BRPI0614130A2 - dispositivo de tricotagem para a confecção de um tecido de dupla-face espesso - Google Patents

Abstract

DISPOSITIVO DE TRICOTAGEM PARA A CONFECçãO DE UM TECIDO DE DUPLA-FACE ESPESSO. A presente invenção refere-se a um dispositivo de tricotagem para a confecção de um tecido de dupla-face compreendendo duas camadas externas (1, 2) tricotadas e ligadas uma à outra por pelo menos um fio de ligação (4). Este dispositivo comporta dois grupos de agulha (6) móveis em translação sobre um leito (5) respectivo, seguindo uma trajetória retilínea contida em um plano respectivo (P1, P2). As posições do gancho (7) de uma agulha (6) de pelo menos um grupo respectivamente entre sua estação de tricotagem e sua estação de ligação são situadas em ambos os lados da linha reta de interseção (D) entre os dois planos (P1, P2). Além disso, a elevação da agulha (6) entre sua estação de remoção e sua estação de tricotagem é menor do que a elevação da agulha (6) entre sua estação de remoção e sua estação de ligação.

Description

Relatório Descritivo da Patente de invenção para "DISPOSITIVODE TRICOTAGEM PARA A CONFECÇÃO DE UM TECIDO DE DUPLA-FACE ESPESSO".

Domínio Técnico da Invenção

A presente invenção refere-se à indústria têxtil, e mais particu-larmente dos dispositivos de tricotagem, indiferentemente retilíneos ou circu-lares, com agulhas móveis independentes. A invenção tem por objeto essedispositivo organizado para realizar um tricô técnico dupla-face de grandeespessura.

Estado da Técnica

São conhecidos dispositivos de tricotagem destinados à confec-ção de têxteis técnicos dupla-face utilizados notadamente no domínio domobiliário, da decoração e/ou da guarnição. Esses têxteis técnicos apresen-tam a particularidade de serem relativamente espessos, até mesmo compor-tarem zonas de espessura diferentes. Dentre esses têxteis são conhecidosaqueles constituídos de um tricô dupla-face, associando duas camadas ex-ternas tricotadas e ligadas entre si por pelo menos um fio de ligação. O fiode ligação é destinado a conferir ao tricô sua espessura, mantendo um afas-tamento convencional entre as duas camadas externas. Para se conseguiruma variação de espessura do tricô, é conhecida a utilização de um fio deligação termorretráctil, de modo que o tricô apresente um relevo que com-porta zonas de espessura diferente, segundo a natureza do tratamento tér-mico localmente aplicado nessas zonas. É também conhecida a utilização devários fios de ligação que apresentam características de retirada diferenciaissob a ação de um mesmo tratamento térmico. Poder-se-á notadamente sereportar aos documentos W003/042441 (TEXTILES PLASTIQUES CHO-MARAT and ali) e W002/064870 (TEXTILES PLASTIQUES CHOMARAT)que descrevem tricôs do gênero.

Os dispositivos de tricotagem para a confecção desses têxteissão de tipo retilíneo ou de tipo circular. Esses dispositivos de tricotagem utili-zam em sua generalidade um duplo-pente, cada pente portando um grupode agulhas independentemente montadas móveis sobre o pente que as su-porta. As agulhas de cada um dos grupos são do tipo com gancho e compalheta giratória, que são sucessivamente manobradas por meios de co-mando, de tipo mecanismo com carne ou mecanismo análogo. As agulhasde cada um dos grupos ligados a um pente são destinadas a tricotar um fiode tricô respectivo para formar uma das camadas externas do tricô dupla-face. Quando dessa tricotagem, as agulhas de cada um dos grupos prendemo fio de ligação para ligar as camadas externas uma à outra, da qual umafileira de malhas foi tricotada. Pelo menos na zona de prisão dos fios, de tri-cô e/ou de liga, as agulhas de um dos grupos são orientadas e são monta-das móveis sobre o pente correspondente, segundo um plano que é secanteortogonalmente ao plano de orientação e de mobilidade das agulhas do ou-tro grupo. Essas disposições são tais que as agulhas de um ao outro dosgrupos são alternadamente deslocadas para prender os fios de tricô e deligação nessa zona de prisão, segundo trajetórias concorrentes respectiva-mente compreendidas nesses planos secantes. Mais particularmente, o cur-so feito pelas agulhas de um grupo sobre o pente correspondente se esten-de além da reta de interseção entre os planos secantes para prender o fio detricô que lhe é afetado e/ou o fio de ligação. Essa máquina é descrita no do-cumento US 2004/0216496.

O têxtil obtido apresenta uma espessura tipicamente da ordemde alguns milímetros. Apareceu ao uso que essa espessura podia se mos-trar insuficiente, e notadamente que esses dispositivos de tricotagem nãopermitiam a confecção de têxtil dupla-face de uma espessura mais conse-qüente, a saber da ordem de mais de oito milímetros. É por isso que foi pro-posto interpor duas camadas externas tricotadas uma camada de espuma,que é colada contra essas camadas externas para sua ligação uma à outra.Esses têxteis são capazes de apresentar uma espessura de mais de umadezena de milímetros. Todavia, a aplicação dessa técnica não permite aconfecção de um têxtil espesso com cadências de produtividade satisfató-rias. Por outro lado, a estabilidade da espessura do têxtil obtido é aleatória ea manutenção desta é delicada, em razão da interposição de uma camadade espuma colada entre as duas camadas externas.Obieto da Invenção

A finalidade geral da presente invenção é de propor um disposi-tivo para a confecção de um têxtil espesso de tipo dupla-face tricotada, per-mitindo a obtenção desse têxtil com cadências de produção ótima, o têxtilobtido sendo confiável quanto à conservação da espessura que lhe foi inici-almente conferida e sendo fácil de manutenção. Compreender-se-á por têxtilespesso um têxtil capaz de apresentar uma espessura superior a uma deze-na de milímetros, notadamente quinze milímetros ou mais.

É mais particularmente visado pela presente invenção propor umdispositivo de tricotagem, indiferentemente retilínea ou circular, permitindorealizar um tricô dupla-face, comportando duas camadas externas ligadasentre si por pelo menos um fio de ligação que lhe confere sua espessura,esse tricô sendo capaz de ser obtido com cadências elevadas, e todavia a-presentar uma espessura conseqüente, a título indicativo da ordem de maisde dez ou quinze milímetros. É também visado pela invenção permitir a con-fecção desse têxtil espesso, cujas camadas externas são capazes de apre-sentarem uma estrutura complexa e também cuja alimentação dos fios deligação com as camadas é variável.

O dispositivo da presente invenção é um dispositivo de tricota-gem para a confecção de um têxtil dupla-face, que comporta duas camadasexternas tricotadas e ligadas uma à outra por pelo menos um fio de ligação.

Esse dispositivo comporta dois grupos de agulhas com gancho e com palhe-ta giratória que são respectivamente suportados por um pente. As agulhassão independentemente montadas móveis sobre o pente correspondentesegundo uma trajetória retilínea entre pelo menos uma estação de retirada,uma estação de tricotagem, na qual o gancho da agulha prende o fio de tricôcorrespondente, e uma estação de ligação, na qual o gancho da agulhaprende o fio de ligação. O dispositivo comporta, além disso, meios de mano-bra das agulhas de cada um dos grupos entre suas diferentes estações emeios de provisionamento em fios de tricô respectivamente constitutivos deambas as camadas externas, e em fio de ligação, para uma zona do disposi-tivo de prisão desses fios pelos ganchos das agulhas. A trajetória de umaagulha de um grupo está contida em um plano concorrente a um plano quecontém a trajetória de uma agulha do outro grupo, nessa zona de prisão dosfios.

De acordo com a presente invenção, esse dispositivo é princi-palmente reconhecível pelo fato de as posições do gancho de uma agulhade pelo menos um grupo respectivamente entre sua estação de tricotagem esua estação de ligação serem dispostas de ambos os lados da reta de inter-seção entre os dois ditos planos secantes. Além disso, o curso da agulhaentre sua estação de retirada e sua estação de tricotagem é inferior ao cursoda agulha entre sua estação de retirada e sua estação de ligação.

De acordo com uma forma preferida de realização, as agulhasde cada um dos grupos respectivamente entre sua estação de tricotagem esua estação de ligação são dispostas de ambos os lados da reta de interse-ção entre os dois ditos planos secantes.

Essas disposições são tais que o curso feito por uma agulha en-tre sua estação de retirada e sua estação de tricotagem é inferior à distânciaque separa o gancho da agulha em estação de retirada e a posição dessareta de interseção. Sobressai daí que os cursos feitos não são em nenhumcaso concorrentes, segundo seu plano respectivo de trajetória. Sobressai daífinalmente que a prisão do fio de tricô pelas agulhas de um ao outro dosgrupos é feita na frente dessa reta de interseção, sem cruzamento das agu-lhas em relação a essa reta. Resulta dessas disposições que as camadasexternas são respectivamente tricotadas à distância umas das outras emrelação a essa reta de interseção, o que permite dispor um desvio importan-te entre essas camadas tricotadas, da ordem que pode atingir 17 mm.

De preferência, em estação de liga de uma agulha, seu ganchoe a extremidade da palheta em posição de abertura são dispostos de ambosos lados dessa reta de interseção.

Segundo uma forma preferida de realização, o dispositivo com-porta um elemento de orientação das camadas externas tricotadas contrauma rampa disposta sobre o pente correspondente.

Esse elemento de orientação é preferencialmente constituído deuma platina, de conformação triangular ou análogo, por exemplo, compor-tando duas bordas que formam guias respectivos das camadas tricotadas eevacuadas em direção à rampa do pente correspondente. Essa platina apre-senta mais particularmente uma conformação em triângulo retângulo, cujasbordas ortogonais formam guias, sendo respectivamente orientadas sensi-velmente de modo paralelo às trajetórias das agulhas. Essa platina é nota-damente interposta entre os pentes, seu ângulo reto sendo dirigido para es-sa reta de interseção.

O pente comporta vantajosamente uma zona de apoio das ma-lhas da camada externa correspondente. Essa zona de apoio é disposta nabase da rampa e na extremidade do guia correspondente do elemento deorientação. Essas disposições são tais que a malha é mantida contra a zonade apoio que comporta o pente, para a passagem do fio de ligação encaixa-do nos ganchos, quando do retorno da agulha na estação de retirada e doescape da malha pela agulha.

Essa zona de apoio é, por exemplo, formada a partir de uma pla-tina adicional levada sobre o pente correspondente.

Segundo uma forma vantajosa de realização, o elemento de ori-entação constitui, além disso, um tramador de pelo menos um fio adicionaldistribuído nos filamentos do fio de ligação, ligando uma camada externatricotada à outra camada externa tricotada.

Os meios de provisionamento compreendem preferencialmentemeios de orientação do fio de tricô correspondente, segundo uma direçãoinclinada de um ângulo Al que é inferior ou igual a 90° em relação à trajetó-ria da agulha do grupo correspondente, limitada entre sua estação de retira-da e sua estação de tricotagem. Esse ângulo Al é mais particularmente umângulo de 45°.

Além disso, os meios de provisionamento compreendem, de pre-ferência, meios de orientação do fio de ligação, segundo uma direção incli-nada de um ângulo A2 superior a 90° em relação à trajetória das agulhas deambos os grupos. Esse ângulo A2 é mais particularmente um ângulo de135°.Sobressai dessas disposições que as orientações em direção àzona de prisão dos fios, respectivamente dos fios de tricô e do fio de ligação,são concorrentes, formando um ângulo mais particularmente de 90°.

De acordo com uma variante de realização, os meios de provisi-onamento compreendem, além disso, meios de provisionamento de pelomenos um fio complementar, tal como de sobreposição de um fio tricotadoao outro, de anel ou análogo, em direção à zona de prisão dos fios para suaintegração em uma camada externa correspondente.

Mais particularmente, os meios de provisionamento compreen-dem meios de orientação do fio complementar, segundo uma orientaçãosensivelmente paralela àquela de orientação do fio de tricô correspondente.

O dispositivo da invenção é capaz de ser indiferentemente apli-cado a um dispositivo de tipo retilíneo ou de tipo circular. Segundo a organi-zação de um dispositivo de tipo retilíneo, as agulhas de qualquer grupo são,por exemplo, dispostas sobre um prato em um mesmo plano paralelamenteumas às outras.

Segundo a organização de um dispositivo de tipo circular, asagulhas de dois grupos são, por exemplo, portadas na periferia de dois cilin-dros que giram em torno de um mesmo eixo.

Um ciclo de fabricação que compreende uma fileira completacomporta pelo menos duas etapas principais. Uma primeira etapa consisteem utilizar o fio de ligação por cruzamento das agulhas de cada um dos gru-pos, manobradas na estação de ligação. Depois, em uma segunda etapa, ascamadas externas são tricotadas pela manobra das agulhas corresponden-tes na estação de tricotagem, sem cruzamento de seu curso com a zona detrabalho das agulhas na estação de ligação e sem cruzamento de seu cursocom a zona de trabalho das agulhas do outro grupo na estação de tricotagem.

Graças às disposições da invenção, o têxtil confeccionado é es-pesso e obtido a cadências de produção elevadas. As camadas externassão capazes de serem de uma estrutura complexa, tal como jérsei, em jac-quard ou com malhas estruturadas, uma trama podendo ser integrada aosfilamentos do fio de ligação que liga as camadas externas uma à outra, anéisou um fio de sobreposição de um fio tricotado ao outro podendo ser integra-dos às camadas externas. Os fios de tricôs e/ou de ligação são indiferente-mente fios monofilamentos ou multifilamentos, de origem natural ou sintética.

Descrição das Figuras

A presente invenção será melhor compreendida, e detalhes emrelevo aparecerão, com a leitura da descrição que vai ser feita em relaçãocom as figuras dos desenhos anexados, nos quais:

- a figura 1 representa um esquema que ilustra um exemplo derealização de um dispositivo de tricotagem da presente invenção;

- a figura 2 representa um detalhe da figura 1;

- as figuras 3 a 6 representam esquemas que ilustram um dispo-sitivo representado na figura 1, segundo diferentes posições respectivas dasagulhas que ele comporta.

Nas figuras 1 e 2, um dispositivo de tricotagem é destinado àconfecção de um têxtil dupla-face composta de camadas externas 1 e 2 liga-das entre si pelos filamentos 3 de um fio de ligação 4. Esse dispositivo com-preende um binário de quedas, em cilindro e prato, por exemplo, que sãoassociadas, cada uma, a um pente 5 portador de maneira móvel de uma plu-ralidade de agulhas 6 com gancho 7 e palheta giratória 8. Essas agulhas 6são independentemente manobráveis em translação sobre o pente 5 que asporta, por meios de manobra 9 de tipo com carne ou análogo. O dispositivocompreende, além disso, meios de provisionamento 10 em fios de tricô 11 e12 para a confecção respectivamente de uma e da outra das camadas ex-ternas 1 e 2, e em fio de ligação 4. Sobressai daí que o dispositivo compre-ende dois grupos de agulhas 6 montadas móveis em translação sobre seupente 5 respectivo, cada um desses grupos de agulhas 6 sendo destinado àtricotagem de uma camada externa correspondente 1 ou 2, e à prisão do fiode ligação 4 para juntar uma à outra essas camadas externas 1, 2, por in-termédio de suas malhas.

As agulhas 6 são montadas móveis em translação sobre o pente5, que as porta segundo uma trajetória contida em planos respectivos P1 eΡ2 na zona 13 de prisão dos fios 4, 11, 12 pelas agulhas 6. Os planos P1 eP2 contendo as trajetórias das agulhas 6 respectivamente de ambos os gru-pos são concorrentes segundo uma reta de interseção D situada na zona 13de prisão dos fios 4, 11, 12 pelas agulhas 6. Compreender-se-á que, nasfiguras, essa reta de interseção D é ortogonal ao plano da folha. Reportan-do-se, por outro lado, às figuras 3 a 6, as agulhas 6 são móveis entre dife-rentes estações, das quais pelo menos:

*) uma estação de retirada, tal como ilustrado na figura 4 e nasfiguras 5 e 6, para as agulhas 6 de um primeiro e de um segundo grupo res-pectivo;

*) uma estação de tricotagem na qual os ganchos 7 das agulhas6 prendem os fios de tricô 11, 12, tal como representado nas figuras 5 e 6para as agulhas 6 de um segundo e de um primeiro grupo respectivo;

*) uma estação de ligação na qual os ganchos 7 das agulhas 6prendem o fio de ligação 4, tal como representado na figura 3.

Na figura 2, mais particularmente, a zona 13 de prisão dos fios ésubdividida em dois espaços 13a e 13b afetados na prisão dos fios por umgrupo de agulhas 6 correspondente. Esses espaços 13a e 13b são notada-mente respectivamente contidos no volume delimitado em PI1CeD para oespaço 13a, e no volume delimitado entre P2,F e D para o espaço 13b.

Comparando-se as estações das agulhas 6 da figura 2 à figura3, as posições do gancho 7 de uma agulha 6 de um grupo respectivamenteentre sua estação de tricotagem, tal como visível na figura 2 e sua estaçãode ligação, tal como visível na figura 3, são dispostas de ambos os lados dareta de interseção D entre os planos concorrentes P1 e P2 contendo a traje-tória das agulhas 6 respectivamente de ambos os grupos. O curso das agu-lhas 6 entre sua estação de retirada e sua estação de tricotagem é inferiorao curso das agulhas 6 entre sua estação de retirada e sua estação de liga-ção. Mais particularmente, quando da prisão do fio de ligação 4 pelas agu-lhas 6, o curso destas se prolonga além dessa reta de interseção D, enquan-to que o curso das agulhas 6 em direção à sua posição de tricotagem é limi-tado para impedir que o gancho 7 ultrapasse a reta de interseção D. Sobres-sai daí que as trajetórias respectivas dos ganchos 7 das agulhas 6 de um aooutro dos grupos para sua estação de tricotagem não se cruzem. Por outrolado, na figura 3, na estação de ligação das agulhas 6, seu gancho 7 e a ex-tremidade das palhetas 8 que elas comportam, em posição de abertura, sãodispostos de ambos os lados dessa reta de interseção D.

Voltando-se mais particularmente às figuras 1 e 2, o dispositivocomporta um elemento de orientação 14 das camadas externas 1, 2 tricota-das, e mais particularmente das malhas da fileira em curso de formação.Esse elemento de orientação 14 permite orientar as malhas em direção auma zona de apoio 15 das malhas dispostas sobre o pente 5 corresponden-te. Essa zona de apoio 15 é destinada a manter as malhas, quando de seuescapamento além da agulha 6 e da passagem através do fio de ligação 4.O elemento de orientação 14 é constituído de uma platina de conformaçãogeral triangular, ou de maneira geral em diedro preferencialmente em ânguloreto, cujas bordas são preferencialmente arredondadas e polidas. Essa pla-tina é interposta entre os dois pentes 5. As bordas que formam esse ânguloreto constituem guias respectivos 16 e 17 das malhas tricotadas e evacua-das em direção a uma rampa 18 que comporta o pente 5 correspondente.Esses guias 16,17 são sensivelmente orientados paralelamente à trajetóriadas agulhas 6 correspondentes na zona 13 de prisão dos fios. Sobressai daíque o elemento de orientação 14 permite evitar que as malhas não subamem direção à direita D, as malhas sendo mantidas pela zona de apoio 15que é disposta na base das rampas 18, na extremidade do guia 16, 17 cor-respondente do elemento de orientação 14.

Esse elemento de orientação 14 é capaz de ser, além disso, ex-plorado para formar um tramador de pelo menos um fio adicional 19 distribu-ído nos filamentos 3 do fio de ligação 4, ligando as camadas externas 1, 2entre elas. Os meios de provisionamento 10 com fio que comporta o disposi-tivo compreendem meios de fornecimento desse fio adicional 19 em direçãoao elemento de orientação 14.

Os meios de provisionamento 10 com fio compreendem meiosde orientação 20 dos fios do tricô 11, 12, segundo uma direção inclinada deum ângulo M da ordem de 45° em relação à trajetória das agulhas 6 em di-reção à sua estação de tricotagem. Além disso, os meios de provisionamen-to 10 com fio compreendem meios de orientação 21 do fio de ligação 4, se-gundo uma direção inclinada de um ângulo A2 em relação à trajetória dasagulhas 6 de ambos os grupos, da ordem de 135°. Acessoriamente, os mei-os de provisionamento 10 compreendem meios de provisionamento compelo menos um fio complementar 23 em direção à zona 13 de prisão dosfios, para a integração desse fio complementar 23 em ambas as camadasexternas 1, 2. Mais particularmente, meios de orientação 22 desse fio com-plementar 23 permitem aprovisionar a zona de prisão dos fios, visando inte-grar esse fio complementar 23 ao interior de uma camada externa 1, 2 cor-respondente. O fio complementar 23 é notadamente orientado em direção àzona 13 de prisão dos fios, segundo uma orientação sensivelmente paralelaàquela do fio de tricô 11,12 correspondente. O dispositivo é capaz de com-portar meios de orientação 22 de um fio complementar respectivamente afe-tado em ambas as camadas externas 1 e 2, um dos fios complementares 23podendo ser um fio de sobreposição de um fio tricotado ao outro integradoem uma das camadas externas 1, o outro fio complementar podendo ser umfio de formação de anéis integrados na outra camada externa 2.

Um exemplo de utilização do dispositivo da invenção consisteem levar as agulhas 6 de ambos os grupos na estação de ligação, para aprisão do fio de ligação 4, tal como representado na figura 3. Nas figuras 4 à6, as agulhas 6 são colocadas na estação do ciclo de tricotagem dos fios 11e 12, para formar camadas externas 1 e 2. Durante o ciclo de tricotagem dosfios 11 e 12, as agulhas 6 dos dois grupos não ultrapassam a reta D.

Claims (14)

1. Dispositivo de tricotagem para a confecção de um tecido dedupla-face compreendendo duas camadas externas (1, 2) tricotadas e liga-das uma à outra por pelo menos um fio de ligação (4), este dispositivo com-portando dois grupos de agulha (6) de gancho (7) e de palheta pivotante (8),que são respectivamente suportados por um leito (5), as agulhas (6) sãomontadas independentemente móveis pelo leito (5) correspondente seguin-do uma trajetória retilínea entre pelo menos uma estação de retirada, umaestação de tricotagem na qual o gancho (7) da agulha (6) alcança um fio detricô (11, 12) correspondente, e uma estação de ligação na qual o gancho (7)da agulha alcança um fio de ligação (4), o dispositivo compreendendo aindameios de manobra (9) das agulhas (6) de cada um dos grupos entre suasdiferentes estações, e meios de abastecimento (10) em fios de tricô (11, 12)respectivamente constitutivos de uma e de outra das camadas externas (1,2), e em fio de ligação (4) em direção a uma zona (13) do dispositivo de pe-ga destes fios (11, 12, 4) pelos ganchos (7) das agulhas (6), a trajetória deuma agulha (6) de um grupo estando contida em um plano (P1) concorrentea um plano (P2) contendo a trajetória de uma agulha (6) do outro grupo nareferida zona (13) de pega dos fios, caracterizado pelo fato de que ãs posi-ções do gancho (7) de uma agulha (6) de um grupo respectivamente entresua estação de tricotagem e sua estação de ligação são situadas em ambosos lados da reta de interseção (D) entre os dois referidos planos (Ρ1, P2), eo curso da agulha (6) entre sua estação de remoção e sua estação de trico-tagem é menor do que a do curso da agulha (6) entre sua estação de remo-ção e sua estação de ligação.

2. Dispositivo de tricotagem de acordo com a reivindicação 1,caracterizado pelo fato de que as agulhas (6) de cada um dos grupos res-pectivamente entre sua estação de tricotagem e sua estação de ligação sãodispostas de um lado e de outro da reta de interseção (D) entre os dois refe-ridos planos (P1, P2).

3. Dispositivo de tricotagem de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que em estação de ligação de uma agulha (6),seu gancho (7) e a extremidade da palheta (8) em posição de abertura sãodispostos de ambos os lados da reta de interseção (D).

4. Dispositivo de tricotagem de acordo com qualquer uma dasreivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de compreender um órgão deguia (14) das camadas externas (1, 2) tricotadas contra uma rampa (18) dis-posta sobre o leito (5) correspondente.

5. Dispositivo de tricotagem de acordo com a reivindicação 4,caracterizado pelo fato de que o órgão de guia (14) é constituído de umaplaca comportando dois bordos que formam os guias (16, 17) respectivosdas camadas (1, 2) tricotadas e evacuadas em direção à rampa (18) do leito(5) correspondente.

6. Dispositivo de tricotagem de acordo com qualquer uma dasreivindicações 4 ou 5, caracterizado pelo fato de que o leito (5) compreendeuma zona de apoio (15) das malhas do tecido exterior (1, 2) correspondente,que é disposto na base da rampa (18) e no topo da guia (16, 17) correspon-dente do órgão de guia (14), para a passagem do fio de ligação (4) engan-chado, quando do retorno na agulha (6) em estação de retirada e liberaçãoda malha pela agulha (6).

7. Dispositivo de tricotagem de acordo com a reivindicação 6,caracterizado pelo fato de que a zona de apoio (15) é formada a partir deuma placa adicional colocada sobre o leito (5) correspondente.

8. Dispositivo de tricotagem de acordo com qualquer uma dasreivindicações 4 a 7, caracterizado pelo fato de que o órgão de guia (14)constitui ainda uma trama de pelo menos um fio adicional (19) distribuídonos filamentos (3) do fio de ligação (4) ligando um tecido externo (1,2) trico-tado ao outro tecido externo (1,2) tricotado.

9. Dispositivo de tricotagem de acordo com qualquer uma dasreivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que os meios de abasteci-mento (10) compreendem meios de guia (20) do fio de tricô (11, 12) corres-pondente seguindo uma direção inclinada de um ângulo M_ inferior ou iguala 90° em relação à trajetória da agulha (6) do grupo correspondente limitadoentre seu posto de parada e seu posto de tricotagem.

10. Dispositivo de tricotagem de acordo com qualquer uma dasreivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que os meios de abasteci-mento (10) compreendem meios de guia (21) do fio de ligação (4) seguindouma direção inclinada de um ângulo A2 superior a 90° em relação à trajetóriade agulhas (6) de qualquer grupo.

11. Dispositivo de tricotagem de acordo com qualquer uma dasreivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que os meios de a-bastecimento (10) compreendem os meios de abastecimento de pelo menosum fio complementar (23), para a área (13) da pega de fios para a sua inte-gração em uma camada externa (1, 2) correspondente.

12. Dispositivo de tricotagem de acordo com a reivindicação 11,caracterizado pelo fato de que os meios de abastecimento (10) compreen-dem os meios de guia (22) do fio complementar (23) seguindo uma direçãosensivelmente paralela àquela de orientação do fio de tricô (11 ,12) corres-pondente.

13. Dispositivo de tricotagem de acordo com qualquer uma dasreivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que é do tipo retilí-neo, as agulhas (6) de qualquer um dos grupos sendo dispostas sobre su-porte em um mesmo plano paralelas umas às outras.

14. Dispositivo de tricotagem de acordo com qualquer uma dasreivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que é do tipo circular, asagulhas (6) de dois grupos são dispostas na periferia de dois cilindros con-tornados ao redor do mesmo eixo.