BR112019012667A2 - Anticorpos do fator xi e métodos de uso - Google Patents

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Abstract

a presente invenção refere-se a anticorpos monoclonais e aos fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos que se ligam ao fator xi e fator xi ativado ("fator xia") humano e às composições farmacêuticas e métodos de tratamento que os compreendem.

Description

ANTICORPOS DO FATOR XI E MÉTODOS DE USO.
[0001] O presente pedido reivindica o benefício do Pedido de Patente Provisória dos Estados Unidos NQ 62/438.648 depositado em 23 de dezembro de 2016, que é aqui incorporado por meio de citação em sua totalidade.
LISTAGEM DE SEQUÊNCIA [0002] O presente pedido contém uma Listagem de Sequência que foi apresentada eletronicamente no formato ASCII e que é aqui incorporada por meio de citação em sua totalidade. A dita cópia ASCII, criada em 18 de dezembro de 2017, é denominada PAT057548-WOPCT_SL.txt e possui 82.506 bytes de tamanho.
ANTECEDENTES [0003] A trombose é a formação de trombos nos vasos sanguíneos em decorrência de uma combinação de fatores de risco hereditários e adquiridos, conhecidos como trombofilia ou estados hipercoaguláveis. Dano à parede vascular, estase, reatividade às plaquetas aumentada e ativação dos fatores de coagulação são algumas das principais características da trombose. A trombose pode ocorrer tanto na circulação venosa como na circulação arterial e pode resultar no desenvolvimento de trombose venosa profunda (DVT), embolia pulmonar, e acidente vascular cerebral. Se um trombo é formado no sistema arterial, pode ocorrer uma isquemia à jusante, levando a síndromes coronarianas agudas (ACS), acidente vascular cerebral isquêmico, e isquemia límbica aguda. A formação de trombos no sistema venoso normalmente acarreta trombose venosa profunda, embolia pulmonar e hipertensão pulmonar tromboembólica crônica. Os coágulos também podem se formar no apêndice atrial esquerdo em pacientes com fibrilação atrial (AF), e os trombos desalojados podem ensejar complicações potencialmente devastado
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2/189 ras, isto é, acidente vascular cerebral tromboembólico e embolia sistêmica. Todas as medicações antitrombóticas disponíveis na atualidade, que incluem heparina de baixo peso molecular (LMWH), inibidores da trombina, e inibidores do Fator Xa (FXa), estão associadas a um grande risco de sangramento (Weitz J.l. (2010) Thromb. Haemost. 103, 62). O desenvolvimento de um agente antitrombótico que não afete a hemostasia, logo, que não desencadeie complicações de sangramento, seria altamente desejável.
[0004] Os anticoagulantes atuais são injetados ou ingeridos por via oral. O anticoagulante injetável LMWH é amplamente utilizado e oferecem um perfil terapêutico aperfeiçoado em relação à heparina não fracionada inicialmente aplicada. Ao longo das últimas décadas, o anticoagulante oral mais utilizado tem sido a varfarina. A varfarina tem uma janela terapêutica estreita que requer o monitoramento frequente da situação de coagulação, e apresenta inúmeras interações fármaco-fármaco. Mais recentemente, inibidores diretos da trombina e de FXa disponibilizados oralmente ingressaram no mercado de anticoagulantes, com uma aplicação crescente.
[0005] LMWHs, inibidores de FXa, e inibidores da trombina, todos eles são eficazes na prevenção da doença tromboembólica venosa pósoperatória, no tratamento da DVT espontânea e embolia pulmonar, e na prevenção do acidente vascular cerebral na fibrilação atrial. No entanto, esses anticoagulantes estão igualmente associados a complicações de sangramento, essas, de maneira geral, sendo comparáveis às observadas com os antigos fármacos varfarina e heparina não fracionada. No ensaio clínico ADVANCE-2, o inibidor de FXa apixaban (Eliquis) foi comparado à enoxaparina LMWH em pacientes após artroplastia total de joelho. Embora a terapia aguda com o apixaban tenha sido mais eficiente na prevenção da doença tromboembólica venosa do que a enoxaparina, os dois agentes foram associados a um risco significativo de
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3/189 sangramento. Sangramentos clinicamente relevantes ocorreram em 4% dos pacientes que receberam apixaban e em 5% dos pacientes tratados com enoxaparina (Lassen, M.R., etal(2009) N. Engl. J. Med. 361,594). [0006] No ensaio RE-LY, o inibidor direto da trombina dabigatran (Pradaxa) foi comparado à varfarina em pacientes com fibrilação atrial e risco de acidente vascular cerebral (Connolly, S.J., et al. (2009) N. Engl. J. Med. 361, 1139). A terapia crônica com o dabigatran foi associada a um risco significativamente mais baixo de acidente vascular cerebral ou embolia sistêmica. No entanto, complicações de sangramento severas ocorreram em 3,1% dos pacientes que receberam 150 mg por dia de dabigatran e em 3,4% dos pacientes que receberam varfarina (p=0,31).
[0007] A fibrilação atrial (AF) continua sendo a arritmia cardíaca mais usual na prática clínica, respondendo por cerca de um terço das hospitalizações por disritmias cardíacas. Atualmente, estima-se que afete mais de 6 milhões pacientes na Europa e 2,3 milhões aproximadamente nos Estados Unidos, e esse número continua em franca ascensão graças ao envelhecimento proporcional crescente da população. Estima-se que cerca de 5% da população com mais de 65 anos, e 10% das pessoas com mais de 80 anos, desenvolverão AF, no entanto, a prevalência de AF está progredindo acima do que podería ser explicado pela idade isoladamente. Fatores de risco de AF como hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva, hipertrofia ventricular esquerda, doença da artéria coronária e diabetes mellitus, e apneia obstrutiva do sono também estão em ascensão. Sendo assim, a expectativa é que o número de indivíduos afetados pela AF seja duplicado ou triplicado nas próximas três décadas nas populações ocidentais. (Kannel e Benjamin (2008) Med Clin North Am. 2008; 92:17-40; Bunch, etal. (2012) J Innovations of Card Rhythm Manag 2012; 3: 855-63).
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4/189 [0008] O principal risco da AF é um aumento de quatro a cinco vezes de acidente vascular cerebral embólico. O risco imputável pelo acidente vascular cerebral associado à AF aumenta drasticamente com a idade, atingindo 23,5% na faixa etária de 80 a 89 anos. A AF está associada à duplicação da mortalidade em ambos os sexos (Kannel e Benjamin 2008). A AF também está associada independentemente ao declínio cognitivo e a todas as formas de demência (Marzona, et al. (2012) CMAJ 2012; 184: 329-36; Geita et al 2013; Bunch et al 2012).
[0009] A maioria dos pacientes com AF demandam uma terapia anticoagulante prolongada como prevenção ao acidente vascular cerebral cardioembólico e à embolia sistêmica. O escore de risco CHA2DS2VASc é uma ferramenta de estratificação vastamente utilizada e validada para prever o risco tromboembólico em pacientes com fibrilação atrial e para identificar pacientes que seriam beneficiados pela terapia anticoagulante (LIP 2011; Camm, et al. (2012) Eur Heart J 2012; 33: 2719-2747); as evidências acumuladas mostram que o CHA2DS2VASc é no mínimo tão preciso quanto ou possivelmente melhor, do que escores como o CHADS2 em identificar pacientes que desenvolvem acidente vascular cerebral e tromboembolia e é definitivamente superior em identificar pacientes AF com um risco realmente baixo. Estima-se que 85 a 90% dos pacientes AF necessitarão de terapia anticoagulante. [0010] Em uma meta-análise incluindo 6 ensaios que avaliaram o efeito dos antagonistas da vitamina K (VKA) sobre a redução de acidente vascular cerebral e embolia sistêmica, foi observada uma redução de risco altamente significativa na incidência do acidente vascular cerebral (redução relativa do risco de 67% para o AVC). A mortalidade por todas as causas foi reduzida sensivelmente (26%) pelo VKA ajustado à dose vs. controle (Hart, Pearce, e Aguilar (2007) Ann Intern Med 2007; 146:857-867). Uma meta para a razão normalizada internacional (INR) entre 2 e 3 foi associada à melhor relação benefício-risco (Hylek et al
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5/189 (2003) N Engl J Med; 349:1019-1026) e adotada universalmente por diretrizes nacionais e internacionais.
[0011] Nos últimos anos, novos anticoagulantes orais (NOAC), também denominados anticoagulantes orais diretos (DOAC), foram aprovados e introduzidos na prática clínica. Esses fármacos são no mínimo tão eficientes ou ainda melhores, do que a varfarina em reduzir a doença tromboembólica (Connolly, et al. (2009) N Engl J Med; 361:1139-51; Connolly, et al. (2011) N Engl J Med; 364:806-17; Patel, et al. (2011) N Engl J Med 2011; 365:883-91). Os NOACs também foram associados a reduções sensíveis nas mais devastadoras complicações causadas pela varfarina, a saber, acidente vascular cerebral hemorrágico e hemorragia intracraniana. Os eventos de sangramento grave foram semelhantes ou um pouco mais brandos, do que a terapia de varfarina bem conduzida. Para além disso, os NOACs são associados a um menor potencial de interação fármaco-fármaco do que a varfarina e poderíam ser empregados sem monitoramento rotineiro; espera-se que isso facilite o seu uso no cotidiano da prática médica.
[0012] A despeito dos recentes aperfeiçoamentos, o risco de sangramento continua sendo alto com o uso de anticoagulantes. Por exemplo, a incidência anual de sangramentos graves e de sangramentos não graves clinicamente relevantes foi de 14,9% e a incidência anual de eventos de sangramento grave foi de 3,6% em pacientes tratados com rivaroxaban no estudo ROCKET (Patel et al 2011). A incidência anual de sangramento grave ficou acima de 5% em pacientes com alto risco de sangramento definido como escore de risco HAS Bled > 3 (Gallego, etal. (2012) CarcArrhythm Electrophysiol.; 5:312-318). O sangramento grave é um desfecho clínico especialmente importante; por exemplo, no estudo ROCKET, uma vez ocorrido um sangramento grave, a taxa de mortalidade por todas as causas ficou em 20,4% no grupo do rivaroxaban e em 26,1% no grupo da varfarina. Uma vez manifestados eventos
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6/189 de sangramento grave, acidente vascular cerebral e embolia sistêmica ocorreram em 4,7% e 5,4% dos pacientes nos grupos do rivaroxaban e da varfarina, respectivamente (Piccini, et al. (2014) Eur Heart J; 35:1873-80). A internação hospitalar, a transfusão de produtos do sangue e o uso de recursos também foram drasticamente impactados pela ocorrência de sangramentos graves. O risco de sangramento também é um dos principais motivos para que os pacientes elegíveis não recebam anticoagulantes. No Euro Heart Survey on Atrial Fibrilation, que compila dados de 182 hospitais em 35 países e de 5333 pacientes AF ambulatoriais e hospitalizados, somente 67% dos pacientes elegíveis receberam anticoagulantes orais quando dispensados das instituições (Nieuwlaat, et al (2005) Eur Heart J;26, 2422-2434).
[0013] Portanto, a necessidade médica quanto a uma terapia mais segura que possa minorar as complicações tromboembólicas da AF, tais como acidente vascular cerebral, embolia sistêmica, declínio cognitivo e mortalidade, com eficácia comparável à terapia existente mas com menor ônus de sangramento, ainda não foi atendida.
SUMÁRIO [0014] A presente divulgação refere-se a anticorpos monoclonais que se ligam ao Fator XI e Xla (Fator XI ativado) de coagulação humana (em alguns casos designados FXI, FXIa, e termos similares neste documento), e às composições farmacêuticas que compreendem tais anticorpos monoclonais e métodos de tratamento que envolvem a administração de tais anticorpos monoclonais. O desenvolvimento de um agente antitrombótico que seja eficaz na prevenção e no tratamento da trombose ou de uma doença/distúrbio tromboembólico (por exemplo, acidente vascular cerebral trombótico, fibrilação atrial, prevenção do acidente vascular cerebral na fibrilação atrial (SPAF), trombose venosa profunda, tromboembolia venosa, embolia pulmonar, síndromes coronarianas agudas (ACS), acidente vascular cerebral isquêmico, isquemia
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7/189 límbica aguda, hipertensão pulmonar tromboembólica crônica, embolia sistêmica), mas sem riscos ou apenas com um risco mínimo de sangramento atendería uma necessidade médica não satisfeita de grande relevância. A presente invenção também fornece métodos para controlar o sangramento ou o risco de sangramento em pacientes tratados com ou aos quais foi administrado, um anticorpo anti-FXI aqui descrito.
[0015] Em aspectos específicos, os anticorpos (por exemplo, anticorpos monoclonais humanizados, quiméricos, humanos) fornecidos neste documento se ligam com afinidade semelhantemente alta ao domínio catalítico (CD) de FXIa e FXI humano e induzem uma conformação inativa do domínio da protease em FXIa.
[0016] Os anticorpos anti-FXI e/ou anti-FXIa isolados ora descritos, por exemplo, as IgGs completas descritas com dois sítios de ligação, se ligam ao FXI e/ou FXIa com uma constante de dissociação de equilíbrio (Kd) menor ou igual a 100 pM. Por exemplo, os anticorpos isolados aqui descritos podem se ligar ao FXI e/ou FXIa humano com uma Kd menor ou igual a 100 pM, menor ou igual a 50 pM, menor ou igual a 45 pM, menor ou igual a 40 pM, menor ou igual a 35 pM, menor ou igual a 20 pM ou menor ou igual a 10 pM. Mais especificamente, os anticorpos isolados descritos também podem se ligar ao FXI e/ou FXIa humano com uma Kd menor ou igual a 0,2 pM, medidas pelo ensaio de titulação da solução em equilíbrio (SET) para AM4.
[0017] Os anticorpos anti-FXI e/ou FXIa isolados e os fragmentos de ligação ao antígeno aqui descritos podem ser utilizados para inibir a ativação direta ou indireta do Fator IX (também conhecido como FIX), Fator X (FX), e/ou trombina, e/ou a ligação aos receptores plaquetários, conseguindo assim prevenir a ativação das vias de coagulação intrínsecas e/ou comuns.
[0018] Os anticorpos anti-FXI e/ou FXIa isolados e os fragmentos de ligação ao antígeno aqui descritos podem ser utilizados para inibir a
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8/189 ativação direta ou indireta do Fator IX (também conhecido como FIX), Fator X (FX), e/ou trombina com uma IC50 menor ou igual a 100 nM, menor ou igual a 50 nM, menor ou igual a 35 nM, menor ou igual a 25 nM, menor ou igual a 10 nM ou menor ou igual a 5,2 nM. Mais especificamente, um anticorpo isolado ou fragmentos de ligação ao antígeno do mesmo conforme aqui descritos podem inibir a ativação direta ou indireta do Fator IX (também conhecido como FIX), Fator X (FX), e/ou trombina com uma IC50 menor ou igual a 100 nM, menor ou igual a 50 nM, menor ou igual a 35 nM, menor ou igual a 25 nM, menor ou igual a 10 nM ou menor ou igual a 5,2 nM. Mais especificamente, um anticorpo isolado ou fragmentos de ligação ao antígeno do mesmo conforme aqui descritos podem inibir a ativação direta ou indireta do Fator IX (também conhecido como FIX), Fator X (FX), e/ou trombina com uma IC50 menor ou igual a 100 nM, menor ou igual a 50 nM, menor ou igual a 35 nM, menor ou igual a 25 nM, menor ou igual a 20 nM ou menor ou igual a 18 nM. Mais especificamente, um anticorpo isolado ou fragmentos de ligação ao antígeno do mesmo conforme aqui descritos podem inibir a ativação direta ou indireta do Fator IX (também conhecido como FIX), Fator X (FX), e/ou trombina com uma IC50 menor ou igual a 100 nM, menor ou igual a 50 nM, menor ou igual a 35 nM, menor ou igual a 25 nM, menor ou igual a 10 nM ou menor ou igual a 5 nM. Em uma modalidade específica, um anticorpo anti-FXI aqui descrito ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo, inibe a ativação mediada pelo FXIa do seu substrato nativo FIX com uma IC50 menor ou igual a 2 nM, por exemplo, 1,8 nM.
[0019] Os anticorpos anti-FXI e/ou anti-FXIa isolados ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos, podem ser utilizados para inibir as (por exemplo, bloquear a ativação das) vias de coagulação intrínseca e/ou comum, por exemplo, inibindo a ativação do FIX mediada pelo FXI e/ou FXIa. Os anticorpos anti-FXIa isolados ou fragmentos de ligação
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9/189 ao antígeno dos mesmos, podem ser utilizados, portanto, para prevenir a coagulação ou a propagação da coagulação. Os anticorpos isolados ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos, podem ser utilizados para prevenir, tratar ou melhorar distúrbios coagulatórios como trombose venosa profunda e acidente vascular cerebral (por exemplo, acidente vascular cerebral isquêmico) inibindo a ativação do FIX mediada por FXI.
[0020] Em modalidades específicas, os anticorpos anti-FXI e/ou anti-FXIa ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos, são capazes de prolongar o tempo de coagulação (por exemplo, tempo até que um coágulo de sangue comece a ser formado) do plasma humano de maneira concentração-dependente conforme determinado pelo teste de aPTT, por exemplo, conforme descrito na Seção de Exemplos. Em uma modalidade específica, o tempo de coagulação (aPTT) dobrou em comparação com a linha de base em uma concentração total do anticorpo anti-FXI (por exemplo, anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) na faixa de 10 nM a 20 nM, por exemplo, aproximadamente 11 nM, 13 nM ou 14 nM (por exemplo, conforme descrito no Exemplo 5), conforme determinado pelo teste de aPTT. Em modalidades particulares, os anticorpos antiFXI e/ou anti-FXIa ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos, são capazes de prolongar o tempo de coagulação do plasma humano de maneira concentração-dependente com uma IC50 na faixa de 5 nM a 20 nM, por exemplo, de aproximadamente 13 nM, conforme determinado pelo teste de aPTT, por exemplo, conforme descrito na Seção de Exemplos.
[0021] Em aspectos específicos, os anticorpos anti-FXI e/ou antiFXIa ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos aqui descritos são capazes de reduzir a quantidade de trombina, de maneira concentração-dependente, em um teste de geração de trombina (TGA) no plasma humano, que mede 0 efeito da inibição do FXIa sobre 0 ciclo de
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10/189 alimentação positiva trombina—>FXIa na presença de concentrações baixíssimas do fator do tecido (TF). Em modalidades particulares, os anticorpos anti-FXI e/ou anti-FXIa ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos, aqui descritos são capazes de reduzir a quantidade de trombina em um teste de geração de trombina (TGA) no plasma humano com um valor IC50 na faixa de 5 nM a 10 nM, por exemplo, aproximadamente 5 nM, 6 nM ou 9 nM, e uma concentração de trombina residual de aproximadamente 85 nM a 185 nM, por exemplo, de acordo com a descrição contida na Seção de Exemplos.
[0022] Em aspectos específicos, a presente invenção fornece anticorpos (por exemplo, os anticorpos na Tabela 2 como AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou anticorpos que compreendam as HCDRs 1-3 e LCDRs 1-3 do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos, que se ligam especificamente ao domínio catalítico do FXI e/ou FXIa humano.
[0023] Os anticorpos anti-FXI e/ou FXIa isolados ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos, conforme aqui descritos podem ser anticorpos monoclonais, anticorpos humanos ou humanizados, anticorpos quiméricos, anticorpos de cadeia simples, fragmentos Fab, fragmentos Fv, fragmentos F(ab’)2 ou fragmentos scFv, e/ou isótipos IgG (por exemplo, lgG1 como a lgG1 humana). Em modalidades específicas, os anticorpos anti-FXI e/ou anti-FXIa aqui descritos são anticorpos humanos recombinantes. Em modalidades específicas, os anticorpos anti-FXI e/ou anti-FXIa descritos são anticorpos lgG1/lambda (λ) humanos. Em modalidades específicas, os anticorpos anti-FXI e/ou anti-FXIa são anticorpos lgG1/lambda (λ) humanos que compreendem um domínio Fc delineado para reduzir 0 potencial para a função efetora (por exemplo, ADCC e/ou CDC), por exemplo, um domínio Fc humano contendo substituições D265A e/ou P329A.
[0024] Os anticorpos anti-FXI e/ou FXIa isolados ou fragmentos de
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11/189 ligação ao antígeno dos mesmos, conforme descritos neste documento também podem incluir uma região framework no qual um aminoácido foi substituído formando a região framework do anticorpo das respectivas sequências da linhagem germinativa VH ou VL humana.
[0025] Outro aspecto da presente divulgação inclui um anticorpo isolado ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos contendo as sequências de cadeia leve e pesada completas dos Fabs descritos na Tabela 2. Em um aspecto particular, o anticorpo isolado ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos descritos na Tabela 2 não compreende as sequências de cadeia leve e pesada de um anticorpo descrito na Tabela 1, por exemplo, o anticorpo NOV1401. De modo mais específico, o anticorpo isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo pode compreender as sequências de cadeia leve e pesada do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4.
[0026] Em um aspecto adicional, a presente invenção fornece um anticorpo isolado ou fragmentos de ligação ao antígeno do mesmo que compreendem as sequências do domínio variável de cadeias leve e pesada dos anticorpos/Fabs descritos na Tabela 2. Em um aspecto particular, o anticorpo isolado ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos descritos na Tabela 2 não compreende as sequências do domínio variável de cadeia pesada e as sequências do domínio variável de cadeia leve de um anticorpo descrito na Tabela 1, por exemplo, o anticorpo NOV1401. Mais especificamente, o anticorpo isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo pode compreender as sequências do domínio variável de cadeias leves e pesadas do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4.
[0027] Um aspecto adicional fornecido neste documento inclui um anticorpo isolado ou fragmentos de ligação ao antígeno do mesmo que compreende as sequências da CDR (isto é, HCDR1, HCDR2, e HCDR3) do domínio variável de cadeia pesada e as sequências da CDR (isto é,
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LCDR1, LCDR2, e LCDR3) do domínio variável de cadeia leve dos anticorpos descritos na Tabela 2, tais como CDRs Kabat, CDRs IMGT, CDRs Chothia ou CDRs combinadas. De modo mais específico, o anticorpo isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo pode compreender as sequências HCDR1, HCDR2, HCDR3, LCDR1, LCDR2, e LCDR3 do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4, por exemplo, conforme apresentado na Tabela 2, tais como Kabat CDRs, IMGT CDRs, Chothia CDRs ou CDRs combinadas.
[0028] A presente divulgação também se refere a um ácido nucleico isolado que compreende uma sequência codificadora de um polipeptídeo VL e/ou um polipeptídeo VH para anticorpos e os fragmentos dos mesmos descritos, por exemplo, na Tabela 2, como anticorpo AM1, AM2, AM3, e AM4. A presente divulgação também se refere a um ácido nucleico isolado que compreende uma sequência codificadora de um polipeptídeo de cadeia leve e/ou um polipeptídeo de cadeia pesada para os anticorpos e fragmentos dos mesmos descritos neste documento, por exemplo, descritos na Tabela 2, tais como o anticorpo AM1, AM2, AM3, e AM4.
[0029] A presente divulgação se refere a um vetor que inclui uma ou mais moléculas de ácidos nucleicos descritas. Em aspectos particulares, o presente documento fornece uma população de vetores compreendendo sequências de ácidos nucleicos que codificam um polipeptídeo VL e um polipeptídeo VH para os anticorpos e fragmentos dos mesmos ora descritos, por exemplo, na Tabela 2, como o anticorpo AM1, AM2, AM3, e AM4. Em aspectos particulares, o presente documento fornece uma população de vetores compreendendo sequências de ácidos nucleicos que codificam um polipeptídeo de cadeia leve e um polipeptídeo de cadeia pesada para os anticorpos e fragmentos dos mesmos descritos, por exemplo, na Tabela 2, como o anticorpo AM1, AM2, AM3, e AM4.
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13/189 [0030] A presente divulgação também se refere a uma célula hospedeira isolada que inclui uma sequência de DNA recombinante que codifica uma cadeia pesada do anticorpo aqui descrito, e uma segunda sequência de DNA recombinante que codifica uma cadeia leve do anticorpo aqui descrito, as ditas sequências de DNA sendo ligadas operacionalmente a um promotor e capazes de serem expressas na célula hospedeira. É considerado que o anticorpo pode ser um anticorpo monoclonal humano. Além disso, é considerado que a célula hospedeira é uma célula de mamífero não humano.
[0031] A presente divulgação também se refere a uma célula hospedeira isolada que inclui uma sequência de DNA recombinante que codifica uma VH do anticorpo aqui descrito, e uma segunda sequência de DNA recombinante que codifica uma VL do anticorpo aqui descrito, sendo que as ditas sequências de DNA são ligadas operacionalmente a um promotor e capazes de serem expressas na célula hospedeira. É considerado que o anticorpo pode ser um anticorpo monoclonal humano. Em uma modalidade, também é considerado que a célula hospedeira seja uma célula de mamífero não humana.
[0032] A presente divulgação também se refere a um método para reduzir a expressão e/ou ativação da via de coagulação intrínseca e/ou comum de FXI e/ou FXIa, sendo que o método inclui a etapa de contatar uma célula com uma quantidade eficaz de uma composição contendo o anticorpo isolado ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos aqui descritos.
[0033] A presente divulgação também se refere a um método para inibir a ligação do FXI e/ou FXIa ao FIX, sendo que o método inclui a etapa de contatar uma célula com uma quantidade eficaz de uma composição contendo o anticorpo isolado ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos aqui descritos.
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14/189 [0034] Em um aspecto, considera-se que a célula é uma célula humana. Considera-se ainda que a célula está em um indivíduo. Em uma modalidade, considera-se que a célula é uma plaqueta. Em uma modalidade particular, considera-se ainda que o indivíduo é o ser humano.
[0035] A presente divulgação também se refere a um método para tratar, melhorar ou prevenir uma doença tromboembólica ou condição em um indivíduo, sendo que o método inclui a etapa de administrar ao indivíduo uma quantidade eficaz de uma composição contendo o anticorpo ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos aqui descrito (por exemplo, anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4). Em um aspecto, a doença tromboembólica é um distúrbio trombótico (por exemplo, trombose, acidente vascular cerebral trombótico, fibrilação atrial, prevenção do acidente vascular cerebral na fibrilação atrial (SPAF), trombose venosa profunda, tromboembolia venosa, e embolia pulmonar). Em modalidades específicas, considera-se que o indivíduo é o ser humano.
[0036] Em aspectos particulares, qualquer um dos anticorpos isolados supracitados ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos pode ser um anticorpo monoclonal ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos.
[0037] Modalidades não limitantes da presente divulgação são descritas nos seguintes aspectos:
1. Anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que a HCDR1 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 3, 6, 7, e 9;
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15/189 a HCDR2 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em:
(i) X1-I-X2-X3-X4-X5-X6-X7-T-X8-YADSVKG (SEQ ID NQ: 59), em que X1 é qualquer aminoácido ou é T ou S, X2 é qualquer aminoácido ou é D ou E, X3 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X4 é qualquer aminoácido ou é S, Y ou W, X5 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X6 é qualquer aminoácido ou é Q, T ou D, X7 é qualquer aminoácido ou é D ou E, e X8 é qualquer aminoácido ou é Y, H ou D, em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 4, (ii) X1-X2-X3-X4-X5-X6 (SEQ ID NQ: 60), em que X1 é qualquer aminoácido ou é E ou D, X2 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X3 é qualquer aminoácido ou é Y, S ou W, X4 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X5 é qualquer aminoácido ou é D, T ou Q, e X6 é qualquer aminoácido ou é D ou E, em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 8, e (iii) I-X1-X2-X3-X4-X5-X6-T (SEQ ID NQ: 61), em que X1 é qualquer aminoácido ou é E ou D, X2 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X3 é qualquer aminoácido ou é S, Y ou W, X4 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X5 é qualquer aminoácido ou é D, T ou Q, e X6 é qualquer aminoácido ou é D ou E, em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 10;
a HCDR3 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 5 e 11;
a LCDR1 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 16, 19, e 22;
a LCDR2 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 17 e 20; e a LCDR3 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 18 e 21.
2. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 1,em que (i) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ
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ID NQ: 3;
(ii) a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos X1-I-X2X3-X4-X5-X6-X7-T-X8-YADSVKG (SEQ ID NQ: 59), em que X1 é qualquer aminoácido ou é T ou S, X2 é qualquer aminoácido ou é D ou E, X3 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X4 é qualquer aminoácido ou é S, Y ou W, X5 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X6 é qualquer aminoácido ou é Q, T ou D, X7 é qualquer aminoácido ou é D ou E, e X8 é qualquer aminoácido ou é Y, H ou D, e em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 4;
(iii) a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5;
(iv) a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16;
(v) a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17; e (vi) a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18.
3. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 1, em que (i) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 6;
(ii) a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos X1-I-X2X3-X4-X5-X6-X7-T-X8-YADSVKG (SEQ ID NQ: 59), em que X1 é qualquer aminoácido ou é T ou S, X2 é qualquer aminoácido ou é D ou E, X3 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X4 é qualquer aminoácido ou é S, Y ou W, X5 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X6 é qualquer aminoácido ou é Q, T ou D, X7 é qualquer aminoácido ou é D ou E, e X8 é qualquer aminoácido ou é Y, H ou D, e em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 4;
(iii) a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ
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ID NQ: 5;
(iv) a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16;
(v) a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17; e (vi) a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18.
4. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 1, em que (i) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 7;
(ii) a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos X1-X2X3-X4-X5-X6 (SEQ ID NQ: 60), em que X1 é qualquer aminoácido ou é E ou D, X2 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X3 é qualquer aminoácido ou é Y, S ou W, X4 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X5 é qualquer aminoácido ou é D, T ou Q, e X6 é qualquer aminoácido ou é D ou E, e em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 8;
(iii) a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5;
(iv) a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 19;
(v) a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20; e (vi) a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 21.
5. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 1, em que (i) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 9;
(ii) a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos I-X1-X2
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X3-X4-X5-X6-T do (SEQ ID NQ: 61), em que X1 é qualquer aminoácido ou é E ou D, X2 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X3 é qualquer aminoácido ou é S, Y ou W, X4 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X5 é qualquer aminoácido ou é D, T ou Q, e X6 é qualquer aminoácido ou é D ou E, e em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 10;
(iii) a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 11;
(iv) a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 22;
(v) a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20; e (vi) a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18.
6. Anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que contém (i) uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e (ii) uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que a HCDR1 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 3, 6, 7, e 9;
a HCDR2 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 27, 28, 29, 38, 39, 40, 45, 46, e 47;
a HCDR3 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 5 e 11;
a LCDR1 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 16, 19, e 22;
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19/189 a LCDR2 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 17 e 20; e a LCDR3 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 18 e 21.
7. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 6, em que (i) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 3, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 45, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18;
(ii) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 6, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 45, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18;
(iii) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 7, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 46, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 19, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 21; ou (iv) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 9, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 47, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 11, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 22, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18.
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8. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 6, em que (i) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 3, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 38, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18;
(ii) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 6, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 38, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18;
(iii) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 7, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 39, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 19, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 21; ou (iv) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 9, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 40, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 11, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 22, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18.
9. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 6, em que (i) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 3, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ
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ID NQ: 27, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18;
(ii) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 6, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 27, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18;
(iii) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 7, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 28, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 19, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 21; ou (iv) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 9, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 29, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 11, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 22, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18.
10. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 6, em que a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 3, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 27, 38 ou 45, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18.
11. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo
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22/189 com o aspecto 6, em que a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 6, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 27, 38 ou 45, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18.
12. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 6, em que a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 7, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 28, 39 ou 46, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 19, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 21.
13. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 6, em que a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 9, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 29, 40 ou 47, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 11, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 22, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18.
14. Anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH compreende as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3 selecionadas da Tabela 2, e em que a VL compreende as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3 selecionadas da Tabela 2.
15. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 14, em que a VH compreende HCDR1, HCDR2, e
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HCDR3 Combinadas e a VL compreende LCDR1, LCDR2, e LCDR3 Combinadas.
16. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 14, em que a VH compreende HCDR1, HCDR2, e HCDR3 conforme Kabat e a VL compreende LCDR1, LCDR2, e LCDR3 conforme Kabat.
17. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 14, em que a VH compreende HCDR1, HCDR2, e HCDR3 conforme Chothia e a VL compreende LCDR1, LCDR2, e LCDR3 conforme Chothia.
18. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 14, em que a VH compreende HCDR1, HCDR2, e HCDR3 conforme o IMGT e a VL compreende LCDR1, LCDR2, e LCDR3 conforme o IMGT.
19. Anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH compreende as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3 do anticorpo AM1, e em que a VL compreende as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3 do anticorpo AM1.
20. Anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH compreende as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3 do anticorpo AM2, e em que a VL compreende as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3 do anticorpo AM2.
.Anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que
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24/189 compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH compreende as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3 do anticorpo AM3 ou AM4, e em que a VL compreende as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3 do anticorpo AM3 ou AM4.
22. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 6, em que a VH contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 30, 41, e 48; e a VL contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 34 ou 55.
23. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 22, em que a VH contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 48 e a VL contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 55.
24. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 22, em que a VH contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 48 e a VL contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 34.
25. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 22, em que a VH contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 41 e a VL contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 34.
26. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 22, em que a VH contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 30 e a VL contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 34.
27. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 6, em que a cadeia pesada contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 32, 43, 50 ou 53; e a cadeia leve contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 57 ou 36.
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28. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 22, em que a cadeia pesada contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 53 e a cadeia leve contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 57.
29. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 22, em que a cadeia pesada contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 50 e a cadeia leve contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 36.
30. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 22, em que a cadeia pesada contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 43 e a cadeia leve contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 36.
31. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 22, em que a cadeia pesada contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 32 e a cadeia leve contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 36.
32. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 6, em que a VH contém uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 90% idêntica à sequência de aminoácido da SEQ ID NQ: 30, 41, e 48; a VL contém uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 90% à sequência de aminoácido da SEQ ID NQ: 34 ou 55, e em que a VH não contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 12 e a VL não contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 23.
33. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de acordo com o aspecto 6, em que a VH contém uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 95% idêntica à sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 30, 41, e 48; a VL contém uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 95% à sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 34 ou 55, e em que a VH não contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 12 e a VL não contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 23.
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34. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com qualquer um dos aspectos 1 a 33, que é um anticorpo humano monoclonal.
35. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com qualquer um dos aspectos 1 a 33, que é um anticorpo humanizado monoclonal.
36. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com qualquer um dos aspectos 1 a 35, que é um anticorpo do isótipo da IgG 1 humana.
37. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com qualquer um dos aspectos 1 a 35, que é um anticorpo do isótipo da lgG2 ou lgG4 humana.
38. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com qualquer um dos aspectos 1 a 33, que é um anticorpo de cadeia simples, um fragmento Fab, um fragmento Fv, um fragmento F(ab’)2 ou um fragmento scFv.
39. Composição farmacêutica que contém um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo em conformidade com qualquer um dos aspectos 1 a 38 e um carreador farmaceuticamente aceitável.
40. Método para tratar ou controlar ou reduzir o risco de um distúrbio tromboembólico que compreende administrar a um indivíduo necessitado uma quantidade eficaz de uma composição farmacêutica que contém um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno em conformidade com qualquer um dos aspectos 1 a 38.
41. Método, de acordo com o aspecto 40, em que o indivíduo sofre com ou corre o risco de desenvolver, um ou mais eventos entre acidente vascular cerebral associado à fibrilação atrial e trombose venosa profunda.
42. Método, de acordo com o aspecto 40, em que o indivíduo
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27/189 sofre com ou corre o risco de desenvolver, acidente vascular cerebral associado à fibrilação atrial.
43. Método, de acordo com o aspecto 40, em que o indivíduo sofre de fibrilação atrial.
44. Método para prevenir, tratar ou controlar ou reduzir o risco de acidente vascular cerebral que compreende administrar a um indivíduo necessitado uma quantidade eficaz de uma composição farmacêutica que contém um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno em conformidade com qualquer um dos aspectos 1 a 38.
45. Método, de acordo com o aspecto 44, em que o indivíduo sofre de fibrilação atrial.
46. Método para tratar ou controlar ou reduzir o risco de um distúrbio tromboembólico que compreende administrar a um indivíduo necessitado uma quantidade eficaz de uma composição farmacêutica que contém um anticorpo ou fragmento do mesmo em conformidade com qualquer um dos aspectos 1-38 em combinação com uma ou mais terapias à base de estatina.
47. Método para controlar ou reduzir sangramentos ou o risco de sangramentos em um indivíduo tratado com ou ao qual foi administrado um anticorpo anti-FXI ou fragmento de ligação ao antígeno em conformidade com qualquer um dos aspectos 1 -38, que compreende a etapa de administrar ao indivíduo necessitado um anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo que se liga especificamente ao anticorpo anti-FXI e impede o anticorpo anti-FXI de se ligar ao FXI, e em que o anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo anula a atividade anticoagulante do anticorpo anti-FXI.
48. Método, de acordo com o aspecto 47, em que o anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo é administrado ao indivíduo uma ou duas vezes para anular temporariamente o efeito anticoagulante do anticorpo anti-FXI.
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49. Método para controlar ou reduzir sangramentos ou o risco de sangramentos em um indivíduo tratado com ou ao qual foi administrado um anticorpo anti-FXI ou fragmento de ligação ao antígeno em conformidade com qualquer um dos aspectos 1-38, o dito método compreendendo anular temporariamente o efeito anticoagulante por tempo suficiente para controlar o sangramento provocado por um dos seguintes eventos: (i) substituição de fluidos usando coloides, cristaloides, plasma humano ou proteínas do plasma como a albumina; (ii) transfusão com células vermelhas empacotadas ou sangue total; ou (iii) administração de plasma fresco congelado (FFP), concentrados de complexo protrombínico (PCC), PCC ativado (APCC), como o inibidor do fator VIII, e/ou o fator VII recombinante ativado.
50. Método, de acordo com qualquer um dos aspectos 40 a 46, que compreende administrar ao indivíduo um, dois, três, quatro ou cinco doses de um anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo que se liga especificamente ao anticorpo anti-FXI e impede o anticorpo antiFXI de se ligar ao FXI, e em que o anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo anula a atividade anticoagulante do anticorpo anti-FXI.
51. Método, de acordo com qualquer um dos aspectos 40 a 46, que compreende anular temporariamente o efeito anticoagulante por tempo suficiente para controlar o sangramento provocado por um dos seguintes eventos: (i) substituição de fluidos usando coloides, cristaloides, plasma humano ou proteínas do plasma como a albumina; (ii) transfusão com células vermelhas empacotadas ou sangue total; ou (iii) administração de plasma fresco congelado (FFP), concentrados de complexo protrombínico (PCC), PCC ativado (APCC), como o inibidor do fator VIII, e/ou o fator VII recombinante ativado.
52. Método para anular o efeito anticoagulante de um anticorpo anti-FXI ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo em conformidade com qualquer um dos aspectos 1 a 38 em um paciente que é
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29/189 tratado com o anticorpo anti-FXI/FXIa ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo, que compreende administrar uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo que se liga especificamente ao anticorpo anti-FXI.
53. Anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo que se liga especificamente ao anticorpo anti-FXI em conformidade com qualquer um dos aspectos 1 a 38, que impede o anticorpo anti-FXI de se ligar ao FXI, e em que o anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo anula a atividade anticoagulante do anticorpo anti-FXI em pelo menos 30% ou em pelo menos 40%.
54. Medicamento contendo um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo em conformidade com qualquer um dos aspectos 1 a 38.
55. Polinucleotídeo contendo sequências de ácidos nucleicos que codificam uma VL, VH ou uma VL e VH do anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno em conformidade com qualquer um dos aspectos 1 a 38.
56. Polinucleotídeo, de acordo com o aspecto 55, que codifica uma cadeia pesada, cadeia leve ou uma cadeia pesada e uma cadeia leve do anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno em conformidade com qualquer um dos aspectos 1 a 38.
57. Polinucleotídeo, de acordo com o aspecto 55 que contém uma sequência de ácidos nucleicos indicada na Tabela 2.
58. Vetor contendo o polinucleotídeo de acordo com qualquer um dos aspectos 55 a 57.
59. Célula hospedeira que compreende o vetor em conformidade com o aspecto 58.
60. Célula hospedeira, de acordo com o aspecto 59, que é uma célula eucariótica.
61. Célula hospedeira, de acordo com o aspecto 59, que é
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30/189 uma célula de mamífero.
62. Método para produzir um anticorpo anti-FXI/FXIa ou fragmento do mesmo, que compreende a etapa de cultivar a célula hospedeira em conformidade com qualquer um dos aspectos 59 a 61 em condições adequadas para a expressão do anticorpo anti-FXI/FXIa ou fragmento do mesmo.
63. Método, de acordo com o aspecto 62, que compreende adicionalmente purificar o anticorpo anti-FXI/FXIa ou fragmento do mesmo.
64. Método para reduzir o risco de acidente vascular cerebral e/ou embolia sistêmica em um paciente com fibrilação atrial, que compreende administrar ao paciente uma quantidade terapeuticamente eficaz de um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno em conformidade com qualquer um dos aspectos 1 a 38.
65. Método, de acordo com o aspecto 64, em que o paciente tem fibrilação atrial não valvar.
66. Método, de acordo com o aspecto 64 ou 65, em que o paciente tem um risco de sangramento elevado demonstrado.
67. Método para reduzir o risco de acidente vascular cerebral e/ou embolia sistêmica em um paciente com doença renal crônica, que compreende administrar ao paciente uma quantidade terapeuticamente eficaz de um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno em conformidade com qualquer um dos aspectos 1 a 38.
68. Método, de acordo com o aspecto 67, em que paciente tem uma doença renal em estágio terminal (ESRD).
69. Método, de acordo com o aspecto 67, em que o paciente tem ESRD e está sendo submetido à diálise.
70. Método, de acordo com o aspecto 69, em que o paciente tem fibrilação atrial não valvar.
71. Método, de acordo com o aspecto 70, em que o paciente
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31/189 tem um risco de sangramento elevado demonstrado.
72. Composição farmacêutica, de acordo com o aspecto 39 ou o medicamento, de acordo com o aspecto 54, para uso em um método para tratar ou controlar ou reduzir o risco de um distúrbio tromboembólico em um indivíduo.
73. Composição farmacêutica ou o medicamento de acordo com qualquer um dos aspectos anteriores, em que o indivíduo sofre com ou corre o risco de desenvolver, um ou mais eventos entre acidente vascular cerebral associado à fibrilação atrial e trombose venosa profunda.
74. Composição farmacêutica ou o medicamento de acordo com qualquer um dos aspectos anteriores, em que o indivíduo sofre com ou corre o risco de desenvolver, acidente vascular cerebral associado à fibrilação atrial.
75. Composição farmacêutica ou o medicamento de acordo com qualquer um dos aspectos anteriores, em que o indivíduo sofre de fibrilação atrial.
76. Composição farmacêutica, de acordo com o aspecto 39 ou o medicamento, de acordo com o aspecto 54, para uso em um método para prevenir, tratar ou controlar ou reduzir o risco de acidente vascular cerebral em um indivíduo.
77. Composição farmacêutica ou o medicamento de acordo com o aspecto 76, em que o indivíduo sofre de fibrilação atrial.
78. Composição farmacêutica, de acordo com o aspecto 39 ou o medicamento, de acordo com o aspecto 54, para uso em um método para tratar ou controlar ou reduzir o risco de um distúrbio tromboembólico que compreende administrar a composição farmacêutica ou o medicamento a um indivíduo necessitado em combinação com uma ou mais terapias à base de estatina.
79. Uso do anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno de
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32/189 acordo com qualquer um dos aspectos 1-38 na preparação de um medicamento para tratar ou controlar ou reduzir o risco de um distúrbio tromboembólico.
TERMINOLOGIA [0038] Salvo definição em sentido diverso neste documento, todos os termos técnicos e científicos empregados no presente pedido adotam o mesmo significado normalmente compreendido pelos indivíduos versados na técnica básica a que a presente divulgação se refere.
[0039] Os termos proteína FXI, antígeno FXI, e FXI são empregados de maneira intercambiável, e se referem à proteína do Fator XI em diferentes espécies. O Fator XI é o fator XI de coagulação do plasma de mamíferos, uma glicoproteína presente no plasma humano na concentração de 25-30 nM como um zimogênio que, quando convertido por proteólise limitada em uma serina protease ativa, participa da via intrínseca da coagulação sanguínea.
[0040] Os termos proteína FXIa, antígeno FXIa, e FXIa, são empregados de maneira intercambiável, e se referem à proteína FXI ativado em diferentes espécies. O Fator XI do zimogênio é convertido na sua forma ativa, o fator Xla (FXIa) de coagulação, por meio da fase de contado da coagulação sanguínea ou por meio da ativação mediada pela trombina na superfície da plaqueta. Durante essa ativação do fator XI, uma ligação peptídica interna é clivada em cada uma das duas cadeias, resultando no fator Xla ativado, uma serina protease formada por duas cadeias pesadas e duas cadeias leves unidas por ligações dissulfídicas. Essa serina protease FXIa converte o Fator IX de coagulação em IXa, que subsequentemente ativa o Fator X (Xa) de coagulação. O Xa pode então mediar a ativação da Trombina/Fator II de coagulação. Por exemplo, o FXI humano tem a sequência descrita na Tabela 1 (SEQ ID NQ: 1), e é descrito em relatos anteriores e na literatura (Mandle RJ Jr, et al. (1979) Blood;54(4):850; Sequência de Referência NCBI:
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AAA51985).
[0041] No contexto da presente divulgação, os termos FXI e FXIa (e similares) incluem mutantes e variantes da proteína FXI e FXIa natural, respectivamente, que possuem substancialmente a mesma sequência de aminoácidos da estrutura primária nativa (sequência de aminoácidos) descrita nos trabalhos supramencionados.
[0042] O termo domínio catalítico, domínio catalítico da serina protease, e termos similares empregados significam os aminoácidos lle370 a Val607, contados a partir de Glu1 no terminal N da proteína madura que está em circulação. Também podem ser descritos como os resíduos 388-625 no terminal C de FXI. Conforme aqui utilizado, o termo sítio ativo significa a tríade catalítica composta pelos aminoácidos His413, Asp462 e Se557. (Bane e Gailani (2014) Drug Disc. 19(9)).
[0043] O termo anticorpo conforme aqui utilizado significa um anticorpo completo e qualquer fragmento de ligação ao antígeno (isto é, porção de ligação ao antígeno) ou cadeia simples do mesmo. Um anticorpo completo é uma glicoproteína contendo pelo menos duas cadeias pesadas (H) e duas cadeias leves (L) interconectadas por ligações dissulfídicas. Cada cadeia pesada é formada por uma região variável de cadeia pesada (aqui abreviada como VH) e uma região constante da cadeia pesada. A região constante da cadeia pesada é formada por três domínios, CH1, CH2 e CH3. Cada cadeia leve é formada por uma região variável de cadeia leve (abreviada como VL) e uma região constante de cadeia leve. A região constante da cadeia leve é formada por um domínio, CL. As regiões VH e VL podem ser ainda subdivididas em regiões de hipervariabilidade, denominadas regiões determinantes da complementaridade (CDR), intercaladas com regiões que são mais conservadas, denominadas regiões framework (FR). Cada VH e cada VL é formada por três CDRs e quatro FRs organizadas desde o terminal amino até o terminal carboxi na seguinte ordem: FR1, CDR1, FR2, CDR2, FR3,
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CDR3, FR4. As regiões variáveis das cadeias pesada e leve contêm um domínio de ligação que interage com um antígeno. As regiões constantes dos anticorpos podem mediar a ligação da imunoglobulina aos tecidos ou fatores do hospedeiro, inclusive várias células do sistema imunológico (por exemplo, células efetoras) e o primeiro componente (Clq) do sistema complemento clássico.
[0044] O termo porção de ligação ao antígeno ou fragmento de ligação ao antígeno de um anticorpo, conforme aqui utilizado, se refere a um ou mais fragmentos de um anticorpo intacto que conserva a capacidade de se ligar especificamente a um dado antígeno (por exemplo, Fator Xla (FXIa)). As funções de ligação ao antígeno de um anticorpo podem ser desempenhadas pelos fragmentos de um anticorpo intacto. Exemplos de fragmentos de ligação englobados pelo termo porção de ligação ao antígeno ou fragmento de ligação ao antígeno de um anticorpo incluem um fragmento Fab, um fragmento monovalente formado pelos domínios VL, VH, CL e CH1; um F(ab)2 fragmento, um fragmento bivalente que compreende dois fragmentos Fab ligados por uma ponte dissulfídica na região da dobradiça; um Fragmento Fd formado pelos domínios VH e CH1; um fragmento Fv formado pelos domínios VL e VH de um braço simples de um anticorpo; um fragmento do anticorpo do domínio simples (dAb) (Ward et al., 1989 Nature 341:544-546), que consiste em um domínio VH ou um domínio VL; e uma região determinante da complementaridade (CDR) isolada.
[0045] Ademais, embora os dois domínios do fragmento Fv, VL e VH, sejam codificados por genes separados, eles podem ser unidos, por meio de métodos recombinantes, por um linker de peptídeo artificial que permite a eles serem produzidos como uma cadeia de proteína simples na qual as regiões VL e VH pareiam para formar moléculas monovalentes (conhecidas como Fv de cadeia simples (scFv); veja, por exemplo, Bird et al., 1988 Science 242:423-426; e Huston et al., 1988 Proc. Natl.
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Acad. Sci. 85:5879-5883). Tais anticorpos de cadeia simples incluem uma ou mais porções de ligação ao antígeno ou fragmentos de um anticorpo. Esses fragmentos de anticorpos são obtidos com o uso de técnicas convencionais conhecidas pelos indivíduos versados na técnica, e os fragmentos são avaliados para utilidade assim como os anticorpos intactos.
[0046] Fragmentos de ligação ao antígeno também podem ser incorporados a maxicorpos, minicorpos, intracorpos, diacorpos, triacorpos, tetracorpos, v-NAR e bis-scFv e anticorpos de domínio simples (veja, por exemplo, Hollinger e Hudson, 2005, Nature Biotechnology, 23, 9,1126-1136). As porções de ligação ao antígeno dos anticorpos podem ser enxertadas em arcabouços à base de polipeptídeos, como a Fibronectina do tipo III (Fn3) (veja a Patente dos Estados Unidos NQ 6.703.199, que descreve monocorpos do polipeptídeo fibronectina).
[0047] Os fragmentos de ligação ao antígeno podem ser incorporados a moléculas de cadeia simples que contêm um par de segmentos Fv em tandem (VH-CH1-VH-CH1) que, junto com o polipeptídeo de complementaridade de cadeia leve, formam um par de regiões de ligação ao antígeno (Zapata et aí., 1995 Protein Eng. 8(10):1057-1062; e Patente dos Estados Unidos NQ 5.641.870).
[0048] Conforme aqui utilizado, o termo afinidade se refere à força da interação entre antígeno e anticorpo em sítios antigênicos simples. Em cada sítio antigênico, a região variável do braço do anticorpo interage com o antígeno através de forças não covalentes fracas em inúmeros sítios; quanto mais interações, mais forte a afinidade. Conforme aqui utilizado, o termo afinidade elevada por um anticorpo ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos (por exemplo, um fragmento Fab) geralmente se refere a um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, com uma Kd de 10-9 M ou menos (por exemplo, uma Kd de 10’ 10 M ou menos, uma Kd de 10-11 M ou menos, uma Kd de 10-12 M ou
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36/189 menos, uma Kd de 10-13 M ou menos, uma Kd de 10-14 M ou menos, etc.). [0049] O termo aminoácido se refere a aminoácidos de ocorrência natural e sintéticos, assim como análogos de aminoácidos e aminoácidos miméticos que funcionam de maneira similar aos aminoácidos de ocorrência natural. Aminoácidos de ocorrência natural são aqueles codificados pelo código genético, assim como aminoácidos que são modificados posteriormente, por exemplo, hidroxiprolina, γ-carboxiglutamato, e O-fosfoserina. Análogos de aminoácidos são compostos que têm a mesma estrutura química central de um aminoácido de ocorrência natural, isto é, um carbono alfa que está ligado a um hidrogênio, um grupo carboxila, um grupo amino, e um grupo R, por exemplo, homo-serina, norleucina, sulfóxido de metionina, metil sulfônio de metionina. Esses análogos possuem grupos R modificados (por exemplo, norleucina) ou esqueletos de peptídeos modificados, mas conservando a mesma estrutura química central de um aminoácido de ocorrência natural. Aminoácidos miméticos são compostos químicos que têm uma estrutura divergente da estrutura química geral de um aminoácido, porém funcionando similarmente a um aminoácido de ocorrência natural.
[0050] O termo especificidade de ligação conforme aqui utilizado se refere à capacidade de um sítio de combinação de um anticorpo individual de reagir com apenas um determinante antigênico.
[0051] A expressão se liga especificamente (ou seletivamente) a um anticorpo (por exemplo, um anticorpo de ligação ao FXI e/ou FXIa) indica uma reação de ligação que é determinante da presença de um antígeno cognato (por exemplo, um FXI e/ou FXIa humano ou FXI e/ou FXIa de cinomolgo) em uma população heterogênea de proteínas e outras substâncias biológicas. As expressões um anticorpo que reconhece um antígeno e um anticorpo específico para um antígeno são empregados de maneira intercambiável com o termo um anticorpo que se liga especificamente a um antígeno.
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37/189 [0052] O termo mediado por FXI e/ou FXIa se refere ao fato de que FXI e/ou FXIa mediam as vias de coagulação intrínseca e/ou comum através da ativação direta ou indireta do Fator IX (também conhecido como FIX), Fator X (FX), e/ou trombina, e/ou por meio da ligação a receptores plaquetários.
[0053] O termo hemostasia representa os principais mecanismos para sustar o fluxo sanguíneo nos sítios de lesão e restaurar a permeabilidade vascular durante a cura de ferimentos, respectivamente. Durante a hemostasia normal e a trombose patológica, três mecanismos são ativados simultaneamente: a hemostasia primária ou seja, as interações das plaquetas ativadas com a parede do vaso, a formação de fibrina, e um processo denominado fibrinólise.
[0054] Os termos coagulação e coagulação em cascata, modelo de coagulação em cascata, e outros similares, se referem ao sistema de proteínas que serve para estabilizar um coágulo que tenha sido formado para fechar uma ferida. A via da coagulação é uma cascata proteolítica. Cada enzima da via está presente no plasma como um Zimogênio (em uma forma inativa), que na ativação sofre uma divagem proteolítica para liberar o fator ativo da molécula precursora. A coagulação em cascata funciona como uma série de ciclos de resposta positivos e negativos que controlam o processo de ativação. O objetivo final da via é produzir a trombina, que pode então converter o fibrinogênio solúvel em fibrina, que forma um coágulo.
[0055] O processo de geração da trombina pode ser dividido em três fases: as vias intrínseca e extrínseca, que proporciona rotas alternativas para a geração de um fator coagulante ativo: FXa (Fator-X Ativado), e a via comum final, que resulta na formação da trombina (Hoffman M.M. E Monroe D.M. (2005) Curr Hematol Rep. 4:391 -396; Johne J, et al. (2006) Biol Chem. 387:173-178).
[0056] Agregação plaquetária é o processo em que, mediante o
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38/189 rompimento de um vaso sanguíneo, substâncias que normalmente não estão em contato direto com o fluxo sanguíneo são expostas. Esses substâncias (basicamente colágeno e fator de von Willebrand) permitem a adesão das plaquetas à superfície rompida. Depois que a plaqueta adere à superfície, ela libera substâncias químicas que atraem outras plaquetas para a área danificada, a denominada agregação plaquetária. Esses dois processos são as primeiras respostas para fazer cessar o sangramento.
[0057] Um distúrbio tromboembólico ou termos similares empregados, se refere a qualquer número de condições ou doenças nas quais as vias de coagulação intrínseca e/ou comum são ativadas aberrantemente ou não são desativadas naturalmente (por exemplo, sem meios terapêuticos). Essas condições incluem, entre outras, acidente vascular cerebral trombótico, fibrilação atrial, prevenção do acidente vascular cerebral na fibrilação atrial (SPAF), trombose venosa profunda, tromboembolia venosa, e embolia pulmonar. Essas condições também podem envolver condições relacionadas a cateteres (por exemplo, Cateter de Hickman em pacientes oncológicos), onde os cateteres sofrem obstrução trombótica, e oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO), com as tubulações desenvolvendo coágulos.
[0058] Um tromboembólico ou termos similares empregados, também pode se referir a um ou mais dos seguintes eventos, nos quais Abs anti-FXI e/ou FXIa ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos da presente divulgação podem ser usados para prevenir ou tratar:
- tromboembolia em indivíduos com suspeita de arritmia cardíaca ou arritmia cardíaca confirmada tais como fibrilação atrial paroxística, persistente ou permanente ou flutter atrial;
- prevenção do acidente vascular cerebral em fibrilação atrial (SPAF), uma subpopulação delas sendo pacientes AF submetidos a intervenções coronarianas percutâneas (PCI);
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- tratamento de eventos tromboembólicos venosos agudos (VTE) e prevenção secundária estendida de VTE em pacientes com risco elevado de sangramento;
- eventos cerebrais e cardiovasculares na prevenção secundária subsequente a um ataque isquêmico transitório (TIA) ou acidente vascular cerebral não incapacitante e prevenção de eventos tromboembólicos na insuficiência cardíaca com ritmo sinusal;
- formação de coágulo no átrio esquerdo e tromboembolia em indivíduos submetidos à cardioversão para arritmia cardíaca;
- trombose antes, durante e depois do procedimento de ablação para arritmia cardíaca;
- trombose venosa, inclusive, mas não exclusivamente, o tratamento e a prevenção secundária da trombose em veias superficiais ou profundas nos membros inferiores ou membro superior, trombose nas veias abdominais e torácicas, trombose da veia sinusal e trombose das veias jugulares;
- trombose em qualquer superfície artificial nas veias como cateter ou fios de marca-passo;
- embolia pulmonar em pacientes com ou sem trombose venosa;
- Hipertensão Pulmonar Tromboembólica Crônica (CTEPH);
- trombose arterial em placa aterosclerótica rompida, trombose em prótese intra-arterial ou cateter e trombose em artérias aparentemente normais, isso inclui mas não se limita a síndromes coronarianas agudas, infarto do miocárdio com elevação do segmento ST, infarto do miocárdio sem elevação do segmento ST, angina instável, trombose de stent, trombose de qualquer superfície artificial no sistema arterial e trombose das artérias pulmonares em indivíduos com ou sem hipertensão pulmonar;
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- trombose e tromboembolia em pacientes submetidos a intervenções coronarianas percutâneas (PCI);
- acidentes vasculares cerebrais cardioembólicos e criptogênicos;
- trombose em pacientes com malignidades cancerígenas invasivas e não invasivas;
- trombose em um cateter totalmente implantável;
- trombose e tromboembolia em pacientes gravemente enfermos;
- trombose cardíaca e tromboembolia, inclusive, mas não exclusivamente trombose cardíaca após infarto do miocárdio, trombose cardíaca relacionada a condições como aneurisma cardíaco, fibrose miocárdica, insuficiência e dilatação cardíaca, miocardite e superfície artificial no coração;
- tromboembolia em pacientes com doença cardíaca valvar com ou sem fibrilação atrial;
- tromboembolia em prótese valvar biológica ou mecânica;
- tromboembolia em pacientes que tinham remendos cardíacos nativos ou artificiais, tubos de condução arterial ou venosa após o reparo cardíaco de malformações cardíacas simples ou complexas;
- trombose venosa e tromboembolia após cirurgia de substituição do joelho, cirurgia de substituição do quadril, e cirurgia ortopédica, cirurgia torácica ou abdominal;
- trombose arterial ou venosa depois de neurocirurgia envolvendo intervenções intracranianas e na medula espinhal;
- trombofilia congênita ou adquirida que inclui, mas não exclusivamente fator V de Leiden, mutação da protrombina, antitrombina III, deficiências da proteína C e da proteína S, mutação do fator XIII, disfibrinogenemia familiar, deficiência congênita de plasminogênio, níveis aumentados do fator XI, doenças da célula falciforme, síndrome
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41/189 antifosfolipídica, doença autoimune, doença intestinal crônica, síndrome nefrótica, uremia hemolítica, doença mieloproliferativa, coagulação intravascular disseminada, hemoglobinúria paroxística noturna e trombopenia induzida pela heparina;
- trombose e tromboembolia em doença renal crônica; e
- trombose e tromboembolia em pacientes submetidos à hemodiálise e em pacientes submetidos à oxigenação por membrana extracorpórea.
[0059] O termo anticorpo quimérico é uma molécula de anticorpo na qual (a) a região constante ou uma porção da mesma, é alterada, substituída ou permutada de modo que o sítio de ligação (região variável) ao antígeno é unido a uma região constante de uma classe, função efetora e/ou espécie diferente ou alterada ou uma molécula totalmente diferente que confere novas propriedades ao anticorpo quimérico, por exemplo, uma enzima, toxina, hormônio, fator de crescimento, fármaco, etc.; ou (b) a região variável ou uma porção da mesma, é alterada, substituída ou permutada por uma região variável que tem uma especificidade ao antígeno diferente ou alterada. Por exemplo, um anticorpo de camundongo pode ser modificado substituindo a sua região constante pela região constante de uma imunoglobulina humana. Graças à substituição por uma região constante humana, o anticorpo quimérico pode conservar a sua especificidade de reconhecimento do antígeno embora tendo uma antigenicidade reduzida no homem quando comparado ao anticorpo de camundongo original.
[0060] O termo variante modificada conservativamente é aplicado a sequências de aminoácido e ácidos nucleicos. Em relação às sequências de ácidos nucleicos particulares, variantes modificadas conservativamente se referem a ácidos nucleicos que codificam sequências de aminoácidos idênticas ou essencialmente idênticas ou quando o ácido
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42/189 nucleico não codifica uma sequência de aminoácido, em sequências essencialmente idênticas. Em razão da degeneração do código genético, um grande número de ácidos nucleicos funcionalmente idênticos codifica uma dada proteína qualquer. Por exemplo, todos os códons GCA, GCC, GCG e GCU codificam o aminoácido alanina. Logo, em cada posição em que uma alanina for especificada por um códon, o códon pode ser alterado para qualquer um dos códons correspondentes descritos sem alterar o polipeptídeo codificado. Essas variações do ácido nucleico são variações silentes, que são uma espécie das variações modificadas conservativamente. Cada sequência de ácido nucleico, no presente documento, que codifica um polipeptídeo também descreve cada variação silente possível do ácido nucleico. O indivíduo versado na técnica reconhece que cada códon em um ácido nucleico (exceto AUG, que normalmente é o único códon para a metionina, e TGG, que normalmente é o único códon para o triptofano) pode ser modificado para produzir uma molécula funcionalmente idêntica. Por conseguinte, cada variação silente de um ácido nucleico que codifica um polipeptídeo está implícita em cada sequência descrita.
[0061 ] Para as sequências de polipeptídeos, variantes modificadas conservativamente incluem substituições, deleções ou adições individuais a uma sequência de polipeptídeos que resultam na substituição de um aminoácido por um aminoácido quimicamente similar. Tabelas para substituição conservativa indicando aminoácidos funcionalmente similares são bem conhecidas na técnica. Essas variantes modificadas conservativamente são adicionais a e não excluem as variantes polimórficas, homólogos interespécies, e alelos da presente divulgação. Os oito grupos a seguir incluem aminoácidos que são substituições conservatives entre si: 1) Alanina (A), Glicina (G); 2) Ácido aspártico (D), Ácido glutâmico (E); 3) Asparagina (N), Glutamina (Q); 4) Arginina (R), Lisina
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43/189 (K); 5) Isoleucina (I), Leucina (L), Metionina (M), Valina (V); 6) Fenilalanina (F), Tirosina (Y), Triptofano (W); 7) Serina (S), Treonina (T); e 8) Cisteína (C), Metionina (M) (veja, por exemplo, Creighton, Proteins (1984)). Em algumas modalidades, o termo modificações de sequência conservative é usada em alusão a modificações de aminoácidos que não afetam ou alteram significativamente as características de ligação do anticorpo que contém a sequência de aminoácidos.
[0062] O termo epítopo significa uma proteína determinante capaz de formar uma ligação específica com um anticorpo. Em geral, os epítopos são formados por agrupamentos de moléculas de superfície quimicamente ativas, tais como aminoácidos ou cadeias laterais de açúcar, e que usualmente apresentam características estruturais tridimensionais específicas, bem como características de carga específicas. Epítopos conformacionais e não conformacionais são distinguidos pelo fato de a ligação ao primeiro, mas não ao último, ser perdida na presença de solventes desnaturantes. Diz-se que dois anticorpos competem se um anticorpo se ligar ao mesmo epítopo do segundo anticorpo em um ensaio de ligação competitiva, executado por qualquer método perfeitamente conhecido pelos indivíduos versados na técnica.
[0063] O termo anticorpo humano, conforme aqui utilizado, inclui anticorpos com regiões variáveis nas quais as regiões framework e CDR são derivadas de sequências de origem humana. Para além disso, se o anticorpo contém uma região constante, a região constante também deriva dessas sequências humanas, por exemplo, sequências da linhagem germinativa humana ou versões mutadas das sequências da linhagem germinativa humana. Os anticorpos humanos da presente divulgação podem incluir resíduos de aminoácidos não codificados por sequências humanas (por exemplo, mutações introduzidas por mutagênese aleatória ou específica do sítio in vitro ou por mutação somática in vivo).
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44/189 [0064] O termo anticorpo monoclonal humano se refere a anticorpos que exibam uma única especificidade de ligação que têm regiões variáveis nas quais as regiões framework e CDR são derivadas de sequências humanas. Em uma modalidade, os anticorpos humanos monoclonais são preparados por métodos de exposição ao fago para avaliar as bibliotecas de genes da imunoglobulina humana.
[0065] Um anticorpo humanizado é um anticorpo que conserva a reatividade de um anticorpo não humano e é menos imunogênico nos seres humanos. Esse anticorpo pode ser obtido, por exemplo, preservando as regiões de CDR não humanas e substituindo as partes restantes do anticorpo por suas contrapartes humanas (isto é, a região constante e as porções de região framework da região variável). Veja, por exemplo, Morrison et al., Proc. Natl. Acad. Sei. EUA, 81:6851-6855, 1984; Morrison e Oi, Adv. Immunol., 44:65-92, 1988; Verhoeyen et al., Science, 239:1534-1536, 1988; Padlan, Molec. Immun., 28:489-498, 1991; e Padlan, Molec. Immun., 31:169-217, 1994. Outros exemplos da tecnologia de engenharia humana incluem, mas não se limitam à tecnologia Xoma revelada no documento US 5.766.886.
[0066] Os termos idêntica ou percentual de identidade, no contexto de duas ou mais sequências de ácidos nucleicos ou sequências de polipeptídeos, se referem a duas ou mais sequências ou subsequências que são iguais. Duas sequências são substancialmente idênticas se as duas sequências exibirem o mesmo percentual especificado de nucleotídeos ou resíduos de aminoácidos (isto é, 60% identidade, opcionalmente 65%, 70%, 75%, 80%, 85%, 90%, 95% ou 99% de identidade ao longo de uma região especificada, ou, quando não especificada, ao longo de toda a sequência), quando comparadas e alinhadas para correspondência ao longo de uma janela de comparação ou região designada medidas com o uso de um dos seguintes algoritmos de compara
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45/189 ção de sequências ou por alinhamento manual e inspeção visual. Opcionalmente, a identidade existe ao longo de uma região que tem pelo menos cerca de 50 nucleotídeos (ou 10 aminoácidos) de comprimento ou mais preferencialmente ao longo de uma região que tem 100 a 500 ou 1000 ou mais nucleotídeos (ou 20, 50, 200 ou mais aminoácidos) de comprimento.
[0067] Para comparação das sequências, normalmente uma sequência opera como sequência de referência em relação à qual as sequências de teste são comparadas. Quando usamos um algoritmo para comparação das sequências, as sequências de teste e de referência são lançadas em um computador, coordenadas da subsequência são designadas, se necessário, e parâmetros do programa do algoritmo de sequência são designados. Parâmetros padronizados do programa podem ser utilizados ou parâmetros alternativos podem ser atribuídos. Um algoritmo para comparação das sequências calcula os percentuais de identidade de sequência para as sequências de teste em relação à sequência de referência, com base nos parâmetros do programa.
[0068] Uma janela de comparação, conforme aqui utilizado, inclui a referência a um segmento de qualquer um dos números das posições contíguas selecionadas a partir do grupo formado por 20 a 600, habitualmente de cerca de 50 a cerca de 200, mais habitualmente de cerca de 100 a cerca de 150 em que uma sequência pode ser comparada a uma sequência de referência do mesmo número de posições contíguas depois que as duas sequências estão perfeitamente alinhadas. Métodos de alinhamento de sequência para fins comparativos são bem conhecidos na técnica. O alinhamento ótimo das sequências para fins de comparação pode ser conduzido, por exemplo, pelo algoritmo de Smith e Waterman para homologia local (1970) Adv. Appl. Math. 2:482c, pelo algoritmo de Needleman e Wunsch para alinhamento de homologia, J.
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Mol. Biol. 48:443, 1970, para busca no método de similaridade de Pearson e Lipman, Proc. Nat’l. Acad. Sci. EUA 85:2444,1988, por execuções computadorizadas desses algoritmos (GAP, BESTFIT, FASTA, e TFASTA no Wisconsin Genetics Software Package, Genetics Computer Group, 575 Science Dr., Madison, Wl) ou por alinhamento manual e inspeção visual (veja, por exemplo, Brent et al., Current Protocols in Molecular Biology, John Wiley & Sons, Inc. (Ringbou ed., 2003)).
[0069] Dois exemplos de algoritmos que são adequados para determinar o percentual de identidade da sequência e de similaridade da sequência são os algoritmos BLAST e BLAST 2.0, descritos em Altschul et al., (1977) Nuc. Acids Res. 25:3389-3402; e Altschul et al., (1990) J. Mol. Biol. 215:403-410, respectivamente. O software para execução de análises BLAST é disponibilizado publicamente pelo National Center for Biotechnology Information. Esse algoritmo envolve primeiramente identificar pares de sequência de escore alto (HSPs) identificando palavras de curto comprimento W na sequência de consulta, que coincide ou satisfaz alguns escores limiares de valor positivo T quando alinhadas com uma palavra de mesmo comprimento em uma sequência do banco de dados. T é denominado o limite escore de palavra vizinha (Altschul et al., supra). Essas coincidências de palavras agem como sementes para iniciar as buscas para encontrar HSPs mais longos que as contenha. As coincidências de palavras vizinhas iniciais são ampliadas em ambas as direções ao longo de cada sequência tanto quanto o escore de alinhamento cumulativo possa ser aumentado. Os escores cumulativos são calculados usando, para as sequências de nucleotídeos, os parâmetros M (escore de premiação (reward score) para um par de resíduos coincidentes; sempre > 0) e N (escore de penalização (penalty score) para resíduos não coincidentes; sempre < 0). Para as sequências de aminoácidos, utilizamos uma matriz de pontuação para calcular o escore cumulativo. A extensão das coincidências de palavras em cada direção
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47/189 são interrompidas quando: o escore de alinhamento cumulativo cai na quantidade X do seu valor máximo obtido; o escore cumulativo é igual ou menor que zero, devido ao acúmulo de um ou mais alinhamentos de resíduos com escore negativo; ou o final de qualquer das sequências é atingido. Os parâmetros do algoritmo BLAST W, T, e X determinam a sensibilidade e a velocidade do alinhamento. O programa BLASTN (para sequências de nucleotídeos) utiliza como padrões um comprimento de palavra (W) de 11, uma expectativa (E) ou 10, M=5, N=-4 e uma comparação dos dois filamentos. Para sequências de aminoácidos, o programa BLAST usa como padrões um comprimento de palavra igual a 3, e expectativa (E) de 10, e a matriz de escores BLOSUM62 (veja Henikoff e Henikoff, Proc. Natl. Acad. Sei. EUA 89:10915, 1989) alinhamentos (B) de 50, expectativa (E) de 10, M=5, N=-4, e uma comparação dos dois filamentos.
[0070] O algoritmo BLAST também realiza a análise estatística da similaridade entre duas sequências (veja, por exemplo, Karlin e Altschul, Proc. Natl. Acad. Sei. EUA 90:5873-5787, 1993). Uma medida da similaridade fornecida pelo algoritmo BLAST é a probabilidade da menor soma (P(N)), que fornece um indicativo da probabilidade de uma coincidência entre duas sequências de nucleotídeos ou aminoácidos ocorrer ao acaso. Por exemplo, um ácido nucleico é considerado similar a uma sequência de referência se a probabilidade da menor soma em uma comparação do ácido nucleico de teste com o ácido nucleico de referência for inferior a cerca de 0,2, mais preferencialmente inferior a cerca de 0,01, e ainda mais preferencialmente inferior a cerca de 0,001.
[0071] O percentual de identidade entre duas sequências de aminoácidos também pode ser determinada pelo algoritmo de E. Meyers e W. Miller (Comput. Appl. Biosci., 4:11-17, 1988) que foi incorporado ao programa ALIGN (versão 2.0), usando uma tabela de resíduo de pesos
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PAM 120, uma penalidade por comprimento de lacunas (gap length penalty) de 12 e uma penalidade por lacunas (gap penalty) de 4. Além disso, a identidade percentual entre duas sequências de aminoácidos pode ser determinada pelo algoritmo de Needleman e Wunsch (J. Mol, Bioi. 48:444-453,1970) que foi incorporado ao programa GAP no pacote de software GCG (disponível no sítio da web gcg.com), usando uma matriz Blossom 62 ou uma matriz PAM250, e um peso da lacuna (gap weight) de 16, 14, 12, 10, 8, 6 ou 4 e um peso do comprimento (lenght weight) de 1,2, 3, 4, 5 ou 6.
[0072] Além do percentual de identidade da sequência apresentado acima, outro indicativo de que duas sequências de ácidos nucleicos ou polipeptídeos são substancialmente idênticas é que o polipeptídeo codificado pelo primeiro ácido nucleico apresenta reatividade imunológica cruzada com os anticorpos contrastados com o polipeptídeo codificado pelo segundo ácido nucleico, como indicado abaixo. Portanto, de maneira geral um polipeptídeo é substancialmente idêntico a um segundo polipeptídeo, por exemplo, quando os dois peptídeos divergem apenas por substituições conservativas. Outro indicativo de que duas sequências de ácidos nucleicos são substancialmente idênticas é que as duas moléculas ou seus complementos hibridizam entre si em condições estritas, conforme indicado abaixo. Um indicativo adicional de que duas sequências de ácidos nucleicos são substancialmente idênticas é que os mesmos iniciadores (primers) podem ser utilizados para amplificar a sequência.
[0073] O termo anticorpo isolado se refere a um anticorpo substancialmente livre de outros anticorpos que possuam especificidades antigênicas diferentes (por exemplo, um anticorpo isolado que se liga especificamente ao FXI e/ou FXIa está substancialmente livre de anticorpos que se ligam especificamente a outros antígenos diferentes do FXI e/ou FXIa). Um anticorpo isolado que se liga especificamente ao
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FXI e/ou FXIa, no entanto, pode apresentar reatividade cruzada com outros antígenos. Além disso, um anticorpo isolado pode estar substancialmente livre de outro celular material e/ou substâncias químicas.
[0074] O termo isótipo se refere à classe do anticorpo (por exemplo, IgM, IgE, IgG como IgG 1 ou lgG4) que é fornecida pelos genes da região constante de cadeia pesada. O termo isótipo também inclui as versões modificadas de uma dessas classes, nas quais as modificações foram efetuadas para alterar a função Fc, por exemplo, para intensificar ou reduzir as funções efetoras ou a ligação aos receptores Fc.
[0075] O termo kassoc ou ka, conforme aqui utilizado, se refere à taxa de associação de uma interação anticorpo-antígeno específica, enquanto o termo kdis ou kd, conforme aqui utilizado, se refere à taxa de dissociação de uma interação anticorpo-antígeno específica. O termo Kd, conforme aqui utilizado, se refere à constante de dissociação, que é obtida a partir da razão entre kd e ka (isto é, kd/ka) e é expressa como concentração molar (M). Os valores Kd para os anticorpos podem ser determinados com o uso de métodos consagrados na técnica. Os métodos para determinação da Kd de um anticorpo incluem medir a ressonância de plásmon de superfície usando um sistema biossensor como um sistema Biacore™ ou medir a afinidade em solução por titulação de equilíbrio da solução (SET).
[0076] Os termos anticorpo monoclonal ou composição do anticorpo monoclonal como aqui utilizados se referem a uma preparação de moléculas do anticorpo de uma única composição molecular. Uma composição do anticorpo monoclonal exibe afinidade e especificidade de ligação únicas por um epítopo particular.
[0077] O termo ácido nucleico é utilizado de maneira intercambiável com o termo polinucleotídeo e se refere a desoxirribonucleotídeos ou ribonucleotídeos e aos seus polímeros de fita simples ou dupla. O termo engloba ácidos nucleicos que contenham linkages ou resíduos de
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50/189 esqueleto modificados ou análogos do nucleotídeo conhecidos, que são sintéticos, de ocorrência natural e de ocorrência não natural, que tenham propriedades de ligação similares às do ácido nucleico de referência, e que são metabolizados de maneira semelhante aos nucleotídeos de referência. Exemplos desses análogos incluem, sem limitação, fosforotioatos, fosforamidatos, metil fosfonatos, quiral-metil fosfonatos, 2-O-metil ribonucleotídeos, peptídeo-ácidos nucleicos (PNAs).
[0078] Salvo se indicado de modo diverso, uma sequência de ácidos nucleicos específica também engloba implicitamente as suas variantes modificadas conservativamente (por exemplo, substituições de códons degenerados) e sequências complementares, assim como a sequência indicada explicitamente. De modo específico, conforme detalhado adiante, substituições de códons degenerados podem ser obtidas gerando sequências nas quais a terceira posição de um ou mais (ou todos) códons selecionados é substituída por resíduos de desoxi-inosina e/ou bases misturadas (Batzer et al., Nucleic Acid Res. 19:5081, 1991; Ohtsuka et al., J. Biol. Chem. 260:2605-2608, 1985; e Rossolini etal., Mol. Cell. Probes 8:91-98, 1994).
[0079] O termo ligado operacionalmente se refere a uma relação funcional entre dois ou mais segmentos de polinucleotídeo (por exemplo, DNA). Tipicamente, o termo se refere à relação funcional de uma sequência reguladora da transcrição com uma sequência transcrita. Por exemplo, uma sequência promotora ou acentuadora é ligada operacionalmente a uma sequência codificadora se ela estimular ou modular a transcrição da sequência codificadora em uma célula hospedeira ou outro sistema de expressão apropriado. Em geral, sequências promotoras reguladoras da transcrição que são ligadas operacionalmente a uma sequência transcrita são fisicamente contíguas à sequência transcrita, isto é, elas são de ação cis. No entanto, algumas sequências reguladoras
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51/189 da transcrição, a exemplo das acentuadoras, não precisam estar fisicamente contíguas ou situadas em estreita proximidade às sequências codificadoras cuja transcrição são acentuadas por elas.
[0080] Conforme aqui utilizado, o termo aperfeiçoado significa que uma sequência de nucleotídeos foi alterada para codificar uma sequência de aminoácidos usando códons que são preferenciais na célula ou organismo de produção, em geral uma célula eucariótica, por exemplo, uma célula de Pichia, uma Célula Ovariana de Hamster Chinês (CHO) ou uma célula humana. A sequência de nucleotídeos aperfeiçoada é projetada geneticamente para conservar, de modo complementar ou tanto quanto possível, a sequência de aminoácidos originalmente codificada pela sequência de nucleotídeos de partida, que também é conhecida como sequência parental. As sequências aperfeiçoadas foram projetadas para ostentar códons que sejam preferenciais em células de mamífero. No entanto, a expressão aperfeiçoada dessas sequências em outras células eucarióticas ou células procarióticas também é contemplada neste documento. A sequência de aminoácidos codificada pelo aperfeiçoamento das sequências de nucleotídeos também são denominadas aperfeiçoadas.
[0081] Os termos polipeptídeo e proteína são empregados de maneira intercambiável para designar um polímero de resíduos de aminoácidos. Os termos se aplicam a polímeros de aminoácidos nos quais um ou mais resíduos de aminoácidos é um mimético químico artificial de um aminoácido de ocorrência natural correspondente, bem como a polímeros de aminoácidos de ocorrência natural e a polímeros de aminoácidos de ocorrência não natural. Salvo indicação em sentido diverso, uma sequência de polipeptídeos específica também engloba implicitamente suas variantes modificadas conservativamente.
[0082] O termo anticorpo humano recombinante, conforme aqui
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52/189 utilizado, inclui todos os anticorpos humanos que são preparados, expressos, criados ou isolados por meios recombinantes, tais como os anticorpos isolados de um animal (por exemplo, um camundongo) que é transgênico ou transcromossômico para os genes da imunoglobulina humana ou um hibridoma preparado a partir desses, anticorpos isolados de uma célula hospedeira transformada para expressar o anticorpo humano, por exemplo, de um transfectoma, anticorpos isolados de uma biblioteca combinatória recombinante de anticorpos humanos, e anticorpos preparados, expressos, criados ou isolados por qualquer outro meio que envolva a união (splicing) de toda ou de parte de sequências do gene da imunoglobulina humana em outras sequências de DNA. Esses anticorpos humanos recombinantes ostentam regiões variáveis nas quais as regiões framework e de CDR são derivadas de sequências de imunoglobulina da linhagem germinativa humana. Em certas modalidades, no entanto, esses anticorpos humanos recombinantes podem ser submetidos à mutagênese in vitro (ou, quando um animal transgênico para sequências da Ig humana é utilizado, mutagênese somática in vivo) e, desse modo, as sequências de aminoácidos das regiões VH e VL dos anticorpos recombinantes são sequências que, enquanto derivadas de e relacionadas às sequências VH e VL da linhagem germinativa humana, podem não existir naturalmente no repertório da linhagem germinativa do anticorpo humano in vivo.
[0083] O termo célula hospedeira recombinante (ou simplesmente célula hospedeira) se refere a uma célula na qual um vetor de expressão recombinante é introduzido. Deve ficar claro que esses termos incluem, além da célula individual particular, a progênie daquela célula. Como certas modificações podem ocorrer em gerações sucessivas em decorrência de mutações ou influências ambientais, a progênie pode, na realidade, não ser idêntica à célula parental, mas ainda assim está
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53/189 inserida no escopo do termo célula hospedeira conforme aqui empregado.
[0084] O termo indivíduo inclui animais humanos e não humanos. Animais não humanos incluem todos os vertebrados (por exemplo: mamíferos e não mamíferos) como, primatas não humanos (por exemplo: macaco cinomolgo), ovelha, coelho, cão, vaca, galinhas, anfíbios e répteis. Salvo quando indicado, os termos paciente ou indivíduo são utilizados de maneira intercambiável. Conforme aqui empregado, os termos cyno ou cinomolgo se referem ao macaco cinomolgo (Macaca fascicularis).
[0085] Conforme aqui utilizado, o termo tratar ou tratamento de qualquer doença ou distúrbio (por exemplo, um distúrbio tromboembólico) se refere, em uma modalidade, a abrandar a doença ou distúrbio (isto é, desacelerar ou sustar ou reduzir a evolução da doença ou pelo menos um dos seus sintomas clínicos). Em outra modalidade, tratar ou tratamento se refere a aliviar ou abrandar pelo menos um parâmetro físico, inclusive aqueles não discernidos pelo paciente. Em uma modalidade adicional, tratar ou tratamento se refere a modular a doença ou o distúrbio, fisicamente, (por exemplo, estabilização de um sintoma distinguível), fisiologicamente, (por exemplo, estabilização de um parâmetro físico) ou de ambas as formas. Em outra modalidade ainda, tratar ou tratamento se refere a prevenir ou postergar o desencadeamento ou o desenvolvimento ou a progressão da doença ou distúrbio.
[0086] Prevenção, na medida em que pertinente às indicações descritas, que incluem, por exemplo, um distúrbio tromboembólico, significa qualquer ação que previna ou desacelere um agravamento, por exemplo, de um parâmetro de uma doença tromboembólica, conforme descrito abaixo, em um paciente com risco de sofrer um distúrbio tromboembólico ou com risco de agravamento.
[0087] O termo vetor se refere a uma molécula de polinucleotídeos
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54/189 capaz de transportar outro polinucleotídeo ao qual foi unida. Um tipo de vetor é um plasmídeo, que é uma alça de DNA de fita dupla circular à qual segmentos de DNA adicionais podem ser ligados. Outro tipo de vetor é um vetor viral, como um vetor viral adeno-associado (AAV ou AAV2), em que segmentos de DNA adicionais podem ser ligados ao genoma viral. Certos vetores estão aptos à replicação autônoma na célula hospedeira em que são introduzidos (por exemplo, vetores bacterianos que têm uma origem de replicação bacteriana e vetores epissômicos de mamíferos). Outros vetores (por exemplo, vetores não epissômicos de mamíferos) podem ser integrados ao genoma de uma célula hospedeira depois de introduzidos na célula hospedeira, e desse modo serem replicados junto com o genoma hospedeiro. Além disso, certos vetores são capazes de direcionar a expressão de genes aos quais são ligados operacionalmente. Esses vetores são designados neste documento de vetores de expressão recombinantes (ou simplesmente, vetores de expressão). Em geral, vetores de expressão úteis em técnicas de DNA recombinante normalmente estão sob a forma de plasmídeos. No presente relatório descritivo, plasmídeo e vetor podem ser empregados de maneira intercambiável, já que o plasmídeo é a forma de vetor mais comum. No entanto, a presente divulgação também inclui outras formas de vetores de expressão, como vetores virais (por exemplo, retrovirus de replicação defectiva, adenovirus e vírus adeno-associado), que servem a funções equivalentes.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS [0088] As Figuras 1A-C mostram curvas de ligação do teste de ELISA para as anticorpos FXIa, NOV1090 e três anticorpos amadurecidos por afinidade AM1, AM2 e AM3 derivados de NOV1090. A Figura 1A mostra as curvas do ELISA para a ligação do anticorpo ao FXI e FXIa derivados do plasma humano. A Figura 1B mostra as curvas do ELISA para a ligação do anticorpo ao FXI de macaco cinomolgo e de coelho.
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A Figura 1C mostra as curvas do ELISA para ligação do anticorpo à précalicreína humana e à calicreína humana.
[0089] A Figura 2 mostra as curvas de resposta do composto aPTT para os anticorpos FXIa. São mostradas curvas de resposta representativas para os três anticorpos amadurecidos por afinidade (AM1, AM2, AM3) que prolongam o tempo de coagulação no teste de aPTT utilizando plasma humano combinado. O ensaio mede o tempo até a coagulação depois de iniciar a cascata de coagulação intrínseca na presença de diferentes concentrações do anticorpo, conforme descrito no Exemplo 5. A linha preta representa um ajuste usando um modelo logístico de ajuste não linear. A linha pontilhada indica a concentração do anticorpo na qual o tempo de coagulação é dobrado em relação à linha de base, isto é, o valor 2 x aPTT, que é 14 nM, 13 nM e 11 nM para AM1, AM2 e AM3, respectivamente.
[0090] A Figura 3 mostra as curvas de resposta do composto TGA para os anticorpos FXIa. São mostradas curvas de resposta representativas para três anticorpos amadurecidos por afinidade (AM1, AM2, AM3) que inibem a geração de trombina no TGA com plasma humano combinado. O ensaio mede os efeitos das diferentes concentrações de NOV1401 na geração da trombina FXI-dependente através do chamado ciclo de alimentação positiva trombina—>FXIa que pode ser ativado por concentrações muito baixas do fator do tecido (TF) conforme descrito no Exemplo 5. A linha preta representa um ajuste usando um modelo de resposta curva-dose de quatro parâmetros. Os valores IC50 de 6 nM, 7 nM, e 9 nM, para AM1, AM2 e AM3, respectivamente foram calculados para essas curvas de resposta do composto.
[0091] A Figura 4 mostra as curvas de ligação representativas dos experimentos SET para NOV1401, a versão da linhagem germinativa de NGV1090, e AM4, um anticorpo amadurecido por afinidade derivado do NGV1090 conforme descrito nos Exemplos. Os valores da Kd foram
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56/189 determinados a partir do ajuste dos dados experimentais a um modelo de ligação 1:1 conforme descrito nos Exemplos.
DESCRIÇÃO DETALHADA [0092] A presente divulgação está fundada, em parte, na descoberta de moléculas de anticorpo que se ligam especificamente ao FXI e/ou FXIa e inibem suas atividades biológicas, e em particular de moléculas de anticorpo que se ligam especificamente ao FXI e FXIa do zimogênio e inibem suas atividades biológicas. A presente divulgação se refere tanto aos anticorpos do formato IgG completo como aos seus fragmentos de ligação ao antígeno, como os fragmentos Fab (por exemplo, os anticorpos AM1, AM2, AM3, e AM4).
[0093] Por conseguinte, a presente divulgação fornece anticorpos que se ligam especificamente ao FXI e/ou FXIa (por exemplo, FXI e/ou FXIa humano, de coelho, e de macaco cinomolgo), composições farmacêuticas, métodos de produção, e métodos de uso de tais anticorpos e composições.
Fator XI [0094] O FXI desempenha papéis importantes nas vias intrínseca e extrínseca da coagulação e faz a ponte entre as fases de iniciação e amplificação da hemostasia plasmática. Tanto o Fator XIIa como a trombina podem ativar o FXI, resultando na geração sustentada da trombina e na inibição da fibrinólise. O FXI desempenha um papel menor na hemostasia normal em um ambiente com elevador teor de fator do tecido após lesão do vaso, ao passo que parece desempenhar um papel fundamental na trombose. Uma deficiência grave do fator XI está associada a uma incidência mais baixa de eventos de acidente vascular cerebral isquêmico e tromboembólico venoso (Salomon et al 2008; Salomon, et al. (2011) Thromb Haemost.; 105:269-73). Manifestações de sangramento em indivíduos com deficiência grave do fator XI são infrequentes, em geral moderadas, induzidas pela lesão e afetando sobretudo tecidos
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57/189 com atividade fibrinolítica aumentada como a mucosa oral, a mucosa nasal e o trato urinário (Salomon et al 2011). O sangramento em órgãos críticos é extremamente raro ou inexistente.
[0095] A coagulação do plasma é um processo sequencial através do qual fatores de coagulação sanguíneos são ativados, resultando finalmente na geração de fibrina e na formação do coágulo. No modelo de coagulação em cascata clássico, o processo de geração da fibrina pode ser iniciado por duas vias distintas, isto é, a via intrínseca e a via extrínseca, respectivamente (Mackman, 2008).
[0096] Na via extrínseca, a lesão do vaso permite que o fator do tecido extravascular (TF) interaja com e ative o fator VII (FVII), o que leva sequencialmente à ativação do fator X e da protrombina. A trombina ativa finalmente converte o fibrinogênio solúvel em fibrina. A via extrínseca é essencial para a hemostasia, e a interferência com fatores coagulantes nessa via redunda no risco de sangramento.
[0097] Na via intrínseca, o fator XII em alguns casos pode ser ativado por um processo denominado ativação de contato. A geração do fator XIIa ativado suscita ativações sequenciais do fator XI e do fator IX. Como o fator IXa ativa o fator X, as vias extrínseca e intrínseca convergem nesse estágio (na via comum). A atividade da trombina é intensificada amplificando a sua própria geração por meio de um ciclo de alimentação positiva no qual a trombina ativa o fator XI independentemente do fator XII. Esse ciclo de alimentação positiva contribui para o crescimento sustentado do trombo, mas está apenas minimamente envolvido na hemostasia, já que a ativação potente pelo fator do tecido extravascular é suficiente para a formação do coágulo. A via intrínseca, portanto, não está envolvida substancialmente na hemostasia (Gailani e Renné (2007) Arterioscler Thromb Vase Biol. 2007, 27(12):2507-13, Müller, Gailiani, e Renné 2011).
[0098] Estudos pré-clínicos com diversas abordagens para inibir o
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FXI ou o FXIa em uma gama de espécies contribuíram para a validação desse objetivo. Camundongos FXI-/- são resistentes à trombose experimental venosa (Wang, et al. (2006) J Thromb Haemost; 4:1982-8) e arterial (Wang, et al. (2005) J Thromb Haemost; 3:695-702). O tratamento de camundongos com um anticorpo (Ab, 14E11) que bloqueia a ativação do FXI pelo FXIIa resultou na inibição da trombose experimental (Cheng, et al. (2010) Blood, 116:3981 -9) e reduziu o tamanho do infarto cerebral em um modelo de acidente vascular cerebral isquêmico em camundongo (Leung, et al. (2012) Transi Stroke Res 2012; 3:381 9). Quando o Ab anti-FXI que bloqueia a ligação e a ativação do FIX pelo FXIa foi administrado a babuínos, foi observado um crescimento reduzido de trombos ricos em plaqueta em enxertos vasculares revestidos com colágeno (Tucker, etal. (2009) Blood 2009; 113:936-44), e resultados similares foram encontrados com 14E11 neste modelo (Cheng 2010). O sangramento excessivo não foi observado em nenhum dos estudos mencionados.
[0099] O bloqueio da síntese do FXI com oligonucleotídeos antissentido em camundongos (Zhang, et al. (2010) Blood 2010; 116:468492), macacos cinomolgo (Younis, etal. (2012) Blood 2012; 119:2401-8), e babuínos (Crosby, et al. (2013) Arterioscler Thromb Vase Biol 2013; 33:1670-8) resultou em efeitos antitrombóticos e anticoagulantes sem sangramento excessivo. Adicionalmente, efeitos similares foram obtidos a partir do bloqueio do FXIa com inibidores de baixo peso molecular em modelos de trombose venosa e arterial em ratos (Schumacher, et al. (2007) Eur J Pharmacol 2007; 570:167-74) e coelhos (Wong, et al. (2011) J Thromb Thrombolysis 2011; 32:129-37).
[0100] Raramente pacientes com deficiência grave de FXI manifestem sangramentos espontâneos e apenas manifestam sangramento induzido por um trauma moderado, exceto em tecidos com alta atividade
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59/189 fibrinolítica. Dada a raridade da deficiência grave de FXI, é imprescindível o uso de estudos de população para revelar o perfil trombótico desses pacientes em relação à população em geral. Em especial, esses estudos relatam que a incidência de acidente vascular cerebral isquêmico (Salomon 2008) e trombose venosa profunda (DVT) (Salomon, et al. (2011) Blood 2008; 111:4113-17) é reduzida nesses pacientes. Portanto, o número de acidentes vasculares cerebrais isquêmicos (N = 1) observado em 115 pacientes com deficiência grave de FXI foi menor (p < 0,003) do que a incidência esperada (N = 8,6) na população de Israel em geral, ao passo que a incidência de DVT (N = 0) foi mais baixa (p < 0,019) em pacientes com deficiência grave de FXI do que o esperado na população de controle (N = 4,7). Em contrapartida, indivíduos com níveis de FXI acima do 90Q percentil mostravam um risco duplicado para o desenvolvimento de DVT (Meijers, et al. (2000) N Engl J Med. 2000; 342:696-701).
[0101] Recentemente, pacientes submetidos à artroplastia total de joelho, procedimento que predispõe ao DVT, foram tratados com terapia antissentido de FXI ou com a terapia-padrão (enoxaparina). O grupo antissentido (300 mg) mostrou uma incidência 7 vezes menor na trombose venosa e menos (não significativos) eventos de sangramento em comparação à terapia-padrão (Büller et al, (2014) N Engl J Med. 372(3):23240. doi: 10.1056/NEJMoa1405760. Epub 7 de dezembro de 2014).
Anticorpos FXI/FXIa & Fragmentos de Ligação ao Antígeno [0102] A presente divulgação fornece anticorpos (por exemplo, anticorpos monoclonais, tais como anticorpos monoclonais humanos) que se ligam especificamente ao FXI e/ou FXIa humano. Em algumas modalidades, a presente divulgação fornece anticorpos que se ligam especificamente ao FXI e/ou FXIa humano, de coelho, e de macaco cinomoIgo. Os anticorpos fornecidos neste documento incluem, mas não se li
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60/189 mitam a, Fabs e anticorpos humanos monoclonais, por exemplo, isolados conforme descrito nos Exemplos.
[0103] Em um aspecto, anticorpos isolados ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos, se ligam ao FXI (FXIa) ativo e levam, mediante a ligação ao domínio catalítico do FXI (FXIa) ativo, o FXIa a modificar a sua conformação para uma conformação inativa. Em outro aspecto, os ditos anticorpos isolados ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos também induzem uma modificação na qual os 4 resíduos do terminal N, alças 145, 188 e 220 da dita conformação inativa, são deslocados e/ou desordenados em comparação à conformação ativa.
[0104] Em um aspecto, os anticorpos isolados ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos, se ligam ao FXI (por exemplo, FXI humano) e, mediante a ligação ao FXI, impedem o domínio catalítico FXI de assumir uma conformação ativa, na qual as alças 145,188 e 220 são ordenadas como na estrutura do domínio catalítico FXIa.
[0105] Em um aspecto, os anticorpos isolados ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos, se ligam ao FXI e, mediante ligação ao FXI, impedem o domínio catalítico FXI de assumir uma conformação ativa, na qual os resíduos do terminal N-4, as alças 145, 188 e 220 dos são ordenadas como na estrutura do domínio catalítico FXIa.
[0106] Em um aspecto, os anticorpos isolados ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos, se ligam ao FXI e, mediante ligação ao FXI, impedem o domínio catalítico FXI de assumir uma conformação ativa ao induzir mudanças conformacionais na estrutura do zimogênio, ocasionando também uma conformação de FXI fortemente inibida em relação à observada quando da ligação ao FXIa.
[0107] Em um aspecto, os anticorpos isolados ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos, se ligam ao FXI e/ou FXIa e, mediante
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61/189 ligação ao FXI e/ou FXIa e a formação de um complexo anticorpo:antígeno com o domínio catalítico de FXI e/ou FXIa, causam um deslocamento e/ou desorientação das alças 145, 188 e 220 em relação à estrutura não complexada do domínio catalítico do fator ativo XI (FXIa).
[0108] Em um aspecto, os anticorpos isolados ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos, se ligam ao FXI e/ou FXIa mediante a ligação ao FXI e/ou FXIa e a formação de um complexo anticorpo:antígeno com o domínio catalítico de FXI e/ou FXIa causa um deslocamento e/ou desorientação dos resíduos do terminal N-4, alças 145, 188 e 220 quando comparado à estrutura não complexada do domínio catalítico do fator ativo XI (FXIa).
[0109] Em um aspecto, os anticorpos isolados ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos, se ligam ao FXI (FXIa) ativo e fazem com que o domínio catalítico de FXI (FXIa) modifique a sua conformação para uma conformação inativa, na qual as alças 145, 188 e 220 são deslocadas e/ou desorientadas quando comparadas à conformação ativa.
[0110] Em um aspecto, os anticorpos isolados ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos, se ligam ao FXI e impedem o domínio catalítico de assumir uma conformação ativa ao induzir mudanças conformacionais na estrutura do zimogênio, ocasionando com isso uma conformação de FXI fortemente inibida em relação à observada quando da ligação ao FXIa.
[0111] Em aspectos específicos, a presente divulgação fornece anticorpos que se ligam especificamente à proteína FXI e/ou FXIa (por exemplo, FXI e/ou FXIa humano, de coelho e de macaco cinomolgo), na qual os anticorpos contêm sequências selecionadas entre aquelas descritas na Tabela 2. Em um aspecto particular, os anticorpos fornecidos neste documento contêm sequências selecionadas entre aquelas descritas na Tabela 2, mas não as sequências (por exemplo, CDRs ou
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62/189 sequências da região variável) descritas na Tabela 1.
[0112] Em um aspecto particular, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que
HCDR1 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 3, 6, 7, e 9;
HCDR2 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em:
(i) SEQ ID NQ: 59 (X1-I-X2-X3-X4-X5-X6-X7-T-X8YADSVKG), em que X1 é qualquer aminoácido ou é T ou S, X2 é qualquer aminoácido ou é D ou E, X3 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X4 é qualquer aminoácido ou é S, Y ou W, X5 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X6 é qualquer aminoácido ou é Q, T ou D, X7 é qualquer aminoácido ou é D ou E, e X8 é qualquer aminoácido ou é Y, H ou D, em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 4, (ii) SEQ ID NQ: 60 (X1-X2-X3-X4-X5-X6), em que X1 é qualquer aminoácido ou é E ou D, X2 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X3 é qualquer aminoácido ou é Y, S ou W, X4 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X5 é qualquer aminoácido ou é D, T ou Q, e X6 é qualquer aminoácido ou é D ou E, em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 8, e (iii) SEQ ID NQ: 61 (I-X1-X2-X3-X4-X5-X6-T), em que X1 é qualquer aminoácido ou é E ou D, X2 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X3 é qualquer aminoácido ou é S, Y ou W, X4 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X5 é qualquer aminoácido ou é D, T ou Q, e X6 é qualquer aminoácido ou é D ou E, em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 10;
HCDR3 contém uma sequência de aminoácidos selecionada
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63/189 a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 5 e 11;
LCDR1 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 16, 19, e 22;
LCDR2 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 17 e 20; e
LCDR3 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 18 e 21.
[0113] Em um aspecto particular, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que (i) HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 3;
(ii) HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 59 (X1-I-X2-X3-X4-X5-X6-X7-T-X8-YADSVKG), em que X1 é qualquer aminoácido ou é T ou S, X2 é qualquer aminoácido ou é D ou E, X3 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X4 é qualquer aminoácido ou é S, Y ou W, X5 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X6 é qualquer aminoácido ou é Q, T ou D, X7 é qualquer aminoácido ou é D ou E, e X8 é qualquer aminoácido ou é Y, H ou D, e em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 4;
(iii) HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5;
(iv) LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16;
(v) LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17; e
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64/189 (vi) LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18. Em modalidades específicas, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 59 (X1-I-X2-X3-X4-X5-X6-X7-T-X8YADSVKG), em que X1 é T ou S, X2 é D ou E, X3 é Y ou S, X4 é S, Y ou W, X5 é S, D ou G, X6 é Q, T ou D, X7 é D ou E, e X8 é Y, H ou D, e em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 4.
[0114] Em um aspecto particular, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que (i) HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 6;
(ii) HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 59 (X1-I-X2-X3-X4-X5-X6-X7-T-X8-YADSVKG), em que X1 é qualquer aminoácido ou é T ou S, X2 é qualquer aminoácido ou é D ou E, X3 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X4 é qualquer aminoácido ou é S, Y ou W, X5 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X6 é qualquer aminoácido ou é Q, T ou D, X7 é qualquer aminoácido ou é D ou E, e X8 é qualquer aminoácido ou é Y, H ou D, e em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 4;
(iii) HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5;
(iv) LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16;
(v) LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17; e (vi) LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID
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NQ: 18. Em aspectos mais específicos, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 59 (X1-I-X2-X3-X4-X5-X6-X7-T-X8YADSVKG), em que X1 é T ou S, X2 é D ou E, X3 é Y ou S, X4 é S, Y ou W, X5 é S, D ou G, X6 é Q, T ou D, X7 é D ou E, e X8 é Y, H ou D, e em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 4.
[0115] Em um aspecto particular, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que (i) HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 7;
(ii) HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 60 (X1-X2-X3-X4-X5-X6), em que X1 é qualquer aminoácido ou é E ou D, X2 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X3 é qualquer aminoácido ou é Y, S ou W, X4 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X5 é qualquer aminoácido ou é D, T ou Q, e X6 é qualquer aminoácido ou é D ou E, e em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 8;
(iii) HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5;
(iv) LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 19;
(v) LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20; e (vi) LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 21. Em outras modalidades específicas, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 60 (X1-X2-X3-X4-X5-X6), em que X1 é E ou D, X2 é Y ou S, X3 é Y, S ou W, X4 é S, D ou G, X5 é D, T ou Q,
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66/189 e X6 é D ou E, e em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 8;
[0116] Em um aspecto particular, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que (i) HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 9;
(ii) HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 61 (I-X1-X2-X3-X4-X5-X6-T), em que X1 é qualquer aminoácido ou é E ou D, X2 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X3 é qualquer aminoácido ou é S, Y ou W, X4 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X5 é qualquer aminoácido ou é D, T ou Q, e X6 é qualquer aminoácido ou é D ou E, e em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 10;
(iii) HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 11;
(iv) LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 22;
(v) LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20; e (vi) LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18. Em outros aspectos específicos, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 61 (I-X1-X2-X3-X4-X5-X6-T), em que X1 é E ou D, X2 é Y ou S, X3 é S, Y ou W, X4 é S, D ou G, X5 é D, T ou Q, eX6é Dou E, eem que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 10 [0117] Em um aspecto particular, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que contém
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67/189 (i) uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e (ii) uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que a HCDR1 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 3, 6, 7, e 9;
a HCDR2 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 27, 28, 29, 38, 39, 40, 45, 46, e 47;
a HCDR3 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 5 e 11;
a LCDR1 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 16, 19, e 22;
a LCDR2 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 17 e 20; e a LCDR3 contém uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 18 e 21.
[0118] Em uma modalidade específica, a presente invenção fornece um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende (a) uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e (b) uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que (i) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 3, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 45, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18;
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68/189 (ii) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 6, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 45, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18;
(iii) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 7, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 46, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 19, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 21; ou (iv) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 9, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 47, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 11, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 22, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18.
[0119] Em um determinado aspecto, a presente invenção fornece um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende (a) uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e (b) uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que (i) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 3, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 38, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17, e a
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LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18;
(ii) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 6, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 38, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18;
(iii) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 7, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 39, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 19, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 21; ou (iv) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 9, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 40, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 11, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 22, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18.
[0120] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende (a) uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e (b) uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que (i) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 3, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 27, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16, a
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LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18;
(ii) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 6, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 27, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18;
(iii) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 7, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 28, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 19, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 21; ou (iv) a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 9, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 29, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 11, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 22, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18.
[0121] Em um aspecto particular, a presente invenção fornece um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende (a) uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e (b) uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 3, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 27, 38 ou 45, a HCDR3 contém
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71/189 a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18.
[0122] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende (a) uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e (b) uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 6, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 27, 38 ou 45, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18.
[0123] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende (a) uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e (b) uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 7, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 28, 39 ou 46, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 19, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 21.
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72/189 [0124] Em um aspecto particular, a presente invenção fornece um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende (a) uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e (b) uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que a HCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 9, a HCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 29, 40 ou 47, a HCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 11, a LCDR1 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 22, a LCDR2 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20, e a LCDR3 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18.
[0125] Em um determinado aspecto, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH compreende as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3 selecionadas da Tabela 2, e em que a VL compreende as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3 selecionadas da Tabela 2.
[0126] Em um aspecto particular, a presente invenção fornece um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende (a) uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e (b) uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que a VH compreende HCDR1, HCDR2, e HCDR3 Combinadas do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4,
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73/189 e a VL compreende LCDR1, LCDR2, e LCDR3 Combinadas do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4.
[0127] Em um aspecto particular, a presente invenção fornece um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende (a) uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e (b) uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que a VH compreende HCDR1, HCDR2, e HCDR3 conforme Kabat do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4, e a VL compreende LCDR1, LCDR2, e LCDR3 conforme Kabat de AM1, AM2, AM3 ou AM4.
[0128] Em um aspecto particular, a presente invenção fornece um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende (a) uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e (b) uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que a VH compreende HCDR1, HCDR2, e HCDR3 conforme Chothia ou anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4, e a VL compreende LCDR1, LCDR2, e LCDR3 conforme Chothia do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4.
[0129] Em um aspecto particular, a presente invenção fornece um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende (a) uma região variável de cadeia pesada (VH) contendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e (b) uma região variável de cadeia leve (VL) contendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que a VH compreende HCDR1, HCDR2, e HCDR3 conforme o IMGT do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou
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AM4, e a VL compreende LCDR1, LCDR2, e LCDR3 conforme o IMGT do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4.
[0130] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH compreende as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3 do anticorpo AM2, e em que a VL compreende as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3 do anticorpo AM2.
[0131] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH compreende as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3 do anticorpo AM3 ou AM4, e em que a VL compreende as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3 do anticorpo AM3 ou AM4.
[0132] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH compreende as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3 do anticorpo AM1, e em que a VL compreende as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3 do anticorpo AM1.
[0133] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável
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75/189 de cadeia leve (VL), em que a VH contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 30, 41, e 48; e a VL contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 34 ou 55.
[0134] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 48 e a VL contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 55.
[0135] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 48 e a VL contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 34.
[0136] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 41 e a VL contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 34.
[0137] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 30 e a VL contém a sequência de aminoácidos da SEQ
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ID NQ: 34.
[0138] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma cadeia pesada e uma cadeia leve, em que a cadeia pesada contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 32, 43, 50 ou 53; e a cadeia leve contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 57 ou 36.
[0139] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma cadeia pesada e uma cadeia leve, em que a cadeia pesada contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 53 e a cadeia leve contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 57.
[0140] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma cadeia pesada e uma cadeia leve, em que a cadeia pesada contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 50 e a cadeia leve contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 36.
[0141] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma cadeia pesada e uma cadeia leve, em que a cadeia pesada contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 43 e a cadeia leve contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 36.
[0142] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma cadeia pesada e uma cadeia leve, em que a cadeia pesada
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77/189 contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 32 e a cadeia leve contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 36.
Tabela 1. Exemplos de Anticorpos FXI/FXIa, Fabs e Proteínas FXI/FXIa
Descrição da Sequência Identificador da Sequência(SEQ ID N0:) Sequência de aminoácidos ou polinucleotídeos
Sequência da proteína de comprimento total do FXI humano (Sequência de Referência NCBI: AAA51985) 1 MIFLYQWHF ILFTSVSGEC VTQLLKDTCF EGGDITTVFT PSAKYCQWC TYHPRCLLFT FTAESPSEDP TRWFTCVLKD SVTETLPRVN RTAAISGYSF KQCSHQISAC NKDIYVDLDM KGINYNSSVA KSAQECQERC TDDVHCHFFT YATRQFPSLE HRNICLLKHT QTGTPTRITK LDKWSGFSL KSCALSNLAC IRDIFPNTVF ADSNIDSVMA PDAFVSGRIC THHPGCLFFT FFSQEWPKES QRNLCLLKTS ESGLPSTRIK KSKALSGFSL QSCRHSIPVF CHSSFYHDTD FLGEELDIVA AKSHEACQKL CTNAVRCQFF TYTPAQASCN EGKGKCYLKL SSNGSPTKIL HGRGGISGYT LRLCKMDNEC TTKIKPRIVG GTASVRGEWP WQVTLHTTSP TQRHLCGGSI IGNQWILTAA HCFYGVESPK ILRVYSGILN QSEIKEDTSF FGVQEIIIHD QYKMAESGYD IALLKLETTV NYTDSQRPIC LPSKGDRNVI YTDCWVTGWG YRKLRDKIQN TLQKAKIPLV TNEECQKRYR GHKITHKMIC AGYREGGKDA CKGDSGGPLS CKHNEVWHLV GITSWGEGCA QRERPGVYTN WEYVDWILE KTQAV
Sequência de nucleotídeos de comprimento total do FXI humano (Sequência de Referência NCBI: NM 000128.3) 2 AGGCACACAG GCAAAATCAA GTTCTACATC TGTCCCTGTG TATGTCACTT GTTTGAATAC GAAATAAAAT TAAAAAAATA AATTCAGTGT ATTGAGAAAG CAAGCAATTC TCTCAAGGTA TATTTCTGAC ATACTAAGAT TTTAACGACT TTCACAAATA TGCTGTACTG AGAGAGAATG TTACATAACA TTGAGAACTA GTACAAGTAA ATATTAAAGT GAAGTGACCA TTTCCTACAC AAGCTCATTC AGAGGAGGAT GAAGACCATT TTGGAGGAAG AAAAGCACCC TTATTAAGAA TTGCAGCAAG TAAGCCAACA AGGTCTTTTC AGGATGATTT TCTTATATCA AGTGGTACAT TTCATTTTAT TTACTTCAGT TTCTGGTGAA TGTGTGACTC AGTTGTTGAA GGACACCTGC TTTGAAGGAG GGGACATTAC TACGGTCTTCACACCAAGCG CCAAGTACTG CCAGGTAGTC TGCACTTACC ACCCAAGATG TTTACTCTTC ACTTTCACGG CGGAATCACC ATCTGAGGAT CCCACCCGAT GGTTTACTTG TGTCCTGAAA GACAGTGTTA CAGAAACACT GCCAAGAGTG AATAGGACAG CAGCGATTTC TGGGTATTCT TTCAAGCAAT GCTCACACCA AATAAGCGCT TGCAACAAAG ACATTTATGT GGACCTAGAC ATGAAGGGCA TAAACTATAA CAGCTCAGTT GCCAAGAGTG CTCAAGAATG CCAAGAAAGA TGCACGGATG ACGTCCACTG CCACIIIIIC ACGTACGCCA CAAGGCAGTT
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Descrição da Sequência Identificador da Sequência(SEQ ID N0:) Sequência de aminoácidos ou polinucleotídeos
TCCCAGCCTG GAGCATCGTA ACATTTGTCT ACTGAAGCAC ACCCAAACAG GGACACCAAC CAGAATAACG AAGCTCGATA AAGTGGTGTC TGGATTTTCA CTGAAATCCT GTGCACTTTC TAATCTGGCT TGTATTAGGG ACATTTTCCC TAATACGGTG TTTGCAGACA GCAACATCGA CAGTGTCATG GCTCCCGATG CTTTTGTCTG TGGCCGAATC TGCACTCATC ATCCCGGTTG CTTG1 1 1 11 1 ACCTTCTTTT CCCAGGAATG GCCCAAAGAA TCTCAAAGAA ATCTTTGTCT CCTTAAAACA TCTGAGAGTG GATTGCCCAG TACACGCATT AAAAAGAGCA AAGCTCTTTC TGGTTTCAGT CTACAAAGCT GCAGGCACAG CATCCCAGTG TTCTGCCATT CTTCATTTTA CCATGACACT GATTTCTTGG GAGAAGAACT GGATATTGTT GCTGCAAAAA GTCACGAGGC CTGCCAGAAA CTGTGCACCA ATGCCGTCCG CTGCCAGTTT TTTACCTATA CCCCAGCCCA AGCATCCTGC AACGAAGGGA AGGGCAAGTG TTACTTAAAG CTTTCTTCAA ACGGATCTCC AACTAAAATA CTTCACGGGA GAGGAGGCAT CTCTGGATAC ACATTAAGGT TGTGTAAAAT GGATAATGAG TGTACCACCA AAATCAAGCC CAGGATCGTT GGAGGAACTG CGTCTGTTCG TGGTGAGTGG CCGTGGCAGG TGACCCTGCA CACAACCTCA CCCACTCAGA GACACCTGTG TGGAGGCTCC ATCATTGGAA ACCAGTGGAT ATTAACAGCC GCTCACTGTT TCTATGGGGT AGAGTCACCT AAGATTTTGC GTGTCTACAG TGGCATTTTA AATCAATCTG AAATAAAAGA GGACACATCT TTCTTTGGGG TTCAAGAAAT AATAATCCAT GATCAGTATA AAATGGCAGA AAGCGGGTAT GATATTGCCT TGTTGAAACT GGAAACCACA GTGAATTACA CAGATTCTCA ACGACCCATA TGCCTGCCTT CCAAAGGAGA TAGAAATGTA ATATACACTG ATTGCTGGGT GACTGGATGG GGGTACAGAA AACTAAGAGA CAAAATACAA AATACTCTCC AGAAAGCCAA GATACCCTTA GTGACCAACG AAGAGTGCCA GAAGAGATAC AGAGGACATA AAATAACCCA TAAGATGATC TGTGCCGGCT ACAGGGAAGG AGGGAAGGAC GCTTGCAAGG GAGATTCGGG AGGCCCTCTG TCCTGCAAAC ACAATGAGGT CTGGCATCTG GTAGGCATCA CGAGCTGGGG CGAAGGCTGT GCTCAAAGGG AGCGGCCAGG TGTTTACACC AACGTGGTCG AGTACGTGGA CTGGATTCTG GAGAAAACTC AAGCAGTGTG AATGGGTTCC CAGGGGCCAT TGGAGTCCCT GAAGGACCCA GGATTTGCTG GGAGAGGGTG TTGAGTTCAC TGTGCCAGCA TGCTTCCTCC ACAGTAACAC GCTGAAGGGG CTTGGTGTTT GTAAGAAAAT GCTAGAAGAA AACAAACTGT CACAAGTTGT TATGTCCAAA ACTCCCGTTC TATGATCGTT GTAGTTTGTT TGAGCATTCA GTCTCTTTGT TTTTGATCAC GCTTCTATGG AGTCCAAGAA TTACCATAAG GCAATATTTC
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Descrição da Sequência Identificador da Sequência(SEQ ID N0:) Sequência de aminoácidos ou polinucleotídeos
TGAAGATTAC TATATAGGCA GATATAGCAG AAAATAACCA AGTAGTGGCA GTGGGGATCA GGCAGAAGAA CTGGTAAAAG AAGCCACCAT AAATAGATTT GTTCGATGAA AGATGAAAAC TGGAAGAAAG GAGAACAAAG ACAGTCTTCA CCATTTTGCA GGAATCTACA CTCTGCCTAT GTGAACACAT TTCTTTTGTA AAGAAAGAAA TTGATTGCAT TTAATGGCAG ATTTTCAGAA TAGTCAGGAA TTCTTGTCAT TTCCATTTTA AAATATATAT TAAAAAAAAT CAGTTCGAGT AGACACGAGC TAAGAGTGAA TGTGAAGATA ACAGAATTTC TGTGTGGAAG AGGATTACAA GCAGCAATTT ACCTGGAAGT GATACCTTAG GGGCAATCTT GAAGATACAC TTTCCTGAAA AATGATTTGT GATGGATTGT ATATTTATTT AAAATATCTT GGGAGGGGAG GCTGATGGAG ATAGGGAGCA TGCTCAAACC TCCCTAAGAC AAGCTGCTGC TGTGACTATG GGCTCCCAAA GAGCTAGATC GTATATTTAT TTGACAAAAA TCACCATAGA CTGCATCCAT ACTACAGAGA AAAAACAATT AGGGCGCAAA TGGATAGTTA CAGTAAAGTC TTCAGCAAGC AGCTGCCTGT ATTCTAAGCA CTGGGATTTT CTGTTTCGTG CAAATATTTA TCTCATTATT GTTGTGATCT AGTTCAATAA CCTAGAATTT GAATTGTCAC CACATAGCTT TCAATCTGTG CCAACAACTA TACAATTCAT CAAGTGTG
NOV1401
HCDR1 (Combinadas) 3 GFTFSTAAMS
HCDR2 (Combinadas) 4 GISGSGSSTYYADSVKG
HCDR3 (Combinadas) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (Kabat) 6 TAAMS
HCDR2 (Kabat) 4 GISGSGSSTYYADSVKG
HCDR3 (Kabat) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (Chothia) 7 GFTFSTA
HCDR2 (Chothia) 8 SGSGSS
HCDR3 (Chothia) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (IMGT) 9 GFTFSTAA
HCDR2 (IMGT) 10 ISGSGSST
HCDR3(IMGT) 11 ARELSYLYSGYYFDY
VH 12 QVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTAAMSWVRQAPGKGLE WVSGISGSGSSTYYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTAVY YCARELSYLYSGYYFDYWGQGTLVTVSS
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Descrição da Sequência Identificador da Sequência(SEQ ID N0:) Sequência de aminoácidos ou polinucleotídeos
DNA codificador deVH 13 CAGGTGCAGCTGCTGGAATCAGGCGGCGGACTGGTGCAGCCTGG CGGTAGCCTGAGACTGAGCTGCGCTGCTAGTGGCTTCACCTTTAG CACCGCCGCTATGAGCTGGGTTCGACAGGCCCCAGGGAAAGGCC TCGAGTGGGTCTCAGGGATTAGCGGTAGCGGCTCTAGCACCTACT ACGCCGATAGCGTGAAGGGCCGGTTCACTATCTCTAGGGATAACT CTAAGAACACCCTGTACCTGCAGATGAATAGCCTGAGAGCCGAGG ACACCGCCGTCTACTACTGCGCTAGAGAGCTGAGCTACCTGTATAG CGGCTACTACTTCGACTACTGGGGTCAAGGCACCCTGGTCACCGT GTCTAGC
Cadeia pesada 14 QVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTAAMSWVRQAPGKGLE WVSGISGSGSSTYYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTAVY YCARELSYLYSGYYFDYWGQGTLVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTS GGTAALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLS SWTVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKRVEPKSCDKTHTCPPCPA PELLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVWAVSHEDPEVKFNWYV DGVEVHNAKTKPREEQYNSTYRWSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSN KALAAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQGN VFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPGK
DNA codificador de Cadeia Pesada 15 CAGGTGCAGCTGCTGGAATCAGGCGGCGGACTGGTGCAGCCTGG CGGTAGCCTGAGACTGAGCTGCGCTGCTAGTGGCTTCACCTTTAG CACCGCCGCTATGAGCTGGGTTCGACAGGCCCCAGGGAAAGGCC TCGAGTGGGTCTCAGGGATTAGCGGTAGCGGCTCTAGCACCTACT ACGCCGATAGCGTGAAGGGCCGGTTCACTATCTCTAGGGATAACT CTAAGAACACCCTGTACCTGCAGATGAATAGCCTGAGAGCCGAGG ACACCGCCGTCTACTACTGCGCTAGAGAGCTGAGCTACCTGTATAG CGGCTACTACTTCGACTACTGGGGTCAAGGCACCCTGGTCACCGT GTCTAGCGCTAGCACTAAGGGCCCCTCCGTGTTCCCTCTGGCCCC TTCCAGCAAGTCTACCTCCGGCGGCACAGCTGCTCTGGGCTGCCT GGTCAAGGACTACTTCCCTGAGCCTGTGACAGTGTCCTGGAACTCT GGCGCCCTGACCTCTGGCGTGCACACCTTCCCTGCCGTGCTGCAG TCCTCCGGCCTGTACTCCCTGTCCTCCGTGGTCACAGTGCCTTCAA GCAGCCTGGGCACCCAGACCTATATCTGCAACGTGAACCACAAGC CTTCCAACACCAAGGTGGACAAGCGGGTGGAGCCTAAGTCCTGCG ACAAGACCCACACCTGTCCTCCCTGCCCTGCTCCTGAACTGCTGG GCGGCCCTTCTGTGTTCCTGTTCCCTCCAAAGCCCAAGGACACCCT GATGATCTCCCGGACCCCTGAAGTGACCTGCGTGGTGGTGGCCGT GTCCCACGAGGATCCTGAAGTGAAGTTCAATTGGTACGTGGACGG CGTGGAGGTGCACAACGCCAAGACCAAGCCTCGGGAGGAACAGTA CAACTCCACCTACCGGGTGGTGTCCGTGCTGACCGTGCTGCACCA GGACTGGCTGAACGGCAAAGAGTACAAGTGCAAAGTCTCCAACAA GGCCCTGGCCGCCCCTATCGAAAAGACAATCTCCAAGGCCAAGGG
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Descrição da Sequência Identificador da Sequência(SEQ ID N0:) Sequência de aminoácidos ou polinucleotídeos
CCAGCCTAGGGAACCCCAGGTGTACACCCTGCCACCCAGCCGGG AGGAAATGACCAAGAACCAGGTGTCCCTGACCTGTCTGGTCAAGG GCTTCTACCCTTCCGATATCGCCGTGGAGTGGGAGTCTAACGGCC AGCCTGAGAACAACTACAAGACCACCCCTCCTGTGCTGGACTCCG ACGGCTCCTTCTTCCTGTACTCCAAACTGACCGTGGACAAGTCCCG GTGGCAGCAGGGCAACGTGTTCTCCTGCTCCGTGATGCACGAGGC CCTGCACAACCACTACACCCAGAAGTCCCTGTCCCTGTCTCCCGG CAAG
LCDR1 (Combinadas) 16 SGSSSNIGSNDVS
LCDR2 (Combinadas) 17 KNYNRPS
LCDR3 (Combinadas) 18 SAWDQRQFDW
LCDR1 (Kabat) 16 SGSSSNIGSNDVS
LCDR2 (Kabat) 17 KNYNRPS
LCDR3 (Kabat) 18 SAWDQRQFDW
LCDR1 (Chothia) 19 SSSNIGSND
LCDR2 (Chothia) 20 KNY
LCDR3 (Chothia) 21 WDQRQFDV
LCDR1 (IMGT) 22 SSNIGSND
LCDR2 (IMGT) 20 KNY
LCDR3 (IMGT) 18 SAWDQRQFDW
VL 23 QSVLTQPPSASGTPGQRVTISCSGSSSNIGSNDVSWYQQLPGTAPKL LIYKNYNRPSGVPDRFSGSKSGTSASLAISGLQSEDEADYYCSAWDQ RQFDWFGGGTKLTVL
DNA codificador daVL 24 CAGTCAGTCCTGACTCAGCCCCCTAGCGCTAGTGGCACCCCTGGT CAAAGAGTGACTATTAGCTGTAGCGGCTCTAGCTCTAATATCGGCT CTAACGACGTCAGCTGGTATCAGCAGCTGCCCGGCACCGCCCCTA AGCTGCTGATCTATAAGAACTATAATAGGCCTAGCGGCGTGCCCGA TAGGTTTAGCGGATCTAAATCAGGGACTTCTGCTAGTCTGGCTATT AGCGGCCTGCAGTCAGAGGACGAGGCCGACTACTACTGTAGCGCC TGGGATCAGCGTCAGTTCGACGTGGTGTTCGGCGGAGGCACTAAG CTGACCGTGCTG
Cadeia leve 25 QSVLTQPPSASGTPGQRVTISCSGSSSNIGSNDVSWYQQLPGTAPKL LIYKNYNRPSGVPDRFSGSKSGTSASLAISGLQSEDEADYYCSAWDQ RQFDWFGGGTKLTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLISD FYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPEQW KSHRSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS
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Descrição da Sequência Identificador da Sequência(SEQ ID N0:) Sequência de aminoácidos ou polinucleotídeos
DNA codificador da Cadeia Leve 26 CAGTCAGTCCTGACTCAGCCCCCTAGCGCTAGTGGCACCCCTGGT CAAAGAGTGACTATTAGCTGTAGCGGCTCTAGCTCTAATATCGGCT CTAACGACGTCAGCTGGTATCAGCAGCTGCCCGGCACCGCCCCTA AGCTGCTGATCTATAAGAACTATAATAGGCCTAGCGGCGTGCCCGA TAGGTTTAGCGGATCTAAATCAGGGACTTCTGCTAGTCTGGCTATT AGCGGCCTGCAGTCAGAGGACGAGGCCGACTACTACTGTAGCGCC TGGGATCAGCGTCAGTTCGACGTGGTGTTCGGCGGAGGCACTAAG CTGACCGTGCTGGGTCAACCTAAGGCTGCCCCCAGCGTGACCCTG TTCCCCCCCAGCAGCGAGGAGCTGCAGGCCAACAAGGCCACCCT GGTGTGCCTGATCAGCGACTTCTACCCAGGCGCCGTGACCGTGGC CTGGAAGGCCGACAGCAGCCCCGTGAAGGCCGGCGTGGAGACCA CCACCCCCAGCAAGCAGAGCAACAACAAGTACGCCGCCAGCAGCT ACCTGAGCCTGACCCCCGAGCAGTGGAAGAGCCACAGGTCCTACA GCTGCCAGGTGACCCACGAGGGCAGCACCGTGGAAAAGACCGTG GCCCCAACCGAGTGCAGC
NOV1090
HCDR1 (Combinadas) 3 GFTFSTAAMS
HCDR2 (Combinadas) 4 GISGSGSSTYYADSVKG
HCDR3 (Combinadas) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (Kabat) 6 TAAMS
HCDR2 (Kabat) 4 GISGSGSSTYYADSVKG
HCDR3 (Kabat) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (Chothia) 7 GFTFSTA
HCDR2 (Chothia) 8 SGSGSS
HCDR3 (Chothia) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (IMGT) 9 GFTFSTAA
HCDR2 (IMGT) 10 ISGSGSST
HCDR3(IMGT) 11 ARELSYLYSGYYFDY
VH 12 QVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTAAMSWVRQAPGKGLE WVSGISGSGSSTYYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTAVY YCARELSYLYSGYYFDYWGQGTLVTVSS
DNA codificador deVH 69 CAGGTGCAATTGCTGGAAAGCGGCGGTGGCCTGGTGCAGCCGGG TGGCAGCCTGCGTCTGAGCTGCGCGGCGTCCGGATTCACCTTTTC TACTGCTGCTATGTCTTGGGTGCGCCAGGCCCCGGGCAAAGGTCT CGAGTGGGTTTCCGGTATCTCTGGTTCTGGTTCTTCTACCTACTAT GCGGATAGCGTGAAAGGCCGCTTTACCATCAGCCGCGATAATTCG AAAAACACCCTGTATCTGCAAATGAACAGCCTGCGTGCGGAAGATA CGGCCGTGTATTATTGCGCGCGTGAACTGTCTTACCTGTACTCTGG
Petição 870190056589, de 18/06/2019, pág. 97/308
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Descrição da Sequência Identificador da Sequência(SEQ ID N0:) Sequência de aminoácidos ou polinucleotídeos
TTACTACTTCGATTACTGGGGCCAAGGCACCCTGGTGACTGTTAGC TCA
Cadeia pesada 62 QVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTAAMSWVRQAPGKGLE WVSGISGSGSSTYYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTAVY YCARELSYLYSGYYFDYWGQGTLVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTS GGTAALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLS SWTVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKRVEPKSCDKTHTCPPCPA PEAAGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVWDVSHEDPEVKFNWYV DGVEVHNAKTKPREEQYNSTYRWSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSN KALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQGN VFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPGK
DNA codificador de Cadeia Pesada 63 CAGGTGCAATTGCTGGAAAGCGGCGGTGGCCTGGTGCAGCCGGG TGGCAGCCTGCGTCTGAGCTGCGCGGCGTCCGGATTCACCTTTTC TACTGCTGCTATGTCTTGGGTGCGCCAGGCCCCGGGCAAAGGTCT CGAGTGGGTTTCCGGTATCTCTGGTTCTGGTTCTTCTACCTACTAT GCGGATAGCGTGAAAGGCCGCTTTACCATCAGCCGCGATAATTCG AAAAACACCCTGTATCTGCAAATGAACAGCCTGCGTGCGGAAGATA CGGCCGTGTATTATTGCGCGCGTGAACTGTCTTACCTGTACTCTGG TTACTACTTCGATTACTGGGGCCAAGGCACCCTGGTGACTGTTAGC TCAGCCTCCACCAAGGGTCCATCGGTCTTCCCCCTGGCACCCTCC TCCAAGAGCACCTCTGGGGGCACAGCGGCCCTGGGCTGCCTGGT CAAGGACTACTTCCCCGAACCGGTGACGGTGTCGTGGAACTCAGG CGCCCTGACCAGCGGCGTGCACACCTTCCCGGCTGTCCTACAGTC CTCAGGACTCTACTCCCTCAGCAGCGTGGTGACCGTGCCCTCCAG CAGCTTGGGCACCCAGACCTACATCTGCAACGTGAATCACAAGCC CAGCAACACCAAGGTGGACAAGAGAGTTGAGCCCAAATCTTGTGA CAAAACTCACACATGCCCACCGTGCCCAGCACCTGAAGCAGCGGG GGGACCGTCAGTCTTCCTCTTCCCCCCAAAACCCAAGGACACCCT CATGATCTCCCGGACCCCTGAGGTCACATGCGTGGTGGTGGACGT GAGCCACGAAGACCCTGAGGTCAAGTTCAACTGGTACGTGGACGG CGTGGAGGTGCATAATGCCAAGACAAAGCCGCGGGAGGAGCAGTA CAACAGCACGTACCGGGTGGTCAGCGTCCTCACCGTCCTGCACCA GGACTGGCTGAATGGCAAGGAGTACAAGTGCAAGGTCTCCAACAA AGCCCTCCCAGCCCCCATCGAGAAAACCATCTCCAAAGCCAAAGG GCAGCCCCGAGAACCACAGGTGTACACCCTGCCCCCATCCCGGGA GGAGATGACCAAGAACCAGGTCAGCCTGACCTGCCTGGTCAAAGG CTTCTATCCCAGCGACATCGCCGTGGAGTGGGAGAGCAATGGGCA
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Descrição da Sequência Identificador da Sequência(SEQ ID N0:) Sequência de aminoácidos ou polinucleotídeos
GCCGGAGAACAACTACAAGACCACGCCTCCCGTGCTGGACTCCGA CGGCTCCTTCTTCCTCTACAGCAAGCTCACCGTGGACAAGAGCAG GTGGCAGCAGGGGAACGTCTTCTCATGCTCCGTGATGCATGAGGC TCTGCACAACCACTACACGCAGAAGAGCCTCTCCCTGTCTCCGGG TAAA
LCDR1 (Combinadas) 16 SGSSSNIGSNDVS
LCDR2 (Combinadas) 17 KNYNRPS
LCDR3 (Combinadas) 18 SAWDQRQFDW
LCDR1 (Kabat) 16 SGSSSNIGSNDVS
LCDR2 (Kabat) 17 KNYNRPS
LCDR3 (Kabat) 18 SAWDQRQFDW
LCDR1 (Chothia) 19 SSSNIGSND
LCDR2 (Chothia) 20 KNY
LCDR3 (Chothia) 21 WDQRQFDV
LCDR1 (IMGT) 22 SSNIGSND
LCDR2 (IMGT) 20 KNY
LCDR3 (IMGT) 18 SAWDQRQFDW
VL 64 DIVLTQPPSVSGAPGQRVTISCSGSSSNIGSNDVSWYQQLPGTAPKLLI YKNYNRPSGVPDRFSGSKSGTSASLAITGLQAEDEADYYCSAWDQR QFDWFGGGTKLTVL
DNA codificador deVL 65 GATATCGTGCTGACCCAGCCGCCGAGCGTGAGCGGTGCACCGGG CCAGCGCGTGACCATTAGCTGTAGCGGCAGCAGCAGCAACATTGG TTCTAACGACGTGTCTTGGTACCAGCAGCTGCCGGGCACGGCGCC GAAACTGCTGATCTACAAAAACTACAACCGCCCGAGCGGCGTGCC GGATCGCTTTAGCGGATCCAAAAGCGGCACCAGCGCCAGCCTGGC GATTACCGGCCTGCAAGCAGAAGACGAAGCGGATTATTACTGCTCT GCTTGGGACCAGCGTCAGTTCGACGTTGTGTTTGGCGGCGGCACG AAGTTAACCGTCCTA
Cadeia leve 66 DIVLTQPPSVSGAPGQRVTISCSGSSSNIGSNDVSWYQQLPGTAPKLLI YKNYNRPSGVPDRFSGSKSGTSASLAITGLQAEDEADYYCSAWDQR QFDWFGGGTKLTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLISDF YPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPEQWK SHRSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS
Petição 870190056589, de 18/06/2019, pág. 99/308
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Descrição da Sequência Identificador da Sequência(SEQ ID N0:) Sequência de aminoácidos ou polinucleotídeos
DNA codificador de Cadeia Leve 67 GATATCGTGCTGACCCAGCCGCCGAGCGTGAGCGGTGCACCGGG CCAGCGCGTGACCATTAGCTGTAGCGGCAGCAGCAGCAACATTGG TTCTAACGACGTGTCTTGGTACCAGCAGCTGCCGGGCACGGCGCC GAAACTGCTGATCTACAAAAACTACAACCGCCCGAGCGGCGTGCC GGATCGCTTTAGCGGATCCAAAAGCGGCACCAGCGCCAGCCTGGC GATTACCGGCCTGCAAGCAGAAGACGAAGCGGATTATTACTGCTCT GCTTGGGACCAGCGTCAGTTCGACGTTGTGTTTGGCGGCGGCACG AAGTTAACCGTCCTAGGTCAGCCCAAGGCTGCCCCCTCGGTCACT CTGTTCCCGCCCTCCTCTGAGGAGCTTCAAGCCAACAAGGCCACA CTGGTGTGTCTCATAAGTGACTTCTACCCGGGAGCCGTGACAGTG GCCTGGAAGGCAGATAGCAGCCCCGTCAAGGCGGGAGTGGAGAC CACCACACCCTCCAAACAAAGCAACAACAAGTACGCGGCCAGCAG CTATCTGAGCCTGACGCCTGAGCAGTGGAAGTCCCACAGAAGCTA CAGCTGCCAGGTCACGCATGAAGGGAGCACCGTGGAGAAGACAGT GGCCCCTACAGAATGTTCA
Tabela 2. Exemplos de Fabs e Anticorpos FXI/FXIa
AM1 SEQIDN0:
HCDR1 (Combinadas) 3 GFTFSTAAMS
HCDR2 (Combinadas) 27 TSEQ IDSWGDDTDYADSVKG
HCDR3 (Combinadas) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (Kabat) 6 TAAMS
HCDR2 (Kabat) 27 TSEQ IDSWGDDTDYADSVKG
HCDR3 (Kabat) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (Chothia) 7 GFTFSTA
HCDR2 (Chothia) 28 DSWGDD
HCDR3 (Chothia) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (IMGT) 9 GFTFSTAA
HCDR2(IMGT) 29 SEQIDSWGDDT
HCDR3(IMGT) 11 ARELSYLYSGYYFDY
VH 30 QVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTAAMSWVRQAPGK GLEWVSTSEQ IDSWGDDTDYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTAVYY CARELSYLYSGYYFDYWGQGTLVTVSS
VH do DNA 31 CAGGTGCAATTGCTGGAAAGCGGCGGTGGCCTGGTGCAGCCG GGTGGCAGCCTGCGTCTGAGCTGCGCGGCGTCCGGATTCACC TTTTCTACTGCTGCTATGTCTTGGGTGCGCCAGGCCCCGGGCA AAGGTCTCGAGTGGGTTTCCACTATCGACTCTTGGGGCGACGA CACTGACTATGCGGATAGCGTGAAAGGCCGCTTTACCATCAGC CGCGATAATTCGAAAAACACCCTGTATCTGCAAATGAACAGCC
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AM1 SEQIDN0:
TGCGTGCGGAAGATACGGCCGTGTATTATTGCGCGCGTGAACT GTCTTACCTGTACTCTGGTTACTACTTCGATTACTGGGGCCAAG GCACCCTGGTGACTGTTAGCTCA
Cadeia pesada 32 QVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTAAMSWVRQAPGK GLEWVSTSEQ IDSWGDDTDYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTAVYY CARELSYLYSGYYFDYWGQGTLVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKS TSGGTAALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSG LYSLSSWTVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKRVEPKSCDKT HTCPPCPAPEAAGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCWVDVSH EDPEVKFNWYVDGVEVHNAKTKPREEQYNSTYRWSVLTVLHQD WLNGKEYKCKVSNKALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREE MTKNQVSLTCLVKGFYPSDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSD GSFFLYSKLTVDKSRWQQGNVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSP GK
Cadeia Pesada do DNA 33 CAGGTGCAATTGCTGGAAAGCGGCGGTGGCCTGGTGCAGCCG GGTGGCAGCCTGCGTCTGAGCTGCGCGGCGTCCGGATTCACC TTTTCTACTGCTGCTATGTCTTGGGTGCGCCAGGCCCCGGGCA AAGGTCTCGAGTGGGTTTCCACTATCGACTCTTGGGGCGACGA CACTGACTATGCGGATAGCGTGAAAGGCCGCTTTACCATCAGC CGCGATAATTCGAAAAACACCCTGTATCTGCAAATGAACAGCC TGCGTGCGGAAGATACGGCCGTGTATTATTGCGCGCGTGAACT GTCTTACCTGTACTCTGGTTACTACTTCGATTACTGGGGCCAAG GCACCCTGGTGACTGTTAGCTCAGCCTCCACCAAGGGTCCATC GGTCTTCCCCCTGGCACCCTCCTCCAAGAGCACCTCTGGGGG CACAGCGGCCCTGGGCTGCCTGGTCAAGGACTACTTCCCCGA ACCGGTGACGGTGTCGTGGAACTCAGGCGCCCTGACCAGCGG CGTGCACACCTTCCCGGCTGTCCTACAGTCCTCAGGACTCTAC TCCCTCAGCAGCGTGGTGACCGTGCCCTCCAGCAGCTTGGGC ACCCAGACCTACATCTGCAACGTGAATCACAAGCCCAGCAACA CCAAGGTGGACAAGAGAGTTGAGCCCAAATCTTGTGACAAAAC TCACACATGCCCACCGTGCCCAGCACCTGAAGCAGCGGGGGG ACCGTCAGTCTTCCTCTTCCCCCCAAAACCCAAGGACACCCTC ATGATCTCCCGGACCCCTGAGGTCACATGCGTGGTGGTGGAC GTGAGCCACGAAGACCCTGAGGTCAAGTTCAACTGGTACGTG GACGGCGTGGAGGTGCATAATGCCAAGACAAAGCCGCGGGAG GAGCAGTACAACAGCACGTACCGGGTGGTCAGCGTCCTCACC GTCCTGCACCAGGACTGGCTGAATGGCAAGGAGTACAAGTGC AAGGTCTCCAACAAAGCCCTCCCAGCCCCCATCGAGAAAACCA TCTCCAAAGCCAAAGGGCAGCCCCGAGAACCACAGGTGTACA CCCTGCCCCCATCCCGGGAGGAGATGACCAAGAACCAGGTCA GCCTGACCTGCCTGGTCAAAGGCTTCTATCCCAGCGACATCGC CGTGGAGTGGGAGAGCAATGGGCAGCCGGAGAACAACTACAA
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AM1 SEQIDN0:
GACCACGCCTCCCGTGCTGGACTCCGACGGCTCCTTCTTCCTC TACAGCAAGCTCACCGTGGACAAGAGCAGGTGGCAGCAGGGG AACGTCTTCTCATGCTCCGTGATGCATGAGGCTCTGCACAACC ACTACACGCAGAAGAGCCTCTCCCTGTCTCCGGGTAAA
LCDR1 (Combinadas) 16 SGSSSNIGSNDVS
LCDR2 (Combinadas) 17 KNYNRPS
LCDR3 (Combinadas) 18 SAWDQRQFDW
LCDR1 (Kabat) 16 SGSSSNIGSNDVS
LCDR2 (Kabat) 17 KNYNRPS
LCDR3 (Kabat) 18 SAWDQRQFDW
LCDR1 (Chothia) 19 SSSNIGSND
LCDR2 (Chothia) 20 KNY
LCDR3 (Chothia) 21 WDQRQFDV
LCDR1 (IMGT) 22 SSNIGSND
LCDR2 (IMGT) 20 KNY
LCDR3(IMGT) 18 SAWDQRQFDW
VL 34 DIVLTQPPSVSGAPGQRVTISCSGSSSNIGSNDVSWYQQLPGTAP KLLIYKNYNRPSGVPDRFSGSKSGTSASLAITGLQAEDEADYYCS AWDQRQFDWFGGGTKLTVL
VL do DNA 35 GATATCGTGCTGACCCAGCCGCCGAGCGTGAGCGGTGCACCG GGCCAGCGCGTGACCATTAGCTGTAGCGGCAGCAGCAGCAAC ATTGGTTCTAACGACGTGTCTTGGTACCAGCAGCTGCCGGGCA CGGCGCCGAAACTGCTGATCTACAAAAACTACAACCGCCCGAG CGGCGTGCCGGATCGCTTTAGCGGATCCAAAAGCGGCACCAG CGCCAGCCTGGCGATTACCGGCCTGCAAGCAGAAGACGAAGC GGATTATTACTGCTCTGCTTGGGACCAGCGTCAGTTCGACGTT GTGTTTGGCGGCGGCACGAAGTTAACCGTCCTA
Cadeia leve 36 DIVLTQPPSVSGAPGQRVTISCSGSSSNIGSNDVSWYQQLPGTAP KLLIYKNYNRPSGVPDRFSGSKSGTSASLAITGLQAEDEADYYCS AWDQRQFDWFGGGTKLTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKA TLVCLISDFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAAS SYLSLTPEQWKSHRSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS
Cadeia Leve do DNA 37 GATATCGTGCTGACCCAGCCGCCGAGCGTGAGCGGTGCACCG GGCCAGCGCGTGACCATTAGCTGTAGCGGCAGCAGCAGCAAC ATTGGTTCTAACGACGTGTCTTGGTACCAGCAGCTGCCGGGCA CGGCGCCGAAACTGCTGATCTACAAAAACTACAACCGCCCGAG CGGCGTGCCGGATCGCTTTAGCGGATCCAAAAGCGGCACCAG CGCCAGCCTGGCGATTACCGGCCTGCAAGCAGAAGACGAAGC GGATTATTACTGCTCTGCTTGGGACCAGCGTCAGTTCGACGTT GTGTTTGGCGGCGGCACGAAGTTAACCGTCCTAGGTCAGCCC AAGGCTGCCCCCTCGGTCACTCTGTTCCCGCCCTCCTCTGAG GAGCTTCAAGCCAACAAGGCCACACTGGTGTGTCTCATAAGTG
Petição 870190056589, de 18/06/2019, pág. 102/308
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AM1 SEQIDN0:
ACTTCTACCCGGGAGCCGTGACAGTGGCCTGGAAGGCAGATA GCAGCCCCGTCAAGGCGGGAGTGGAGACCACCACACCCTCCA AACAAAGCAACAACAAGTACGCGGCCAGCAGCTATCTGAGCCT GACGCCTGAGCAGTGGAAGTCCCACAGAAGCTACAGCTGCCA GGTCACGCATGAAGGGAGCACCGTGGAGAAGACAGTGGCCCC TACAGAATGTTCA
AM2
HCDR1 (Combinadas) 3 GFTFSTAAMS
HCDR2 (Combinadas) 38 SIEYYDTDTHYADSVKG
HCDR3 (Combinadas) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (Kabat) 6 TAAMS
HCDR2 (Kabat) 38 SIEYYDTDTHYADSVKG
HCDR3 (Kabat) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (Chothia) 7 GFTFSTA
HCDR2 (Chothia) 39 EYYDTD
HCDR3 (Chothia) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (IMGT) 9 GFTFSTAA
HCDR2(IMGT) 40 IEYYDTDT
HCDR3(IMGT) 11 ARELSYLYSGYYFDY
VH 41 QVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTAAMSWVRQAPGK GLEWVSSIEYYDTDTHYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRA EDTAVYYCARELSYLYSGYYFDYWGQGTLVTVSS
VH do DNA 42 CAGGTGCAATTGCTGGAAAGCGGCGGTGGCCTGGTGCAGCCG GGTGGCAGCCTGCGTCTGAGCTGCGCGGCGTCCGGATTCACC TTTTCTACTGCTGCTATGTCTTGGGTGCGCCAGGCCCCGGGCA AAGGTCTCGAGTGGGTTTCCTCTATCGAATACTACGACACTGA CACTCATTATGCGGATAGCGTGAAAGGCCGCTTTACCATCAGC CGCGATAATTCGAAAAACACCCTGTATCTGCAAATGAACAGCC TGCGTGCGGAAGATACGGCCGTGTATTATTGCGCGCGTGAACT GTCTTACCTGTACTCTGGTTACTACTTCGATTACTGGGGCCAAG GCACCCTGGTGACTGTTAGCTCA
Cadeia pesada 43 QVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTAAMSWVRQAPGK GLEWVSSIEYYDTDTHYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRA EDTAVYYCARELSYLYSGYYFDYWGQGTLVTVSSASTKGPSVFP LAPSSKSTSGGTAALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPA VLQSSGLYSLSSWTVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKRVEP KSCDKTHTCPPCPAPEAAGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCV WDVSHEDPEVKFNWYVDGVEVHNAKTKPREEQYNSTYRWSVL TVLHQDWLNGKEYKCKVSNKALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTL PPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYPSDIAVEWESNGQPENNYKTTP PVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQGNVFSCSVMHEALHNHYTQK SLSLSPGK
Petição 870190056589, de 18/06/2019, pág. 103/308
89/189
AM1 SEQIDN0:
Cadeia Pesada do DNA 44 CAGGTGCAATTGCTGGAAAGCGGCGGTGGCCTGGTGCAGCCG GGTGGCAGCCTGCGTCTGAGCTGCGCGGCGTCCGGATTCACC TTTTCTACTGCTGCTATGTCTTGGGTGCGCCAGGCCCCGGGCA AAGGTCTCGAGTGGGTTTCCTCTATCGAATACTACGACACTGA CACTCATTATGCGGATAGCGTGAAAGGCCGCTTTACCATCAGC CGCGATAATTCGAAAAACACCCTGTATCTGCAAATGAACAGCC TGCGTGCGGAAGATACGGCCGTGTATTATTGCGCGCGTGAACT GTCTTACCTGTACTCTGGTTACTACTTCGATTACTGGGGCCAAG GCACCCTGGTGACTGTTAGCTCAGCCTCCACCAAGGGTCCATC GGTCTTCCCCCTGGCACCCTCCTCCAAGAGCACCTCTGGGGG CACAGCGGCCCTGGGCTGCCTGGTCAAGGACTACTTCCCCGA ACCGGTGACGGTGTCGTGGAACTCAGGCGCCCTGACCAGCGG CGTGCACACCTTCCCGGCTGTCCTACAGTCCTCAGGACTCTAC TCCCTCAGCAGCGTGGTGACCGTGCCCTCCAGCAGCTTGGGC ACCCAGACCTACATCTGCAACGTGAATCACAAGCCCAGCAACA CCAAGGTGGACAAGAGAGTTGAGCCCAAATCTTGTGACAAAAC TCACACATGCCCACCGTGCCCAGCACCTGAAGCAGCGGGGGG ACCGTCAGTCTTCCTCTTCCCCCCAAAACCCAAGGACACCCTC ATGATCTCCCGGACCCCTGAGGTCACATGCGTGGTGGTGGAC GTGAGCCACGAAGACCCTGAGGTCAAGTTCAACTGGTACGTG GACGGCGTGGAGGTGCATAATGCCAAGACAAAGCCGCGGGAG GAGCAGTACAACAGCACGTACCGGGTGGTCAGCGTCCTCACC GTCCTGCACCAGGACTGGCTGAATGGCAAGGAGTACAAGTGC AAGGTCTCCAACAAAGCCCTCCCAGCCCCCATCGAGAAAACCA TCTCCAAAGCCAAAGGGCAGCCCCGAGAACCACAGGTGTACA CCCTGCCCCCATCCCGGGAGGAGATGACCAAGAACCAGGTCA GCCTGACCTGCCTGGTCAAAGGCTTCTATCCCAGCGACATCGC CGTGGAGTGGGAGAGCAATGGGCAGCCGGAGAACAACTACAA GACCACGCCTCCCGTGCTGGACTCCGACGGCTCCTTCTTCCTC TACAGCAAGCTCACCGTGGACAAGAGCAGGTGGCAGCAGGGG AACGTCTTCTCATGCTCCGTGATGCATGAGGCTCTGCACAACC ACTACACGCAGAAGAGCCTCTCCCTGTCTCCGGGTAAA
LCDR1 (Combinadas) 16 SGSSSNIGSNDVS
LCDR2 (Combinadas) 17 KNYNRPS
LCDR3 (Combinadas) 18 SAWDQRQFDW
LCDR1 (Kabat) 16 SGSSSNIGSNDVS
LCDR2 (Kabat) 17 KNYNRPS
LCDR3 (Kabat) 18 SAWDQRQFDW
LCDR1 (Chothia) 19 SSSNIGSND
LCDR2 (Chothia) 20 KNY
LCDR3 (Chothia) 21 WDQRQFDV
LCDR1 (IMGT) 22 SSNIGSND
Petição 870190056589, de 18/06/2019, pág. 104/308
90/189
AM1 SEQIDN0:
LCDR2 (IMGT) 20 KNY
LCDR3(IMGT) 18 SAWDQRQFDW
VL 34 DIVLTQPPSVSGAPGQRVTISCSGSSSNIGSNDVSWYQQLPGTAP KLLIYKNYNRPSGVPDRFSGSKSGTSASLAITGLQAEDEADYYCS AWDQRQFDWFGGGTKLTVL
VL do DNA 35 GATATCGTGCTGACCCAGCCGCCGAGCGTGAGCGGTGCACCG GGCCAGCGCGTGACCATTAGCTGTAGCGGCAGCAGCAGCAAC ATTGGTTCTAACGACGTGTCTTGGTACCAGCAGCTGCCGGGCA CGGCGCCGAAACTGCTGATCTACAAAAACTACAACCGCCCGAG CGGCGTGCCGGATCGCTTTAGCGGATCCAAAAGCGGCACCAG CGCCAGCCTGGCGATTACCGGCCTGCAAGCAGAAGACGAAGC GGATTATTACTGCTCTGCTTGGGACCAGCGTCAGTTCGACGTT GTGTTTGGCGGCGGCACGAAGTTAACCGTCCTA
Cadeia leve 36 DIVLTQPPSVSGAPGQRVTISCSGSSSNIGSNDVSWYQQLPGTAP KLLIYKNYNRPSGVPDRFSGSKSGTSASLAITGLQAEDEADYYCS AWDQRQFDWFGGGTKLTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKA TLVCLISDFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAAS SYLSLTPEQWKSHRSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS
Cadeia Leve do DNA 37 GATATCGTGCTGACCCAGCCGCCGAGCGTGAGCGGTGCACCG GGCCAGCGCGTGACCATTAGCTGTAGCGGCAGCAGCAGCAAC ATTGGTTCTAACGACGTGTCTTGGTACCAGCAGCTGCCGGGCA CGGCGCCGAAACTGCTGATCTACAAAAACTACAACCGCCCGAG CGGCGTGCCGGATCGCTTTAGCGGATCCAAAAGCGGCACCAG CGCCAGCCTGGCGATTACCGGCCTGCAAGCAGAAGACGAAGC GGATTATTACTGCTCTGCTTGGGACCAGCGTCAGTTCGACGTT GTGTTTGGCGGCGGCACGAAGTTAACCGTCCTAGGTCAGCCC AAGGCTGCCCCCTCGGTCACTCTGTTCCCGCCCTCCTCTGAG GAGCTTCAAGCCAACAAGGCCACACTGGTGTGTCTCATAAGTG ACTTCTACCCGGGAGCCGTGACAGTGGCCTGGAAGGCAGATA GCAGCCCCGTCAAGGCGGGAGTGGAGACCACCACACCCTCCA AACAAAGCAACAACAAGTACGCGGCCAGCAGCTATCTGAGCCT GACGCCTGAGCAGTGGAAGTCCCACAGAAGCTACAGCTGCCA GGTCACGCATGAAGGGAGCACCGTGGAGAAGACAGTGGCCCC TACAGAATGTTCA
AM3
HCDR1 (Combinadas) 3 GFTFSTAAMS
HCDR2 (Combinadas) 45 TIEYSSQETYYADSVKG
HCDR3 (Combinadas) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (Kabat) 6 TAAMS
HCDR2 (Kabat) 45 TIEYSSQETYYADSVKG
HCDR3 (Kabat) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (Chothia) 7 GFTFSTA
Petição 870190056589, de 18/06/2019, pág. 105/308
91/189
AM1 SEQIDN0:
HCDR2 (Chothia) 46 EYSSQE
HCDR3 (Chothia) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (IMGT) 9 GFTFSTAA
HCDR2(IMGT) 47 IEYSSQET
HCDR3(IMGT) 11 ARELSYLYSGYYFDY
VH 48 QVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTAAMSWVRQAPGK GLEWVSTIEYSSQETYYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRA EDTAVYYCARELSYLYSGYYFDYWGQGTLVTVSS
VH do DNA 49 CAGGTGCAATTGCTGGAAAGCGGCGGTGGCCTGGTGCAGCCG GGTGGCAGCCTGCGTCTGAGCTGCGCGGCGTCCGGATTCACC TTTTCTACTGCTGCTATGTCTTGGGTGCGCCAGGCCCCGGGCA AAGGTCTCGAGTGGGTTTCCACTATCGAATACTCTAGCCAGGA AACTTACTATGCGGATAGCGTGAAAGGCCGCTTTACCATCAGC CGCGATAATTCGAAAAACACCCTGTATCTGCAAATGAACAGCC TGCGTGCGGAAGATACGGCCGTGTATTATTGCGCGCGTGAACT GTCTTACCTGTACTCTGGTTACTACTTCGATTACTGGGGCCAAG GCACCCTGGTGACTGTTAGCTCA
Cadeia pesada 50 QVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTAAMSWVRQAPGK GLEWVSTIEYSSQETYYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRA EDTAVYYCARELSYLYSGYYFDYWGQGTLVTVSSASTKGPSVFP LAPSSKSTSGGTAALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPA VLQSSGLYSLSSWTVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKRVEP KSCDKTHTCPPCPAPEAAGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCV WDVSHEDPEVKFNWYVDGVEVHNAKTKPREEQYNSTYRWSVL TVLHQDWLNGKEYKCKVSNKALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTL PPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYPSDIAVEWESNGQPENNYKTTP PVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQGNVFSCSVMHEALHNHYTQK SLSLSPGK
Cadeia Pesada do DNA 51 CAGGTGCAATTGCTGGAAAGCGGCGGTGGCCTGGTGCAGCCG GGTGGCAGCCTGCGTCTGAGCTGCGCGGCGTCCGGATTCACC TTTTCTACTGCTGCTATGTCTTGGGTGCGCCAGGCCCCGGGCA AAGGTCTCGAGTGGGTTTCCACTATCGAATACTCTAGCCAGGA AACTTACTATGCGGATAGCGTGAAAGGCCGCTTTACCATCAGC CGCGATAATTCGAAAAACACCCTGTATCTGCAAATGAACAGCC TGCGTGCGGAAGATACGGCCGTGTATTATTGCGCGCGTGAACT GTCTTACCTGTACTCTGGTTACTACTTCGATTACTGGGGCCAAG GCACCCTGGTGACTGTTAGCTCAGCCTCCACCAAGGGTCCATC GGTCTTCCCCCTGGCACCCTCCTCCAAGAGCACCTCTGGGGG CACAGCGGCCCTGGGCTGCCTGGTCAAGGACTACTTCCCCGA ACCGGTGACGGTGTCGTGGAACTCAGGCGCCCTGACCAGCGG CGTGCACACCTTCCCGGCTGTCCTACAGTCCTCAGGACTCTAC TCCCTCAGCAGCGTGGTGACCGTGCCCTCCAGCAGCTTGGGC
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AM1 SEQIDN0:
ACCCAGACCTACATCTGCAACGTGAATCACAAGCCCAGCAACA CCAAGGTGGACAAGAGAGTTGAGCCCAAATCTTGTGACAAAAC TCACACATGCCCACCGTGCCCAGCACCTGAAGCAGCGGGGGG ACCGTCAGTCTTCCTCTTCCCCCCAAAACCCAAGGACACCCTC ATGATCTCCCGGACCCCTGAGGTCACATGCGTGGTGGTGGAC GTGAGCCACGAAGACCCTGAGGTCAAGTTCAACTGGTACGTG GACGGCGTGGAGGTGCATAATGCCAAGACAAAGCCGCGGGAG GAGCAGTACAACAGCACGTACCGGGTGGTCAGCGTCCTCACC GTCCTGCACCAGGACTGGCTGAATGGCAAGGAGTACAAGTGC AAGGTCTCCAACAAAGCCCTCCCAGCCCCCATCGAGAAAACCA TCTCCAAAGCCAAAGGGCAGCCCCGAGAACCACAGGTGTACA CCCTGCCCCCATCCCGGGAGGAGATGACCAAGAACCAGGTCA GCCTGACCTGCCTGGTCAAAGGCTTCTATCCCAGCGACATCGC CGTGGAGTGGGAGAGCAATGGGCAGCCGGAGAACAACTACAA GACCACGCCTCCCGTGCTGGACTCCGACGGCTCCTTCTTCCTC TACAGCAAGCTCACCGTGGACAAGAGCAGGTGGCAGCAGGGG AACGTCTTCTCATGCTCCGTGATGCATGAGGCTCTGCACAACC ACTACACGCAGAAGAGCCTCTCCCTGTCTCCGGGTAAA
LCDR1 (Combinadas) 16 SGSSSNIGSNDVS
LCDR2 (Combinadas) 17 KNYNRPS
LCDR3 (Combinadas) 18 SAWDQRQFDW
LCDR1 (Kabat) 16 SGSSSNIGSNDVS
LCDR2 (Kabat) 17 KNYNRPS
LCDR3 (Kabat) 18 SAWDQRQFDW
LCDR1 (Chothia) 19 SSSNIGSND
LCDR2 (Chothia) 20 KNY
LCDR3 (Chothia) 21 WDQRQFDV
LCDR1 (IMGT) 22 SSNIGSND
LCDR2 (IMGT) 20 KNY
LCDR3(IMGT) 18 SAWDQRQFDW
VL 34 DIVLTQPPSVSGAPGQRVTISCSGSSSNIGSNDVSWYQQLPGTAP KLLIYKNYNRPSGVPDRFSGSKSGTSASLAITGLQAEDEADYYCS AWDQRQFDWFGGGTKLTVL
VL do DNA 35 GATATCGTGCTGACCCAGCCGCCGAGCGTGAGCGGTGCACCG GGCCAGCGCGTGACCATTAGCTGTAGCGGCAGCAGCAGCAAC ATTGGTTCTAACGACGTGTCTTGGTACCAGCAGCTGCCGGGCA CGGCGCCGAAACTGCTGATCTACAAAAACTACAACCGCCCGAG CGGCGTGCCGGATCGCTTTAGCGGATCCAAAAGCGGCACCAG CGCCAGCCTGGCGATTACCGGCCTGCAAGCAGAAGACGAAGC GGATTATTACTGCTCTGCTTGGGACCAGCGTCAGTTCGACGTT GTGTTTGGCGGCGGCACGAAGTTAACCGTCCTA
Cadeia leve 36 DIVLTQPPSVSGAPGQRVTISCSGSSSNIGSNDVSWYQQLPGTAP
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AM1 SEQIDN0:
KLLIYKNYNRPSGVPDRFSGSKSGTSASLAITGLQAEDEADYYCS AWDQRQFDWFGGGTKLTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKA TLVCLISDFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAAS SYLSLTPEQWKSHRSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS
Cadeia Leve do DNA 37 GATATCGTGCTGACCCAGCCGCCGAGCGTGAGCGGTGCACCG GGCCAGCGCGTGACCATTAGCTGTAGCGGCAGCAGCAGCAAC ATTGGTTCTAACGACGTGTCTTGGTACCAGCAGCTGCCGGGCA CGGCGCCGAAACTGCTGATCTACAAAAACTACAACCGCCCGAG CGGCGTGCCGGATCGCTTTAGCGGATCCAAAAGCGGCACCAG CGCCAGCCTGGCGATTACCGGCCTGCAAGCAGAAGACGAAGC GGATTATTACTGCTCTGCTTGGGACCAGCGTCAGTTCGACGTT GTGTTTGGCGGCGGCACGAAGTTAACCGTCCTAGGTCAGCCC AAGGCTGCCCCCTCGGTCACTCTGTTCCCGCCCTCCTCTGAG GAGCTTCAAGCCAACAAGGCCACACTGGTGTGTCTCATAAGTG ACTTCTACCCGGGAGCCGTGACAGTGGCCTGGAAGGCAGATA GCAGCCCCGTCAAGGCGGGAGTGGAGACCACCACACCCTCCA AACAAAGCAACAACAAGTACGCGGCCAGCAGCTATCTGAGCCT GACGCCTGAGCAGTGGAAGTCCCACAGAAGCTACAGCTGCCA GGTCACGCATGAAGGGAGCACCGTGGAGAAGACAGTGGCCCC TACAGAATGTTCA
AM4
HCDR1 (Combinadas) 3 GFTFSTAAMS
HCDR2 (Combinadas) 45 TIEYSSQETYYADSVKG
HCDR3 (Combinadas) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (Kabat) 6 TAAMS
HCDR2 (Kabat) 45 TIEYSSQETYYADSVKG
HCDR3 (Kabat) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (Chothia) 7 GFTFSTA
HCDR2 (Chothia) 46 EYSSQE
HCDR3 (Chothia) 5 ELSYLYSGYYFDY
HCDR1 (IMGT) 9 GFTFSTAA
HCDR2(IMGT) 47 IEYSSQET
HCDR3(IMGT) 11 ARELSYLYSGYYFDY
VH 48 QVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTAAMSWVRQAPGK GLEWVSTIEYSSQETYYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRA EDTAVYYCARELSYLYSGYYFDYWGQGTLVTVSS
VH do DNA 52 CAAGTGCAGCTGCTTGAATCTGGCGGCGGACTGGTGCAGCCT GGCGGCTCCCTGAGACTGTCTTGCGCCGCCTCCGGCTTCACC TTCTCCACCGCCGCTATGTCCTGGGTCCGACAGGCTCCCGGC AAGGGCCTGGAATGGGTGTCCACCATTGAGTACTCCAGCCAG GAAACCTACTACGCCGACTCCGTGAAGGGCCGGTTCACCATCT CCCGGGACAACTCCAAGAACACCCTGTACCTGCAGATGAACTC
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AM1 SEQIDN0:
CCTGCGGGCCGAGGACACCGCCGTGTACTACTGCGCCAGAGA GCTGTCCTACCTGTACTCCGGCTACTACTTCGACTACTGGGGC CAGGGCACCCTGGTCACCGTGTCCTCT
Cadeia pesada 53 QVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTAAMSWVRQAPGK GLEWVSTIEYSSQETYYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRA EDTAVYYCARELSYLYSGYYFDYWGQGTLVTVSSASTKGPSVFP LAPSSKSTSGGTAALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPA VLQSSGLYSLSSWTVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKRVEP KSCDKTHTCPPCPAPEAAGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCV WDVSHEDPEVKFNWYVDGVEVHNAKTKPREEQYNSTYRWSVL TVLHQDWLNGKEYKCKVSNKALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTL PPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYPSDIAVEWESNGQPENNYKTTP PVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQGNVFSCSVMHEALHNHYTQK SLSLSPGK
Cadeia Pesada do DNA 54 CAAGTGCAGCTGCTTGAATCTGGCGGCGGACTGGTGCAGCCT GGCGGCTCCCTGAGACTGTCTTGCGCCGCCTCCGGCTTCACC TTCTCCACCGCCGCTATGTCCTGGGTCCGACAGGCTCCCGGC AAGGGCCTGGAATGGGTGTCCACCATTGAGTACTCCAGCCAG GAAACCTACTACGCCGACTCCGTGAAGGGCCGGTTCACCATCT CCCGGGACAACTCCAAGAACACCCTGTACCTGCAGATGAACTC CCTGCGGGCCGAGGACACCGCCGTGTACTACTGCGCCAGAGA GCTGTCCTACCTGTACTCCGGCTACTACTTCGACTACTGGGGC CAGGGCACCCTGGTCACCGTGTCCTCTGCTAGCACCAAGGGC CCCTCCGTGTTCCCTCTGGCCCCTTCCAGCAAGTCTACCTCCG GCGGCACAGCTGCTCTGGGCTGCCTGGTCAAGGACTACTTCC CTGAGCCTGTGACAGTGTCCTGGAACTCTGGCGCCCTGACCT CTGGCGTGCACACCTTCCCTGCCGTGCTGCAGTCCTCCGGCC TGTACTCCCTGTCCTCCGTGGTCACAGTGCCTTCAAGCAGCCT GGGCACCCAGACCTATATCTGCAACGTGAACCACAAGCCTTCC AACACCAAGGTGGACAAGCGGGTGGAGCCTAAGTCCTGCGAC AAGACCCACACCTGTCCTCCCTGCCCTGCTCCTGAAGCTGCTG GCGGCCCTTCTGTGTTCCTGTTCCCTCCAAAGCCCAAGGACAC CCTGATGATCTCCCGGACCCCTGAAGTGACCTGCGTGGTGGT GGACGTGTCCCACGAGGATCCTGAAGTGAAGTTCAATTGGTAC GTGGACGGCGTGGAGGTGCACAACGCCAAGACCAAGCCTCGG GAGGAACAGTACAACTCCACCTACCGGGTGGTGTCCGTGCTG ACCGTGCTGCACCAGGACTGGCTGAACGGCAAAGAGTACAAG TGCAAAGTCTCCAACAAGGCCCTGCCTGCCCCTATCGAAAAGA CAATCTCCAAGGCCAAGGGCCAGCCTAGGGAACCCCAGGTGT ACACCCTGCCACCCAGCCGGGAGGAAATGACCAAGAACCAGG TGTCCCTGACCTGTCTGGTCAAGGGCTTCTACCCTTCCGATAT CGCCGTGGAGTGGGAGTCTAACGGCCAGCCTGAGAACAACTA CAAGACCACCCCTCCTGTGCTGGACTCCGACGGCTCCTTCTTC
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AM1 SEQIDN0:
CTGTACTCCAAACTGACCGTGGACAAGTCCCGGTGGCAGCAG GGCAACGTGTTCTCCTGCTCCGTGATGCACGAGGCCCTGCAC AACCACTACACCCAGAAGTCCCTGTCCCTGTCTCCCGGCAAG
LCDR1 (Combinadas) 16 SGSSSNIGSNDVS
LCDR2 (Combinadas) 17 KNYNRPS
LCDR3 (Combinadas) 18 SAWDQRQFDW
LCDR1 (Kabat) 16 SGSSSNIGSNDVS
LCDR2 (Kabat) 17 KNYNRPS
LCDR3 (Kabat) 18 SAWDQRQFDW
LCDR1 (Chothia) 19 SSSNIGSND
LCDR2 (Chothia) 20 KNY
LCDR3 (Chothia) 21 WDQRQFDV
LCDR1 (IMGT) 22 SSNIGSND
LCDR2 (IMGT) 20 KNY
LCDR3(IMGT) 18 SAWDQRQFDW
VL 55 QSVLTQPPSVSGAPGQRVTISCSGSSSNIGSNDVSWYQQLPGTA PKLLIYKNYNRPSGVPDRFSGSKSGTSASLAITGLQAEDEADYYC SAWDQRQFDWFGGGTKLTVL
VL do DNA 56 CAGAGCGTGCTGACACAGCCTCCCTCCGTGTCTGGCGCCCCT GGCCAGAGAGTGACCATCTCCTGCTCCGGCTCCTCCTCCAACA TCGGCTCCAACGACGTGTCCTGGTATCAGCAGCTGCCCGGCA CCGCCCCTAAGCTGCTGATCTACAAGAACTACAACCGGCCCTC CGGCGTGCCCGACCGGTTCTCTGGCTCCAAGTCTGGCACCTC CGCCTCCCTGGCTATCACCGGCCTGCAGGCTGAGGACGAGGC CGACTACTACTGCTCCGCCTGGGACCAGCGGCAGTTCGACGT GGTGTTCGGCGGAGGCACCAAGCTGACCGTGCTG
Cadeia leve 57 QSVLTQPPSVSGAPGQRVTISCSGSSSNIGSNDVSWYQQLPGTA PKLLIYKNYNRPSGVPDRFSGSKSGTSASLAITGLQAEDEADYYC SAWDQRQFDWFGGGTKLTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANK ATLVCLISDFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAA SSYLSLTPEQWKSHRSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS
Cadeia Leve do DNA 58 CAGAGCGTGCTGACACAGCCTCCCTCCGTGTCTGGCGCCCCT GGCCAGAGAGTGACCATCTCCTGCTCCGGCTCCTCCTCCAACA TCGGCTCCAACGACGTGTCCTGGTATCAGCAGCTGCCCGGCA CCGCCCCTAAGCTGCTGATCTACAAGAACTACAACCGGCCCTC CGGCGTGCCCGACCGGTTCTCTGGCTCCAAGTCTGGCACCTC CGCCTCCCTGGCTATCACCGGCCTGCAGGCTGAGGACGAGGC CGACTACTACTGCTCCGCCTGGGACCAGCGGCAGTTCGACGT GGTGTTCGGCGGAGGCACCAAGCTGACCGTGCTGGGCCAGC CTAAGGCTGCCCCCAGCGTGACCCTGTTCCCCCCCAGCAGCG AGGAGCTGCAGGCCAACAAGGCCACCCTGGTGTGCCTGATCA GCGACTTCTACCCAGGCGCCGTGACCGTGGCCTGGAAGGCCG
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AM1 SEQIDN0:
ACAGCAGCCCCGTGAAGGCCGGCGTGGAGACCACCACCCCCA GCAAGCAGAGCAACAACAAGTACGCCGCCAGCAGCTACCTGA GCCTGACCCCCGAGCAGTGGAAGAGCCACAGGTCCTACAGCT GCCAGGTGACCCACGAGGGCAGCACCGTGGAAAAGACCGTG GCCCCAACCGAGTGCAGC
Sequências consenso
HCDR2 (Combinadas) 59 X1-I-X2-X3-X4-X5-X6-X7-T-X8-YADSVKG
HCDR2 (Kabat) 59 X1-I-X2-X3-X4-X5-X6-X7-T-X8-YADSVKG
HCDR2 (Chothia) 60 X1-X2-X3-X4-X5-X6
HCDR2(IMGT) 61 I-X1-X2-X3-X4-X5-X6-T
[0143] Em aspectos específicos, como cada um desses anticorpos pode se ligar ao FXI e/ou FXIa, a VH, VL, as sequências de cadeia leve de comprimento total, e de cadeia pesada de comprimento total (sequências de aminoácidos e as sequências de nucleotídeos que codificam as sequências de aminoácidos) pode ser misturado e coincidido para criar outros anticorpos de ligação ao FXI e/ou FXIa. Esses anticorpos de ligação ao FXI e/ou FXIa misturados e coincididos podem ser testados por ensaios de ligação conhecidos na técnica (por exemplo, ELISAs, e outros testes descritos na seção de Exemplos). Quando essas cadeias são misturadas e coincididas, uma sequência de VH de um pareamento VH/VL particular deve ser substituída por uma sequência de VH estruturalmente similar. Do mesmo modo, uma sequência de cadeia pesada de comprimento total de um pareamento particular entre uma cadeia pesada de comprimento total e uma cadeia leve de comprimento total deve ser substituída por uma sequência de cadeia pesada de comprimento total estruturalmente similar. Do mesmo modo, uma sequência VL de um pareamento VH/VL particular deve ser substituída por uma sequência VL estruturalmente similar. Do mesmo modo uma sequência de cadeia leve de comprimento total de um pareamento particular entre uma cadeia pesada de comprimento total e uma cadeia leve de comprimento total deve ser substituída por uma sequência de cadeia leve de comprimento total estruturalmente similar.
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97/189 [0144] Os termos região determinante da complementaridade, e CDR, conforme aqui utilizados se referem às sequências de aminoácidos nas regiões variáveis do anticorpo que conferem especificidade do antígeno e afinidade de ligação. De maneira geral, existem três CDRs em cada região variável de cadeia pesada (HCDR1, HCDR2, HCDR3) e três CDRs em cada região variável de cadeia leve (LCDR1, LCDR2, LCDR3).
[0145] Os limites precisos da sequência de aminoácidos de uma dada CDR podem ser prontamente determinados usando qualquer de uma série de esquemas consagrados, inclusive os descritos por Kabat etal. (1991), Sequences of Proteins of Immunological Interest, 5- Ed. Public Health Service, National Institutes of Health, Bethesda, MD (esquema de numeração Kabat), Al-Lazikani et al., (1997) JMB 273, 927948 (esquema de numeração Chothia), Lefranc et al., (2003) Dev. Comp. Immunol., 27, 55-77 (esquema de numeração IMGT) ou o sistema Combinado.
[0146] Por exemplo, segundo Kabat, os resíduos dos aminoácidos da CDR do anticorpo NGV1090 no domínio variável de cadeia pesada (VH) são numerados 31-35 (HCDR1), 50-66 (HCDR2), e 99-111 (HCDR3); e os resíduos de aminoácido da CDR no domínio variável de cadeia leve (VL) são numerados 22-35 (LCDR1), 51-57 (LCDR2), e 90100 (LCDR3). Segundo Chothia, os aminoácidos da CDR no VH são numerados 26-32 (HCDR1), 52-57 (HCDR2), e 99-111 (HCDR3); e os resíduos dos aminoácidos no VL são numerados 25-33 (LCDR1), 51 -53 (LCDR2), e 92-99 (LCDR3). Combinando as definições de CDR de Kabat e de Chothia, as CDRs são formadas por resíduos dos aminoácidos 26-35 (HCDR1), 50-66 (HCDR2), e 99-111 (HCDR3) em VH humano e resíduos dos aminoácidos 22-35 (LCDR1), 51-57 (LCDR2), e 90-100 (LCDR3) em VL humano. Combinando as definições de CDR de Kabat
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98/189 e Chothia, as CDRs Combinadas são formadas por resíduos dos aminoácidos 26-35 (HCDR1), 50-66 (HCDR2), e 99-108 (HCDR3) em VH humano e resíduos de aminoácido 24-38 (LCDR1), 54-60 (LCDR2), e 93-101 (LCDR3) em VL humano. Como exemplo adicional, segundo IMGT, os resíduos de aminoácido da CDR no domínio variável de cadeia pesada (VH) são numerados 26-33 (HCDR1), 51-58 (HCDR2), e 97-108 (HCDR3); e os resíduos de aminoácido da CDR no domínio variável de cadeia leve (VL) são numerados 27-36 (LCDR1), 54-56 (LCDR2), e 93-101 (LCDR3). O Tabela 2 fornece exemplos de Kabat, Chothia, Combinado, e IMGT HCDR1, HCDR2, HCDR3, LCDR1, LCDR2, e LCDR3 para anticorpos anti-FXI, por exemplo, anticorpos AM1, AM2, AM3 e AM4. Em outro aspecto, a presente divulgação fornece anticorpos de ligação ao FXI/FXIa que compreendem as CDR1s, CDR2s, e CDR3s de cadeia pesada e de cadeia leve descritas na Tabela 2 ou combinações dos citados.
[0147] Em aspectos específicos, visto que cada um desses anticorpos pode se ligar ao FXI e/ou FXIa e que a especificidade de ligação ao antígeno é fornecida primordialmente pelas regiões CDR1,2 e 3, as sequências CDR1,2 e 3 de VH e as sequências CDR1,2 e 3 de VL, podem ser misturadas e coincididas (isto é, CDRs de anticorpos distintos podem ser misturadas e coincididas, embora cada anticorpo contenha preferencialmente uma CDR1,2 e 3 de VH e uma CDR1,2 e 3 de VL para criar outras moléculas de ligação a FXI e/ou FXIa fornecido neste documento. Esses anticorpos de ligação ao FXI e/ou FXIa misturados e coincididos podem ser testados por ensaios de ligação conhecidos na técnica e por aqueles descritos nos Exemplos (por exemplo, ELISAs, SET, Biacore™). Quando sequências de CDR de VH são misturadas e coincididas, a sequência CDR1, CDR2 e/ou CDR3 de uma sequência VH particular deve ser substituída por uma(s) sequência(s) de CDR estruturalmente similar(es). Do mesmo modo, quando sequências de CDR
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VL são misturadas e coincididas, a sequência CDR1, CDR2 e/ou CDR3 de uma sequência VL particular deve ser substituída por uma(s) sequência^) de CDR estruturalmente similar(es). Ficará imediatamente claro para o profissional experiente que novas sequências VH e VL podem ser criadas substituindo uma ou mais sequências da região CDR de VH e/ou VL por sequências estruturalmente similares das sequências de CDR aqui mostradas para os anticorpos monoclonais da presente divulgação. Além do antes exposto, em uma modalidade, os fragmentos de ligação ao antígeno do anticorpo aqui descritos podem compreender uma CDR1, 2, e 3 de VH ou uma CDR 1,2, e 3, de VH na qual o fragmento se liga ao FXI e/ou FXIa como um único domínio variável.
[0148] Em certos aspectos da presente divulgação, os anticorpos anti-FXI/FXIa ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos podem ter as sequências de cadeia leve e pesada dos Fabs descritos na Tabela 2. Mais especificamente, um anticorpo anti-FXI/FXIa ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo pode ter a sequência pesada e leve do anticorpo AM4. Em um aspecto particular, um anticorpo anti-FXI/FXIa ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo pode ter a sequência pesada e leve do anticorpo AM3. Em um aspecto particular, um anticorpo anti-FXI/FXIa ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo pode ter a sequência pesada e leve do anticorpo AM2. Em um aspecto particular, um anticorpo anti-FXI/FXIa ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo pode ter a sequência pesada e leve do anticorpo AM1. [0149] Conforme aqui utilizado, um anticorpo humano compreende regiões variáveis de cadeia pesada ou leve ou cadeias pesadas ou leves de comprimento total que são o produto de ou derivadas de uma sequência de linhagem germinativa particular se as regiões variáveis ou cadeias de comprimento total do anticorpo são obtidas de um sistema que usa genes humanos da imunoglobulina da linhagem germinativa. Esses sistemas incluem imunizar um camundongo transgênico portador
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100/189 de genes da imunoglobulina humana com o antígeno de interesse ou avaliar uma biblioteca de genes da imunoglobulina humana expostos ao fago com o antígeno de interesse. Um anticorpo humano que é o produto de ou derivado de uma sequência da imunoglobulina humana de linhagem germinativa pode ser identificado como tal comparando a sequência de aminoácidos do anticorpo humano às sequências de aminoácidos de imunoglobulinas da linhagem germinativa humana e selecionando a sequência da imunoglobulina de linhagem germinativa humana que está mais próxima na sequência (isto é, maior % de identidade) à sequência do anticorpo humano.
[0150] Um anticorpo humano que é o produto de ou derivado de uma sequência da imunoglobulina de linhagem germinativa humana particular pode conter diferenças em aminoácidos quando comparada à sequência da linhagem germinativa, devido, por exemplo, a mutações somáticas ocorridas naturalmente ou à introdução intencional de mutações sítio-direcionadas. No entanto, nas regiões framework de VH ou VL, um anticorpo humano selecionado tipicamente é pelo menos 90% idêntico em sequência de aminoácidos a uma sequência de aminoácidos codificada por um gene da imunoglobulina da linhagem germinativa humana e contém resíduos de aminoácido que identificam o anticorpo humano como sendo humano quando comparado às sequências de aminoácidos da imunoglobulina da linhagem germinativa de outra espécie (por exemplo, sequências da linhagem germinativa murina). Em certos casos, um anticorpo humano pode ser pelo menos 60%, 70%, 80%, 90% ou pelo menos 95% ou até mesmo pelo menos 96%, 97%, 98% ou 99% idêntico na sequência de aminoácidos à sequência de aminoácidos codificada pelo gene da imunoglobulina da linhagem germinativa.
[0151] Tipicamente, um anticorpo humano recombinante ostentará no máximo 10 diferenças de aminoácidos em relação à sequência de
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101/189 aminoácidos codificada pelo gene da imunoglobulina da linhagem germinativa humana nas regiões frameworkde VH ou VL. Em certos casos, o anticorpo humano pode ostentar no máximo 5 ou no máximo 4, 3, 2 ou 1 diferença em aminoácidos em relação à sequência de aminoácidos codificada pelo gene da imunoglobulina da linhagem germinativa. Exemplos de genes da imunoglobulina da linhagem germinativa humana incluem, mas não se limitam aos fragmentos da linhagem germinativa de domínio variável descritos adiante, assim como DP47 e DPK9.
Anticorpos Homólogos [0152] Em outra modalidade ainda, a presente divulgação fornece um anticorpo ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo, que compreende sequências de aminoácidos que são homólogas às sequências descritas na Tabela 2 (por exemplo, SEQ ID NQ: 30, 41, 48, 34, 55, 32, 43, 50, 53, 57 ou 36), e o anticorpo se liga a uma proteína FXI e/ou FXIa (por exemplo, FXIa humana, de coelho e de macaco cinomolgo), e conserva as propriedades funcionais desejadas desses anticorpos descritos na Tabela 2 tais como AM1, AM2, AM3 ou AM4. Em aspectos específicos, os anticorpos homólogos conservam as sequências de aminoácidos CDR descritas na Tabela 2 (por exemplo, CDRs de Kabat, CDRs de Chothia, CDRs de IMGT ou CDRs Combinadas).
[0153] Em outras modalidades, as sequências de aminoácidos VH e/ou VL podem ser 50%, 60%, 70%, 80%, 90%, 95%, 96%, 97%, 98% ou 99% idênticas às sequências indicadas na Tabela 2. Em outras modalidades, as sequências de aminoácidos VH e/ou VL podem ser idênticas, exceto por uma substituição de aminoácido em no máximo 1, 2, 3, 4 ou 5 posições do aminoácido. Um anticorpo que tenha as regiões VH e VL que tenham alta (i.e., 80% ou mais) identidade com as regiões VH e VL daqueles descritos na Tabela 2 pode ser obtido por mutagênese (por exemplo, mutagênese sítio-dirigida ou mediada por PCR) das
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102/189 moléculas de ácido nucleico descritas na Tabela 2, seguindo-se a testagem do anticorpo alterado codificado para a função preservada usando os testes funcionais que estão descritos no presente documento.
[0154] Em outras modalidades, as sequências de aminoácidos de cadeia pesada de comprimento total e/ou de cadeia leve de comprimento total podem ser 50% 60%, 70%, 80%, 90%, 95%, 96%, 97%, 98% ou 99% idênticas às sequências indicadas na Tabela 2. Um anticorpo que tenha uma cadeia pesada de comprimento total e cadeia leve de comprimento total que tenha alta (isto é, 80% ou maios) identidade com as cadeias pesadas de comprimento total daqueles descritos na Tabela 2 pode ser obtido por mutagênese (por exemplo, mutagênese sítio-dirigida ou mediada por PCR) das moléculas de ácido nucleico que codificam tais polipeptídeos, sucedida pela testagem do anticorpo alterado codificado para a função preservada usando os testes funcionais que estão descritos no presente documento.
[0155] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH contém uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 90% idêntica à sequência de aminoácido da SEQ ID NQ: 30, 41, e 48; a VL contém uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 90% à sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 34 ou 55, e em que a VH não contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 12 e a VL não contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 23. Em mais um aspecto específico, o anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende as sequências HCDR1, HCDR2, HCDR3, LCDR1, LCDR2, e LCDR3 selecionadas a partir daquelas descritas na Tabela 2.
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103/189 [0156] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH contém uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 95% idêntica à sequência de aminoácido da SEQ ID NQ: 30, 41, e 48; a VL contém uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 95% à sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 34 ou 55, e em que a VH não contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 12 e a VL não contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 23. Em mais um aspecto específico, o anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende as sequências HCDR1, HCDR2, HCDR3, LCDR1, LCDR2, e LCDR3 selecionadas a partir daquelas descritas na Tabela 2.
[0157] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH contém uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% idêntica à sequência de aminoácido da SEQ ID NQ: 48 e a VL contém uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% idêntica à sequência de aminoácido da SEQ ID NQ: 34, e em que a VH não contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 12 e a VL não contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 23. Em mais um aspecto específico, o anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende as sequências HCDR1, HCDR2, HCDR3, LCDR1, LCDR2, e LCDR3 selecionadas a partir daquelas descritas na
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Tabela 2.
[0158] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH contém uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% idêntica à sequência de aminoácido da SEQ ID NQ: 41 e a VL contém uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% idêntica à sequência de aminoácido da SEQ ID NQ: 34, e em que a VH não contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 12 e a VL não contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 23. Em mais um aspecto específico, o anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende as sequências HCDR1, HCDR2, HCDR3, LCDR1, LCDR2, e LCDR3 selecionadas a partir daquelas descritas na Tabela 2.
[0159] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo que se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa que compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH contém uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% idêntica à sequência de aminoácido da SEQ ID NQ: 30 e a VL contém uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% idêntica à sequência de aminoácido da SEQ ID NQ: 34, e em que a VH não contém a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 12 e a VL não contém a
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105/189 sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 23. Em mais um aspecto específico, o anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende as sequências HCDR1, HCDR2, HCDR3, LCDR1, LCDR2, e LCDR3 selecionadas a partir daquelas descritas na Tabela 2.
[0160] Como empregado neste documento, o percentual de identidade entre as duas sequências é função do número de posições idênticas compartilhadas pelas sequências (isto é, o percentual de identidade equivale ao número de posições idênticas/número total de posições x 100), levando em conta o número de lacunas, e o comprimento de cada lacuna, que precisam ser introduzidos para o alinhamento ótimo das duas sequências. A comparação das sequências e a determinação do percentual de identidade entre duas sequências pode ser efetuada por um algoritmo matemático, conforme descrito nos exemplos não limitantes abaixo.
[0161] Em acréscimo ou como alternativa, as sequências de proteína da presente divulgação também podem ser utilizadas como uma sequência de consulta par efetuar uma busca contra bancos de dados públicos para, por exemplo, identificar sequências relacionadas. Por exemplo, essas buscas podem se servir do programa BLAST (versão 2.0) de Altschul, et al., 1990 J.Mol. Biol. 215:403-10.
Anticorpos com Modificações Conservativas [0162] Em certas modalidades, um anticorpo da presente divulgação tem uma região variável de cadeia pesada que compreende as sequências CDR1, CDR2, e CDR3 e uma região variável de cadeia leve que compreende as sequências CDR1, CDR2, e CDR3, sendo que uma ou mais dessas sequências de CDR têm sequências de aminoácidos especificadas com base nos anticorpos aqui descritos ou em suas modificações conservativas, e os anticorpos conservam as propriedades
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106/189 funcionais desejadas do anticorpos de ligação ao FXIa da presente divulgação.
[0163] Por conseguinte, a divulgação fornece um anticorpo isolado ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo, compreendendo uma região variável de cadeia pesada que contém as sequências HCDR1, HCDR2, e HCDR3 selecionadas a partir daquelas indicadas na Tabela 2 e suas modificações conservatives, e uma região variável de cadeia leve que compreende as sequências LCDR1, LCDR2, e LCDR3 selecionadas a partir daquelas indicadas na Tabela 2 e suas modificações conservativas; e o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo se liga especificamente ao FXI e/ou FXIa, e o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo não é o anticorpo NOV1401 ou NOV1090.
[0164] Em um aspecto específico, a divulgação fornece um anticorpo isolado ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo, compreendendo uma região variável de cadeia pesada que compreende as sequências HCDR1, HCDR2, e HCDR3 do anticorpo AM4 conforme descrito na Tabela 2 e suas modificações conservativas, e uma região variável de cadeia leve que compreende as sequências LCDR1, LCDR2, e LCDR3 do anticorpo AM4 conforme descrito na Tabela 2 e suas modificações conservativas; e o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo se liga especificamente ao FXI e/ou FXIa, e o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo não é o anticorpo NOV1401 ou NOV1090.
[0165] Em um aspecto específico, a divulgação fornece um anticorpo isolado ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo, compreendendo uma região variável de cadeia pesada que compreende as sequências HCDR1, HCDR2, e HCDR3 do anticorpo AM2 conforme descrito na Tabela 2 e suas modificações conservativas, e uma região variável de cadeia leve que compreende as sequências LCDR1,
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LCDR2, e LCDR3 do anticorpo AM2 conforme descrito na Tabela 2 e suas modificações conservativas; e o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo se liga especificamente ao FXI e/ou FXIa, e o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo não é o anticorpo NOV1401 ou NOV1090.
[0166] Em um aspecto específico, a divulgação fornece um anticorpo isolado ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo, compreendendo uma região variável de cadeia pesada que compreende as sequências HCDR1, HCDR2, e HCDR3 do anticorpo AM1 conforme descrito na Tabela 2 e suas modificações conservativas, e uma região variável de cadeia leve que compreende as sequências LCDR1, LCDR2, e LCDR3 do anticorpo AM1 conforme descrito na Tabela 2 e suas modificações conservativas; e o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo se liga especificamente ao FXI e/ou FXIa, e o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo não é o anticorpo NOV1401 ou NOV1090.
[0167] Em outras modalidades, o anticorpo da presente divulgação é aperfeiçoado para expressão em uma célula de mamífero tem uma sequência de cadeia pesada de comprimento total e uma sequência de cadeia leve de comprimento total, sendo que uma ou mais dessas sequências têm sequências de aminoácidos especificadas com base nos anticorpos aqui descritos ou suas modificações conservativas, e os anticorpos conservam as propriedades funcionais desejadas dos anticorpos de ligação ao FXIa da presente divulgação. Por conseguinte, a presente divulgação fornece um anticorpo isolado aperfeiçoado para expressão em uma célula de mamífero consistindo em uma cadeia pesada de comprimento total e uma cadeia leve de comprimento total, sendo que a cadeia pesada de comprimento total tem sequências de aminoácidos selecionadas a partir daquelas descritas na Tabela 2, e suas mo
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108/189 dificações conservativas; e a cadeia leve de comprimento total tem sequências de aminoácidos selecionadas a partir daquelas descritas na Tabela 2, e suas modificações conservativas; e o anticorpo se liga especificamente ao FXI e/ou FXIa (por exemplo, FXIa humano, de coelho e de macaco cinomolgo).
Anticorpos Projetados e Modificados [0168] Um anticorpo da presente divulgação também pode ser preparado usando um anticorpo com uma ou mais das sequências VH e/ou VL mostradas como material de partida para projetar um anticorpo modificado, esse anticorpo modificado podendo ter propriedades alteradas em relação ao anticorpo de partida. Um anticorpo pode ser projetado modificando um ou mais resíduos em uma ou em ambas as regiões variáveis (i.e., VH e/ou VL), por exemplo, em uma ou mais regiões CDR e/ou em uma ou mais regiões framework. Em acréscimo ou como alternativa, um anticorpo pode ser projetado modificando os resíduos na(s) região(s) constante(s), por exemplo, para alterar a(s) função(s) efetora(s) do anticorpo.
[0169] Um tipo de engenharia da região variável que pode ser praticada é a enxertia de CDR. Os anticorpos interagem com os antígenos de interesse predominantemente através de resíduos de aminoácidos localizados nas seis regiões determinantes da complementaridade de cadeia pesada e leve (CDRs). Por esse motivo, as sequências de aminoácidos nas CDRs são mais diversas entre anticorpos individuais do que sequências estranhas às CDRs. Como as sequências de CDR são responsáveis pela vasta maioria das interações anticorpo-antígeno, é possível expressar anticorpos recombinantes que mimetizem as propriedades de anticorpos de ocorrência natural específicos construindo vetores de expressão que incluam as sequências de CDR do anticorpo de ocorrência natural específico enxertadas nas sequências de região framework de um anticorpo diferente com propriedades distintas (veja, por
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109/189 exemplo, Riechmann, L. Et al., 1998 Nature 332:323-327; Jones, P. Et al., 1986 Nature 321:522-525; Queen, C. Etal., 1989 Proc. Natl. AcacL, EUA 86:10029-10033; Patente dos EUA NQ 5.225.539 para Winter, e Patentes dos EUA NQ 5.530.101; 5.585.089; 5.693.762 e 6.180.370 para Queen etal.).
[0170] Essas sequências de região framework podem ser obtidas de bancos de dados públicos de DNA ou de referências publicadas que incluam sequências gênicas do anticorpo da linhagem germinativa. Por exemplo, as sequências de DNA da linhagem germinativa para os genes da região variável de cadeia pesada e leve podem ser encontradas no banco de dados VBase de sequências de linhagem germinativa humana (disponível na rede mundial no endereço mrccpe.cam.ac.uk/vbase), bem como em Kabat, E. A., etal., 1991 Sequences of Proteins of Immunological Interest, Quinta Edição, Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Publicação NIH NQ 91-3242; Tomlinson, I. M., etal., 1992 J. Mol. Biol. 227:776-798; e Cox, J. P. L. et al., 1994 Eur. J Immunol. 24:827-836; cujos conteúdos são expressamente incorporados ao presente documento por essa citação. [0171] Um exemplo de sequências de região framework para uso nos anticorpos da presente divulgação são sequências estruturalmente similares às sequências de região framework utilizadas pelos anticorpos selecionados da presente divulgação, por exemplo, as sequências consenso e/ou sequências de região framework utilizadas pelos anticorpos monoclonais da presente divulgação. As sequências CDR1, 2 e 3 de VH, e as sequências CDR1, 2 e 3 de VL, podem ser enxertadas em regiões rframeworkque tenham uma sequência idêntica à que é encontrada no gene da imunoglobulina da linhagem germinativa do qual a sequência de região framework deriva ou as sequências de CDR podem ser enxertadas em regiões framework que contêm uma ou mais mutações em relação às sequências da linhagem germinativa. Por exemplo,
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110/189 foi constatado em certos casos que é benéfico mutar os resíduos nas regiões framework para manter ou acentuar a capacidade de ligação ao antígeno do anticorpo (veja, por exemplo, Patentes dos EUA NQ 5.530.101; 5.585.089; 5.693.762 e 6.180.370 concedidas a Queen et al). Regiões framework que podem ser usadas como arcabouços nos quais os anticorpos e os fragmentos de ligação ao antígeno aqui descritos são construídos incluem, mas não se limitam a, VH1A, VH1B, VH3, Vk1, VI2, e Vk2. Regiões framework adicionais são conhecidas na técnica e podem ser encontradas, por exemplo, no banco de dados vBase na rede mundial no endereço vbase.mrc-cpe.cam.ac.uk/index.php?&MMN_position=1:1.
[0172] Por conseguinte, uma modalidade da presente divulgação se refere aos anticorpos de ligação ao FXI/FXIa isolados ou fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos, que compreendem uma região variável de cadeia pesada contendo uma sequência de aminoácido selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 30, 41, e 48 ou uma sequência de aminoácido com uma, duas, três, quatro ou cinco substituições, deleções ou adições de aminoácidos na região framework dessas sequências, e que compreende adicionalmente uma região variável de cadeia leve que tem uma sequência de aminoácido selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NQ: 34 e 55 ou uma sequência de aminoácido que tem uma, duas, três, quatro ou cinco substituições, deleções ou adições de aminoácidos na região framework dessas sequências, e em que o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo não é o NOV1401.
[0173] Outro tipo de modificação da região variável é mutar os resíduos de aminoácido nas regiões CDR1, CDR2 e/ou CDR3 VH e/ou VL visando aperfeiçoar uma ou mais propriedades de ligação (por exemplo, afinidade) do anticorpo de interesse, conhecidas como maturação por afinidade. A mutagênese sítio-dirigida ou a mutagênese mediada por
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PCR podem ser praticadas para introduzir a(s) mutação(s) e o efeito sobre a ligação do anticorpo ou outra propriedade funcional de interesse, pode ser avaliado em ensaios in vitro ou in vivo conforme aqui descrito e fornecido nos Exemplos. Modificações conservativas (conforme discutido acima) podem ser introduzidas. As mutações pode ser substituições, adições ou deleções de aminoácido. Além disso, tipicamente no máximo um, dois, três, quatro ou cinco resíduos em uma região CDR são alterados.
Enxertando Domínios de Ligação ao Antígeno em Arcabouços ou Regiões framework Alternativas [0174] Uma grande variedade de regiões framework ou arcabouços de anticorpos/imunoglobulinas pode ser empregada, desde que o polipeptídeo resultante inclua pelo menos uma região de ligação que se ligue especificamente ao FXIa. Essas regiões framework ou arcabouços incluem os 5 principais idiotipos das imunoglobulinas humanas ou seus fragmentos, e incluem imunoglobulinas de outras espécies de animais, de preferência que tenham aspectos humanizados. Anticorpos simples de cadeia pesada como os identificados em camelídeos são de particular interesse nesse aspecto. Regiões framework, arcabouços e fragmentos inéditos continuam sendo descobertos e desenvolvidos pelos indivíduos versados na técnica.
[0175] Em um aspecto, a divulgação diz respeito à geração de anticorpos não imunoglobulínicos usando arcabouços diferentes da imunoglobulina nos quais as CDRs da presente divulgação podem ser enxertadas. Arcabouços e regiões framework não imunoglobulínicos conhecidos ou futuros podem ser empregados, desde que compreendam uma região de ligação específica para a proteína FXI e/ou FXIa visada. Regiões framework ou arcabouços não imunoglobulínicos conhecidos incluem, mas não se limitam a, fibronectina (Compound Therapeuthics, Inc., Waltham, MA), anquirina (Molecular Partners AG, Zurique, Suíça),
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112/189 anticorpos de domínio (Domantis, Ltd., Cambridge, MA, e Ablynx nv, Zwijnaarde, Bélgica), lipocalina (Pieris Proteolab AG, Freising, Alemanha), imunofarmacêuticos modulares pequenos (Trubion Pharmaceuticals Inc., Seattle, WA), maxicorpos (Avidia, Inc., Mountain View, CA), Proteína A (Affibody AG, Suécia), e afilina (gama-cristalina ou ubiquitina) (Scil Proteins GmbH, Halle, Alemanha).
[0176] Os arcabouços de fibronectina se baseiam no domínio fibronectina do tipo III (por exemplo, no décimo módulo da fibronectina do tipo III (domínio 10 Fn3)). O domínio fibronectina do tipo III tern 7 ou 8 filamentos beta distribuídos entre duas folhas-beta, que se enrolam uma contra a outra para formar o núcleo da proteína, e também contendo alças (análogas às CDRs) que conectam os filamentos beta entre si e que são expostos ao solvente. Existem pelo menos três alças desse tipo em cada borda do sanduíche de folha-beta, onde a borda é o limite da proteína perpendicular à direção dos filamentos beta (veja o documento US 6.818.418). Esses arcabouços à base de fibronectina não são uma imunoglobulina, embora o dobramento como um todo esteja intimamente relacionado ao menor fragmento funcional do anticorpo, a região variável da cadeia pesada, que compreende a unidade completa de reconhecimento do antígeno na IgG de lhamas e camelos. Em vista dessa estrutura, o anticorpo não imunoglobulínico mimetiza propriedades de ligação ao antígeno que são similares em natureza a afinidade às dos anticorpos. Esses arcabouços podem ser utilizados em uma estratégia de aleatorização e embaralhamento das alças in vitro que seja similar ao processo de maturação por afinidade dos anticorpos in vivo. Essas moléculas à base de fibronectina podem servir de arcabouços quando as regiões da alça da molécula puderem ser substituídas pelas CDRs da presente divulgação usando técnicas de clonagem tradicionais.
[0177] A tecnologia da anquirina se baseia no uso de proteínas com
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113/189 módulos de repetição derivados da anquirina como arcabouços por ostentar regiões variáveis que podem ser utilizadas para se ligarem a diferentes alvos. O módulo de repetição da anquirina é um polipeptídeo com 33 aminoácidos formados por duas α-hélices antiparalelas e uma β turn (ligação beta). A ligação das regiões variáveis é aperfeiçoada sobretudo por exposição de ribossomos.
[0178] Avímeros são derivados de proteínas que contêm o domínio A natural, tal como LRP-1. Esses domínios são utilizados por natureza para interações proteína-proteína e, no ser humano, mais de 250 proteínas estão baseadas estruturalmente nos domínios A. Avímeros consistem em uma série de diferentes monômeros do domínio A (2-10) unidos por linkers de aminoácidos. Podem ser criados avímeros que consigam se ligar ao antígeno-alvo aplicando a metodologia descrita, por exemplo, nas Publicações de Pedido de Patente dos EUA NQ 20040175756; 20050053973; 20050048512; e 20060008844.
[0179] Os ligantes por afinidade de affibody são proteínas simples e pequenas formadas por um feixe de três hélices baseadas em um arcabouço de um dos domínios de ligação à IgG da Proteína A. A Proteína A é uma proteína da superfície da bactéria Staphylococcus aureus. Esse domínio de arcabouço é formado por 58 aminoácidos, 13 dos quais são aleatorizados para gerar bibliotecas de affibody com um grande número de variantes do ligante (Veja, por exemplo, US 5.831.012). As moléculas de affibody mimetizam anticorpos, seu peso molecular é de 6 kDa, comparado ao peso molecular dos anticorpos, que é 150 kDa. Apesar de pequenos em tamanho, o sítio de ligação das moléculas affibody é semelhante ao de um anticorpo.
[0180] Anticalinas são produtos desenvolvidos pela companhia Pieris ProteoLab AG. As anticalinas derivam das lipocalinas, um vasto grupo de proteínas pequenas e robustas normalmente envolvidas no
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114/189 transporte fisiológico ou no armazenamento de compostos químicamente sensíveis ou insolúveis. Diversas lipocalinas naturais ocorrem em tecidos humanos ou nos líquidos corporais. A arquitetura da proteína é reminiscente das imunoglobulinas, com alças hipervariáveis no topo de uma região framework rígida. No entanto, em contraste com os anticorpos ou com seus fragmentos recombinantes, as lipocalinas são formadas por uma cadeia simples de polipeptídeos com 160 a 180 resíduos de aminoácido, apenas um pouco maior do que um domínio de imunoglobulina simples. O conjunto de quatro alças, que forma o bolsão de ligação (binding pocket), mostra acentuada plasticidade estrutural e admite uma variedade de cadeias laterais. O sítio de ligação pode ser então remodelado em um processo de propriedade exclusiva para reconhecer as moléculas-alvo prescritas de diferentes formas com elevada afinidade e especificidade. Uma proteína da família da lipocalina, a proteína de ligação à bilina (BBP) de Pieris brassicae tem sido utilizada para desenvolver anticalinas através da mutagenização do grupo de quatro alças. Um exemplo de pedido de patente descrevendo anticalinas é a Publicação PCT NQ WO 199916873.
[0181] Moléculas de afilina são pequenas proteínas não imunoglobulínicas projetadas para afinidades específicas a proteínas e moléculas pequenas. Novas moléculas de afilina podem ser selecionadas muito rapidamente a partir de duas bibliotecas, cada uma delas baseada em uma proteína arcabouço derivada humana diferente. As moléculas de afilina não mostram nenhuma homologia estrutural com as proteínas imunoglobulínicas. Atualmente, dois arcabouços de afilina são empregados, um deles é a gama-cristalina, uma proteína estrutural da lente do olho humano e o outro são as proteínas da superfamília da ubiquitina. Os dois arcabouços humanos são extremamente pequenos, são estáveis sob altas temperaturas e praticamente resistentes às mudanças de pH e aos agentes desnaturantes. A estabilidade elevada advém
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115/189 primordialmente da estrutura expandida da folha-beta das proteínas. Exemplos de proteínas derivadas da gama-cristalina estão descritos no documento W0200104144 e exemplos de proteínas semelhantes à ubiquitina estão descritos no documento W02004106368.
[0182] Miméticos de epítopos de proteínas (PEM) são moléculas de tamanho médio, cíclicas, semelhantes a um peptídeo (PM 1-2kDa) que mimetizam estruturas secundárias de grampo-beta das proteínas, principal estrutura secundária envolvida nas interações proteína-proteína.
[0183] A presente divulgação fornece anticorpos totalmente humanos que se ligam especificamente a uma proteína FXI e/ou FXIa. Contrastados aos anticorpos quiméricos ou humanizados, os anticorpos de ligação a FXI/FXIa humanos da presente divulgação demonstram antigenicidade reduzida quando administrados a indivíduos humanos.
Anticorpos de Camelídeos [0184] As proteínas dos anticorpos obtidos de membros da família do camelo e do dromedário (Camelus bactrianus e Camelus dromaderius), inclusive os novos membros mundiais, como a espécie da lhama (Lama paccos, Lama glama e Lama vicugna) foram caracterizadas em termos de tamanho, complexidade estrutural e antigenicidade para indivíduos humanos. Certos anticorpos IgG dessa família de mamíferos como encontrados na natureza carecem de cadeias leves, portanto, diferem estruturalmente da estrutura quaternária típica de quatro cadeias, com duas cadeias pesadas e duas cadeias leves, dos anticorpos de outros animais. Veja o documento PCT/EP93/02214 (WO 94/04678 publicado em 3 de março de 1994).
[0185] Uma região do anticorpo de camelídeos, que é o menor domínio variável simples identificado como VHH, pode ser obtida por engenharia genética para fornecer uma proteína pequena com elevada afinidade por um alvo, resultando em uma proteína derivada de um anti
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116/189 corpo de baixo peso molecular conhecido como um nanocorpo de camelídeo. Veja a patente dos EUA nQ 5.759.808 emitida em 2 de junho de 1998; veja ainda Stijlemans, B. Et al., 2004 J Biol Chem 279: 12561261; Dumoulin, M. Et al., 2003 Nature 424: 783-788; Pleschberger, M. Et aí. 2003 Bioconjugate Chem 14: 440-448; Cortez-Retamozo, V. Etal. 2002 Int J Cancer 89: 456-62; e Lauwereys, M. Etal. 1998 EMBO J 17: 3512-3520. Bibliotecas projetadas geneticamente de anticorpos de camelídeos e fragmentos desses anticorpos estão comercialmente disponíveis, por exemplo, pela empresa Ablynx, Ghent, Bélgica. Assim como outros anticorpos de origem não humana, uma sequência de aminoácidos de um anticorpo de camelídeo pode ser alterada por recombinação para obter uma sequência mais rigorosamente semelhante a uma sequência humana, isto é, o nanocorpo pode ser humanizado. Logo, a baixa antigenicidade natural dos anticorpos de camelídeos aos seres humanos pode ser reduzida ainda mais.
[0186] O nanocorpo de camelídeo tem um peso molecular aproximado de um décimo de uma molécula de IgG humana, e a proteína tem um diâmetro físico de apenas alguns nanômetros. Uma consequência desse tamanho pequeno é a capacidade dos nanocorpos de camelídeos de se ligarem a sítios antigênicos que são funcionalmente invisíveis a proteínas maiores do anticorpo, isto é, os nanocorpos de camelídeos são úteis como antígenos de detecção de reagentes que, de outro modo, são crípticos com o uso de técnicas imunológicas clássicas, e como possíveis agentes terapêuticos. Assim, outra consequência do tamanho reduzido é que um nanocorpo de camelídeo pode inibir como resultado de se ligar a um sítio específico em um sulco ou fissura estreita de uma proteína de interesse, e portanto atuar em uma capacidade mais rigorosamente semelhante à de um fármaco de baixo peso molecular clássico do que a de um anticorpo clássico.
[0187] Outra consequência do baixo peso molecular e do tamanho
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117/189 compacto é que os nanocorpos de camelídeos são extremamente termoestáveis, estáveis ao pH extremo e à digestão proteolítica, e fracamente antigênicos. Uma consequência adicional é que os nanocorpos de camelídeos se deslocam imediatamente do sistema circulatório para os tecidos e cruzam a barreira hematoencefálica, podendo tratar distúrbios que afetam o tecido nervoso. Os nanocorpos podem também facilitar o transporte de fármacos através da barreira hematoencefálica. Veja o Pedido de Patente dos EUA 20040161738 publicado em 19 de agosto de 2004. Essas características aliadas à baixa antigenicidade aos seres humanos sinalizam um imenso potencial terapêutico. Ademais, essas moléculas podem ser totalmente expressas em células procarióticas como E. coli e são expressas como proteínas de fusão com bacteriófago e são funcionais.
[0188] Por conseguinte, uma característica da presente divulgação é um anticorpo de camelídeos ou nanocorpo com elevada afinidade por FXI e/ou FXIa. Em algumas das presentes modalidades, o anticorpo de camelídeos ou nanocorpo é produzido naturalmente em um animal camelídeo ou seja, é produzido pelo camelídeo após imunização com FXI e/ou FXIa ou com um fragmento de peptídeo do mesmo, aplicando as técnicas descritas neste documento para outros anticorpos. Em alternativa, o nanocorpo de camelídeo de ligação ao FXI e/ou FXIa é projetado ou seja, é produzido por seleção, por exemplo, a partir de uma biblioteca de fagos que expõem proteínas de nanocorpos de camelídeo adequadamente mutagenizadas usando o procedimento denominado panning com FXI e/ou FXIa, e/ou os seus domínios e/ou fragmentos peptídicos, como um alvo conforme descrito nos exemplos. Os nanocorpos projetados podem ser ainda customizados por engenharia genética para que tenham uma meia-vida no indivíduo recebedor de 45 minutos a duas semanas. Em uma modalidade específica, o anticorpo de camelídeos ou nanocorpo é obtido enxertando as sequências de CDRs de cadeia
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118/189 pesada ou cadeia leve dos anticorpos humanos da presente divulgação no nanocorpo ou sequências de região framework de anticorpo de domínio simples, conforme descrito, por exemplo, no documento PCT/EP93/02214.
Moléculas Biespecíficas e Anticorpos Multivalentes [0189] Em outro aspecto, a presente divulgação revela moléculas biespecíficas ou multiespecíficas que compreendem um anticorpo de ligação a FXI e/ou FXIa ou um fragmento do mesmo, da presente divulgação. Um anticorpo da presente divulgação ou as regiões de ligação ao antígeno desse anticorpo, podem ser derivatizadas ou unidas a outra molécula funcional, por exemplo, outro peptídeo ou proteína (por exemplo, outro anticorpo ou ligante para um receptor) para gerar uma molécula biespecífica que se liga a pelo menos dois sítios de ligação ou moléculas-alvo diferentes. O anticorpo da presente divulgação pode de fato ser derivatizado ou ligado a mais de uma outra molécula funcional para gerar moléculas multiespecíficas que se ligam a mais de dois sítios de ligação e/ou moléculas-alvo diferentes; essas moléculas multiespecíficas também são englobadas pelo termo molécula biespecífica conforme aqui utilizado. Para criar uma molécula biespecífica da presente divulgação, um anticorpo da presente divulgação pode ser ligado funcionalmente (por exemplo, por acoplamento químico, fusão genética, associação não covalente ou de outro modo) a uma ou mais outras moléculas de ligação, tal como outro anticorpo, fragmento de anticorpo, peptídeo ou mimético de ligação, de maneira a resultar numa molécula biespecífica.
[0190] Por conseguinte, a presente divulgação inclui moléculas biespecíficas que compreendem pelo menos uma primeira especificidade de ligação pelo FXI e/ou FXIa e uma segunda especificidade de ligação por um segundo epítopo-alvo. Por exemplo, o segundo epítopo-alvo é outro epítopo de FXI e/ou FXIa distinto do primeiro epítopo-alvo.
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119/189 [0191] Adicionalmente, para a presente divulgação em que a molécula biespecífica é multiespecífica, a molécula pode incluir adicionalmente uma terceira especificidade de ligação, além do primeiro e do segundo epítopo-alvo.
[0192] Em uma modalidade, as moléculas biespecíficas da presente divulgação compreendem como uma especificidade de ligação pelo menos um anticorpo ou um fragmento de anticorpo do mesmo, incluindo, por exemplo, um Fab, Fab', F(ab')2, Fv ou um Fv de cadeia simples. O anticorpo também pode ser um dímero de cadeia leve ou de cadeia pesada ou um fragmento mínimo do mesmo como um Fv ou um construto de cadeia simples conforme descrito em Ladner etal. Patente dos EUA NQ 4.946.778.
[0193] Diacorpos são moléculas biespecíficas bivalentes nas quais os domínios VH e VL são expressos em uma cadeia de polipeptídeos simples, conectados por um linker que é curto demais para permitir o pareamento entre os dois domínios na mesma cadeia. Os domínios VH e VL pareiam com os domínios de complementaridade da outra cadeia, criando assim dois sítios de ligação ao antígeno (veja, por exemplo, Holliger etal., 1993 Proc. Natl. Acad. Sei. EUA 90:6444-6448; Poljak etal., 1994 Structure 2:1121-1123). Diacorpos podem ser produzidos expressando duas cadeias polipeptídicas com a estrutura VHA-VLB, com a estrutura VHB-VLA (configuração VH-VL) ou com a estrutura VLA-VHB e VLB-VHA (configuração VL-VH) na mesma célula. A maioria deles pode ser expressa sob a forma solúvel em bactérias. Diacorpos de cadeia simples (scDb) são produzidos pela conexão de duas cadeias de polipeptídeos que formam os diacorpos com um linker de aproximadamente 15 resíduos de aminoácidos (veja Holliger e Winter, 1997 Cancer Immunol. Immunother., 45(3-4):128-30; Wu et al., 1996 Immunotechnology, 2(1):21-36). O scDb pode ser expresso em bactérias sob a forma monomérica ativa solúvel (veja Holliger e Winter, 1997 Cancer Immunol.
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Immunother., 45(34): 128-30; Wu et al., 1996 Immunotechnology, 2(1 ):21-36; Pluckthun e Pack, 1997 Immunotechnology, 3(2): 83-105; Ridgway et al., 1996 Protein Eng., 9(7):617-21). Um diacorpo pode ser fundido ao Fc para gerar um di-diacorpo (veja Lu et al., 2004 J. Biol. Chem., 279(4):2856-65).
[0194] Outros anticorpos passíveis de uso nas moléculas biespecíficas da presente divulgação são os anticorpos monoclonais murinos, quiméricos e humanizados.
[0195] Moléculas biespecíficas podem ser preparadas conjugando as especificidades de ligação constitutivas, aplicando métodos conhecidos na técnica. Por exemplo, cada especificidade de ligação da molécula biespecífica pode ser gerada separadamente e em seguida conjugada uma à outra. Quando as especificidades de ligação são proteínas ou peptídeos, diversos agentes de acoplamento ou reticulação podem ser utilizados para a conjugação covalente. Exemplos de agentes de reticulação incluem a proteína A, carbodiimida, N-succinimidil-S-acetiltioacetato (SATA), ácido 5, 5'-ditiobis(2-nitrobenzoico) (DTNB), o-fenilenodimaleimida (oPDM), N-succinimidil-3-(2-piridilditio)propionato (SPDP), e sulfosuccinimidil 4-(N-maleimidometil) ciclohexano-l-carboxilato (sulfo-SMCC) (veja, por exemplo, Karpovsky et al., 1984 J. Exp. Med. 160:1686; Liu, MA etal., 1985 Proc. Natl. Acad. Sei. EUA 82:8648). Outros métodos envolvem aqueles descritos em Paulus, 1985 Behring Ins. Mitt. NQ 78, 118-132; Brennan et al., 1985 Science 229:81-83), e Glennie etal., 1987 J. Immunol. 139: 2367-2375). Agentes de conjugação são SATA e sulfo-SMCC, ambos disponibilizados pela empresa Pierce Chemical Co. (Rockford, IL).
[0196] Quando as especificidades de ligação são anticorpos, eles podem ser conjugados pela ligação sulfidrila das regiões de dobradiça do terminal C das duas cadeias pesadas. Em uma modalidade particular, a região de dobradiça é modificada para conter um número ímpar
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121/189 de resíduos sulfidrila, por exemplo, um, antes da conjugação.
[0197] Em alternativa, ambas as especificidades de ligação podem ser codificadas no mesmo vetor e expressas e reunidas na mesma célula hospedeira. Esse método é particularmente útil quando a molécula biespecífica é um mAb x mAb, mAb x Fab, Fab x F(ab')2 ou ligante x proteína de fusão Fab. Uma molécula biespecífica da presente divulgação pode ser uma molécula de cadeia simples contendo um anticorpo de cadeia simples e um determinante da ligação ou uma molécula biespecífica de cadeia simples contendo dois determinantes de ligação. As moléculas biespecíficas podem compreender pelo menos duas moléculas de cadeia simples. Métodos para o preparo de moléculas biespecíficas estão descritos, por exemplo, na Patente dos EUA Número 5.260.203; Patente dos EUA Número 5.455.030; Patente dos EUA Número 4.881.175; Patente dos EUA Número 5.132.405; Patente dos EUA Número 5.091.513; Patente dos EUA Número 5.476.786; Patente dos EUA Número 5.013.653; Patente dos EUA Número 5.258.498; e Patente dos EUA Número 5.482.858.
[0198] A ligação das moléculas biespecíficas aos seus alvos específicos pode ser confirmada, por exemplo, pelo ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA), radioimunoensaio (REA), análise FACS, bioensaio (por exemplo, inibição do crescimento) ou teste de Western Blot. Cada um desses ensaios detecta de maneira geral a presença de complexos proteína-anticorpo de interesse particular utilizando um reagente marcado (por exemplo, um anticorpo) específico para o complexo de interesse.
[0199] Em outro aspecto, a presente divulgação fornece compostos multivalentes que compreendem pelo menos duas porções de ligação ao antígeno idênticas ou diferentes dos anticorpos da presente divulgação que se ligam ao FXIa. As porções de ligação ao antígeno podem ser unidas por fusão de proteína ou linkage covalente ou não covalente.
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Como alternativa, métodos de linkage estão descritos para as moléculas biespecíficas. Compostos tetravalentes pode ser obtidos, por exemplo, reticulando anticorpos dos anticorpos da presente divulgação com um anticorpo que se liga às regiões constantes dos anticorpos da presente divulgação, por exemplo, região de dobradiça ou Fc.
[0200] Domínios de trimerização estão descritos, por exemplo, na patente Boreana EP 1 012 280B1. Módulos de pentamerização estão descritos, por exemplo, no documento PCT/EP97/05897.
Anticorpos com Meia-Vida Prolongada [0201] A presente divulgação fornece anticorpos que se ligam especificamente à proteína FXI/FXIa que tem uma meia-vida prolongada in vivo.
[0202] Muitos fatores podem afetar a meia-vida de uma proteína in vivo. Por exemplos, filtração renal, metabolismo hepático, degradação por enzimas proteolíticas (proteases), e respostas imunogênicas (por exemplo, neutralização de proteína por anticorpos e absorção por macrófagos e células dendríticas). Inúmeras estratégias podem ser aplicada para prolongar a meia-vida dos anticorpos da presente divulgação. Por exemplo, pelo linkage químico com o polietilenoglicol (PEG), reCODE PEG, arcabouço de anticorpo, ácido polisiálico (PSA), hidroxietilamido (HES), ligantes da ligação à albumina e barreiras de carboidrato; através da fusão genética em proteínas que se ligam às proteínas do soro, como albumina, IgG, FcRn, e por transferência; pelo acoplamento (genético ou químico) a outras frações da ligação que se ligam às proteínas do soro, como nanocorpos, Fabs, DARPins, avímeros, affibodies, e anticalinas; pela fusão genética em rPEG, albumina, domínio da albumina, proteínas de ligação à albumina, e Fc; ou por incorporação em nanocarreadores, formulações de liberação lenta ou dispositivos médicos.
[0203] Para prolongar a circulação sorológica dos anticorpos in vivo,
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123/189 moléculas de polímero inertes, como o PEG de elevado peso molecular, podem ser anexadas aos anticorpos ou a um fragmento dos mesmos com ou sem um linker multifuncional através da conjugação sítio-específica do PEG ao terminal N ou C dos anticorpos ou por meio de grupos épsilon-amino presentes em resíduos de lisina. Para peguilar um anticorpo, o anticorpo ou fragmento do mesmo, é tipicamente reagido com polietileno glicol (PEG), como um éster reativo ou aldeído derivado do PEG, em condições nas quais um ou mais grupos PEG são anexados ao anticorpo ou ao fragmento do anticorpo. A peguilação pode ser realizada por uma reação de acilação ou por uma reação de alquilação com uma molécula de PEG reativa (ou um polímero solúvel em água reativo análogo). Conforme aqui utilizado, o termo polietileno glicol engloba qualquer uma das formas do PEG que tenha sido utilizada para derivatizar outras proteínas, tais como mono (C1-C10) alcóxi- ou aril-oxi-polietileno glicol ou polietileno glicol-maleimida. Em certas modalidades, o anticorpo a ser peguilado é um anticorpo aglicosilado. A derivatização de um polímero linear ou ramificado que resulte numa perda mínima da atividade biológica será utilizada. O grau de conjugação pode ser monitorado rigorosamente por SDS-PAGE e espectrometria de massa para garantir a conjugação apropriada das moléculas de PEG aos anticorpos. O PEG não reagido pode ser separado dos conjugados anticorpo-PEG com cromatografia por exclusão de tamanho ou cromatografia por troca iônica. Os anticorpos derivatizados do PEG podem ser testados para ligação atividade e eficácia in vivo usando métodos familiares aos indivíduos versados na técnica, por exemplo, os imunoensaios aqui descritos. Métodos para peguilação de proteínas são conhecidos na técnica e podem ser aplicados aos anticorpos da presente divulgação. Veja, por exemplo, o documento EP 0.154.316 de Nishimura etal. e EP 0.401.384 de Ishikawa etal.
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124/189 [0204] Outras tecnologias de peguilação modificadas incluem a tecnologia de engenharia de reconstituição dirigida quimicamente ortogonal (reconstituting chemically orthogonal directed engineering - ReCODE PEG), que incorpora cadeias laterais quimicamente especificadas em proteínas biossintéticas por meio de um sistema reconstituído que inclui tRNA sintetase e tRNA. Essa tecnologia permite a incorporação de mais de 30 aminoácidos novos em proteínas biossintéticas em E. coli, levedura, e células de mamíferos. O tRNA incorpora um aminoácido não nativo em qualquer local que um códon âmbar esteja posicionado, convertendo o âmbar de um códon de parada em um códon que sinaliza a incorporação do aminoácido quimicamente especificado.
[0205] A tecnologia de peguilação recombinante (rPEG) também pode ser aplicada para prolongar a meia-vida do soro. Essa tecnologia envolve fundir geneticamente uma cauda de proteína não estruturada com 300-600 aminoácidos a uma proteína farmacêutica existente. Como o peso molecular aparente dessa cadeia de proteína não estruturada é cerca de 15 vezes maior do que o seu peso molecular efetivo, a meia-vida do soro da proteína é aumentada sensivelmente. Em contraste com a peguilação tradicional, que requer conjugação química e repurificação, o processo de fabricação é bastante simplificado e o produto é homogêneo.
[0206] A polissialição é outra tecnologia que usa o ácido polissiálico do polímero natural (PSA) para prolongar a vida ativa e aperfeiçoar a estabilidade de proteínas e peptídeos terapêuticos. O PSA é um polímero do ácido siálico (um açúcar). Quando utilizado para entrega de proteínas e medicamentos à base de peptídeos terapêuticos, o ácido polissiálico proporciona um microambiente protetor na conjugação. Isso prolonga a vida ativa da proteína terapêutica na circulação e impede o seu reconhecimento pelo sistema imunológico. O polímero PSA é en
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125/189 contrado naturalmente no corpo humano. Certas bactérias que evoluíram ao longo de milhões de anos adotaram essa substância para revestir suas paredes. Essas bactérias naturalmente polissialiladas puderam então, em virtude do mimetismo molecular, frustrar o sistema de defesa corporal. As bactérias podem produzir facilmente o PSA, a melhor tecnologia dissimuladora da natureza, em grandes quantidades e com características físicas predeterminadas. O PSA bacteriano é completamente não imunogênico, mesmo quando acoplado às proteínas, por ser quimicamente idêntico ao PSA no corpo humano.
[0207] Outra tecnologia inclui o uso de derivados do hidroxietilamido (HES) unidos a anticorpos. O HES é um polímero natural modificado derivado do amido de milho ceroso e pode ser metabolizado pelas enzimas corporais. É frequente administrar soluções de HES para substituir o volume de sangue deficiente e aprimorar as propriedades reológicas do sangue. A hesilação de um anticorpo permite prolongar a meia-vida de circulação melhorando a estabilidade da molécula, e reduzir a depuração renal, resultando em uma atividade biológica aumentada. Variando os diversos parâmetros, como o peso molecular do HES, um grande grupo de conjugados do anticorpo de HES pode ser customizado.
[0208] Anticorpos com meia-vida in vivo aumentada também podem ser gerados mediante a introdução de uma ou mais modificações de aminoácidos (isto é, substituições, inserções ou deleções) em um domínio constante de IgG ou o seu fragmento de ligação ao FcRn (de preferência um fragmento do domínio Fc da dobradiça ou Fc). Veja, por exemplo, a Publicação Internacional N2 WO 98/23289; Publicação Internacional N2 WO 97/34631; e a Patente dos EUA N2 6.277.375.
[0209] Além disso, os anticorpos podem ser conjugados à albumina (por exemplo, albumina do soro humana; HSA) para fabricar o anticorpo ou fragmento de anticorpo mais estável in vivo ou ter uma meia-vida in
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126/189 vivo mais longa. As metodologias são bem conhecidas na técnica, veja, por exemplo, as Publicações Internacionais NQ WO 93/15199, WO 93/15200, e WO 01/77137; e a Patente Européia NQ EP413622. Ademais, no contexto de um anticorpo biespecífico conforme descrito acima, as especificidades do anticorpo podem ser planejadas para que um domínio de ligação do anticorpo se ligue ao FXIa enquanto um segundo domínio de ligação do anticorpo se ligue à albumina do soro, de preferência a HSA.
[0210] As estratégias de prolongamento da meia-vida são especialmente úteis em nanocorpos, ligantes à base de fibronectina, e outros anticorpos ou proteínas para os quais uma meia-vida in vivo mais longa é desejada.
Conjugados de Anticorpos [0211 ] A presente divulgação fornece anticorpos ou fragmentos dos mesmos que se ligam especificamente à proteína FXI/FXIa recombinantemente fundida ou conjugada quimicamente (incluindo conjugações covalentes e não covalentes) a um polipeptídeo ou proteína heteróloga (ou um fragmento do mesmo, preferencialmente a um polipeptídeo com pelo menos 10, pelo menos 20, pelo menos 30, pelo menos 40, pelo menos 50, pelo menos 60, pelo menos 70, pelo menos 80, pelo menos 90 ou pelo menos 100 aminoácidos) para gerar proteínas de fusão. Em particular, a presente divulgação fornece proteínas de fusão que compreendem um fragmento de ligação ao antígeno de um anticorpo aqui descrito (por exemplo, um fragmento Fab, Fragmento Fd, fragmento Fv, fragmento F(ab)2, um domínio VH, uma CDR VH, um domínio VL ou uma CDR VL) e uma proteína, polipeptídeo ou peptídeo heterólogos. Métodos para a fusão ou conjugação de proteínas, polipeptídeos ou peptídeos a um anticorpo ou a um fragmento de anticorpo são conhecidos na técnica. Veja, por exemplo, as Patentes dos EUA NQ 5.336.603,
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5.622.929, 5.359.046, 5.349.053, 5.447.851, e 5.112.946; Patentes Européias NQ EP 307.434 e EP 367.166; as Publicações Internacionais NQ WO 96/04388 e WO 91/06570; Ashkenazi etal., 1991, Proc. Natl. Acad. Sei. EUA 88: 10535-10539; Zheng et al., 1995, J. Immunol. 154:55905600; e Vil et al., 1992, Proc. Natl. Acad. Sei. EUA 89:11337- 11341. [0212] Proteínas de fusão adicionais podem ser geradas com técnicas de embaralhamento de genes, embaralhamento de motivos, embaralhamento de éxons, e/ou embaralhamento de códons (denominados coletivamente embaralhamento de DNA). O embaralhamento de DNA pode ser aplicado para alterar as atividades dos anticorpos da presente divulgação ou dos seus fragmentos (por exemplo, anticorpos ou fragmentos dos mesmos com afinidades mais altas e taxas de dissociação mais baixas). Consulte, de maneira geral, as Patentes dos EUA NQ 5.605.793, 5.811.238, 5.830.721,5.834.252, e 5.837.458; Patten etal., 1997, Curr. Opinion Biotechnol. 8:724-33; Harayama, 1998, Trends Biotechnol. 16(2):76-82; Hansson, et al., 1999, J. Mol. Biol. 287:265-76; e Lorenzo e Blasco, 1998, Biotechniques 24(2):308- 313 (cada patente e cada publicação é desde já incorporado por meio de citação em sua totalidade). Os anticorpos ou seus fragmentos ou os anticorpos ou seus fragmentos codificados, podem ser alterados mediante mutagênese aleatória por PCR com tendência ao erro (error-prone PCR), inserção de nucleotídeo aleatório ou outros métodos antes da recombinação. Um polinucleotídeo que codifica um anticorpo ou fragmento do mesmo que se liga especificamente a uma proteína FXIa pode ser recombinado com um ou mais componentes, motivos, seções, partes, domínios, fragmentos, etc. de uma ou mais moléculas heterólogas.
[0213] Além disso, os anticorpos ou seus fragmentos podem ser fundidos a sequências marcadoras, a um peptídeo por exemplo, para facilitar a purificação. Em modalidades específicas, a sequência de aminoácidos marcadora é um peptídeo hexa-histidina (SEQ ID NQ: 68),
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128/189 como a cauda fornecida em um vetor pQE (QIAGEN, Inc., 9259 Eton Avenue, Chatsworth, CA, 91311), entre outros, muitos deles comercialmente disponíveis. Conforme descrito em Gentz etal., 1989, Proc. Natl. Acad. Sei. EUA 86:821-824, por exemplo, a hexa-histidina (SEQ ID NQ: 68) proporciona uma purificação adequada da proteína de fusão. Outras caudas de peptídeos úteis para purificação incluem, mas não se limitam à cauda da hemaglutinina (HA), que corresponde a um epítopo derivado da proteína hemaglutinina da influenza (Wilson et al., 1984, Célula 37:767), e o marcador flag”.
[0214] Em outras modalidades, os anticorpos da presente divulgação ou seus fragmentos são conjugados a um agente de diagnóstico ou detectável. Esses anticorpos podem ser úteis para monitorar ou diagnosticar o desencadeamento, desenvolvimento, progressão e/ou severidade de uma doença ou distúrbio como parte de um procedimento de exames clínicos, tais como determinar a eficácia de uma terapia particular. O diagnóstico e a detecção podem ser realizados acoplando o anticorpo a substâncias detectáveis que incluem, mas não se limitam a, diversas enzimas como, entre outras, peroxidase de rábano, fosfatase alcalina, beta-galactosidase ou acetilcolinesterase; grupos protéticos tais como, entre outros, estreptavidina-biotina e avidina/biotina; materiais fluorescentes tais como, entre outros, umbeliferona, fluoresceína, isotiocianato de fluoresceína, rodamina, diclorotriazinil-amina fluoresceína, cloreto de dansila ou ficoeritrina; materiais luminescentes tais como, entre outros, luminol; materiais bioluminescentes tais como, entre outros, luciferase, luciferina, e aquorina; materiais radioativos tais como, entre outros, iodo (1311, 1251, 1231, e 1211,), carbono (14C), enxofre (35S), trítio (3H), índio (115ln, 113ln, 112ln, e 1111n,), tecnécio (99Tc), tálio (201 Ti), gálio (68Ga, 67Ga), paládio (103Pd), molibdênio (99Mo), xenônio (133Xe), flúor (18F), 153Sm, 177Lu, 159Gd, 149Pm, 140La, 175Yb, 166Ho, 90Y, 47Sc, 186Re, 188Re, 142 Pr, 105Rh, 97Ru, 68Ge,
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57Co, 65Zn, 85Sr, 32P, 153Gd, 169Yb, 51 Cr, 54Mn, 75Se, 113Sn, e 117Tin; e metais emissores de positrons usando várias tomografias de emissão de positron, e ions de metal paramagnético não radioativo.
[0215] A presente divulgação engloba ainda os usos dos anticorpos ou dos seus fragmentos conjugados a uma fração terapêutica. Um anticorpo ou fragmento do mesmo pode ser conjugado a uma fração terapêutica, como uma citotoxina, por exemplo, um agente citostático ou citocida, um agente terapêutico ou um íon de metal radioativo, por exemplo, emissores alfa. Uma citotoxina ou agente citotóxico inclui qualquer agente nocivo às células.
[0216] Em continuação, um anticorpo ou fragmento do mesmo pode ser conjugado a uma fração terapêutica ou fração do fármaco que modifica uma determinada resposta biológica. Frações terapêuticas ou frações medicamentosas não devem ser interpretadas como restritas aos agentes terapêuticos químicos clássicos. Por exemplo, a fração medicamentosa pode ser uma proteína, peptídeo ou polipeptídeo com uma atividade biológica desejada. Essas proteínas podem incluir, por exemplo, uma toxina como abrina, ricina A, exotoxina de Pseudomonas, toxina da cólera ou toxina da difteria; uma proteína como o fator da necrose tumoral, α-interferon, β-interferon, fator de crescimento nervoso, fator de crescimento derivado de plaquetas, ativador plasminogênio residual, um agente apoptótico, um agente antiangiogênico; ou, um modificador da resposta biológica como, por exemplo, uma linfocina.
[0217] Além disso, um anticorpo pode ser conjugado a frações terapêuticas como um íon de metal radioativo, como os emissores alfa, a exemplo do 213Bi ou quelantes macrocíclicos úteis para a conjugação de íons rádio-metálicos, incluindo-se, mas não limitados a, 131 In, 131 LU, 131Y, 131 Ho, 131 Sm, a polipeptídeos. Em certas modalidades, o quelante macrocíclico é o ácido 1,4, 7, 10-tetra-azaciclododecano-N, Ν’, N”, N”’-tetra-acético (DOTA) que pode ser anexado ao anticorpo por
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130/189 uma molécula linker. As moléculas linker são geral mente conhecidas na técnica e são descritas por Denardo et al., 1998, Clin Cancer Res. 4(10):2483-90; Peterson et al., 1999, Bioconjug. Chem. 10(4):553-7; e Zimmerman et al., 1999, Nucl. Med. Biol. 26(8):943-50, cada uma das referência sendo incorporada a este documento por meio de citação em suas totalidades.
[0218] Técnicas para conjugar frações terapêuticas a anticorpos são notórias, veja, por exemplo, Arnon et al., Monoclonal Antibodies For Immunotargeting Of Drugs In Cancer Therapy, em Monoclonal Antibodies and Cancer Therapy, Reisfeld et al. (eds.), pp. 243-56 (Alan R. Liss, Inc. 1985); Hellstrom et al., Antibodies For Drug Delivery, em Controlled Drug Delivery (2- Ed.), Robinson et al. (eds.), pp. 623-53 (Marcel Dekker, Inc. 1987); Thorpe, Antibody Carriers Of Cytotoxic Agent In Cancer Therapy: a Review, em Monoclonal Antibodies 84: Biological and Clinical Applications, Pinchera et al. (eds.), pp. 475-506 (1985); Analysis, Results, and Future Prospective of the Therapeutic Use Of Radiolabeled Antibody In Cancer Therapy, em Monoclonal Antibodies For Cancer Detection and Therapy, Baldwin et al. (eds.), pp. 303-16 (Academic Press 1985), e Thorpe et al., 1982, Immunol. Rev. 62:119-58.
[0219] Anticorpos também podem ser anexados a suportes sólidos, que são particularmente úteis para imunoensaios ou purificação do antígeno de interesse. Suportes sólidos incluem, mas não se limitam a, vidro, celulose, poliacrilamida, náilon, poliestireno, cloreto de polivinila ou polipropileno.
Métodos de Produção dos Anticorpos [0220] A presente divulgação também fornece polinucleotídeos compreendendo sequências de ácidos nucleicos que codificam a cadeia pesada de comprimento total, e/ou cadeia leve de comprimento total, VH, VL, dos anticorpos aqui descritos que se ligam especificamente a
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131/189 uma proteína FXI e/ou FXIa (por exemplo, FXIa humano, de coelho e de macaco cinomolgo), por exemplo, anticorpos AM1, AM2, AM3, e AM4. Essas sequências de ácidos nucleicos podem ser aperfeiçoadas para expressão em células de mamífero (por exemplo, consulte a Tabela 2).
[0221] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um polinucleotídeo contendo sequências de nucleotídeos que codificam uma VL, VH ou uma VL e VH de um anticorpo anti-FXI/FXIa ou fragmento de ligação ao antígeno aqui descrito, por exemplo, o anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4.
[0222] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece um polinucleotídeo contendo sequências de nucleotídeos que codificam uma cadeia pesada, cadeia leve ou uma cadeia pesada e cadeia leve do anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno aqui descrito, por exemplo, o anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4.
[0223] Em aspectos particulares, a presente invenção fornece um polinucleotídeo compreendendo as sequências de nucleotídeos indicadas na Tabela 2, por exemplo, SEQ ID NQ: 31,33, 35, 37, 42, 44, 49, 51, 52, 54, 56, e 58.
[0224] Em aspectos específicos, a presente invenção fornece um vetor (por exemplo, vetor de expressão) compreendendo um polinucleotídeo aqui descrito (por exemplo, Tabela 2).
[0225] Em certos aspectos, a presente invenção fornece uma célula hospedeira contendo um vetor ou polinucleotídeo descrito. Em aspectos específicos, a célula hospedeira é uma célula eucariótica. Em certos aspectos, a célula hospedeira é uma célula de mamífero (por exemplo, a célula de um mamífero não humano, como as células CHO). Em aspectos particulares, uma célula hospedeira compreende (i) um vetor ou polinucleotídeo contendo sequências de nucleotídeos que codificam uma VH ou uma cadeia pesada e (ii) um vetor ou polinucleotídeo
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132/189 contendo sequências de nucleotídeos que codificam uma VL ou uma cadeia leve. Em aspectos específicos, uma primeiro célula hospedeira compreende um vetor ou polinucleotídeo contendo sequências de nucleotídeos que codificam uma VH ou uma cadeia pesada e uma segunda célula hospedeira compreende um vetor ou polinucleotídeo contendo sequências de nucleotídeos que codificam uma VL ou uma cadeia leve.
[0226] Em aspectos particulares, o presente documento fornece um método para produzir um anticorpo anti-FXI/FXIa ou fragmento do mesmo, que compreende a etapa de cultivar uma célula hospedeira aqui descrita em condições adequadas para a expressão do anticorpo antiFXI/FXIa ou fragmento do mesmo.
[0227] Em certos aspectos, o método de produção de um anticorpo anti-FXI/FXIa ou fragmento do mesmo compreende adicionalmente purificar o anticorpo anti-FXI/FXIa ou fragmento do mesmo.
Ácidos Nucleicos que Codificam os Anticorpos [0228] A presente divulgação fornece moléculas de ácido nucleico substancialmente purificadas que codificam polipeptídeos contendo segmentos ou domínios das cadeias de anticorpos de ligação ao FXIa descritas acima. Alguns dos ácidos nucleicos da presente divulgação compreendem a sequência de nucleotídeos que codifica a região variável de cadeia pesada mostrada na SEQ ID NQ: 30, 41 ou 48, e/ou a sequência de nucleotídeo que codifica a região variável de cadeia leve mostrada na SEQ ID NQ: 34 ou 55. Em uma modalidade específica, as moléculas de ácido nucleico são aquelas identificadas na Tabela 2. Algumas outras moléculas de ácido nucleico da presente divulgação contêm sequências de nucleotídeos que são substancialmente idênticas (por exemplo, pelo menos 65, 80%, 95% ou 99%) às sequências de nucleotídeos daquelas identificadas na Tabela 2. Quando expressos a partir dos vetores de expressão apropriados, os polipeptídeos codificados
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133/189 por esses polinucleotídeos conseguem exibir uma capacidade de ligação ao antígeno de FXI e/ou FXIa.
[0229] A presente divulgação fornece ainda polinucleotídeos que codificam pelo menos uma região CDR e usualmente todas as três regiões de CDR de cadeia pesada ou leve do anticorpo de ligação ao FXIa indicado acima. Alguns outros polinucleotídeos codificam todas ou substancialmente todas as sequências da região variável da cadeia pesada e/ou da cadeia leve do anticorpo de ligação ao FXIa especificado acima. Dada a degeneração do código, várias sequências de ácidos nucleicos codificarão cada uma das sequências de aminoácidos da imunoglobulina.
[0230] As moléculas de ácido nucleico da presente divulgação podem codificar uma região variável e uma região constante do anticorpo. Algumas das sequências de ácidos nucleicos da presente divulgação compreendem nucleotídeos que codificam uma sequência de cadeia pesada que é substancialmente idêntica (por exemplo, pelo menos 80%, 90% ou 99%) à sequência de cadeia pesada especificada na SEQ ID NQ: 32, 43, 50 ou 53. Algumas outras sequências de ácidos nucleicos compreendendo nucleotídeos que codificam uma sequência de cadeia leve que é substancialmente idêntica (por exemplo, pelo menos 80%, 90% ou 99%) à sequência de cadeia leve especificada na SEQ ID NQ: 57 ou 36.
[0231] As sequências de polinucleotídeos podem ser produzidas pela síntese de novo de DNA em fase sólida ou por mutagênese de PCR de uma sequência existente (por exemplo, as sequências descritas nos Exemplos abaixo) que codifica um anticorpo de ligação ao FXIa ou o seu fragmento de ligação. A síntese química direta de ácidos nucleicos pode ser efetuada pelos métodos conhecidos na técnica, como o método do fosfotriéster de Narang et al., 1979, Meth. Enzymol. 68:90; o método do fosfodiéster de Brown etal., Meth. Enzymol. 68:109, 1979; o
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134/189 método da dietil-fosforamidita de Beaucage et al., Tetra. Lett., 22:1859, 1981; e o método de suporte sólido da Patente dos EUA NQ 4.458.066. A introdução de mutações em uma sequência de polinucleotideos por PCR pode ser realizada conforme descrito, por exemplo, em PCR Technology: Principles and Applications for DNA Amplification, H.A. Erlich (Ed.), Freeman Press, NY, NY, 1992; PCR Protocolos: A Guide to Methods and Applications, Innis etal. (Ed.), Academic Press, San Diego, CA, 1990; Mattila etal., Nucleic Acids Res. 19:967, 1991; e Eckert etal., PCR Methods and Applications 1:17, 1991.
[0232] A presente divulgação fornece ainda vetores de expressão e células hospedeiras para produzir os anticorpos de ligação a FXI e/ou FXIa descritos acimas. Diversos vetores de expressão podem ser empregados para expressar os polinucleotideos que codificam as cadeias do anticorpo de ligação ao FXIa ou seus fragmentos de ligação. Vetores de expressão virais e não virais podem ser usados para produzir os anticorpos em uma célula hospedeira de mamífero. Vetores e sistemas não virais incluem plasmídeos, vetores epissomais, tipicamente com um cassete de expressão para expressar uma proteína ou RNA, e cromossomas artificiais humanos (veja, por exemplo, Harrington etal., Nat Genet 15:345, 1997). Por exemplo, vetores não virais úteis para expressão de polinucleotideos e polipeptídeos de ligação ao FXIa em células de mamíferos (por exemplo, o homem) incluem pTioHis A, B & C, pcDNA3.1/His, pEBVHis A, B & C, (Invitrogen, San Diego, CA), vetores MPSV, e diversos outros vetores conhecidos na técnica para expressar outras proteínas. Vetores virais úteis incluem vetores baseados em retrovirus, adenovirus, vírus adeno-associado, vírus da herpes, vetores baseados em SV40, vírus do papiloma, vírus Epstein Barr HBP, vetores do vírus vaccinia e vírus da Floresta de Semliki (SFV). Veja, Brent etal., supra; Smith, Annu. Rev. Microbiol. 49:807, 1995; e Rosenfeld et al., Cell 68:143, 1992.
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135/189 [0233] A escolha do vetor de expressão depende das células hospedeiras visadas nas quais o vetor será expresso. Tipicamente, os vetores de expressão contêm uma sequência promotora e outras sequências reguladoras (por exemplo, acentuadoras) que são ligadas operacionalmente a polinucleotídeos que codificam uma cadeia ou fragmento do anticorpo de ligação ao FXIa. Em algumas modalidades, um promotor induzível é empregado para evitar a expressão das sequências inseridas, exceto sob condições induzíveis. Promotores induzíveis incluem, por exemplo, arabinose, lacZ, um promotor da metalotioneína ou um promotor de choque térmico. As culturas dos organismos transformados podem ser expandidas em condições não induzíveis sem predispor a população a sequências codificadoras cujos produtos da expressão são mais bem tolerados pelas células hospedeiras. Além dos promotores, outros elementos reguladores também podem ser requeridos ou desejados para a expressão eficiente de uma cadeia ou fragmento do anticorpo de ligação ao FXIa. Esses elementos incluem tipicamente um códon de iniciação ATG e um sítio de ligação a ribossomos adjacente ou outras sequências. Além disso, a eficiência da expressão pode ser incrementada pela inclusão de acentuadores apropriados ao sistema celular em uso (veja, por exemplo, Scharf etal., Results Probl. Cell Differ. 20:125, 1994; e Bittner et al., Meth. Enzymol., 153:516, 1987). Por exemplo, os acentuadores SV40 ou CMV podem ser usados para aumentar a expressão em células hospedeiras de mamíferos.
[0234] Os vetores de expressão também podem proporcionar uma posição da sequência-sinal de secreção para formar uma proteína de fusão com polipeptídeos codificados pelas sequências dos anticorpos de ligação ao FXIa inseridas. Com mais frequência, as sequências dos anticorpos de ligação ao FXI e/ou FXIa inseridas são ligadas a sequências-sinais antes da inclusão no vetor. Os vetores usados para receber as sequências codificadoras dos domínios variáveis de cadeia leve e de
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136/189 cadeia pesada do anticorpo de ligação a FXI e/ou FXIa também eventualmente codificam as regiões constantes ou partes delas. Esses vetores possibilitam a expressão das regiões variáveis como proteínas de fusão junto com as regiões constantes, levando assim à produção de anticorpos intactos ou fragmentados. Por característica, as regiões constantes são humanas.
[0235] As células hospedeiras para alojar e expressar as cadeias do anticorpo de ligação ao FXI e/ou FXIa podem ser procarióticas ou eucarióticas. A E. colié um hospedeiro procariótico útil para a clonagem e expressão dos polinucleotídeos da presente divulgação. Outros hospedeiros microbianos adequados ao uso incluem bacilos, como Bacillus subtilis, e outras enterobacteriáceas, como Salmonella, Serratia, e muitas espécies de Pseudomonas. Nesses hospedeiros procarióticos, os vetores de expressão também podem ser fabricados, contendo tipicamente sequências de controle da expressão compatíveis com a célula hospedeira (por exemplo, uma origem de replicação). Além disso, qualquer número dos vários promotores conhecidos estará presente, como o sistema promotor da lactose, um sistema promotor do triptofano (trp), um sistema promotor da beta-lactamase ou um sistema promotor do fago lambda. Em geral os promotores controlam a expressão, opcionalmente com uma sequência operadora, e possuem sequências do sítio de ligação a ribossomos e outros similares, para iniciar e completar a transcrição e a tradução. Outros micróbios como as leveduras também podem ser empregados para expressar os polipeptídeos de ligação ao FXIa da presente divulgação. Células de inseto combinadas a vetores de baculovírus podem ser igualmente úteis.
[0236] Em algumas modalidades específicas, células hospedeiras de mamíferos são usadas para expressar e produzir os polipeptídeos de ligação ao FXI e/ou FXIa da presente divulgação. Essas células incluem qualquer célula animal ou humana mortal normal ou normal ou
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137/189 imortal anormal. Por exemplo, foram desenvolvidas diversas linhagens de células hospedeiras capazes de secretar imunoglobulinas intactas que incluem linhagens de células CHO, diversas linhagens de células Cos, células HeLa, linhagens de células de mieloma, e células B transformadas. O uso de cultura de células de tecidos de mamíferos para expressão de polipeptídeos é discutido em linhas gerais, por exemplo, por Winnacker, FROM GENES TO CLONES, VCH Publishers, N.Y., N.Y., 1987. Os vetores de expressão para células hospedeiras de mamíferos podem incluir sequências de controle da expressão, por exemplo, uma origem de replicação, um promotor, e um acentuador (veja, por exemplo, Queen, et al., Immunol. Rev. 89:49-68, 1986), e os sítios de processamento de informações necessários, como os sítios de ligação a ribossomos, sítios de processamento (splicing) do DNA, sítios de poliadenilação, e sequências terminadoras transcricionais.
[0237] Esses vetores de expressão usualmente contêm promotores derivados de genes de mamíferos ou de vírus de mamíferos. Promotores adequados podem ser constitutivos, específicos do tipo de célula, específico do estágio, e/ou moduláveis ou reguláveis. Promotores úteis incluem, mas não se limitam ao, promotor da metalotioneína, promotor constitutivo tardio principal do adenovirus, o promotor do MMTV induzido pela dexametasona, o promotor SV40, o promotor pol III MRP, o promotor do MPSV constitutivo, o promotor do CMV induzido pela tetraciclina (como o promotor precoce-imediato do CMV humano), o promotor do CMV constitutivo, e as combinações promotor-acentuador conhecidas na técnica.
[0238] Os métodos para a introdução de vetores de expressão contendo as sequências de polinucleotídeos de interesse variam em função do tipo de hospedeiro celular. Por exemplo, é comum usar transfecção com cloreto de cálcio para células procarióticas, ao passo que o tratamento com fosfato de cálcio ou a eletroporação pode servir para outros
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138/189 hospedeiros celulares, (veja geralmente Sambrook, et al., supra). Outros métodos incluem, por exemplo, eletroporação, tratamento com fosfato de cálcio, transformação mediada por lipossomo, injeção e microinjeção, métodos balísticos, virossomos, imunolipossomos, conjugados policátiomácido nucleico, DNA nu, virions artificiais, fusão com a proteína estrutural VP22 do vírus da herpes (Elliot e O'Hare, Cell 88:223, 1997), absorção de DNA reforçada por agentes, e a transdução ex vivo. Para a produção de longo prazo e com alto rendimento de proteínas recombinantes, a expressão estável sempre será desejada. Por exemplo, linhagens de células que expressam de maneira estável as cadeias do anticorpo de ligação ao FXIa ou fragmentos de ligação podem ser preparadas usando os vetores de expressão da presente divulgação que contêm origens de replicação viral ou elementos de expressão endógena e um gene marcador selecionável. Depois da introdução do vetor, as células crescem livremente por 1-2 dias em meio enriquecido antes de serem transferidas para meios seletivos. O objetivo do marcador selecionável é conferir resistência à seleção, e a sua presença permite o crescimento das células que expressam exitosamente as sequências introduzidas em meios seletivos. As células resistentes transfectadas estavelmente podem ser proliferadas usando técnicas de cultura de tecido convenientes ao tipo da célula.
Engenharia de FC ou Região framework [0239] Os anticorpos de engenharia da presente divulgação incluem aqueles nos quais foram praticadas modificações aos resíduos da região framework em VH e/ou VL, por exemplo, para aprimorar as propriedades do anticorpo. Tipicamente essas modificações na região framework servem para diminuir a imunogenicidade do anticorpo. Por exemplo, uma abordagem é retromutar um ou mais resíduos da região framework gata a sequência da linhagem germinativa correspondente. Mais especificamente, um anticorpo que tenha sido submetido a uma
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139/189 mutação somática pode conter resíduos de região framework que diferem da sequência da linhagem germinativa da qual o anticorpo é derivado. Esses resíduos podem ser identificados comparando as sequências da região framework do anticorpo às sequências da linhagem germinativa das quais o anticorpo é derivado. Para retornar as sequências da região framework à sua configuração da linhagem germinativa, as mutações somáticas pode ser retromutadas para a sequência da linhagem germinativa através, por exemplo, da mutagênese sítio-dirigida. Os anticorpos retromutados também são englobados pela presente divulgação.
[0240] Outro tipo de modificação da região framework envolve a mutação de um ou mais resíduos contidos na região framework ou até mesmo em uma ou mais regiões CDR, para remover epítopos da célula T e com isso reduzir a imunogenicidade potencial do anticorpo. Essa abordagem também é denominada desimunização e é descrita mais detalhadamente na Publicação de Patente dos EUA NQ 20030153043 por Carr et al.
[0241] Em acréscimo ou em alternativa às modificações efetuadas nas regiões framework ou CDR, os anticorpos da presente divulgação podem ser projetados para incluir modificações na região Fc, tipicamente para alterar uma ou mais propriedades funcionais do anticorpo, como meia-vida do soro, fixação de complemento, ligação do receptor Fc, e/ou citotoxicidade celular antígeno-dependente. Ademais, um anticorpo da presente divulgação pode ser modificado quimicamente (por exemplo, uma ou mais frações químicas podem ser anexadas ao anticorpo) ou modificados para alterar a sua glicosilação, novamente para alterar uma ou mais propriedades funcionais do anticorpo. Cada uma dessas modalidades está descrita mais detalhadamente abaixo. A numeração dos resíduos na região Fc é a do índice EU de Kabat.
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140/189 [0242] Em uma modalidade, a região de dobradiça de CH1 é modificada para que o número de resíduos de cisteína na região da dobradiça seja alterado, por exemplo, aumentado ou diminuído. Essa abordagem é aprofundada na Patente dos EUA NQ 5.677.425 por Bodmer etal. O número de resíduos da cisteína na região da dobradiça de CH1 é alterado, por exemplo, para facilitar a união das cadeias leves e pesadas ou para aumentar ou diminuir a estabilidade do anticorpo.
[0243] Em outra modalidade, a região de dobradiça Fc de um anticorpo é mutada para abreviar a meia-vida biológica do anticorpo. Mais especificamente, uma ou mais mutações de aminoácidos são introduzidas na região da interface do domínio CH2-CH3 do fragmento da dobradiça Fc para que o anticorpo tenha a ligação da proteína A de Staphylococcyl (SpA) prejudicada em relação à ligação SpA do domínio da dobradiça Fc. Essa abordagem é descrita mais detalhadamente na Patente dos EUA NQ 6.165.745 por Ward et al.
[0244] Em outra modalidade, o anticorpo é modificado para prolongar a sua meia-vida biológica. Várias abordagens são possíveis. Por exemplo, uma ou mais das mutações descritas na Patente dos EUA NQ 6.277.375 concedida a Ward podem ser utilizadas. Em alternativa, para prolongar a meia-vida biológica, o anticorpo pode ser alterado na região CH1 ou CL para conter um epítopo de resgate da ligação ao receptor obtido das duas alças de um domínio CH2 de uma região Fc de uma IgG, conforme descrito nas Patentes dos EUA NQ 5.869.046 e 6.121.022 por Presta et al.
[0245] Em outras modalidades ainda, a região Fc é alterada substituindo pelo menos um resíduo de aminoácido por um resíduo de aminoácido diferente para alterar as funções efetoras do anticorpo. Por exemplo, um ou mais aminoácidos podem ser substituídos por um resíduo de aminoácido diferente para que o anticorpo tenha a sua afinidade por um ligante efetor alterada, mas preservando a capacidade de ligação ao
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141/189 antígeno do anticorpo parental. O ligante efetor em relação ao qual a afinidade é alterada pode ser, por exemplo, um receptor Fc ou o componente C1 do complemente. Essa abordagem é descrita mais detalhadamente nas Patentes dos EUA NQ 5.624.821 e 5.648.260, ambas concedidas a Winter et al.
[0246] Em outra modalidade, um ou mais aminoácidos selecionados entre resíduos de aminoácidos podem ser substituídos por um resíduo de aminoácido diferente para que o anticorpo tenha a ligação 01 q alterada e/ou citotoxicidade dependente de complemento (CDC) reduzida ou extinta. Essa abordagem é descrita mais detalhadamente na Patente dos EUA NQ 6.194.551 concedida a Idusogie etal.
[0247] Em outra modalidade, um ou mais resíduos de aminoácidos são alterados para alterar a capacidade do anticorpo de fixar complementos. Essa abordagem é aprofundada na Publicação PCT WO 94/29351 de Bodmer etal.
[0248] Em uma modalidade específica, um anticorpo anti-FXI/FXIa aqui descrito (por exemplo, anticorpo contendo as CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) compreende uma região Fc da IgG (por exemplo, IgG 1) humana contendo substituições de dois aminoácidos, D265A e P329A, para reduzir a probabilidade de ADCC ou CDC causada por algum FXI associado à superfície. Restou demonstrado que essas substituições de alanina reduziram ADCC e CDC (veja, por exemplo, Idosugie et al., J. Immunol. 164:4178-4184, 2000; Shields et al., J. Biol. Chem. 276:6591-6604, 2001).
[0249] Em outra modalidade ainda, a região Fc é modificada para aumentar a capacidade do anticorpo de mediar a citotoxicidade celular dependente de anticorpos (ADCC) e/ou aumentar a afinidade do anticorpo por um receptor Fcy modificando um ou mais aminoácidos. Essa abordagem é aprofundada na Publicação PCT WO 00/42072 de Presta. Além disso, os sítios de ligação na lgG1 humana para FcyRI, FcyRII,
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FcyRIII e FcRn foram mapeados e as variantes com ligação aperfeiçoada foram descritas (veja Shields, R.L. Et al., 2001 J. Biol. Chen. 276:6591-6604).
[0250] Em mais uma modalidade, a glicosilação de um anticorpo é modificada. Por exemplo, um anticorpo aglicosilado pode ser fabricado (isto é, o anticorpo carece de glicosilação). A glicosilação pode ser alterada, por exemplo, para aumentar a afinidade do anticorpo pelo antígeno'. Essas modificações de carboidrato podem ser efetuadas, por exemplo, alterando um ou mais sítios da glicosilação na sequência do anticorpo. Por exemplo, um ou mais aminoácidos podem ser substituídos para resultar na eliminação de um ou mais sítios de glicosilação da região framework da região variável para eliminar a glicosilação naquele sítio. A aglicosilação pode acentuar a afinidade do anticorpo pelo antígeno. Essa abordagem é descrita mais detalhadamente nas Patentes dos EUA NQ 5.714.350 e 6.350.861 de Co et al.
[0251] Em acréscimo ou como alternativa, pode ser produzido um anticorpo que tenha um tipo de glicosilação alterado, como um anticorpo hipofucosilado com quantidades reduzidas de resíduos fucosila ou um anticorpo com estruturas de GlcNac bisseccionadas aumentadas. Foi demonstrado que esses padrões de glicosilação alterada aumentam a capacidade de ADCC dos anticorpos. As modificações de carboidrato podem ser obtidas, por exemplo, expressando o anticorpo em uma célula hospedeira com maquinaria de glicosilação alterada. Células com a maquinaria de glicosilação alterada foram descritas na técnica e podem ser utilizadas como células hospedeiras nas quais expressar os anticorpos recombinantes da presente divulgação para produzir um anticorpo de glicosilação alterada. Por exemplo, o documento EP 1.176.195 de Hang et al. descreve uma linhagem celular com um gene FUT8 funcionalmente corrompido, que codifica uma fucosil transferase, de modo
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143/189 que os anticorpos expressos nessa linhagem celular exibem hipofucosilação. A Publicação PCT WO 03/035835 de Presta descreve uma linhagem celular de CHO variante, células Lecl3, com capacidade reduzida de anexar a fucose aos carboidratos unidos a Asn(297), resultando ainda na hipofucosilação dos anticorpos expressos naquela célula hospedeira (consulte também Shields, R.L. Et al., 2002 J. Biol. Chem. 277:26733-26740). A Publicação PCT WO 99/54342 de Umana et al. descreve linhagens de células projetadas para expressar glicosil-transferases modificadoras de glicoproteínas (por exemplo, beta(1,4)-N acetilglicosaminil-transferase III (GnTIH)) para que os anticorpos expressos nas linhagens de células projetadas exibam estruturas GlcNac bisseccionadas aumentadas, resultando na maior atividade de ADCC dos anticorpos (consulte também Umana etal., 1999 Nat. Biotech. 17:176-180). Métodos para Engenharia de Anticorpos Alterados [0252] Conforme discutido acima, os anticorpos de ligação ao FXIa com as sequências VH e VL ou as sequências de cadeia leve e pesada de comprimento total mostrados neste documento podem ser utilizados para criar novos anticorpos de ligação ao FXIa modificando as sequências de cadeia pesada e/ou de cadeia leve de comprimento total, sequências de VH e/ou VL ou a(s) região(ões) constante(s) anexadas a elas. Portanto, em outro aspecto da presente divulgação, as características estruturais de um anticorpo de ligação ao FXIa da presente divulgação são usadas para criar anticorpos de ligação ao FXIa estruturalmente relacionados que conservam pelo menos uma propriedade funcional dos anticorpos da presente divulgação, tais como a ligação ao FXI humano e inibindo uma ou mais propriedades funcionais do FXIa (por exemplo, inibe a ligação do FXIa ao receptor FXIa, inibe a proliferação celular FXIa-dependente).
[0253] Por exemplo, uma ou mais regiões CDR dos anticorpos da presente divulgação ou mutações do mesmo, podem ser combinadas
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144/189 por recombinação com regiões framework conhecidas e/ou outras CDRs para criar anticorpos de ligação ao FXIa adicionais projetados por recombinação da presente divulgação, conforme antes discutido. Outros tipos de modificações incluem aquelas descritas na seção anterior. O material de partida para o método de engenharia é uma ou mais das sequências de VH e/ou VL fornecidas neste documento ou um ou mais regiões CDR das mesmas. Para criar o anticorpo projetado, não é necessário preparar efetivamente (isto é, expressar como uma proteína) um anticorpo que tenha uma ou mais das sequências de VH e/ou VL fornecidas neste documento ou uma ou mais das suas regiões CDR. Invés disso, a informação contida na(s) sequência(s) é usada como material de partida para criar sequência(s) de segunda geração derivada(s) da(s) sequência(s) original(is) e então a(s) sequência(s) de segunda geração é(são) preparada(s) e expressa(s) como uma proteína. [0254] Por conseguinte, em outra modalidade, a presente divulgação fornece um método para preparar um anticorpo de ligação ao FXIa aperfeiçoado para expressão em uma célula de mamífero formado por: uma sequência do anticorpo de cadeia pesada de comprimento total que tem uma sequência selecionada entre o grupo da SEQ ID NQ: 32, 43, 50, e 53; e uma sequência do anticorpo de cadeia leve de comprimento total que tem uma sequência selecionada entre o grupo da SEQ ID NQ: 36 e 57; alterando pelo menos um resíduo de aminoácido na sequência do anticorpo de cadeia pesada de comprimento total e/ou na sequência do anticorpo de cadeia leve de comprimento total para criar pelo menos uma sequência de anticorpo alterada; e expressando a sequência de anticorpo alterada como uma proteína. Em uma modalidade, a alteração da cadeia pesada ou cadeia leve está na região framework da cadeia pesada ou cadeia leve.
[0255] A sequência de anticorpo alterada também pode ser preparada avaliando bibliotecas de anticorpos que tenham sequências de
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CDR3 fixas ou determinantes de ligação essenciais mínimos conforme descrito no documento US2005/0255552 e diversidade nas sequências CDR1 e CDR2. A avaliação pode ser realizada de acordo com qualquer tecnologia de avaliação adequada à triagem de anticorpos de bibliotecas de anticorpos, como a tecnologia de exposição ao fago.
[0256] Técnicas tradicionais de biologia molecular podem ser aplicadas para preparar e expressar a sequência de anticorpo alterada. O anticorpo codificado pela(s) sequência(s) de anticorpo alterada(s) é aquele que conserva uma, algumas ou todas as propriedades funcionais dos anticorpos de ligação ao FXIa descritas, propriedades funcionais essas que incluem, mas não se limitam a, ligação específica ao FXIa humano, de cinomolgo, rato, e/ou camundongo; e o anticorpo inibe a proliferação celular FXIa-dependente em um ensaio de proliferação celular F36E e/ou Ba/F3-FXIaR.
[0257] Em certas modalidades dos métodos de engenharia genética dos anticorpos da presente divulgação, mutações pode ser introduzidas aletoriamente ou seletivamente junto com toda ou parte de uma sequência codificadora do anticorpo de ligação ao FXIa e os anticorpos de ligação ao FXIa modificados resultantes podem ser avaliados em termos da atividade da ligação e/ou outras propriedades funcionais descritas aqui. Métodos mutacionais estão descritos na técnica. Por exemplo, a Publicação PCT WO 02/092780 de Short descreve métodos para criar e avaliar mutações em anticorpos através de mutagênese por saturação, montagem de ligação sintética ou uma combinação desses métodos. Em alternativa, a Publicação PCT WO 03/074679 de Lazar et al. descreve métodos para utilização de métodos computacionais de seleção no aperfeiçoamento das propriedades fisioquímicas dos anticorpos.
[0258] Em certas modalidades da presente divulgação os anticorpos foram projetados para remover sítios de desamidação. A desamidação é conhecida por causar mudanças estruturais e funcionais em um
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146/189 peptídeo ou proteína. A desamidação pode resultar em bioatividade reduzida, bem como em alterações na farmacocinética e na antigenicidade do farmacêutico à base de proteína. (Anal Chem. 2005 Mar 1 ;77(5):1432-9).
[0259] Em certas modalidades da presente divulgação os anticorpos foram projetados pra aumentar a pl e aprimorar as suas propriedades farmacologicamente análogas. A pl de uma proteína é um determinante-chave das propriedades biofísicas gerais de uma molécula. Anticorpos que com pis baixas se mostram menos solúveis, menos estáveis, e propensos à agregação. Além disso, a purificação de anticorpos com baixa pl é complexa e pode ser problemática, sobretudo durante o escalonamento para uso clínico. A elevação da pl dos anticorpos antiFXI/FXIa ou Fabs, da presente divulgação aumentou a sua solubilidade, permitindo que os anticorpos fossem formulados em concentrações mais altas (>100 mg/ml). A formulação de anticorpos em concentrações mais altas (por exemplo, >100mg/ml) é vantajosa porque permite a administração de doses de anticorpos mais altas, o que, por sua vez, permitiría uma frequência de dosagem menos intensa, uma vantagem crucial para o tratamento de doenças crônicas englobando distúrbios trombóticos e/ou tromboembólicos. Uma pis mais alta também aumentaria a reciclagem mediada por FcRn da versão IgG do anticorpo, possibilitando uma permanência corporal mais prolongada do fármaco, e a demanda de menos injeções. Por fim, a estabilidade geral dos anticorpos é substancialmente aperfeiçoada devido à pl mais alta, resultando numa bioatividade In vivo e numa vida de prateleira mais duradoura. De preferência, a pl é maior ou igual a 8,2.
[0260] As propriedades funcionais dos anticorpos alterados podem ser avaliadas com ensaios tradicionais disponíveis na técnica e/ou descritas aqui, como os descritos nos Exemplos (por exemplo, ELISAs, teste de aPTT).
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Usos Profiláticos e Terapêuticos [0261] Os anticorpos que se ligam ao FXI e/ou FXIa conforme aqui descrito (por exemplo, os anticorpos descritos na Tabela 2, tais como os anticorpos anti-FXI que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4), podem ser utilizados numa concentração terapeuticamente útil para o tratamento de uma doença ou distúrbio tromboembólico (por exemplo, acidente vascular cerebral trombótico, fibrilação atrial, prevenção do acidente vascular cerebral na fibrilação atrial (SPAF), trombose venosa profunda, tromboembolia venosa, embolia pulmonar, síndromes coronarianas agudas (ACS), acidente vascular cerebral isquêmico, isquemia límbica aguda, hipertensão pulmonar tromboembólica crônica ou embolia sistêmica) administrando a um indivíduo necessitado uma quantidade eficaz dos anticorpos ou fragmentos de ligação ao antígeno da presente divulgação. A presente divulgação fornece um método de tratamento do distúrbio tromboembólico (por exemplo, distúrbios trombóticos) administrando a um indivíduo necessitado uma quantidade eficaz dos anticorpos da presente divulgação. A presente divulgação fornece um método para o tratamento de distúrbios tromboembólicos (por exemplo, acidente vascular cerebral trombótico, fibrilação atrial, prevenção do acidente vascular cerebral na fibrilação atrial (SPAF), trombose venosa profunda, tromboembolia venosa, embolia pulmonar, síndromes coronarianas agudas (ACS), acidente vascular cerebral isquêmico, isquemia límbica aguda, hipertensão pulmonar tromboembólica crônica ou embolia sistêmica) administrando a um indivíduo necessitado uma quantidade eficaz dos anticorpos da presente divulgação (por exemplo, o anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4).
[0262] Os anticorpos aqui descritos (por exemplo, os anticorpos descritos na Tabela 2, tais como o anticorpo ou anticorpos anti-FXI que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo, AM1, AM2, AM3 ou
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AM4) podem ser utilizados, entre outras finalidades, para prevenir o tratamento, prevenir, e melhorar condições ou distúrbios tromboembólicos, incluindo-se, mas não limitados a, distúrbios trombóticos, conforme descrito em mais detalhe neste documento.
[0263] Os anticorpos fornecidos neste documento (por exemplo, os anticorpos descritos na Tabela 2, tais como os anticorpos anti-FXI que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) também podem ser combinados a outros agentes para a prevenção, tratamento ou melhora dos distúrbios tromboembólicos. Por exemplo, terapias à base de estatina podem ser empregadas em combinação com os anticorpos FXIa e com os fragmentos de ligação ao antígeno da presente divulgação para o tratamento de pacientes portadores de distúrbios trombóticos e/ou tromboembólicos.
[0264] Em uma modalidade específica, o presente documento fornece um método para tratar ou prevenir o acidente vascular cerebral em um paciente com fibrilação atrial, que compreende administrar ao paciente necessitado uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-FXI aqui descrito, por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, como o anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos antiFXI/FXIa que compreende CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4.
[0265] Em uma modalidade específica, o presente documento fornece um método para controlar ou prevenir riscos ou condições associadas à fibrilação atrial (AF), tais como acidente vascular cerebral embólico e embolia sistêmica, em um paciente com fibrilação atrial, que compreende administrar ao paciente necessitado uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-FXI/FXIa aqui descrito, por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4.
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149/189 [0266] Em uma modalidade específica, o presente documento fornece um método para tratar, controlar ou prevenir condições associadas à fibrilação atrial (AF), tais como acidente vascular cerebral embólico e embolia sistêmica, em um paciente com fibrilação atrial, que compreende administrar ao paciente necessitado uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-FXI aqui descrito, por exemplo, um anticorpo antiFXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4. Em modalidades particulares, um paciente AF tem um alto risco de sangramento.
[0267] Em uma modalidade específica, o presente documento fornece um método para tratar, controlar ou prevenir trombose venosa profunda ou condições associadas a esses eventos, em um indivíduo (por exemplo, um indivíduo com ou em risco de desenvolver, trombose venosa profunda), que compreende administrar ao indivíduo necessitado uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-FXI aqui descrito, por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4.
[0268] Em uma modalidade específica, o presente documento fornece um método para tratar, controlar ou prevenir tromboembolia venosa (VTE) ou condições associadas a esses eventos, em um indivíduo (por exemplo, um indivíduo com ou em risco de desenvolver, tromboembolia venosa), que compreende administrar ao indivíduo necessitado uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-FXI aqui descrito, por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4. Em modalidades particulares, indivíduos a serem tratados com um
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150/189 anticorpo anti-FXI ora fornecido sofreram 1) um primeiro VTE não provocado com baixo risco de sangramento, 2) recorrência de VTE não provocado ou 3) VTE associado à trombofilia que incluem pacientes com câncer.
[0269] Em uma modalidade específica, o presente documento fornece um método para tratar, controlar ou prevenir embolia pulmonar ou condições associadas a esses eventos, em um indivíduo (por exemplo, um indivíduo com ou em risco de desenvolver, embolia pulmonar), que compreende administrar ao indivíduo necessitado uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-FXI aqui descrito, por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4.
[0270] Em uma modalidade específica, o presente documento fornece um método para tratar, controlar ou prevenir síndromes coronarianas agudas (ACS) ou condições associadas a esses eventos, em um indivíduo, que compreende administrar ao indivíduo necessitado uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-FXI aqui descrito, por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4. [0271] Em uma modalidade específica, o presente documento fornece um método para tratar, controlar ou prevenir acidente vascular cerebral isquêmico, em um indivíduo (por exemplo, um indivíduo com ou em risco de desenvolver, acidente vascular cerebral isquêmico), que compreende administrar ao indivíduo necessitado uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-FXI aqui descrito, por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4.
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151/189 [0272] Em uma modalidade específica, o presente documento fornece um método para tratar, controlar ou prevenir isquemia límbica aguda, em um indivíduo, que compreende administrar ao indivíduo necessitado uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-FXI aqui descrito, por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4.
[0273] Em uma modalidade específica, o presente documento fornece um método para tratar, controlar ou prevenir hipertensão pulmonar tromboembólica crônica, em um indivíduo, que compreende administrar ao indivíduo necessitado uma quantidade eficaz de um anticorpo antiFXI aqui descrito, por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4.
[0274] Em uma modalidade específica, o presente documento fornece um método para tratar, controlar ou prevenir embolia sistêmica, em um indivíduo (por exemplo, um indivíduo com ou em risco de desenvolver, embolia sistêmica), que compreende administrar ao indivíduo necessitado uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-FXI aqui descrito, por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos antiFXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4.
[0275] Em uma determinada modalidade, o presente documento fornece um método para tratar, controlar ou prevenir condições tromboembólicas que sejam condições correlacionadas a cateteres (por exemplo, cateter de Hickman em pacientes com câncer) e esses cate
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152/189 teres desenvolvem coágulos ou oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO), cujas tubulações desenvolvem coágulos, que compreende administrar ao indivíduo necessitado uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-FXI aqui descrito, por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4.
[0276] Em modalidades particulares, os indivíduos necessitados de tratamento com um anticorpo anti-FXI aqui descrito, por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4, podem incluir:
• Indivíduos com indicações para terapia anticoagulante crônica (por exemplo, AF, trombo no ventrículo esquerdo, antes de um acidente cardiovascular cerebral embólico) • indivíduos com risco relevante de sangramento intermediário a alto;
• indivíduos submetidos à intervenção coronariana percutânea eletiva ou primária (PCI) com stents que podem ser obrigados a receber uma terapia antiplaquetária dupla (aspirina e antagonistas do receptor P2Y12) para prevenir uma trombose de stent.
[0277] Em modalidades particulares, uma das seguintes condições pode ser tratada ou controlada com um anticorpo anti-FXI aqui descrito, por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4:
• tromboembolia em indivíduos com suspeita de arritmia cardíaca ou arritmia cardíaca confirmada tais como fibrilação atrial
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153/189 paroxística, persistente ou permanente ou flutter atr\a\;
• prevenção do acidente vascular cerebral na fibrilação atrial (SPAF), uma subpopulação deles é de pacientes AF submetidos a intervenções coronarianas percutâneas (PCI);
• eventos tromboembólicos venosos agudos (VTE) tratamento e prevenção de VTE secundário estendido em pacientes com alto risco de sangramento;
• eventos cerebrais e cardiovasculares na prevenção secundária depois de um ataque isquêmico transitório (TIA) ou acidente vascular cerebral não incapacitante e prevenção de eventos tromboembólicos na insuficiência cardíaca com ritmo sinusal;
• formação de coágulo no átrio esquerdo e tromboembolia em indivíduos submetidos à cardioversão para arritmia cardíaca;
• trombose antes, durante e depois de procedimento de ablação para arritmia cardíaca;
• trombose venosa, isso inclui mas não exclusivamente, tratamento e prevenção secundária da trombose superficial ou profunda das veias nos membros inferiores ou membro superior, trombose nas veias abdominais e torácicas, trombose da veia sinusal e trombose das veias jugulares;
• trombose em qualquer superfície artificial nas veias como cateter ou fios de marca-passo;
• embolia pulmonar em pacientes com ou sem trombose venosa;
• Hipertensão pulmonar tromboembólica crônica (CTEPH);
• trombose arterial em placa aterosclerótica rompida, trombose em prótese intra-arterial ou cateter e trombose em artérias aparentemente normais, inclusive, mas não exclusivamente síndromes coronarianas agudas, infarto do miocárdio com elevação do segmento ST, infarto do miocárdio sem elevação do segmento
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ST, angina instável, trombose de stent, trombose de qualquer superfície artificial no sistema arterial e trombose das artérias pulmonares em indivíduos com ou sem hipertensão pulmonar;
• trombose e tromboembolia em pacientes submetidos a intervenções coronarianas percutâneas (PCI);
• acidentes vasculares cerebrais cardioembólicos e criptogênicos;
• trombose em pacientes com malignidades cancerígenas invasivas e não invasivas;
• trombose em um cateter totalmente implantável;
• trombose e tromboembolia em pacientes gravemente enfermos;
• trombose cardíaca e tromboembolia, inclusive, mas não exclusivamente trombose cardíaca após infarto do miocárdio, trombose cardíaca relacionada a condições como aneurisma cardíaco, fibrose miocárdica, insuficiência e dilatação cardíaca, miocardite e superfície artificial no coração;
• tromboembolia em pacientes com doença cardíaca valvar com ou sem fibrilação atrial;
• tromboembolia em prótese valvar biológica ou mecânica;
• lesões ou trauma em pacientes com remendos cardíacos nativos ou artificiais, tubos de condução arterial ou venosa após o reparo cardíaco de malformações cardíacas simples ou complexas;
• trombose venosa e tromboembolia após cirurgia de substituição do joelho, cirurgia de substituição do quadril, e cirurgia ortopédica, cirurgia torácica ou abdominal;
• trombose arterial ou venosa depois de neurocirurgia envolvendo intervenções intracranianas e na medula espinhal;
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155/189 • trombofilia congênita ou adquirida que inclui, mas não exclusivamente fator V de Leiden, mutação da protrombina, antitrombina III, deficiências da proteína C e da proteína S, mutação do fator XIII, disfibrinogenemia familiar, deficiência congênita de plasminogênio, níveis aumentados do fator XI, doenças da célula falciforme, síndrome antifosfolipídica, doença autoimune, doença intestinal crônica, síndrome nefrótica, uremia hemolítica, doença mieloproliferativa, coagulação intravascular disseminada, hemoglobinúria paroxística noturna e trombopenia induzida pela heparina;
• trombose e tromboembolia em doença renal crônica;
• trombose e tromboembolia na doença em estágio terminal (ESRD);
• trombose e tromboembolia em pacientes com doença renal crônica ou ESRD submetidos à hemodiálise; e • trombose e tromboembolia em pacientes submetidos à hemodiálise e/ou oxigenação por membrana extracorpórea.
[0278] Em aspectos particulares, o presente documento fornece um método para tratar, controlar a prevenção ou reduzir o risco de acidente vascular cerebral e/ou embolia sistêmica, em um indivíduo, que compreende administrar ao indivíduo necessitado uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-FXI/FXIa aqui descrito, por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4, em que o indivíduo tem fibrilação atrial, tal como a fibrilação atrial não valvar. Em aspectos específicos, o indivíduo tem fibrilação atrial, tal como a fibrilação atrial não valvar, com um risco elevado demonstrado de sangramento.
[0279] Em aspectos particulares, o presente documento fornece um método para tratar, controlar a prevenção ou reduzir o risco de acidente
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156/189 vascular cerebral e/ou embolia sistêmica, em um indivíduo, que compreende administrar ao indivíduo necessitado uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-FXI/FXIa aqui descrito, por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4, em que o indivíduo tem ESRD e está sendo submetido à diálise. Em aspectos específicos, o indivíduo tem fibrilação atrial, tal como a fibrilação atrial não valvar, e ESRD e está sendo submetido à diálise. Em aspectos específicos, o indivíduo tem fibrilação atrial, tal como a fibrilação atrial não valvar, com risco elevado demonstrado de sangramento, e ESRD, e está sendo submetido à diálise.
[0280] Por exemplo, os indivíduos com risco elevado demonstrado de sangramento podem ser identificados por um histórico médico de sangramento prévio, por exemplo, sangramento durante ou depois de cirurgias ou sangramento quando tratado com anticoagulante (por exemplo, Varfarina). Além disso, os indivíduos com risco elevado demonstrado de sangramento podem ser identificados com exames in vitro/ex vivo conhecidos na técnica, por exemplo, testes de aPTT que avaliam o plasma do indivíduo e biomarcadores das vias de coagulação extrínseca, tais como tempo da protrombina (PT) e tempo da trombina (TT).
[0281] Ferramentas para avaliação do risco de sangramento específicas para pacientes com fibrilação atrial, por exemplo, escore de risco HAS-BLED, ATRIA, HEMORR2HAGES; ORBIT e ABC foram desenvolvidos para prever o risco de sangramento em pacientes com fibrilação atrial. Infelizmente, como o risco de sangramento está fortemente associado ao risco de acidente vascular cerebral, esses escores de risco eram de valor bastante limitado para orientar as decisões terapêuticas
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157/189 de uso dos antagonistas da vitamina K como varfarina ou NOACS (Novel Oral Anticoagulants). No entanto, os escores do risco de sangramento podem ser de ajuda considerável na identificação de pacientes que possam ser beneficiados por uma nova terapia com um risco de sangramento reduzido, por exemplo, anticorpo anti-FXI/FXIa (por exemplo, anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4).
[0282] Em aspectos particulares, indivíduos com risco moderado a elevado de acidente vascular cerebral e embolia sistêmica têm um risco de escore CHA2DS2VASc > 2. Em outros aspectos particulares, indivíduos com um risco de escore BLED > 3 são caracterizados como risco de sangramento elevado (veja Gallego, et al., (2012) Carc Arrhythm Electrophysiol.; 5:312-318, e Friberg et al., (2012) Circulation.; 125:2298-2307).
[0283] O risco de eventos tromboembólicos que incluam acidente vascular cerebral, embolia sistêmica, trombose arterial coronariana ou periférica, trombose venosa e embolia pulmonar aumenta com a presença de fatores predisponentes como trombofilia, dano à parede vascular e estase. Avaliação do histórico médico, antecedentes familiares e comorbidades associadas podem contribuir para a estratificação de pacientes de acordo com os seus riscos tromboembólicos. Em pacientes com fibrilação atrial, diversos sistemas de pontuação, a exemplo de CHADS2 e CHA2DS2-VASc, foram desenvolvidos para avaliar o risco de acidente vascular cerebral. Cada um deles foi desenvolvido com base em dados de ensaios aleatorizados e estudos de coorte clínicos e epidemiológicos, e traduziu uma fórmula multivariada, ponderada dos fatores de risco de acidente vascular cerebral em um dispositivo, algoritmo, calculadora ou ferramenta online mnemônica, simplificada e de fácil uso. O escore de risco CHADS2 foi a ferramenta de estratificação usada para prever o risco tromboembólico em pacientes com fibrilação atrial (LIP 2011; Camm et al 2012); no entanto, evidências acumuladas
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158/189 mostram que o CHA2DS2-VASc é no mínimo tão bom quanto ou possivelmente melhor, do que escores como CHADS2 na identificação de pacientes que desenvolvem acidente vascular cerebral e tromboembolia, e inquestionavelmente melhor na identificação de pacientes com fibrilação atrial com um risco realmente baixo. O escore CHA2DS2VASc é recomendado atualmente por Guidelines (Camm et al Eur Heart J (2012) 33, 2719-2747; January et al, AHA/ACC/HRS Atrial Fibrilation Guideline; J Am Coll Cardiol 2014;64:2246-80) para orientar decisões em relação a pacientes que devem ser beneficiados pela terapia anticoagulante e também para identificar pacientes de baixo risco nos quais a terapia anticoagulante não é uma garantia.
[0284] Em aspectos específicos, o indivíduo tratado com os métodos fornecidos neste documento tem no mínimo 18 anos de idade. Em outro aspecto, o indivíduo tratado com os métodos fornecidos neste documento tem no mínimo 50 anos de idade. Em outro aspecto, o indivíduo tratado com os métodos fornecidos neste documento tem no mínimo 55 anos de idade. Em outro aspecto, o indivíduo tratado com os métodos fornecidos neste documento tem no mínimo 60 anos de idade. Em outro aspecto, o indivíduo tratado com os métodos fornecidos neste documento tem no mínimo 65 anos de idade.
[0285] Em aspectos específicos, o indivíduo tratado com os métodos fornecidos neste documento tem um índice de massa corporal (IMC) que é maior ou igual a 18 kg/m2. Em outro aspecto, o indivíduo tratado com os métodos fornecidos neste documento tem um IMC que é maior ou igual a 30 kg/m2. Em outro aspecto, o indivíduo tratado com os métodos fornecidos neste documento tem um IMC maior ou igual a 35 kg/m2. Em outro aspecto, o indivíduo tratado com os métodos fornecidos neste documento tem um IMC maior ou igual a 40 kg/m2.
[0286] Em um aspecto específico, a presente invenção fornece métodos para controlar sangramentos em um paciente que é tratado com
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159/189 ou a quem é administrado um anticorpo anti-FXI fornecido neste documento (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos antiFXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4), por exemplo, sangramentos associados a traumas, cirurgias, menstruação ou pós-parto, o dito método compreendendo anular o efeito anticoagulante. A deficiência de FXI está raramente associada a manifestações de sangramento espontâneo; em aspectos específicos, o sangramento está associado mais caracteristicamente a traumas, cirurgias, menstruação ou pós-parto. Sangramentos prolongados podem ocorrer subsequentemente a um trauma importante ou a uma cirurgia envolvendo órgãos com grande área fibrinolítica, tias como a mucosa bucal, nasal, genital ou urinária. Extração dentária, tonsilectomia e ablação do útero ou próstata são exemplos de cirurgias que conferem um risco elevado de sangramento. Pessoas portadoras do distúrbio também mostram tendência acentuada para o desenvolvimento de epistaxe e equimoses, e mais raramente, sangramento urinário ou intestinal. A frequência do sangramento muscular ou articular e intracranial espontâneo não é aumentada em pacientes com deficiência de FXI. A punção venosa normalmente não está associada a um sangramento extenso. Outras mutações genéticas associadas à deficiência de FXI podem contribuir para a tendência de sangramento heterogênea e imprevisível em pacientes com deficiência grave de FXI. O uso concomitante de antiplaquetários, outros anticoagulantes e agentes fibrinolíticos pode acentuar o risco de sangramentos.
[0287] Em modalidades particulares, o presente documento fornece um método para controlar sangramentos em um paciente que é tratado com um anticorpo anti-FXI fornecido neste documento (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos
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AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4), o dito método compreendendo anular temporariamente o efeito anticoagulante por tempo suficiente para controlar o sangramento. Em modalidades específicas, a etapa de anular o efeito anticoagulante compreende (i) substituição de fluidos usando coloides, cristaloides, plasma humano ou proteínas do plasma como a albumina; ou (ii) transfusão com células vermelhas empacotadas ou sangue total. Em uma modalidade particular, agentes terapêuticos para anulação do efeito de anticoagulantes, por exemplo, em casos de emergência grave, incluem, mas não se limitam a, componentes do sangue pró-hemostasia tais como plasma fresco congelado (FFP), concentrados de complexo protrombínico (PCC) e PCC ativado [(APCC); por exemplo, atividade de bypass do inibidor do fator VIII (FEIBA)] e fator VII recombinante ativado (rFVIIa). Em uma modalidade, um regime compreendendo a administração de rFVIIa, por exemplo, a uma dose de 30 pg/kg seguida da administração de rFVIIa, por exemplo, a uma dose de 15-30 pg/kg a cada 2-4 horas por 24-48 horas em adição ao ácido tranexâmico, por exemplo, 1 g a cada 6 horas por 5 a 7 dias pode ter potencial para recuperar a hemostasia e fazer anular o sangramento em indivíduos tratados com um anticorpo anti-FXI fornecido neste documento (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) que são submetidos a cirurgias de grande porte e em pacientes com um sítio de sangramento ativo não acessível. Por exemplo, Riddell et al relataram experiências em 4 pacientes com deficiência grave de FXI sem inibidor submetidos a cirurgia (Riddell etal., 2011, Thromb. Haemost.; 106: 521-527); foram administrados aos pacientes 30 pg/kg de rFVIIa e 1g de ácido tranexâmico por i.v. na indução da anestesia. Doses de bolus subsequentes de rFVIIa,
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161/189 por exemplo de 15-30 pg/kg, foram administrados em 2 a 4 intervalos por hora conforme orientado pelos resultados de tromboelastometria rotacional (ROTEM). Os pacientes foram tratados com rFVIIa nas doses supramencionadas durante 24-48 horas. Uma grama de ácido tranexâmico a cada 6 horas foi continuado por cinco dias. Nessa pequena série, o rFVIIa em doses de 15-30 pg/kg combinado ao ácido tranexâmico mostrou que é seguro e eficiente para corrigir o defeito hemostático na deficiência grave de FXI nesse estudo. Em outro estudo incluindo 4 pacientes com deficiência grave de FXI com inibidor (anticorpos FXI autólogos neutralizantes normalmente adquiridos consecutivamente à transfusão ou administração de produtos do sangue a pacientes com deficiência grave de FXI) que foram submetidos a 5 cirurgias, os autores (Livnat et aí., 2009, Thromb. Haemost.; 102: 487-492) aplicaram o seguinte protocolo: 1 g de ácido tranexâmico por via oral duas horas antes da cirurgia, em seguida, imediatamente antes das intervenções, os pacientes receberam mais 1 g do ácido tranexâmico i.v.. No fim da cirurgia, o FVIIa recombinante foi infundido em doses variáveis entre 15 e 30 pg/kg. Em seguida, 1 g de ácido tranexâmico por via oral foi fornecido a cada 6 horas por pelo menos 7 dias. Cola de fibrina foi aspergida no leito da vesícula biliar extirpada em um paciente. Esse protocolo garantiu a hemostasia normal em pacientes com deficiência grave de FXI com inibidor.
[0288] Em um aspecto, a cola de fibrina pode ser usada para restaurar a hemostasia local durante cirurgias dentárias em pacientes com deficiência de FXI (Bolton-Maggs (2000) Haemophilia; 6 (S1 ):100-9). Em uma determinada modalidade relacionada aos métodos de controle do sangramento em pacientes que são tratados com um anticorpo antiFXI fornecido neste documento (por exemplo, os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4), um regime consistindo em 1 g de ácido tranexâmico a cada 6 horas por 5 a 7 dias associado ao uso de cola de fibrina pode
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162/189 ser aplicado para estabelecer a hemostasia local em indivíduos submetidos a cirurgias menores e em indivíduos com sítio de sangramento acessível, inclusive episódios de sangramento oral e nasal.
[0289] Em um aspecto particular, a presente invenção fornece métodos para controlar sangramentos ou o risco de sangramento em um paciente tratado com ou a quem é administrado um anticorpo anti-FXI aqui descrito (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4), que compreende a etapa de administrar ao paciente necessitado, um anticorpo anti-idiotipo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo (por exemplo, Fab), do anticorpo anti-FXI, em que o anti-idiotipo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo (por exemplo, Fab) se liga especificamente ao anticorpo anti-FXI e impede o anticorpo anti-FXI de se ligar ao FXI. Em modalidades específicas, um anticorpo anti-idiotipo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo (por exemplo, Fab) anula os efeitos de um anticorpo anti-FXI aqui descrito para mitigar riscos de sangramento, por exemplo, durante cirurgias de grande porte urgentes ou traumas.
[0290] Em aspectos específicos, um anticorpo anti-idiotipo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo (por exemplo, Fab) anula ou inibe os efeitos anticoagulantes de um anticorpo anti-FXI. Em aspectos particulares, o anticorpo anti-idiotipo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo (por exemplo, Fab) é administrado a um paciente necessitado para anular temporariamente o efeito anticoagulante de um anticorpo anti-FXI aqui descrito (por exemplo, um anticorpo antiFXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4).
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163/189 [0291] Em um aspecto particular, a presente invenção fornece métodos para controlar sangramentos ou o risco de sangramento em um paciente tratado com ou a quem é administrado um anticorpo anti-FXI tais como o anticorpo AM1, AM2 AM3 ou AM4, que compreende a etapa de administrar ao paciente necessitado, um anticorpo anti-idiotipo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo (por exemplo, Fab), do anticorpo anti-FXI como o anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4, em que o anticorpo anti-idiotipo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo (por exemplo, Fab), se liga especificamente à região de ligação ao antígeno de um anticorpo anti-FXI e impede o anticorpo anti-FXI de se ligar ao FXI e/ou FXIa. Em uma modalidade específica, o anticorpo anti-idiotipo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo (por exemplo, Fab), de um anticorpo anti-FXI, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4, anula ou inibe um ou mais dos efeitos anticoagulantes do anticorpo anti-FXI. Em certas modalidades, uma anulação temporária ou inibição de um ou mais dos efeitos anticoagulantes do anticorpo antiFXI (por exemplo, anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) é obtida. Em modalidades específicas, após a inibição ou anulação temporária do anticorpo anti-FXI (por exemplo, anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4), o anticorpo anti-FXI é novamente administrado ao paciente.
[0292] Em um aspecto particular, o presente documento fornece um método para controlar ou reduzir sangramentos ou o risco de sangramentos em um indivíduo tratado com ou ao qual foi administrado um anticorpo anti-FXI ou fragmento de ligação ao antígeno aqui descrito (por exemplo, anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4), que compreende a etapa de administrar ao indivíduo necessitado, um anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo que se liga especificamente ao anticorpo antiFXI e impede o anticorpo anti-FXI de se ligar ao FXI, e em que o anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo anula a atividade anticoagulante do anticorpo anti-FXI. Em um aspecto específico, o anticorpo anti
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164/189 idiotipo ou fragmento do mesmo é administrado ao indivíduo uma ou duas vezes para anular temporariamente o efeito anticoagulante do anticorpo anti-FXI.
[0293] Em aspectos específicos, o presente documento fornece um método para controlar ou reduzir sangramentos ou o risco de sangramentos em um indivíduo tratado com ou ao qual foi administrado um anticorpo anti-FXI ou fragmento de ligação ao antígeno aqui descrito (por exemplo, anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4), o dito método compreendendo anular o efeito anticoagulante por tempo suficiente para controlar o sangramento provocado por um dos seguintes eventos: (i) substituição de fluidos usando coloides, cristaloides, plasma humano ou proteínas do plasma como a albumina; (ii) transfusão com células vermelhas empacotadas ou sangue total; ou (iii) administração de plasma fresco congelado (FFP), concentrados de complexo protrombínico (PCC), PCC ativado (APCC), como, inibidor do fator VIII, e/ou recombinante, fator VII ativado. Em um aspecto específico, o dito método compreende administrar ao indivíduo uma ou duas ou mais doses de um anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo que se liga especificamente ao anticorpo anti-FXI/FXIa aqui descrito (por exemplo, anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4). Em um aspecto específico, o anticorpo antiidiotipo bloqueia o anticorpo anti-FXI/FXIa para não se ligar ao FXI/FXIa, e é capaz de anular a atividade anticoagulante do anticorpo anti-FXI. Em um aspecto específico, o dito método compreende anular (por exemplo, anular temporariamente) o efeito anticoagulante por tempo suficiente para controlar o sangramento provocado por um dos seguintes eventos: (i) substituição de fluidos usando coloides, cristaloides, plasma humano ou proteínas do plasma como a albumina; (ii) transfusão com células vermelhas empacotadas ou sangue total; ou (iii) administração de plasma fresco congelado (FFP), concentrados de complexo protrombínico (PCC), PCC ativado (APCC), como o inibidor do fator VIII, e/ou o
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165/189 fator VII recombinante ativado (rfVlla). Em aspectos específicos, esses métodos incluem opcionalmente administrar o ácido tranexâmico. [0294] Em aspectos específicos, o presente documento fornece um método para anular o efeito anticoagulante de um anticorpo anti-FXI ou fragmento de ligação ao antígeno aqui descrito (por exemplo, anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) em um paciente que é tratado com o anticorpo anti-FXI/FXIa ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo, que compreende administrar uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo que se liga especificamente ao anticorpo antiFXI, e opcionalmente, administrar uma quantidade eficaz de plasma fresco congelado (FFP), e opcionalmente ácido tranexâmico.
[0295] Em aspectos específicos, o presente documento fornece um método para anular o efeito anticoagulante de um anticorpo anti-FXI ou fragmento de ligação ao antígeno aqui descrito, tal como o anticorpo AM4, em um paciente que é tratado com o anticorpo anti-FXI/FXIa ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo, que compreende administrar uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-idiotipo (por exemplo, anti-AM4 anticorpo) ou fragmento do mesmo que se liga especificamente ao anticorpo anti-FXI, e opcionalmente, administrar uma quantidade eficaz do fator VII recombinante ativado (rfVlla), e opcionalmente ácido tranexâmico.
[0296] Em aspectos particulares, anticorpos anti-idiotipos podem ser produzidos por vários métodos já descritos, veja, por exemplo, Pan et al., 1995, FASEB J. 9:43-49. Anticorpos anti-idiotipos são elicitados por uma molécula de anticorpo (por exemplo, anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) e são direcionados contra determinantes antigênicos no ou próximos ao sítio de combinação do anticorpo (idiotopo). Os anticorpos anti-idiotipos reconhecem determinantes antigênicos que sobrepõem uma porção do sítio de combinação que está em contato com o antígeno original e conseguem mimetizar o antígeno de elicitação.
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Composições Farmacêuticas [0297] A presente divulgação fornece composições farmacêuticas que compreendem os anticorpos de ligação ao FXI/FXIa (intactos ou fragmentos de ligação) formulados juntamente com um carreador farmaceuticamente aceitável. As composições podem conter adicionalmente um ou mais agentes terapêuticos adicionais que sejam adequados para tratar ou prevenir, por exemplo, distúrbios tromboembólicos (por exemplo, distúrbios trombóticos). Carreadores farmaceuticamente aceitáveis aperfeiçoam ou estabilizam a composição ou podem ser utilizados para facilitar a preparação da composição. Carreadores farmaceuticamente aceitáveis incluem solventes, meios de dispersão, revestimentos, agentes antibacterianos e antifúngicos, agentes isotônicos e de retardamento da absorção, e substâncias similares que sejam fisiologicamente compatíveis.
[0298] Uma composição farmacêutica da presente divulgação pode ser administrada por uma série de métodos conhecidos na técnica. A via e/ou modo de administração varia em função dos resultados desejados. É preferencial que a administração seja intravenosa, intramuscular, intraperitoneal ou subcutânea ou proximal ao sítio de interesse. O carreador farmaceuticamente aceitável deve ser adequado para administração intravenosa, intramuscular, subcutânea, parenteral, espinhal ou epidérmica (por exemplo, por injeção ou infusão). Dependendo da via de administração, o composto ativo, isto é, anticorpo, molécula biespecífica e multiespecífica, pode ser revestido com um material para proteger o composto da ação de ácidos e outras condições naturais que inativariam o composto.
[0299] Em aspectos particulares, os anticorpos anti-FXI/FXIa descritos (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos antiFXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1,
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AM2, AM3 ou AM4) são formulados de cerca de 75 mg/1 mL a cerca de 200 mg/1 mL concentração, em frascos de líquidos para injeções subcutâneas. Em modalidades particulares, a composição farmacêutica inclui um carreador ou excipiente farmacêutico, por exemplo, sacarose, e polissorbato 20. Em modalidades particulares, a composição farmacêutica compreende L-histidina e/ou histidina hidroclorídrica monoidratada. Em certas modalidades, a composição farmacêutica tem um pH aproximado de 4 a 7 ou 5 a 6.
[0300] Em aspectos particulares, os anticorpos anti-FXI descritos (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos antiFXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) são formulados na concentração de 150 mg/1 mL, em frascos de líquidos para injeções subcutâneas. Em uma modalidade, a formulação liquida de 150 mg/mL contém 150 mg do anticorpo antiFXI, L-histidina, histidina hidroclorídrica monoidratada, sacarose, e polissorbato 20, com um pH = 5,5 ± 0,5. A composição deve ser estéril e fluida. A fluidez adequada pode ser mantida, por exemplo, usando revestimentos como a lecitina, mantendo tamanho de partícula requerido no caso de dispersão e usando tensoativos. Em muitos casos, é preferível incluir agentes isotônicos, por exemplo, açúcares, poliálcoois como manitol ou sorbitol, e cloreto de sódio na composição. A absorção prolongada das composições injetáveis pode ser obtida com a inclusão na composição de um agente retardador da absorção, por exemplo, monoestearato de alumínio ou gelatina.
[0301] As composições farmacêuticas da presente divulgação podem ser preparadas aplicando métodos bastante conhecidos e praticados rotineiramente na técnica. Veja, por exemplo, Remington: The Science and Practice of Pharmacy, Mack Publishing Co., 20- ed., 2000; e
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Sustained and Controlled Release Drug Delivery Systems, J.R. Robinson, ed., Marcel Dekker, Inc., Nova York, 1978. De preferência, as composições farmacêuticas são fabricadas em condições GMP. Tipicamente, uma dose terapeuticamente eficaz ou uma dose eficaz do anticorpo de ligação ao FXIa é empregado nas composições farmacêuticas da presente divulgação. Os anticorpos de ligação ao FXIa são formulados em formas de dosagem farmaceuticamente aceitáveis por métodos convencionais familiares aos indivíduos versados na técnica. Os regimes de dosagem são ajustados para proporcionar uma resposta ótima pretendida (por exemplo, uma resposta terapêutica). Por exemplo, um único bolus pode ser administrado, diversas doses divididas podem ser administradas ao longo do tempo ou a dose pode ser diminuída ou aumentada proporcionalmente de acordo com as demandas da situação terapêutica. É especialmente vantajoso formular composições parenterais em forma de dosagem unitária para facilidade de administração e uniformidade da dosagem. Forma de dosagem unitária, conforme aqui empregada, se refere a unidades fisicamente separadas próprias como dosagens unitárias para os indivíduos que serão tratados; cada unidade contém uma quantidade predeterminada do composto ativo calculado para produzir o efeito terapêutico desejado em associação ao carreador farmacêutico requerido.
[0302] Os níveis de dosagem efetiva dos princípios ativos nas composições farmacêuticas da presente divulgação podem ser variados de maneira a obter uma quantidade do princípio ativo que seja eficaz para materializar a resposta terapêutica desejada para um paciente, composição, e modo de administração particular, sem ser tóxico ao paciente. O nível de dosagem selecionado depende de diversos fatores farmacocinéticos que englobam a atividade das composições particulares usadas da presente divulgação, da mesma, da via de administração, horário
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169/189 de administração, taxa de excreção do composto específico empregado, duração do tratamento, outros fármacos, compostos e/ou materiais utilizados em combinação com as composições particulares empregadas, idade, sexo, peso, condição, saúde geral e histórico médico anterior do paciente a ser tratado, e fatores de mesma natureza.
[0303] Um médico pode iniciar as doses dos anticorpos da presente divulgação empregados na composição farmacêutica em níveis inferiores aos necessários para o efeito terapêutico pretendido e aumentar gradualmente a dosagem até que o efeito pretendido seja materializado. De maneira geral, doses eficazes das composições da presente divulgação, para o tratamento dos distúrbios trombóticos e/ou tromboembólicos descritos podem variar em função de diversos fatores, os quais incluem meio de administração, sítio de interesse, estado fisiológico do paciente, outras medicações administradas, e se o tratamento é profilático ou terapêutico. As dosagens do tratamento precisam ser tituladas para aperfeiçoar a segurança e a eficácia. Para administração sistêmica com um anticorpo, a dosagem varia de cerca de 0,01 a 15 mg/kg do peso corporal do hospedeiro. Para administração com um anticorpo, a dosagem pode variar de 0,1 mg a 5mg, Por exemplo, 0,1 mg/kg, 0,2 mg/kg, 0,3 mg/kg, 0,4 mg/kg, 0,5 mg/kg, 0,6 mg/kg, 0,7 mg/kg, 0,8 mg/kg, 0,9 mg/kg, 1,0 mg/kg, 1,1 mg/kg, 1,2 mg/kg, 1,3 mg/kg, 1,4 mg/kg, 1,5 mg/kg, 1,6 mg/kg, 1,7 mg/kg, 1,8 mg/kg,
1,9 mg/kg, 2,0 mg/kg, 2,1 mg/kg, 2,2 mg/kg, 2,3 mg/kg, 2,4 mg/kg, 2,5 mg/kg, 2,6 mg/kg, 2,7 mg/kg, 2,8 mg/kg, 2,9 mg/kg, 3,0 mg/kg, 3,1 mg/kg, 3,2 mg/kg, 3,3 mg/kg, 3,4 mg/kg, 3,5 mg/kg, 3,6 mg/kg, 3,7 mg/kg, 3,8 mg/kg, 3,9 mg/kg, 4,0 mg/kg, 4,1 mg/kg, 4,2 mg/kg, 4,3 mg/kg, 4,4 mg/kg, 4,5 mg/kg, 4,6 mg/kg, 4,7 mg/kg, 4,8 mg/kg, 4,9 mg/kg ou 5,0 mg/kg. Um exemplo de regime de tratamento enseja a administração sistêmica uma vez a cada duas semanas ou uma vez ao mês ou uma vez a cada 3 a 6 meses. Um exemplo de regime de tratamento enseja
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170/189 a administração sistêmica uma vez por semana, uma vez a cada duas semanas, uma vez ao mês ou uma vez a cada 3 a 6 meses ou conforme necessário (PRN).
[0304] Em uma determinada modalidade, um anticorpo anti-FXI aqui descrito (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) é administrado, por exemplo, por i.v. ou s.c., a uma dose de 3 mg/kg. Em uma determinada modalidade, um anticorpo anti-FXI aqui descrito (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) é administrado, por exemplo, por i.v. ou s.c., a uma dose de 10 mg/kg. Em uma determinada modalidade, um anticorpo anti-FXI aqui descrito (por exemplo, um anticorpo antiFXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) é administrado, por exemplo, por i.v. ou s.c., a uma dose de 30 mg/kg.
[0305] Em uma determinada modalidade, um anticorpo anti-FXI aqui descrito (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) é administrado, por exemplo, por i.v. ou s.c., a uma dose de 50 mg/kg.
[0306] Em uma determinada modalidade, um anticorpo anti-FXI aqui descrito (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) é administrado, por exemplo, por i.v. ou s.c.,
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171/189 a uma dose de 100 mg/kg.
[0307] Em uma determinada modalidade, um anticorpo anti-FXI aqui descrito (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) é administrado, por exemplo, por via i.v. ou s.c., a uma dose na faixa de 5 mg a 600 mg.
[0308] Em uma determinada modalidade, um anticorpo anti-FXI aqui descrito (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) é administrado, por exemplo, por via i.v. ou s.c., a uma dose de aproximadamente 5 mg, 10 mg, 15 mg, 20 mg, 30 mg, 40 mg, 50 mg, 60 mg, 90 mg, 100 mg, 120 mg, 150 mg, 180mg,
200 mg, 210 mg, 240 mg, 250 mg, 270 mg, 300 mg, 330 mg, 350mg,
360 mg, 390 mg, 400 mg, 420 mg, 450 mg, 480 mg, 500 mg, 510mg,
540 mg, 550 mg, 570 mg ou 600 mg.
[0309] Em uma determinada modalidade, um anticorpo anti-FXI aqui descrito (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) é administrado, por exemplo, por via s.c., a uma dose de 5 mg.
[0310] Em uma determinada modalidade, um anticorpo anti-FXI aqui descrito (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) é administrado, por exemplo, por via s.c., a uma dose de 15 mg.
[0311] Em uma determinada modalidade, um anticorpo anti-FXI
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172/189 aqui descrito (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) é administrado, por exemplo, por via s.c., a uma dose de 50 mg.
[0312] Em uma determinada modalidade, um anticorpo anti-FXI aqui descrito (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) é administrado, por exemplo, por via s.c., a uma dose de 150 mg.
[0313] Em uma determinada modalidade, um anticorpo anti-FXI aqui descrito (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) é administrado, por exemplo, por via s.c., a uma dose de 300 mg.
[0314] Em uma determinada modalidade, um anticorpo anti-FXI aqui descrito (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) é administrado, por exemplo, por via s.c., a uma dose de 600 mg.
[0315] Em uma determinada modalidade, um anticorpo anti-FXI aqui descrito (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) é administrado, por exemplo, por via i.v. ou s.c., em dose suficiente para obter uma duração média de prolongamento de aPTT duas vezes maior ou mais, por um período máximo de
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173/189 dias, 35 dias, 36 dias, 37 dias, 38 dias, 39 dias, 40 dias, 41 dias, 42 dias, 43 dias, 44 dias, 45 dias ou 50 dias.
[0316] Em uma determinada modalidade, um anticorpo anti-FXI aqui descrito (por exemplo, um anticorpo anti-FXI/FXIa descrito na Tabela 2, tais como os anticorpos AM1, AM2, AM3 ou AM4 ou os anticorpos anti-FXI/FXIa que compreendem CDRs VL e CDRs VH do anticorpo AM1, AM2, AM3 ou AM4) é administrado, por exemplo, por via i.v. ou s.c., em dose suficiente para obter uma duração média do prolongamento da aPTT 2 duas vezes maior ou mais, por um período máximo de 42 dias.
[0317] Em aspectos particulares, o anticorpo normalmente é administrado em múltiplas ocasiões. Os intervalos entre dosagens únicas podem ser semanais, mensais ou anuais. Os intervalos também podem ser irregulares conforme indicarem os níveis do anticorpo de ligação ao FXIa medidos no sangue do paciente. Além desses, intervalos de doses alternativos podem ser estabelecidos por um médico e administrados mensalmente ou conforme necessário para alcançar eficácia. Em alguns métodos de administração sistêmica, a dosagem é ajustada para obter uma concentração plasmática do anticorpo de 1-1000 pg/ml e em alguns métodos 25-500 pg/ml. Em alternativa, o anticorpo pode ser administrado como uma formulação de liberação prolongada, e nesse caso uma administração menos frequente é requerida. A dosagem e a frequência variam em função da meia-vida do anticorpo no paciente. De maneira geral, anticorpos humanizados mostram meia-vida mais longa do que anticorpos quiméricos e anticorpos não humanos. A dosagem e a frequência da administração podem variar se o tratamento for profilático ou terapêutico. Em aplicações profiláticas, uma dosagem relativamente baixa é administrada em intervalos relativamente infrequentes ao longo de um período extenso. Alguns pacientes mantêm o tratamento por toda a vida. Nas aplicações terapêuticas, às vezes uma dosagem
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174/189 relativamente alta em intervalos relativamente curtos é necessária para reduzir ou sustar a progressão da doença, de preferência até que o paciente manifeste uma melhora parcial ou completa dos sintomas da doença. Depois disso, um regime profilático pode ser administrado ao paciente.
EXEMPLOS [0318] Os exemplos a seguir são oferecidos para ilustrar a presente divulgação, sem, entretanto, limitar o seu escopo. Outras variantes da presente divulgação serão imediatamente percebidas pelo indivíduo versado na técnica básica e são contempladas pelas reivindicações em anexo.
Exemplo 1
Geração de Anticorpos anti-FXI/FXIa Amadurecidos por Afinidade
Panning de Maturação [0319] Para reforçar a afinidade e a atividade biológica do anticorpo anti-FXI/FXIa NOV1090 (versão não germinativa de NOV1401 e não contendo modificações Fc, tais como as substituições D265A e P329A em um domínio Fc humano), as regiões CDR-L3 e CDR-H2 foram permutadas em paralelo por módulos/cassetes diversificados (Prassler et al (2009) Immunotherapy; 1 (4):571-83) para gerar as Bibliotecas de Maturação HuCAL PLATINUM® descritas adiante.
[0320] Para a seleção dos candidatos com afinidade aperfeiçoada, candidatos derivados de fagos de bibliotecas de maturação foram submetidos a dois ou três ciclos de panning de maturação com FXI humano, como o domínio catalítico do FXI humano (veja, por exemplo, a Publicação PCT NQ WO2016/207858, que é aqui incorporada por meio de citação em sua totalidade).
[0321] O rigor do panning foi aumentado baixando a concentração do antígeno em cada ciclo de panning (Low et al (1996) J Mol Biol; 260(3):359-68). Além da redução do antígeno, a taxa de dissociação
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175/189 (off-rate) foi selecionada (Hawkins et al (1992) J Mol Biol; 226(3):88996). Essas estratégias foram combinadas com longas etapas de lavagem.
Geração de Bibliotecas de Maturação HuCAL PLATINUM® [0322] Para gerar bibliotecas de maturação para NOV1090, as regiões CDR-L3 e CDR-H2 foram aperfeiçoadas por mutagênese de cassetes usando mutagênese direcionada aos trinucleotídeos, enquanto as regiões framework foram mantidas constantes (Virnekãs e/a/(1994) Nucleic Acids Res; 22(25):5600-7).
[0323] A clonagem das bibliotecas de maturação foi executada no vetor CysDisplay™ que codifica o fragmento Fab do NOV1090 parental. [0324] Para o aperfeiçoamento de CDR-L3, um fragmento de DNA de -400bp que codifica a região framework 4, CDR-L3, bem como a região constante da cadeia leve, foram removidos da sequência do anticorpo parental através de digestão com enzimas de restrição e substituído por um repertório de fragmentos de DNA que codificam regiões CDR-L3 diversificadas juntamente com a região framework 4 e o domínio constante.
[0325] Para uma segunda biblioteca, a sequência codificadora de CDR-H2 foi diversificada, enquanto as regiões de conexão da região framework foram mantidas constantes. Para reduzir as influências da sequência parental não diversificada, um fragmento de DNA com -150 bp contendo a CDR-H2 parental e as sequências de região framework 3 foram substituídos por uma sequência dummy'' (fictícia) com -590 bp por ligação e digestão com enzimas de restrição, antes que o cassete de CDR-H2 cassete (incluindo a região framework 3) fosse inserido por digestão com enzimas de restrição e ligação.
[0326] A eletroporação das misturas de ligação em MC1061R produziu bibliotecas com um tamanho total de 7,7 x108 e 6,7 x108 para uma diversificação de HCDR2 e LCDR3, respectivamente. A biblioteca foi
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176/189 amplificada conforme descrito previamente (Rauchenberger et al (2003) J Biol Chem; 278(40):38194-205). Para o controle da qualidade, cerca de 10 - 20 clones simples por biblioteca foram escolhidos aletoriamente e sequenciados.
[0327] Os anticorpos AM1, AM2, e AM3 foram identificados por esse processo. AM4 é uma versão da linhagem germinativa de AM3 com duas trocas de aminoácido no terminal N da cadeia leve (veja Tabela 2).
Exemplo 2
Determinação da Kd para Fab anti-FXI/FXIa (NOV1090 Fab) por Titulação de Equilíbrio da Solução (SET)
Descrição do Método [0328] Frações puras de Fab NOV1090 contendo um teor mínimo de monômero de 90%, conforme análise em cromatografia por exclusão de tamanho analítica (SEC), foram usadas para determinação da afinidade por SET.
[0329] A determinação da Kd em solução foi efetuada conforme descrito (Friguet et al (1985) J Immunol Methods; 77(2):305-19). PubMed PMSEQ ID: 3981007). Visando elevar a sensibilidade e a precisão do método SET, transferiu-se do ELISA clássico para a tecnologia baseada em ECL (Haenel et al (2005) Anal Biochem; 339(1 ):182-4).
[0330] O anticorpo específico Flag M2 (Sigma) a 1 mg/mL marcado com MSD Sulfo-TAGTM NHS-Éster (Meso Scale Discovery, Gaithersburg, MD, EUA) conforme as instruções do fabricante foi usado como reagente de detecção.
[0331] Os experimentos foram conduzidos em placas de microtitulação de polipropileno e com PBS (GIBCO 14190, pH 7.0-7.2) contendo BSA 0,5% e Tween20 0,02% como tempão de teste. Diluições seriais do antígeno FXIa não marcado foram preparadas, iniciando com uma
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177/189 concentração pelo menos 10 vezes maior que a Kd esperada. As cavidades sem antígeno foram utilizadas para determinar os valores Bmax; as cavidades contendo apenas o tampão de teste foram utilizadas para determinação da coloração de fundo (background). Depois da adição de uma quantidade adequada do ligante (concentração do anticorpo similar ou abaixo da Kdesperada, 60 μΙ_ de volume final), a mistura foi incubada de um dia para o outro em temperatura ambiente.
[0332] Placas MSD foram revestidas com FXIa derivado de plasma humano 1 pg/mL (30 μΙ_ por cavidade). Após lavagem da placa com PBS contendo Tween 20 0,05%, as amostras equilibradas foram transferidas para as placas e incubadas por 20 minutos. Depois da incubação, 30 μΙpor cavidade do anticorpo de detecção marcado com MSD-Sulfomarcador (anti-Flag M2 (Sigma) 1:2.000) foram adicionados à placa MSD lavada e incubados por 30 minutos à temperatura ambiente em agitador Eppendorf (700 rpm).
[0333] Depois de lavar a placa MSD e adicionar 30 pL/cavidade do tampão MSD Read Buffer T com tensoativo, os sinais de eletroquimiluminescência foram detectados com urn Sector Imager 6000 (Meso Scale Discovery, Gaithersburg, MD, EUA).
[0334] Os dados foram avaliados com o software XLfit (SEQ IDBS) aplicando modelos de ajuste customizados. O modelo de ajuste segundo (Haenel et al (2005) Anal Biochem; 339(1):182-4) e modificado segundo Abraham et al (Abraham et al (1996) J Mol Recognit; 9(56):456-61) foi aplicado para determinação da Kd do Fab NQV1090. Resultados [0335] A Kd do Fab NOV1090 foi determinada como sendo de aproximadamente 210 ±120 pM por SET (Tabela 3). Esse valor é consistente com uma Kd de 305 ± 8 pM determinada para o Fab NOV1401 estreitamente correlacionado com CDRs idênticas (veja Tabela 1).
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Tabela 3. Condições do Ensaio e Resultados da determinação da KdSET para Fab NOV1090
Cone. Fab [pM] 500
Cone, mais alta de hFXIa [pM] 2,5 E+05
Cone, mais baixa de hFXIa acima de 0 [pM] 3,9 E+03
Resultado de Kd ± 95% intervalo de confiança do ajuste [pM] 210 ±120
Exemplo 3
Estimativa da Kd por Avaliação SET Após Maturação por Afinidade
Descrição do Método [0336] Para estimar as Kds do Fab, lisados bacterianos foram avaliados por SET. O método de avaliação por SET (veja, por exemplo, Delia Ducata etal(2015) J Biomol Screen; 20(10):1256-67) foi realizado em linhas gerais conforme o método de determinação SET já descrito. Para a classificação dos ligantes amadurecidos por SET com base nos princípios descritos por Haenel e colaboradores (Haenel et al (2005) Anal Biochem; 339(1 ):182-4), uma quantidade constante do extrato BEL diluído (lisado bacteriano) foi equilibrada de um dia para o outro com diferentes concentrações de antígeno.
[0337] A mistura foi transferida para placas MSD, previamente revestidas com antígeno (FXIa do plasma humanol pg/mL) e, depois de incubadas e lavadas, um anticorpo de detecção adequado marcado cor MSD-Sulfo-marcador foi adicionado (anti-Flag M2, Sigma).
[0338] Subsequentemente, a concentração do Fab não ligado foi quantificada via detecção de ECL (anti-(Fab)2 humano marcado com ECL, Dianova) com o Sector Imager 6000 (Meso Scale Discovery, Gaithersburg, MD, EUA), usando placas MSD convencionais revestidas com o anticorpo específico anti-His (Jackson).
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179/189 [0339] Os resultados foram processados com o software XLfit (SEQ IDBS), empregando o modelo de ajuste correspondente descrito acima para estimar as afinidades e identificar os clones aperfeiçoados pela maturação.
Resultados [0340] Os resultados da avaliação SET para três Fabs do anticorpo FXIa amadurecidos por afinidade derivados de NOV1090 conforme descrito no Exemplo 1 estão sintetizados na Tabela 4. Valores Kd cerca de 7x mais baixos para todos os três Fabs indicam que os pannings de maturação por afinidade foram exitosos em gerar anticorpos com afinidade mais elevada.
[0341] Note que os resultados da avaliação SET representam estimativas de Kd e não os valores exatos da Kd, pois foram gerados por apenas 5 pontos de dados (1 quantificação, 4 titulação específica) com amostras de Fab não purificadas comparadas a experimentos de titulação completa com amostras purificadas para determinação da Kd exata por SET. No entanto, os resultados da Kd são geralmente comparáveis dentro de alguma variação razoável (veja Delia Ducata et al (2015) J Biomol Screen; 20(10):1256-67).
Tabela 4. Condições do Ensaio e Resultados da estimativa da Kd para Fabs anti-FXI/FXIa Fabs pela avalição SET
AM1 AM2 AM3
Cone. Fab [pM] 14 3 1
Cone, mais alta de hFXIa [pM] 200 200 200
Cone, mais baixa de hFXIa acima 0 [pM] 2 2 2
Resultado da Kd ±95% intervalo de confiança do ajuste [pM] 32 ±24 27 ±38 29 ±24
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Exemplo 4
Perfis de Ligação do ELISA de IgGs anti-FXI/FXIa Amadurecidos por Afinidade [0342] Técnicas do ELISA serviram para caracterizar as IgGs amadurecidas por afinidade purificadas, a saber, para avaliar a ligação ao FXIa humano, FXI humano, FXI de cinomolgo, e FXI de coelho, bem como para a calicreína humana e pré-calicreína humana.
Descrição do Método [0343] Foram avaliadas as concentrações ótimas de antígeno e anticorpo, além das condições de bloqueio, em pré-experimentos e as configurações ajustadas de acordo.
[0344] Para ELISAs de revestimento direto, os antígenos foram imobilizados em placas de microtitulação Maxisorp™ com 384 cavidades de um dia para o outro a 4°C empregando as concentrações mostradas na Tabela 5. Depois do bloqueio com leite em pó desnatado 5% em PBS (80 μΙ/cavidade), 20 μΙ/cavidade de lisados de E. coli contendo Fab ou anticorpos purificados em diversas concentrações (tipicamente 12 pontos de uma titulação 1:3 iniciando em IgG ou Fab 200 nM, respectivamente) foram adicionadas às placas e incubadas por 1 hora em temperatura ambiente. Os anticorpos ligados foram detectados com a respectiva anti-lgG humana de cabra específica de anticorpos (F(ab)2 secundários acoplados à fosfatase alcalina conjugada à fosfatase alcalina (Jackson, Cat. NQ 109-055-097, diluição 1:5000 em PBS + Tween20 0,05%)) em combinação com o substrato de fluorescência AttoPhos (Roche, nQ 11681982001). Foi registrada a emissão de fluorescência a 535 nm com excitação a 430 nm. Múltiplas etapas de lavagem com PBS + Tween20 0,05% foram executadas entre as etapas individuais do ensaio.
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Tabela 5. Concentrações de antígeno utilizadas nos experimentos de ELISA
Antígeno Concentração
FXI humano 0,2 pg/mL
FXI humano 0,6 pg/mL
FXI humano 1,3 pg/mL
FXI humano 1,7 pg/mL
Pré-calicreína 3,0 pg/mL
Calicreína 3,0 pg/mL
Resultados [0345] Os perfis de ligação do teste de ELISA para todas as três IgGs amadurecidas por afinidade, bem como a IgG parental são mostrados na Figura 1. Todos os anticorpos - NGV1090 parental e três variantes amadurecidas por afinidade de NGV1090 (AM1, AM2, AM3) mostram ligação específica ao FXI e FXIa humano (Figura 1 A), assim como ao FXI macaco de cinomolgo e do coelho (Figura 1B). Nenhuma ligação foi detectada para pré-calicreína humana e calicreína humana até 100 nM (Figura 1C).
[0346] Em geral, as curvas do ELISA para os anticorpos amadurecidos por afinidade são desviadas para a esquerda quando comparadas ao NGV1090, e os valores da IC50 são inferiores, especialmente para a ligação ao FXIa e FXI humano. Os valores IC50 são mais semelhantes entre variantes parentais e amadurecidas por afinidade para 0 FXI de cinomolgo e coelho. Em conjunto, os dados do ELISA insinuam que a maturação por afinidade aumentou a ligação ao FXI e FXIa, particularmente à enzima humana, sem introduzir uma ligação não específica com a calicreína, a enzima mais estreitamente relacionada ao FXIa.
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Exemplo 5
Atividade Funcional das IgGs anti-FXI/FXIa Amadurecidas por Afinidade [0347] As atividades anticoagulantes de três anticorpos amadurecidos por afinidade foram testadas usando o teste do tempo de tromboplastina parcial ativada (aPTT) e o teste de geração de trombina (TGA). Descrição do Teste de aPTT [0348] O plasma humano normal liofilizado Coagulation Control N (referência nQ 5020050) foi adquirido da empresa Technoclone GmbH (Viena, Áustria). Esse plasma foi agregado a partir do plasma citrado de doadores saudáveis selecionados. O tempo de coagulação obtido com esse plasma normal reflete as concentrações normais dos fatores coagulantes envolvidos na coagulação. O plasma liofilizado foi armazenado a 4°C. Antes do uso, o plasma foi ressuspendido em 1 mL de água destilada girando o frasco cuidadosamente e permaneceu em temperatura ambiente por 10 minutos.
[0349] O ativador da via intrínseca Dapttin® TC (NQ Cat 5035090), um reagente aTPP duplo ativado com sulfatídeos e silica como ativadores de superfície, junto com uma mistura ideal de fosfolipídeos altamente purificados, foi adquirido da empresa Technoclone GmbH (Viena, Áustria), contendo fosfolipídio, sulfatídeo e silicato. O ativador liofilizado foi reconstituído em água destilada com o volume indicado no frasco.
[0350] Cloreto de cálcio (Fluka, NQ Cat 21115) foi preparado em água destilada em uma concentração-estoque de 25 mM. O tampão para diluição do anticorpo foi o Tampão Fosfato Salino (PBS, Life Technologies, NQ Cat 10010-023).
[0351] Os tempos de coagulação foram mensurados em coagulômetro de esfera, modelo MC10 (Merlin Medical, Alemanha), que é um sistema de detecção de coágulos mecânico semiautomatizado. O sistema usa uma cubeta especial na qual uma esfera de aço inoxidável é
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183/189 distribuída (Merlin medical, NQ Cat Z05100).
[0352] A cubeta é colocada na cavidade de medição do coagulômetro de esfera. Depois que a amostra, o plasma, e o ativador são adicionados à cubeta, a cavidade de medição gira lentamente fazendo a cubeta girar ao longo do seu eixo longitudinal. Como a cubeta é posicionada com baixa angulosidade, a gravidade e a inércia sempre posicionam a esfera no ponto mais baixo da cubeta. Exatamente oposto à posição da esfera está um sensor magnético. Depois do período de incubação apropriado, um cronômetro é iniciado com a adição da solução de cloreto de cálcio. À medida que a coagulação ocorre, formam-se filamentos de fibrina na mistura da reação. Os filamentos de fibrina puxam a esfera para longe da sua posição de inércia que dispara um impulso no sensor magnético. Esse impulso interrompe o cronômetro eletronicamente.
[0353] Diluições seriais de NOV1090 e anticorpos amadurecidos por afinidade (por exemplo, AM1, AM2, e AM3) foram preparados em PBS. Plasma de sangue humano reconstituído, o reagente ativador (Dapttin), e cloreto de cálcio foram aquecidos em banho de água a 37°C por 10 minutos.
[0354] O teste foi conduzido exclusivamente em cubetas especiais contendo uma esfera de aço inoxidável. O esquema de pipetagem está especificado na Tabela 6.
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Tabela 6. Esquema de pipetagem para medição da atividade do anticorpo no teste de aPTT
Etapa teste Solução Volume do teste de aPTT [μΙ_]
1 Diluição ou diluente do an- 50 ticorpo
2 plasmado sangue humano 50
3 Dapttin 50
4 Incubar 3 minutos a 37°C sob rotação
5 Cloreto de cálcio 25 mM 50
6 Iniciar mediatamente o cronômetro
7 O cronômetro cessa quando o coágulo é formado
[0355] As amostras foram medidas com duas repetições à temperatura de 37°C no coagulômetro de esfera Merlin descrito acima. Resultados do Teste da aPTT [0356] A Figura 2 mostra curvas de resposta representativas para anticorpo parental NOV1090 e três anticorpos amadurecidos por afinidade (por exemplo, AM1, AM2, e AM3). Todos os três anticorpos mostraram um prolongamento dependente da concentração dos tempos de coagulação da aPTT. Os tempos de coagulação da aPTT são duplicados em relação à linha de base nas concentrações de anticorpo de 11 a 14 nM. Esses resultados são comparáveis aos resultados alcançados com o NOV1090 parental.
Descrição de TGA [0357] Para TGA, plasma humano normal liofilizado (Coagulation control N) foi adquirido da empresa Technoclone GmbH (NQ Cat 5020040) e reconstituído em água destilada no volume recomendado pelo fabricante.
[0358] A solução do substrato foi preparada usando o substrato fluorogênico Z-Gly-Gly-Arg-AMC da empresa Technoclone GmbH (NQ Cat 5006230). Alíquotas do substrato liofilizado foram mantidas a 4°C. O
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185/189 substrato foi dissolvido fresco no volume de água destilada indicado no frasco 20 minutos antes de ser usado no ensaio. A solução do substrato reconstituído contém o peptídeo fluorogênico na concentração de 1 mM e CaCl2 na concentração de 15 mM.
[0359] O reagente ativador reagente de plasma pobre em plaquetas (PPP) LOW foi adquirido da empresa Thrombinoscope (NQ Cat TS31.00) e reconstituído em água destilada conforme recomendado no frasco. O reagente PPP LOW contém uma mistura de fosfolipídios e fator do tecido em baixíssima concentração. O reagente foi diluído 8 vezes em Tris/HCI 80 mM em pH 7,4, 0,05% (p/v) CHAPS imediatamente antes do uso.
[0360] As amostras foram divididas e medidas em placas de fundo preto-translúcido com 96 cavidades adquiridas da empresa Gostar (produto no 3603). Para transferência da automação, as amostras foram colocadas em placa com 96 cavidades e fundo em V (Gostar, 3894) e transferidas com um sistema de automação CyBio (Analytik Jena US, Woburn, MA, EUA).
[0361] O plasma do sangue humano reconstituído, o reagente ativador reagente PPP LOW e o substrato foram previamente aquecidos por 10 minutos em banho de água a 37°C. Diluições seriais do anticorpo 1:3 (por exemplo, NOV1401, AM1, AM2, e AM3) em PBS foram preparadas em uma placa de 96 cavidades iniciando com uma concentração de NOV1401 de 5 μΜ (5x a concentração final mais alta 1 μΜ) para um total de 8 diluições. Duzentos e vinte e dois μΙ do reagente ativador foram misturados com 1108 μΙ da solução do substrato para gerar a mistura reagente ativador-substrato 10+50. Oitenta μΙ por cavidade foram adicionados em uma placa de 96 cavidades com fundo em V para futura transferência usando um sistema de automação. A placa foi mantida a 37°C. Os reagentes foram adicionados de acordo com o esquema apresentando na Tabela 7.
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Tabela 7. Esquema de pipetagem
Etapa Teste Solução Volume [ul]
1 Soluções de anticorpo (8 diluições) 20
2 Solução estoque de plasma 20
5 minutos incubação a 37°C em um misturador aque-
cido a 300 rpm.
3 Mistura reagente ativador/substrato 10 + 50
[0362] As misturas do ativador/substrato foram transferidas por automação. Depois de adicionar as misturas, a excitação e a emissão a 360 nm a 460 nm, respectivamente, foram registradas imediatamente usando um instrumento Synergy Neo (BioTek Instrument Inc., Winooski, VT, EUA). As amostras foram medidas em duas repetições à temperatura de 37°C em leitora de placas por 90 minutos a intervalos de 55 segundos.
[0363] Para gerar os valores da concentração de trombina no pico, os dados foram processados com o arquivo do software de avaliação TGA fornecido pela Technoclone. Para gerar gráficos da concentração de trombina contra concentração do anticorpo, os dados foram ajustados com o software Graph Pad. Esses dados foram ajustados para um modelo de regressão não linear no software GraphPad Prismõ (GraphPad Software Inc., La Jolla, CA, EUA). O valor IC50 foi determinado usando a equação da curva de resposta à dose de quatro parâmetros (inclinação variável): y = Fundo + (Topo - Fundo) / (1 + 10Λ ((LoglCõOx)* inclinação de Hill)) onde y é a concentração máxima da trombina formada na concentração do inibidor, x, e topo e fundo representam a concentração da trombina na ausência do inibidor e na concentração mais elevada do inibidor, respectivamente.
Resultados do TGA [0364] A Figura 3 mostra curvas de resposta representativas para
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187/189 três anticorpos FXIa amadurecidos por afinidade (por exemplo, AM1, AM2, e AM3) e para o NOV1401 de comparação, que é uma versão da linhagem germinativa do anticorpo parental NOV1090. Todos os três anticorpos amadurecidos por afinidade mostraram uma inibição, dependente da concentração, da geração de trombina no TGA com valores de IC50 3 a 4 vezes mais baixos do que NOV1401. Os valores de IC50 e as concentrações residuais da trombina foram calculados a partir dessas curvas de resposta e são apresentados na Tabela 8.
Tabela 8. Sumário dos dados de aPTT e TGA para três anticorpos FXIa amadurecidos por afinidade
Anticorpo amadurecido por afinidade Teste de aPTT (2x aPTT) [μΜ] ICso de TGA [μΜ] Trombina Residual TGA [nM] (%)
AM1 0,014 0,006 179,9 (37,5)
AM2 0,013 0,007 185,6 (36,6)
AM3 0,011 0,009 85,35 (19,7)
NGV1090 (aPTT), NOV1401 (TGA) 0,027 0,024 158,9 (34,4)
[0365] AM4, que é a versão da linhagem germinativa de AM3 (veja Tabela 1), também foi submetido ao teste de aPTT e TGA produzindo resultados bastante similares para 0 prolongamento da aPTT e valores IC50 em TGA em comparação ao AM3.
Exemplo 6
Determinação da Kd para IgG anti-FXI/FXIa amadurecida por afinidade (AM4) por Titulação de Equilíbrio da Solução (SET) [0366] O método SET descrito no Exemplo 2 foi utilizado para determinar a Kd para AM4 (IgG), e comparada ao NOV1401, a versão da linhagem germinativa do seu anticorpo parental NGV1090. A Figura 4
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188/189 mostra as respostas à dose e as curvas ajustadas para a ligação ao FXIa para os dois anticorpos e os resultados estão sintetizados na Tabela 9.
Tabela 9: Sumário dos resultados de SET para AM4 e NOV1401
Anticorpo Cone, da incubação Ab. [pM] KD [pM] R quadrado
NOV1401 (IgG) 20 3,12 0,98
AM4 (IgG) 5 0,22 0,98
[0367] Esses dados de ligação para os anticorpos IgG de comprimento total sugerem que ο AM4 tem uma afinidade cerca de 10 vezes maior do que o seu anticorpo parental NOV1090, já que as afinidades para os anticorpos NOV1401 e NOV1090 intimamente correlacionados ao FXIa são comparáveis (dados não mostrados). Um incremento ao redor de 10x na afinidade também foi observado comparando as estimativas Kode SET para AM1, AM2 e AM3 com a Kd de SET determinada para Fab NOV1090 (veja Exemplos 2 e 3).
[0368] Em sumário, esses dados sugerem que os anticorpos antiFXI/FXIa AM1, AM2, AM3 e AM4, quando comparados ao NOV1090 parental, demonstram uma afinidade de ligação ao FXI e FXIa aumentada e atividades anticoagulantes pelo menos comparáveis, por exemplo, conforme determinado pelo teste de prolongamento aPTT e TGA que mostram quantidades reduzidas de trombina. Como os anticorpos AM1, AM2, AM3, e AM4 compartilham as mesmas CDRs, salvo HCDR2, onde compartilham certas sequência consenso de aminoácidos, por exemplo, SEQ ID NQ: 59 (Combinadas e Kabat HCDR2), 60 (Chothia HCDR2) ou 61 (IMGT HCDT2), esses resultados indicam que anticorpos anti-FXI/FXIa similares que compartilham as mesmas HCDR1, HCDR3, LCDR1, LCDR2, e LCDR3, e se enquadram nas sequências consenso
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189/189 de aminoácidos de HCDR2, também seriam ligantes eficientes e exibiríam atividades anticoagulantes similares.
Incorporação por Citação [0369] Todas as referências citadas, incluindo patentes, pedidos de patente (por exemplo, publicações de pedidos de patente), artigos, publicações, livros-texto, e similares, e as referências citadas em tais escritos, se ainda não incorporadas, são desde já incorporadas a este documento por essa citação na sua totalidade.
Equivalentes [0370] O relatório descritivo acima é considerado suficiente para permitir que o indivíduo versado na técnica pratique a presente divulgação. É apreciado, no entanto, que por mais detalhada que a descrição acima possa parecer em texto, a presente divulgação pode ser praticada de diversos modos, devendo a presente divulgação ser interpretada no âmbito das reivindicações em anexo e de quaisquer dos seus equivalentes.

Claims (32)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo, caracterizado pelo fato de que o anticorpo ou fragmento compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) compreendendo as regiões determinantes de complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e uma região variável de cadeia leve (VL) compreendendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, no qual a HCDR1 compreende uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NOs: 3, 6, 7, e 9;
    a HCDR2 compreende uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em:
    (i) X1-I-X2-X3-X4-X5-X6-X7-T-X8-YADSVKG (SEQ ID NQ: 59), em que X1 é qualquer aminoácido ou é T ou S, X2 é qualquer aminoácido ou é D ou E, X3 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X4 é qualquer aminoácido ou é S, Y ou W, X5 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X6 é qualquer aminoácido ou é Q, T ou D, X7 é qualquer aminoácido ou é D ou E, e X8 é qualquer aminoácido ou é Y, H ou D, em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 4, (ii) X1-X2-X3-X4-X5-X6 (SEQ ID NQ: 60), em que X1 é qualquer aminoácido ou é E ou D, X2 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X3 é qualquer aminoácido ou é Y, S ou W, X4 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X5 é qualquer aminoácido ou é D, T ou Q, e X6 é qualquer aminoácido ou é D ou E, em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 8, e (iii) I-X1-X2-X3-X4-X5-X6-T (SEQ ID NQ: 61), em que X1 é qualquer aminoácido ou é E ou D, X2 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X3 é qualquer aminoácido ou é S, Y ou W, X4 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X5 é qualquer aminoácido ou é D, T ou Q, e X6 é qualquer aminoácido ou é D ou E, em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 10;
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    3/16
    HCDR3 compreende uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NOs: 5 e 11;
    LCDR1 compreende uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NOs: 16, 19, e 22;
    LCDR2 compreende uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NOs: 17 e 20; e
    LCDR3 compreende uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo consistindo em SEQ ID NOs: 18 e 21.
  2. 2. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que (a) (i) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 3;
    (ii) HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos X1 -IX2-X3-X4-X5-X6-X7-T-X8-YADSVKG (SEQ ID NQ: 59), em que X1 é qualquer aminoácido ou é T ou S, X2 é qualquer aminoácido ou é D ou E, X3 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X4 é qualquer aminoácido ou é S, Y ou W, X5 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X6 é qualquer aminoácido ou é Q, T ou D, X7 é qualquer aminoácido ou é D ou E, e X8 é qualquer aminoácido ou é Y, H ou D, e em que HCDR2 não é SEQ ID NQ: 4;
    (iii) HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5;
    (iv) LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16;
    (v) LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17; e (vi) LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18, ou (b)
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    4/16 (i) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 6;
    (ii) HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos X1 -IX2-X3-X4-X5-X6-X7-T-X8-YADSVKG (SEQ ID NQ: 59), em que X1 é qualquer aminoácido ou é T ou S, X2 é qualquer aminoácido ou é D ou E, X3 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X4 é qualquer aminoácido ou é S, Y ou W, X5 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X6 é qualquer aminoácido ou é Q, T ou D, X7 é qualquer aminoácido ou é D ou E, e X8 é qualquer aminoácido ou é Y, H ou D, e em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 4;
    (iii) HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5;
    (iv) LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 16;
    (v) LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 17; e (vi) LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 18, ou (c) (i) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 7;
    (ii) HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos X1X2-X3-X4-X5-X6 (SEQ ID NQ: 60), em que X1 é qualquer aminoácido ou é E ou D, X2 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X3 é qualquer aminoácido ou é Y, S ou W, X4 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X5 é qualquer aminoácido ou é D, T ou Q, e X6 é qualquer aminoácido ou é D ou E, e em que HCDR2 não é SEQ ID NQ: 8;
    (iii) HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 5;
    (iv) LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da
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    5/16
    SEQ ID NQ: 19;
    (v) LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20; e (vi) LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 21, ou (d) (i) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 9;
    (ii) HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos I-X1 X2-X3-X4-X5-X6-T do (SEQ ID NQ: 61), em que X1 é qualquer aminoácido ou é E ou D, X2 é qualquer aminoácido ou é Y ou S, X3 é qualquer aminoácido ou é S, Y ou W, X4 é qualquer aminoácido ou é S, D ou G, X5 é qualquer aminoácido ou é D, T ou Q, e X6 é qualquer aminoácido ou é D ou E, e em que HCDR2 não é a SEQ ID NQ: 10;
    (iii) HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 11;
    (iv) LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 22;
    (v) LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 20; e (vi) LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da
    SEQ ID NQ: 18.
  3. 3. Anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo, caracterizado pelo fato de que o anticorpo ou fragmento se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa, em que o anticorpo ou fragmento compreende (i) uma região variável de cadeia pesada (VH) compreendendo as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3, e (ii) uma região variável de cadeia leve (VL) compreendendo as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3, em que
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    6/16
    HCDR1 compreende uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo formado pelas SEQ ID NOs: 3, 6, 7, e 9;
    HCDR2 compreende uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo formado pelas SEQ ID NOs: 27, 28, 29, 38, 39, 40, 45, 46, e 47;
    HCDR3 compreende uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo formado pelas SEQ ID NOs: 5 e 11;
    LCDR1 compreende uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo formado pelas SEQ ID NOs: 16, 19, e 22;
    LCDR2 compreende uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo formado pelos SEQ ID NOs: 17 e 20; e
    LCDR3 compreende uma sequência de aminoácidos selecionada a partir do grupo formado pelos SEQ ID NOs: 18 e 21.
  4. 4. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que (i) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 3, HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 45, HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2:5, LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 16, LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 17, e LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 18;
    (ii) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 6, HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 45, HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 5, LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 16, LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 17, e LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 18;
    (iii) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da
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    7/16
    SEQ ID N2: 7, HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 46, HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2:5, LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 19, LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 20, e LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 21; ou (iv) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da
    SEQ ID N2: 9, HCDR2 compreende a sequência de aminoácidosda
    SEQ ID N2: 47, HCDR3 compreende a sequência de aminoácidosda
    SEQ ID N2: 11, LCDR1 compreende a sequência de aminoácidosda
    SEQ ID N2: 22, LCDR2 compreende a sequência de aminoácidosda
    SEQ ID N2: 20, e LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 18.
  5. 5. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que (v) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 3, HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 38, HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2:5, LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 16, a LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 17, e LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 18;
    (vi) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 6, HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 38, HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2:5, LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2:16, LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 17, e LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 18;
    (vii) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da
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    8/16
    SEQ ID N2: 7, HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 39, HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2:5, LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 19, LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 20, e LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 21; ou (viii) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 9, HCDR2 compreende a sequência de aminoácidosda
    SEQ ID N2: 40, HCDR3 compreende a sequência de aminoácidosda
    SEQ ID N2: 11, LCDR1 compreende a sequência de aminoácidosda
    SEQ ID N2: 22, LCDR2 compreende a sequência de aminoácidosda
    SEQ ID N2: 20, e LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 18.
  6. 6. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que (ix) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 3, HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 27, HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2:5, LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 16, LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 17, e LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 18;
    (x) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 6, HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 27, HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2:5, LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 16, LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 17, e LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 18;
    (xi) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da
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    9/16
    SEQ ID N2: 7, HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 28, HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2:5, LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 19, LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 20, e LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 21; ou (xii) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 9, HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da
    SEQ ID N2: 29, HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da
    SEQ ID N2: 11, LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da
    SEQ ID N2: 22, LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da
    SEQ ID N2: 20, e LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 18.
  7. 7. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que (i) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 3, HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 27, 38 ou 45, HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 5, LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2:16, LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 17, e LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 18; ou (ii) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 6, HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 27, 38 ou 45, HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 5, LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2:16, LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 17, e LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 18; ou (iii) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da
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    10/16
    SEQ ID N2: 7, HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 28, 39 ou 46, HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 5, LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 19, a LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 20, e LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 21; ou (iv) HCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 9, HCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 29, 40 ou 47, HCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 11, a LCDR1 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 22, LCDR2 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 20, e LCDR3 compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID N2: 18.
  8. 8. Anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo, caracterizado pelo fato de que o anticorpo ou fragmento compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH compreende as regiões determinantes da complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3 selecionadas da Tabela 2, e em que a VL compreende as regiões determinantes da complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3 selecionadas da Tabela 2.
  9. 9. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que (i) VH compreende HCDR1, HCDR2, e HCDR3 Combinadas e VL compreende LCDR1, LCDR2, e LCDR3 Combinadas; ou (ii) VH compreende HCDR1, HCDR2, e HCDR3 conforme Kabat e VL compreende LCDR1, LCDR2, e LCDR3 conforme Kabat; ou (iii) VH compreende HCDR1, HCDR2, e HCDR3 conforme Chothia e VL compreende LCDR1, LCDR2, e LCDR3 conforme Chothia; ou
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    11/16 (iv) VH compreende HCDR1, HCDR2, e HCDR3 conforme IMGT e VL compreende LCDR1, LCDR2, e LCDR3 conforme IMGT.
  10. 10. Anticorpo anti-FXI isolado ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo, caracterizado pelo fato de que o anticorpo ou fragmento se liga no domínio catalítico de FXI e/ou FXIa compreendendo (a) uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que a VH compreende as regiões determinantes de complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3 de SEQ ID NQ: 30, e em que a VL compreende as regiões determinantes de complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3 de SEQ ID NQ: 34, (b) uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que VH compreende as regiões determinantes de complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3 de SEQ ID NQ: 41, e em que VL compreende as regiões determinantes de complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3 de SEQ ID NQ: 34, ou (c) uma região variável de cadeia pesada (VH) e uma região variável de cadeia leve (VL), em que VH compreende as regiões determinantes de complementaridade HCDR1, HCDR2, e HCDR3 de SEQ ID NQ: 48, e em que VL compreende as regiões determinantes de complementaridade LCDR1, LCDR2, e LCDR3 de SEQ ID NQ: 34 ou 55.
  11. 11. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que VH compreende as sequências de aminoácidos das SEQ ID NQS: 30, 41 e 48; e VL compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 34 ou 55, opcionalmente em que (i) VH compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 48 e VL compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 55; ou (ii) VH compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 48 e VL compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ:
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  12. 12/16
    34; ou (iii) VH compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 41 e a VL compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 34; ou (iv) VH compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 30 e a VL compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 34.
    12. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que a cadeia pesada compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 32, 43, 50 ou 53; e a cadeia leve compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 57 ou 36; opcionalmente em que (i) a cadeia pesada compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 53 e a cadeia leve compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 57; ou (ii) a cadeia pesada compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 50 e a cadeia leve compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 36; ou (iii) a cadeia pesada compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 43 e a cadeia leve compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 36; ou (iv) a cadeia pesada compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 32 e a cadeia leve compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 36.
  13. 13. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que (i) VH compreende uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 90% idêntica à sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 30, 41 ou 48; VL compreende uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 90% à sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 34 ou 55,
    Petição 870190056589, de 18/06/2019, pág. 241/308
    13/16 e em que VH não compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 12 e VL não compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 23; ou (ii) VH compreende uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 95% idêntica à sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 30, 41 ou 48; VL compreende uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 95% à sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 34 ou 55, e em que VH não compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 12 e VL não compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NQ: 23.
  14. 14. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo fato de que o anticorpo ou fragmento é um anticorpo monoclonal humano ou um anticorpo monoclonal humanizado.
  15. 15. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pelo fato de que o anticorpo ou fragmento é um anticorpo do isotipo lgG1 humano; ou um anticorpo do isotipo lgG2 ou lgG4 humano.
  16. 16. Anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pelo fato de que o anticorpo ou fragmento é um anticorpo de cadeia simples, um fragmento Fab, um fragmento Fv, um fragmento F(ab’)2 ou um fragmento scFv.
  17. 17. Composição farmacêutica, caracterizada pelo fato de que compreende um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 16 e um carreador farmaceuticamente aceitável.
  18. 18. Uso de um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 16, caracterizado pelo fato de que é para a fabricação de um medicamento ou
    Petição 870190056589, de 18/06/2019, pág. 242/308
    14/16 uma composição farmacêutica para tratar ou controlar ou reduzir o risco de um distúrbio tromboembólico em um indivíduo.
  19. 19. Uso, de acordo com a reivindicação 18, caracterizado pelo fato de que o indivíduo sofre com ou corre o risco de desenvolver, um ou mais eventos dentre acidente vascular cerebral, acidente vascular cerebral associado com trombose venosa profunda, acidente vascular cerebral associado à fibrilação atrial e fibrilação atrial.
  20. 20. Uso, de acordo com a reivindicação 18 ou 19, caracterizado pelo fato de que é em combinação com uma ou mais terapias a base de estatina.
  21. 21. Uso de anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo, caracterizado pelo fato de que é para a fabricação de um medicamento ou uma composição farmacêutica para controlar ou reduzir sangramentos ou risco de sangramentos em um indivíduo tratado com ou ao qual foi administrado um anticorpo anti-FXI ou fragmento de ligação ao antígeno, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 16, em que o anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo se liga especificamente ao anticorpo anti-FXI e impede o anticorpo anti-FXI de se ligar ao FXI, e em que o anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo reverte a atividade anticoagulante do anticorpo anti-FXI.
  22. 22. Uso de (i) coloides, cristaloides, plasma humano ou proteínas do plasma tal como a albumina, (ii) células vermelhas ou sangue total empacotados; ou (iii) plasma fresco congelado (PFC), concentrados de complexo protrombínico (CCP), CCP ativado (CCPA), tal como o inibidor do fator VIII, e/ou o fator VII recombinante ativado, caracterizado pelo fato de que é para fabricação de um medicamento ou uma composição farmacêutica para controlar ou reduzir sangramentos ou risco de sangramentos em um indivíduo tratado com ou ao qual foi administrado um anticorpo anti-FXI ou fragmento de ligação ao antígeno, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 16, em que o
    Petição 870190056589, de 18/06/2019, pág. 243/308
    15/16 referido medicamento ou composição farmacêutica é para reverter temporariamente o efeito anticoagulante por um tempo suficiente para controlar o sangramento.
  23. 23. Uso de um anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo, caracterizado pelo fato de que é para fabricação de um medicamento ou uma composição farmacêutica para reverter o efeito anticoagulante de um anticorpo anti-FXI ou fragmento de ligação ao antígeno, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 16, em um paciente que é tratado com o anticorpo anti-FXI/FXIa ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo, em que o referido anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo se liga especificamente ao anticorpo anti-FXI.
  24. 24. Anticorpo anti-idiotipo ou fragmento do mesmo, caracterizado pelo fato de que se liga especificamente ao anticorpo anti-FXI, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 16, impede o anticorpo anti-FXI de se ligar ao FXI, e reverte a atividade anticoagulante do anticorpo anti-FXI em pelo menos 30% ou em pelo menos 40%.
  25. 25. Polinucleotídeo, caracterizado pelo fato de que compreende sequências de ácidos nucleicos que codificam uma VL, VH ou uma VL e VH do anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 16.
  26. 26. Vetor, caracterizado pelo fato de que compreende o polinucleotídeo, como definido na reivindicação 25.
  27. 27. Célula hospedeira, caracterizada pelo fato de que compreende o vetor, como definido na reivindicação 26.
  28. 28. Célula hospedeira, de acordo com a reivindicação 27, caracterizada pelo fato de que é uma célula eucariótica ou uma célula de mamífero.
  29. 29. Método para produzir um anticorpo anti-FXI/FXIa ou fragmento do mesmo, caracterizado pelo fato de que compreende a etapa de cultivar a célula hospedeira, como definida na reivindicação 27 ou
    Petição 870190056589, de 18/06/2019, pág. 244/308
    16/16
    28, sob condições adequadas para a expressão do anticorpo antiFXI/FXIa ou fragmento do mesmo.
  30. 30. Uso de um anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 16, caracterizado pelo fato de que é para fabricação de um medicamento ou uma composição farmacêutica para reduzir o risco de acidente vascular cerebral e/ou embolia sistêmica em um paciente com doença renal crônica.
  31. 31. Uso, de acordo com a reivindicação 30, caracterizado pelo fato de que (i) o paciente tem uma doença renal em estágio terminal (ESRD); e/ou (ii) o paciente tem uma ESRD e está sendo submetido à diálise; e/ou (iii) o paciente tem fibrilação atrial não valvar; e/ou (iv) o paciente tem um risco de sangramento elevado demonstrado.
  32. 32. Invenção, caracterizada em quaisquer formas de suas concretizações ou em qualquer categoria aplicável de reivindicação, por exemplo, de produto ou de processo ou uso ou qualquer outro tipo de reivindicação englobada pela matéria inicialmente descrita, revelada ou ilustrada no pedido de patente.
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