BRPI0621808A2 - vestuário absorvente dotado de cinto - Google Patents

Abstract

VESTUáRIO ABSORVENTE DOTADO DE CINTO. Vestuário absorvente, como uma fralda e um protetor de incontinência, dito vestuário compreendendo um primeiro painel de corpo (16), um segundo painel de corpo (17) e uma porção de gancho (13) entre estes. O vestuário é provido de elementos de cinto (17) opostos se estendendo lateralmente presos à parte de cintura do primeiro painel de corpo (11) e são adaptadas a ser envoltos em volta da cintura do usuário do vestuário e mantidos juntos por meio de primeiros meios de fixação (18). O segundo painel de corpo (12), na sua porção de cintura é fornecido com segundos meios de fixação (19) adaptados para serem fixados aos elementos de cinto (17), de tal forma que a vestuário vai assumir uma forma similar a calça. Os elementos de cinto (17) são interligados por uma faixa de cintura (20) que se estende em direção transversal (x) ao longo da porção de cintura (11a) do primeiro painel de corpo (11). Pelo menos um dos elementos de cinto (17) compreende uma região elástica (17a) situada na extremidade proximal do dito elemento de cinto adjacente à dita faixa de cintura (20).

Description

"VESTUÁRIO ABSORVENTE DOTADO DE CINTO"

Campo da técnica

A presente invenção se refere a um absorvente, tal como uma fralda calça e uiri protetor de incontinência fornecido com um cinto, como parte dos meios de fixação necessários para prender a peça de vestuário em volta da cintura do usuário.

Antecedentes da invenção

Os chamados vestuários absorventes de cinto compreendem um painel de corpo dianteiro adaptado para ser aplicado sobre o estômago do usuário, um painel de corpo traseiro adaptado para ser aplicado sobre a parte de trás do usuário e uma porção de gancho adaptada para se estender ao longo da virilha do usuário entre as pernas. 0 vestuário inclui ainda um par de elementos de cinto opostos se estendendo lateralmente normalmente ligados ao painel traseiro na parte de cintura deste. Estas porções de cinto são adaptadas para serem envoltas em volta da cintura do usuário do vestuário e mantidas juntas por meio de primeiros meios de fixação, tais como uma fita adesiva ou meios mecânicos de fixação, por exemplo, um fecho de gancho-e-laço. O painel dianteiro é, então, passado entre as pernas do usuário e fechado na parte exterior dos elementos de cinto por meio de segundos meios de fixação fornecidos na parte de cintura do painel dianteiro. 0 vestuário, então, assume uma forma semelhante à calça. Alternativamente, as porções de cinto são dispostas no painel dianteiro e os segundos meios de fixação na parte traseira do painel. Uma vez que muitas vezes os painéis dianteiro e traseiro são mais ou menos idênticos quanto à forma e dimensões, o usuário ou cuidador pode aplicar o artigo de acordo com as preferências individuais, a fim de que o painel dianteiro possa ser utilizado como painel traseiro e vice-versa.

O cinto prevê possibilidades aperfeiçoadas para ajustar a adaptação do vestuário absorvente. Ele também simplifica a troca do vestuário, especialmente quando o usuário está de pé.

Exemplos de vestuário absorvente dotado de cinto são encontrados, por exemplo, em EP-A-287 388, EP-A-409 307, EP-A-605 012 e FR-A-2 586 558.

É conhecido também fazer parte do cinto elástico, a fim de melhorar ainda mais o conforto e o ajuste. O documento JP-B-3471999 divulga uma fralda de cinto onde as porções de cinto são fixadas às bordas laterais do painel traseiro e têm uma parte extensível nas respectivas bases de extremidade, o que permite que as porções de cinto sejam estendidas ao longo da direção de comprimento. O painel traseiro da fralda é fornecido com uma porção elástica (elásticos de cintura).

O documento EP-A-I 110 529 divulga uma fralda de cinto onde os elementos de cinto são interligados por uma faixa de cintura que está ligada por adesivo no lado exterior do painel traseiro da fralda. Uma porção próxima da extremidade distai dos elementos de cinto pode ser elástica.

Objetivos e características mais importantes da invenção

A presente invenção visa fornecer um vestuário absorvente dotado de cinto tendo melhor conforto e adaptação e que pode ser feito com uma boa eficiência de custo no processo de fabricação. Isto é realizado, de acordo com a presente invenção, por um vestuário com elementos de cinto sendo interligados por uma faixa de cintura que se estende em direção transversal ao longo da parte de cintura do primeiro painel de corpo, onde pelo menos um dos elementos de cinto compreende uma região elástica localizada na extremidade proximal do dito elemento de cinto adjacente à dita faixa de cintura.

Em uma concretização a região elástica se estende ao longo de não mais do que 50% do comprimento de cada elemento de cinto, de preferência ao longo de não mais do que 40% e mais preferivelmente ao longo de não mais do que 30% do comprimento de cada elemento cinto.

Em um outro aspecto, a região elástica se estende ao longo de um comprimento de pelo menos 1 cm, de preferência, pelo menos, 2 cm, de cada elemento de cinto que se estende lateralmente.

O elemento elástico pode incluir um laminado elástico ou uma película elástica. Como alternativa ele pode compreender um ou mais fios ou tiras elásticas contractilmente afixadas entre materiais de manta.

Em uma concretização, o elemento elástico se estende ao longo e está afixado em uma relação face-a-face com a porção de cintura do primeiro painel de corpo, quer em seu lado voltado para o vestuário ou em seu lado voltado para o usuário ou entre camadas de material contido no primeiro corpo painel.

Em iima concretização alternativa, o elemento elástico é afixado a uma borda distai da porção de cintura do primeiro painel de corpo, de modo a formar uma extensão longitudinal da referida porção de cintura. Em um aspecto da invenção, o primeiro e segundo meios de fixação incluem elementos de gancho e pelo menos uma parte da superfície exterior dos elementos de cinto voltada para longe do corpo do usuário é de um material adaptado para funcionar como um material de laço que coopera com os dito elementos de gancho.

Em uma concretização da invenção, a região elástica do respectivo elemento de cinto é fornecida com uma cor, modelo ou marca contrastante, de forma a poder ser distinguida do restante do elemento de cinto, ou, alternativamente, dito restante do cinto é fornecido com um elemento de cor, modelo ou marca contrastante, de forma a ser distinguível da dita região elástica.

Breve descrição dos desenhos A invenção será descrita a seguir mais detalhadamente com referência a uma concretização mostrada nos desenhos anexos.

A Figura 1 mostra uma vista plana de uma fralda de cinto vista do lado voltado para o usuário, de acordo com uma concretização da invenção.

A figura 2 é uma vista plana de parte da fralda de cinto da Figura 1, como vista a partir do lado voltado para o vestuário.

A Figura 3 é uma vista plana de parte de uma fralda de cinto modificada de acordo com uma concretização como pode ser vista do lado voltado para o vestuário.

A Figura 4 é uma vista plana de parte de uma fralda de cinto, de acordo com uma nova concretização como pode ser visto a partir do lado voltado para o vestuário.

As figuras 5 e 6 ilustram como uma fralda de cinto é colocada em um usuário.

Descrição das concretizações preferidas

A Figura 1 dos desenhos mostra uma concretização de um vestuário absorvente em forma de uma fralda ou protetor de incontinência (10) compreendendo um primeiro painel de corpo (11), o qual, na concretização indicada nos desenhos, é a parte do vestuário que em uso tem por objetivo se estender sobre as costas e a área de quadril traseira do usuário. O vestuário também inclui um segundo painel de corpo (12) , que na concretização mostrada é a parte da calça fralda que no uso se destina a estender ao longo do estômago e da área de quadril dianteira do usuário. Cada um dos ditos primeiro e segundo painéis de corpo (11) e (12) tem uma porção cintura (Ila) e (12a) respectivamente.

Entende-se que, em outras concretizações, o primeiro painel de corpo (11) pode ser o painel de corpo dianteiro e o segundo painel de corpo (12) pode ser o painel de corpo traseiro. A porção de gancho (13) do vestuário (10) é a parte do vestuário que em uso tem por objetivo se estender através da área de gancho do usuário, entre as pernas. Um núcleo absorvente (14) é disposto na porção de gancho (13) e se estende para o primeiro e segundo painéis de corpo (11) e (12) . O núcleo absorvente (14) é disposto entre uma folha de cobertura interior (15) e uma folha de cobertura exterior (16). O vestuário tem uma direção longitudinal (y) e uma direção transversal (x).

O termo "folha de cobertura interior" refere-se à folha de material permeável a líquido formando a cobertura interior do vestuário absorvente que em uso é colocada em contato direto com a pele do usuário. A folha de cobertura interior pode compreender um material não-tecido, por exemplo, de fiação contínua, de via sopro, cardado, hidroentrelaçado, de via úmida, etc.. Materiais não-tecidos adequados podem ser compostos por fibras naturais, como polpa de madeira ou fibras de algodão, fibras sintéticas, como poliéster, polietileno, polipropileno, viscose, rayon, etc., ou uma mistura de fibras naturais e sintéticas. 0 material da folha de cobertura interior pode ainda ser composto de fibras de es topa, que podem ser ligadas umas às outras em um padrão de ligação, como divulgado, por exemplo: em EP-A-I 035 818. Outros exemplos de materiais da folha de cobertura interior são espumas porosas, películas plásticas perfuradas, etc.. Os materiais adequados como material para folha de cobertura interior deverão ser suaves e não irritantes para a pele e devem ser facilmente penetrados por fluidos corporais, como por exemplo, urina ou fluido menstrual. A folha de cobertura interior pode ainda ser diferente em diferentes partes do vestuário absorvente.

A "folha de cobertura exterior" refere-se ao material que forma a cobertura exterior do vestuário absorvente. A folha de cobertura exterior pode ser igual ou diferente em diferentes partes do vestuário absorvente. Pelo menos na área do núcleo absorvente a folha de cobertura externa compreende um material impermeável a líquido, vima fina película de plástico, por exemplo, uma película de polietileno ou de polipropileno, um material não-tecido revestido com um material impermeável a líquido, um material hidrófobo não-tecido, que resista à penetração de líquido, ou um laminado de uma película plástica e um material não tecido. 0 material da folha de cobertura exterior pode ser respirante, de forma a permitir a saída do vapor a partir do núcleo absorvente, enquanto ainda está impedindo a passagem de líquidos através dele. Exemplos de materiais de folha de cobertura exterior respirantes são películas poliméricas porosas, laminados não-tecidos de camadas de fiação contínua e de via sopro e laminados de películas poliméricas e materiais não-tecidos.

Preferencialmente, a folha de cobertura exterior compreende um material não-tecido pelo menos na superfície voltada para a roupa de baixo.

O "núcleo absorvente" é a estrutura absorvente disposta entre as duas folhas de cobertura do vestuário absorvente pelo menos na região de gancho do mesmo. 0 núcleo absorvente pode ser de qualquer tipo convencional. Exemplos de materiais absorventes que freqüentemente ocorrem são polpa de felpa de celulose, camadas de papel tissue, polímeros altamente absorventes (os chamados superabsorventes) , materiais de espuma absorvente, materiais não-tecidos absorventes ou similares. É comum combinar polímeros superabsorventes com a polpa de felpa de celulose em um núcleo absorvente. Polímeros superabsorventes são materiais orgânicos ou inorgânicos que incham com água, são insolúveis em água e capazes de absorver, pelo menos, cerca de 20 vezes seu próprio peso de uma solução aquosa contendo 0,9 por cento em peso de, cloreto de sódio. Materiais orgânicos utilizados, como materiais superabsorventes podem incluir materiais naturais, como polissacarídeos, polipeptídeos e similares, bem como materiais sintéticos, como polímeros sintéticos de hidrogel. Tais polímeros hidrogéis incluem, por exemplo, ácidos poliacrílicos de sais alcalinos de metais, poliacrilamidas, álcool polivinílico, poliacrilatos, poliacrilamidas, polivinil piridinas, e similares. Outros polímeros adequados incluem amido hidrolisado enxertado com acrilonitrilo, amido enxertado com ácido acrílico e copolímeros anidrido maléicos de isobutileno e suas misturas. Os polímeros de hidrogel são preferencialmente levemente reticulados para tornar o material substancialmente insolúvel em água. Materiais

superabsorventes preferidos são mais reticulados na superfície de modo que a superfície externa ou escudo das partículas, fibras, flocos, esfera, etc., superabsorventes possua uma densidade mais elevada de reticulação do que a porção interna do superabsorvente. Os materiais superabsorventes podem estar em qualquer forma que seja adequada para uso em compósitos absorventes, incluindo partículas, fibras, flocos, esferas, e similares.

Uma alta capacidade de armazenamento de líquidos é oferecida através da utilização de elevadas quantidades de material superabsorvente. Para um núcleo absorvente compreendendo uma matriz de fibras hidrofílicas, tais como fibras celulósicas, e material superabsorvente, a proporção de material superabsorvente está preferencialmente entre 10 e 90%, em peso, mais preferivelmente entre 30 e 70% em peso.

É convencional que um vestuário absorvente tenha núcleos absorventes compreendendo camadas de diferentes propriedades com relação à capacidade de receber líquido, capacidade de armazenamento de líquido e capacidade de distribuição de líquido. Os corpos absorventes finos, que são comuns em, por exemplo, fraldas para bebês e protetores para incontinência, muitas vezes incluem uma estrutura comprimida, misturada ou em camadas de polpa de felpa de celulose e polímeros superabsorventes. 0 tamanho e a capacidade de absorção do núcleo absorvente podem ser variados para sua adequação às diferentes utilizações, como para bebês ou para pessoas adultas incontinentes.

O núcleo absorvente pode ainda incluir uma camada de . aquisição/distribuição colocada em cima do corpo absorvente principal, que se adapta rapidamente a receber e armazenar temporariamente liquido excretado antes de ser absorvido pelo núcleo absorvente principal. Essas camadas de aquisição/distribuição são bem conhecidas na arte e podem ser compostas de enchimentos fibrosos porosos ou materiais de espuma.

Um par de elementos de cinto (17) é afixado na porção de cintura do primeiro painel de corpo (11) e é destinado a ser envolto em volta da cintura do usuário do vestuário e mantido unido por meio do primeiro meio de fixação (18), por exemplo, um fecho mecânico, especialmente um gancho de um meio de fixação de gancho-e-laço. A superfície externa do elemento de cinto oposto, especialmente se este compreende um não-tecido fibroso, pode funcionar como iam elemento de laço. Outros exemplos de peças mecânicas são botões e furos ou laçadas de botão, fechos de pressão e afins. Os botões podem ser fixados ao cinto ou ao vestuário.

Um "fecho de gancho e laço" refere-se a meio de fixação complementar tendo uma porção de "gancho" e uma porção de "laço" e que são reconectáveis. 0 termo "gancho", conforme usado neste documento, refere-se a qualquer elemento capaz de acoplar um outro elemento, a chamada porção de "laço". 0 termo "gancho" não se limita apenas ao "gancho" no seu sentido normal, mas engloba toda e qualquer forma de elementos de acoplamento, se unidirecional ou bidirecional. O termo "laço" também não é limitado aos "laços" em seu sentido normal, mas também engloba qualquer estrutura capaz de acoplar com um fecho de "gancho".

Exemplos de materiais de "laço" são estruturas fibrosas, tais como materiais não-tecidos. Prendedores de gancho e laço estão disponíveis, por exemplo, da Velcro®, EUA.

Alternativamente, o primeiro meio de fecho (18) é um meio de fixação adesivo, tal como uma fita adesiva, onde a superfície externa do elemento de cinto oposto (17) pode ser de um material ao qual a fita possa aderir.

Os segundos meios de fixação (19) são previstos nas extremidades laterais da porção de cintura (12a) do painel dianteiro (12), conforme ilustrado na Figura 1. Estes segundos meios de fixação (19) são fechos mecânicos, tais como fechos de gancho, botão e buracos ou laços de botão, ou fixadores de fita adesiva e estão destinados a serem fixados à superfície exterior dos elementos de cinto (17).

A largura dos elementos de cintura (17) deverá ser de 5 a 20 cm, de preferência de 7 a 15 cm.

Os elementos de cinto (17) são feitos, preferivelmente, a partir de um laminado de um material de suporte, que forma a superfície externa do cinto, e um não- tecido macio, que forma a parte interna do cinto que se pretende que esteja em contato direto com a pele do usuário.

Um material não-tecido adequado pode ser um material de fiação contínua, por exemplo, fibras de polipropileno ou polietileno. Fibras conjugadas podem também ser utilizadas. Outro material não-tecido adequado é formado a partir de um material cardado termoligado, por exemplo, fibras de polipropileno, poliéster ou conjugadas.

A superfície externa dos elementos de cinto, por exemplo, o material de suporte, deverá ser adaptado para funcionar como uma superfície para a recepção do meio de fecho (18). No caso em que o meio de fecho é um gancho, pode ser utilizado um material não-tecido como um material de suporte. No caso do meio de fixação (18) ser uma fita adesiva, uma película plástica é adequada como material de suporte.

Cada elemento de cinto (17) compreende, na sua extremidade proximal adjacente ao primeiro painel de corpo (11) , uma região elástica (17a.) . Dita região elástica (17a) pode estar na forma de um material de manta elástico, como uma película elástica, um não-tecido elástico, um laminado elástico ou similar. 0 laminado elástico pode ser um laminado entre duas ou mais camadas não-tecidas, duas ou mais camadas de película ou uma combinação de camadas de película e não-tecido.

Exemplos de camadas elásticas adequadas para formar ditas regiões elásticas (17a) são quaisquer laminados elásticos conhecidos na arte. Um grupo de laminados elásticos são os chamados laminados "ligados-esticados", no qual a camada elástica é esticada em pelo menos em uma direção antes da laminação com uma ou mais camadas inelásticas. Depois que a tensão é removida da camada elástica, esta pode retrair livremente a seu estado não tensionado, e as camada (s) não elásticas laminadas a ela tornam-se enrugadas, formando um enrugamento tridimensional.

Outro grupo de laminados elásticos são os chamados laminados "ligados adelgaçados", que se referem a laminados em que um material elástico está ligado a um material não- elástico, enquanto o elemento não-elástico é estirado em condições que reduzem a sua largura ou gargalo. "Laminado ligado adelgaçados" se refere a um material composto de pelo menos duas camadas em que uma camada é um gargalo, a camada não-elástica e o outro é uma camada elástica. As camadas são unidas enquanto a camada não-elástica está em uma condição estirada.

Um outro grupo de laminados elásticos é divulgado, por exemplo, em W0/047488, onde camadas não-tecidas inelásticas são laminadas a uma camada de película elástica e o laminado é estirado além do ponto de ruptura do material não-tecido a fim de que as camadas inelásticas se rompam.

Exemplos de elásticos laminados são descritos no EP-B-646 062, WO 98/29251, WO 03/000165 e US 5 226 992. Exemplos de laminados elásticos disponíveis comercialmente são Fabriflex 306 de Tredegar e PK 6358 de Nordenia

As regiões elásticas (17a) devem ter uma elasticidade de no mínimo 30%, medida em teste de elasticidade, como descrito abaixo.

Alternativamente, as regiões elásticas (17a) compreendem um ou mais fios ou tiras elásticas contractilmente afixadas entre camadas do material de manta.

Em uma concretização alternativa apenas um elemento de cinto (17) é fornecido com uma região elástica (17a) .

É preferível que a região elástica (17a) não se estenda por mais do que 50% do comprimento de cada elemento de cinto, de preferência não mais do que 40% e mais pref erivelmente ao longo de não mais do que 3 0% do comprimento de cada elemento de cinto (17). Isto porque, desde que a eficácia do meio de fecho (18) e (19) é reduzida se este for ligado a uma região elástica, uma vez que a região elástica pode se expandir e/ou contrair e, assim, enfraquecer a ligação entre os meios de fixação e a região elástica. É preferível que a maior porção ativa da respectiva região elástica (17a) se estenda ao longo de um comprimento (a) de pelo menos 1 cm, de preferência, pelo menos, 2 cm, de cada elemento cinto (17) que se estende lateralmente. A porção ativa, (a) , da região elástica (17a) refere-se à porção da região elástica que não tenha sido tornada inativa devido à ligação com os elementos de cintura inelásticos (17). Isso é mostrado na Figura 2. Assim, a porção da região elástica (17a) sobreposta e ligada aos elementos de cintura inelásticos (17) não é incluída na porção ativa, (a).

Os elementos de cinto (17) são interligados por uma faixa de cintura (20) que se estende em direção transversal, (χ) , ao longo da porção de cintura do primeiro painel de corpo (11) . A faixa cintura (20) pode ser do mesmo material que os elementos de cinto de (17) ou de um material de manta diferente.

A faixa cintura (2 0) pode ser fixada ao lado do vestuário voltado para o primeiro painel de corpo (11) , ou seja, para a folha de cobertura exterior (16) , adjacente à porção de cintura (11) como é mostrado nas Figuras 1 e 2. Alternativamente, ela pode ser fixada ao lado do primeiro painel de corpo (11) voltado para o usuário, ou seja, para a folha de cobertura interior, ou entre as folhas de coberturas interior e exterior (15) e (16) . A faixa cintura (20) é fixada por cola, solda ultra-sônica, ligação térmica ou outra técnica adequada de ligação, ao primeiro painel de corpo (11).

Um elemento de cintura elástico (21) se estende em direção transversal, (χ) , ao longo de pelo menos parte' da porção de cintura (12a) do segundo painel de corpo (12) . O elemento elástico de cintura pode ser um material elástico de manta, como um laminado elástico, uma película elástica, um não-tecido elástico ou similar ligado contractilmente entre as folhas de cobertura interna e externa, no lado externo da folha de cobertura externa ou no lado voltado para o usuário da folha de cobertura interna. Alternativamente ele compreende dois ou mais fios ou tiras elásticos ligados contractilmente entre as folhas de cobertura externa e interna. Um elemento elástico de cintura correspondente pode também ser disposto na porção cintura (IIa) do primeiro painel de corpo (11) .

As aberturas perna pode ser elastifiçadas, dita elastificação é normalmente realizada por uma pluralidade de elementos elásticos (22), tais como fios elásticos, que são contractilmente afixados entre as folhas de cobertura externa e interna. 0 vestuário também pode ser fornecido com as chamadas bainhas de barreira, a fim de proporcionar uma melhor segurança contra vazamentos. Estas bainhas de barreira, em algumas circunstâncias, podem substituir os elásticos de perna.

Na concretização mostrada na Figura 3 a faixa de cintura (20) é anexada a uma certa distância no interior do borda distai da porção de cintura (Ila) do primeiro painel de corpo (11) , de modo que uma parte da dita porção de cintura se estende para fora da faixa de cintura (20) , na direção longitudinal, (y).

Na concretização mostrada na Figura 4, a faixa de cintura (20) é ligada à borda distai da porção de cintura (Ila) do primeiro painel de corpo (11) e se estende para fora de dita parte de cintura na direção longitudinal, (y) .

Ao aplicar o vestuário de cinto em um usuário, os elementos de cinto (17) são enrolados em torno do usuário do vestuário e mantidos juntos por meio dos primeiros meios de fixação (18). Isto é ilustrado na Figura 5. O segundo painel de corpo (12) é passado entre as pernas do usuário e fechado no exterior dos elementos de cinto (17) por meio de segundos meios de fixação (19) previstos no segundo painel de corpo (12), conforme ilustrado na Figura 6.

Em uma concretização da invenção as regiões elásticas (17a) dos elementos de cinto (17) são indicadas por uma cor, modelo ou marca contrastante, de modo a serem facilmente distinguiveis para o usuário ou cuidador para indicar que esta região não deve ser usada como uma superfície de fixação para os meios de fixação (18) , (19) , pelas razões acima. Como alternativa as porções não- elásticas dos elementos de cinto (17) são indicadas com dita cor, modelo ou marca contrastante para indicar que esta região deveria ser usada como superfície de fixação.

Teste de elasticidade

O método mede como um material elástico se comporta nos ciclos repetidos de carga e descarga. A amostra é esticada ate um alongamento predeterminado e e executado um movimento cíclico entre Oeo dito alongamento predeterminado. As forças de carga e descarga desejadas são gravadas. 0 alongamento permanente, isto é, restante, do material relaxado é medido.

É usado um verificador de tração, Lloyd LRX, capaz de executar movimentos cíclicos e equipado com uma impressora/plotter ou apresentação de software. A amostra é preparada cortando uma largura de 25 mm e um comprimento que seja pref erivelmente 2 0 mm mais longo do que a distância entre as braçadeiras no verificador de tração.

O verificador de tração é calibrado de acordo com as instruções do instrumento. Os parâmetros necessitados para o teste (forças de carga e descarga) são ajustados em:

- velocidade do cabeçote: 500 mm/min

- distância da braçadeira: 50 mm

- pré-carga: 0,05 N A amostra é colocada nas braçadeiras de acordo com as marcas e certifica-se de que a amostra esteja centrada e presa perpendicularmente nas braçadeiras. O verificador de tração é iniciado e são executados três ciclos entre Oeo alongamento predeterminado, igual à primeira carga mais alta definida. Antes do último ciclo, a amostra é relaxada por 1 minuto, a seguir o alongamento permanente é medido esticando a amostra até que uma força de 0,1 N seja detectada e o alongamento é lido.

O alongamento permanente após o relaxamento deve ser inferior a 10% e é medido pelo método acima. Assim, uma elasticidade de 30% é definida como o laminado tendo um alongamento permanente após relaxamento de menos de 10% depois de ser exercido a um alongamento de 30% no verificador de tração acima. Um alongamento de 30% significa um alongamento até um comprimento que é 30% maior do que o comprimento inicial da amostra.

Embora apenas algumas concretizações exemplificativas tenham sido descritas em detalhe acima, para aqueles técnicos no assunto será fácil compreender que muitas modificações são possíveis e que tais modificações se destinam a ser incluídas no âmbito desta invenção, que é definida nas reivindicações seguintes.

Claims (9)

1. Vestuário absorvente tal como uma fralda e um protetor de incontinência, dito vestuário tendo uma direção longitudinal (y) e uma direção transversal (x) e compreendendo um primeiro painel de corpo (16), um segundo painel de corpo (17) e uma porção de gancho (13) entre eles, cada um dos ditos primeiro e segundo painéis de corpo possuindo uma porção de cintura (Ila), dito vestuário sendo ainda provido com elementos de cinto (17) opostos se estendendo lateralmente e sendo adaptados para serem envoltos em torno da cintura do usuário do vestuário e fechados juntos, através de primeiros meios de fixação (18), o segundo painel de corpo (12), em sua porção de cintura sendo provido com segundos meios de fixação (19) adaptados para serem fixados aos elementos de cinto (17), de modo que a peça de vestuário irá assumir uma forma semelhante a calça, caracterizado pelo fato de que os elementos de cinto (17) são interligados por uma faixa de cintura (20) que se estende em direção transversal (x) ao longo da parte de cintura do primeiro painel de corpo, e que pelo menos um dos elementos de cinto (17) compreende uma região elástica (17a) situada na extremidade proximal do dito elemento de cinto adjacente a dita faixa de cintura (20), dita região elástica (17a) se estendendo ao longo de não mais do que 50% do comprimento do respectivo elemento de cinto (17).

2. Vestuário absorvente de acordo com a reivindicação -1, caracterizado pelo fato de que dita região elástica (17a) se estende ao longo de não mais do que 40% e mais pref erivelmente ao longo de não mais do que 3 0% do comprimento do respectivo elemento de cinto.

3. Vestuário absorvente de acordo com a reivindicação -2, caracterizado pelo fato de que dita região elástica (17a) se estende ao longo de um comprimento (a) de, pelo menos, 1 cm, de preferência, pelo menos, 2 cm, dos respectivos elementos de cinto (17).

4. Vestuário absorvente de acordo com qualquer das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que dita região elástica (17a) compreende uma película elástica ou um laminado elástico.

5. Vestuário absorvente de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que dita região elástica (17a) compreende um ou mais fios ou tiras elásticas contractilmente afixados entre materiais de manta.

6. Vestuário absorvente de acordo com qualquer das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a faixa de cintura (20) se estende ao longo e é fixada em uma relação face-a-face à porção de cintura do primeiro painel de corpo (11) , quer em seu lado voltado para o vestuário ou em seu lado voltado para o usuário ou entre as camadas de material contidas no primeiro painel de corpo.

7. Vestuário absorvente de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a faixa da cintura (20) é fixada a uma extremidade distai da porção de cintura (Ila) do primeiro painel de corpo (11) , de modo a formar uma extensão longitudinal (y) da referida porção de cintura.

8. Vestuário absorvente de acordo com qualquer das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o primeiro e segundo meios de fixação (18, 19) compreendem elementos de gancho e que pelo menos uma parte da superfície exterior dos elementos de cinto (17) voltada para longe do corpo do usuário é de um material adaptado para funcionar como um material de laço que coopera com os ditos elementos de gancho.

9. Vestuário absorvente de acordo com qualquer das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a região elástica (17a) do respectivo elemento de cinto (17) é fornecida com uma cor, de modelo ou marca contrastante, de forma a poder ser distinguível do resto do elemento de cinto, ou, alternativamente, dito resto do elemento de cinto é fornecido com uma cor, modelo ou marca contrastante para ser distinguível da dita região elástica (17a).