BRPI0621358A2

BRPI0621358A2 - prótese endoluminal e uso da mesma

Info

Publication number: BRPI0621358A2
Application number: BRPI0621358-8A
Authority: BR
Inventors: Andrea Venturelli; Silvio Schaffner
Original assignee: Invatec Srl
Priority date: 2006-02-17
Filing date: 2006-02-17
Publication date: 2011-12-06
Also published as: ATE526914T1; AU2006338440A1; BRPI0621358B1; EP1983946A1; US8778010B2; CN101374482B; JP5544614B2; AU2006338440B2; IL192543A; US20090069882A1; KR101290499B1; WO2007094020A8; JP2009526595A; KR20080100419A; WO2007094020A1; IL192543A0; EP1983946B1; CA2634604A1; CA2634604C; CN101374482A

Abstract

PRóTESE ENDOLUMINAL E USO DA MESMA. A presente invenção refere-se a uma prótese endoluminal (500) que compreende um corpo tubular (502) adequado para mudar de uma condição em colapso para uma expandida ou parcialmente expandida que se desenvolve ao longo de um eixo longitudinal (504). Uma pluralidade de serpentinas (506a-d, 508a-e, 510a-d), ou trajetórias sinuosas fechadas, se desenvolve em uma direção substancialmente circunferencial. Cada serpentina compreende porções de braço, ou braços (511) e porções de curva, ou curvas (512), que unem dois braços subseqúentes (511). As curvas viradas para uma serpentina adjacente são circunferencialmente deslocadas em relação às curvas respectivas e opostas (512) da serpentina adjacente, tanto quando a prótese está em colapso quanto quando a prótese está expandida ou parcialmente expandida. Uma primeira porção (506, 510) compreende pelo menos duas serpentinas adjacentes interligadas por pelo menos uma ponte (514a), e pelo menos um par de curvas situado na distância longitudinal mais curta entre as duas serpentinas não é conectado por uma ponte. Uma segunda porção (508) compreende pelo menos duas serpentinas adjacentes interligadas por um número de pontes (514b) igual ao número de pares de curvas das duas serpentinas que estão na distância longitudinal mais curta entre as duas serpentinas.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "PRÓTESE ENDOLUMINAL E USO DA MESMA".

A presente invenção refere-se a uma prótese endoluminal para ser usada em passagens ou condutos do corpo humano, assim como para restaurar a passagem nos vasos sangüíneos que foram estreitados ou bloqueados por doenças tais como uma estenose.

A presente prótese endoluminal é particularmente adequada pa- ra uso na proximidade de uma bifurcação, principalmente da carótida.

A presente invenção também se refere a esse tipo de próteses endoluminais que são de auto-expansão, tais como feitas de material super- elástico ou com memória de forma, tal como Nitinol.

A presente invenção também se refere às próteses endoluminais providas com recurso para uma localização rápida da mesma, tal como por meio de radioscopia.

Próteses endoluminais, particularmente do tipo de auto- expansão, são conhecidas, por exemplo, de US-A-4665771, US-A-4665905, US-A-4925445, EP-A-0928606 ou WO 2005/104991.

Embora sendo aceitáveis em muitos aspectos, particularmente por sua grande flexibilidade e resiliência, que permite que elas sejam facil- mente posicionadas em passagens estreitas e tortuosas no seu estado fe- chado, essas próteses endoluminais, em alguns casos, não são suficiente- mente adequadas, quando expandidas, para suportar as paredes do vaso, a fim de manter um lúmen livre apropriado para o sangue atravessar.

Além do mais, em alguns casos, a geometria complexa de tais stents conhecidos pode ser nociva, visto que ele pode ficar pendurado ou apertar a parede do vaso, assim favorecendo a nova formação de obstru- ções, tais como placas e estenose.

Particularmente, na carótida, a prótese endoluminal deve garan- tir uma resistência radial considerável na sua porção intermediária, ou ge- ralmente na porção posicionada na estenose. Além do mais, a prótese endo- luminal deve ser feita com a menor quantidade de material possível, princi- palmente nas porções de extremidade, ou geralmente naquelas porções que ficam posicionadas fora da estenose. Na realidade, foi estimado que a razão do metal e da artéria deve permanecer dentro de limites bem-definidos, a- proximadamente 15%. Valores muito altos levam à reestenose e alta rigidez mecânica.

O problema no âmago da presente invenção é prover uma pró- tese endoluminal, tendo tais características estruturais e funcionais para su- perar as desvantagens mencionadas com referência à técnica anterior e sa- tisfazer às ditas exigências, dessa forma obtendo os melhores resultados para ambos.

Esse problema é resolvido por meio de uma prótese endoluminal de acordo com a reivindicação 1.

Modalidades adicionais são descritas nas reivindicações secun- dárias.

Características adicionais e as vantagens da prótese de acordo com a invenção se tornarão evidentes a partir da descrição fornecida abaixo de suas modalidades preferidas, sendo meramente ilustrativas e não Iimitan- tes, com referência às figuras anexas, nas quais: a figura 1 ilustra um desenvolvimento de plano de uma modali- dade possível de uma prótese endoluminal de acordo com a presente inven- ção, ilustrada na condição em colapso ou não expandida,

as figuras 2 e 3 ilustram um desenvolvimento de plano de uma modalidade variada da prótese da figura 1, ilustrada em uma condição em colapso ou não expandida,

a figura 4 ilustra, em uma vista em perspectiva, a prótese da fi- gura 1 na condição expandida,

a figura 4a ilustra uma ampliação de um detalhe da figura 4,

a figura 5 ilustra, em uma vista em perspectiva, uma modalidade variada possível da prótese da figura 4,

as figuras 6a-6c ilustram um detalhe ampliado da prótese da fi- gura 5, em uma porção distai, intermediária e proximal, respectivamente,

a figura 7a ilustra diagramas da força de compressão radial (N) da porção distai, intermediária e proximal de duas próteses de acordo com a figura 5 quando comparada com uma prótese da técnica anterior,

a figura 8 ilustra uma porção de carótida na qual a prótese de acordo com a presente invenção é vantajosamente aplicada.

Com referência às modalidades acima mencionadas, com 500 foi geralmente indicada uma prótese endoluminal, tal como uma prótese do tipo de auto-expansão para dutos ou vasos de corpos vivos, particularmente para aplicação na carótida, na bifurcação.

De acordo com uma modalidade geral da presente invenção, a prótese endoluminal compreende um corpo tubular 502 adequado para mu- dar de uma condição em colapso para uma condição expandida ou parcial- mente expandida (figura 4 ou 5).

Por "condição em colapso" é indicado um estado da prótese co- mo estando contraída tal como para ter um volume menor do que em uma condição de uso operacional, por exemplo, uma condição onde o corpo tubu- lar 502 tem tamanho ou diâmetro externo menor do que em uma condição de uso operacional. Por exemplo, a prótese é disposta em uma condição em colapso quando ela está acomodada ou disposta em um dispositivo de trans- porte e entrega adequado para percorrer ao longo de um duto ou vaso para a área a ser tratada. Por exemplo, no caso de uma prótese de auto- expansão, isso é acomodado em um revestimento tal como para ser mantida na condição em colapso.

Por "condição expandida ou parcialmente expandida" é indicada uma condição onde a prótese está livre de restrições ou uma condição de uso operacional com a prótese sendo alargada com o contato de pressão contra as superfícies internas das paredes do duto ou vaso (figuras 4 e 5).

O corpo tubular 502 se desenvolve ao longo de um eixo longitu- dinal 504.

Por "eixo longitudinal" é indicado, por exemplo, um eixo de sime- tria de um corpo cilíndrico ou a direção axial de estiramento de um corpo tubular.

O corpo tubular 502 compreende uma pluralidade de serpentinas 506a-506d, 508a-508e, 510a-510d, ou trajetórias sinuosas fechadas, se de- senvolvendo ao longo de uma direção substancialmente circunferencial.

Por "serpentina" é indicado um elemento que se desenvolve em ziguezague para lá e para cá ao redor de uma direção principal de estira- mento.

Cada uma das ditas serpentinas compreende porções de braço, ou braços 511.

Cada uma das ditas serpentinas compreende porções de curva, ou curvas 512, unindo dois braços subseqüentes 511 para formar a dita tra- jetória sinuosa.

Com vantagem adicional, as curvas 512 viradas para uma ser- pentina adjacente são circunferencialmente deslocadas em relação às cur- vas respectivas e opostas 512 da serpentina adjacente, tanto quando a pró- tese está em colapso quanto quando a prótese está expandida ou parcial- mente expandida.

Em outras palavras, considerando um trecho de uma primeira serpentina correspondendo a um afastamento, a serpentina adjacente é des- locada X até aproximadamente metade do afastamento (figura 4). Com um deslocamento de meio afastamento, duas serpentinas adjacentes ficam substancialmente semelhantes a espelho simétrico em relação a uma linha circunferencial média entre as duas serpentinas.

De acordo com uma modalidade possível, os braços são conec- tados por curvas tal como para formar uma seqüência de picos e vales ao longo da direção circunferencial das serpentinas correspondentes. Com um deslocamento de meio afastamento, para uma curva de uma primeira ser- pentina definindo um pico 512a nesse ponto corresponde uma curva da ser- pentina adjacente definindo um vale 512b, "pico" e "vale" significando o de- senvolvimento substancialmente senoidal da serpentina (figura 4a). Dois pi- cos e vales respectivos de duas serpentinas adjacentes definem um par de curvas localizadas na distância longitudinal mais curta entre as duas serpentinas.

Vantajosamente, pelo menos uma ponte 514a-514c, de exten- são longitudinal principal, junta duas serpentinas adjacentes. Particularmen- te, a ponte junta duas serpentinas adjacentes em duas curvas respectivas estando na distância longitudinal mais curta entre as duas serpentinas.

De preferência, a pelo menos uma ponte 514a-514c juntando serpentinas adjacentes se estende substancialmente retilínea.

Vantajosamente, as serpentinas são agrupadas em pelo menos duas porções 506 e 510, 508 dispostas ao longo do eixo longitudinal 504, no qual uma primeira porção 506 ou 510 compreende pelo menos duas serpen- tinas adjacentes estando interligadas por pelo menos uma ponte 514a. Na primeira porção 506 ou 510 pelo menos um par de curvas que está na dis- tância longitudinal mais curta entre as duas serpentinas adjacentes não é unido por uma ponte.

Uma segunda porção 508 compreende pelo menos duas serpen- tinas adjacentes interligadas por pontes 514b em número igual aos pares de curvas das duas serpentinas que estão na distância longitudinal mais curta entre as duas serpentinas. Em outras palavras, todas as curvas de uma pri- meira serpentina virada para a serpentina adjacente são unidas em todas as curvas da serpentina adjacente que está virada para a primeira serpentina por meio de uma ponte respectiva 514b.

De preferência, a primeira porção é uma porção de extremidade distai e/ou proximal da prótese endoluminal e a segunda porção é uma por- ção intermediária da prótese endoluminal.

O exemplo da figura 1 compreende três porções, duas primeiras porções 506 e 510 e uma segunda porção 508, respectivamente.

A porção de extremidade indicada com 506 compreende as ser- pentinas indicadas com 506a-506d e corresponde à primeira porção descrita acima. Na realidade, duas serpentinas adjacentes ao longo do eixo longitu- dinal 504 (por exemplo, a serpentina 506a e a serpentina 506b) são interli- gadas por pelo menos uma ponte 514a. Vários pares de curvas que estão na distância longitudinal mais curta entre as duas serpentinas adjacentes 506a e 506b não são unidos por uma ponte. No exemplo da figura 1, três pontes 514a são providas, que unem duas serpentinas adjacentes (506a e 506b ou 506b e 506c ou 506c e 506d) da primeira porção 506. Além do mais, entre duas pontes subseqüentes 514a na direção circunferencial são providos cin- co pares de curvas situadas na distância longitudinal mais curta entre as du- as serpentinas adjacentes e não unidos por uma ponte. Considerando os braços e as curvas entre duas pontes subseqüentes 514a na direção circun- ferencial, uma célula ou perímetro é obtido que compreende pelo menos um par de curvas (cinco, no caso da figura 1) que fica situado na distância longi- tudinal mais curta entre as duas serpentinas adjacentes e não unido por uma ponte (na figura 4, a dita célula ou perímetro define a área pontilhada A1).

Novamente, considerando a figura 1, a porção indicada com 506 é uma porção de extremidade (que pode ser proximal ou distai, visto que a prótese na configuração expandida tem uma conformação substancialmente cilíndrica).

Além disso, na figura 1, a prótese compreende uma primeira porção adicional, tal como descrito acima, que é definida pela porção de ex- tremidade indicada com 510 compreendendo as serpentinas indicadas com 510a-510d. O que foi descrito acima com referência à porção 506 da figura 1 pode ser aplicado nela. As pontes respectivas entre as duas serpentinas ad- jacentes (tal como a serpentina 510c e a serpentina 51 Od) foram indicadas com 514a. Também nesse caso, a porção indicada com 510 é uma porção de extremidade (que pode ser proximal ou distai, visto que a prótese na con- figuração expandida tem uma conformação substancialmente cilíndrica). Com referência à figura 4, com A2 foi indicada a área envolvida pela célula ou perímetro definido entre duas pontes subseqüentes 514a na direção cir- cunferencial e compreendendo pelo menos um par de curvas (cinco, no caso da figura 1 ou 4) que fica situado na distância longitudinal mais curta entre as duas serpentinas adjacentes e não unido por uma ponte.

De acordo com o que foi descrito em termos gerais, a prótese da figura 1 também compreende uma porção indicada com 508 compreenden- do, por sua vez, as serpentinas indicadas com 508a-508e. Essa porção 508 corresponde com a segunda porção descrita acima. Na realidade, duas ser- pentinas adjacentes ao longo do eixo longitudinal 504 (por exemplo, a ser- pentina 508a e a serpentina 508b) são interligadas por um número de pontes 514b igual ao número de pares de curvas das duas serpentinas situadas na distância longitudinal mais curta entre as duas serpentinas. Em outras pala- vras, todas as curvas de uma primeira serpentina 508a virada para a serpen- tina adjacente são unidas em todas as curvas da serpentina adjacente 508b que está virada para a primeira serpentina 508a.

No caso da figura 1, a porção 508 é uma porção intermediária da prótese endoluminal que é interposta entre a porção de extremidade 506 e a porção de extremidade 510.

Considerando os braços e as curvas entre duas pontes subse- qüentes 514b na direção circunferencial, uma célula ou perímetro é obtido, que compreende quatro braços (pertencendo dois por dois a uma das duas serpentinas adjacentes), um par de curvas situadas na distância longitudinal mais longa entre as duas serpentinas adjacentes e duas pontes 514b (na figura 4, a dita célula ou perímetro define a área pontilhada A3).

A figura 2 é substancialmente similar à figura 1 descrita acima, exceto que ambas a porção de extremidade 506 definindo uma primeira por- ção e a porção de extremidade 510 também definindo uma primeira porção, e a porção intermediária 508 definindo uma segunda porção compreendem quatro serpentinas 506a-506d, 510a-510d, 508a-508d, respectivamente.

A figura 3 é também substancialmente similar à figura 1 acima descrita, exceto que ambas a porção de extremidade 506 definindo uma primeira porção, e a porção de extremidade 510 também definindo uma pri- meira porção, compreendem três serpentinas 506a-506c, 510a-510c, res- pectivamente, enquanto que a porção intermediária 508 definindo uma se- gunda porção compreende quatro serpentinas 508a-508d.

A figura 4 ilustra a prótese da figura 1 na configuração expandi- da, enquanto que a figura 5 ilustra uma prótese que, na configuração expan- dida, tem a forma de um cone truncado, embora tendo a mesma disposição de porções e serpentinas como a prótese da figura 1.

De acordo com uma modalidade possível, as primeira e segunda porções de serpentina são unidas por pontes 514c que unem pares de cur- vas das duas serpentinas situadas na distância longitudinal mais curta entre as duas serpentinas, cada uma sendo uma parte de uma das duas porções. Vantajosamente, as pontes 514c que unem as primeira e segunda porção estão em um número compreendido entre o número das pontes 514a unindo duas serpentinas adjacentes da primeira porção e o número de pontes 514b unindo duas serpentinas adjacentes da segunda porção. De acordo com uma modalidade possível, as pontes 514c unindo as primeira e segunda porções são aproximadamente duas vezes as pontes 514a unindo duas ser- pentinas adjacentes da primeira porção.

Com referência à figura 1, com 514c foram indicadas as pontes unindo a porção de extremidade 506 na porção intermediária 508 (particu- larmente, a serpentina 506d e a serpentina 508a) e a porção intermediária 508 na outra porção de extremidade 510 (particularmente, a serpentina 508e e a serpentina 510a). Vantajosamente, as pontes 514c estão em um número compreendido entre o número das pontes 514a unindo duas serpentinas adjacentes da primeira porção (porção de extremidade 506 ou 510) e o nú- mero de pontes 514b unindo duas serpentinas adjacentes da segunda por- ção (ou porção intermediária 508). De preferência, como ilustrado na figura 1, as pontes 514c unindo as primeira e segunda porções são aproximada- mente duas vezes (seis) as pontes 514a unindo duas serpentinas adjacentes da primeira porção.

As figuras 2 e 3 são similares em relação a esse aspecto.

De acordo com uma modalidade possível, a primeira porção 506 ou 510 compreende pelo menos duas, de preferência pelo menos três ser- pentinas e as pontes 514a juntando duas serpentinas adjacentes são circun- ferencialmente deslocadas em relação às pontes imediatamente subseqüen- tes ao longo do eixo longitudinal. Um exemplo dessa disposição é ilustrado nas figuras 1-3, por exemplo, com referência às pontes juntando as serpen- tinas 506a e 506b que são circunferencialmente deslocadas em relação às pontes imediatamente subseqüentes juntando as serpentinas 506b e 506c. Uma disposição similar é provida para a porção 510.

De preferência, a primeira porção é uma porção proximal da pró- tese endoluminal e compreende pelo menos um marcador ou elemento ra- diopaco 518. Além do mais, a primeira porção é também uma porção distai da prótese endoluminal e compreende pelo menos um marcador ou elemen- to radiopaco 518.

De preferência, a prótese endoluminal compreende uma porção proximal 506 provida como a primeira porção, uma porção intermediária 508 provida como a segunda porção e uma porção distai 510 provida como a primeira porção. Vantajosamente, tanto na condição em colapso quanto na expandida cada porção proximal, intermediária e distai se desenvolve por aproximadamente um terço do comprimento da prótese endoluminal.

De acordo com um exemplo possível, a prótese compreende ( uma porção proximal 506 provida como a primeira porção, uma porção in- termediária 508 provida como a segunda porção e uma porção distai 510 provida como a primeira porção. Além disso, a porção distai 510 e a porção proximal 506 compreendem quatro serpentinas, respectivamente, e a porção intermediária compreende cinco serpentinas (figura 1).

De acordo com um exemplo diferente, a prótese compreende uma porção proximal 506 provida como a primeira porção, uma porção in- termediária 508 provida como a segunda porção e uma porção distai 510 provida como a primeira porção. Além do mais, a porção distai, a porção in- termediária e a porção proximal compreendem quatro serpentinas, respecti- vamente (figura 2).

De acordo com uma modalidade exemplar diferente adicional, a prótese compreende uma porção proximal 506 provida como a primeira por- ção, uma porção intermediária 508 provida como a segunda porção e uma porção distai 510 provida como a primeira porção. Além do que, a porção distai e a porção proximal compreendem três serpentinas, respectivamente, e a porção intermediária compreende quatro serpentinas (figura 3).

Particularmente, é vantajoso prover que em uma prótese com- preendendo uma porção proximal 506 provida como a primeira porção, uma porção intermediária 508, disposta como a segunda porção e uma porção distai 510 disposta como a primeira porção, a porção distai e a porção pro- ximal compreendam um número de serpentinas menor do que ou igual à porção central.

De acordo com uma modalidade possível, as pontes 514a-514c são retilíneas e ligeiramente inclinadas em relação ao eixo longitudinal. De preferência, todas as pontes são inclinadas na mesma direção em relação ao eixo longitudinal. Até mesmo mais preferivelmente, todas as pontes são paralelas entre si.

De acordo com uma modalidade possível, a prótese define um corpo tubular cilíndrico na condição expandida (figura 4). De acordo com uma modalidade diferente, a prótese endoluminal define um corpo tubular em formato de cone truncado na condição expandida (figura 5).

De acordo com uma modalidade possível, a largura das pontes quando medida substancialmente na direção circunferencial é aproximada- mente duas vezes a largura dos braços, também medida substancialmente na direção circunferencial. Esse aspecto pode ser vantajosamente observa- do com referência a todas as pontes na prótese, isto é, com referência às pontes da primeira porção, segunda porção ou as pontes juntando duas por- ções diferentes.

Em várias modalidades exemplares, a resistência à compressão radial foi medida (N). Vários valores são relatados na figura 7a.

De forma geral, a segunda porção 508 é capaz de suportar uma força de compressão variando entre 0,10 e 0,20 N. Além disso, a primeira porção 506 ou 510 é capaz de suportar uma força de compressão variando entre 0,04 e 0,06 N.

Por exemplo, a figura 7a se refere a um corpo tubular em forma- to de cone truncado com um diâmetro de 6-9 mm e 30 mm de comprimento. O primeiro valor A corresponde à técnica anterior (sem diferenciação na for- ça radial ao longo da direção longitudinal). Os outros valores B, C, D corres- pondem à porção distai, intermediária e proximal da prótese, respectivamen- te. No caso atual, A = 0,10N, B = 0,04N, C = 0,14N e D = 0,06N.

As figuras 6a-6c ilustram uma característica adicional de uma prótese de acordo com a presente invenção definida como "sistema de an- daimes" com referência à porção proximal 506, intermediária 508 e distai 510 da prótese, respectivamente. Essa característica está associada à geo- metria do stent e à capacidade de suporte do último. Essa característica po- de ser indicada medindo o diâmetro da circunferência máxima inscrita dentro de uma célula. O valor é de aproximadamente 2 mm para a primeira porção e aproximadamente 1 mm para a segunda porção. Quanto mais baixo esse valor, mais próximas as serpentinas, o suporte sendo dessa forma aumenta- do.

A configuração como descrita permite obter uma razão ótima da extensão do metal e da artéria, expressa como uma porcentagem. De prefe- rência, esse valor expresso como uma porcentagem é o mesmo nas porções de extremidade e diferente no intermediário com referência ao exemplo ilus- trado acima. Os valores das porções proximal e distai são relativamente bai- xos. O valor da porção intermediária é ligeiramente maior, mas, entretanto, suficientemente baixo para evitar uma área de contato ampla entre o materi- al da prótese e o tecido do vaso.

Além do mais, com referência à flexibilidade, significando a ca- pacidade de curvar e assumir uma forma circular sem quebrar, foi observado que a segunda porção (porção intermediária) é vantajosamente um tanto rígida, enquanto a primeira porção/ões (porções de extremidade ou porções distai e proximal) são um tanto flexíveis. Isso permite que o stent seja mais facilmente guiado para a posição onde ele tem que ser implantado.

A presente invenção também se refere ao uso de uma prótese endoluminal como descrita acima que pode ser implantada em uma bifurca- ção, particularmente na carótida. A prótese na condição expandida pode ter a forma de um cone truncado e uma porção distai da prótese tendo uma cir- cunferência menor do que a porção proximal oposta é posicionada na bifur- cação.

De acordo com uma modalidade, a dita prótese 500 é feita como uma peça. Por exemplo, o dito corpo 502 é obtido cortando um elemento tubular, de preferência por meio do corte a laser.

Vantajosamente, o dito corpo é feito de um material superelásti- co. De acordo com uma modalidade diferente, o dito corpo é feito de um ma- terial pseudo-elástico endurecido por esforço. Em outras palavras, um mate- rial estando no estado austenítico em temperatura ambiente (Af<15°C) quando recozido pode ser usado, no qual um endurecimento por esforço suficiente é então aplicado, tal como maior do que 30%, o que permite obter 3% - 4% de recuperação elástica depois da deformação ou mais. De prefe- rência, 50% de endurecimento por esforço é aplicado.

De acordo com uma modalidade, o dito corpo 502 é feito de um material com memória de forma.

Vantajosamente, o dito corpo é feito de Nitinol ou uma liga com base em Ni e Ti, tal como com Níquel com porcentagem de peso nominal de 55,8%.

Por exemplo, um material com transição de fase de austenita para martensita pode ser usado que, quando estando no estado recozido ou com estresse aliviado, durante um aquecimento do mesmo, a temperatura mais alta na extremidade da transformação em austenita, ou Af, é menor do que 15°C.

De acordo com uma modalidade, a fim de formar o marcador 518, a primeira serpentina 506a e/ou a última serpentina 51 Od compreendem pelo menos uma armação 521 definindo uma fenda ou alojamento 522. A armação 521 é disposta em uma curva entre dois braços. Particularmente, a armação 521 e a fenda 522 podem ser dispostas no lugar de pelo menos dois braços e uma curva relativa às serpentinas imediatamente adjacentes ao longo do eixo longitudinal.

De acordo com uma modalidade possível, a segunda serpentina e a terceira serpentina compreendem o mesmo número de braços e o mes- mo número de curvas.

De preferência, a armação 521 e a fenda 522 são dispostas na curva entre dois braços no lugar de quatro braços e três curvas em relação às segunda ou terceira serpentinas. Vantajosamente, a armação 521 ocupa totalmente a largura liberada pelos braços e curvas substituídos, quando medido ao longo da direção circunferencial, quando a prótese endoluminal está na condição em colapso. De acordo com uma modalidade possível, a fenda ou alojamento 522 passa toda através da espessura do corpo tubular 502.

Vantajosamente, armação 521 é disposta na parte côncava da curva entre os dois braços que são diretamente unidos na armação 521.

De acordo com uma modalidade possível, a prótese é formada como uma peça de um corpo tubular 502 por meio de corte, tal como corte a laser de uma parede cilíndrica da mesma.

Vantajosamente, a armação 521 é formada como uma peça no corpo tubular 502 obtida por meio do corte a laser de uma parede cilíndrica.

De acordo com uma modalidade possível, a fenda 522 tem uma forma alongada na direção do eixo longitudinal da prótese, de preferência elíptica ou retangular com lados arredondados curtos. Vantajosamente, a armação 521 tem uma forma alongada na direção do eixo longitudinal da prótese. De preferência, o lado curto da armação 521 correspondendo à cur- va entre ambos os braços que estão diretamente unidos na armação é subs- tancialmente retilíneo na direção circunferencial, quando considerado em um desenvolvimento de plano da prótese.

Vantajosamente, os dois braços que são diretamente unidos na armação 521 se unem à armação nos pontos de extremidade.

Vantajosamente, a armação 521 compreende dois lados alonga- dos 523 tendo substancialmente a mesma largura como os braços 511 da prótese, quando medida ao longo da direção circunferencial 508, e um com- primento mais curto do que os braços 511 da prótese, quando medido ao longo da direção longitudinal 504.

Vantajosamente, um material radiopaco é provido dentro da fen- da 522, preferivelmente soldado ou fundido dentro da fenda. O material ra- diopaco pode ser qualquer material tendo uma maior visibilidade aos raios X do que o material usado para a prótese.

No caso onde a prótese é feita de um material superelástico ou com memória de forma, tal como Nitinol (ou uma liga com Ni e Ti como a parte principal), o material radiopaco pode ser selecionado de tântalo, ouro, platina, tungstênio ou outros materiais adequados para a finalidade e clara- mente biocompatíveis.

De acordo com uma modalidade possível, a primeira serpentina 506a alojando a armação 521 é uma serpentina de extremidade da prótese. Vantajosamente, ambas as serpentinas de extremidade da prótese, isto é, as primeira e última serpentinas, compreendem pelo menos uma armação 521, respectivamente.

Do que foi declarado acima, pode ser verificado como o forneci- mento de uma prótese endoluminal de acordo com a presente invenção permite satisfazer tais exigências contrastantes como ter uma alta resistên- cia à força de compressão radial no meio da prótese, enquanto evitando ter que excessivamente aumentar a quantidade de material nessa área.

Além do mais, um bom nível de flexibilidade é obtido nos lados, enquanto uma forma não deformada é mantida no meio.

Esses aspectos são particularmente vantajosos com relação à carótida, que pode ser submetida a impactos ou compressões devido a sua localização. Na realidade, a prótese de acordo com a presente invenção ga- rante que o canal da carótida fique aberto também na eventualidade de im- pacto ou compressão, visto que a prótese suporta a compressão pelo menos no seu meio, segue a deformação da carótida e, entretanto, garante um lú- men de passagem.

Devido à prótese provida, operações endoluminais podem ser executadas em vasos ou dutos tortuosos, e ao mesmo tempo, um suporte ótimo e constante da parede do vaso tratado pode também ser garantido quando a prótese está no estado expandido.

Particularmente vantajosas são a provisão e a forma dos marca- dores, que tornam a prótese visível e facilmente posicionada, sem interferir com as geometrias delicadas envolvidas, que são adequadamente projeta- das para garantir os resultados acima mencionados.

Deve ser entendido que variações e/ou adições podem ser pro- vidas ao que foi descrito e ilustrado acima.

O número de serpentinas, braços ou curvas pode variar do que foi descrito ou ilustrado. A forma da serpentina pode também variar. De forma geral, todas as modalidades que foram descritas como sendo possíveis acima podem ser feitas como tal na ausência dessas carac- terísticas descritas como pertencentes a outras modalidades possíveis.

De acordo com uma modalidade possível, a prótese pode ser revestida com um material de revestimento, tal como PTFE, material biode- gradável, fibras de poliéster, poliuretano ou similiar.

Para as modalidades preferidas da prótese endoluminal descrita acima, aqueles versados na técnica, planejando satisfazer as necessidades contingentes e específicas, podem executar uma série de modificações, va- riações e substituições de elementos por outros funcionalmente equivalen- tes, sem se afastar do escopo das reivindicações abaixo.

Claims

1. Prótese endoluminal (500) compreendendo: um corpo tubular (502) adequado para mudar de um estado fe- chado para um estado expandido ou parcialmente expandido, o dito corpo tubular (502) se desenvolvendo ao longo de um eixo longitudinal (504), o dito corpo tubular (502) compreende uma pluralidade de ser- pentinas (506a-506d, 508a-508e, 510a-510d), ou trajetórias sinuosas fecha- das, se desenvolvendo ao longo de uma direção substancialmente circunfe- rencial, cada uma das ditas serpentinas compreendendo porções de braços, ou braços (511), e porções de curva, ou curvas (512), que unem dois braços subseqüentes (511) para formar a dita serpentina ou trajetória sinuo- sa, caracterizada pelo fato de que as curvas (512) viradas para uma serpentina adjacente são cir- cunferencialmente deslocadas em relação às curvas respectivas e opostas (512) da serpentina adjacente, tanto quando a prótese está em colapso quanto quando a prótese está expandida ou parcialmente expandida, em que pelo menos uma ponte (514a-514c), tendo uma extensão longi- tudinal principal, que conecta duas serpentinas adjacentes em duas curvas respectivas (512a, 512b) situadas na distância longitudinal mais curta entre as duas serpentinas, em que as ditas serpentinas são agrupadas em pelo menos duas por- ções (506, 508, 510) dispostas ao longo do dito eixo longitudinal (504), em que uma primeira porção (506, 510) compreende pelo menos duas serpentinas adjacentes interligadas por pelo menos uma ponte (514a), pelo menos um par de curvas, não sendo unido por uma ponte, que está situado na distância longitudinal mais curta entre as duas serpentinas e em que uma segunda porção (508) compreende pelo menos duas ser- pentinas adjacentes interligadas por um número de pontes (514b) igual aos pares de curvas das duas serpentinas que estão na distância longitudinal mais curta entre as duas serpentinas.

2. Prótese endoluminal de acordo com a reivindicação 1, carac- terizada pelo fato de que a dita primeira porção (506, 510) é uma porção de extremidade distai e/ou proximal da dita prótese endoluminal e a dita segun- da porção (508) é uma porção intermediária da dita prótese endoluminal.

3. Prótese endoluminal de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que a dita primeira (506, 510) e a segunda (508) porção de serpentina são unidas por pontes (514c) que unem pares de cur- vas das duas serpentinas situadas na distância longitudinal mais curta entre as duas serpentinas, cada uma sendo uma parte de uma das duas porções.

4. Prótese endoluminal de acordo com a reivindicação 3, carac- terizada pelo fato de que as pontes (514c) que unem as primeira (506, 510) e segunda (508) porções estão em um número compreendido entre o núme- ro das pontes (514a) unindo duas serpentinas adjacentes da primeira porção (506, 510) e o número de pontes (514b) unindo duas serpentinas adjacentes da segunda porção (508).

5. Prótese endoluminal de acordo com qualquer reivindicação precedente, caracterizada pelo fato de que a primeira porção (506, 510) compreende pelo menos três serpentinas (506a-506c) e em que as pontes (514a) juntando duas serpentinas adjacentes são circunferencialmente des- locadas em relação às pontes imediatamente subseqüentes (514a) de acor- do com o eixo longitudinal (504).

6. Prótese endoluminal de acordo com qualquer reivindicação precedente, caracterizada pelo fato de que a dita primeira porção (506, 510) é uma porção proximal da prótese endoluminal e compreende pelo menos um marcador (518) ou elemento radiopaco.

7. Prótese endoluminal de acordo com qualquer reivindicação precedente, caracterizada pelo fato de que a dita primeira porção (506, 510) é uma porção distai da prótese endoluminal e compreende pelo menos um marcador (518) ou elemento radiopaco.

8. Prótese endoluminal de acordo com qualquer reivindicação precedente, caracterizada por compreender uma porção proximal (506) provida como a dita primeira porção, uma porção intermediária (508) provida como a dita segunda porção e uma porção distal (510) provida como a dita primeira porção, em que tanto na condição em colapso quanto na expandida cada uma da dita porção proximal, intermediária e distai se desenvolve por aproximadamente um terço do comprimento da prótese endoluminal.

9. Prótese endoluminal de acordo com qualquer reivindicação precedente, caracterizada por compreender uma porção proximal (506) provida como a dita primeira porção, uma porção intermediária (508) provida como a dita segunda porção e uma porção distal (510) provida como a dita primeira porção, em que a dita porção distai e a dita porção proximal com- preendem quatro serpentinas, respectivamente, e em que a dita porção in- termediária compreende cinco serpentinas.

10. Prótese endoluminal de acordo com qualquer reivindicação 1 a 8, caracterizada por compreender uma porção proximal (506) provida co- mo a dita primeira porção, uma porção intermediária (508) provida como a dita segunda porção e uma porção distal (510) provida como a dita primeira porção, em que a dita porção distal e a porção proximal compreendem três serpentinas, respectivamente, e em que a dita porção intermediária compre- ende quatro serpentinas.

11. Prótese endoluminal de acordo com qualquer reivindicação 1 a 8, caracterizada por compreender uma porção proximal (506) provida co- mo a dita primeira porção, uma porção intermediária (508), provida como a dita segunda porção e uma porção distal (510) provida como a dita primeira porção, em que a dita porção distai e a dita porção proximal compreendam um número de serpentinas menor do que ou igual ao número de serpentinas da dita porção intermediária.

12. Prótese endoluminal de acordo com qualquer reivindicação precedente, caracterizada por definir um corpo tubular cilíndrico na condi- ção expandida.

13. Prótese endoluminal de acordo com qualquer reivindicação 1 a 11, caracterizada por definir um corpo tubular em formato de cone trunca- do na condição expandida.

14. Prótese endoluminal de acordo com qualquer reivindicação precedente, caracterizada por compreender um material de revestimento.

15. Prótese endoluminal de acordo com a reivindicação 14, ca- racterizada pelo fato de que o dito material de revestimento é PTFE.

16. Prótese endoluminal de acordo com a reivindicação 14, ca- racterizada pelo fato de que o dito material de revestimento é um material biodegradável.

17. Prótese endoluminal de acordo com a reivindicação 14, ca- racterizada pelo fato de que o dito material de revestimento compreende fibras de poliéster.

18. Prótese endoluminal de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a largura das pontes (514a, - 514c, 512c) quando medida substancialmente na direção circunferencial é aproximadamente duas vezes a largura dos braços (511), também medida substancialmente na direção circunferencial.

19. Uso de uma prótese endoluminal (500) como definida em qualquer reivindicação precedente, caracterizado pelo fato de que pode ser implantada em uma bifurcação, particularmente na carótida.

20. Uso de uma prótese endoluminal de acordo com a reivindi- cação 19, caracterizado pelo fato de que a dita prótese na condição expan- dida é em formato de um cone truncado e em que uma porção distai (510) da dita prótese tendo uma circunferência menor do que a porção proximal oposta é posicionada na bifurcação.