BR112020015024A2 - Forma cristalina, composição farmacêutica, uso de uma forma cristalina, e, método de profilaxia ou tratamento de câncer, distúrbios autoimunes, doenças inflamatórias, rejeição a transplante ou fibrose - Google Patents

Forma cristalina, composição farmacêutica, uso de uma forma cristalina, e, método de profilaxia ou tratamento de câncer, distúrbios autoimunes, doenças inflamatórias, rejeição a transplante ou fibrose Download PDF

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Abstract

forma cristalina, composição farmacêutica, uso de uma forma cristalina, e, método de profilaxia ou tratamento de câncer, distúrbios autoimunes, doenças inflamatórias, rejeição a transplante ou fibrose .o pedido se refere a formas cristalinas de (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3s,4s)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico; processos para a preparação das mesmas; e composições farmacêuticas contendo tais formas cristalinas. o composto age como moduladores de cxcr7 e é, assim, usado para o tratamento de câncer.

Description

1 / 62 FORMA CRISTALINA, COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA, USO DE UMA FORMA CRISTALINA, E, MÉTODO DE PROFILAXIA OU TRATAMENTO DE CÂNCER, DISTÚRBIOS AUTOIMUNES, DOENÇAS INFLAMATÓRIAS, REJEIÇÃO A TRANSPLANTE OU FIBROSE
[001] A presente invenção se refere a formas cristalinas novas de (1- pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5- (2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico (daqui em diante também referido como “composto”): processos para a preparação do mesmo, composições farmacêuticas compreendendo as ditas formas cristalinas, composições farmacêuticas preparadas a partir de tais formas cristalinas, e seus usos como moduladores do receptor CXCR7 de CXCL11/CXCL12, especialmente para o tratamento de câncer, distúrbios autoimunes, doenças inflamatórias, rejeição a transplante ou fibrose. A invenção se refere adicionalmente às ditas formas cristalinas como produtos farmacêuticos em combinação com um ou mais agentes terapêuticos e/ou radioterapia e/ou terapia direcionada no tratamento de cânceres (especialmente tumores no cérebro incluindo gliomas malignos, glioblastoma multiforme; neuroblastoma; câncer pancreático incluindo adenocarcinoma pancreático/adenocarcinoma dutal pancreático; cânceres gastrointestinais incluindo carcinoma de cólon, carcinoma hepatocelular, câncer gástrico; sarcoma de Kaposi; leucemias incluindo leucemia de célula T do adulto; linfoma; câncer de pulmão; câncer de mama; rabdomiossarcoma; câncer de próstata; câncer escamoso esofageal; carcinoma da célula escamosa oral; câncer endometrial; carcinoma da tireoide incluindo carcinoma papilar
2 / 62 da tireoide; cânceres metastáticos; metástase pulmonar; câncer de pele incluindo melanoma e melanoma metastático; câncer de bexiga; múltiplos mielomas; osteossarcoma; câncer de cabeça e pescoço; e carcinomas renais incluindo carcinoma da célula renal clara, carcinoma da célula renal clara metastático).
[002] Receptores de quimiocina são um grupo de receptores acoplados de proteína G (GPCRs) que se ligam ligantes de quimiocina peptídica com alta afinidade. A função predominante dos receptores de quimiocina é orientar o tráfico de leucócitos aos órgãos e tecidos linfoides em condições de repouso, bem como durante a inflamação, mas um papel para certos receptores de quimiocina em células não hematopoiéticas e suas progenitoras também foi reconhecido.
[003] CXCR7 (vulgo ACKR3, vulgo RDC1, vulgo CMKOR1, vulgo GPR159) tem dois ligantes de quimiocina conhecidos: CXCL12 (vulgo fator derivado de célula estromal 1, SDF-1; vulgo Fator de estimulação do crescimento de célula pré-B, PBSF) e CXCL11 (vulgo l-TAC, vulgo célula T induzível por INF-y, um quimioatrativo).
[004] CXCL12, um quimioatrativo derivado de estroma participa da vigilância imunológica e da regulação das respostas inflamatórias. O CXCL12 é secretado pelas células estromais da medula óssea, células endoteliais, coração, músculo esquelético, fígado, cérebro, rim, células parenquimais e exerce um papel fundamental na proliferação, sobrevivência de células tronco, e endereçamento de hematopoiéticas/progenitora para a medula óssea (Rankin SM et al.; Immunol let. 2012, 145(1-2):47-54). O CXCL12 também recruta células progenitoras derivadas da medula óssea para locais de formação da vasculatura. Além do mais, ele exerce um papel proeminente na carcinogênese. O CXCL12 promove o recrutamento de células progenitoras endoteliais e das células supressoras derivadas de mieloide para os sítios tumorais, bem como outras células derivadas da medula óssea. Além disso, o
3 / 62 CXCL12 regula a angiogênese/vasculogênese ligada à progressão do tumor e exerce um papel principal na semeadura das células tumorais circulantes para sítios metastáticos. Além de sua função quimiotática, o CXCL12 mostrou regular a proliferação, motilidade e sobrevivência da célula tumoral (Kryczek I et al.; Cancer Res. 2005, 65(2):465-72; Teicher BA et al.; Clin Can Res. 2010, 16(11):2927-31; Domanska A et al.; European J of Cancer. 2013, 49(1):219-30).
[005] Além do CXCR7, o CXCL12 se liga e ativa o CXCR4 (vulgo Fusina, vulgo receptor de sete domínios de tansmembrana derivado de leucócito; LESTR, vulgo D2S201E, vulgo receptor de 7 segmentos de transmembrana, vulgo HM89, vulgo proteína 3 associada ao lipopolissacarídeo; lap3, vulgo proteína 3 associada ao LPS 3), enquanto o CXCL11 se liga e ativa o CXCR3 (vulgo GPR9, vulgo CD183).
[006] A interação de CXCR7 e seus ligantes CXCL12 e CXCL11 (daqui para frente referido como o eixo CXCR7) está, assim, envolvida na orientação das células que possuem o receptor aos locais específicos no corpo, particularmente aos locais de inflamação, lesão imunológica e disfunção imunológica e também está associado ao dano aos tecidos, à indução da apoptose, crescimento celular e angiostase. O CXCR7 e seus ligantes são regulados positivamente e altamente expressos em diversas situações patológicas incluindo câncer, distúrbios autoimunes, inflamação, infecção, rejeição a transplante, fibrose e neurodegeneração.
[007] Cânceres se encontram como as maiores causas de morte em todo o mundo. Os tumores são compostos de células cancerígenas malignas que se proliferam anormalmente, mas também de um microambiente funcionalmente favorável. Este microambiente de tumor é composto de um arranjo complexo de células, componentes de matriz extracelular e moléculas de sinalização e é estabelecido pela comunicação alterada entre células estromais e tumorais. Na medida em que os tumores se expandem no
4 / 62 tamanho, eles provocam a produção de diversos fatores que podem ajudar o tumor a crescer tais fatores angiogênicos (promovendo crescimento interno de vasos sanguíneos) ou que podem ajudar a evitar o ataque da resposta imunológica do hospedeiro. O CXCL12 é um fator angiogênico e imunomodulatório deste produzido em tumores.
[008] Os presentes moduladores de CXCR7 cristalinos podem ser usados, individualmente ou em combinação em cânceres em que a expressão do CXCR7 do receptor de CXCL11/CXCL12 correlaciona com a progressão da doença no câncer (entre outros em câncer no pâncreas, adenocarcinoma pancreático, câncer de mama, câncer de próstata refratário a hormônio, carcinoma da célula renal, câncer cervical, neoplasia intraepitelial cervical, carcinoma papilar da tireoide, câncer de bexiga, sarcoma de Ewing, câncer de cólon, cânceres colorretais, câncer de pulmão, adenocarcinoma de pulmão, câncer de pulmão de célula não pequena, meningiomas, linfoma MALT, carcinoma da célula escamosa cutânea, tumores neuroendócrinos, carcinoma nasofaringeal, glioblastoma multiforme, astrocitomas, gliomas, carcinoma hepatocelular, câncer de mama positivo para oestrogênio, osteossarcoma, câncer de vesícula biliar, tumores renais, e carcinoma da célula renal). O CXCR7 também é expresso em leucemias, adenocarcinomas, metástases do cérebro, múltiplos mielomas, câncer de cabeça e pescoço, melanoma cutâneo primário, melanoma, melanoma metastático, rabdomiossarcoma, adenoma pituitário, carcinoma da célula escamosa oral, tumores orais, linfoma linfoplasmacítico, leucemia de célula T do adulto, tumores no cérebro, câncer escamoso esofageal, câncer esofageal, carcinoma de ovário, linfoma, tumores induzidos por vírus, neoplasma otorrinolaringológico, linfoma de Burkitt, linfoma de Hodgkin, cânceres da tireoide, carcinoma da célula escamosa cervical, câncer endometrial, neuroblastoma, câncer gastrointestinal, doença linfoproliferativa, doença de Paget extramamária, leucemia mieloide aguda, leucemia linfoide aguda, câncer gástrico, tumor da bainha nervosa e
5 / 62 coriocarcinoma, mesoteliama pleural maligno, neurilemnoma, meningioma, linfoma de célula B grande difusa, leucoplaquia oral, sarcoma de Kaposi, e rabdomiossarcoma alveolar (para revisão consultar Sun et al.; Cancer Metastasis Rev. 2010, 29(4), 709-722).
[009] Os presentes moduladores de CXCR7 podem ser usados, individualmente ou em combinação, em doenças nas quais a modulação de CXCR7 usando siRNA, shRNA, microRNAs, sobre-expressão, animais nocaute CXCR7, agonistas de CXCR7, antagonistas de CXCR7, anticorpos ou nanocorpos mostraram alterar o crescimento do tumor em modelos experimentais de doença como agentes únicos ou em combinação com terapias citotóxicas incluindo, entre outras, carcinoma hepatocelular (Xue TC et al.; Exp Ther Med. 2012, 3(1):117-123; Zheng et al.; Journal of Experimental and Clinical Cancer Research. 2010, 11;29:31), sarcoma de Kaposi (Raggo C et al.; Cancer Res. 2005, 65(12):5084-95), leucemia de célula T (Jin Z et al.; Int J Cancer. 2009, 125(9):2229-35), linfoma (Burns JM et al.; J Exp Med. 2006, 203(9):2201-13), carcinomas de pulmão, câncer de mama (Miao Z et al.; PNAS. 2007, 104(40):15735-40), câncer gástrico (De- Min M et al.; World J Surg Oncol. 2016, 14(1):256-266), rabdomiossarcoma (Grymula K et al.; Int J cancer. 2010, 127(11):2554-68), câncer de próstata (Wang J et al.; J Biol Chem. 2008, 283(7):4283-94), câncer pancreático (Shakir M et al.; Pancreas. 2015, 44(4):528-34), câncer escamoso esofageal (Zhou SM et al.; Oncol Rep. 2016, 35(6):3453-9), câncer endometrial (Long P et al.; Tumour boil. 2016, 37(6):7473-80), carcinoma papilar da tireoide (Zhang H et al.; Tumour boil. 2016, 37(2):2415-23), carcinoma da célula escamosa oral (Chen N et al.; Tumour boil. 2016, 37(1):567-75), metástase pulmonar (Goguet-Surmenian et al.; Br J Cancer. 2013, 109(6):1579-85), melanoma (McConnell AT et al.; Br J Dermatol. 2016, doi:
10.1111/bjd.14720), câncer de bexiga (Liu L et al.; Mol Med Rep. 2013, 8(1):140-6), mieloma múltiplo (Azab AK et al.; Blood. 2014, 124(12):1905-
6 / 62 14), osteossarcoma (Zhang Y et al.; Oncol Rep. 2014, 32(3):965-72), câncer de cólon (Wang HX et al.; Mol Clin Oncol. 2015, 3(6):1229-1232), astrocitomas de grau IV (Walters MJ et al.; Br J Cancer. 2014, 110(5):1179- 88), cânceres de cabeça e pescoço (Maussang D et al.; J Biol Chem. 2013, 288(41):29562-72), neuroblastoma (Liberman J et al.; Plos One. 2012, 7(8):e43665) e glioblastoma (Liu Y; Anticancer Res. 2015, 35(1):53-64 ; Walters MJ et al.; Br J Cancer. 2014, 110(5):1179-88; Ebsworth K et al.; J Clin Oncol. 2012, 30(15) e13580); alterar vasos sanguíneos associados ao tumor (Miao Z et al.; PNAS. 2007, 104(40):15735-40); e reduzir a semeadura da célula tumoral (Grymula K et al.; Int J cancer. 2010, 127(11):2554-68).
[0010] Os presentes moduladores de CXCR7 podem ser usados, individualmente ou em combinação, em doenças nas quais a modulação de CXCR7 (por exemplo, usando siRNA, shRNA, microRNAs, sobre-expressão, animais nocaute CXCR7, agonistas de CXCR7, antagonistas de CXCR7, anticorpos ou nanocorpos) mostrou regular a migração de leucócito (Berahovich RD et al.; Immunology. 2014, 141(1):111-22) e promover o reparo mielina/neuronal (Williams JL et al.; J Exp Med. 2014, 5; 211(5):791- 9; Gottle P et al.; Ann Neurol. 2010, 68(6):915-24), fornecendo efeitos benéficos nos modelos experimentais de doença inflamatória, doenças autoimunes e deslielinizantes, incluindo esclerose múltipla e encefalomielite autoimune (Cruz-Orengo L et al.; J Neuroinflammation. 2011, 6; 8:170; Bao J et al.; Biochem Biophys Res Commun. 2016 Jan 1; 469(1):1-7), síndrome de Guillain-Barré ou neurite autoimune (Brunn A et al.; Neuropathol Appl Neurobiol. 2013, 39(7):772-87), artrite reumatoide (Watanabe K et al.; Arthritis Rheum. 2010, 62(11):3211-20), inflamação pulmonar aguda/lesão aguda do pulmão (Ngamsri KC et al.; J Immunol. 2017, 198(6):2403-2413; Petty JM et al.; J Immunol. 2007, 178(12):8148-57), asma (Gasparik V et al.; ACS Med Chem Lett. 2012 Jan 12; 3(1):10-4; Chang HC et al.; Immunology. 2017 DOI: 10.1111/imm.12881); atenuar hipertensão pulmonar induzida por
7 / 62 hipóxia crônica (Sartina E et al.; Pediatr Res. 2012, 71(6):682-8); fibrose pulmonar (Cao Z et al.; Nat Med. 2016,; 22(2):154-62); e aterosclerose (Zhao D et al.; Biochemistry. 2015, 17; 54(45):6806-14; Ma W. et al.; Biochem Pharmacol. 2014, 1; 89(1):99-108).
[0011] Além disso, o CXCR7 foi proposto estar envolvido na migração de célula-tronco cardíaca (Chen D et al.; Sci Rep. 2015, 5:16813), vasculopatia de aloenxerto crônica (Thomas MN et um.; Transpl Int. 2015, 28(12):1426-35), doença do intestino inflamatório (Werner L et al.; Theranostics. 2013, 3(1):40-6), rinosinusite crônica (Patadia M et al.; Am J Rhinol Allergy. 2010, 24(1):11-6), doenças vasculares pulmonares humanas (Rafii S et al.; Nat Cell Biol. 2015, 17(2):123-36), e desenvolvimento de pré- eclâmpsia severa (Lu J et al.; Exp Mol Pathol. 2016, 100(1):184-91); e melhorar os efeitos benéficos das terapias à base de células-tronco mesenquimais para lesão de isquemia/reperfusão renal (Liu H et al.; Plos One. 2012, 7(4):e34608) e induzir o comportamento tipoansiolítico (Ikeda Y et al.; Cell. 2013, 5; 155(6):1323-36). Além das doenças mencionadas anteriormente, os moduladores de CXCR7 podem ser usados no tratamento de rejeição ao aloenxerto renal, lúpus eritematoso sistêmico, osteoartrite, doenças vasculares pulmonares, falha renal aguda, isquemia incluindo isquemia cerebral, rejeição crônica ao aloenxerto, síndrome coronária aguda, sistema nervoso central lesionado; hiperlipidemia, transplante de HSCs, hipertensão, hipertensão pulmonar, síndrome urêmica hemolítica associada à toxina Shiga, HIV/AIDS; cirrose, distúrbios relacionados ao estresse, retinopatia diabética proliferativa, Encefalite do vírus do Nilo Ocidental, lesão vascular, fibrose pulmonar, endometriose, tiroidite autoimune, doenças associadas à neovascularização coroidal, anemia aplástica, doença de Sjögren e vitiligo.
[0012] Mecanisticamente, estudos recentes forneceram maior evidência de que a ativação da via de CXCL12 é um possível mecanismo de
8 / 62 resistência tumoral tanto para terapias convencionais quanto para agentes biológicos por meio de múltiplas ações complementares: (i) promovendo diretamente a sobrevivência, invasão da célula cancerígena, e o fenótipo de célula de iniciação de célula-tronco e/ou tumoral; (ii) recrutando “o estroma distal” (isto é, células derivadas da medula óssea mieloide) para facilitar s supressão imunológica, recorrência do tumor, e metástase; e (iii) promovendo angiogênese diretamente ou de uma maneira parácrina (Duda DG et al: CXCL12 (SDF1alpha)-CXCR4/CXCR7 pathway inhibition: a emerging sensitizer for anticancer therapies?; Clin Cancer Res; 2011, 17(8); 2074–80) recentemente discutiu os dados pré-clínicos e clínicos que suportam o possível uso de agentes anti-CXCL12 incluindo moduladores de CXCR7 como sensibilizadores para as terapias atualmente disponíveis nos tratamentos de câncer.
Além do mais, a melhora na expressão de CXCR7 no endotélio parece ser fundamental para a infiltração inflamatória nas doenças autoimunes.
CXCL12 e CXCL11 são ligantes chaves na resposta imune inflamatória: (i) por ativação na migração celular, na adesão celular e sobrevivência celular (Kumar R et al.; Cell Immunol. 2012, 272(2):230-41); (ii) impulsionando a diferenciação, maturação e polarização da célula, isto é, macrófagos (Ma W. et al.; Biochem Pharmacol. 2014, 1; 89(1):99-108), células T CD4+ (Zohar Y et al.; J Clin Invest. 2014, 124(5):2009-22), progenitores oligodendrócitos (Gottle P et al.; Ann Neurol. 2010, 68(6):915- 24); (iii) participando de processos de endereçamento (Lewellis SW et al.; J Cell Biol. 2013, 4; 200(3):337-55). Desta forma, o direcionamento de CXCR7 e, assim, regulação do nível de seus ligantes teria um papel decisivo na patogênese de uma grande variedade de doenças autoimunes e inflamatórias.
Sanchez-Martin et al (Trends Mol Med. 2013, 19(1):12-22) recentemente discutiram a desrregulação de CXCR7 na doença e salientaram o fato de que este receptor é um alvo terapêutico atrativo para o tratamento de doenças autoimunes e inflamação.
9 / 62
[0013] Assim, os presentes antagonistas de CXCR7 podem ser usados, individualmente ou em combinação, com um ou mais agentes terapêuticos e/ou quimioterapia e/ou radioterapia e/ou imunoterapia; em particular em combinação com quimioterapia, radioterapia, inibidores de EGFR, inibidores de aromatase, imunoterapia, tal como especialmente bloqueio de PD1 e/ou PDL1 e/ou bloqueio de CTLA4 ou outras terapias direcionadas; para a prevenção/profilaxia ou tratamento de cânceres, como carcinomas; adenocarcinomas; tumores neuroendócrinos; câncer de pele incluindo melanoma e melanoma metastático; câncer de pulmão incluindo câncer de pulmão de célula não pequena; câncer metastático; metástase pulmonar; câncer de bexiga incluindo câncer de bexiga urinária; carcinoma da célula urotelial; carcinomas renais incluindo carcinoma da célula renal; carcinoma metastático da célula renal, carcinoma da célula renal clara metastático; cânceres gastrointestinais incluindo carcinoma de cólon, adenoma colorretal, adenocarcinoma colorretal, câncer colorretal, câncer colorretal metastático, polipose adenomatoso familiar (FAP), câncer esofageal, carcinoma da célula escamosa oral; câncer gástrico, câncer de vesícula biliar, colangiocarcinoma, carcinoma hepatocelular; câncer pancreático, como adenocarcinoma pancreático ou (adeno)carcinoma dutal pancreático; câncer endometrial; câncer de ovário; câncer cervical; neuroblastoma; câncer de próstata incluindo câncer de próstata resistente à castração; tumores no cérebro incluindo metástases do cérebro, gliomas malignos, glioblastoma multiforme, meduloblastoma, meningiomas; câncer de mama incluindo carcinoma de mama triplo negativo; tumores orais; tumores nasofaringeais; câncer toráxico; câncer de cabeça e pescoço; leucemias incluindo leucemia mieloide aguda, leucemia de célula T do adulto; carcinoma da tireoide incluindo carcinoma papilar da tireoide; coriocarcinoma; sarcoma de Ewing; osteossarcoma; rabdomiossarcoma; sarcoma de Kaposi; linfoma incluindo linfoma de Burkitt, linfoma de
10 / 62 Hodgkin, linfoma MALT; linfoma de célula B intraocular primário, múltiplos mielomas e tumores viralmente induzidos; e doenças envolvendo metástase mediada por CXCR7 e/ou CXCL12 e /ou CXCL11, quimiotaxia, adesão celular, migração transendotelial, proliferação e/ou sobrevivência celular.
[0014] Especificamente, o possível papel do CXCR7 em tumores no cérebro, glioma maligno e em glioblastoma multiforme é conhecido na literatura. Os moduladores da via de CXCL12, incluindo os moduladores de CXCR7, foram mencionados como possíveis agentes terapêuticos para tratar câncer cerebral em combinação com agentes quimioterapêuticos ou radioterapia. Por exemplo, Hattermann et al (Cancer research 2010, 70 (8):3299-3308) preceituam que CXCL12 “a estimulação preveniu a apoptose induzida por camptotecina e temozolomida e que um antagonista de CXCR7 reduziu o efeito antiapoptótico de CXCL12”. Os autores concluíram que “CXCR7 é um receptor funcional para CXCL12 em astrocitomas/glioblastomas e medeia a resistência à apoptose induzida por fármaco”. Além disso, Hattermann et al (Oncol Rep. 2012, 27: 1348-1352) preceituaram que “CXCL12 anula o efeito antiproliferativo de temozolomida”. Os autores também preceituam que este efeito poderia ser quase completamente eliminado por um antagonista específico de CXCR7, “indicando que o efeito antiapoptótico do CXCL12 é mediado principalmente por meio de CXCR7”. Ebsworth et al (Neuro Oncol (2013) 15 (suppl 3):iii37- iii61. ET-023) preceituam que um antagonista de CXCR7 significativamente prolonga a sobrevivência quando administrado em combinação com radioterapia em um modelo de rato de glioblastoma. Esta descoberta é suportada por outros estudos (por exemplo, Ebsworth K et al.; J Clin Oncol. 2012, 30(15) e13580; Walters MJ et al.; Br J Cancer. 2014, 110(5):1179-88) que divulgam que a inibição in vivo de CXCR7 em conjunto com radioterapia resulta em uma extensão significativa do tempo de sobrevivência em outro modelo de rato de glioblastoma. Além do mais, Liu SC et al (Neuro-Oncology
11 / 62 2014; 16(1):21-28) preceituam que a inibição de CXCL12 após a irradiação inibe a recorrência do tumor em tumores autóctones no cérebro em ratos. Liu SC et al (Neuro Oncol. 2013, 16(1):21-8) também preceituam que a inibição de CXCL12 em um modelo de metástase do cérebro após a irradiação produziu uma inibição acentuada de crescimento do tumor e prolongamento da vida útil em comparação à irradiação somente. Calatozzolo C et al (Cancer Biol Ther. 2011, 11(2), 1-12) preceituaram em experimentos in vitro que antagonistas de CXCR7 mostraram completa inibição da proliferação do glioma.
[0015] Especificamente, um papel para CXCR7 nos tumores do pâncreas, foi descrito na literatura. Shakir et al. (Pancreas. 2015, 44(4):528- 34) observou que CXCR4 e CXCR7, mediante interação com CXCL12, ativa quinases de proteína a jusante que promove um comportamento mais agressivo. Além do mais, a expressão de CXCR7 e CXCl12 correlaciona com graus histológicos do tumor (Liu Z et al.; World J Surg Oncol. 2014, 12:348). Estas descobertas foram confirmadas por Heinrich EL et al. (J Transl Med. 2012, 10:68). Desta forma, os moduladores de CXCR7 podem ser usados no tratamento de cânceres no pâncreas.
[0016] Os moduladores de CXCR7 também podem ser usados no tratamento de carcinoma papilar da tireoide. Liu Z et al. (J Surg Res. 2014, 191(2):379-88) descreveram que o RNA mensageiro e os níveis de proteína de CXCR7 foram acentuadamente aumentados em carcinoma papilar da tireoide e correlacionados com a progressão do tumor. O CXCR7 poderia regular a proliferação, ciclo celular, apoptose, invasão, e a expressão de proteínas regulatórias do ciclo celular envolvidas na transição de fases S-G2. Redução na expressão de CXCR7 nas células de carcinoma papilar da tireoide suprimiu a proliferação e invasão celular, induziu a interrupção da fase S, e promoveu a apoptose. Zhang H et al (Tumor Biol. 2016, 37(2):2415-23) demonstraram adicionalmente que o CXCR7 afeta o crescimento das células
12 / 62 do carcinoma papilar da tireoide e participa da tumorigênese do carcinoma papilar da tireoide, provavelmente através da regulação da angiogênese pelo VEGF ou IL-8 pró-angiogênico. A expressão e função do eixo CXCR7 no câncer de tireoide foi confirmado por Zhu X et al. (Int J Oncol. 2016, 48(6):2321-9).
[0017] Os moduladores de CXCR7 também podem ser usados no tratamento de câncer de pulmão: Usando uma combinação de sobre-expressão e interferência de RNA, Miao Z et al (PNAS. 2007, 104(40):15735-40) estabeleceram que o CXCR7 promove o crescimento de tumores formados de células de câncer de mama e de pulmão e melhora as metástases experimentais do pulmão. Iwakiri S et al. (Iwakiri S et al.; Cancer. 2009, 115(11):2580-93) observaram que maior expressão de CXCR7 é associada a recorrência precoce e metastática em câncer de pulmão de célula não pequena de estágio I patológico.
[0018] Os moduladores de CXCR7 também podem ser usados no tratamento de carcinoma hepatocelular: foi reportado que a expressão de CXCR7 é aumentada em tecidos de carcinoma hepatocelular. A redução na expressão da expressão de CXCR7 significativamente inibiu a invasão, adesão e angiogênese das células de carcinoma hepatocelular. Além do mais, regulação negativa do nível de expressão de CXCR7 para uma redução de crescimento do tumor em um modelo de xenoenxerto de carcinoma hepatocelular (Zheng K et al.; J Exp Clin Cancer Res. 2010, 29:31). Monnier J et al. (Eur J Cancer. 2012, 48(1):138-48) também observaram em uma coorte de 408 carcinomas hepatocelulares humanos que o CXCR7 foi significativamente maior em tumores em comparação aos controles de fígado normais. A coloração imuno-histoquímica em seções de carcinoma hepatocelular humano confirmou que a expressão de CXCR7 foi muito maior em tecidos com câncer. Usando RNAi do CXCR7 em uma linha de células de carcinoma hepatocelular, Xue TC et al. (Exp Ther Med. 2012, 3(1):117-123)
13 / 62 observaram que a redução na expressão de CXCR7 diminuiu o crescimento de tumores e o número de metástases pulmonares em camundongos nude. Além do mais, o microarranjo do tecido mostrou que HCCs com alta expressão de CXCR7 foram propensos a metástase para o pulmão. A regulação negativa de CXCR7 inibe o crescimento e metástase pulmonar das células de carcinoma hepatocelular humano com potencial altamente metastático.
[0019] Os moduladores de CXCR7 também podem ser usados no tratamento de câncer de cólon metastático: Guillemot et al. (Br J Cancer. 2012, 107(12):1944-9) observaram que após a injeção de células de câncer colorretal, os camundongos tratados com um antagonista de CXCR7 apresentaram uma redução significativa na metástase pulmonar. Wang HX et al (Mol Clin Oncol. 2015, 3(6):1229-1232) estudaram a expressão de CXCR7 no corpo de prova de câncer de cólon e observaram que os níveis de CXCR7 foram significativamente maiores em tumores de cólon em comparação aos no tecido de cólon normal. Além do mais, tumores metastáticos de cólon do nodo da linfa apresentaram expressão de CXCR7 significativamente superior em comparação aos tumores não metastáticos.
[0020] O CXCR7 também é reportado para ser expresso em metástases do cérebro (Salmaggi et al.; Cancer Biol Ther.2009, 8:17, 1-7). Os autores concluíram que a via de CXCL12/CXCR4/CXCR7 poderia ser um alvo interessante para pesquisa adicionais que investigam o papel destas moléculas na invasão e proliferação das células metastáticas.
[0021] Especificamente, o impacto do CXCR7 nas doenças desmielinizantes inflamatórias é conhecido na literatura. O CXCR7 é expresso em várias regiões em todo o cérebro de camundongo adulto e sua expressão é regulada positivamente no modelo de camundongo para esclerose múltipla (Banisadr G et al.; J Neuroimmune Pharmacol. 2016 Mar; 11(1):26- 35). Os padrões de expressão alterados de CXCL12 na barreira sangue-
14 / 62 cérebro (BBB) estão envolvidos na esclerose múltipla e correlacionam com a severidade da doença (McCandless EE et al.; Am J Pathol. 2008, 172(3):799- 808). O antagonismo do CXCR7 foi mostrado como eficaz na encefalomielite autoimune experimental em camundongos. Os estudos recentes implicam fortemente no CXCR7 como uma molécula que modifica a doença na esclerose múltipla por meio de mecanismo complementares: (i) facilitando a entrada de leucócitos no espaço perivascular por meio da redistribuição de CXCL12 no BBB (Cruz-Orengo L et al.; J Neuroinflammation. 2011, 6; 8:170; Cruz-Orengo L et al.; J Exp Med. 2011, 14; 208(2):327-39) e regulação da ativação mediada por CXCR4 de integrinas (Hartmann TN et al.; J Leukoc Biol. 2008,; 84(4):1130-40) (ii) pelo efeito direto na quimiotaxia microglial (Bao J et al.; Biochem Biophys Res Commun. 2016 Jan 1; 469(1):1-7) e nos monócitos inflamatórios, facilitando sua entrada no cérebro (Douglas SD et al.; J Leukoc Biol. 2017; 102: 1155-1157) (iii) promovendo a remielinização por meio do maior nível de CXCL12 melhorando a maturação das células progenitoras de oligodendrócitos mediados por CXCR4 (Williams JL et al.; J Exp Med. 2014, 5; 211(5):791-9; Gottle P et al.; Ann Neurol. 2010, 68(6):915-24). Recentemente, Chu et al (Neuroscientist. 2017, 23(6): 627-648) revisaram a importância de direcionar o eixo CXCL12/CXCR4/CXCR7 para desmielinizar doenças, por causa de seu papel central na promoção da migração, proliferação e diferenciação das células progenitoras de oligodendrócitos. Assim, o antagonismo de CXCR7 poderia prevenir terapeuticamente a inflamação e melhorar o reparo da mielina no CNS adulto desmielinizado.
[0022] Especificamente, o possível papel do CXCR7 na artrite reumatoide é conhecido na literatura. O CXCR7 é reportado para ser expresso nas células endoteliais na sinóvia. Também, os níveis elevados de mRNA de CXCL12 e CXCL11 foram encontrados no tecido sinovial de pacientes com artrite reumatoide (Ueno et al.; Rheumatol Int. 2005, 25(5):361-7). Foi
15 / 62 mostrado que o CXCL12 exerce um papel central no acúmulo de células T CD4+ e monócitos na sinóvia (Nanki T et al.; J Imunol. 2000, 165(11):6590- 8; Blades MC et al.; Artrite Rheum. 2002 Mar; 46(3):824-36). Além do mais, o CXCL12 participa do processo de artrite reumatoide por meio de suas funções proangiogênicas e sua ação no recrutamento e diferenciação de osteoclasto. Desta forma, os moduladores da via CXCL12 incluindo os moduladores de CXCR7 foram propostos como possíveis agentes terapêuticos para tratar artrite reumatoide. Villalvilla et al (Expert Opin Ther Targets. 2014, 18(9):1077-87) recentemente discutiram dados pré-clínicos e clínicos que suportam o possível uso de agentes anti-CXCL12 nos tratamentos de artrite reumatoide. Watanabe et al (Artrite Rheum. 2010, 62(11):3211-20) preceituam que um inibidor de CXCR7 profilática e terapeuticamente reduz os sinais clínicos da doença e angiogênese em um modelo de artrite induzida por colágeno de camundongo.
[0023] Especificamente, o CXCR7 está envolvido em vários distúrbios inflamatórios. Por exemplo, o CXCL12 e CXCL11 estão envolvidos em processos inflamatórios agudos e crônicos do pulmão, como doença pulmonar obstrutiva crônica (Petty JM et al.; J Imunol. 2007, 178(12):8148-57; Porter JC et al.; J Imunol. 2008, 180(3):1866-77). Foi observado que o CXCL12 regula positivamente no pulmão em modelos tanto humanos quanto animais (Phillips RJ et al.; J Clin Invest. 2004, 114(3):438- 46). A redução na expressão de CXCR7 no pulmão e os agentes anti-CXCL12 mostraram atenuar a inflamação do pulmão e hiper-reatividade das vias aéreas em modelos de asma (Gasparik V et al.; ACS Med Chem Lett. 2012 Jan 12; 3(1):10-4; Lukacs NW et al.; Am J Pathol. 2002, 160(4):1353-60). O antagonismo de CXCR7 ou bloqueio de CXCL12 mostraram reduzir a inflamação pulmonar, estabilizando a barreira epitelial pulmonar em lesão aguda do pulmão em camundongos (Ngamsri KC et al.; J Imunol. 2017, 198(6):2403-2413; Konrad FM et al.; Cell Death Dis. 2017, 8 (5)). Cao et al
16 / 62 (Nat Med. 2016,; 22(2):154-62) preceituam que o modulador de CXCR7 após a lesão do pulmão “promove o reparo alveolar e reduz a fibrose” em um modelo de camundongo de fibrose pulmonar. Também foi descrito um papel para CXCR7 na fibrose hepática (Ding BS et al.; Nature. 2014, 505(7481):97- 102).
[0024] O CXCL12 e CXCL11 também são reportados para regular positivamente as doenças inflamatórias do intestino (Koelink PJ et al.; Pharmacol Ther. 2012, 133(1):1-18). Foi observado que o CXCR7 regula positivamente as células T do sangue periférico nas Doenças inflamatórias do intestino (Werner L et al.; J Leukoc Biol. 2011, 90(3):583-90). O autor hipotetisa que “a maior expressão de CXCR7 no sangue periférico dos pacientes com Doenças inflamatórias do intestino poderia promover maior influxo das células T para os sítios de inflamação da mucosa” (Werner L et al.; Theranostics. 2013, 3(1):40-6). Em modelo de camundongos para Doença do intestino inflamatório, os moduladores da via de CXCL12 poderiam diminuir a infiltração das células T e reduzir o dano ao tecido (Mikami S et al.; J Pharmacol Exp Ther. 2008, 327(2):383-92; Xia XM et al.; Plos One. 2011, 6(11):e27282).
[0025] Níveis elevados de CXCL12 e CXCL11 também foram encontrados na pele psoriática lesional (Chen SC et al.; Arch Dermatol Res. 2010, 302(2):113-23; Zgraggen S et al.; Plos One. 2014, 9(4):e93665). Zgraggen et al preceituam que o bloqueio de CXCL12 melhorou o curso de inflamação crônica da pele em dois diferentes modelos de inflamação de pele tipo psoríase.
[0026] Vários outros distúrbios autoimunes como lúpus eritematoso sistêmico (SLE) apresentam a expressão alterada de CXCR7/CXCR4 correlacionada com uma pior migração promovida por CXCL12 das células B de SLE (Biajoux V et al.; J Transl Med. 2012, 18; 10:251). Além do mais, o CXCL12 foi significativamente regulado positivamente nos rins nefríticos em
17 / 62 múltiplos modelos de murino de lúpus. Wang et al. (J Imunol. 2009, 182(7):4448-58) preceituam que a ação no eixo CXCL12 é um bom agente terapêutico no lúpus, uma vez que um antagonista de CXCR4 significativamente alivia a doença, prolongando a sobrevivência e redução da nefrite e linfoproliferação.
[0027] Foi observado que CXCL12 e CXCR4 foram regulados positivamente na tireoide de pacientes autoimunes e em modelos animais (Armengol MP et al.; J Imunol. 2003, 170(12):6320-8). Liu et al. (Mol Med Rep. 2016, 13(4):3604-12) preceituaram que o bloqueio de CXCR4 reduziu a severidade da tiroidite autoimune em camundongos, diminuindo a infiltração de linfócitos e a produção de autoanticorpos.
[0028] Virani et al (Virani S et al.; AJRI. 2013, 70:386-397) preceituam que o bloqueio de CXCL12 limita a angiogênese em lesões de endometriose.
[0029] As propriedades biológicas dos moduladores de CXCR7 também incluem, mas não se limitam a, qualquer função fisiológica e/ou função celular ligada e/ou controlada por seus ligantes CXCL11, CXCL12, BAM22 e seus peptídeos relacionados. Assim, a depleção de CXCL12 sensibiliza células de câncer à quimioterapia in vivo e o tratamento com CXCL12 bloqueia metástase de carcinoma colônico (Duda et al.; Clin. Cancer Res. 2011 17(8) 2074-2080; Naumann et al.; Plos One. 2010, 5(2) e9175). CXCR7 também é um receptor para CXCL11 (vulgo subfamília b de citocina induzível pequena, membro 11; scyb11, vulgo proteína 9 induzível por interferon gama; ip9, vulgo subfamília b de citocina induzível pequena, membro 9b; scyb9b) e, desta forma, os moduladores da atividade de CXCR7 também podem ser usados em indicações com a patologia associada ao CXCL11 (Rupertus K et al.; Clin Exp Metastasis. 2014, 31(4):447-59; Zohar Y et al.; J Clin Invest. 2014, 124(5):2009-22; Antonelli A et al.; Thyroid. 2013, 23(11):1461-9). O CXCR7 também funciona como um receptor para o
18 / 62 peptídeo opióide BAM22 e seus peptídeos relacionados (peptídeo E, peptídeos BAM12, BAM14, BAM18) e, desta forma, os moduladores da atividade de CXCR7 possivelmente também podem ser usados em indicações com patologias associadas a peptídeos opióides (Ikeda et al.; Cell. 2013, 155, 1323-1336). Também foi mostrado que o CXCR7 funciona como um receptor do removedor para CXCl11 e CXCL12. Assim, o direcionamento de CXCR7 mostrou alterar a concentração local de CXCl11 e CXCL12 que leva a uma derregulação dos gradientes de concentração de CXCl11 e CXCL12.
[0030] Certos compostos de isoxazol que são bloqueadores de proteína de SMYD são conhecidos no documento WO2016/040515, em que nos compostos do documento WO2016/040515, o anel de isoxazol é substituído com certos substituintes (ciclo-)alquila em vez do presente substituinte fenila; e a fração de piperidina não possui um substituinte de carboxamida. Certos compostos de pirrol são conhecidos como agentes antibacterianos no documento WO2006/087543, WO2005/026149 e J. Med. Chem 2014, 57(14), 6060-6082. Diaminas cíclicas como inibidores do fator Xa são conhecidas no documento WO2005/032490. O documento WO2004/050024 divulga compostos de pirrolidina como moduladores do receptor de quimiocina.
[0031] A presente invenção fornece formas cristalinas novas de (1- pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5- (2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico que são moduladores do receptor de CXCR7, isto é, eles agem como antagonistas do receptor de CXCR7, e são usados para a prevenção ou tratamento de doenças que respondem à ativação dos receptores de CXCL12 e/ou receptores de CXCL11, especialmente câncer. Na prevenção ou tratamento de cânceres, as ditas formas cristalinas também podem ser usadas em combinação com um ou mais agentes de quimioterapia e/ou radioterapia e/ou terapia direcionada. Descrição das Figuras
19 / 62
[0032] A figura 1 mostra o diagrama de difração de raios-X pelo método do pó do composto em uma forma cristalina 1 como obtido no Exemplo 1. A difração de raios-X medida com diagrama do método 1 mostra picos com uma intensidade relativa, em comparação ao pico mais intenso no diagrama, das seguintes porcentagens (intensidades relativas do pico dadas em parêntese) nos ângulos de refração indicados 2teta (picos selecionados da faixa 3 a 40° 2teta com intensidade significativa são reportados): 3,6° (53%), 7,2° (31%), 8,2° (68%), 8,7° (46%), 9.1° (6%), 10,8° (50%), 13,9° (9%), 17,0° (26%), 17,5° (12%), 18,3° (100%).
[0033] A figura 2 mostra o diagrama de difração de raios-X pelo método do pó do composto em uma forma cristalina 2 como obtido no Exemplo 2. O diagrama de difração de raios-X medido com método 1 mostra picos com uma intensidade relativa, em comparação ao pico mais intenso no diagrama, das seguintes porcentagens (intensidades relativas do pico dadas em parêntese) nos ângulos de refração indicados 2teta (picos selecionados da faixa 3-40° 2teta com intensidade significativa são reportados): 6,7° (46%), 8,5° (100%), 10,9° (19%), 13,2° (15%), 14,1° (13%), 14,5° (31%), 16,0° (16%), 17,4° (20%), 18,4° (16%), 20,8° (14%).
[0034] A figura 3 mostra o diagrama de difração de raios-X pelo método do pó do composto em uma forma cristalina 3 como obtido no Exemplo 3. O diagrama de difração de raios-X medido com método 2 mostra picos com uma intensidade relativa, em comparação ao pico mais intenso no diagrama, das seguintes porcentagens (intensidades relativas do pico dadas em parêntese) nos ângulos de refração indicados 2teta (picos selecionados da faixa 3 a 40° 2teta com intensidade significativa são reportados): 6,8° (26%), 8,2° (100%), 8,8° (11%), 14,1° (27%), 16,0° (16%), 17,9° (31%), 21,0° (26%), 24,1° (17%).
[0035] A figura 4 mostra o diagrama de difração de raios-X pelo método do pó do composto em uma forma cristalina 4 como obtido no
20 / 62 Exemplo 4. O diagrama de difração de raios-X medido com método 2 mostra picos com uma intensidade relativa, em comparação ao pico mais intenso no diagrama, das seguintes porcentagens (intensidades relativas do pico dadas em parêntese) nos ângulos de refração indicados 2teta (picos selecionados da faixa 3 a 40° 2teta com intensidade significativa são reportados): 6,4° (100%), 8,3° (38%), 8,9° (12%), 13,6° (20%), 14,1° (9%), 15,4° (14%), 16,7° (28%), 18,0° (32%), 23,2° (42%).
[0036] Para evitar qualquer dúvida, os picos listados anteriormente descrevem os resultados experimentais da difração de raios-X pelo método do pó mostrados na Figura 1 a Figura 4. Entende-se que, ao contrário da lista de picos anterior, é necessária somente uma seleção dos picos característicos para caracterizar completa e não ambiguamente o composto na respectiva forma cristalina da presente invenção.
[0037] Nos diagramas de difração de raios-X da Fig. 1 a Fig. 4, o ângulo de refração 2teta (2θ) é plotado no eixo horizontal e as contagens no eixo vertical. Descrição Detalhada da Invenção
[0038] 1) Uma primeira modalidade da invenção se refere a formas cristalinas do composto (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)- 1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}- piperidina-3-carboxílico ; distinguido por: a. a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ:3,6°, 8,2°, e 18,3°
21 / 62 (notavelmente 3,6°, 7,2°, 8,2°, 8,7°, e 18,3°; especialmente 3,6°, 7,2°, 8,2°, 8,7°, 9,1°, 10.8°, 13,9°, 17,0°, 17,5°, e 18,3°); ou b. a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,7°, 8,5°, e 10,9° (notavelmente 6,7°, 8,5°, 10,9°, 13,2°, e 14,5°; especialmente 6,7°, 8,5°, 10,9°, 13,2°, 14,1°, 14,5°, 16,0°, 17,4°, 18,4°, e 20,8°); ou c. a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 8,2°, 17,9°, e 21.0° (notavelmente 6,8°, 8,2°, 14,1°, 17,9°, e 21,0°; especialmente 6,8°, 8,2°, 8,8°, 14,1°, 16,0°, 17,9°, 21,0°, e 24,1°).
[0039] Entende-se que as formas cristalinas de acordo com a modalidade 1) compreendem composto (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3- carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico em uma forma cristalina da base livre (isto é, não na forma de um sal). Além disso, as ditas formas cristalinas podem compreender solvente não coordenado e/ou coordenado. O solvente coordenado é usado neste documento como o termo para um solvato cristalino. Da mesma forma, solvente não coordenado é usado neste documento como termo para solvente fisioabsorvido ou aprisionado fisicamente (definições de acordo com Polimorphism in the Pharmaceutical Industry (Ed. R. Hilfiker, VCH, 2006), Capítulo 8: U.J. Griesser: The Importance of Solvates). A forma cristalina 1 em particular é um anidrato, isto é, compreende água não coordenada, mas pode compreender solvente não coordenado, tais como isopropanol, metanol, etanol e/ou água. A forma cristalina 2, em particular, é um anidrato, isto é, compreende água não coordenada, mas pode compreender solvente não coordenado, tais como isopropanol, metanol, etanol e/ou água. A forma cristalina 3, em particular, é um di-hidrato, isto é, compreende cerca de 2 equivalentes de água coordenada, e pode compreender solventes adicionais não coordenados, como
22 / 62 água.
[0040] 2) Uma outra modalidade se refere a uma forma cristalina do composto de acordo com a modalidade 1), distinguido pela presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 3,6°, 8,2°, e 18,3°; em que a dita forma cristalina é notavelmente distinguida pela presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 3,6°, 7,2°, 8,2°, 8,7°, e 18,3°.
[0041] 3) Uma outra modalidade se refere a uma forma cristalina do composto distinguida pela presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 3,6°, 8,2°, e 18,3° de acordo com a modalidade 1); ou a tal forma cristalina de acordo com a modalidade 2), em que a dita forma cristalina é especialmente distinguida pela presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 3,6°, 7,2°, 8,2°, 8,7°, 9,1°, 10,8°, 13,9°, 17,0°, 17,5°, e 18,3°.
[0042] 4) Uma outra modalidade se refere a uma forma cristalina do composto distinguida pela presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 3,6°, 8,2°, e 18,3° de acordo com a modalidade 1); ou a tal forma cristalina de acordo com a modalidade 2) ou 3), que essencialmente mostra o padrão de difração de raios-X pelo método do pó como representado na Figura 1.
[0043] 5) Uma outra modalidade se refere a uma forma cristalina do composto distinguida pela presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 3,6°, 8,2°, e 18,3° de acordo com a modalidade 1); ou a tal forma cristalina de acordo com qualquer uma das modalidades 2) a 4), que tem um evento endotérmico a cerca de 259 °C como determinado por calorimetria diferencial de varredura (por exemplo, usando o método como descrito neste documento).
23 / 62
[0044] 6) Uma outra modalidade se refere a uma forma cristalina do composto distinguida pela presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 3,6°, 8,2°, e 18,3° de acordo com a modalidade 1); ou a tal forma cristalina de acordo com qualquer uma das modalidades 2) a 5), em que a dita forma pode ser obtida: a) misturando 10 mg do composto com 1 mL de metanol ou misturando 20 mg do composto com 1 mL de uma mistura cerca de 3 a 1 de metanol e acetonitrila; b) dissolvendo o composto por aquecimento a cerca de 65 °C com uma rampa de 0,1°C/min; c) resfriando a mistura a cerca de 20 °C usando uma rampa de 0,1 °C/min; e d) filtrando e secando o produto (por exemplo, a temperatura ambiente e pressão reduzida de cerca de 10 mbar por 4hora).
[0045] 7) Uma outra modalidade se refere a uma forma cristalina do composto distinguida pela presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 3,6°, 8,2°, e 18,3° de acordo com a modalidade 1); ou a tal forma cristalina de acordo com qualquer uma das modalidades 2) a 6), em que a dita forma cristalina é um anidrato (isto é, ela não contém água coordenada).
[0046] 8) Uma outra modalidade se refere a uma forma cristalina do composto de acordo com a modalidade 1, distinguido por: a. a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,7°, 8,5°, 10,9°, 13,2°, e 14,5°; ou b. a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,8°, 8,2°, 14,1°, 17,9°, e 21,0°.
[0047] 9) Uma outra modalidade se refere a uma forma cristalina do
24 / 62 composto de acordo com a modalidades 1) ou 8), distinguido por: a. a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,7°, 8,5°, 10,9°, 13,2°, 14,1°, 14,5°, 16,0°, 17,4°, 18,4°, e 20,8°; ou b. a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,8°, 8,2°, 8,8°, 14,1°, 16,0°, 17,9°, 21,0°, e 24,1°.
[0048] 10) Uma outra modalidade se refere a uma forma cristalina do composto de acordo com a modalidades 1) ou 8), distinguido por: a. a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,7°, 8,5°, 10,9° (notavelmente 6,7°, 8,5°, 10,9°, 13,2°, e 14,5°); ou a tal forma cristalina de acordo com a modalidade 9), que essencialmente mostra o padrão de difração de raios-X pelo método do pó como representado na Figura 2; ou b. a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 8,2°, 17,9°, 21,0° (notavelmente 6,8°, 8,2°, 14,1°, 17,9°, e 21,0°); ou a tal forma cristalina de acordo com a modalidade 9), que essencialmente mostra o padrão de difração de raios-X pelo método do pó como representado na Figura 3.
[0049] 11) Uma outra modalidade se refere a uma forma cristalina do composto de acordo com a modalidade 1, distinguido pela presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,7°, 8,5°, 10,9°, 13,2°, 14,5° (notavelmente 6,7°, 8,5°, 10,9°, 13,2°, 14,1°, 14,5°, 16,0°, 17,4°, 18,4°, e 20,8°).
[0050] 12) Uma outra modalidade se refere a uma forma cristalina do composto distinguida pela presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,7°, 8,5°, e 10,9° de acordo com a modalidade 1); ou a tal forma cristalina de acordo com qualquer uma das modalidades 8) a 11), em que a dita forma cristalina é um
25 / 62 anidrato (isto é, ela contém água não coordenada).
[0051] 13) Uma outra modalidade se refere a uma forma cristalina do composto de acordo com a modalidade 1, distinguido pela presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,8°, 8,2°, 14,1°, 17,9°, 21,0° (notavelmente 6,8°, 8,2°, 8,8°, 14,1°, 16,0°, 17,9°, 21,0°, e 24,1°).
[0052] 14) Uma outra modalidade se refere a uma forma cristalina do composto distinguida pela presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 8,2°, 17,9°, e 21,0°de acordo com a modalidade 1); ou a tal forma cristalina de acordo com qualquer uma das modalidades 8) a 10) ou 13), em que a dita forma cristalina é um di-hidrato (isto é, ele contém cerca de 2 equivalentes de água coordenada; em que entende-se que os ditos cerca de 2 equivalentes de água coordenada correspondem a uma forma cristalina do composto com um teor de água de cerca de 6,9 % (por exemplo, como determinado por experimentos de GVS/sorção de umidade).
[0053] É adicionalmente divulgado (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)- amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol- 3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico na forma cristalina 4, cuja forma é notavelmente distinguida pela presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,4°, 8,3°, 16,7°, 18,0°, e 23,2° (especialmente 6,4°, 8,3°, 8,9°, 13,6°, 14,1°, 15.4°, 16,7°, 18,0°, e 23,2°); e que essencialmente mostra o padrão de difração de raios-X pelo método do pó como representado na Figura 4. A forma cristalina 4 em particular pode compreender solvente coordenado adicional ou não coordenado, como THF e/ou água.
[0054] Para evitar qualquer dúvida, sempre que uma das modalidades anteriores se referir a “picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ”, o dito diagrama de difração de
26 / 62 raios-X pelo método do pó é obtido usando radiação combinada de Cu Kα1 e Kv2, sem remoção de Kα2; e deve-se entender que a exatidão dos valores 2θ conforme fornecido neste documento está na faixa de +/- 0,1 a 0,2°. Notavelmente, ao se especificar um ângulo de refração 2teta (2 θ) para um pico nas modalidades e nas reivindicações da invenção, o valor 2θ dado deve ser entendido como um intervalo do dito valor menos 0,2° para o dito valor mais 0,2° (2θ +/- 0,2°); e preferencialmente do dito valor menos 0,1° ao dito valor mais 0,1° (2 θ +/- 0,1°).
[0055] Quando a forma no plural for usada para os compostos, sólidos, composições farmacêuticas, doenças e semelhantes, ela deve significar também um único composto, sólido ou semelhantes.
[0056] O termo “enantiomericamente enriquecido” é entendido no contexto da presente invenção para significar especialmente que pelo menos 90, preferencialmente pelo menos 95, e o mais preferencialmente pelo menos 99 por cento em peso do composto estão presentes na forma de um enantiômero do composto. Entende-se que o composto está presente na configuração enantiomericamente enriquecida absoluta (3S,4S).
[0057] O termo “essencialmente puro” é entendido no contexto da presente invenção para significar especialmente que pelo menos 90, preferencialmente pelo menos 95, e o mais preferencialmente pelo menos 99 por cento em peso dos cristais de um composto estão presentes em uma forma cristalina de acordo com a presente invenção, especialmente em uma forma cristalina única da presente invenção.
[0058] Ao se definir a presença do pico em, por exemplo, um diagrama de difração de raios-X pelo método do pó, uma abordagem comum é fazer isto em termos da razão S/N (S = sinal, N = ruído). De acordo com esta definição, ao indicar que um pico estava presente em um diagrama de difração de raios-X pelo método do pó, entende-se que o pico no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó é definido tendo uma razão S/N (S =
27 / 62 sinal, N = ruído) maior que x (x sendo um valor numérico maior que 1), normalmente maior que 2, especialmente maior que 3.
[0059] No contexto de estabelecer que a forma cristalina essencialmente mostra um padrão de difração de raios-X pelo método do pó como representado na Fig. 1 a Fig. 4, respectivamente, o termo “essencialmente” significa que pelo menos os picos principais do diagrama representados nas ditas figuras, isto é, os que têm uma intensidade relativa de mais que 10%, especialmente mais que 20%, em comparação ao pico mais intenso no diagrama, têm que estar presentes. Entretanto, os versados na técnica de difração de raios-X pelo método do pó compreenderão que as intensidades relativas nos diagramas de difração de raios-X pelo método do pó podem ser submetidas a variações de intensidade fortes por causa dos efeitos de orientação preferidos.
[0060] A menos que usado com relação a temperaturas, o termo “cerca de” colocado antes de um valor numérico “X” se refere no presente pedido a um intervalo que se estende de X menos 10% de X a X mais 10% de X, e preferencialmente a um intervalo que se estende de X menos 5% de X a X mais 5% de X. No caso particular de temperaturas, o termo “cerca de” colocado antes de uma temperatura “Y” refere-se no presente pedido a um intervalo que se estende da temperatura Y menos 10 ºC a Y mais 10 ºC, preferencialmente a um intervalo que se estende de Y menos 5 ºC a Y mais 5 ºC, notavelmente a um intervalo que se estende de Y menos 3 ºC a Y mais 3 ºC. Temperatura ambiente significa uma temperatura de cerca de 25 ºC. Quando o termo n equivalente(s) for usado no presente pedido em que n é um número, significa e está no escopo do presente pedido que n é se refere a cerca do número n, preferencialmente n se refere ao número exato n.
[0061] Sempre que a palavra “entre” ou “a” for usada para descrever uma faixa numérica, deve-se entender que os pontos finais da faixa indicada estão explicitamente incluídos na faixa. Por exemplo: se uma faixa de
28 / 62 temperatura for descrita como entre 40ºC e 80ºC (ou 40ºC a 80ºC), isto significa que os pontos finais 40ºC e 80ºC estão incluídos na faixa; ou se uma variável for definida como sendo um número inteiro entre 1 e 4 (ou 1 a 4), isto significa que a variável é o número inteiro 1, 2, 3 ou 4.
[0062] A expressão % p/p se refere a uma porcentagem em peso em comparação ao peso total da composição considerada. Da mesma forma, a expressão v/v se refere a uma razão em volume dos dois componentes considerados. A expressão “vol” significa volumes (em L, por exemplo, de solvente) por peso (em kg, por exemplo, de reagente). Por exemplo, 7 vol significa 7 litros (de solvente) por kg (de reagente).
[0063] As formas cristalinas, especialmente as formas cristalinas essencialmente puras, do composto de acordo com qualquer uma das modalidades 1) a 14) podem ser usadas como medicamentos, por exemplo, na forma de composições farmacêuticas para administração enteral ou parenteral.
[0064] 15) Uma outra modalidade, assim, se refere a uma forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)- 1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}- piperidina-3-carboxílico de acordo com qualquer uma das modalidades 1) a 14) para uso como um medicamento.
[0065] O sólido cristalino, especialmente o sólido cristalino essencialmente puro, do composto de acordo com qualquer uma das modalidades 1) a 14) pode ser usado como único componente ou como misturas com outras formas cristalinas ou a forma amorfa do composto.
[0066] A produção das composições farmacêuticas pode ser realizada de uma maneira que será familiar a qualquer versado na técnica (consultar, por exemplo, Remington, The Science and Practice of Pharmacy, 21ª Edição (2005), Parte 5, “Pharmaceutical Manufacturing” [publicado por Lippincott Williams & Wilkins]) criando as formas cristalinas da presente invenção, opcionalmente em combinação com outras substâncias terapeuticamente
29 / 62 valiosas, em uma forma de administração galênica junto com materiais carreadores sólidos ou líquidos, não tóxicos, inertes, farmaceuticamente aceitáveis adequados e, se desejado, adjuvantes farmacêuticos usuais.
[0067] 16) Uma modalidade adicional da invenção se refere a composições farmacêuticas compreendendo como ingrediente ativo uma forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]- amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com qualquer uma das modalidades 1) a 14), e pelo menos um material carreador farmaceuticamente aceitável.
[0068] Tais composições farmacêuticas de acordo com a modalidade 16) são especialmente usadas para a prevenção ou tratamento de prevenção/profilaxia ou tratamento de doenças ou distúrbios relacionados ao receptor de CXCR7 ou seus ligantes.
[0069] 17) Uma modalidade adicional da invenção se refere a uma composição farmacêutica de acordo com a modalidade 14), em que a dita composição farmacêutica é na forma de um comprimido.
[0070] 18) Uma modalidade adicional da invenção se refere a uma composição farmacêutica de acordo com a modalidade 14), em que a dita composição farmacêutica é na forma de uma cápsula.
[0071] 19) Uma modalidade adicional da invenção se refere a uma forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]- amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com qualquer uma das modalidades 1) a 14) [especialmente a forma cristalina de acordo com qualquer uma das modalidades 2) a 7)], para uso na fabricação de uma composição farmacêutica, em que a dita composição farmacêutica compreende como ingrediente ativo o composto (1-pirimidin-2-il- ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-
30 / 62 fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico, e pelo menos um material carreador farmaceuticamente aceitável.
[0072] Para evitar qualquer dúvida, a modalidade 19) se refere à forma cristalina de acordo com qualquer uma das modalidades 1) a 14) [especialmente a forma cristalina de acordo com qualquer uma das modalidades 2) a 7)] que é adequada/que é usada como etapa de isolamento final do composto (por exemplo, para atender às exigências de pureza da produção farmacêutica), enquanto que a composição farmacêutica final de acordo com a modalidade 17) pode ou não conter a dita forma cristalina (por exemplo, porque a forma originalmente cristalina do composto é transformada adicionalmente durante o processo de fabricação e/ou é dissolvida no(s) material(is) carreador(es) farmaceuticamente aceitável(is); assim, na composição farmacêutica final, o composto pode estar presente na forma não cristalina, em uma outra forma cristalina ou na forma dissolvida ou semelhantes).
[0073] 20) Uma modalidade adicional da invenção, assim, se refere a uma composição farmacêutica compreendendo como ingrediente ativo o composto (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1- ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}- piperidina-3-carboxílico, em que a dita composição farmacêutica é fabricada usando uma forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3- carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com qualquer uma das modalidades 1) a 14) [especialmente a forma cristalina de acordo com qualquer uma das modalidades 2) a 7)] e pelo menos um material carreador farmaceuticamente aceitável.
[0074] 21) Uma modalidade adicional da invenção se refere a uma composição farmacêutica de acordo com a modalidade 20), em que a dita composição farmacêutica é na forma de uma cápsula.
31 / 62
[0075] 22) Uma modalidade adicional da invenção se refere a uma forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]- amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com qualquer uma das modalidades 1) a 14), para uso na prevenção/profilaxia ou tratamento de doenças ou distúrbios em relação ao receptor de CXCR7 ou seus ligantes.
[0076] 23) Uma modalidade adicional da invenção se refere a uma forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]- amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com qualquer uma das modalidades 1) a 14), para uso na preparação de um medicamento para a prevenção/profilaxia ou tratamento de doenças ou distúrbios em relação ao receptor de CXCR7 ou seus ligantes.
[0077] As formas cristalinas do composto como definidas em qualquer uma das modalidades 1) a 14) são usadas para a prevenção/profilaxia ou tratamento de doenças ou distúrbios em relacionados ao receptor de CXCR7 ou seus ligantes, que são especialmente para distúrbios relacionados a uma disfunção do receptor de CXCR7 ou disfunção dos ligantes que sinalizam através de CXCR7 ou disfunção de ligantes de CXCR7 (CXCL12 e CXCL11) que sinalizam através de seus outros receptores (CXCR4 e CXCR3).
[0078] Tais doenças ou distúrbios relacionados ao receptor de CXCR7 ou seus ligantes são especialmente selecionados do grupo que consiste em - câncer (notavelmente tumores no cérebro incluindo gliomas malignos, glioblastoma multiforme; neuroblastoma; câncer pancreático incluindo adenocarcinoma pancreático/adenocarcinoma dutal pancreático; cânceres gastrointestinais incluindo carcinoma de cólon, carcinoma hepatocelular e câncer gástrico; sarcoma de Kaposi; leucemias incluindo
32 / 62 leucemia de célula T do adulto; linfoma; câncer de pulmão; câncer de mama; rabdomiossarcoma; câncer de próstata; câncer escamoso esofageal; carcinoma da célula escamosa oral; câncer endometrial; carcinoma da tireoide incluindo carcinoma papilar da tireoide; cânceres metastáticos; metástase pulmonar; câncer de pele incluindo melanoma e melanoma metastático; câncer de bexiga; múltiplos mielomas; osteossarcoma; câncer de cabeça e pescoço; e carcinomas renais incluindo carcinoma da célula renal clara, carcinoma da célula renal clara metastático); - doenças inflamatórias (notavelmente rinosinusite crônica, asma, distúrbio pulmonar obstrutivo crônico, aterosclerose, miocardite, e sarcoidose; especialmente rinosinusite crônica, asma, e aterosclerose); - distúrbios autoimunes (notavelmente doenças diesmielinizantes (inflamatórias); esclerose múltipla (MS); síndrome de Guillain Barré; artrite reumatoide (RA); doenças inflamatórias do intestino (IBD, especialmente compreendendo doença de Crohn e colite ulcerativa); lúpus eritematoso sistêmico (SLE); nefrite lúpica; ciscite intersticial; doença celíaca; encefalomielite autoimune; osteoartrite; e diabetes tipo I; especialmente distúrbios autoimunes que têm um componente inflamatório, como doenças diesmielinizantes (inflamatórias), esclerose múltipla, síndrome de Guillain Barré, artrite reumatoide, doenças inflamatórias do intestino, lúpus eritematoso sistêmico, nefrite lúpica, e encefalomielite autoimune); - rejeição a transplante (notavelmente rejeição ao aloenxerto renal, rejeição cardíaca de aloenxerto, e doenças enxerto contra hospedeiro promovidas por transplante de célula-tronco hematopoiética); e - fibrose (notavelmente fibrose hepática, cirrose hepática, fibrose pulmonar, especialmente fibrose pulmonar idiopática).
[0079] Notavelmente, tais doenças ou distúrbios relacionados ao receptor de CXCR7 ou seus ligantes são cânceres, distúrbios autoimunes (especialmente distúrbios autoimunes que têm um componente inflamatório),
33 / 62 e fibrose.
[0080] Além do mais, doenças ou distúrbios adicionais relacionados ao receptor de CXCR7 ou seus ligantes são doenças envolvendo CXCR7 e/ou CXCL12 e/ou metástase mediada por CXCL11, quimiotaxia, adesão celular, migração transendotelial, proliferação e/ou sobrevivência celular.
[0081] Além do mais, doenças ou distúrbios específicas adicionais relacionadas ao receptor de CXCR7 ou seus ligantes são retinopatia diabética proliferativa; encefalite do vírus do Nilo Ocidental; doenças vasculares pulmonares, falha renal aguda, isquemia incluindo isquemia cerebral, síndrome coronária aguda, sistema nervoso central lesionado, hiperlipidemia, hipertensão, hipertensão pulmonar, síndrome urêmica hemolítica associada à toxina Shiga, pré-eclâmpsia, lesão vascular, HIV/AIDS, angiogênese, e disfunções cerebrais e neuronais (tais como componentes inflamatórios da doença de Alzheimer), distúrbios relacionados ao estresse (tais como ansiedade, depressão, e distúrbio de estresse pós-traumático), e doenças envolvendo receptores opióides, endometriose, tiroidite autoimune, doenças associadas à neovascularização coroidal, anemia aplástica, doença de Sjögren e vitiligo. Em uma submodalidade, uma doença ou distúrbio específica adicional como esta relacionada ao receptor de CXCR7 ou seus ligantes é hipertensão pulmonar.
[0082] O termo “câncer” se refere a todos os tipos de cânceres, tais como carcinomas; adenocarcinomas; leucemias; sarcomas; linfomas; mielomas; cânceres metastáticos; tumores no cérebro; neuroblastomas; cânceres pancreáticos; cânceres gastrointestinais; cânceres de pulmão; cânceres de mama; cânceres de próstata; cânceres endometriais; cânceres de pele; cânceres de bexiga; cânceres de cabeça e pescoço; tumores neuroendócrinos; cânceres de ovário; cânceres cervicais; tumores orais; tumores nasofaringeais; cânceres toráxico; e tumores viralmente induzidos.
[0083] Notavelmente, o termo se refere a tumores no cérebro
34 / 62 incluindo metástases do cérebro, gliomas malignos, glioblastoma multiforme, meduloblastoma, meningiomas; neuroblastoma; câncer pancreático incluindo adenocarcinoma pancreático/adenocarcinoma dutal pancreático; cânceres gastrointestinais incluindo carcinoma de cólon, adenoma colorretal, adenocarcinoma colorretal, câncer colorretal metastático, polipose adenomatoso familiar (FAP), câncer gástrico, câncer de vesícula biliar, colangiocarcinoma, carcinoma hepatocelular; sarcoma de Kaposi; leucemias incluindo leucemia mieloide aguda, leucemia de célula T do adulto; linfomas incluindo linfoma de Burkitt, linfoma de Hodgkin, linfoma MALT, e linfoma de célula B intraocular primário; câncer de pulmão incluindo câncer de pulmão de célula não pequena; câncer de mama incluindo carcinoma de mama triplo negativo; rabdomiossarcoma; câncer de próstata incluindo câncer de próstata resistente à castração; câncer escamoso esofageal; carcinoma de célula escamosa (oral); câncer endometrial; carcinoma da tireoide incluindo carcinoma papilar da tireoide; cânceres metastáticos; metástase pulmonar; câncer de pele incluindo melanoma e melanoma metastático; câncer de bexiga incluindo câncer de bexiga urinária, carcinoma da célula urotelial; múltiplos mielomas; osteossarcoma; câncer de cabeça e pescoço; e carcinomas renais incluindo carcinoma da célula renal carcinoma da célula renal clara, carcinoma metastático da célula renal, carcinoma da célula renal clara metastático;, bem como tumores neuroendócrinos; câncer de ovário; câncer cervical; tumores orais; tumores nasofaringeais; câncer toráxico; coriocarcinoma; sarcoma de Ewing; e tumores viralmente induzidos.
[0084] Especialmente o termo “câncer” se refere a glioma maligno em particular glioblastoma multiforme, neuroblastoma; cânceres pancreáticos em particular adenocarcinoma dutal pancreático; sarcoma de Kaposi; leucemia de célula T do adulto, linfoma; câncer de pulmão; câncer de mama; rabdomiossarcoma; câncer de próstata; câncer escamoso esofageal; carcinoma de célula escamosa (oral); câncer endometrial; carcinoma papilar da tireoide;
35 / 62 câncer metastático; metástase pulmonar; melanoma; câncer de bexiga; múltiplos mielomas; osteossarcoma; cânceres gastrointestinais, em particular carcinoma de cólon, carcinoma hepatocelular e câncer gástrico; câncer de cabeça e pescoço; e carcinoma da célula renal clara. Preferencialmente, o termo “câncer” se refere a glioma maligno, em particular glioblastoma multiforme; cânceres pancreáticos, em particular adenocarcinoma dutal pancreático; carcinoma papilar da tireoide; carcinoma hepatocelular; câncer de pulmão; câncer de mama; cânceres metastáticos; metástase pulmonar; melanoma; carcinoma de cólon; câncer de cabeça e pescoço; e carcinoma da célula renal clara.
[0085] As formas cristalinas do composto como definido em qualquer uma das modalidades 1) a 14) podem, em particular, ser usadas como agentes terapêuticos para a prevenção/profilaxia ou tratamento de um câncer como definido anteriormente, cujo câncer é um câncer metastático/um câncer que forma metástase.
[0086] As formas cristalinas do composto como definidas em qualquer uma das modalidades 1) a 14) pode, em particular, ser usadas como agentes terapêuticos para a prevenção/profilaxia ou tratamento de um câncer. Elas podem ser usadas como únicos agentes terapêuticos ou em combinação com um ou mais agentes de quimioterapia e/ou radioterapia e/ou terapia direcionada. Em uma submodalidade, quando um composto da fórmula (I) é usado para a prevenção/profilaxia ou tratamento de um câncer em combinação com um ou mais agentes de quimioterapia e/ou radioterapia e/ou terapia direcionada, tal câncer é especialmente um glioma maligno, em particular um glioblastoma multiforme; câncer pancreático, especialmente adenocarcinoma dutal pancreático; carcinoma papilar da tireoide; metástase pulmonar; melanoma; câncer de pulmão; cânceres metastáticos; carcinoma hepatocelular; câncer de mama; câncer colorretal; ou câncer de cabeça e pescoço. Tal tratamento combinado pode ser realizado simultaneamente,
36 / 62 separadamente ou durante um período de tempo.
[0087] A invenção, assim, também se refere a composições farmacêuticas compreendendo um material carreador farmaceuticamente aceitável, e: - uma forma cristalina do composto como definida em qualquer uma das modalidades 1) a 14); - e um ou mais agentes citotóxicos de quimioterapia.
[0088] A invenção, assim, se refere adicionalmente a um kit compreendendo - uma composição farmacêutica, a dita composição compreendendo um material carreador farmaceuticamente aceitável, e um forma cristalina do composto como definida em qualquer uma das modalidades 1) a 14); - e instruções sobre como usar a dita composição farmacêutica para a prevenção ou o tratamento de um câncer (especialmente de um glioma maligno, em particular de um glioblastoma multiforme), em combinação com quimioterapia e/ou radioterapia e/ou terapia direcionada.
[0089] Os termos “radioterapia” ou “terapia de radiação” ou “oncologia de radiação”, se referem ao uso médico de radiação ionizante na prevenção (terapia adjuvante) e/ou tratamento de câncer; incluindo radioterapia externa e interna.
[0090] O termo “terapia direcionada” se refere à prevenção/profilaxia (terapia adjuvante) e/ou tratamento de câncer com um ou mais agentes antineoplásticos, como moléculas pequenas ou anticorpos que agem nos tipos específicos de células cancerígenas ou células estromais. Algumas terapias direcionadas bloqueiam a ação de certas enzimas, proteínas ou outras moléculas envolvidas no cre3scimento e disseminação das células cancerígenas. Outros tipos de terapias direcionadas ajudam o sistema imunológico a matar as células cancerígenas (imunoterapias); ou entregam
37 / 62 substâncias tóxicas diretamente às células cancerígenas e as matam. Um exemplo de uma terapia direcionada que é, em particular, adequada para ser combinada com os compostos da presente invenção é imunoterapia, especialmente imunoterapia de direcionamento para o receptor de morte celular programada 1 (receptor PD-1) ou seu ligante PD-L1 (Feig C et al, PNAS 2013).
[0091] Quando usado em combinação com os compostos da fórmula (I), o termo “terapia direcionada” especialmente se refere a agentes, como: a) inibidores receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) ou anticorpos de bloqueio (por exemplo, Gefitinibe, Erlotinibe, Afatinibe, Icotinibe, Lapatinibe, Panitumumabe, Zalutumumabe, Nimotuzumabe, Matuzumabe e Cetuximabe); b) inibidores de B-RAF (por exemplo, Vemurafenibe, Sorafenibe, Dabrafenibe,GDC-0879, PLX-4720, LGX818); c) inibidores de aromatases (por exemplo, Exemestano, Letrozol, Anastrozol, Vorozol, Formestano, Fadrozol); d) inibidores de ponto de controle imunológico (por exemplo, anticorpos anti-PD1, como Pembrolizumabe (Lambrolizumabe, MK-3475), Nivolumabe, Pidilizumabe, AMP-514/MED10680; agentes anti-PD1 de molécula pequena, como, por exemplo, os compostos divulgados em WO2015/033299, WO2015/044900 e WO2015/034820; anticorpos anti- PD1L, como BMS-936559, atezolizumabe (MPDL3280A), MEDI4736, avelumabe (MSB0010718C); anti-PDL2, como AMP224, anticorpos anti- CTLA-4, como ipilimumabe, tremilmumabe); e) abordagens de vacinação (por exemplo, vacinação com célula dendrítica, vacinação com peptídeo ou proteína (por exemplo, com peptídeo gp100 ou peptídeo MAGE-A3); f) reintrodução de células cancerígenas derivadas do paciente ou alogênicas (não próprias) geneticamente modificadas para secretar fatores
38 / 62 imunomodulatórios, como vacina de célula tumoral transfectada por gene (GVAX) do fator estimulante de colônia de monócito granulócito (GMCSF) ou vacina com célula tumoral transfectada por gene ligante (FVAX) da quinase de tirosina 3 relacionada a Fms (Flt-3) ou vacina à base de tumor GM-CSF melhorada pelo receptor tipo Toll (TEGVAX); g) imunoterapias adotivas à base de célula T, incluindo células T geneticamente modificadas por receptor do antígeno quimérico (CAR) (por exemplo, CTL019); h) terapia à base de citocina ou imunocitocina (por exemplo, Interferon alfa, interferon beta, interferon gama, interleucina 2, interleucina 15); i) agonistas do receptor tipo Toll (TLR) (por exemplo, resiquimod, imiquimod, glucopiranosil lipídeo A, CpG oligodesoxinucleotídeos); j) análogos da talidomida (por exemplo, Lenalidomida, Pomalidomida); k) inibidores da indoleamin-2,3-dioxgenase (IDO) e/ou triptofano-2,3-dioxigenase (TDO) (por exemplo, NLG919/Indoximod, 1MT (1-metiltriptofano), INCB024360); l) ativadores dos receptores coestimulatórios de célula T (por exemplo, anticorpos anti-gene de ativação de linfócito 3 (LAG-3) (como BMS-986016); anticorpos anti-imunoglobulina mucina de célula T-3 (TIM- 3), anti- anticorpos CD137/4-1BB (por exemplo, BMS-663513/urelumabe), anti-receptores tipo imunoglobulina de célula killer (KIR), por exemplo, Lirilumabe (IPH2102/BMS-986015); anti-OX40/CD134 (superfamília do receptor de fator de necrose tumoral, membro 4), anti-ligante OX40/CD252; anti-gene relacionado à família TNFR induzido por glicocorticoide (GITR) (como TRX518), anticorpos anti-CD40 (membro da superfamília do receptor TNF 5) (como CP-870,893); anticorpos anti-ligante CD40 (como BG9588);
39 / 62 anticorpos anti-CD28); m) moléculas de ligação a um antígeno específico para o tumor, bem como um marcador de superfície da célula T, como anticorpos biespecíficos ou fragmentos de anticorpo, proteínas miméticas de anticorpo, como proteínas de repetição de aquirina designadas (DARPINS), ativador de célula T biespecífico (BITE, por exemplo, AMG103, AMG330); n) anticorpos ou inibidores de pequeno peso molecular que direcionam receptor do fator de estimulação de colônia-1 (CSF-1R) (por exemplo, RG7155 ou PLX3397).
[0092] Quando usados em combinação com as formas cristalinas do composto como definidas em qualquer uma das modalidades 1) a 14), inibidores do ponto de controle imunológico, como os listados em d), e especialmente os que direcionam o receptor de morte celular programada 1 (receptor de PD-1) ou seu ligante PD-L1, são preferidos.
[0093] O termo “quimioterapia” se refere ao tratamento de câncer com um ou mais agentes antineoplásticos citotóxicos (“agentes citotóxicos de quimioterapia”). Quimioterapia é frequentemente usada em conjunto com outros tratamentos para câncer, como terapia de radiação ou cirurgia. O termo especialmente se refere a agentes quimioterapêuticos convencionais que agem matando as células que se dividem rapidamente, uma das principais propriedades da maioria das células cancerígenas. A quimioterapia pode usar um fármaco de uma vez (quimioterapia com único agente) ou vários fármacos de uma vez (quimioterapia de combinação ou poliquimioterapia). A quimioterapia usando fármacos que convertem a atividade citotóxica somente mediante exposição à luz é chamada fotoquimioterapia ou terapia fotodinâmica.
[0094] O termo “agente de quimioterapia citotóxica” ou “agente de quimioterapia” como usado neste documento se refere a um agente antineoplástico ativo que induz apoptose ou morte celular necrótica. Quando
40 / 62 usado em combinação com os compostos da fórmula (I), o termo especialmente se refere a agentes citotóxicos de quimioterapia convencionais, como: a) agente alquilantes (por exemplo, mecloretamina, clorambucil, ciclofosfamida, ifosfamida, estreptozocina, carmustina, lomustina, melfalana, bussulfana, dacarbazina, temozolomida, tiotepa ou altretamina; em particular temozolomida); b) fármacos de platina (por exemplo, cisplatina, carboplatina ou oxaliplatina); c) fármacos antimetabólitos (por exemplo, 5-fluorouracila, capecitabina, 6-mercaptopurina, metotrexato, gemcitabina, citarabina, fludarabina ou pemetrexed); d) antibióticos antitumorais (por exemplo, daunorrubicina, doxorrubicina, epirubicina, idarubicina, actinomicina-D, bleomicina, mitomicina-C ou mitoxantrona); e) inibidores mitóticos (por exemplo, paclitaxel, docetaxel, ixabepilona, vinblastina, vincristina, vinorelbina, vindesina ou estramustina); ou f) inibidores da topoisomerase (por exemplo, etoposídeo, teniposídeo, topotecano, irinotecano, diflomotecano ou elomotecano).
[0095] Quando usados em combinação com as formas cristalinas do composto como definidas em qualquer uma das modalidades 1) a 14), os agentes citotóxicos de quimioterapia preferidos são os agentes alquilantes mencionados anteriormente (notavelmente mecloretamina, clorambucila, ciclofosfamida, ifosfamida, estreptozocina, carmustina, lomustina, melfalana, bussulfana, dacarbazina, 3-metil-(triazen-1-il)imidazol-4-carboxamida (MTIC) e pro fármacos dos mesmos, como especialmente temozolomida, tiotepa, altretamina; ou sais farmaceuticamente aceitáveis destes compostos; em particular temozolomida); e inibidores mitóticos (notavelmente paclitaxel,
41 / 62 docetaxel, ixabepilona, vinblastina, vincristina, vinorelbina, vindesina, estramustina; ou sais farmaceuticamente aceitáveis destes compostos; em particular paclitaxel). A maioria dos agentes citotóxicos de quimioterapia preferidos para ser usados em combinação com os compostos da fórmula (I) são os rotineiramente usados no tratamento de glioblastoma multiforme, em particular temozolomida. A radioterapia é igualmente preferida.
[0096] A quimioterapia pode ser dada com uma intenção curativa ou com o objetivo de prolongar a vida ou atenuar os sintomas.
[0097] a) Quimioterapia de modalidade combinada é o uso de fármacos com outros tratamentos para câncer, como terapia de radiação ou cirurgia.
[0098] b) Quimioterapia de indução é o tratamento de câncer de primeira linha com um fármaco quimioterápico. Este tipo de quimioterapia é usado com intenção curativa.
[0099] c) Quimioterapia de consolidação é a dada após a remissão para prolongar o tempo geral sem a doença e a melhora geral da sobrevivência. O fármaco que é administrado é o mesmo que o fármaco que obteve remissão.
[00100] d) Quimioterapia de intensificação é idêntica à quimioterapia de consolidação, mas um fármaco diferente da quimioterapia de indução é usado.
[00101] e) Quimioterapia de combinação envolve o tratamento de um paciente com inúmeros diferentes fármacos simultaneamente. Os fármacos diferem no seu mecanismo e efeitos colaterais. A maior vantagem é minimizar as mudanças de desenvolvimento de resistência a qualquer agente. Também, os fármacos podem ser frequentemente usados em doses inferiores, reduzindo a toxicidade.
[00102] f) Quimioterapia neoadjuvante é dada antes de um tratamento local, como cirurgia, e é designada para diminuir o tamanho do tumor
42 / 62 primário. Ela também é dada a cânceres com um alto risco de doença metastática.
[00103] g) Quimioterapia adjuvante é dada após um tratamento local (radioterapia ou cirurgia). Ela pode ser usada quando há pouca evidência do câncer presente, mas há risco de recorrência. Ela também é usada para matar quaisquer células cancerosas que tenham se espalhado para outras partes do corpo. Estas micrometástases podem ser tratadas com quimioterapia adjuvante e podem reduzir taxas de reincidência causada por estas células disseminadas.
[00104] h) Quimioterapia de manutenção é um tratamento de dose baixa repetido para prolongar a remissão.
[00105] i) Quimioterapia de resgate ou quimioterapia paliativa é dada sem a intenção de curar, mas simplesmente para diminuir a carga do tumor e aumentar a expectativa de vida. Para estes regimes, espera-se, no geral, um melhor perfil de toxicidade.
[00106] Quando combinadas com as formas cristalinas do composto como definidas em qualquer uma das modalidades 1) a 14), as formas preventiva ou curativa de quimioterapia (ou mutatis mutandis: radioterapia), como as listadas em a), b) c), d), e), e especialmente g) e/ou h) anteriormente, são preferidas.
[00107] “Simultaneamente”, ao se referir a um tipo de administração, significa no presente pedido que o tipo de administração em questão consiste na administração de dois ou mais ingrediente ativos e/ou tratamentos aproximadamente ao mesmo tempo; em que se entende que uma administração simultânea levará à exposição do indivíduo aos dois ou mais ingredientes ativos e/ou tratamentos ao mesmo tempo. Quando administrados simultaneamente, os ditos dois ou mais ingredientes ativos podem ser administrados em uma combinação de dose fixa ou em uma combinação de dose fixa não equivalente (por exemplo, usando duas ou mais composições
43 / 62 farmacêuticas diferentes a ser administradas pela mesma via de administração aproximadamente ao mesmo tempo) ou por uma combinação de dose não fixa usando duas ou mais diferentes vias de administração; em que a dita administração leva à exposição essencialmente simultânea do indivíduo aos dois ou mais ingrediente ativos e/ou tratamentos.
[00108] “Combinação de dose fixa”, ao se referir a um tipo de administração, significa no presente pedido que o tipo de administração em questão consiste na administração de uma única composição farmacêutica compreendendo os dois ou mais ingrediente ativos.
[00109] “Separadamente”, ao se referir a um tipo de administração, significa no presente pedido que o tipo de administração em questão consiste na administração de dois ou mais ingrediente ativos e/ou tratamentos em diferentes pontos de tempo; em que entende-se que uma administração separada levará a uma fase do tratamento (por exemplo, pelo menos 1 hora, notavelmente pelo menos 6 horas, especialmente pelo menos 12 horas) em que o indivíduo é exposto aos dois ou mais ingredientes ativos e/ou tratamentos ao mesmo tempo; em que a “administração separada” pode, em certas circunstâncias, também englobar uma fase do tratamento em que, por um certo período de tempo (por exemplo, pelo menos 12 horas, especialmente pelo menos um dia), o indivíduo é exposto a somente um dos dois ou mais ingredientes ativos e/ou tratamentos. A administração separada, assim, especialmente se refere a situações nas quais um ingrediente ativo e/ou tratamento é dado, por exemplo, uma vez ao dia, e outra é dada, por exemplo, duas vezes ao dia, três vezes ao dia, todos os outros dias, em que, como uma consequência de tal tipo de administração, o indivíduo é exposto aos dois ou mais ingredientes ativos e/ou tratamentos ao mesmo tempo durante essencialmente todo o período de tratamento. A administração separada também se refere a situações nas quais pelo menos um dos ingredientes ativos e/ou tratamentos é dado com uma periodicidade substancialmente maior que a
44 / 62 administração diária (como uma ou duas vezes ao dia) (por exemplo, em que um ingrediente ativo e/ou tratamento é dado, por exemplo, uma ou duas vezes ao dia, e um outro é dado uma vez por semana). Por exemplo, quando usadas em combinação com (por exemplo, semanalmente ou bissemanalmente) a radioterapia, as presentes formas cristalinas do composto como definidas em qualquer uma das modalidades 1) a 14) possivelmente seriam usadas “separadamente”.
[00110] Por administração “durante um período de tempo” entende-se no presente pedido a subsequente administração de dois ou mais ingredientes ativos e/ou tratamentos em diferentes momentos. O termo, em particular, se refere a um método de administração de acordo com o qual toda a administração de um dos ingredientes ativos e/ou tratamentos é completada antes da administração dos outros/o começo dos outros. Desta maneira, é possível administrar um dos ingredientes ativos e/ou tratamentos por vários meses antes de administrar o(s) outro(s) ingrediente(s) ativo(s) e/ou tratamento(s).
[00111] A administração “durante um período de tempo” também engloba situações nas quais as formas cristalinas do composto como definidas em qualquer uma das modalidades 1) a 14) seriam usadas em um tratamento que começa após o término de um tratamento quimioterápico ou radioterápico ou terapia direcionada inicial (por exemplo, uma quimioterapia de indução), em que opcionalmente o dito tratamento seria em combinação com um tratamento quimioterápico ou radioterápico ou tratamento com terapia direcionada adicional/em andamento (por exemplo, em combinação com uma quimioterapia de consolidação, uma quimioterapia de intensificação, uma quimioterapia adjuvante ou uma quimioterapia de manutenção; ou equivalentes radioterápicos dos mesmos); em que tal tratamento quimioterápico ou radioterápico ou terapia direcionada adicional/em andamento seria simultânea ou separadamente com o tratamento usando as
45 / 62 formas cristalinas do composto como definidas em qualquer uma das modalidades 1) a 14).
[00112] Os distúrbios autoimunes podem ser definidos como compreendendo doenças diesmielinizantes (inflamatórias); esclerose múltipla (MS); síndrome de Guillain Barré; artrite reumatoide (RA); doença do intestino inflamatório (IBD, especialmente compreendendo doença de Crohn e colite ulcerativa); lúpus eritematoso sistêmico (SLE); nefrite lúpica; ciscite intersticial; doença celíaca; encefalomielite autoimune; osteoartrite; e diabetes tipo I. Além do mais, doenças autoimunes compreendem adicionalmente distúrbios, como psoríase; artrite psoriática; síndrome de antifosfolipídeo; tiroidites, como tiroidite de Hashimoto; tiroidite linfocítica; miastenia gravis; uveíte; episclerite; esclerite; doença de Kawasaki; uveo-retinite; uveíte posterior; uveíte associada à doença de Behcet; síndrome de uveomeningite; encefalomielite alérgica; doenças atópicas, como rinite, conjuntivite, dermatite; e doenças autoimunes pós-infecciosas incluindo febre reumática e glomerulonefrite pós-infecciosa. Em uma submodalidade, os distúrbios autoimunes especialmente se referem a distúrbios autoimunes que têm um componente inflamatório em que exemplos específicos são doenças diesmielinizantes (inflamatórias), esclerose múltipla (MS), síndrome de Guillain Barré, artrite reumatoide (RA), doença do intestino inflamatório (IBD, especialmente compreendendo doença de Crohn e colite ulcerativa), lúpus eritematoso sistêmico (SLE), nefrite lúpica, e encefalomielite autoimune.
[00113] As doenças inflamatórias podem ser definidas como compreendendo especialmente rinosinusite crônica, bem como asma, distúrbio pulmonar obstrutivo crônico (COPD), aterosclerose, miocardite, doença do olho seco, sarcoidose, miopatias inflamatórias e lesão aguda do pulmão.
[00114] A rejeição a transplante pode ser definida como
46 / 62 compreendendo rejeição de órgãos transplantados, como rim, fígado, coração, pulmão, pâncreas, córnea e pele; doenças enxerto contra hospedeiro provocadas por transplante de célula-tronco hematopoiética; rejeição crônica ao aloenxerto e vasculopatia de aloenxerto crônica.
[00115] A fibrose pode ser definida como compreendendo especialmente fibrose hepática, cirrose hepática, fibrose pulmonar, fibrose pulmonar idiopática, renal fibrose, fibrose endomiocardial, e artrofibrose.
[00116] As formas cristalinas do composto como definidas em qualquer uma das modalidades 1) a 14) também são usadas no método de profilaxia ou tratamento de tumores compreendendo administrar uma quantidade eficaz da dita forma cristalina em que a dita quantidade eficaz leva a uma mudança das propriedades do tumor, e em que a dita modificação é obtida modulando a via do receptor CXCL11/CXCL12; em que a dita profilaxia ou tratamento opcionalmente pode ser realizada em combinação com um tratamento quimioterápico ou radioterápico convencional (em cujo caso o tumor é notavelmente um glioma maligno, em particular um glioblastoma multiforme). Tal tratamento combinado pode ser realizado simultaneamente, separadamente e/ou durante um período de tempo.
[00117] As formas cristalinas do composto como definidas em qualquer uma das modalidades 1) a 14) também são usadas no método de modular uma resposta imunológica compreendendo a administração de uma quantidade eficaz da dita forma cristalina em que a dita quantidade eficaz modula uma doença inflamatória e em que a dita resposta é mediada pela via do receptor CXCL11/CXCL12.
[00118] A presente invenção também se refere a um processo para a preparação do composto na forma enantimericamente enriquecida, e a processos para a preparação e caracterização das formas cristalinas do composto de acordo com qualquer uma das modalidades 1) a 14). Os ditos processos são descritos nos procedimentos da parte experimental a seguir.
47 / 62 Procedimentos experimentais:
[00119] Todas as temperaturas são estabelecidas em °C. Os materiais de partida comercialmente disponíveis são usados como recebidos sem purificação adicional. A menos que de outra forma especificado, todas as reações são realizadas em vidraria seca em forno em uma atmosfera de nitrogênio ou argônio. Os compostos são purificados por cromatografia em coluna flash em gel de sílica ou por HPLC preparativa. Os compostos descritos na invenção são distinguidos por dados de LC-MS (tempo de retenção tR é dado em min; peso molecular obtido do espetro de massa é dado em g/mol) usando a condições listadas a seguir. Em casos onde os compostos da presente invenção aparecem como uma mistura de isômeros conformacionais, particularmente visíveis nos seus espectros de LC-MS, é dado o tempo de retenção do confômero mais abundante. Espectroscopia de RMN
[00120] O espectrômetro Bruker Avance II equipado com um ímã 400 MHz (1H) Ultrashield™ e uma cabeça de sonda BBO 5mm ou uma cabeça de sonda PAXTI 1mm ou um ímã Bruker Avance III HD Ascend 500 MHz (1H), equipado com criosonda DCH. Os deslocamentos químicos (δ) são reportados em partes por milhão (ppm) em relação às ressonâncias do próton resultando de deuteração incompleta do solvente RMN, por exemplo, por sulfóxido de dimetila δ (H) 2,49 ppm, para clorofórmio δ (H) 7,24 ppm. As abreviações s, d, t, q e m se referem a singlete, duplete, triplete, quarteto, multiplete e br a amplo, respectivamente. As constantes de acoplamento J são reportadas em Hz. LC-MS analítica para controle de qualidade (QC): Equipamento e condições:
[00121] Bomba: Waters Acquity Binary, Solvent Manager, MS: Waters SQ Detector, DAD: Acquity UPLC PDA Detector, ELSD: Acquity UPLC ELSD. Colunas: Acquity UPLC CSH C18 1,7 µm 2,1x50 mm ou
48 / 62 Acquity UPLC HSS T3 C18 1,8 µm 2,1x50 mm da Waters, termostatizada no Acquity UPLC Column Manager a 60°C. Eluentes: A1: H2O + 0,05% de FA; B1: AcCN + 0,045% de FA. Método: Gradiente: 2% de B 98% de B durante 2,0 min. Fluxo: 1,0 mL/min. Detecção: UV 214nm e ELSD, e MS, tR é dada em min. LC-MS analítica Equipamento:
[00122] Bomba gradiente binária Agilent G4220A ou equivalente com detecção por espectrometria de massa (analisador de quadrupolo de massa simples, Thermo Finnigan MSQPlus ou equivalente). Condições:
[00123] Método A (condições ácidas): Coluna: Zorbax SB-aq (3,5 µm, 4,6 x 50 mm); condições: MeCN [eluente A]; água + 0,04% de TFA [eluente B]; gradiente: 95% de B → 5% de B durante 1,5 min (fluxo: 4,5 mL/min). Detecção: UV/Vis + MS. LC-MS preparativa Equipamento:
[00124] Bomba de gradiente binária Gilson 333/334 ou equivalente com detecção por espectrometria de massa (analisador de quadrupolo de massa simples, Thermo Finnigan MSQPlus ou equivalente). Condições:
[00125] Método B (condições básicas): Coluna: Waters XBridge C18 (10 µm, 30 x 75 mm); condições: MeCN [eluente A]; água + 0,5% de NH4OH (25% aq.) [eluente B]; gradiente: 95% de B → 5% de B, durante 6,5 min (fluxo: 75 mL/min). Detecção: UV/Vis + MS. Cromatografia analítica quiral Equipamento:
[00126] HPLC: Bomba Dionex HPG-3200SD com um detector Dionex DAD-3000 UV.
49 / 62
[00127] SFC: Abastecimento de CO2: Aurora Fusion A5 Evolution; bomba: Agilent G4302A; detector UV: Agilent G1315C. Condições:
[00128] HPLC: Colunas: ChiralPak AY-H, 5 µm, 250x4,6 mm ou Regis (R,R) Whelk-O1 250x4,6mm, 5µm; eluente: A: Hept, 0,05% de DEA, B: Etanol, 0,05% de DEA, fluxo 0,8 a 1,2 mL/min.
[00129] SFC Coluna: Regis (R,R) Whelk-O1, 4,6x250 mm, 5µM; eluente: A: 60% de CO2, B: 40% de DCM/EtOH/DEA 50:50:0,1 Cromatografia preparativa quiral Equipamento:
[00130] HPLC: bomba 2 Varian SD1 com um detector Dionex DAD- 3000 UV.
[00131] SFC: abastecimento de CO2: Maximator DLE15-GG-C; bombas: 2 SSI HF CP 300; detector UV: Dionex DAD-3000. Condições:
[00132] HPLC: Colunas: ChiralPak IA, IB, IC, IE ou IF, 5 µm, 20x250 mm ou Regis (R,R) Whelk-O1, 21,1x250mm, 5µm; eluente: mistura apropriada de A (0% a 90% de Hept) e B (10% a 100% de EtOH, 0,1% de DEA), fluxo: fluxo apropriado de 16, 23 ou 34 mL/min.
[00133] SFC: Colunas: Regis (R,R) Whelk-O1, 30x250 mm, 5µm ou ChiralPak IC, 30x250 mm, 5µm; eluente: mistura apropriada de A (60% a 80% CO2), e B (30% a 40% de DCM/EtOH/DEA 50:50:0,1), fluxo 160 mL/min. Análise de difração de raios-X pelo método do pó (XRPD) Método XRPD 1:
[00134] Os padrões de difração de raios-X pelo método do pó são coletados em um difratômetro de raios-X Bruker D8 Advance equipado com um detector Lynxeye operado com radiação CuKα em modo de reflexão (acoplado dois Teta/Teta). Normalmente, o tubo de raios-X é executado a
50 / 62 40kV/40mA. Um tamanho da etapa de 0,02° (2θ) e um tempo de etapa de 76,8 s durante uma faixa de varredura de 3 a 50° em 2 θ são aplicados. A fenda de divergência é estabelecida para ser fixa 0,3. Os pós são ligeiramente prensados em um suporte de amostra de cristal única de silício com profundidade de 0,5 mm e amostras são rotacionadas em seu próprio plano durante a medição. Os dados de difração são reportados usando radiação combinada de Cu Kα1 e Kα2, sem remoção de Kα2. A exatidão dos valores 2θ como provida neste documento está na faixa de +/‑ 0,1‑0,2° como é, em geral, o caso para padrão de difração de raios-X pelo método do pós registrado convencionalmente. Método XRPD 2:
[00135] Os padrões de difração de raios-X pelo método do pós são coletados em um difratômetro Bruker D8 GADDS-HTS equipado com um estágio XYZ automatizado, microscópio de vídeo a laser para posicionamento da autoamostra e um detector Vantec-500 operado com radiação CuKα em modo de reflexão. Normalmente, o tubo de raios-X é executado a 40 kV/40 mA. A óptica de raios-X consiste em um único espelho de múltiplas camadas Göbel acoplado com um colimador de abertura de 0,5 mm. Normalmente, uma única estrutura é registrada durante 180s com posições do giniómetro de teta 1 a 4° e teta 2 a 16° e distância do detector de 20 cm. A estrutura é integrada na faixa de 5 a 35° 2θ. As amostras executadas em condições ambientes são preparadas como corpos de prova de placa reta usando pós como recebidos sem moagem. Aproximadamente 5 a 10 mg da amostra são ligeiramente prensados em uma lâmina de vidro para obter uma superfície reta. A amostra não se move durante o tempo de medição. Os dados de difração são reportados usando radiação Cu Kα1 e Kα2 combinada, sem remoção de Kα2. A exatidão dos valores 2θ como provida aqui neste documento está na faixa de +/‑ 0,1 a 0,2° como é, no geral, o caso para os padrões de difração de raios-X pelo método do pó registrados
51 / 62 convencionalmente. Análise de sorção gravimétrica de vapor (GVS)
[00136] As medições são realizadas em um instrumento de múltiplas amostras SPS-100n (Projekt Messtechnik, Ulm, Alemanha) operado no modo em etapas a 25 °C. A amostra equilibra naturalmente a 40% de RH antes de começar um programa de umidade pré-definido (40-0-95-0-95-40% de RH, etapas de 5% de ΔRH e com um tempo máximo de equilíbrio de 24 horas por etapa são aplicados. Cerca de 20 a 30 mg de cada amostra são usados. A classificação higroscópica é feita de acordo com o European Pharmacopeia Technical Guide (1999, página 86), por exemplo, ligeiramente higroscópico: aumento na massa é menor que 2% e igual ou maior que 0,2% massa/massa; higroscópico: aumento na massa é menor que 15% e igual ou maior que 2% massa/massa. A mudança na massa entre 40% de umidade relativa e 80% de umidade relativa na primeira varredura de adsorção é considerada. Calorimetria diferencial de varredura (DSC)
[00137] Os dados de DSC são coletados em um Sistema Mettler Toledo STARe (módulo DSC822e, que mede a célula com sensor cerâmico e software STAR versão 9,20) equipado com um autoamostrador de 34 posições. O instrumento é calibrado com relação à energia e temperatura usando índio certificado. Normalmente 1 a 5 mg de cada amostra, em uma panela de alumínio automaticamente perfurada, é aquecido a 10˚C min-1, a menos que estabelecido de outra forma, de -20 °C a 280 °C. Uma purga de nitrogênio a 20 mL min-1 é mantida sobre a amostra. As temperaturas de pico são reportadas para os pontos de fusão. Análise termogravimétrica (TGA)
[00138] Os dados de TGA são coletados em um Sistema Mettler Toledo STARe (módulo TGA851e e software STAR versão 9,20) equipado com um autoamostrador de 34 posições. Normalmente cerca de 5 mg de uma amostra, em uma panela de alumínio automaticamente perfurada, são
52 / 62 aquecidos a 10˚C min-1, a menos que de outra forma estabelecido, de 30 °C a 250 °C. Uma purga de nitrogênio a 10 mL min-1 é mantida sobre a amostra. Abreviações (como usadas anteriormente ou daqui em diante):
[00139] aq. aquoso Boc butiloxicarbonila d dias DCM diclorometano DEA dietilamina DIPEA di-isopropil-etilamina, base de Hünig, etil-di- isopropilamina DMF dimetilformamida DMSO sulfóxido de dimetila Et etila EtOAc acetato de etila EtOH etanol FC cromatografia flash h hora(s) HATU hexafluorfosfaro de 2-(7-Aza-1H-benzotriazol-1-il)- 1,1,3,3-tetrametilurônio Hept heptano HPLC cromatografia líquida de alto desempenho HV condições de alto vácuo LC-MS cromatografia líquida – espectrometria em massa Me metila MeCN acetonitrila MeOH metanol mL mililitro min minuto(s) Nr número
53 / 62 Ph fenila prep. Preparativa rpm rotações por minuto RT temperatura ambiente s segundo(s) sat. Saturado SFC cromatografia de fluido supercrítico terc-butila = butila terciário TEA trietilamina TFA ácido trifluoroacético THF tetra-hidrofurano T3P Anidrido propilfosfônico tR tempo de retenção Exemplo de referência 1: (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]- amino}-piperidina-3-carboxílico Éster 3-etílico do éster 1-terc-butílico do ácido 4-((S)-1-fenil-etilamino)-5,6- di-hidro-2H-piridina-1,3-dicarboxílico
[00140] Em um frasco seco equipado com um Dean-Stark trap e condensador de refluxo, éster 3-etílico do éster 1-t-butílico do ácido 4- oxopiperidina-1,3-dicarboxílico (10 g, 37 mmol) é dissolvido em tolueno (150 mL). (S)-(-)-α-metilbenzilamina (6,71 g, 55,4 mmol) e ácido p- toluenossulfônico mono-hidratado (0,36 g, 1,85 mmol) são adicionados e a mistura é aquecida a refluxo por 3 h. A mistura é então resfriada a RT, lavada três vezes com NaHCO3 aq. sat. (3 X 100 mL) e seca sobre MgSO4, filtrada e concentrada em pressão reduzida para render o produto na forma de um óleo amarelo espesso. método LC-MS A: tR = 1,01 min; [M+H]+ = 375,18 . 1H RMN (400 MHz, CDCl3) δ: 9,28 (d, J = 7,4 Hz, 1 H), 7,25-7,38 (m, 5 H), 4,63 (m, 1 H), 4,19 (q, J = 7 Hz, 2 H), 4,07 (s, 2 H) 3,46-3,38 (m, 1 H) 3,33-
54 / 62 3,26 (m, 1 H), 2,43-35 (m, 1 H), 2,09-1,99 (m, 1 H), 1,50 (d, J = 7,4 Hz, 3 H), 1,43 (s, 9 H) , 1,29 (t, J = 7,0 Hz, 3 H). Éster 3-etílico de éster 1-terc-butílico do ácido (3R,4S)-4-((S)-1-fenil- etilamino)-piperidina-1,3-dicarboxílico
[00141] Boro-hidreto de sódio (1,43 g, 37,85 mmol) é dissolvido em THF (100 mL) a -15 °C em N2, TFA (10,7 mL, 0,14 mmol) é adicionado em gotas durante 20 min. Éster 3-etílico de éster 1-terc-butílico do ácido 4-((S)-1- fenil-etilamino)-5,6-di-hidro-2H-piridina-1,3-dicarboxílico (10,5 g, 28 mmol) é adicionado durante 10 min a -14 a -18°C. A mistura resultante é agitada por 60 min a 0°C. Água gelada (100 mL) é adicionada com cuidado e a mistura de reação é agitada por 10 min a RT. Uma solução de NaOH aq. 3 M é adicionada para levar a mistura ao pH 11. A mistura de reação é extraída com DCM (2 X 100 mL), as camadas orgânicas combinadas são lavadas com salmoura (2 X 100 mL), secas sobre MgSO4 e o solvente é evaporado em pressão reduzida. O óleo resultante é purificado por FC sobre 120 g de gel de sílica com sistema heptano/EtOAc (1:0 a 4:1) como eluente para dar o produto título como um óleo amarelado (9,5 g). O composto título é contaminado por ~10 % do isômero (3S,4R) correspondente. O método LC- MS A: tR = 0,71 min; [M+H]+ = 377,33, 1H RMN (400 MHz, CDCl3) δ: 7,31- 7,41 (m, 5 H), 4,14-4,27 (m, 3 H), 4,02 (q, J = 6,6 Hz, 1 H), 3,74-3,85 (m, 3 H), 3,00-3,10 (m, 2 H), 2,89-2,94 (m, 2 H), 1,88 (m, 1 H), 1,60-1,65 (m, 1 H), 1,42-1,46 (m, 11 H), 1,28-1,38 (m, 3 H). Éster 3-etílico de éster 1-terc-butílico do ácido (3R,4S)-4-amino-piperidina- 1,3-dicarboxílico
[00142] Uma solução de éster 3-etílico de éster 1-terc-butílico do ácido (3R,4S)-4-((S)-1-fenil-etilamino)-piperidina-1,3-dicarboxílico (9,6 g, 25,5 mmol) em MeOH (250 mL) é adicionada a uma suspensão de Pd(OH)2 20% em carvão ativado (1 g) em H2. A mistura é agitada por 18 h a RT. A suspensão é filtrada através de Celite e o filtrado é concentrado em vácuo para
55 / 62 obter o produto título como um óleo ligeiramente amarelo (5,65 g). O composto título contém ~10 % do isômero correspondente (3S,4R). método LC-MS A: tR = 0,54 min; [M+H]+ = 273,26, 1H RMN (400 MHz, CDCl3) δ: 4,56-4,65 (m, 1 H), 4,40-4,65 (m, 2 H), 4,04-4,30 (m, 3 H), 3,59-3,72 (m, 1 H), 3,01-3,21 (m, 2 H), 2,51-2,68 (m, 2 H), 1,98-2,11 (m, 1 H), 1,73-1,77 (m, 1 H), 1,46 (m, 8 H), 1,26-1,39 (m, 3 H). Éster 3-etílico de éster 1-terc-butílico do ácido (3R,4S)-4-{[5-(2,4-Diflúor- fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-1,3-dicarboxílico
[00143] A uma solução de éster 3-etílico de éster 1-terc-butílico do ácido (3R,4S)-4-amino-piperidina-1,3-dicarboxílico (12,15 g, 27,2 mmol) em DCM (200 mL) a RT é adicionado ao ácido 5-(2,4-difluorofenil)isoxazol-3- carboxílico (6,1 g, 26,3 mmol). TEA (15,2 mL, 109 mmol) é então adicionado seguido por T3P 50% em DCM (32,4 mL, 54,4 mmol). A mistura de reação é agitada por 24 h a RT. A mistura de reação é lavada duas vezes com NaHCO3 aq. sat. (2 X 100 mL). A camada orgânica é seca sobre MgSO4 e evaporada. O resíduo bruto é purificado por FC over 100 g de gel de sílica com sistema heptano/EtOAc (1:0 a 85:15) como eluente para render o composto título como um pó branco (10,25 g); O composto título contém ~10 % do isômero correspondente (3S,4R); método LC-MS A: tR = 1,15 min; [M+H]+ = 480,1, 1 H RMN (400 MHz, CDCl3) δ: 7,96-8,00 (m, 1 H), 7,81-7,89 (m, 1 H), 6,98- 7,13 (m, 2 H), 4,54-4,62 (m, 1 H), 4,42-4,52 (m, 1 H), 3,97-4,28 (m, 2 H), 3,14-3,21 (m, 1 H), 2,88-3,08 (m, 2 H), 2,03-2,18 (m, 1 H), 1,78-1,87 (m, 1 H), 1,58 (s, 2 H), 1,48-1,52 (m, 9 H), 1,28-1,37 (m, 3 H). Éster 3-etílico de éster 1-terc-butílico do ácido (3S,4S)-4-{[5-(2,4-diflúor- fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-1,3-dicarboxílico
[00144] Etóxido de sódio (3,225 g, 45 mmol) é adicionado a uma solução de éster 3-etílico de éster 1-terc-butílico do ácido (3R,4S)-4-{[5-(2,4- diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-1,3-dicarboxílico (3,6 g, 7,5 mmol) em uma mistura de EtOH (40 mL) e EtOAc (20 mL). A mistura
56 / 62 é agitada a RT por 1 dia. A mistura de reação é tratada com NH4Cl aq. sat. (25 mL). DCM (50 mL) é adicionado. A fase orgânica é separada e a camada aq. é extraída três vezes com DCM (3 X 50 mL). As camadas orgânicas combinadas são secas sobre MgSO4, filtradas e concentradas. O resíduo bruto é purificado por LC-MS prep.com condições básicas (método B). O composto título é obtido como um pó incolor (1,91 g), ele contém ~10 % do isômero correspondente (3S,4R).
[00145] O composto título enantiomericamente puro é obtido por SFC preparativo quiral da mistura de éster 3-etílico de éster 1-terc-butílico do ácido (3S,4S)-4-{[5-(2,4-Diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}- piperidina-1,3-dicarboxílico contendo ~10% de éster 3-etílico de éster 1-terc- butílico do ácido (3R,4R)-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]- amino}-piperidina-1,3-dicarboxílico usando uma coluna ChiralPak IC, 5 µm, 30x250 mm; com uma mistura de A (80% de CO2) e B (50% de DCM, 20% de MeOH, 0,1% de DEA) como eluente e um fluxo de 160 mL/min. HPLC quiral: tR = 3,29 min. método LC-MS A: tR = 1,06 min; [M+H]+ = 480,08, 1H RMN (400 MHz, CDCl3) δ: 8,90-8,94 (m, 1 H), 8,04-8,10 (m, 1 H), 7,57-7,62 (m, 1 H), 7,31-7,38 (m, 1 H), 7,11-7,16 (m, 1 H), 4,23-4,32 (m, 1 H), 4,05- 4,13 (m, 1 H), 4,03 (q, J = 7,1 Hz, 2 H), 3,92-3,97 (m, 1 H), 2,80-3,06 (m, 2 H), 2,61-2,69 (m, 1 H), 1,77-1,81 (m, 1 H), 1,48-1,58 (m, 1 H), 1,40-1,46 (m, 9 H), 1,08 (t, J = 7,1 Hz, 3 H). Éster terc-butílico do ácido (3S,4S)-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3- carbonil]-amino}-piperidina-1,3-dicarboxílico
[00146] O éster 3-etílico de éster 1-terc-butílico do ácido (3S,4S)-4- {[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-1,3- dicarboxílico (4,98 g, 10,7 mmol) é dissolvido em THF (80 mL). Solução de NaOH aq. 1M (20 mL, 20 mmol) é então adicionada e a mistura agitada a RT por 3 h. A mistura de reação é acidificada em torno do pH = 3 com solução 2M aq. (10 mL) e extraída três vezes com DCM (3 X 50 mL). As fases
57 / 62 orgânicas combinadas são secas sobre MgSO4, filtradas e concentradas. O composto título é obtido como um pó branco (4,56 g); método LC-MS A tR = 0,99 min; [M+H]+ = 452,33, 1H RMN (400 MHz, DMSO-d6) δ: 12,51 (s, 1 H), 8,90 (d, J = 8,8 Hz, 1 H), 8,07 (td, J1 = 8,6 Hz, J2 = 6,4 Hz, 1 H), 7,60 (m, 1 H), 7,34 (td, J1 = 8,5 Hz, J2 = 2,2 Hz, 1 H), 7,15 (d, J = 2,9 Hz, 1 H), 4,26 (m, 1 H), 4,04-4,17 (m, 1 H), 3,92-3,95 (m, 1 H), 2,79-3,01 (m, 2 H), 2,60 (td, J1 = 11,0 Hz, J2 = 4,0 Hz, 1 H), 1,75-1,82 (m, 1 H), 1,36-1,54 (m, 10 H). Éster terc-butílico do ácido (3S,4S)-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3- carbonil]-amino}-3-(1-pirimidin-2-il-ciclopropilcarbamoil)-piperidina-1- carboxílico
[00147] A uma solução de éster terc-butílico do ácido (3S,4S)-4-{[5- (2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-1,3-dicarboxílico (400 mg, 0,88 mmol) em DMF (15 mL) são adicionados cloridrato de 1- (pirimidin-2-il)ciclopropan-1-amina (171 mg, 0,975 mmol), DIPEA (0,805 mL, 4,61 mmol) e HATU (404 mg, 1,06 mmol). A mistura de reação é agitada a RT por 4h. Os voláteis são evaporados e a mistura bruta é purificada por LC-MS prep. com condições básicas (Método B) para dar o composto título (419 mg); método LC-MS A tR =0,95 min; [M+H]+ = 568,97, 1H RMN (500 MHz, DMSO-d6) δ: 8,62 (d, J = 8,6 Hz, 1 H), 8,53 (d, J = 4,8 Hz, 3 H), 8,08 (d, J = 6,4 Hz, 1 H), 7,34 (d, J = 2,4 Hz, 1 H), 7,19-7,21 (m, 1 H), 7,17 (d, J = 3,0 Hz, 1 H), 3,92-4,1 (m, 2 H) 3,63 (m, 1 H), 3,35-3,45 (m, 1 H), 3,15-3,26 (m, 2 H), 2,75-2,92 (m, 1H), 1,42-154 (m, 4 H), 1,22-1,44 (m, 11 H). Cloridrato de (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-4-{[5- (2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico
[00148] O éster terc-butílico do ácido (3S,4S)-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)- isoxazol-3-carbonil]-amino}-3-(1-pirimidin-2-il-ciclopropilcarbamoil)- piperidina-1-carboxílico (419 mg, 0,74 mmol) é dissolvido em dioxano (10 mL). HCl em dioxano 4M (5 mL, 20 mmol) é adicionado em gotas. A mistura
58 / 62 é agitada a RT por 1 h. Os solventes são evaporados e o resíduo é seco em HV para disponibilizar o composto bruto título como um pó branco (365 mg). método LC-MS A: tR = 0,64 min; [M+H]+ = 469,17, 1H RMN (400 MHz, DMSO-d6) δ: 9,38-9,41 (m, 1 H), 9,27-9,29 (m, 1 H), 9,00 (d, J = 8,5 Hz, 1 H), 8,93 (s, 1 H), 8,57 (d, J = 4,8 Hz, 2 H), 8,06 (q, J = 7,8 Hz, 1 H), 7,59 (t, J = 10,5 Hz, 1 H), 7,31-7,39 (m, 2 H), 7,25 (t, J = 4,8 Hz, 1 H), 4,27 (d, J = 9,8 Hz, 1 H), 3,34 (m, 2 H), 3,07-3,20 (m, 3 H), 2,03 (m, 1 H), 1,86-1,89 (m, 1 H), 1,51 (m, 1 H), 1,37-1,41 (m, 1 H), 1,03-1,11 (m, 2 H). (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4- {[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico
[00149] A uma suspensão de cloridrato do éster metílico do ácido (3S,4S)-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3- carboxílico (200 mg, 0,396 mmol) em DCM (20 mL) a RT é adicionado ciclopropanocarboxaldeído (0,03 mL, 0,396 mmol) seguido por DIPEA (0,2 mL, 1,2 mmol) e triacetoxiboro-hidreto de sódio (221 mg, 1 mmol). A mistura de reação é agitada por 2 h a RT. A mistura de reação é tratada com NaHCO3 aq. sat. Duas vezes (50 mL). A fase orgânica é seca sobre MgSO4 e evaporada. O resíduo bruto é purificado por LC-MS prep. em condições básicas (método B) para render o composto título como um sólido incolor (148 mg); HPLC quiral: tR = 2,42 min; método LC-MS A: tR = 0,69 min; [M+H]+ = 523,04, 1H RMN (400 MHz, DMSO-d6) δ: 8,57 (d, J = 8,4 Hz, 1 H), 8,51 (d, J = 4,7 Hz, 2 H), 8,47 (s, 1 H), 8,08 (dd, J1 = 8,2 Hz, J2 = 15,7 Hz, 1 H), 7,59 (t, J = 9,8 Hz, 1 H), 7,34 (t, J = 8,3 Hz, 1 H), 7,12-7,23 (m, 2 H), 3,95-4,06 (m, 1 H), 3,14 (d, J = 10,0 Hz, 1 H), 2,99 (d, J = 10,3 Hz, 1 H), 2,72 (t, J = 9,3 Hz, 1 H), 2,18-2,27 (m, 2 H), 2,12 (t, J = 11,4 Hz, 1 H), 2,01 (t, J = 11,5 Hz, 1 H), 1,85 (d, J = 11,0 Hz. 1 H), 1,54-1,66 (m, 1 H), 1,45-1,51 (m, 1 H), 1,31-1,41 (m, 1 H), 1,04-1,16 (m, 2 H), 0,79-0,90 (m, 1 H), 0,49 (d, J = 7,6 Hz, 2 H), 0,10 (d, J = 4,1 Hz, 2 H). II. Ensaios biológicos
59 / 62 Ensaio in vitro
[00150] O efeito antagonístico do composto no receptor de CXCR7 é determinado de acordo com o seguinte método experimental.
[00151] O ensaio é usando a linha de célula Tango CXCR7-bla U2OS da invitrogen. Estas células contêm o receptor de quimiocina humano CXCR7 ligado a um sítio de protease TEV e um fator de transcrição Gal4-VP16 estavelmente integrado na linha de células parenterais Tango GPCR-bla U2OS. Esta linha de células parenterais estavelmente expressa uma proteína de fusão beta-arrestina/TEV protease e o gene reportador beta-lactamase mediante o controle de um elemento de resposta UAS. Mediante a ligação do ligante e ativação do receptor, a molécula de beta-arrestina direcionada à protease é recrutada para CXCR7, que é ligado no C-terminal por um sítio de clivagem de protease a um fator de transcrição. A protease cliva o fator de transcrição de CXCR7, que transloca para o núcleo e ativa a expressão de beta-lactamase. Um substrato habilitado por FRET permite detectar a expressão de beta-lactamase.
[00152] As células Tango CXCR7-bla U2OS são separadas dos discos de cultura com 0,05% de tripsina-EDTA e coletadas no meio de crescimento (McCoy’s 5A 90% (v/v), FCS dialisado 10% (v/v), NEAA 0,1mM, HEPES 25mM (pH 7,3), piruvato de sódio 1 mM, P/S 1% (v/v) 50 µg/mL de higromicina, 100 µg/mL de Geneticina, 200 µg/mL Zeocin), centrifugadas e ressuspensas no meio de ensaio (McCoy’s 5A 90% (v/v), FCS dialisado 1% (v/v), NEAA 0,1 mM, HEPES 25 mM (pH 7,3), P/S 1% (v/v)). 10.000 células por poço (em 30 µL) são semeadas em uma placa de 384 poços (base clara, paredes escuras). A placa é incubada a 37°C/5% de CO2 por 24 horas. Os compostos de teste são dissolvidos a 10 mM em DMSO e diluídos em série em DMSO a 500X da concentração final para curvas de resposta de dose. Os compostos são então diluídos 1:100 em meio de ensaio a 5X da concentração final. 10 µL/poço de compostos diluídos são adicionados à placa de ensaio e
60 / 62 incubados por 15 minutos a 37 °C. Daí em diante, CXCL12/SDF1-α é diluído em meio de ensaio a 5X da concentração final (seu valor EC80 para ativação do receptor) e 10 µL/poço são adicionados à placa de ensaio. O agonista leva à ativação do receptor e, desta forma, para recrutamento de b-arrestina. Os compostos que agem como antagonistas reduzem esta ativação. A placa é incubada por 22 h a 37 °C. 10 µL/poço de reagente de detecção (LiveBLAzerTM-FRET B/G (CCF4-AM) substrato) é transferida para a placa de ensaio e a placa é incubada por 2 horas a temperatura ambiente protegida da luz. As contagens fluorescentes são determinadas (Scan1: Ex 409/20 nm, Em 460/30 nm, Scan 2: Ex 409/20 nm, Em 530/30 nm). A razão de emissão calculada é usada para determinação de IC50. Os valores de IC50 calculados podem flutuar dependendo do desempenho do ensaio celular diário. As flutuações deste tipo são conhecidas pelos versados na técnica. Os valores de IC50 médios de várias medições são dados como valores médios. O composto do Exemplo de referência 1 foi testado para ter um IC50 de 3 nM neste ensaio. III. Exemplos Exemplo 1: (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1- ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}- piperidina-3-carboxílico na forma cristalina 1
[00153] 1 mL de MeOH é adicionado a 10 mg do composto (por exemplo, como obtido no Exemplo de referência 1) em um frasco de HPLC padrão, a suspensão é dissolvida por aquecimento a 65 °C com uma rampa de 0,1 °C/min, agitando ao mesmo tempo com uma barra magnética a 500 rpm usando um dispositivo Crystal 16 (Crystallization Systems, NL). A solução é então resfriada a 20 °C com uma rampa de 0,1 °C/min. O sólido obtido é composto na forma cristalina 1.
[00154] Alternativamente, 1mL de MeOH/MeCN 3/1 é adicionado a 20 mg do composto (por exemplo, como obtido no Exemplo de referência 1) em um frasco padrão de HPLC, a suspensão é dissolvida por aquecimento a
61 / 62 65 °C com uma rampa de 0,1°C/min, agitando ao mesmo tempo com uma barra magnética a 500 rpm usando um dispositivo Crystal 16 (Crystallization Systems, NL). A solução é então resfriada a 20 °C com uma rampa de 0,1 °C/min. O sólido obtido é composto na forma cristalina 1. método XRPD 1 Forma 1, Figura 1 Tm (valor de pico, DSC em panela perfurada 259°C 10°C/min) RMN 1H conforme Sorção de umidade Ligeiramente higroscópico Exemplo 2: (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1- ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}- piperidina-3-carboxílico na forma cristalina 2
[00155] 100 mg do composto na Forma 1 são suspensos em 1 mL de DCM e suavemente agitados a RT com uma barra de agitação magnética colocados em frasco de vidro de 4 mL. Após 1 semana, o sólido é isolado e o sólido é composto na forma cristalina 2.
[00156] Alternativamente, 1mL de MeOH/MeCN 3/1 é adicionado a 10 mg do composto (por exemplo, como obtido no Exemplo de referência 1) em um frasco padrão de HPLC, a suspensão é dissolvida por aquecimento a 40 °C com uma rampa de 0,1°C/min, agitada ao mesmo tempo com uma barra magnética a 500 rpm usando um dispositivo Crystal 16 (Crystallization Systems, NL). A solução é então resfriada a 20 °C com uma rampa de 0,1 °C/min. O sólido obtido é composto na forma cristalina 2. XRPD método 1 Forma 2, Figura 2 Sorção de umidade Sorção de 6,9 % a 95% de RH Exemplo 3: (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1- ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}- piperidina-3-carboxílico na forma cristalina 3
[00157] 50 mg do composto na Forma 2 são suspensos em 0,4 mL de água em um 4 mL de frasco de vidro e suavemente agitados a RT em um agitador orbital. Após o 1 dia, o sólido obtido, quando medido no estado úmido, é composto na forma cristalina 3. A forma cristalina 3 é um di-hidrato.
62 / 62 XRPD método 2 Forma 3, Figura 3 Exemplo 4: (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1- ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}- piperidina-3-carboxílico na forma cristalina 4
[00158] 10 mg do composto são dissolvidos em 3 mL de THF em um 4 mL de frasco de vidro e são evaporados naturalmente em condições ambientes. Após a evaporação completa do sólido (após 3 dias), o sólido medido é composto em forma cristalina 4.
[00159] Alternativamente, 10 mg do composto na Forma 2 são suspensos em 0,02 mL THF/H2O 9/1 e o frasco é deixado em repouso fechado a RT. Após 6 dias, o sólido obtido é composto na forma cristalina 4. XRPD método 2 Forma 4. Figura 4

Claims (17)

REIVINDICAÇÕES
1. Forma cristalina da (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3- carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico ; caracterizada pelo fato de que: a. a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 3,6°, 8,2°, e 18,3°; ou b. a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,7°, 8,5°, e 10,9°; ou c. a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 8,2° 17,9°, e 21,0°; em que o dito diagrama de difração de raios-X pelo método do pó é obtido usando radiação Cu Kα1 e Kα2 combinada, sem remover Kα2; e a exatidão dos valores 2θ está na faixa de 2θ +/- 0,2°.
2. Forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)- amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol- 3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que tem a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 3,6°, 7,2°, 8,2°, 8,7°, e 18,3°; em que o dito diagrama de difração de raios-X pelo método do pó é obtido usando radiação Cu Kα1 e Kα2 combinada, sem remover Kα2; e a exatidão dos valores 2θ está na faixa de 2θ +/- 0,2°.
3. Forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)- amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol- 3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que tem a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 3,6°, 7,2°, 8,2°, 8,7°, 9,1°, 10,8°, 13,9°, 17,0°, 17,5°, e 18,3°; em que o dito diagrama de difração de raios-X pelo método do pó é obtido usando radiação Cu Kα1 e Kα2 combinada, sem remover Kα2; e a exatidão dos valores 2θ está na faixa de 2θ +/- 0,2°.
4. Forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)- amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol- 3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com as reivindicações 2 ou 3, caracterizada pelo fato de que essencialmente mostra o padrão de difração de raios-X pelo método do pó como representado na Figura 1.
5. Forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)- amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol- 3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 4, caracterizada pelo fato de que tem um evento endotérmico a cerca de 259 °C como determinado por calorimetria diferencial de varredura.
6. Forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)- amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol- 3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 5, caracterizada pelo fato de que a dita forma cristalina é um hemi-hidratada.
7. Forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)- amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol- 3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 6, caracterizada pelo fato de que pode ser obtida:
a) misturando 10 mg de (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3- carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico com 1 mL de metanol ou misturando 20 mg de (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1- ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}- piperidina-3-carboxílico com 1 mL de uma mistura de cerca de 3 a 1 de metanol e acetonitrila; b) dissolvendo (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]- amino}-piperidina-3-carboxílico por aquecimento a cerca de 65 °C com uma rampa de 0,1°C/min; c) resfriando a mistura a cerca de 20 °C usando uma rampa de 0,1 °C/min; e d) filtrando e secando o produto.
8. Forma cristalina do composto ((1-pirimidin-2-il- ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor- fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que tem a. a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,7°, 8,5°, 10,9°, 13,2°, e 14,5°; ou b. a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,8°, 8,2°, 14,1°, 17,9°, e 21,0°; em que o dito diagrama de difração de raios-X pelo método do pó é obtido usando radiação Cu Kα1 e Kα2 combinada, sem remoção de Kα2; e a exatidão dos valores 2θ está na faixa de 2θ +/- 0,2°.
9. Forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il-ciclopropil)- amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-
3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com a reivindicação 8, caracterizada pelo fato de que tem a. a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,7°, 8,5°, 10,9°, 13,2°, e 14,5°; que essencialmente mostra o padrão de difração de raios-X pelo método do pó como representado na Figura 2; ou b. a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,8°, 8,2°, 14,1°, 17,9°, e 21,0°; que essencialmente mostra o padrão de difração de raios-X pelo método do pó como representado na Figura 3.
10. Forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il- ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor- fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com a reivindicação 8 ou 9, caracterizada pelo fato de haver a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,7°, 8,5°, 10,9°, 13,2°, e 14,5°, em que a dita forma cristalina é um anidrato.
11. Forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il- ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor- fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com a reivindicação 8 ou 9, caracterizada pelo fato de haver a presença dos picos no diagrama de difração de raios-X pelo método do pó nos seguintes ângulos de refração 2θ: 6,8°, 8,2°, 14,1°, 17,9°, e 21,0°, em que a dita forma cristalina é um di-hidrato.
12. Forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il- ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor- fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizada pelo fato de ser para uso como um medicamento.
13. Composição farmacêutica, caracterizada pelo fato de que compreende como ingrediente ativo uma forma cristalina do composto (1- pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5- (2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 11, e pelo menos um carreador farmaceuticamente aceitável.
14. Forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il- ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor- fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizada pelo fato de ser para uso na fabricação de uma composição farmacêutica, em que a dita composição farmacêutica compreende como ingrediente ativo o composto (1- pirimidin-2-il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5- (2,4-diflúor-fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico, e pelo menos um material carreador farmaceuticamente aceitável.
15. Forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il- ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor- fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizada pelo fato de ser para uso na prevenção ou tratamento de câncer, distúrbios autoimunes, doenças inflamatórias, rejeição a transplante ou fibrose.
16. Uso de uma forma cristalina do composto (1-pirimidin-2- il-ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor- fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de ser para a preparação de um medicamento para a prevenção ou tratamento de câncer, distúrbios autoimunes, doenças inflamatórias, rejeição a transplante ou fibrose.
17. Método de profilaxia ou tratamento de câncer, distúrbios autoimunes, doenças inflamatórias, rejeição a transplante ou fibrose, caracterizado pelo fato de que compreende administrar a um paciente uma quantidade eficaz de uma forma cristalina do composto (1-pirimidin-2-il- ciclopropil)-amida do ácido (3S,4S)-1-ciclopropilmetil-4-{[5-(2,4-diflúor- fenil)-isoxazol-3-carbonil]-amino}-piperidina-3-carboxílico como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 11.
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