BRPI0610689A2

BRPI0610689A2 - vidraça e processo de registro de informações e de leitura à distáncia dessas informações

Info

Publication number: BRPI0610689A2
Application number: BRPI0610689-7A
Authority: BR
Inventors: Frederic Foureau
Original assignee: Saint Gobain
Priority date: 2005-04-26
Filing date: 2006-04-24
Publication date: 2012-10-30
Also published as: WO2006114543A1; KR101356604B1; US20080191841A1; RU2381954C2; JP5235658B2; ES2708550T3; PL1874622T3; KR20070122498A; ES2708550T5; EP1874622A1; TR201820392T4; CA2607481C; CA2607481A1; PL1874622T5; PT1874622T; EP1874622B2; JP2008539122A; US8384520B2; BRPI0610689B1; RU2007143572A

Abstract

VIDRAçA E PROCESSO DE REGISTRO DE INFORMAçõES E DE LEITURA à DISTáNCIA DESSAS INFORMAçõES. Vidraça que compreende pelo menos um dispositivo eletrónico (2) que compreende pelo menos uma memória eletrónica (21) na qual são registradas informações que podem ser lidas à distância com o auxílio de um aparelho de leitura adaptado, caracterizada pelo fato de que ela compreende meios eletrónicos de recepção e de tratamento de dados (20) que são conectados com a memória (21) de maneira a transmitir e inscrever informações na dita memória em resposta a sinais recebidos de maneira programada por um ou vários órgãos de detecção e de emissão de dados (3) associados à vidraça e/ou ao dispositivo que acolhe a vidraça.

Description

"VIDRAÇA E PROCESSO DE REGISTRO DE INFORMAÇÕES E DE LEITURA À DISTÂNCIA DESSAS INFORMAÇÕES"

A invenção se refere às vidraças munidas de pelo menos um dispositivo eletrônico que compreende pelo menos uma memória eletrônica na qual são registradas informações que podem ser lidas à distância com o auxílio de um aparelho de leitura adaptado.

A invenção será mais especialmente descrita em relação ao domínio da aeronáutica mas sem estar limitada a ele.

E conhecido apor na saída da linha de fabricação, sobre as vidraças destinadas à aeronáutica tais como as vidraças para cockpit de avião, um elemento de marcação, que compreende geralmente pelo menos a marca do fabricante, o número de série e a data de fabricação, assim como um número de código de identificação da vidraça chamada "Part Number". Esse número "Part Number" registrado junto a um organismo oficial identifica todas as informações ligadas às características técnicas da vidraça e a sua fabricação. Um tal elemento de marcação é geralmente impresso em uma etiqueta que é colada sobre o vidro da vidraça, ou então gravado em uma etiqueta metálica que é adaptada na cercadura da vidraça.

As vidraças de avião devem ser trocadas periodicamente em razão do envelhecimento, que pode por exemplo gerar deslaminações do laminado, uma deterioração do aquecimento, em razão também de quebras eventuais, notadamente no solo ou na decolagem devidas à projeção de cascalhos ou outros objetos, e finalmente em razão de sua danificação em pleno vôo ligada às intempéries tais como o granizo, o raio, ou em conseqüência dos impactos de aves.

Essas vidraças são substituídas sem conhecer exatamente o número de horas de vôo efetuadas com essas últimas. Uma contagem do número de horas efetuadas entre cada troca de vidraça necessita de fato hoje uma gestão administrativa complexa demais. Essa informação não está portanto diretamente disponível e também não é centralizada. Somente um número de horas médio pode ser estabelecido em relação à data de colocação em serviço do avião e do número de horas de vôo efetuada pelo avião, e com a condição de que a companhia aérea encarregada pelo avião participe, e de maneira valida, na comunicação desses dados.

É em conseqüência disso impossível, em especial para o fabricante de vidraças, explicar a confiabilidade de uma vidraça em relação ao número de horas de vôo realmente efetuadas. Ora5 essa informação poderia ser muito útil para assegurar um melhor acompanhamento das vidraças, otimizar as trocas das vidraças no tempo, para o fabricante de vidraça explicar a qualidade, a confiabilidade, no decorrer do tempo de suas vidraças em relação a seus clientes.

É por outro lado conhecido dotar certas vidraças, em especial para seu acompanhamento desde sua fabricação até sua utilização, de meios perenes de identificação que contêm informações ligadas à vidraça. Esses meios perenes são por exemplo constituídos por uma etiqueta eletrônica associada à vidraça, a etiqueta eletrônica permitindo estocar um grande número de informações.

A patente EP 1 144 791 - Bl descreve uma vidraça munida de uma etiqueta eletrônica que compreende um chip eletrônico que possui na memória todas as informações ligadas à vidraça, e uma antena que assegura a transmissão das informações entre o chip e um dispositivo exterior de emissão/recepção que assegura a leitura e/ou a escrita das informações. A troca das informações é feita sem contato, por onda eletromagnética de freqüência que pode variar de 125 kHz a algumas dezenas de MHz.

Tais sistemas de troca de dados sem contato utilizados na maior parte das vezes para identificações à distância, antifurtos, acompanhamentos de objetos em locais de transito, são hoje conhecidos sob o nome de RFID (Radio Frequency Identification Device). Na aplicação que interessa aqui, em especial aquela das vidraças aeronáuticas, a etiquetagem eletrônica da vidraça permitiria ler e mesmo escrever à distância com o auxílio de um aparelho de escrita informações ligadas às características técnicas da vidraça; essas informações seriam assim diretamente acessíveis a partir da vidraça.

A invenção tem portanto como objetivo fornecer uma vidraça munida de um dispositivo eletrônico de assinalamento que permita conhecer durante toda a vida da vidraça as características técnicas ligadas à vidraça e/ou a sua fabricação, assim como todas as informações ligadas, no decorrer do tempo, ao funcionamento, à utilização da vidraça e/ou do dispositivo que acolhe a vidraça.

De acordo com a invenção, a vidraça é caracterizada pelo fato de que ela compreende meios eletrônicos de recepção e de tratamento de dados que são conectados com a memória eletrônica do dispositivo, os meios eletrônicos transmitindo e inscrevendo informações na dita memória em resposta a sinais recebidos de maneira programada por um ou vários órgãos de detecção e de emissão de dados associados à vidraça e/ou ao dispositivo que acolhe a vidraça.

Os órgãos de detecção e de emissão de dados são compreendidos como associados à vidraça e/ou ao dispositivo que acolhe a vidraça de modo que eles não incluem os órgãos de detecção que detectariam a presença da vidraça como tal.

Por outro lado, entende-se pela expressão "de maneira programada" relativa aos sinais recebidos, qualquer processo de transmissão de dados que não faz intervir a escolha de uma pessoa humana a transmitir esses dados.

Assim, a vidraça integra de acordo com um registro programado informações que estão diretamente ligadas à utilização da vidraça em seu ambiente e/ou ligadas ao dispositivo que integra a vidraça, e/ou a um elemento elétrico integrado à vidraça, essas informações evoluindo no

decorrer do tempo.

Em conseqüência disso, qualquer informação útil na utilização da vidraça ou ligada ao ambiente no qual a vidraça é utilizada pode assim ser automaticamente registrada durante toda a vida da vidraça sem intervenção humana, e ser tornada facilmente acessível pois está integrada à vidraça.

De preferência, o acesso às informações registradas na memória é reservado a utilizadores autorizados e assegurado graças a meios de codificação/decodificação. De acordo com uma outra característica, o dispositivo

eletrônico é protegido do ambiente exterior de modo a não ser alterado por exemplo por uma mudança de temperatura, pela umidade, pelas vibrações, pela aceleração eventual sofrida pelo produto no qual a vidraça está integrada, mas também de não ser desregulado ou perturbado por exemplo por ondas eletromagnéticas não desejadas, ou mesmo de modo a funcionar corretamente sem ser por exemplo perturbado por obstáculos físicos por ocasião da transmissão de dados. É possível assim cuidar para que o dispositivo seja recoberto de um material adaptado e/ou que ele seja disposto de maneira apropriada.

De acordo com uma outra característica, o dispositivo

eletrônico é tornado solidário da periferia da vidraça, de preferência em um local destinado a ser escondido pelo chassi no qual será alojada a vidraça. O dispositivo eletrônico pode também ser incorporado no interior da vidraça munida de pelo menos duas folhas de vidro, tal como uma vidraça laminada ou uma vidraça isolante. Assim, ele não é acessível e estará ao abrigo de qualquer risco de degradação ou de retirada involuntária da vidraça.

Os órgãos de detecção e de emissão de dados são notadamente sensores, tais como sensor de corrente elétrica, sensor de tensão, sensor de temperatura, sensor de pressão, sensor de vibrações, acelerômetro, inclinômetro, detector de acionamento mecânico, contadores...

O órgão de detecção e de emissão de dados pode estar incluído na vidraça ou então estar afastado e associado ao dispositivo que acolhe a vidraça.

Naturalmente, o interesse é o de poder ler a um momento dado

as informações estocadas na memória da vidraça com o auxílio de um aparelho de leitura adaptado, esse aparelho podendo também funcionar como aparelho de escrita se for necessário inscrever informações na memória, de uma outra forma que não seja pelo disparo programado dos órgãos de detecção e de emissão de dados mas sim por uma vontade humana.

Assim, a memória do dispositivo eletrônico compreende informações já estocadas antes do funcionamento do dispositivo eletrônico em resposta aos sinais recebidos de maneira programada, as informações sendo notadamente relativas às características de identificação, de configuração, de fabricação, e às características técnicas da vidraça, e/ou às características relativas ao elemento elétrico que a vidraça pode integrar.

Entende-se em toda a descrição por aparelho de leitura/escrita, um aparelho de leitura ou um aparelho de leitura e escrita. A transmissão das informações entre o aparelho de leitura/escrita e o dispositivo eletrônico é realizada por meios de comunicação dos quais a tecnologia é escolhida em função notadamente da localização do dispositivo eletrônico na vidraça em relação a seu ambiente de acolhimento.

Os meios de comunicação são assim do tipo ligação por radiofreqüências tais como por sistemas de identificação por radiofreqüências (RFID), pela tecnologia Wi-Fi ou Bluetooth®, ou do tipo ligação por sinal óptico tal como por infravermelho, por pistas de transmissão capacitivas ou indutivas, ou mais simplesmente do tipo ligação por cabo...

Esses meios de comunicação são de acordo com a invenção de preferência por transmissão de sinais de radiofreqüências, que podem ir de uma centena de kHz a cerca de 6 GHz de acordo com a distância de leitura. O dispositivo eletrônico utiliza de preferência a tecnologia RFID, e compreende para isso uma antena de identificação por radiofreqüências associada aos meios eletrônicos, a antena operando junto com uma outra antena do mesmo tipo associada ao aparelho de leitura/escrita.

Vantajosamente os meios eletrônicos do dispositivo eletrônico compreendem um sistema de identificação que evita a colisão com outras informações não destinadas ao dito dispositivo. Assim, as informações entre o aparelho de leitura/escrita e o dispositivo eletrônico da vidraça são transmitidas de acordo com um protocolo de codificação e de criptografia que pode ser um protocolo proprietário (desenvolvido para essa aplicação) ou padrão (Modbus, CAN5 TCPIP por exemplo). O protocolo garante no caso de uma comunicação estabelecida na proximidade de várias vidraças que incluem dispositivos eletrônicos de acordo com a invenção, a anticolisão entre as informações que provêm das diferentes memórias dos dispositivo.

O aparelho de leitura/escrita estoca por sua vez na memória os resultados de interrogação do dispositivo eletrônico. Esses resultados podem em seguida ser vantajosamente comunicados a um sistema central de gestão, tal como um computador via uma comunicação por cabo ou qualquer outra, por exemplo Wi-Fi com conexão à Internet.

Para informar sobre a leitura sem contato e identificar a vidraça da invenção é preferível dotar a vidraça de uma marcação bem reconhecível pelo exterior e da qual é possível aproximar o aparelho de leitura para obter uma transmissão confiável dos sinais. De maneira especialmente discreta, a marcação pode apresentar a forma de uma decoração ou a forma de um selo ou de um logotipo do fabricante e pode também ser contracolada como elemento de uma decoração de maior superfície.

A vidraça da invenção é assim destinada a ser integrada de preferência em um dispositivo de locomoção, de tipo aeronáutico, veículo automóvel, veículo ferroviário, de maneira, em especial para um aparelho aeronáutico a registrar as horas de vôo na memória eletrônica.

A vidraça pode também ser integrada em um prédio. As vidraças para a construção sendo com freqüência vidraças isolantes, o dispositivo eletrônico da invenção será de preferência integrado no interior da vidraça, entre as duas folhas de vidro.

Outras características e vantagens da invenção aparecerão na descrição que se segue, em referência ao desenho esquemático da figura 1 que representa esquematicamente uma vidraça munida de sua etiqueta eletrônica de acordo com a invenção e os elementos necessários ao processo de registro de informações e de leitura à distância das informações estocadas na etiqueta eletrônica.

A figura não está em escala para facilitar a leitura da mesma.

A figura 1 ilustra uma vidraça 1 de acordo com a invenção munida de pelo menos um dispositivo eletrônico 2 que compreende meios eletrônicos de recepção e de tratamento de dados 20 e uma memória eletrônica 21.

O dispositivo eletrônico 2 é aposto em um local apropriado da vidraça em função da utilização final que é feita da dita vidraça de modo que o dispositivo não perturbe por exemplo a visibilidade. Ele pode por exemplo ser colocado sobre o vidro, ou integrado na vidraça, por exemplo associado à intercalação no caso de uma vidraça laminada, ou ainda ser tornado solidário do quadro periférico que circunda a vidraça.

A memória eletrônica 21 estoca informações que são inscritas pelos meios eletrônicos de recepção e de tratamento de dados 20 em resposta a sinais recebidos de maneira programada a partir dos órgãos de detecção e de emissão de dados 3.

Serão distinguidas na invenção as informações ditas "dinâmicas", essas últimas sendo evolutivas no tempo, das informações qualificadas de "estáticas", que, uma vez escritas na memória 21, não são mais modiflcáveis.

As informações estáticas são de preferência inscritas por intervenção humana com o auxílio de um aparelho de escrita destinado a operar junto com o dispositivo eletrônico 2.

As informações estáticas se referem por exemplo ao fabricante, ao número de série da vidraça, às características técnicas da vidraça, a seu processo de fabricação, à identificação do produto para o qual está destinada a vidraça... As informações estáticas podem ser adquiridas por ocasião da fase de produção da vidraça, por ocasião de uma fase de inicialização tal como na colocação em serviço da vidraça, ou por ocasião de uma fase de atualização.

As informações dinâmicas inscritas na memória estão destinadas a ser substituídas em função dos dados fornecidos no decorrer do tempo e de maneira programada pelos órgãos de detecção e de emissão 3.

Para um exemplo de utilização de uma vidraça em um cockpit de avião, as informações dinâmicas corresponderão às horas de vôo efetuadas com a dita vidraça, à data de colocação em serviço da vidraça, à data de sua troca, a disfunções ligadas à vidraça (de elementos integrados na vidraça) ou a outros elementos do dispositivo que acolhe a vidraça... A memória 21 será evidentemente e utilmente uma memória permanente que conserva duravelmente seu conteúdo mesmo quando ela não é alimentada em tensão. Ela poderá ser esmagável, de maneira parcial, e de maneira controlada.

Os meios eletrônicos de recepção e de tratamento de dados 20 são conectados por um lado à memória eletrônica 21, e por outro lado operam junto com um ou vários órgãos de detecção e de emissão de dados 3 que desde que um dado é levado em consideração em função do tipo de funcionamento dos mesmos disparam de maneira programada a transmissão do sinal na direção dos meios eletrônicos 20. Os meios eletrônicos 20 que recebem então os dados transmitidos pelos órgãos de detecção e de emissão, os tratam e transmitem as informações que resultam disso para a memória 21 de acordo com um protocolo de escrita definido.

Será preferido que os órgãos de detecção e de emissão 3 possam adquirir de modo contínuo seus dados e que sejam os meios eletrônicos 20 que gerenciem a interrogação dos órgãos para obter os dados no momento desejado.

Os meios eletrônicos de recepção e de tratamento de dados 20 gerenciam a chegada dos dados e o tratamento dos mesmos com o auxílio de microcontroladores, e outros sistemas conhecidos com funcionalidades diversas tais como conversores A/N, relógios, unidades de cálculo aritmético,

de codificação, de anticolisão, de autenticação e de controle de acesso, etc...

Fisicamente, os meios eletrônicos 20 são constituídos por vários componentes eletrônicos entre os quais uma memória eletrônica. Mas é possível considerar um dispositivo eletrônico 2 que só forma um único elemento tal como uma etiqueta eletrônica.

Em função do tipo de dados a captar pelos órgãos de detecção e de emissão 3, esses últimos podem por exemplo ser diretamente associados à vidraça ou estar fora da vidraça.

Posicionado na vidraça, pode por exemplo se tratar de um sensor de corrente que detecta a acorrente que é induzida por uma sonda de temperatura conectada aos fios metálicos ou à camada aquecedora da vidraça. As vidraças estando sempre em funcionamento de aquecimento por ocasião do vôo de um avião, a utilização do sensor de corrente permitirá conhecer o número de horas de vôo efetuadas a partir da duração de funcionamento do aquecimento.

Também é possível citar um sensor de vibrações, um sensor de pressão. O sensor de pressão disposto por exemplo na vidraça prestará conta da pressão sofrida pela vidraça e em conseqüência disso do tempo passado para o avião em altitude, e portanto do tempo passado a voar.

Da mesma maneira, sensores do tipo acelerômetro, inclinômetro associados à vidraça podem ser empregados. Por exemplo, para um avião, o acelerômetro ou o inclinômetro permitirão por ocasião da ultrapassagem de um valor limite disparar ao nível dos meios eletrônicos 20 um contador que permitirá avaliar o número de horas de vôo do avião, esse dado tratado do número de horas será inscrito na memória 21.

Mas os órgãos de detecção e de emissão 3 podem também

estar fora da vidraça.

Um exemplo é aquele de um detector mecânico ou eletrônico

associado a um dispositivo exterior à vidraça cujo acionamento mecânico serve como fato disparador para o parâmetro a registrar na memória 21 do dispositivo eletrônico. Para um avião, o dispositivo exterior pode corresponder aos tobogãs cujo armamento que estará no lugar durante toda a duração do vôo prestará assim conta da duração do vôo.

Outros órgãos de detecção e de emissão distintos de sensores podem ainda ser utilizados tais como o regulador de aquecimento ou qualquer

outro sistema informático embarcado no avião.

Os meios eletrônicos de recepção e de tratamento de dados 20 operam junto com os órgãos de detecção e de emissão de dados 3 por elementos de ligação 30, do tipo cabo para sinais elétricos ou fibras ópticas para sinais ópticos, ou então por qualquer outro meio de comunicação sem contato conhecido tais como ligações por sinais de radiofreqüência, ligação

óptica do tipo infravermelho...

Os órgãos de detecção e de emissão 3 como os elementos de ligação 30 e o dispositivo eletrônico 2 são dispostos de maneira apropriada para serem protegidos do ambiente exterior sem risco de dano a fim de garantir o registro das informações durante toda a duração de vida da vidraça. Por outro lado, eles apresentam funcionalidades de inviolabilidade físicas e eletrônicas para garantir sua confiabilidade e portanto a validade das informações inscritas na memória 21.

As informações inscritas na memória 21 são destinadas a ser lidas por um aparelho de leitura/escrita sem contato 4. Naturalmente, o aparelho 4 pode também transmitir um sinal de informações para o dispositivo eletrônico para escrever informações na memória 21. De preferência, é escolhida, como meios de comunicação entre o aparelho de leitura/escrita 4 e o dispositivo eletrônico 2, uma ligação sem contato tal como por radiofreqüências.

Igualmente, o dispositivo eletrônico 2 compreende, conectada aos meios eletrônicos 20, uma antena 22 que funciona por ondas eletromagnéticas. A antena 22 troca sinais com uma antena correspondente do mesmo tipo 40 do aparelho de leitura/escrita 4.

O aparelho de leitura/escrita 4 é portátil sendo levado na proximidade da vidraça ou pode ser parte integrante do dispositivo, tal como o avião, que acolhe a vidraça. Ele é destinado a retransmitir por todos os meios conhecidos, as informações a um sistema central de base de dados 5, por exemplo um computador, disposto no seio do avião ou situado em qualquer lugar tal como a usina de produção das vidraças, a empresa do fabricante de aviões...

O processo de acordo com a invenção de registro de informações e de leitura à distância dessas informações é o seguinte.

Na saída da fabricação da vidraça, o dispositivo eletrônico 2 é solidário da vidraça.

Os órgãos de detecção e de emissão 3 podem ser conectados na usina se eles são diretamente associados à vidraça ou serão conectados por ocasião da montagem da vidraça no alojamento de acolhimento ao qual ela é destinada, se eles são dispostos à distância da vidraça. Ligações físicas 30 podem assim eventualmente sair na periferia da vidraça para a conexão

ulterior a órgãos de detecção e de emissão 3.

Informações estáticas estão eventualmente já inscritas na

memória 21.

Uma vez que a vidraça foi entregue, ela é montada em seu

alojamento de acolhimento tal como um enquadramento de cockpit de avião,

as conexões necessárias se for necessário entre os órgãos 3 e as ligações

físicas 30 sendo efetuadas.

De acordo com o ou os parâmetros escolhidos para mostrar o

número de horas do vôo do avião ou uma outra informação a registrar na

memória 21 do dispositivo eletrônico, os sensores ou outros órgãos de

detecção e de emissão 3 são acionados com o fechamento dos tobogãs, ou

com a rodagem do avião, ou em sua decolagem, etc..., e transmitem seus

dados de acordo com o protocolo de interrogação definido pelos meios

eletrônicos 20.

Os dados recebidos pelos meios eletrônicos 20 são tratados de acordo com um algoritmo predefmido. Um relógio interno aos meios eletrônicos pode por exemplo contabilizar o tempo entre a decolagem e a

aterrissagem do avião.

Os dados tratados, tais como o tempo escoado, são em seguida

fornecidos pelos meios eletrônicos 20 e inscritos na memória 21.

Essas operações de inscrição programada por interrogação dos órgãos de detecção e de emissão de dados são ligadas a parâmetros relativos à vidraça ou ao produto que integra a vidraça, elas se repetem ao longo de toda

a vida da vidraça.

Naturalmente, durante a vida da vidraça, informações que são

geradas pela vontade humana podem também ser inscritas na memória 21 via

os meios eletrônicos 20 próprios para gerir a recepção de dados de outros

sistemas de emissão que não sejam os órgãos 3. Um aparelho de trabalho.

Um terceiro método consiste no posicionamento das unidades usando um navio do tipo ROV conduzido por fios. O posicionamento do ROV é realizado quer por uma "Long Base" organizada no fimdo do mar,

quer por uma "Short Base" instalada no navio de apoio. O cordão umbilical que liga o ROV à superfície restringe as suas deslocações horizontais. Devido a isto, as operações são demoradas e dispendiosas.

O objetivo da invenção consiste num método para posicionamento de equipamentos sísmicos de aquisição no fundo do mar, de acordo com uma geometria pré-estabelecida, bem como para a sua recuperação. Esse método deve ser rápido e barato, bem como adequado para a colocação de numerosas unidades.

De acordo com a invenção, existe um método para aquisição de dados sísmicos numa pluralidade de posições dispersas sobre uma zona no fundo do mar, incluindo os seguintes passos:

- transmissão de ondas acústicas na camada de água acima da referida zona por meio de uma pluralidade de fontes,

- para cada uma das referidas posições de aquisição,

lançamento a partir da superfície, de um equipamento de aquisição sísmica, sendo que o referido equipamento deve compreender uma unidade de aquisição sísmica e um equipamento autônomo de guia para receber sinais acústicos a partir das referidas fontes e para controlar a trajetória do equipamento de aquisição sísmica de acordo com os sinais recebidos, a fim de

OS dirigir para a referida posição,

- realizar a aquisição sísmica,

- fazer com que os equipamentos de aquisição se movam de novo para a superfície,

- recuperar os equipamentos de aquisição na superfície.

A invenção será melhor entendida e outras características se São conhecidos de maneira geral contadores de alternância de carga ou de ciclos de carga que detectam a taxa de utilização de dispositivos elétricos e/ou mecânicos por contagem e memorização mecânicas ou elétricas/eletrônicas e que exibem habitualmente essa taxa para permitir a leitura da mesma pelo utilizador e/ou pelo pessoal de manutenção. Serão citados por exemplo o contador de cópias das copiadoras comerciais ou o contador de ciclos de carregamento de acumuladores.

Também são conhecidas vidraças isolantes nas quais células

solares são integradas.

Os dados ou estados de funcionamento do elemento integrado

são assim registrados de maneira automatizada no dispositivo eletrônico 2.

Esses dados podem compreender as durações de funcionamento ou de engrenagem (memória de duração de funcionamento), os ciclos de comutação (contadores de alternâncias de carga), as temperaturas máximas e/ou ao consumo máximo de corrente e/ou a tensão máxima aplicada (memória esmagável de valores máximos / detecção das sobrecargas) e similares. Se o elemento integrado compreende células solares fotovoltaicas, é possível captar e avaliar a produção de corrente das mesmas (tensão máxima, capacidade fornecida, etc.). Se for necessário, a corrente produzida pode por outro lado ser utilizada para alimentar o dispositivo eletrônico.

Os dados podem portanto em seguida ser lidos à distância. Pode por exemplo ser interessante ler do exterior os dados de funcionamento de elementos elétricos integrados nas vidraças de uma fachada. A nacela com freqüência prevista para a lavagem das superfícies exteriores permite realizá- lo de relativamente perto mas sem ter que tocar cada vidro. De acordo com o alcance e a orientação do aparelho de leitura, a leitura pode mesmo ser realizada a partir do solo. Aí ainda, é possível prever endereçar cada dispositivo eletrônico e cada vidraça de janela por intermédio de uma característica individual e só permitir a transmissão e a leitura à distância dos dados de funcionamento em caso de recepção de um sinal de chamada de endereço apropriado.

Ter-se-á tido o cuidado por outro lado de introduzir na memória 21 do dispositivo eletrônico informações estáticas tais como dados relativos ao número de série ou ao número de peça assim como a data ou o ano de fabricação, de maneira a permitir identificar o elemento integrado na própria vidraça e no local.

Claims

1. Vidraça que compreende pelo menos um dispositivo eletrônico (2) que compreende pelo menos uma memória eletrônica (21) na qual são registradas informações que podem ser lidas à distância com o auxílio de um aparelho de leitura adaptado, caracterizada pelo fato de que ela compreende meios eletrônicos de recepção e de tratamento de dados (20) que são conectados com a memória (21) de maneira a transmitir e inscrever informações na dita memória em resposta a sinais recebidos de maneira programada por um ou vários órgãos de detecção e de emissão de dados (3) associados à vidraça e/ou ao dispositivo que acolhe a vidraça.

2. Vidraça de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que algumas das informações estocadas na memória (21) estão ligadas a parâmetros que evoluem no decorrer do tempo e que são relativos à vidraça e/ou ao dispositivo que integra a vidraça e/ou a um elemento elétrico integrado na vidraça.

3. Vidraça de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que o acesso às informações registradas na memória (21) é reservado a utilizadores autorizados.

4. Vidraça de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o dispositivo eletrônico (2) é protegido do ambiente exterior.

5. Vidraça de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o dispositivo eletrônico (2) é tornado solidário da periferia da vidraça, diretamente sobre o substrato da vidraça ou sobre um elemento adaptado da vidraça tal como um quadro periférico, e de preferência em um local destinado a ser escondido pelo chassi no qual será alojada a vidraça.

6. Vidraça de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o dispositivo eletrônico (2) é incorporado no interior da vidraça munida de pelo menos duas folhas de vidro.

7. Vidraça de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que os órgãos de detecção e de emissão de dados (3) são sensores, tais como sensores de corrente elétrica, sensor de tensão, sensor de pressão, sensor de temperatura, sensor de vibrações, acelerômetro, inclinômetro, detector de acionamento mecânico, ou contadores.

8. Vidraça de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o órgão de detecção e de emissão de dados (3) é incluído na vidraça ou então está afastado e associado ao dispositivo que acolhe a vidraça.

9. Vidraça de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a memória (21) do dispositivo eletrônico compreende informações já estocadas antes do funcionamento do dito dispositivo eletrônico em resposta aos sinais recebidos de maneira programada, as informações senso notadamente relativas às características de identificação, de configuração, de fabricação e às características técnicas da vidraça e/ou de um elemento elétrico integrado na vidraça.

10. Vidraça de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que as informações registradas na memória (21) do dispositivo eletrônico da vidraça são destinadas a ser lidas por um aparelho de leitura/escrita (4) que funciona também como aparelho de escrita de informações na memória (21) em resposta a uma vontade humana.

11. Vidraça de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de que os meios de comunicação entre o dispositivo eletrônico (2) e o aparelho de leitura/escrita (4) são do tipo ligação por radiofreqüências tais como por sistemas de identificação por radiofreqüências (RFID), pela tecnologia Wi-Fi ou Bluetooth®, ou do tipo ligação por sinal óptico tal como por infravermelho, por pistas de transmissão capacitivas ou indutivas, ou mais simplesmente do tipo ligação por cabo.

12. Vidraça de acordo com a reivindicação 11, caracterizada pelo fato de que os meios de comunicação correspondem a sinais de radiofreqüências, o dispositivo eletrônico (2) compreendendo uma antena (22) de identificação por radiofreqüências associada aos meios eletrônicos (3), a antena operando junto com uma outra antena (40) do mesmo tipo associada ao aparelho de leitura/escrita (4).

13. Vidraça de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que os meios eletrônicos (2) compreendem um sistema de identificação do dispositivo eletrônico que evita a colisão com outras informações não destinadas ao dito dispositivo.

14. Vidraça de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que ela compreende uma marcação de reconhecimento que informa sobre o tipo especial de vidraça que ela constitui.

15. Vidraça de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que ela é destinada a ser integrada em um dispositivo de locomoção, de tipo aeronáutico, veículo automóvel, veículo ferroviário.

16. Vidraça de acordo com a reivindicação 15, caracterizada pelo fato de que a memória eletrônica (21) é destinada a registrar as horas de vôo de um aparelho aeronáutico.

17. Vidraça de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 14, caracterizada pelo fato de que ela é destinada a ser integrada em uma vidraça de prédio.

18. Processo de registro de informações e de leitura à distância dessas informações, as informações estando estocadas em uma memória (21) de um dispositivo eletrônico (2) solidário de uma vidraça, caracterizado pelo fato de que ele consiste em - levantar de maneira programada dados via pelo menos um órgão de detecção e de emissão (3) do tipo sensor, - enviar esses dados a meios eletrônicos de recepção e de tratamento (20) compreendidos no dispositivo eletrônico da vidraça, - registrar os dados tratados pelos meios eletrônicos (2) na memória (21) sob a forma de informações, - ler as informações contidas na memória com o auxílio de um aparelho de leitura (4) adaptado sem contato.

19. Processo de acordo com a reivindicação 18 caracterizado pelo fato de que ele utiliza uma vidraça de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 17.