BRPI0517186B1 - Dispositivo para a eletro-inibição dos músculos faciais - Google Patents

Dispositivo para a eletro-inibição dos músculos faciais Download PDF

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BRPI0517186B1
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Abstract

dispositivo para a eletro-inibição dos músculos faciais, método para causar a inibição elétrica dos músculos faciais e método para o tratamento terapêutico de cefaléia devido a tensão. a invenção refere-se a um método para realização da inibição elétrica dos músculos faciais com propósitos puramente estéticos, usando um dispositivo compreendendo um suporte na cabeça do usuário (1), dois eletrodos de contato (2), um circuito eletrônico (3) para a geração de impulsos elétricos de baixa voltagem nos mencionados eletrodos, um suprimento de eletricidade em corrente direta (4), e meios para dispor e reter (7) os mencionados elementos na cabeça. a invenção é caracterizada pelas seguintes etapas: posicionamento dos eletrodos (2) em cada lado da parte superior do nariz, na glabela; passagem dos impulsos elétricos pelos eletrodos (2) através do músculo prócere do nariz de forma a causar que esse músculo prócere do nariz relaxe e, conseqúentemente, seus músculos antagônicos: o músculo frontal e o músculo duplo dos supercílios.

Description

(54) Título: DISPOSITIVO PARA A ELETRO-INIBIÇÃO DOS MÚSCULOS FACIAIS (51) Int.CI.: A61N 1/32 (30) Prioridade Unionista: 14/12/2004 EP 04447276.9 (73) Titular(es): CEFALY TECHNOLOGY SPRL (72) Inventor(es): PIERRE RIGAUX
1/15 “DISPOSITIVO PARA A ELETRO-INIBIÇÃO DOS MÚSCULOS FACIAIS
Campo da invenção [0001] A presente invenção refere-se a um dispositivo de inibição elétrica ou “eletro-inibição que permite relaxar músculos específicos da parte superior do rosto.
Antecedentes da invenção [0002] Rugas podem ser causadas por uma série de fatores tais como a idade, danos induzidos pela exposição ao sol, etc., mas sobretudo, são causadas pelas expressões faciais, isto é, contrações musculares repetidas (expressão de alegria, de raiva, de tristeza, de medo, de surpresa, etc.). Conseqüentemente, elas são chamadas de “rugas de expressão. Estas rugas, que aparecem principalmente na parte superior do rosto, são causadas pelas interações entre a pele e os músculos subjacentes. Em particular, rugas verticais aparecem na testa, assim como rugas conhecidas como “pés de galinha aparecem nos cantos dos olhos, rugas horizontais na testa, etc.
[0003] Então, rugas na testa, assim como a maioria das cefaléias crônicas conhecidas comumente como “dores de cabeça ou “enxaquecas, são o resultado de tensão prolongada, o que causa contração crônica de qualquer um dos três músculos da parte superior do rosto: o músculo frontal (frontalis), o par de músculos corrugadores dos supercílios (corrugators) e o músculo prócere do nariz (procerus), ou inclusive de vários deles ao mesmo tempo.
[0004] O músculo prócere é um pequeno pacote de músculo carnudo localizado na parte superior de trás do nariz e entre os olhos. Ele passa através da fáscia que cobre a parte inferior do próprio osso nasal e a camada profunda da pele na
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2/15 área entre as sobrancelhas. Ele extrai as sobrancelhas para abaixo e em direção da linha medial, causando vincos na raiz
do nariz. Este músculo envolve-se no franzimento, na
expressão de concentração, ou simplesmente de ofuscamento no
caso de luz brilhante.
[0005] O músculo frontal é um músculo plano localizado
debaixo da pele da testa . Origina-se na borda frontal da
gálea aponeurótica e suas fibras carnosas descem e se fixam
na camada profunda da pele, nas áreas dos supercílios e na área entre os supercílios. Ele levanta a pele dos supercílios e produz vincos horizontais e rugas na testa.
[0006] Ambos músculos corrugadores dos supercílios passam em ambos os lados da glabela ao longo da parte interna dos arcos superciliares. Eles se originam na borda interna dos arcos superciliares e passam para fora ao longo dos arcos, para terminar na camada profunda da pele dos supercílios. Eles extraem os supercílios na direção da linha medial e causam os vincos verticais da pele e as rugas da glabela. [0007] O relaxamento destes músculos contribuiría, portanto, no combate à cefaléia e às rugas de tensão. Além disto, o relaxamento desses três músculos da parte superior do rosto provavelmente permite que a atividade dos músculos da zona occipital predomine. Estes músculos são o músculo occipital (occipitalis) e os dois músculos auriculares posteriores (auricularis posterior).
[0008] Esta mudança do balance entre os músculos faciais e os músculos occipitais, em favor dos últimos, permite estirar a pele do rosto, com o efeito de uma plástica facial fisiológica, o que melhora a aparência do rosto.
[0009] Já são conhecidos vários tratamentos para corrigir
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3/15 rugas de má aparência como as rugas na testa ou na glabela, ou pés-de-galinha que aparecem em rostos envelhecidos.
[0010] Alguns fabricantes de cremes para cuidados faciais recomendam uma sessão adequada de massagem para relaxar os músculos faciais. Porém, deve-se duvidar da efetividade de tal tratamento, sobretudo se as rugas de expressão já estão marcadas claramente.
[0011] Existem também tratamentos com injeção de produtos de ação temporária, tais como o ácido hyalurônico ou toxina botulínica do tipo A, derivada da Clostridium botulinum bacterium (conhecido por seu nome comercial Botox®) . Botox® é injetado em baixas doses em um músculo específico o qual se paralisa e, portanto, não pode mais se contrair. Esses produtos possuem uma ação que dura alguns meses.
[0012] Também se injetam implantes permanentes baseados em micro-esferas plásticas ou implantes tubulares feitos de PTFE ou alternativamente, colágeno ou silicone. A o tempo de vida útil destes implantes é de vários anos. Isto se baseia na possibilidade de uma cirurgia revogável.
[0013] Entretanto, essas técnicas de injeção implicam um certo número de efeitos colaterais, como o risco de desenvolver uma alergia ou um edema após a injeção, o risco de infeção, de manchas vermelhas, machucados, irritações, etc.
[0014] Além do mais, injeções de Botox estão na circulação geral do paciente. Um efeito colateral específico é a não desejada paralisia, observada nos músculos envolvidos no ato de engolir (disfagia).
[0015] Ademais, a eletro-estimulação muscular é bem conhecida. Assim, por exemplo, a patente americana US-APetição 870170100896, de 22/12/2017, pág. 8/28
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4,957,480, descreve um método para tonificar os músculos e tecidos do rosto através da estimulação dos nervos motores e a conseqüente contração dos músculos faciais, aplicando correntes galvânicas de amplitude, freqüência e polaridade predeterminadas, com eletrodos umedecidos com uma solução líquida de partículas carregadas positiva e negativamente, para inseri-los nos tecidos a fim de nutrir os músculos e tecidos que os cercam. Conhece-se deste documento, que é possível por este meio, através do posicionamento cuidadoso dos eletrodos diretamente no músculo, por exemplo, cansar e consequentemente, relaxar o músculo frontal. As correntes estão entre 300 e 640mA com uma freqüência entre 30 e 99Hz, com polarização alternada e um tempo de aplicação entre 1 e 4 segundos, ou mesmo 10 segundos. Os parâmetros elétricos usados geram uma fadiga de trabalho similar à fadiga voluntária do músculo, a qual produz somente um leve, ou nenhum, relaxamento. Este é o campo tradicional de eletroestimulação com freqüências menores que 100Hz para produzir contrações curtas.
[0016] A patente americana US-A-3,709,228 descreve um dispositivo para eletro-estimulação dos nervos faciais do usuário, e consequentemente de seus músculos, que compreende um suporte que descansa no nariz e nas orelhas e possui braços flexíveis que se podem estender em direções opostas, e portam nos seus extremos eletrodos que contatam a pele. Um primeiro eletrodo é posicionado visando estimular o ramo frontal do nervo facial. Um segundo eletrodo é posicionado com a finalidade de estimular o ramo maxilar do nervo facial. Por último, um terceiro eletrodo é posicionado com a intenção de estimular o ramo mandibular do nervo facial. Esse
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5/15 documento não sugere o posicionamento de um eletrodo no espaço entre os supercílios.
Sumário da Invenção [0017] A presente invenção visa prover um equipamento que permita, através de uma corrente elétrica, o relaxamento de um ou de vários músculos da parte superior do rosto, em particular do músculo frontal (frontalis), de ambos os músculos corrugadores dos supercílios (corrugators) e do músculo prócere (procerus) do nariz.
[0018] A invenção propõe, em particular, um método para correção de rugas e alívio da cefaléia crônica, que é simples, não invasivo, e isento de efeitos colaterais.
[0019] Elementos característicos principais da invenção: [0020] Um primeiro objetivo da presente invenção, como declarado na reivindicação 1, refere-se a um dispositivo para a eletro-inibição dos músculos faciais, que compreende:
[0021] Um suporte no nível da cabeça de um usuário, [0022] Dois eletrodos de contato a serem posicionados em cada lado da parte superior do nariz, no nível da glabela, os mencionados eletrodos pertencendo a uma única estrutura de eletrodo que compreende uma peça de pano atuando como um suporte para os mencionados eletrodos, os últimos cobertos na parte interior, ou seja, na face que tem que estar em contato com a pele do usuário, por um gel condutor auto-adesivo, [0023] Um circuito eletrônico para geração de impulsos elétricos de baixa voltagem nos mencionados eletrodos e suprimento de eletricidade em corrente direta, caracterizado pelo fato de ambos eletrodos apresentarem-se na forma de duas áreas prateadas condutoras que impregnam o mencionado pano, o último sendo condutivo em ambas as faces: a interna e a
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6/15 externa, ou seja, as faces em contato com as almofadas do equipamento elétrico.
[0024] Reivindicações 2 até 12 especificam as concretizações preferidas do dispositivo da reivindicação 1. [0025] Um segundo objetivo da invenção, como declarado na reivindicação 13, refere-se a um método para causar a inibição elétrica dos músculos faciais por razões puramente estéticas, usando um dispositivo que compreende: um suporte na cabeça de um usuário, dois eletrodos de contato, um circuito eletrônico para gerar impulsos elétricos de baixa voltagem no nível dos mencionados eletrodos, um suprimento de eletricidade em corrente direta, e meios para dispor e reter os elementos mencionados acima na mencionada cabeça, caracterizado pelas seguintes etapas:
[0026] Posicionamento dos eletrodos a cada lado da parte superior do nariz no nível da glabela, [0027] Passagem dos mencionados impulsos elétricos pelos eletrodos através do músculo prócere do nariz para relaxar o mencionado músculo prócere do nariz e conseqüentemente, seus músculos antagônicos: o músculo frontal e o músculo duplo dos supercílios.
[0028] Reivindicações 14 até 17 especificam as concretizações preferidas do método da reivindicação 13.
[0029] Um terceiro objetivo da invenção, como declarado na reivindicação 18, refere-se ao uso do método de acordo com a reivindicação 13, como um método de tratamento terapêutico para a cefaléia devido à tensão, através da inibição elétrica dos músculos faciais.
Descrição dos desenhos:
[0030] A Figura 1 mostra, esquematicamente, uma vista
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7/15 frontal do dispositivo para eletro-inibição, como em uma primeira concretização preferida da presente invenção, colocada na cabeça de um usuário.
[0031] A Figura 2 mostra uma vista posterior do dispositivo da Figura 1.
[0032] A Figura 3 mostra uma vista superior do dispositivo da Figura 1.
[0033] A Figura 4 mostra um corte transversal da parte frontal do dispositivo da Figura 1.
[0034] A Figura 5 mostra, esquematicamente, uma vista frontal (sem eletrodo) do dispositivo para eletro-inibição, em uma segunda concretização preferida da presente invenção, colocada na cabeça de um usuário.
[0035] A Figura 6 mostra uma vista posterior do dispositivo da Figura 5, assim como uma vista detalhada do eletrodo duplo colocado no seu suporte.
[0036] A Figura 7 mostra diferentes vistas do eletrodo da Figura 6.
Descrição detalhada da invenção
Método [0037] O princípio inovador no qual se baseia a invenção é produzir a inibição dos três músculos mencionados acima, na parte superior do rosto, através da aplicação de uma corrente elétrica em somente um desses músculos, a saber, o músculo prócere. Assim, o posicionamento específico dos eletrodos permite que, como reflexo à inibição do músculo prócere, apareçam ações de relaxamento nos outros músculos da parte superior do rosto. Este é, portanto, um método que visa o efeito inverso daquele procurado na eletro-estimulação, uma vez que o objetivo é o relaxamento dos músculos e não sua
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8/15 contração .
Descrição da técnica [0038] De acordo com a invenção mostrada nas Figuras 1 até 4, dois pequenos eletrodos (2) são posicionados, paralelos entres si, no espaço entre os supercílios conhecido como a glabela, de forma que a corrente elétrica inibidora passe através do músculo prócere do nariz. Os eletrodos 2 são suportados por uma cinta 1 [0039] Esses eletrodos 2 têm, essencialmente, uma forma retangular cujo tamanho é mais ou menos de 25mm x 5mm e estão afastados entre si por uma distância de somente 3 a 15mm. [0040] Este posicionamento particular dos eletrodos tem dupla vantagem:
[0041] Simplicidade: com somente dois eletrodos e um único canal de estimulação o efeito de relaxamento é obtido nos três músculos alvos ao mesmo tempo, graças aos mecanismos fisiológicos descritos posteriormente (fadiga elétrica, reflexos de inibição e excitação do tendão aferente), [0042] Conforto: a pequeníssima fenda entre ambos eletrodos (3 até 15mm) permite limitar as sensações desconfortáveis, reduzindo tanto quanto possível, o volume de tecido sujeito à corrente elétrica . De fato, esta pequena fenda entre os eletrodos tem dupla conseqüência: por um lado, uma área muito pequena da pele está sujeita à corrente elétrica e, por outro lado, tem-se uma profundidade de penetração muito fraca da corrente, esta última circulando preferivelmente nas camadas superficiais da epiderme, sem excitar os nervos muito sensíveis à dor que terminam no periósteo.
[0043] A corrente aplicada aos eletrodos 2 consiste de
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9/15 impulsos elétricos que são conhecidos por provocarem ações potenciais (APs) no nível dos nervos motores. Estes são impulsos retangulares com uma duração entre 30 e 100ms e uma intensidade entre 0 e 30mA (3). O uso deste tipo de impulsos leva a uma excitação da dor mais baixa que com o uso de impulsos mais longos. Porém, qualquer outro tipo de impulso que seja suficiente para provocar um AP nos neurônios motores poderia ser usado.
[0044] Um outro aspecto essencial da invenção é que, a corrente aplicada usa vantajosamente, impulsos com uma freqüência acima de 100Hz, o que causa a fadiga elétrica muito rápida do músculo prócere (4,5). Devido a essa excitação contínua dos nervos motores, ocorre uma rápida cessação da atividade elétrica das fibras do músculo inervadas pelos nervos motores excitados (6) . Com essa freqüência de impulso mantida constante, o músculo prócere não pode ser excitado por alguns décimos de segundos, perde sua tonificação e então, relaxa completamente .
[0045] A excitação dos neurônios motores do músculo prócere também causa o relaxamento de seu músculo antagônico - o músculo frontal - através do reflexo de inibição recíproca (8) . De fato, os impulsos elétricos no nível de um músculo não só excitam os neurônios motores desse músculo, mas também as suas fibras aferentes proprioceptivas. A excitação destas últimas inibe os neurônios motores do músculo antagônico (9,10).
[0046] Além disso, com os eletrodos (2) posicionados no nível dos tendões internos dos músculos dos supercílios, a corrente excita os nervos aferentes desses tendões, ou seja, aqueles que deixam o tendão Golgi se alongar. Uma vez que
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10/15 estes tendões aferentes inibem os neurônios motores de seus músculos, a saber, o músculo duplo dos supercílios, sua excitação através de impulsos elétricos causa o relaxamento do músculo (11,12) .
[0047] De acordo com a invenção, as freqüências elétricas são mais altas (pelo menos 120 ou 150Hz) e o tempo de aplicação é muito maior (tipicamente mais de 60s) que na patente US-A-4,957,480. Isto, porém, não conduz à fadiga de trabalho e sim, à chamada fadiga “elétrica” (4,6). a atividade elétrica na fibra do músculo, caracterizada por potenciais de descanso e ação, desaparece como resultado do acúmulo de íons de potássio (K+) extracelular. O vínculo eletromagnético da atividade muscular é quebrado pelo desaparecimento do potencial elétrico das fibras. Isto resulta na suspensão total da atividade mecânica do músculo e conseqüentemente, no relaxamento completo, estando o músculo em um estado reversível de paralisia eletromecânica. Alcançar esse estado é evitado e não recomendado pela eletro-estimulação convencional. Ele somente aparece graças aos parâmetros específicos da presente invenção. Ele não é observado nem na eletro-estimulação, nem nas contrações voluntárias.
O Dispositivo:
[0048] O sistema completo que permite a eletro-inibição está incluído em um único dispositivo 1.
[0049] De acordo com uma primeira concretização preferida, mostrada nas figuras 1 a 4, o dispositivo é desenhado de forma similar a um aro de óculos, que na frente descansa no nariz, e atrás nas orelhas por meio de braços apropriados. O circuito eletrônico 3 e o suprimento de energia 4 na forma de baterias localizam-se na parte dianteira e oca do
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11/15 dispositivo, no nível das abas 5. Os eletrodos nas faces interior e média da parte frontal 6 estão configurados de forma a ficar posicionados corretamente na área entre os supercílios, quando o dispositivo esteja colocado em um sujeito.
[0050] São possíveis algumas vantajosas concretizações para este dispositivo:
[0051] Montagem em uma cinta, como na figura 2. Neste caso, poderiam ser fornecidos meios para dispor e reter 7 que sirvam também como um conector para ligar o suprimento de eletricidade, uma vez que a cinta esteja colocada no sujeito, [0052] Montagem em uma superfície auto-adesiva a ser colocada no nível da glabela, [0053] Um suporte em forma de aro com o dispositivo descansando na linha média da cabeça, [0054] Um pequeno capacete, etc.
[0055] De acordo com uma segunda concretização preferida, mostrada nas figuras 5 a 7, desenhou-se um “eletrodo duplo 2A, ou seja um eletrodo em que ambos pólos condutores 2 estão em uma única e mesma estrutura. Para o usuário, este arranjo tem como conveniência ter que posicionar somente um eletrodo no lugar de dois, como é o caso mais freqüente em todas as técnicas tradicionais de eletroterapias.
[0056] O eletrodo 2A tem a forma e o tamanho adaptado à área a ser tratada, isto é permite cobrir a área da glabela e inibir o músculo prócere. De acordo com a invenção, o eletrodo 2A compreende, substancialmente, uma peça retangular 21 de pano. O lado maior tem que ser posicionado mais ou menos verticalmente, ele deve ter seus cantos cortados na parte inferior e ser colocado no alto do nariz, e uma borda
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12/15 superior arredondada colocada na testa (figura 7).
[0057] A peça de pano 21, que forma o suporte mecânico do eletrodo, está impregnada com duas áreas condutoras prateadas 2 que atravessam a espessura do pano. Desta forma, o pano se torna um condutor entre sua superfície interna em contato com a pele, e sua superfície externa no lado das almofadas de contato no nível do dispositivo elétrico. Na técnica anterior, a condução entre o dispositivo elétrico e os eletrodos é garantida, usualmente, por um cabo ou um fixador metálico, sendo a superfície externa do eletrodo não condutora. De acordo com a invenção, as superfícies externas dos pólos do eletrodo são condutoras, o que permite que duas almofadas condutoras 25 do dispositivo entrem em contato direto com os pólos.
[0058] A ótima condução entre as áreas condutoras 2 e a pele do usuário é garantida pelas duas áreas de gel 22 condutor auto-adesivo, cobrindo as mencionadas áreas condutoras na superfície interna do eletrodo em contato com a pele. Estas duas áreas de gel condutor se estenderão, preferencialmente, sobre todo o comprimento da peça de pano, e da borda lateral externa sobre uma largura suficiente para cobrir completamente a correspondente área prateada 2, figura
7.
[0059] Uma alternativa vantajosa para impregnação com prata consiste em fazer dois furos no pano do eletrodo para permitir que as acima mencionadas almofadas entrem em contato direto com o gel condutor ou com uma película de carvão, possivelmente uma película de carvão coberta com uma camada de prata, colocada entre o pano e o gel condutor (não mostrado).
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13/15 [0060] O isolamento entre ambos pólos 2 do eletrodo 2A é garantido por uma área central 23 livre de gel condutor autoadesivo 22.
[0061] Ainda de acordo com uma concretização vantajosa da invenção, o eletrodo 2A é fornecido com uma parte não condutora na forma de um pino 24, para garantir a fixação mecânica do dispositivo de suporte e do eletrodo 2A, e para permitir que ambas almofadas de contato 25 se ajustem de forma precisa sobre ambas as áreas condutoras externas do eletrodo.
[0062] Como descrito acima, o circuito eletrônico está localizado na área central do dispositivo de suporte 1. Deste circuito saem ambas as almofadas de contato 25 feitas para se ajustar sobre ambas as superfícies condutoras externas do acima mencionado eletrodo 2A, ou seja, ambas as áreas do eletrodo impregnadas com a prata condutora.
[0063] Entre ambas as almofadas de contato 25, a parte central da carcaça é oca possui um encaixe 26 para entrada do pino 24 do eletrodo. Esse encaixe 26 é largo abaixo e mais estrito acima, o que permite ao usuário ajustar o dispositivo de suporte ao eletrodo facilmente. Como uma vantagem, o pino 24 possui uma haste curta terminada em uma cabeça redonda protuberante que lhe permite se fixar na parte estreita do encaixe 26 do dispositivo de suporte 1, figura 6.
[0064] De acordo com um exemplo concreto: as dimensões do suporte de pano 21 são 37mm x 22mm, as dimensões do eletrodo são 21mm x 7mm, a área central 23 entre os eletrodos sem gel auto-adesivo é de 5mm de largura, e o pino 24 é fixado a uma distância de 16,5mm da borda mais baixa da parte 2A.
[0065] A estabilidade do dispositivo de suporte 1 na forma
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14/15 de aro de óculos é fornecida por três pontos, por ambos os braços que descansam nas orelhas e pelo eletrodo preso à glabela. Isto difere de um aro de óculos tradicional, cujo terceiro ponto de estabilidade é dado pela ponte do nariz ou pelas placas que descansam no nariz. Este último sistema não serve ao dispositivo da invenção uma vez que, as variações de uma pessoa para outra, em termos de tamanho e forma do nariz, não sempre permitem que as almofadas de contato se posicionem de forma precisa nas superfícies condutoras do eletrodo. Vantagens:
[0066] Além das vantagens de simplicidade e conforto já mencionadas acima, o dispositivo da invenção possui também as vantagens de que sua produção é barata, seu uso é fácil e muito rápido (tipicamente menos de 5min), especialmente na casa do usuário, e no envolve os efeitos colaterais que são encontrados com técnicas de injeção (alergias, manchas vermelhas, edemas, presença de implante artificial, etc.). Referências Bibliográficas (1) J. P. REILLY, Impedance and current distribution, Applied Bioelectricity, 2nd Ed., Hardback, Springer-Verlag, New York, 1998, pp. 12-45.
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Claims (4)

REIVINDICAÇÕES
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FIG1
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1. Dispositivo para a eletro-inibição dos músculos faciais caracterizado pelo fato de compreender:
- um suporte no nível da cabeça de um usuário (1), dois eletrodos de contato (2) a serem posicionados a cada lado da parte superior do nariz no nível da glabela, os mencionados eletrodos (2) pertencendo a uma única estrutura de eletrodo (2A) compreendendo uma peça de pano (21) que atua como um suporte para os mencionados eletrodos (2), os últimos sendo cobertos na sua face interior, isto é a face que tem que estar em contato com a pele do usuário, por um gel condutor auto-adesivo (22),
- um circuito eletrônico (3) para gerar impulsos elétricos de baixa voltagem nos mencionados eletrodos (2) e um suprimento de eletricidade em corrente direta, sendo que ambos os eletrodos têm a forma de duas áreas condutoras prateadas que impregnam o mencionado pano (21), sendo este último sendo condutor em ambas suas faces: interna e externa, ou seja as faces em contato com as almofadas (25) do dispositivo elétrico.
2/4
UJ ο:*-1 □ ο ο
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2/3 peça de pano (21) e da borda lateral externa sobre uma largura suficiente para cobrir completamente os dois eletrodos (2).
4. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de a peça de pano (21) possuir uma área central livre de qualquer gel condutor auto-adesivo (22) visando garantir o isolamento elétrico entre os eletrodos (2).
5. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a estrutura simples feita de pano possuir, uma forma essencialmente, retangular com o lado longo, ou comprimento do retângulo, posicionado mais ou menos verticalmente, e na qual os eletrodos (2) estão separados entre si por uma distância entre 3 e 15mm, a mencionada estrutura tendo, possivelmente, suas bordas cortadas na sua parte inferior e posicionadas no alto do nariz, e uma borda superior arredondada estando no nível da testa.
6. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 5, caracterizado pelo fato de a única estrutura de eletrodo (2A) possui uma parte não condutora na forma de um pino (24) para garantir a fixação mecânica da mencionada estrutura (2A) ao mencionado suporte (1) com as mencionadas almofadas (25) entrando em contato com os respectivos eletrodos (2).
7. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de o pino (24) compreender uma haste curta terminada em uma cabeça redonda protuberante que pode se ajustar na parte estreita de um encaixe (26) no suporte (1), o qual é mais largo na sua parte inferior do que na superior.
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2. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de dois furos serem feitos na peça de pano (21) para permitir que as mencionadas almofadas (25) entrem em contato direto com o mencionado gel condutor autoadesivo (22) ou com uma película de carvão, possivelmente coberta por uma camada de prata, inserida entre o pano e o gel condutor.
3/4
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3/3
8. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 7, caracterizado pelo fato de compreender meios para dispor e reter (7) um aro de óculos do tipo que descansa no nariz na frente no nível da única estrutura de eletrodo (2A), e dois braços posicionados sobre as orelhas.
9. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 7, caracterizado pelo fato de compreende4 meios para prender e segurar (7) na forma de uma faixa a ser posicionada na testa.
10. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 7, caracterizado pelo fato de compreender meios para prender e segurar (7) na forma de um suporte tipo aro, descansando na linha média da cabeça. 11. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 7, caracterizado pelo fato de compreender meios para prender e segurar (7) na forma de um capacete feito de material leve. 12. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das
reivindicações de 8 a 11, caracterizado pelo fato de o meio de segurança ser configurado de tal forma que, nas posições liga e desliga respectivamente, o sistema atua como ambos: um interruptor fechado e aberto, respectivamente, do mencionado circuito elétrico (3).
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3. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o gel condutor (22) ser aplicado na forma de áreas que se estendem sobre todo o comprimento da
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