BR122015016871B1 - Sistema de interface adaptativa de paciente - Google Patents

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Ferenc Raksi
Tibor Juhasz
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Abstract

INTERFACE ADAPTATIVA DE PACIENTE A presente invenção refere-se a uma interface de paciente para um sistema oftálmico que pode incluir um módulo de afixação, afixável ao sistema oftálmico, e um módulo de contato, configurado para acomodar uma substância viscoelástica entre a interface de paciente e um olho de procedimento. A substância viscoelástica pode incluir um fluido, um líquido, um gel, um creme, uma lágrima artificial, um filme, um material elástico, ou um material viscoso. O índice de refração da substância viscoelástica pode estar em uma faixa de aproximadamente 1,24 a 1,52 em um comprimento de onda de operação do sistema oftálmico. A interface de paciente ainda pode incluir janelas de entrada, janelas de saída e um sistema de sucção. Pode ser um projeto integrado ou uma interface de paciente de peça múltipla. A substância viscoelástica pode ser provida por injeção, sobre a córnea, no módulo de contato, ou em um espaço delimitado por filmes elásticos macios ou membranas, tal como em um saco.

Description

ANTECEDENTES Dividido do BR112012033294-5 depositado em 23 de junho de 2011. Campo da Invenção
[001] A presente invenção refere-se a interfaces de paciente que se afixam a um sistema oftálmico para um olho para procedimentos de olho de segmento anterior. Mais particularmente, este documento de patente se refere a interfaces adaptativas de paciente que reduzem uma deformação da córnea do olho de procedimento.
Descrição da Técnica Relacionada
[002] Este documento de patente descreve exemplos e modali dades de técnicas e dispositivos para a fixação de um sistema oftálmico para a realização de um procedimento de olho de segmento anterior. Estes dispositivos frequentemente são referidos como interfaces de paciente. Uma vez que as interfaces de paciente servem para a conexão do sistema oftálmico e do olho do paciente, sua performance é uma contribuição importante para a precisão e o sucesso de procedimentos oftálmicos. Assim, um melhoramento nas interfaces de paciente pode levar a melhoramentos na precisão e na confiabilidade de procedimentos oftálmicos.
SUMÁRIO
[003] De forma breve e geral, uma interface de paciente para um sistema oftálmico pode incluir um módulo de afixação, afixável ao sistema oftálmico; e um módulo de contato, configurado para a acomodação de uma substância viscoelástica entre a interface de paciente e um olho de procedimento.
[004] Em algumas implementações, a substância viscoelástica pode incluir um fluido, um líquido, um gel, um creme, uma lágrima artificial, um filme, um material elástico ou um material viscoso.
[005] Em algumas implementações, um índice de refração da substância viscoelástica é mais próximo de um índice de refração de uma córnea do olho de procedimento do que de um índice de refração de ar em um comprimento de onda de operação do sistema oftálmico.
[006] Em algumas implementações, um índice de refração da substância viscoelástica está em uma faixa de aproximadamente 1,24 a 1,52 em um comprimento de onda de operação do sistema oftálmico.
[007] Em algumas implementações, um índice de refração da substância viscoelástica está em uma faixa de aproximadamente 1,35 a 1,41 em um comprimento de onda de operação do sistema oftálmico.
[008] Em algumas implementações, o módulo de afixação e o módulo de contato são separados e conectáveis.
[009] Em algumas implementações, o módulo de afixação e o mó dulo de contato são componentes integrados da interface de paciente.
[0010] Em algumas implementações, um componente da interface de paciente é pelo menos um dentre descartável, esterilizável e reusável.
[0011] Algumas implementações podem incluir uma ou mais jane las de entrada para a introdução da substância viscoelástica em um espaço de acomodação pelo menos parcialmente definido pelo módulo de contato.
[0012] Algumas implementações podem incluir uma ou mais aber turas de saída configuradas para permitirem uma descarga de ar, gás ou da substância viscoelástica a partir do módulo de contato.
[0013] Em algumas implementações, uma ou mais aberturas de saída podem incluir uma janela de ventilação, configurada para manter uma pressão em um espaço de acomodação pelo menos parcialmente definido pelo módulo de contato aproximadamente à pressão ambiente.
[0014] Algumas implementações podem incluir um subsistema de sucção configurado para imobilizar pelo menos parcialmente o olho de procedimento para a obtenção de um procedimento oftálmico.
[0015] Em algumas implementações, o subsistema de sucção é disposto em relação ao módulo de contato; e o subsistema de sucção é conectável a um sistema de sucção a vácuo para a criação de um vácuo parcial entre o subsistema de sucção e o olho de procedimento.
[0016] Em algumas implementações, a interface de paciente é configurada para manter uma mudança de uma curvatura apical de uma córnea do olho de procedimento abaixo de 10% quando de uma afixação da interface de paciente ao olho de procedimento.
[0017] Em algumas implementações, a interface de paciente é configurada para manter uma mudança de uma curvatura apical de uma córnea do olho de procedimento abaixo de 3% quando de uma afixação da interface de paciente ao olho de procedimento.
[0018] Em algumas implementações, o sistema oftálmico pode in cluir pelo menos um dentre um sistema de formação de imagem, um sistema de diagnóstico, um sistema a laser e um sistema cirúrgico oftálmico.
[0019] Em algumas implementações, o módulo de contato é confi gurado para acomodar a substância viscoelástica, antes de ser afixado ao olho de procedimento.
[0020] Em algumas implementações, o módulo de contato é confi gurado para acomodar a substância viscoelástica, após a substância viscoelástica ter sido aplicada ao olho de procedimento.
[0021] Em algumas implementações, o módulo de contato pode in cluir um filme elástico macio ou uma membrana, configurado para conter a substância viscoelástica em um espaço de acomodação pelo menos parcialmente definido pelo módulo de contato, e para formar uma superfície de contato macia e elástica para o olho de procedimento.
[0022] Algumas implementações podem incluir um saco macio que contém a substância viscoelástica.
[0023] Em algumas implementações, a interface de paciente pode ser conectável a um subsistema de desgaseificação, configurado para remover gás da substância viscoelástica.
[0024] Em algumas implementações, uma interface de paciente para um sistema oftálmico pode incluir um módulo de contato, configurado para ser afixável a um primeiro olho com um raio córneo apical de R1 e separação a um segundo olho com um raio córneo apical de R2; e limitar a mudança de cada raio córneo apical para menos de 0,5*|R1 - R2|, quando o módulo de contato for afixado ao primeiro olho e separadamente ao segundo olho, em que os raios córneos apicais R1 e R2 têm entre 7,5 mm e 8,2 mm.
[0025] Em algumas implementações, o módulo de contato pode ser configurado para limitar a mudança de cada raio córneo apical para menos de 0,25*|R1 - R2|, quando o módulo de contato for afixado aos olhos.
[0026] Algumas implementações podem incluir um módulo de afi xação afixável ao sistema oftálmico, em que o módulo de afixação e o módulo de contato podem ser separados e conectáveis ou componentes integrados da interface de paciente.
[0027] Algumas implementações podem incluir uma ou mais jane las de fluido, configuradas para a introdução de um fluido ou gel em um espaço de contenção pelo menos parcialmente definido pelo olho de procedimento e pela interface de paciente.
[0028] Algumas implementações podem incluir uma ou mais jane las de saída, configuradas para permitirem uma descarga de pelo menos um dentre ar, fluido ou gel de um espaço de contenção pelo menos parcialmente definido pela interface de paciente e pelo olho de procedimento.
[0029] Algumas implementações podem incluir uma janela de suc ção, configurada para permitir uma criação de um vácuo parcial entre uma porção da interface de paciente e uma porção do olho de proce- dimento.
[0030] Algumas implementações podem incluir uma lente distal, em que a lente distal não contata uma córnea do olho de procedimento após uma afixação da interface de paciente ao olho de procedimento.
[0031] Algumas implementações podem incluir uma camada ma cia, configurada para conter uma substância viscoelástica, e para prover uma superfície de contato macia para um olho de procedimento.
[0032] Em algumas implementações, um método de utilização de uma interface de paciente para um procedimento oftálmico pode incluir a aplicação da interface de paciente a um olho de procedimento na preparação para o procedimento oftálmico; e a provisão de uma substância viscoelástica para pelo menos uma dentre uma córnea do olho de procedimento e uma porção de contato da interface de paciente, em que a provisão é realizada antes, durante ou após a aplicação.
[0033] Em algumas implementações, a provisão da substância viscoelástica pode incluir a provisão de um fluido, um gel, um creme, uma lágrima artificial, um filme, um material elástico ou um material viscoso.
[0034] Em algumas implementações, a provisão pode incluir a in trodução da substância viscoelástica através de uma janela de entrada da interface de paciente em um espaço de contato, pelo menos parcialmente delimitado pela interface de paciente e pelo olho de procedimento, após a aplicação.
[0035] Em algumas implementações, a provisão pode incluir a in trodução da substância viscoelástica na córnea do olho de procedimento, antes da aplicação.
[0036] Em algumas implementações, a provisão pode incluir a provisão da substância viscoelástica na porção de contato da interface de paciente, antes da aplicação.
[0037] Em algumas implementações, a provisão pode incluir a provisão da substância viscoelástica em um espaço pelo menos parcialmente definido por um ou mais filmes macios ou membranas.
[0038] Em algumas implementações, a provisão pode incluir o uso de uma seringa para a introdução da substância viscoelástica.
[0039] Em algumas implementações, o procedimento oftálmico pode incluir pelo menos um dentre um procedimento de formação de imagem, um procedimento de diagnóstico, um procedimento assistido a laser, e um procedimento cirúrgico oftálmico.
[0040] Algumas implementações podem incluir a desgaseificação da substância viscoelástica.
[0041] Em algumas implementações, a desgaseificação pode in cluir pelo menos um dentre a redução de uma pressão, um aquecimento, a execução de uma desgaseificação de membrana, a substituição de um gás inerte, e a adição de um redutor.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0042] A figura 1A ilustra uma interface de paciente integrada 100.
[0043] A figura 1B ilustra a interface de paciente 100 afixada ao sistema oftálmico 10 do olho de procedimento 20.
[0044] As figuras 2A-B ilustram uma interface de paciente em duas peças 100’.
[0045] A figura 3 ilustra uma outra modalidade de uma interface de paciente em duas peças 100’’.
[0046] A figura 4 ilustra um método de utilização de uma interface de paciente.
[0047] As figuras 5A-B ilustram diferentes sequências do método da figura 4.
[0048] As figuras 6A-H ilustram várias implementações de provi são de uma substância viscoelástica do procedimento oftálmico.
DESCRIÇÃO DETALHADA
[0049] Alguns procedimentos cirúrgicos no olho a laser, tais como correções refrativas de córnea e capsulotomia de lente assistida a laser, podem se beneficiar da imobilização do olho de procedimento em relação sistema de laser cirúrgico durante o procedimento. Alguns sistemas incluem uma assim denominada interface de paciente para a realização desta tarefa. Uma extremidade da interface de paciente pode ser afixada à extremidade distal do sistema de laser cirúrgico. A outra extremidade pode incluir uma lente de contato cirúrgica pressionada contra o olho de procedimento. Essas interfaces de paciente mantém o olho parado em relação ao laser cirúrgico, permitindo um direcionamento de alta precisão e uma focalização do feixe de laser em uma localização alvo predeterminada do olho. Essas interfaces de paciente também podem ser usadas para a provisão de uma superfície de referência para se apontar o laser, de modo que sua profundidade de foco possa ser definida em relação à lente de contato.
[0050] Algumas interfaces de paciente usam “lentes” de contato planas, também denominadas placas de aplainamento. Outras incluem lentes de contato curvadas. Em uma operação, qualquer uma destas lentes de contato pode ser pressionada contra a córnea do olho, essencialmente imobilizando o olho e forçando a córnea a se conformar à superfície de contato da lente de contato. Para se vencer a natureza escorregadia do filme de lágrima que cobre o olho, as lentes de contato tipicamente são mantidas no lugar por um sistema de vácuo, tal como um anel de sucção.
[0051] Embora o uso de lentes de contato rígidas tenha o benefí cio de prover um elemento ótico bem definido para a otimização das propriedades de feixe do laser e, possivelmente, de prover um plano de referência para direcionamento do laser cirúrgico com precisão, também há desvantagens associadas a forçar lentes rígidas contra o olho de procedimento.
[0052] Um dos problemas é que quando deste aporte ao olho, a lente de contato tipicamente deforma a córnea, já que suas curvaturas são geralmente diferentes de cada outra. Esta mudança da curvatura córnea pode causar deformações internas, uma vez que o sistema de suporte da lente do olho é muito macio. Portanto, o aporte de uma interface de paciente rígida tipicamente movimenta e tomba a lente em relação ao eixo geométrico ótico do olho. Este deslocamento e este tombamento podem tornar fora de centro e distorcidos os cortes de uma cirurgia típica de catarata, o corte de capsulotomia circular no saco capsular e o corte padrão cirúrgico de catarata na lente si, levando a uma deterioração do resultado ótico do procedimento de catarata.
[0053] A alteração da curvatura natural da córnea também pode produzir rugas na superfície da córnea, que poderiam distorcer o feixe de laser. Esta distorção pode levar a uma dispersão aumentada e a um astigmatismo do feixe, possivelmente requerendo o uso de um feixe de laser de energia mais alta. A distorção também pode levar a uma perda de precisão do direcionamento do feixe de laser.
[0054] A deformação da córnea pode ser reduzida pelo projeto da lente de contato para ter uma curvatura equivalendo àquela de uma córnea típica. Contudo, uma vez que os raios córneos variam consideravelmente de paciente para paciente, mesmo estas interfaces de paciente deformam as córneas da maioria dos pacientes.
[0055] Para resolver estes problemas, algumas implementações da presente invenção podem usar uma interface de paciente cuja lente não faz contato direto como a córnea. Uma modalidade como essa pode minimizar de forma bem sucedida a deformação da córnea, reduzindo os problemas mencionados anteriormente, de forma possível mesmo evitando-os completamente.
[0056] Contudo, esses projetos sem contato podem ter seus pró prios desafios como (1) a luz se propagando através do espaço de ar, antes de entrar na córnea pode reduzir a qualidade do feixe pelo au- mento de seu astigmatismo, por exemplo; (2) a superfície da córnea pode secar rapidamente, aumentando a dispersão da luz na superfície da córnea consideravelmente; e (3) o olho cirúrgico pode ter uma quantidade excessiva de movimento porque a interface de paciente não o mantém parado pelo contato direto.
[0057] As implementações da presente invenção incluem interfa ces de paciente que reduzem a deformação da córnea porque suas lentes não fazem contato direto com a córnea, enquanto, ao mesmo tempo, oferecem soluções para os três desafios acima.
[0058] A figura 1A ilustra uma implementação de uma interface de paciente ou PI 100. A PI 100 pode incluir um módulo de afixação 110 e um módulo de contato 120. Uma função do módulo de afixação 110 pode ser afixar a PI 100 a um sistema oftálmico 10. Em algumas modalidades, o módulo de afixação 110 pode ser conectado a uma extremidade distal, uma ponta de aplicação ou a uma objetiva do sistema oftálmico 10. Uma função do módulo de contato 120 pode ser formar uma conexão com um olho 20 no qual um procedimento oftálmico é realizado. Este olho será referido, às vezes, como o olho de procedimento 20.
[0059] O sistema oftálmico 10 pode incluir um sistema de forma ção de imagem, um sistema de diagnóstico, um sistema a laser e um sistema cirúrgico oftálmico.
[0060] A PI 100 pode incluir uma lente distal ou uma lente não de contato 111. A lente distal 111 pode ser o último elemento refrativo do trem ótico do sistema oftálmico 10. A lente distal 111 pode ser uma placa de aplainamento plana ou uma lente com uma ou ambas as superfícies curvadas. Seu papel pode ser similar àquele da lente de contato de outras interfaces de paciente, com a diferença de que, em várias modalidades, a lente distal 111 não contata uma córnea 21 do olho 20. Por esta razão, a lente distal 111 não deforma a córnea 21, assim evitando um deslocamento e um tombamento da lente 22, e o enrugamento da córnea 21.
[0061] A figura 1B ilustra a PI 100 após ter sido conectada ou aportada ao olho 20. Visivelmente, nesta implementação, a lente distal ou lente não de contato 111 de fato não está em contato direto com a córnea 21 do olho 20. Por causa desta falta de contato, a PI 100 minimiza a deformação do olho.
[0062] Uma medida da deformação é a mudança relativa de uma curvatura apical da córnea do olho de procedimento, quando a interface de paciente estiver afixada ao olho de procedimento. Algumas modalidades da PI 100 mantêm a mudança da curvatura apical da córnea abaixo de 10%, quando a PI for afixada ao olho. Em outras modalidades, a mudança relativa da curvatura córnea apical pode ser mantida abaixo de 3%.
[0063] Com referência à figura 1A, o módulo de contato 120 pode ser formado para acomodar uma substância viscoelástica 121 em um espaço entre a PI 100 e a córnea 21. Este projeto pode se dirigir ao desafio (1) acima, uma vez que a substância viscoelástica 121 preenche o espaço entre a lente distal 111 e a córnea 21, o feixe de laser ou a luz do sistema oftálmico 10 não se propaga através do ar.
[0064] Quando há um espaço de ar entre a lente distal 111 e a córnea do olho de procedimento 20, os feixes de luz cirúrgicos ou de diagnóstico são refratados na superfície posterior da lente distal 111 e na superfície córnea anterior. Esta última refração é proporcional a (n(a)-n(c)), a diferença entre o índice de refração n(a) do ar e n(c), aquele da córnea.
[0065] A deterioração da qualidade do feixe pode ser reduzida pe lo preenchimento do espaço de ar com a substância viscoelástica 121 entre a interface de paciente 100 e a córnea 21. Neste caso, a refra- ção de feixe e o astigmatismo serão proporcionais a (n(v)-n(c)), onde n(v) é um índice de refração da substância viscoelástica 121.
[0066] Assim, em algumas modalidades, a substância viscoelásti- ca 121 pode ser escolhida para ter um índice de refração n(v) mais próximo de n(c), o índice de refração da córnea, do que de n(a), o índice de refração de ar, em um comprimento de onda de operação do sistema oftálmico 10. Uma vez que o índice de refração da córnea tipicamente é próximo de n(c) = 1,38, em algumas modalidades isto se traduz em uma substância viscoelástica 121 tendo um índice de refra- ção n(v) na faixa aproximada de 1,24 a 1,52. Em outras modalidades, n(v) pode cair na faixa aproximada de 1,35 a 1,41.
[0067] A introdução da substância viscoelástica 121 para preen chimento do espaço da lente distal 111 da interface de paciente e da córnea 21 também resolve o desafio (2), já que a córnea não é exposta ao ar neste projeto. Ao invés disso, a superfície da córnea pode permanecer umedecida pela substância viscoelástica 121, evitando que a córnea 21 resseque.
[0068] Em várias implementações, a substância viscoelástica 121 pode ser uma dentre uma ampla variedade de substâncias, incluindo um fluido, um líquido, um gel, um creme, uma lágrima artificial, um filme, um material elástico ou um material viscoso. Em alguns casos, duas ou mais destas substâncias podem estar presentes na substância viscoelástica 121.
[0069] A substância viscoelástica 121 pode ser inserida através de uma janela de entrada 122 em um espaço de acomodação 123. O espaço de acomodação 123 pode ter numerosas modalidades diferentes; ele pode ser um espaço côncavo, pelo menos parcialmente definido pelo módulo de contato 120 e pela lente distal 111, ou pode ser qualquer câmara em recesso da interface de paciente 100. Também pode ser definida por uma combinação do módulo de contato 120, da lente distal 111 e do módulo de afixação 110.
[0070] A figura 1B ilustra aquela fase da operação da PI 100 quando a PI 100 foi aportada ao olho e a substância viscoelástica foi introduzida no espaço de acomodação 123 através da janela de entrada 122, essencialmente preenchendo o espaço ou o espaço de ar entre a lente distal e a córnea.
[0071] As implementações da PI 100 podem incluir uma abertura de saída ou janela de ventilação 124. A janela de ventilação 124 pode ter várias funções, incluindo a descarga do ar, deslocado pela substância viscoelástica 121, a partir do espaço de acomodação 123. Também, a substância viscoelástica 121 em si pode ser descarregada a partir do espaço de acomodação 123 através desta janela de ventilação 124, assim acelerando sua introdução no espaço de acomodação 123. Fazer isso também aumenta a homogeneidade da distribuição espacial da substância viscoelástica 121.
[0072] Ainda, a janela de ventilação 124 pode ser configurada para manter uma pressão no espaço de acomodação 123 perto da pressão ambiente. Esta funcionalidade pode reduzir ou evitar um vazamento de gás não pretendido através do módulo de contato 120. A janela de ventilação 124 pode ser usada, também, para a desgaseificação da substância viscoelástica introduzida 121, conforme descrito abaixo em maiores detalhes.
[0073] Em várias modalidades, pode haver mais de uma janela de entrada 122 e mais de uma abertura de saída 124.
[0074] Um sistema de sucção a vácuo 130 pode ser afixado a um subsistema de sucção 132 através de uma janela de sucção 133 em algumas modalidades. O subsistema de sucção 132 pode ser configurado para pelo menos parcialmente imobilizar o olho de procedimento 20 para um procedimento oftálmico. Um exemplo do subsistema de sucção 132 é um anel de sucção formado como parte do módulo de contato 120. O subsistema de sucção 132 pode incluir uma camisa ou um selo de vácuo formado para criar um contato estanque ao ar com o olho. A aplicação de sucção através da janela de sucção 133 pode manter o olho parado.
[0075] Vários tipos de subsistema de sucção 132 são conhecidos. O anel de sucção mencionado anteriormente é um deles, onde o vácuo parcial atua sobre um anel em torno da córnea. Em outras implementações, o vácuo parcial pode ser aplicado a porções maiores do espaço de acomodação 123. Mais de uma câmara de sucção também pode ser formada.
[0076] Na implementação das figuras 1A-B, o módulo de afixação 110 e o módulo de contato 120 são componentes de uma interface de paciente integrada em uma peça 100. Um aspecto desta PI integrada 100 é que, às vezes, o alinhamento preciso e o aporte da PI 100 ao olho de procedimento 20 podem consumir tempo, já que podem requerer o ajuste de uma porção do sistema oftálmico 10. Este movimento pode envolver o movimento de um pórtico ou um braço articulado do sistema oftálmico 10 que contém lentes e espelhos. Portanto, este movimento pode requerer soluções técnicas mais complexas.
[0077] A figura 2A ilustra uma outra modalidade de uma interface de paciente 100’ que melhora a eficiência do aporte da PI 100’ e simplifica sua tecnologia. A PI 100’ obtém estes recursos ao ter um módulo de afixação em separado 110’ e um módulo de contato em separado 120’.
[0078] O módulo de afixação 110’ pode ser afixado à extremidade distal do sistema oftálmico 10 ou 10’, tal como sua objetiva, com facilidade, já que esta etapa não requer o alinhamento do sistema oftálmico com o olho. O módulo de contato em separado 120’ pode incluir um assim denominado pegador (não mostrado). Uma variedade de pegadores presentemente conhecidos pode ser combinada com o módulo de contato 120’ para a provisão de um controle melhorado e uma faci- lidade de manipulações para o operador do sistema. O módulo de contato 120’ também é relativamente fácil de aportar ao olho, já que um movimento e um ajuste dele não requerem o movimento de um braço articulado do sistema oftálmico 10’.
[0079] A figura 2B ilustra que, uma vez que o módulo de afixação 110’ esteja afixado ao sistema oftálmico 10’ e o módulo de contato 120’ seja aportado ao olho, um operador do sistema, tal como um cirurgião, pode suavemente mover o pegador para alinhar o módulo de contato 120’ com o módulo de afixação 110’. Quando um alinhamento é obtido nas direções x-y, o módulo de afixação 110’ pode ser suavemente abaixado para o módulo de contato 120’ para se completar uma conexão em um aro de contato 126’, completando a interface de paciente 100’. Uma vez que um selo suficiente tenha sido estabelecido, uma substância viscoelástica 121’ pode ser provida através de uma janela de entrada 122’ para um espaço de acomodação 123’, pelo menos parcialmente definido pela PI 100’ e pela córnea 21.
[0080] A maioria dos elementos da PI 100’ é análoga aos elemen tos correspondentes da PI 100 e é rotulada de modo conforme. Assim, sua descrição anterior não é repetida aqui.
[0081] Na modalidade das figuras 2A-B da PI 100’, uma lente dis tal 111’ pode fazer parte do módulo de afixação 110’.
[0082] A figura 3 ilustra uma outra implementação em duas peças de PI 100’’, onde uma lente distal 111’’ faz parte de um módulo de contato 120’’ ou pode ser inserida no módulo de contato 120’’. Esta PI 100’’ pode ser completada de novo pelo aporte do módulo de contato 120’’ ao olho, afixando-se um módulo de afixação 110’’ a um sistema oftálmico 10’’, alinhando-se os dois e suavemente abaixando o módulo de afixação 110’’ para o módulo de contato 120’’, de modo que um aro de recebimento 113’’ do módulo de afixação 110’’ faça contato com um aro de contato 126’’ do módulo de contato 120’’. Após o contato ter sido completado e um selo suficiente ter sido estabelecido, uma substância viscoelástica 121’’ pode ser provida, por exemplo, através de uma janela de entrada 122’’.
[0083] Embora as modalidades da figura 2 e da figura 3 fossem referidas como PIs em duas peças, o escopo das modalidades é mais amplo, e inclui todas as PIs de peça múltipla que tenham dois ou mais componentes ou módulos. Estes componentes múltiplos podem ser conectáveis para a formação de um módulo de afixação, um módulo de contato ou módulos adicionais com funcionalidades adicionais.
[0084] Obviamente, como em todos os processos médicos, a pro visão e a segurança de um ambiente estéril para o paciente são de importância capital. Esta exigência pode ser satisfeita por algumas modalidades da interface de paciente 100, ou um de seus componentes, serem descartáveis. Em outras modalidades, onde a interface de paciente 100 ou um de seus componentes é reusável, isto pode ser obtido, por exemplo, pela PI 100 ser esterilizável.
[0085] Uma razão pela qual as implementações da interface de paciente 100 podem manter a deformação da córnea mais baixa do que sistemas prévios é que elas são adaptativas. A superfície que contata o olho não é uma lente rígida ou dura, mas uma superfície macia deformável. Assim, após o aporte do módulo de contato 120 ao olho e a introdução da substância viscoelástica 121, o raio da superfície de contato, formada pela substância viscoelástica, pode se adaptar ao raio da córnea.
[0086] Conforme destacado acima, mesmo lentes de contato rígidas podem limitar a deformação de uma córnea em particular a um grau mínimo ou mesmo a zero. Contudo, o raio de curvatura da córnea varia de paciente para paciente. Assim, sistemas de lente rígida não podem minimizar a deformação da córnea para um grupo de pacientes.
[0087] Em contraste, as interfaces de paciente descritas acima com superfícies de contato adaptativas ou deformáveis podem minimizar a deformação da córnea de um grupo de pacientes com raios de córnea variáveis. Uma forma de capturar este fato é que, se o módulo de contato 120 da PI 100 for afixado a um primeiro olho com um raio córneo apical de R1 e causar uma mudança δR1 de seu raio córneo, e, separadamente, for afixada a um segundo olho com um raio córneo apical de R2, e causar uma mudança δR2 daquele raio córneo, então, o módulo de contato 120 será capaz de limitar δR1 e δR2 para serem menores do que 0,5*|R1 - R2|, o valor mais baixo que uma lente de contato rígida poderia obter como um limite conjunto para ambas as mudanças de raio. Implementações das PIs adaptativas podem satisfazer a esta condição com relação aos raios córneos apicais R1 e R2 na faixa típica para olhos humanos, entre 7,5 mm e 8,2 mm. Em algumas outras implementações, a PI 100 pode limitar R1 e δR2 para serem menores do que 0,25*|R1 - R2|.
[0088] A figura 4 ilustra um método 200 de utilização da interface de paciente 100 para um procedimento oftálmico. O método 200 pode incluir o seguinte:
[0089] 210 - aplicação da interface de paciente a um olho de pro cedimento na preparação para o procedimento oftálmico; e
[0090] 220 - provisão de uma substância viscoelástica para pelo menos uma dentre uma córnea do olho de procedimento e uma porção de acomodação da interface de paciente, em que
[0091] a provisão é realizada antes, durante ou após a aplicação.
[0092] A etapa 210 pode incluir o alinhamento de uma interface de paciente em uma peça 100 com um eixo geométrico ótico do olho, seguido pelo abaixamento e pelo aporte da interface de paciente 100 ao olho. Após o aporte, o olho pode ser mantido parado pela aplicação de um vácuo parcial a um subsistema de sucção da interface de paciente 100. Conforme mencionado antes, as interfaces de paciente em duas peças 100’ e 100’’ podem ser aplicadas ao olho pela afixação do módulo de afixação 110’ / 110’’ à extremidade distal do sistema oftálmico 10’ / 10’’, pelo aporte do módulo de contato 120’ / 120’’ ao olho, pelo alinhamento do módulo de afixação 110’ / 110’’ e do módulo de contato 120’ / 120’’, e, finalmente, pelo abaixamento do módulo de afixação 110’ / 110’’ para aporte dele ao módulo de contato 120’ / 120’’. De novo, a aplicação de um vácuo parcial pode ser usada para se manter o olho parado.
[0093] Para qualquer uma das interfaces em uma peça ou em du as peças, a etapa de provisão 220 pode incluir a introdução da substância viscoelástica 121 / 121’ / 121’’ no espaço de acomodação 123 / 123’ / 123’’. Como antes, a substância viscoelástica 121 / 121’ / 121’’ pode incluir um fluido, um líquido, um gel, um creme, uma lágrima artificial, um filme, um material elástico ou um material viscoso.
[0094] No método 200, o procedimento oftálmico pode ser um pro cedimento de formação de imagem, um procedimento de diagnóstico, um procedimento assistido a laser ou um procedimento cirúrgico oftálmico.
[0095] A figura 5A ilustra que uma etapa de provisão 220’ pode ser realizada após uma etapa de aplicação 210’.
[0096] A figura 5B ilustra que uma etapa de provisão 220’’ pode ser realizada antes de uma etapa de aplicação 210’’. Em alguns casos, a etapa de provisão 220 e a etapa de aplicação 210 podem ser realizadas de uma maneira parcialmente sobreposta.
[0097] As figuras 6A a G ilustram que, em várias implementações, a substância viscoelástica pode ser provida de várias maneiras diferentes. Elementos análogos aos elementos em modalidades anteriores não serão expressamente descritos e, em alguns lugares, mesmo serão omitidos por clareza. Não obstante, combinações com os elementos análogos das figuras 1 a 5 estão todos no escopo da invenção.
[0098] As figuras 6A a E ilustram várias sequências de etapa para interfaces de paciente integradas em uma peça.
[0099] A figura 6A ilustra que a etapa de provisão 220 pode incluir a provisão da substância viscoelástica 121 através da janela de entrada 122 da interface de paciente para o espaço de acomodação 123, onde o espaço de acomodação 123 é pelo menos parcialmente delimitado pela interface de paciente e pelo olho de procedimento, após a etapa de aplicação 210. Aqui e em implementações subsequentes, a substância viscoelástica 121 pode ser provida, por exemplo, pelo uso de uma seringa, ou qualquer outro aplicador necessário.
[00100] A figura 6B ilustra que, em algumas implementações da etapa de provisão 220, a substância viscoelástica 121 pode ser provida na córnea do olho de procedimento antes de a interface de paciente ser aportada à córnea. De novo, uma ampla variedade de aplicado- res pode ser usada, incluindo seringas.
[00101] A figura 6C ilustra que, em algumas implementações da etapa de provisão 220, a substância viscoelástica 121 pode ser provida no módulo de contato ou porção 120 da interface de paciente, antes da etapa de aplicação 210. A substância viscoelástica 121 pode se introduzida, por exemplo, por uma ampla variedade de aplicadores, incluindo seringas. Em outros casos, a substância viscoelástica 121 pode ser disposta na interface de paciente 100 por seu fabricante, afixada à PI 100, por exemplo, com uma folha de cobertura ou película que pode ser removida pelo cirurgião para exposição e provisão do gel ou creme da substância viscoelástica 121.
[00102] A injeção de certas substâncias viscoelásticas 121, por exemplo, com uma seringa, pode levar à formação de um grande número de bolhas microscópicas no gel ou fluido injetado. Muitas destas bolhas microscópicas podem ter diâmetros comparáveis com o comprimento de onda operacional do laser ou feixe de luz, e assim, podem dispersar o feixe intensamente. Por esta razão, as bolhas podem levar a uma deterioração da performance ótica do sistema.
[00103] A figura 6D ilustra que, em algumas modalidades, a formação de bolhas pode ser evitada pela provisão da substância viscoelás- tica 121 contida com ou em um filme elástico macio ou membrana 150. Em uma etapa de preparação, o fluido ou gel dentro do filme elástico macio 150 pode ser cuidadosamente desgaseificado e, então, o filme 150 selado estanque ao ar, para se evitar a formação de bolhas. Quando a interface de paciente é aportada na córnea, o filme elástico macio 150 não é removido, assim se evitando a formação das bolhas microscópicas. Uma vez que a membrana 150 é macia e elástica, ela ainda permite a adaptação extensiva da substância viscoelástica 121 para se conformar à curvatura da córnea e, assim, minimizar sua deformação.
[00104] Adicionalmente, as bolhas podem ser geradas na superfície de contato em que a substância viscoelástica 121 se adequa à córnea. Algumas modalidades gerenciam estas bolhas pela provisão da substância viscoelástica 121 com sua altura máxima ou vértice, perto do eixo geométrico ótico do sistema oftálmico 10. Com este projeto, quando a PI 100 faz um primeiro contato com a substância viscoelásti- ca 121, este contato acontece no centro ou eixo geométrico ótico. O abaixamento continuado da PI 100 estende a área de contato movendo-se radialmente para fora a partir do centro. Mesmo se bolhas de gás estivessem aprisionadas na superfície de contato inicialmente, este projeto pressiona e comprime as bolhas radialmente para fora, eliminando-as grandemente do percurso do feixe de laser. Isto é para ser contrastante com projetos nos quais a substância viscoelástica 121 não tem a altura máxima no centro. Nestes projetos, bolhas de gás podem permanecer aprisionadas na superfície de contato, levando a uma dispersão de luz melhorada.
[00105] A figura 6E ilustra uma modalidade em que a substância viscoelástica é provida na porção de contato 120 de uma interface de paciente em uma peça integrada 100, contida em um espaço definido por um filme elástico macio interno 150a em um lado anterior e um filme elástico macio posterior 150p no lado posterior da substância vis- coelástica 121.
[00106] Este projeto pode utilizar dois filmes em separado ou uma membrana única circundando completamente a substância viscoelásti- ca 121, com efeito formando um saco de contenção elástico. Essas implementações podem prover um controle adicional sobre o formato da substância viscoelástica 121.
[00107] A figura 6F ilustra uma interface de paciente em duas peças 100’, em que a substância viscoelástica 121’ está contida entre os dois filmes 150a e 150p, ou dentro de um saco elástico com duas superfícies, no módulo de contato 120’, antes de ser conectada ao módulo de afixação 110’. Nesta modalidade, a lente distal faz parte do módulo de afixação 110’.
[00108] A figura 6G ilustra uma implementação variante de uma interface de paciente em duas peças 100’’, onde a substância viscoelás- tica 121’’ é provida, de novo, em um saco de contenção elástico ou entre dois filmes macios 150a’’ e 150p’’. Nesta implementação, uma lente distal 111’’ faz parte do módulo de contato 120’’.
[00109] A figura 6H ilustra ainda uma outra implementação variante, onde a substância viscoelástica 121’’ pode ser provida e contida em um espaço pelo menos parcialmente definido por um filme elástico macio 150’’ e pela lente distal 111’’.
[00110] Algumas implementações podem ter módulos adicionais para o gerenciamento do gás ou de bolhas, contidos na substância viscoelástica 121, após sua injeção no espaço de acomodação 123 ou aprisionados na superfície de contato com a interface de paciente 100. Estes módulos adicionais podem incluir um subsistema de desgaseifi- cação, conectável à interface de paciente e configurado para desga- seificar a substância viscoelástica 121 ou a superfície de contato. Vários sistemas de desgaseificação e métodos como esses são conhecidos, dentre eles: a redução de uma pressão experimentada pela substância viscoelástica 121, o aquecimento da substância viscoelástica 121, a execução de uma desgaseificação baseada em membrana, a substituição de um gás inerte pela atmosfera de ar, a manipulação de uma tensão superficial da substância viscoelástica 121, e a adição de um redutor a ela.
[00111] Embora este documento contenha muitas especificidades, estas não devem ser construídas como limitações para o escopo da invenção ou do que pode ser reivindicado, mas, ao invés disso, como descrições de recursos específicos para modalidades em particular da invenção. Certos recursos que são descritos neste documento no contexto de modalidades separadas também podem ser implementados em combinação em uma modalidade única. Inversamente, vários recursos que são descritos no contexto de uma modalidade única também podem ser implementados em múltiplas modalidades separadamente ou em qualquer subcombinação adequada. Mais ainda, embora recursos possam ser descritos acima como atuando em certas combinações e mesmo inicialmente reivindicados como tal, um ou mais re-cursos de uma combinação reivindicada podem ser extirpados, em alguns casos, da combinação, e a combinação reivindicada pode ser dirigida a uma subcombinação ou a uma variação de uma subcombi- nação. Também, variações e melhoramentos das implementações descritas e outras implementações podem ser feitos, com base no que é descrito.

Claims (20)

1. Sistema de interface de paciente para um sistema oftálmico (10’, 10’’), caracterizado pelo fato de que compreende: uma interface de paciente de múltiplas peças (100’, 100’’), compreendendo: um módulo de afixação (110’, 110’’), afixável ao sistema oftálmico (10’, 10’’); um módulo de contato (120’, 120’’) configurado para ser aportado a um olho de procedimento (20), para acomodar uma substância viscoelástica (121’, 121’’) em um espaço de acomodação (123’, 123’’) pelo menos parcialmente circundado pelo módulo de contato (120’, 120’’) e pelo olho de procedimento (20), e para ser conectado ao módulo de afixação (110’, 110’’); e um anel de sucção (132’, 132’’), acoplado ao módulo de contato (120’, 120’’), conectável a um sistema de sucção a vácuo (130’, 130’’) para criar um vácuo parcial entre o anel de sucção (132’, 132’’) e o olho de procedimento (20) para reduzir uma mobilidade do olho de procedimento (20) para um procedimento oftálmico; e um subsistema de desgaseificação, acoplado à interface de paciente (100’, 100’’), compreendendo pelo menos um dentre um sistema de redução de pressão, um sistema de aquecimento, um sistema de desgaseificação de membrana, um sistema de substituição de gás inerte, um sistema de manipulação de tensão de superfície, e um sistema de adição de redutor.
2. Sistema de interface de paciente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que: a substância viscoelástica (121’, 121’’) acomodada com preende pelo menos um dentre um fluido, um líquido, um gel, um creme, uma lágrima artificial, um filme, um material elástico, e um material viscoso.
3. Sistema de interface de paciente, de acordo com a rei-vindicação 1, caracterizado pelo fato de que: a substância viscoelástica (121’, 121’’) acomodada tem um índice de refração mais próximo a um índice de refração de uma córnea (21) do olho de procedimento (20) do que a um índice de refração de ar em um comprimento de onda de operação do sistema oftálmico (10’, 10’’).
4. Sistema de interface de paciente, de acordo com a rei-vindicação 1, caracterizado pelo fato de que: a substância viscoelástica (121’, 121’’) acomodada tem um índice de refração dentro de uma faixa de 1,24 a 1,52 em um comprimento de onda de operação do sistema oftálmico (10’, 10’’).
5. Sistema de interface de paciente, de acordo com a rei-vindicação 1, caracterizado pelo fato de que: a substância viscoelástica (121’, 121’’) acomodada tem um índice de refração dentro de uma faixa de 1,35 a 1,41 em um comprimento de onda de operação do sistema oftálmico (10’, 10’’).
6. Sistema de interface de paciente, de acordo com a rei-vindicação 1, caracterizado pelo fato de que: um componente da interface de paciente (100’, 100’’) é pelo menos um dentre descartável, esterilizável, e reusável.
7. Sistema de interface de paciente, de acordo com a rei-vindicação 1, caracterizado pelo fato de que: o módulo de contato (120’, 120’’) é configurado para acomodar a substância viscoelástica (121’, 121’’) após o módulo de contato (120’, 120’’) ter sido aportado ao olho de procedimento (20).
8. Sistema de interface de paciente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que: o módulo de contato (120’, 120’’) é configurado para acomodar a substância viscoelástica (121’, 121’’) sendo introduzida dentro do espaço de acomodação (123’, 123’’).
9. Sistema de interface de paciente, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que a interface de paciente (100’, 100’’) compreende: uma ou mais portas de entrada (122’, 122’’) para introduzir a substância viscoelástica (121’, 121’’) dentro do espaço de acomodação (123’, 123’’).
10. Sistema de interface de paciente, de acordo com a rei-vindicação 1, caracterizado pelo fato de que a interface de paciente (100’, 100’’) compreende: uma ou mais aberturas de saída (124’, 124’’) configuradas para permitir uma descarga de pelo menos um dentre ar, gás, e a substância viscoelástica (121’, 121’’) a partir do espaço de acomodação (123’, 123’’).
11. Sistema de interface de paciente, de acordo com a rei-vindicação 1, caracterizado pelo fato de que a interface de paciente (100’, 100’’) compreende: uma porta de ventilação (124’, 124’’), configurada para acoplar o módulo de contato (120’, 120’’) ao sistema de desgaseificação.
12. Sistema de interface de paciente, de acordo com a rei-vindicação 1, caracterizado pelo fato de que: o anel de sucção (132’, 132’’) é acoplado ao módulo de contato (120’, 120’’) através de uma porta de sucção (133’, 133’’); e o subsistema de desgaseificação é acoplado ao módulo de contato (120’, 120’’) através de uma porta de saída (124’, 124’’).
13. Sistema de interface de paciente, de acordo com a rei- vindicação 1, caracterizado pelo fato de que: o módulo de contato (120’, 120’’) é configurado para aco-modar a substância viscoelástica (121’, 121’’) antes de ser conectado ao módulo de afixação (110’, 110’’).
14. Sistema de interface de paciente, de acordo com a rei-vindicação 1, caracterizado pelo fato de que: a interface de paciente de múltiplas peças (100’, 100’’) é uma interface de paciente de duas peças, compreendendo o módulo de afixação (110’, 110’’) e o módulo de contato (120’, 120’’).
15. Sistema de interface de paciente, de acordo com a rei-vindicação 1, caracterizado pelo fato de que o módulo de afixação (110’, 110’’) compreende: uma lente distal (111’, 111’’).
16. Sistema de interface de paciente, de acordo com a rei-vindicação 15, caracterizado pelo fato de que: a interface de paciente (100’, 100’’) é configurada de modo que a lente distal (111’, 111’’) não entra em contato com a córnea (21) do olho de procedimento (20) após o módulo de contato (120’, 120’’) ser aportado ao olho de procedimento (20) e o módulo de afixação (110’, 110’’) ser conectado ao módulo de contato (120’, 120’’).
17. Sistema de interface de paciente, de acordo com a rei-vindicação 1, caracterizado pelo fato de que: a interface de paciente (100’, 100’’) é configurada para manter uma mudança de uma curvatura apical de uma córnea (21) do olho de procedimento (20) abaixo de 10% quando de uma afixação da interface de paciente (100’, 100’’) ao olho de procedimento (20).
18. Sistema de interface de paciente, de acordo com a rei-vindicação 17, caracterizado pelo fato de que: a interface de paciente (100’, 100’’) é configurada para manter uma mudança de uma curvatura apical de uma córnea (21) do olho de procedimento (20) abaixo de 3% quando de uma afixação da interface de paciente (100’, 100’’) ao olho de procedimento (20).
19. Sistema de interface de paciente, de acordo com a rei-vindicação 1, caracterizado pelo fato de que o sistema oftálmico (10’, 10’’) compreende pelo menos um dentre: um sistema de formação de imagem, um sistema de diagnóstico, e um sistema a laser cirúrgico oftálmico.
20. Sistema de interface de paciente, de acordo com a rei-vindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anel de sucção (132’, 132’’) compreende: mais do que uma câmara de sucção.
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