Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "MÉTODO DE ATIVAÇÃO E OPERAÇÃO DE UMA ESTAÇÃO MÓVEL CELULAR E SIS- TEMA DE TELECOMUNICAÇÕES".
REFERÊNCIA AO PEDIDO RELACIONADO
Este é um pedido dividido do pedido de patente PI9506894-5, depositado em 31 de janeiro de 1995, intitulado "MÉTODO DE OPERAÇÃO DE UM SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES CELULAR, MÉTODO DE A- TIVAÇÃO DE UMA ESTAÇÃO MÓVEL CELULAR E ESTAÇÃO MÓVEL EM UM SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES RÁDIO-CELULAR", cuja exposi- ção é aqui incorporada totalmente através de referência. CAMPO TÉCNICO
A presente invenção refere-se geralmente a sistemas de teleco- municação rádio-celular. Mais especificamente, a presente invenção refere- se ao controle de programação específica de usuário armazenado em e a- cionado por estações móveis.
DESCRIÇÃO DO ESTADO DA TÉCNICA
Estações móveis usadas em conexão com sistemas de teleco- municação celular convencionais são fabricados em um estado "branco", vazio ou não programado. Um processo de ativação é realizado tanto para adquirir informação de identificação do cliente, de modo que os clientes pos- sam ser cobrados com sucesso por serviços de comunicação, quanto para personalizar as estações móveis, de modo que elas sejam capazes de for- necer serviços de comunicação. Até que uma estação móvel tenha sido ati- vada, ela não pode efetuar nem receber uma chamada. Após ativação, mu- danças em quaisquer preferências do cliente ou características de operação do sistema podem requerer mudanças na personalização das estações mó- veis.
A personalização é realizada através da inclusão de uma certa programação específica de usuário na estação móvel. A programação espe- cífica de usuário representa dados que fazem com que a estação móvel fun- cione conforme desejado por um usuário específico. Exemplos de progra- mação específica de usuário incluem, mas não são limitados por, um núme- ro de identificação móvel (MIN) e uma identificação do sistema (SID) domés- tica. O MIN representa o número do telefone da estação móvel e a SID do- méstica representa a identificação do sistema celular contratado pelo usuário para fornecer serviços de comunicação.
A ativação é, atualmente, realizada através de duas diferentes técnicas. De acordo com uma técnica de ativação, um representante especi- alizado do serviço colhe dados de um novo cliente, usa um computador em comunicação de dados com um sistema on-line de ativação de cliente com- putadorizado para obter um MIN válido, e opera manualmente o teclado da estação móvel para programar o MIN e outra programação específica de usuário na estação móvel. De acordo com a segunda técnica, estações mó- veis pré-programadas são estocadas em lojas de varejo, de modo que a programação específica de usuário não precisa ser digitada no teclado da estação móvel. Ambas as técnicas têm conseqüências indesejáveis.
A técnica de requerer um representante especializado do serviço para programar as estações móveis força novos clientes a se deslocarem dos seus destinos para visitar um representante do serviço ou uma loja es- pecializada. Isto é uma inconveniência para os clientes e limita a disponibili- dade de estações móveis em mercados em massa. Além do mais, esta téc- nica é propensa a erros porque o fator humano está envolvido na digitação manual da programação específica de usuário em estações móveis. É tam- bém cara devido aos custos de mão de obra associados com o treinamento de um número suficiente de representantes especializados do serviço dispo- níveis para o público geral. Além disso, os custos e a natureza propensa a erros desta técnica são exacerbados porque as seqüências de programação são tipicamente secretas, diferentes fabricantes de estações móveis usam diferentes seqüências de programação, e as seqüências de programação mudam a medida que novos modelos de estações móveis se tornam dispo- níveis.
A segunda técnica de estocar estações móveis pré-programadas trata de alguns dos problemas associados com o uso de representantes es- pecializados no serviço para digitar manualmente a programação específica de usuário em estações móveis. Contudo, esta segunda técnica aumenta os custos de ativação devido a necessidade de inventariar e rastrear as esta- ções móveis que diferem apenas na sua programação específica de usuário. Além disso, a programação específica de usuário é tipicamente configurada para se ajustar à perfis gerais de cliente, em vez das preferências individuais de um cliente. Ela conduz também à confusão na tarefa dos MINs. Por e- xemplo, os MINs são designados, com boa antecedência, de quando a esta- ção móvel é efetivamente vendida. O MIN é alocado para uma área ou loca- lização particular de uso, tipicamente no local da loja de varejo, onde a esta- ção móvel será vendida. Contudo, o cliente pode raramente ou até mesmo nunca usar a estação móvel em locais próximos da loja onde realizou a compra. Conseqüentemente, o cliente pode receber uma estação móvel com um MIN que é inadequado para a área efetiva de seu uso particular.
Os problemas associados com as duas técnicas acima para ati- var estações móveis poderiam, em grande parte, ser eliminados através do uso de uma estação móvel remotamente programável. Poucas estações móveis remotamente programáveis foram inventadas. E além disso, nenhu- ma delas pode ser remotamente programada para a ativação. Estações mó- veis convencionais remotamente programáveis requerem que a estação mó- vel seja ativada antes que elas possam ser remotamente programadas. A ativação prévia é requerida porque as estações móveis realizam uma pro- gramação remota por efetuar ou receber uma chamada, mas elas não po- dem efetuar nem receber uma chamada até a realização da ativação. Além disso, estações móveis convencionais remotamente programáveis usam tecnologia genérica de modem de telecomunicações para receber os dados específicos de usuário. Verifica-se assim um risco à segurança devido ao acoplamento de estações móveis em uma rede pública e à disponibilidade amplamente difundida de tecnologia de modem na população geral.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
De acordo com isto, é uma vantagem da presente invenção pro- porcionar um sistema celular aperfeiçoado que tenha estações móveis remo- tamente programadas. Uma outra vantagem da presente invenção é que as estações móveis podem ser remotamente programadas para uma programação de ativação específica de usuário e para alterações subseqüentes na progra- mação específica de usuário.
Uma outra vantagem é que a presente invenção fornece uma programação remota sem requerer o uso de tecnologia genérica de teleco- municações convencionais de modulação/ demodulação (modem).
Uma outra vantagem é que a presente invenção proporciona a programação remota segura de certas estações móveis sem requerer mu- danças significativas na infra-estrutura das telecomunicações celulares exis- tentes.
As vantagens acima, bem como outras, são obtidas, em uma forma, por um método de operar um sistema de telecomunicações celular para gerenciar uma programação específica de usuário, armazenada em estações móveis, para gerenciar a sinalização entre uma ou mais estações terrestres e as estações móveis e para gerenciar a transferência de informa- ção de usuário para e a partir das estações móveis. O método preza pela comunicação entre uma estação terrestre e uma estação móvel usando uma entre um modo de dados digital ou um modo de áudio analógico. A estação terrestre é operada em cooperação com a estação móvel, de modo que o modo de dados digital é usado para comunicar tanto a sinalização quanto a programação específica de usuário. Além disso, a estação terrestre é opera- da em cooperação com a estação móvel, de modo que o modo de áudio a- nalógico seja usado para comunicar a informação de usuário.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
Uma compreensão mais completa da presente invenção pode ser obtida por referir à descrição detalhada e às reivindicações, quando con- sideradas em conexão com as figuras, em que números de referência iguais se referem a itens semelhantes em todas as figuras, e:
A figura 1 mostra um sistema de telecomunicações que pode incorporar a presente invenção;
A figura 2 mostra um diagrama em bloco de uma estação móvel configurada de acordo com a presente invenção;
A figura 3 mostra um fluxograma de um processo realizado por um sistema de ativação do cliente (CAS);
A figura 4 mostra um diagrama do formato de dados de uma mensagem de resposta de página de três palavras enviada sobre um canal de controle inverso;
A figura 5 mostra um diagrama do protocolo de corrente de da- dos de um protocolo de canal de controle;
A figura 6 mostra um fluxograma de um processo realizado por uma estação terrestre;
A figura 7 mostra um diagrama do formato de dados de uma mensagem de controle de estação móvel de duas palavras, enviada por um canal de controle de avanço;
A figura 8 mostra um fluxograma de um processo realizado por uma estação móvel;
A figura 9 mostra um diagrama do protocolo de corrente de da- dos de um protocolo de canal de voz; e
A figura 10 mostra um fluxograma de um processo executado pela estação móvel durante uma sessão de programação remota.
DESCRIÇÃO DETALHADA DAS MODALIDADES PREFERIDAS
A figura 1 mostra um diagrama em bloco de um sistema de tele- comunicações 10 que pode incorporar a presente invenção. O sistema de telecomunicações 10 inclui um sistema de ativação do cliente (CAS) 12 com qualquer número de estações do operador representante do serviço 14 Ioca- lizadas nas proximidades. O CAS 12 é implementado usando um sistema de computador convencional. As estações do operador 14 se acoplam a uma rede de telecomunicações comutada pública (PSTN) 16 ou a outra rede de comunicações através de um enlace local convencional, de modo que um representante do serviço pode se engatar em conversas telefônicas de voz com clientes e possíveis clientes. O CAS 12 se acopla a um tronco 20 forne- cido através da PSTN 16. Qualquer número de dispositivos de telecomuni- cações adicionais 22 pode também se acoplar à PSTN 16 para se engatar em comunicação de áudio, vídeo, dados ou outra informação de usuário.
A PSTN 16 estende desejavelmente o tronco 20 para uma cen- tral de comutação de telecomunicações móvel (MTSO) 24. Na maior parte, a MTSO 24 tem uma estrutura convencional e realiza processos que são con- vencionais na técnica de telefonia celular e, mais particularmente, de acordo com os padrões de telefonia celular convencional estabelecidos, conforme definido no Standard EIA-553 e outros. A MTSO 24 se acopla a qualquer número de estações terrestres 26, as quais apresentam, igualmente, estrutu- ras convencionais e geralmente realizam processos convencionais. Contudo, os processos realizados pela MTSO 24 e pelas estações terrestres 26 diver- gem dos processos convencionais da maneira como será apresentada abai- xo. Estações terrestres 26 podem representar locais de células, estações de base e afins, que podem gerenciar comunicações via rádio em canais de controle e/ou canais de voz, de modo que as estações móveis 28 possam receber serviços de telecomunicações. Porém, as estações terrestres 26 não estão limitadas a serem usadas apenas como um local de célula, mas tam- bém podem ser usadas para um sistema de comunicação pessoal ou priva- da. Além disso, enquanto a terminologia "estação terrestre" é consistente com o léxico de telefonia celular convencional, estações terrestres não estão limitadas a serem acopladas a linhas terrestres e podem se acoplar à MTSO 24 ou às outras estações de controle através das ligações RF.
Estações móveis 28 podem comunicar informação de usuário através dos canais de voz com outras estações móveis 28, dispositivos de telecomunicações 22, ou mesmo estação do operador 14. Geralmente, esta- ções móveis 28 são utilizadas em movimento ou paradas em pontos não específicos. No entanto, as estações móveis 28 incluem unidades manuais, unidades montadas em veículos, unidades portáteis e unidades que são fisi- camente configuradas para uso apenas em localizações estacionárias per- manentes.
A informação de usuário é comunicada quando uma chamada é configurada e uma estação terrestre 26 e uma estação móvel 28 operam em um modo de áudio analógico para comunicar sinais de áudio analógicos. Conseqüentemente, as comunicações de voz são diretamente convertidas em informação eletrônica de usuário, e os dados digitais podem ser conver- tidos em informação eletrônica de usuário através do uso de modems (não mostrados) que convertem dados digitais em sinais de áudio analógicos.
Do mesmo modo, estações móveis 28 podem transmitir e rece- ber dados de sinalização digital. Dados de sinalização são geralmente co- municados para alocar e, de outro modo, gerenciar os canais nos quais o- correm comunicações, e para indicar um desejo de se engatar em transmitir informação de usuário em canais de voz. Geralmente, os dados de sinaliza- ção são transparentes para os usuários. Os dados de sinalização são comu- nicados quando uma estação terrestre 26 e uma estação móvel 28 operam em um modo de dados digital para comunicar dados digitais. Na modalidade preferida, dados de sinalização digital são comunicados usando um esque- ma de comunicação digital FSK, com codificação Manchester, de 10 Kbit, que é bem conhecido na técnica de telefonia celular.
De acordo com a presente invenção, a programação específica de usuário é comunicada entre o CAS 12 e as estações móveis 28. A pro- gramação específica de usuário representa, geralmente, dados digitais e/ou instruções executáveis que personalizam ou, de outro modo, configuram uma estação móvel 28, de modo que ela possa ser usada para comunicar informação de usuário ou, de outro modo, fornecer serviços de comunicação da maneira desejada por um cliente. Exemplos de uma típica programação específica de usuário incluem um número de identificação móvel (MIN), iden- tificação do sistema (SID) doméstica, critérios de seleção do sistema "A" ou "B", identificação do pacote de características, regras de discagem da área local e afins. Além disso, a programação específica de usuário pode incluir instruções de programação que são executadas por um microprocessador na estação móvel 28 para fazer com que a estação móvel 28 funcione de qualquer modo particular. Ainda, para as finalidades da presente invenção, a programação específica de usuário inclui também uma instrução que, quan- do executada por uma estação móvel 28, desativa a estação móvel 28, de modo que ela não pode ser usada para comunicar informação de usuário. A programação específica de usuário é comunicada quando uma estação ter- restre 26 e uma estação móvel 28 operam em um modo de dados digital pa- ra comunicar dados digitais usando o esquema de comunicação de 10 Kbit que os dispositivos de telefonia celular convencionais são projetados para acomodar. Assim, não são necessários modems extras para comunicar pro- gramação específica de usuário, os custos dos modens extras podem ser eliminados e os riscos de segurança de serem vulneráveis a uma programa- ção indesejável, através de tecnologias de modem genéricos disponíveis em todo o mundo, são evitados.
Estações móveis 28 podem ser remotamente programadas mesmo para efetuar sua própria ativação. Desejavelmente, as estações mó- veis 28 são fabricadas, distribuídas, estocadas e vendidas em uma forma vazia, sem configurações ou qualquer personalização, sendo configuradas para operar apenas em um modo inativo. Estações móveis 28 podem incluir uma certa programação padrão específica de usuário que pode torná-la usá- vel, embora não necessariamente como desejado por certos clientes.
No entanto, estações móveis 28 inativas não incluem um MIN válido. Os especialistas na técnica apreciarão que um MIN representa um número de telefone designado a uma estação móvel 28. O MIN é deseja- velmente designado com base na área de uso do cliente para a estação mó- vel 28. Por exemplo, códigos de área e códigos da central precisam corres- ponder às localizações onde a estação móvel 28 mais provavelmente será usada, de modo que a estação móvel 28 não operará em raming e, de outro modo, será tarifada com taxas excessivas para a maioria das chamadas, e, de modo que, as chamadas recebidas podem ser encaminhadas à estação móvel 28 com sucesso. Assim, um MIN válido é designado no curso de ati- vação de uma estação móvel 28, e este MIN é um código dependente da localização, consistente com um código de área e código da central corres- pondente às áreas onde a estação móvel 28 será comumente usada. A PSTN 16 usa o MIN no roteamento das chamadas aos MTSOs 24 particula- res e sistemas celulares usam os MINs para rotear as chamadas para, e a partir das estações móveis 28 específicas. Enquanto uma estação móvel 28 inativa não tem um MIN ou pe- lo menos um MIN válido, ela tem um número de série eletrônico (ESN). O ESN identifica unicamente a estação móvel 28 para qualquer sistema celular e é configurado de modo que não possa ser prontamente trocado. O ESN é designado de acordo com um código do fabricante e um outro código que é único para o fabricante. O ESN não designa qualquer área de uso e é por- tanto um código independente da localização que não transporta informação útil para a PSTN 16 em roteamento de chamadas para a estação móvel 28 para a qual é designado.
A figura 1 mostra um quiosque de vendas 30 que pode ser usa- do na ativação de uma estação móvel 28'. O quiosque de vendas 30 e o CAS 12 estão, típica e remotamente localizados entre si e podem, em algu- mas situações, estar localizados a milhares de quilômetros de distância en- tre si. Desejavelmente, o quiosque de vendas 30 pode estar localizado em uma loja de varejo onde as estações móveis 28 são vendidas para mercados de massa, e qualquer número de quiosques de vendas 30 pode ser suporta- do pelo CAS 12.
O quiosque de vendas 30 representa um dispositivo de teleco- municações que se acopla à PSTN 16 através de um enlace local. Quando um cliente deseja adquirir uma estação móvel 28', o cliente pode levar fisi- camente a estação móvel 28' para o quiosque de vendas 30 e usar o quios- que de vendas 30 para se engatar em uma conversa de voz transmitida a- través da PSTN 16 com um representante do serviço em uma estação 14. Através desta conversa de voz, o representante do serviço pode coletar in- formação de ativação de usuário a partir do cliente e introduzir estas infor- mações no CAS 12. Tais informações incluem os dados de identificação que permitem que um fornecedor de serviço celular realize, com sucesso, a co- brança dos serviços de comunicação. Ela inclui também o ESN da estação móvel 28', que um cliente pode, por exemplo, recitar a partir da leitura de um identificador fixado na estação móvel 28'. Além disso, a informação de ativa- ção inclui dados de localização que informam ao representante do serviço aonde a estação móvel 28' tem mais probabilidade de ser usada. Esta infor- mação pode ser inferida a partir do endereço do cliente e do endereço do quiosque de vendas 30 e/ou diretamente obtida a partir de uma conversa com o cliente. Através da conversa de voz, o cliente pode selecionar os pa- cotes de características preferidos e afins.
Quando a informação de ativação for recolhida e, preferivelmen- te, enquanto a conversa de voz está prosseguindo, o CAS 12 automatica- mente realiza uma "chamada de ativação" a ser introduzida na estação mó- vel 28'. A MTSO 24 apropriada para usar nesta chamada é selecionada pelo CAS 12 em resposta a um endereço do quiosque de vendas 30, onde a es- tação móvel 28' está atualmente localizada. Os processos que serão discuti- dos abaixo são realizados no CAS 12, MTSO 24, estações terrestres 26 e estação móvel 28', de modo que a estação móvel 28' reconhecerá e respon- derá à chamada usando uma mensagem de paginação que se refere ao ESN da estação móvel. Sendo a ligação de dados estabelecida, uma sessão de programação remota é realizada onde a programação específica de usu- ário, incluindo um MIN recentemente designado, é transferida para a estação móvel 28' e armazenada na mesma. Na conclusão da sessão de programa- ção remota, a estação móvel 28' pode ser usada para comunicar informação de usuário.
A figura 2 mostra um diagrama em bloco do hardware eletrônico incluído em uma estação móvel 28, que é configurado de acordo com os requisitos do sistema 10. Uma antena 32 da estação móvel 28 se acopla a uma primeira porta de um duplexer 34, enquanto uma segunda porta do du- plexer 34 é adaptada para receber um sinal RF modulado, fornecido por um transmissor 36, e uma terceira porta do duplexer 34 fornece um sinal RF re- cebido por uma entrada de um receptor 38. Uma saída de áudio do receptor 38 se acopla a um alto-falante 40 e uma entrada de áudio do transmissor 36 se acopla a um microfone 42. O transmissor 36 recebe sinais analógicos de áudio a partir do microfone 42 e o receptor 38 fornece sinais analógicos de áudio para o alto-falante 40 quando a estação móvel 28 opera no seu modo de áudio analógico. Embora não mostrado, um modem pode se acoplar, ou de outro modo, ser comutado nos percursos de áudio analógicos, de modo que os dados digitais convertidos em uma forma analógica de áudio podem ser comunicados de modo convencional enquanto a estação móvel 28 opera no seu modo de áudio analógico.
Um controlador 44 controla a operação da estação móvel 28. O controlador 44 pode ser implementado usando um ou mais microprocessa- dores comercialmente disponíveis. O controlador 44 fornece sinais de con- trole para o transmissor 36 e para o receptor 38 por linhas de dados 46 e 48, respectivamente. Além disso, o controlador 44 fornece dados de digitais a uma entrada de dados digitais 50 do transmissor 36 para a transmissão, en- quanto a estação móvel 28 opera no seu modo de dados digital, e recebe dados digitais de uma saída de dados digitais 52 do receptor 38, enquanto a estação móvel 28 opera no seu modo de dados digital. Na modalidade prefe- rida, os sinais de controle aplicados nas linhas de dados 46 e 48 identificam canais de freqüência para os quais o transmissor 36 e o receptor 38 são ins- truídos para sintonizar, e especificam se o transmissor e o receptor 36 e 38, respectivamente, devem operar no modo de áudio analógico ou no modo de dados digital.
Uma tela 54 se acopla ao controlador 44 e exibe visualmente a informação fornecida ao mesmo pelo controlador 44. Um teclado 56 se aco- pia ao controlador 44, de modo que o controlador 44 pode detectar o aperto de uma tecla e então responder apropriadamente aos apertos das teclas. Um timer 58 se acopla ao controlador 44 e ajuda o controlador 44 a monito- rar a passagem do tempo. Além disso, uma memória 60 se acopla ao contro- lador 44. A memória 60 armazena dados, variáveis, tabelas, listas e bases de dados, os quais são usados em conexão com a operação da estação móvel 28. Além disso, a memória 60 armazena instruções de programação que são executadas pelo controlador 44 e definem os vários processos, pro- cedimentos, rotinas, tarefas e afins, realizados pelo controlador 44 e pela estação móvel 28. Nas modalidades preferidas, a memória 60 é particionada em três componentes. Um componente de memória de acesso randômico (RAM) 62 representa uma memória volátil de leitura/escrita. Um componente de memória programável apenas de leitura, eletricamente apagável, (EE- PROM) 64 fornece uma memória não volátil de leitura/escrita, e um compo- nente de memória de leitura apenas (ROM) 66 representa a memória não volátil de leitura apenas, que não pode ser facilmente apagada ou, de outro modo, alterada. Os especialistas na técnica apreciarão que o componente de ROM 66 pode ser implementado usando PROMS, EPROMS e semelhan- tes.
Desejavelmente, a programação padrão específica de usuário é armazenada tanto na ROM 66 quanto na EEPROM 64 quando a estação móvel 28 é fabricada e vendida a um cliente. Esta programação padrão es- pecífica de usuário inclui um MIN inválido e uma SID doméstica inválida, jun- tamente com uma configuração de fábrica para um código de bloqueio de teclado e um índice para um pacote padrão de características predetermina- das. Devido, pelo menos em parte, ao uso de um MIN inválido, a estação móvel 28 não pode se engatar em chamadas as quais comunicam informa- ção de usuário neste ponto. A ROM 66 armazena também o ESN indepen- dente de localização para a estação móvel 28 e dados identificando todos os canais de controle usados pelos sistemas celulares "A" e "B".
A figura 3 mostra um fluxograma de um processo 68 realizado pelo sistema de ativação do cliente (CAS) 12. O processo 68 do CAS é reali- zado quando a programação específica de usuário precisa ser remotamente programada em uma ou mais estações móveis 28, tal como pode ocorrer durante a ativação. Enquanto a figura 3 ilustra especialmente um fluxo de programa para uma ativação, um processo semelhante pode ser seguido para outras sessões de programação remota, as quais podem ocorrer depois da ativação. Como indicado por elipses na figura 3, o processo 68 pode rea- lizar muitas tarefas que não são diretamente correlacionadas com a escrita de programação específica de usuário para estações móveis 28. Tais tarefas podem incluir a captura e manutenção dos registros de identificação e co- brança do cliente.
O processo 68 realiza uma tarefa 70 para coletar dados de ati- vação do cliente. Esses dados de ativação incluem, desejavelmente, infor- mação descrevendo a área onde a estação móvel 28 será mais freqüente- mente usada, onde a estação móvel 28 está localizada atualmente, o ESN da estação móvel e outros dados. A tarefa 70 pode ser realizada com a coo- peração de um representante do serviço que está se engatando em uma conversa telefônica por voz com um cliente que pode estar localizado em um quiosque de vendas 30 (ver figura 1).
Depois da tarefa 70, a tarefa 72 designa um MIN válido à esta- ção móvel 28 em resposta à área de uso identificada acima na tarefa 70. Esta área de uso pode, mas não precisa, incluir a localização do quiosque de vendas 30. O MIN designado representa um número de telefone de 10 dígitos que não está atualmente em uso em outro ponto e tem um código de área e da central consistentes com a MTSO 24 (ver figura 1) para esta área de uso. Em seguida, uma tarefa 74 codifica o ESN da estação móvel em um formato de MIN inválido.
A figura 4 mostra um diagrama de formato de dados de uma mensagem 76 de resposta de página de três palavras, enviada por uma es- tação móvel 28 por um canal de controle reverso a uma estação terrestre 26. A mensagem 76 segue os padrões convencionais de telefonia celular. Como ilustra a figura 4, o MIN é formatado como um número binário de 34 bits, tendo uma primeira parte (MIN1) conduzida por uma primeira palavra e uma segunda parte (MIN2) conduzida por uma segunda palavra. O ESN é um número binário de 32 bits que é conduzido em uma terceira palavra.
Novamente referindo-se à figura 3, a tarefa 74 aplica o ESN de 32 bits da estação móvel a um algoritmo de codificação que gera um ESN- MIN codificado de 34 bits e o ESN-MIN de 34 bits é formatado como se fos- se um MIN inválido. O uso de um formato de MIN inválido garante que ne- nhuma estação móvel ativada 28 reconhecerá acidentalmente o ESN codifi- cado como sendo seu MIN. Um MIN inválido pode ser obtido, por exemplo, forçando o primeiro dígito da forma decimal do ESN-MIN para um valor de zero. O algoritmo de codificação particular implementado na tarefa 74 não é relevante para a presente invenção e este algoritmo pode usar técnicas con- vencionais de codificação de chaves pública ou privada. Conforme será dis- cutido abaixo em maiores detalhes, o ESN-MIN será usado no lugar de um MIN para paginar a estação móvel 28. O uso de codificação melhora ainda a segurança, por reduzir o risco de intromissão de uma terceira parte na pro- gramação da estação móvel.
Depois da tarefa 74, a tarefa 78 forma um registro de ativação contendo toda a programação específica de usuário a ser escrita na estação móvel 28 em uma sessão de programação remota posterior. Desejavelmen- te, o registro de ativação é constituído por uma ou mais palavras, onde cada palavra inclui uma identidade de parâmetro (PID) e um valor de parâmetro (PVAL). O MIN designado acima na tarefa 72 para a estação móvel 28 re- presenta um dos parâmetros conduzidos em uma palavra e o registro de ativação pode incluir qualquer número de palavras. Várias palavras PID/PVAL podem ser também codificadas para apresentar instruções à es- tação móvel 28 em vez de dados do parâmetro originais. Tais instruções po- dem, por exemplo, instruir a estação móvel 28 de que a palavra PID/PVAL prévia foi a última palavra a ser transferida na sessão de programação remo- ta. Em um outro exemplo, uma palavra PID/PVAL pode ser codificada como um comando para desativar a estação móvel 28 e, deste modo, desfazer a programação específica de usuário especificada em uma ativação prévia.
Além disso, a tarefa 78 organiza as palavras PID/PVAL de acor- do com uma mensagem de controle da estação móvel, entregue usando um protocolo de canal de controle 80. A figura 5 mostra um diagrama do proto- colo de corrente de dados do protocolo de canal de controle 80 para uma mensagem que conduz uma palavra dos dados. O protocolo 80 é um proto- colo convencional, inacessível pelo usuário, usado em telefonia celular para a comunicação dos dados digitais do canal de controle. Ele conduz uma pa- lavra de 40 bits para cada mensagem de 463 bits. Conforme ilustrado na figura 5, o protocolo 80 inclui uma seqüência de pontos de 10 bits mais um bit de ocupado/inativo, seguido por um padrão de sincronização de palavra de 11 bits mais um bit de ocupado/inativo, seguido por cinco repetições in- tercaladas de palavra de 40 bits da corrente "A" e uma palavra de 40 bits da corrente "B", onde um bit de ocupado/inativo é inserido para cada 10 bits das palavras das correntes AeB. Convencionalmente, a corrente "A" é distin- guida da corrente "Β" pelo bit menos significativo (LSB) do MIN ao qual as correntes são direcionadas. Assim, a tarefa 78 pode repetir as palavras PID/PVAL na corrente "A" ou "B" pelo protocolo 80 e pelo LSB do ESN-MIN gerado na tarefa 74 (ver figura 3), ou a tarefa 78 pode simplesmente repetir cada palavra PID/PVAL dez vezes em cada mensagem. O protocolo de ca- nal de controle 80 é executado em um canal de voz designado, de modo que a programação específica de usuário possa ser rapidamente transferida u- sando o mínimo possível de recursos do sistema. O processo inteiro de ati- var remotamente uma estação móvel 28 deveria demorar apenas alguns segundos, uma vez coletada a informação de ativação do cliente.
Depois da tarefa 78, uma tarefa 82 seleciona uma MTSO 24 a- propriada (ver figura 1) com base na localização atual da estação móvel 28 a ser remotamente programada, estabelece uma ligação de dados para esta MTSO 24 e instrui a MTSO e o sistema celular que ela controla para paginar o número ESN-MIN gerado acima na tarefa 74. A partir da perspectiva do sistema celular, o ESN-MIN é tratado como um MIN válido e um processo de paginação convencional é realizado. O processo 68 do CAS executa uma tarefa 84 para determinar se a página é, eventualmente, bem sucedida. Se não for bem sucedida, o controle do programa passa para uma rotina de manipulação de erro 86, de modo que uma ação apropriada pode ser toma- da. Para o processo de ativação acima descrito, um cliente é engatado em uma conversa em andamento com um representante do serviço e a rotina de erro 86 pode simplesmente informar o representante do serviço sobre o pro- blema. Para outras situações de programação remota, a página mal sucedi- da pode ser simplesmente registrada para ser novamente enfileirada mais tarde.
Quando a página é bem sucedida, uma tarefa 88 envia a men- sagem de programação específica de usuário seguinte a partir do registro de ativação formado acima na tarefa 78, através do tronco 20, PSTN 16, MTSO 24, e uma estação terrestre 26 (ver figura 1) para a estação móvel 28. De- pois da tarefa 88, uma tarefa de consulta 90 aguarda tanto uma resposta de confirmação (ACK) quanto por uma de não confirmação (NAK) da estação móvel 28. Com base na natureza da resposta recebida, se alguma, a tarefa 90 determina se a mensagem anterior foi bem sucedida. Se não foi bem su- cedida, uma tarefa 92 ajusta um ponteiro para o registro de ativação, forma- do na tarefa 78, para repetir o último registro e programar os enlaces de con- trole de volta para a tarefa 88. Embora não mostrado, este enlace pode in- cluir tarefas adicionais para interromper o enlace se for efetuado um número excessivo de tentativas mal sucedidas.
Quando a tarefa 90 determina que a última mensagem foi entre- gue com sucesso, uma tarefa de consulta 94 determina se a mensagem final a partir do registro de ativação foi entregue. Enquanto uma mensagem adi- cional permanecer, o controle do programa retorna à tarefa 88 para continu- ar enviando mensagens de palavra PID/PVAL para a estação móvel 28. Quando terminado, o controle do programa sai do processo 68 e a estação móvel 28 terá sido remotamente ativada.
O processo 68 pode ser também usado para programar remo- tamente as estações móveis 28 que estão atualmente ativadas. Para a pro- gramação remota pós-ativação, a tarefa 70 pode reunir a programação es- pecífica de usuário a ser descarregada na estação móvel 28. As tarefas 72 e 74 podem substituir o MIN existente na estação móvel pelo ESN-MIN codifi- cado, discutido acima. Depois da tarefa 74, o fluxo do programa prossegue como descrito acima e a estação móvel 28 será paginada usando seu MIN. O processo 68 pode ser também repetidamente realizado para programar remotamente populações inteiras de estações móveis 28. Esta situação po- de ocorrer quando uma mudança no sistema celular ocorre, tal como desig- nar novos códigos de área ou códigos de centrais para um sistema celular. Nesta situação, uma população inteira de estações móveis 28 requer pro- gramação específica de usuário atualizada, refletindo os MINs recentemente designados. O processo 68 pode ser repetido para cada estação móvel 28.
A tarefa 70 obtém um novo MIN, tarefas 72 e 74 identificam um MIN antigo e o fluxo do programa prossegue como descrito acima, mas é repetido para cada estação móvel 28 na população.
A figura 6 mostra um fluxograma de um processo 96 realizado por uma estação terrestre 26. Enquanto o processo 96 é direcionado a uma única estação terrestre 26, aqueles especialistas na técnica apreciarão que partes do mesmo podem ser realizadas pela MTSO 24, que controla o mes- mo, e por outras estações terrestres 26, que também são controladas pela mesma MTSO 24. Como indicado por elipses na figura 6, o processo 96 in- clui muitas tarefas relativas ao gerenciamento de canais que são alocados para a estação terrestre 26 e são convencionais em telefonia celular. Uma tarefa de consulta 98 é realizada para sinalizar quando a estação terrestre 26 recebe uma instrução de página a partir do CAS 12 (ver figuras 1 e 3). Enquanto tal instrução não é recebida, a estação terrestre 26 continua a rea- lizar os processos de estação terrestre de celulares convencionais.
Desejavelmente, quando a instrução de página é recebida, todas as estações terrestres no sistema celular controlado pela MTSO 24 recebem simultaneamente a mesma instrução. Neste ponto, uma tarefa 100 pagina o "MIN" especificado na instrução com uma mensagem de ordem de "sintoni- zar e sincronizar" de controle local. Conforme discutido acima, pode ser um MIN válido ou um número ESN-MIN discutido acima em conexão com a tare- fa 74 (ver figura 3). A estação terrestre 26 usa uma mensagem de controle de estação móvel convencional, tal como a mensagem 102 mostrada na fi- gura 7, e entrega uma mensagem 102 enquanto operando em seu modo digital em um canal de controle, usando o protocolo de canal de controle 80 (ver figura 5).
Com breve referência às figuras 6 e 7, a tarefa 100 configura a mensagem de controle da estação móvel 102 como uma mensagem de pá- gina de ordem de controle local por inserir o MIN, o qual pode ser o ESN- MIN durante uma ativação, nos campos MIN1 e MIN2 da primeira e segunda palavras, por ajustar um valor apropriado (11110) no campo de ordem e por ajustar o campo local para um código que a estação móvel 28 irá interpretar como um comando de sintonização e sincronização.
Com referência novamente à figura 6, depois que a tarefa 100 pagina o MIN ou o ESN-MIN obtido a partir do CAS 12, uma tarefa de con- sulta 104 determina se uma mensagem de resposta de página 76 (ver figura 4) foi recebida a partir da estação móvel 28. Como mostrado na figura 4, a mensagem de resposta de página inclui o MIN ou o ESN-MIN1 de modo que a estação terrestre 26 pode verificar que ele respondeu à mensagem prévia de página de ordem de controle local. Se nenhuma mensagem de resposta de página for recebida, o controle do programa retorna à tarefa 100. Embora não mostrado, tarefas adicionais podem ser incluídas para interromper este circuito depois que um certo número de tentativas repetidas de paginação for tentado ou se uma instrução para agir assim for recebida via a MTSO 24.
Quando a tarefa 104 detecta uma mensagem de resposta de página 76 (ver figura 4) que responde à mensagem de página de ordem de controle local de sintonização e sincronização transmitida acima na tarefa 100, uma tarefa 106 encontra um canal de voz ocioso, marca o canal ocupa- do, de modo que não será designado a outras estações móveis 28, e trans- mite um sinal de sincronização digital pelo canal de voz selecionado. Além do mais, a tarefa 106 transmite o sinal de sincronização no canal de trans- missão usando o protocolo de canal de controle 80 (ver figura 5). A tarefa 106 pode, por exemplo, transmitir continuamente sua mensagem suplemen- tar por este canal de voz. Enquanto a tarefa 106 faz com que a estação ter- restre 26 opere um de seus canais de voz na forma de um canal de controle, nada requer qualquer alteração na maneira pela qual a estação terrestre 26 opera seu canal de controle. Em outras palavras, a mensagem suplementar do canal de controle e a mensagem do canal de controle continuam a ser transmitidas a partir da estação terrestre 26 pelo seu canal de controle.
Depois da tarefa 106, uma tarefa 108 transmite uma mensagem de designação de canal de voz pelo seu canal de controle usando o protoco- lo de designação de canal convencional. Em seguida, uma tarefa de consul- ta 110 faz com que a estação terrestre 26 monitore o canal de voz designa- do acima na tarefa 106 para uma mensagem pronta transmitida pela estação móvel 28. A mensagem pronta é enviada para a estação terrestre 26 usando um protocolo de canal de controle reverso, embora este seja um canal de voz. O controle do programa permanece na tarefa 110 até que esta mensa- gem pronta seja recebida. Contudo, as tarefas de manipulação de erros (não mostradas) podem ser incluídas para endereçar a situação onde a estação móvel 28 falha ao responder à mensagem pronta.
Quando a tarefa 110 detecta uma mensagem pronta, uma tarefa 112 é realizada para conectar o canal de voz com o tronco 20 (ver figura 1) e informar ao CAS 12 (ver figura 1) que a página foi bem sucedida. Neste pon- to, o CAS 12 controla a ligação de dados com a estação móvel 28. A esta- ção terrestre 26 não exerce influência sobre a sessão de programação remo- ta. Em vez disso, o CAS 12 controla a sessão de programação remota, como discutido acima, em conexão com a figura 3. A estação terrestre 26 mera- mente realiza uma tarefa de consulta 114 para determinar quando o tronco 20 se torna inativo. Quando o tronco 20 cai, a estação terrestre 26 realiza uma tarefa 116 para interromper a chamada para a estação móvel 28. Como resultado da interrupção da chamada, o canal de voz se torna novamente ocioso e pode ser usado, quando necessário, para conduzir informação de usuário para, e a partir das estações móveis 28.
A figura 8 mostra um fluxograma de um processo 118 realizado por uma estação móvel 28. O processo 118 pode ser realizado quando a estação móvel 28 é energizada. A estação móvel 28 realiza várias tarefas de inicialização, incluindo uma tarefa 120 que faz com que opere no modo de dados digital. Como discutido acima, em conexão com a figura 2, neste mo- do de dados digital, em vez de sinais de áudio analógicos, são rateados a- través do transmissor 36 e do receptor 38. Depois da tarefa 120, uma tarefa de consulta 122 determina se a estação móvel 28 está ativa. A tarefa 122 pode, por exemplo, determinar se sua programação específica de usuário inclui um MIN válido, mas outras avaliações podem levar à mesma conclu- são. Se a estação móvel 28 não foi ativada, então ela irá operar no seu es- tado inativo e o controle do programa prossegue para uma tarefa 124.
A tarefa 124 varre os canais de controle, cujas identidades são programadas na estação móvel 28, para selecionar um melhor canal de con- trole de servidor. A tarefa 124 pode monitorar um indicador da intensidade do sinal recebido (RSSI) quando sintonizado em um canal de controle para determinar se qualquer sinal recebido exibe uma intensidade suficiente. Depois da tarefa 124, uma tarefa 126 realiza uma operação de decodificação que complementa a operação de codificação discutida acima, em conexão com a tarefa 74 (ver figura 3). A operação de decodificação po- de ser realizada de pelo menos duas maneiras diferentes. O ESN da esta- ção móvel pode ser codificado de maneira semelhante à discutida acima, em conexão com a tarefa 74, de modo que um ESN-MIN codificado resultante seja gerado pela tarefa 126. Este ESN-MIN pode ser comparado com os MINs conduzidos a partir das estações terrestres 26 em mensagens de pá- gina. Alternativamente, os MINs podem ser analisados a partir de mensa- gens de página recebidas e submetidas a algoritmos que complementam o algoritmo de codificação realizado pelo CAS 12 na tarefa 74. Este MIN "de- codificado" pode ser então comparado com o ESN da estação móvel.
Depois da tarefa 126, uma tarefa de consulta 128 determina se uma mensagem de página de ordem de controle local sintonizada e sincro- nizada, recebida a partir do canal de controle, se refere ao ESN da estação móvel. A estação móvel 28 pode continuar a monitorar as mensagens de paginação recebidas pelo canal de controle selecionado por alguns segun- dos, antes que a tarefa 128 decida que nenhuma página direcionada ao seu ESN foi recebida. Quando a tarefa 128 realiza esta determinação, o controle do programa volta para a tarefa 124 para selecionar um canal de controle diferente e repetir o processo de monitoramento para uma mensagem de página direcionada ao ESN da estação móvel. Na modalidade preferida, os canais de controle selecionados na tarefa 124 se alternam entre os sistemas celulares AeBea tarefa 124 pode selecionar não apenas os canais de con- trole em cada sistema com os sinais mais fortes, mas os canais de controle com os próximos sinais mais fortes.
Conforme discutido acima, as mensagens de página direciona- das à estação móvel podem ser simultaneamente transmitidas a partir de todas as estações terrestres 26 em um sistema celular particular. Assim, e- xiste uma boa chance de que uma página será detectada em algumas tenta- tivas. Quando a tarefa 128 detecta uma mensagem de página de ordem de controle local, de sintonização e sincronização, referente ao ESN, uma tarefa 130 retorna a mensagem de resposta de página 76 apropriada (ver figura 4) pelo canal de controle reverso. A mensagem de resposta de página ecoa o ESN-MIN para o MIN da estação móvel na mensagem de resposta e pode incluir o ESN da estação móvel.
Depois da tarefa 130, uma tarefa de consulta 132 faz com que a estação móvel 28 aguarde até que a mensagem de designação do canal de voz seja recebida pelo canal de controle. Contudo, tarefas adicionais podem fazer com que o controle do programa interrompa a tarefa 132 se uma men- sagem de designação do canal de voz não estiver chegando. Além disso, tarefas adicionais podem avaliar as mensagens recebidas para determinar se alguma outra mensagem ou comando direcionado para a estação móvel 28 é recebido. Quando a mensagem de designação de canal de voz é detec- tada, uma tarefa 134 é realizada para sintonizar o transmissor 36 e o recep- tor 38 (ver figura 2) no canal de voz especificado. Depois da tarefa 134, uma tarefa de consulta 136 monitora os sinais de dados digitais e mensagens recebidas pelo canal de voz, até que seja alcançada a sincronização. Quan- do a estação móvel 28 é sincronizada com os dados digitais sendo transmi- tidos pelo canal de voz, uma tarefa 138 retorna a mensagem pronta para a estação terrestre 26 sobre o canal de voz, usando um protocolo de canal de controle reverso, o qual é normalmente usado apenas em canais de contro- le.
Depois da tarefa 138, o controle do programa prossegue para uma sessão de programação remota 140, a qual é discutida em maiores de- talhes abaixo. Durante a sessão de programação remota 140, a estação mó- vel 28 continua a operar no seu modo digital e no seu estado inativo. Através da sessão de programação remota 140, a programação específica de usuá- rio será comunicada à estação móvel 28 pelo canal de voz usando o proto- colo de canal de controle 80 (ver figura 5). Sob conclusão bem sucedida de uma sessão de programação remota 140, a estação móvel 28 pode ser ati- vada, depois disto, operará no seu estado ativo. No seu estado ativo, a esta- ção móvel 28 pode operar tanto no modo de áudio analógico quanto no seu modo de dados digital. Com referência novamente à tarefa 122, quando a estação mó- vel 28 decide que está ativa, ela opera no seu estado ativo para realizar nu- merosas tarefas, como indicado por elipses, que são convencionais para estações móveis celulares. Estas tarefas incluem monitorar os canais de controle para detectar as chamadas entrantes, rastrear as mudanças na dis- ponibilidade do canal e monitorar o teclado 56 (ver figura 2) para a entrada de usuário. Uma tarefa de consulta 142 representa uma tal tarefa de estação móvel convencional. A tarefa 142 determina se uma página referente ao MIN foi recebida na estação móvel 28. Em outras palavras, a tarefa 142 determi- na se a mensagem de página recebida na estação móvel 28 conduz o MIN designado para a estação móvel 28, através da ativação.
Quando a tarefa 142 detecta uma página referente ao MIN, uma tarefa de consulta 143 determina se a página é uma mensagem de página de ordem de controle local de sintonização e sincronização. A mensagem de página de ordem de controle local difere de uma ordem de página porque a ordem de página informa à estação móvel 28 sobre uma chamada entrante e a mensagem de página de ordem de controle local de sintonização e sincro- nização informa à estação móvel 28 de uma sessão de programação remota posterior. Se a tarefa 143 detectar uma mensagem de página de ordem de controle local de sintonização e sincronização, o controle do programa pros- segue para a tarefa 130 para retornar a mensagem de resposta de página e prosseguir com a sintonização e sincronização de um canal de voz, confor- me discutido acima.
Se a tarefa 143 determinar que a mensagem de página não era uma mensagem de página de ordem de controle local de sintonização e sin- cronização, então uma tarefa de consulta 144 determina se a chamada en- trante de informação de usuário é indicada através de uma mensagem de ordem de página. Se uma chamada de informação de usuário não é indica- da, então o controle do programa prossegue para a tarefa 132 para proces- sar ainda a mensagem de página, a fim de determinar que espécie de co- municação foi recebida. Se uma chamada de informação de usuário é indi- cada, então a estação móvel 28 retorna uma mensagem de resposta de pá- gina (não mostrada) e, por outro modo, manipula a chamada de maneira convencional.
Em particular, uma tarefa 146 faz com que a estação móvel 28 opere no seu modo de áudio analógico e uma tarefa de consulta 148 faz com que a estação móvel 28 permaneça no seu modo de áudio analógico até que a chamada termine. Quando a chamada termina, a estação móvel 28 reverte de volta ao seu modo de dados digital de operação, como indica- do na tarefa 150, e o controle do programa volta à tarefa 142.
A estação móvel 28 comuta para o seu modo de áudio analógico quando recebe uma instrução para comutar para um canal de voz. Quando operando no modo de áudio analógico, tanto a comunicação de dados digital quanto a comunicação de áudio analógica podem ocorrer. As comunicações de áudio analógicas conduzem a informação de usuário e representam a vasta maioria das comunicações que podem ocorrer. No entanto, uma pe- quena quantidade de sinalização pode também acontecer usando comuni- cações digitais de dados. Tal sinalização inclui a comunicação de mensa- gens automáticas. Comunicações digitais de dados, que ocorrem em um canal de voz, seguem um protocolo de canal de voz 152, como mostrado na figura 9. O protocolo de canal de voz 152 difere significantemente do proto- colo 80 do canal de controle (ver figura 5). Como uma corrente contínua de dados não é fornecida no canal de voz, a estação móvel 28 não tem a opor- tunidade de se tornar bem sincronizada. Assim, o protocolo de canal de voz 152 inclui um padrão pontilhado de 101 bits seguido de onze repetições de uma única palavra de 40 bits, intercalada com seqüências pontilhadas de 37 bits e padrões de sincronização de palavra de 11 bits. O protocolo de canal de voz 152 conduz uma palavra de 40 bits usando 1069 bits. Assim, a co- municação digital de dados, usando o protocolo de canal de voz 152, tem um rendimento de dados altamente reduzido comparado com o protocolo de canal de controle 80. Por outro lado, apenas uma quantidade muito pequena de dados digitais é conduzida usando o protocolo 152.
De acordo com isto, quando a estação móvel 28 opera no seu estado ativo, ela se comunica usando ambos os modos de áudio analógico e digital de dados. Uma quantidade muito pequena de dados digitais de sinali- zação pode ser comunicada no modo de áudio analógico, mas o rendimento de dados sofre devido ao uso do protocolo de canal de voz 152, o qual aco- moda a falta de habilidade de alcançar a sincronização exata. Enquanto a figura 8 ilustra a detecção apenas de páginas referentes ao MIN, quando a estação móvel 28 opera no seu estado ativo, os especialistas na técnica a- preciarão que nada previne as tarefas adicionais a serem inseridas, as quais poderão também detectar páginas referentes ao ESN ao longo das linhas de tarefas 126 e 128.
A figura 10 mostra um fluxograma de sessão de programação remota 140 realizada pela estação móvel 28. Geralmente, a sessão de pro- gramação remota 140 responde e complementa o processo realizado pelo CAS 12 e discutido acima, em conexão com a figura 3. Substancialmente, o mesmo processo é realizado se a estação móvel 28 recebe uma página refe- rente ao MIN ou uma página referente ao ESN.
A sessão de programação remota 140 realiza uma tarefa 153 para receber uma mensagem que conduz uma palavra PID/PVAL a partir do CAS 12. A palavra PID/PVAL é recebida sobre um canal de voz usando o protocolo de canal de controle 80 (ver figura 5). Como discutido acima, a palavra PID/PVAL é repetida várias vezes na mensagem recebida e a tarefa 153 pode votar na configuração de dados mais provável, verificar a paridade e realizar outras verificações que avaliam se o valor do parâmetro (PVAL) é compatível com a identificação do parâmetro (PID) especificada. A palavra PID/PVAL recebida é armazenada em um buffer temporário na memória 60 por uma tarefa 154 e uma tarefa 156 volta, então, para uma mensagem de confirmação (ACK) ou de não confirmação (NAK), para avisar o CAS 12 para repetir a mensagem ou prosseguir para a mensagem seguinte.
Depois da tarefa 156, uma tarefa de consulta 158 determina se a última mensagem de programação específica de usuário recebida conduziu um comando de final de sessão. Desde que este comando não foi recebido, o controle do programa volta à tarefa 153. Contudo, tarefas adicionais (não mostradas) podem ser incluídas para interromper o enlace se nenhuma mensagem for recebida por uma duração excessiva.
Quando a tarefa 158 detecta o comando de sessão final, uma tarefa de consulta 160 determina se as palavras PID/PVAL recebidas inclu- em um comando de desativação. Se nenhum comando de desativação foi recebido, uma tarefa 162 salva os valores do parâmetro temporariamente armazenados (PVALs) nas localizações apropriadas em um componente de leitura/escrita não volátil 64 da memória 60 (ver figura 2). Como discutido acima, durante as sessões de programação remota de ativação, um MIN válido e outros parâmetros são descarregados em uma estação móvel 28 através da sessão de programação remota. Assim, a tarefa 162 permite que o MIN válido e outros parâmetros sejam armazenados na memória 60. De- pois da tarefa 162, o controle do programa sai da sessão de programação 140 e pode prosseguir de volta para o processo de estação móvel 118 (ver figura 8), onde a estação móvel 28 irá operar, então, no seu estado ativo.
Quando a tarefa 160 detecta um comando de desativação, uma tarefa 164 recupera a programação padrão específica de usuário a partir do componente apenas de leitura 66 da memória 60. Esta programação padrão específica de usuário inclui um MIN inválido, um código de bloqueio de te- clado padrão e outros valores padrões. Tem o efeito de prevenir a estação móvel 28 de comunicar informação de usuário e forçar a estação móvel 28 a operar no seu estado inativo. Depois da tarefa 164, a tarefa 166 salva esta programação inativa específica de usuário no componente de leitura/escrita não volátil 64 da memória 60, deste modo, sobrepondo qualquer programa- ção ativa específica de usuário que possa ter sido previamente armazenada na mesma. Depois da tarefa 166, o controle do programa sai da sessão de programação remota 140 e pode prosseguir de volta para o processo da es- tação móvel 118 (ver figura 8), onde a estação móvel 28 operará, então, no seu estado inativo.
A inclusão de um comando inativo, quando acoplado com as precauções de segurança fornecidas pela presente invenção, é vantajosa para empresas que alugam ou emprestam estações móveis 28. O comando de desativação ajuda tais empresas a manterem um controle preciso sobre suas estações móveis 28 por tornar as estações móveis 28 inúteis quando os usuários não estiverem obedecendo as cláusulas de aluguel ou emprés- timo.
Enquanto a sessão de programação remota 140, discutida aqui, é configurada para ilustrar a escrita de programação específica de usuário para as estações móveis 28, nada previne a sessão de programação remota 140 de ser adicionalmente configurada para ler ou auditar dados armazena- dos em estações móveis 28.
Em resumo, a presente invenção fornece um sistema celular aperfeiçoado tendo estações móveis remotamente programáveis. As esta- ções móveis podem ser remotamente programadas para programação de ativação específica de usuário e para alterações subseqüentes na progra- mação específica de usuário. A presente invenção fornece programação re- mota sem requerer o uso de tecnologia de modem de telecomunicações convencional e sem sofrer os riscos de segurança associados com a mes- ma. Além disso, a programação remota segura de certas estações móveis é alcançada sem mudanças significativas na infra-estrutura de telecomunica- ções celulares existentes. Conseqüentemente, pode ser implementado com sucesso com o mínimo de despesas.
A presente invenção foi descrita acima com referência às moda- lidade preferidas. Contudo, aqueles especialistas na técnica reconhecerão que mudanças e modificações podem ser efetuadas nas modalidades prefe- ridas sem se afastar do escopo da presente invenção. Por exemplo, enquan- to a presente invenção é descrita aqui em conexão com um sistema celular particular, a presente invenção pode ser também usada em conexão com uma ampla variedade de sistemas celulares e sistemas de telecomunicação de rádio. Além do mais, enquanto a presente invenção foi descrita em cone- xão com um fluxo de programação específico, aqueles especialistas na téc- nica apreciarão que uma grande quantidade de variação na configuração das tarefas do processo e no seqüenciamento das tarefas do processo pode ser direcionada para realizar, substancialmente, as mesmas funções como descritas aqui. Estas e outras mudanças e modificações, as quais são ób- vias àqueles especialistas na técnica, pretendem ser incluídas dentro do es- copo da presente invenção.