (2) e uma superfície inferior (3), cada uma se estendendo dentro de um pla- no principal diferente, e no mínimo uma aresta (4) entre estas superfícies (2,3), usinar a aresta (4) para formar o dispositivo de acoplamento (5, 6) para acoplar o painel (1) a dispositivos de acoplamento (5, 6) de um outro painel (1) e para dotar a superfície superior (2) de uma parte abaixada (7) em dita aresta (4) do painel (1), caracterizado pelo fato de a aresta (4) ser usinada de tal modo que a parte abaixada (7) é dotada de uma seção transversal perpendicular à aresta (4) do painel (1) que varia ao longo da aresta 4 do painel (1).

9. Método de acordo com a reivindicação 8, no qual a parte a- baixada (7) é dotada de um revestimento (14) tal como uma folha (14a) ou tinta.

10. Método de acordo com a reivindicação 9, no qual a superfí- cie superior (2) do painel (1) é dotada de um acabamento de superfície (13) antes que o revestimento (14) seja fornecido sobre a parte abaixada (7), a superfície superior acabada (2) sendo dotada de um a antiadesivo antes que a parte abaixada (7) seja revestida, e qualquer revestimento (14) que seja aplicado sobre o antiadesivo seja removido juntamente com o antiadesivo, por exemplo, por meio de escovação.

11. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 8 a 10, no qual a aresta (4) é usinada por meio de uma fresa (21) que ou é mo- vida em uma direção no sentido e para longe da aresta (4) durante a fresa- gem da aresta (4), ou a fresagem é efetuada por meio de uma fresa rotativa (21) que tem dentes (22) ao redor da sua circunferência que tem uma dis- tância variável (d) a partir do centro de rotação (23) da ferramenta.

12. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 8 a 11, no qual a parte abaixada (7) é formada primeiro usinando uma seção inferior (10) da parte abaixada (7) de tal modo que esta seção inferior (10) tem uma seção transversal constante ao longo do comprimento da aresta (4), e então formando uma seção superior (11) que tem uma seção transver- sal variável ao longo do comprimento da aresta (4).

13. Método de acordo com a reivindicação 11 ou 12, no qual no mínimo um elemento piezelétrico é utilizado para criar um movimento da fre- sa no sentido de e para longe da aresta, seja girando ou translacionando a fresa em relação à aresta.

14. Aparelho para fresar uma aresta de um painel (1) para for- mar uma parte abaixada (7) da superfície superior (8) do painel, que com- preende uma fresa (21) e um grampo para sustentar o painel, no qual a fresa e o painel são móveis de maneira relativa um ao outro para mover a ferra- menta ao longo da aresta do painel, a fresa sendo montada em um suporte (25, 26) que é dotado de um dispositivo (27, 28) para mover a ferramenta para e a partir da aresta do painel, dito dispositivo incluindo, preferivelmente, no mínimo um elemento ou atuador piezelétrico.

15. Aparelho para fresar uma aresta de um painel (1) para for- mar uma parte abaixada (7) da superfície superior (8) do painel, que com- preende uma estrutura, uma fresa (25) e uma guia para guiar o painel ao longo da fresa, no qual a fresa e o painel são móveis um em relação ao ou- tro para mover a ferramenta ao longo da aresta do painel, a fresa sendo montada em um segundo suporte (34) que é dotado de um dispositivo (30 -34) para mover a ferramenta para e a partir da aresta do painel, dito disposi- tivo incluindo um motor linear e um magneto associado com o motor linear, no qual o segundo suporte (34) é acoplado de maneira resiliente à estrutura do aparelho.