BR112018004464B1

BR112018004464B1 - Elemento deslizante, sistema deslizante, uso de composição lipofílica e método para prover um elemento deslizante

Info

Publication number: BR112018004464B1
Application number: BR112018004464-4A
Authority: BR
Inventors: Benny Andersson
Original assignee: Ikea Supply Ag
Priority date: 2015-09-07
Filing date: 2016-09-07
Publication date: 2022-07-26
Also published as: AU2016321087A1; MX2023007738A; US20180335078A1; US20230151851A1; BR112018004464A2; CN108136435A; KR102639631B1; KR20180050700A; MX2018002680A; US11578754B2; CA2997003A1; EP3347141A4; AU2016321087B2; EP3347141A1; WO2017044032A1

Abstract

MEMBRO DESLIZANTE DE BAIXA FRICÇÃO. A presente invenção se refere a um membro deslizante possuindo uma superfície deslizante (14) revestida com uma laca compreendendo uma resina (16). A laca é, por sua vez, pelo menos parcialmente revestida com um revestimento de composição lipofílica (18). O revestimento de composição lipofílica proporciona uma camada deslizante (19) sobre o membro deslizante com baixa fricção.

Description

CAMPO TÉCNICO DA PRESENTE INVENÇÃO

(0001) A presente invenção se refere a um elemento deslizante, por exemplo, uma barra deslizante ou uma parte deslizante, possuindo uma camada deslizante com baixa fricção. Adicionalmente, a presente invenção se refere a um sistema deslizante compreendendo um tal elemento deslizante. Tais sistemas deslizantes podem, por exemplo, serem utilizados em disposições de porta deslizante, mesas extensíveis, kits para pendurar cortinas, e disposições de gaveta deslizante.

ESTADO DA TÉCNICA DA PRESENTE INVENÇÃO

(0002) Guarda-roupas possuindo portas deslizantes são bem conhecidos no estado da técnica (conforme, por exemplo, a patente alemã número DE 298 13 478). Tipicamente, as portas são dispostas com rolamentos de esferas de suporte, por exemplo, roletes de rodas sobre (ao longo de) um trilho, na extremidade superior da porta e recursos de direcionamento, por exemplo, pinos, na parte inferior. Rolamentos de esferas funcionam bem, mas sofrem a partir de serem um tanto sensíveis para poeira. Adicionalmente, a resistência à partida-parada é muito baixa se as portas são para serem facilmente movíveis, o que é uma característica inerente de rolamentos de esferas. Nas posições de extremidade, isto pode ser parcialmente superado por provisão de posições de extremidade de repouso proporcionadas, por exemplo, com cabeças ou recessos, para as rodas. Entretanto, isto não deverá superar a baixa resistência á partida-parada em posições intermediárias.

(0003) Portas de cozinha deslizantes, sendo menos pesadas do que portas deslizantes de guarda-roupas, não são tipicamente proporcionadas com rolamentos de esferas, mas são montadas em pé em uma ranhura (encaixe, entalhe) deslizante, isto é, um rolamento planificado linear. Para portas mais leves, isto pode funcionar bem, ainda que a resistência ao deslizamento venha a ser razoavelmente alta; especialmente em partida. Entretanto, para portas mais pesadas, por exemplo, portas deslizantes de guarda-roupa, rolamentos planificados lineares tipicamente proporcionam resistência ao deslizamento excessivamente alta para utilização prática; especialmente em partida. Adicionalmente, tais rolamentos planificados lineares são sensíveis para contaminação de poeira afetando a resistência ao deslizamento muito negativamente.

(0004) Adicionalmente, também cômodas podem ser proporcionadas com rolamentos planificados lineares, tal como uma disposição simples com uma ranhura (entalhe, encaixe) no cavalete de gaveta recebendo uma tira disposta sobre a gaveta. Cômodas podem também ser proporcionadas com rolamentos planificados lineares mais sofisticados (conforme, por exemplo, o pedido de patente alemã número DE 10 2011 053 946). Ainda mais, gavetas que ficam ligeiramente inclinadas frequentemente ficam presas na cômoda.

(0005) Dada a sua simplicidade, deveria ser desejado proporcionar um elemento deslizante com fricção deslizante muito baixa. Um tal elemento deslizante pode encontrar utilização, por exemplo, com portas deslizantes de guarda-roupa. Adicionalmente, um tal elemento deslizante pode encontrar utilização também em outras aplicações, tais como mesas extensíveis, kits para pendurar cortinas, cômodas de gavetas, etc.

SUMÁRIO DA PRESENTE INVENÇÃO

(0006) Consequentemente, a presente invenção busca atenuar, aliviar, eliminar ou contornar uma ou mais das deficiências e desvantagens anteriormente identificadas no estado da técnica individualmente ou em qualquer combinação por provisão de um elemento deslizante, por exemplo, uma barra deslizante ou uma parte deslizante, possuindo uma superfície deslizante revestida com uma laca compreendendo uma resina. A laca é, por sua vez, pelo menos parcialmente revestida com um revestimento de composição lipídica para proporcionar uma camada deslizante com fricção diminuída. Isto proporciona para um elemento deslizante de baixa fricção com função eficiente em muitas aplicações, incluindo aplicações de mobília, tais como portas deslizantes, gavetas, mesas, estruturas de cama extensíveis e camas extensíveis, etc.

(0007) Em concordância com uma modalidade da presente invenção, pelo menos a superfície deslizante do elemento deslizante pode ser uma superfície de alumínio. Isto proporciona para um suporte eficiente para a laca revestida sobre a superfície deslizante. Em concordância com uma modalidade da presente invenção, a superfície de alumínio possui uma camada de superfície de óxido anodizada em cima da qual a laca é aplicada. A superfície anodizada é dura e proporciona boa adesão da laca aplicada para a mesma. O elemento deslizante pode ser um elemento de alumínio, por exemplo, perfil de alumínio, preferivelmente possuindo uma camada de superfície de óxido anodizada, em cima da qual a laca é aplicada. Como um exemplo, o elemento deslizante pode ser um perfil de alumínio tendo sido eletroforeticamente, preferivelmente anaforeticamente, revestido com uma resina acrílica e subsequentemente curado por calor para formar a laca revestida sobre a superfície deslizante. Preferivelmente, o perfil de aumínio possui uma camada de superfície de óxido anodizada em cima da qual a laca é aplicada. O processo de Honny ou um de seus derivados pode ser utilizado para obter tais superfícies anodizadas, laqueadas. Enquanto que a espessura da camada de superfície de óxido anodizada preferivelmente venha a ser de pelo menos 5 micrômetros, a espessura da laca revestida sobre a barra deslizante pode preferivelmente ser de 100 micrômetros ou menos. O revestimento de composição lipídica tipicamente compreende compostos compreendendo de C6 até C40, tal como de C8 até C30, de grupos hidrocarbila não aromáticos, tais como grupos alquenil e/ou grupos alquil, por exemplo, grupos alquil.

(0008) Em concordância com uma outra modalidade da presente invenção, a superfície deslizante do elemento deslizante é feita a partir de aço, em cima do qual a laca é aplicada. Aço é um material geralmente forte, duro e comparativamente barato que pode ser utilizado como um material de partida para o elemento deslizante. Superfícies de aço pode ser laqueadas por eletro-revestimento ou auto- deposição para proporcionar uma camada de laca com espessura uniforme.

(0009) Em concordância com um aspecto adicional da presente invenção, é proporcionado um sistema deslizante. O sistema deslizante compreende o elemento deslizante em concordância com quaisquer das modalidades anteriormente mencionadas da presente invenção e possuindo a forma de uma barra deslizante linear, e pelo menos um elemento deslizante. A interface entre a camada deslizante da barra deslizante e o elemento deslizante forma um rolamento planificado linear para possibilitar para movimentação linear do elemento deslizante ao longo do eixo geométrico longitudinal da barra deslizante linear.

(0010) Em concordância com uma modalidade da presente invenção, a parte de referido elemento deslizante para deslizar sobre a camada deslizante pode ser configurada como uma lâmina se estendendo na direção de deslizamento. Adicionalmente, a camada deslizante pode estar presente em um trilho, tal como em uma ranhura ou sobre um cume (uma crista), se estendendo ao longo do eixo geométrico longitudinal da barra deslizante. O elemento deslizante compreende pelo menos um ponto de contato individual em contato com a barra deslizante na interface entre a barra deslizante e o elemento deslizante. A área de contato de cada ponto de contato individual pode ser de menos do que 3 mm2. Adicionalmente, a pressão de contato no pelo menos um ponto de contato individual pode ser de pelo menos 4 N/mm2.

(0011) Em concordância com um aspecto adicional da presente invenção, é proporcionado um sistema deslizante alternativo. O sistema deslizante alternativo compreende uma parte deslizante, sendo um elemento deslizante revestido com uma laca compreendendo uma resina e também proporcionado com uma composição lipídica sobre a mesma, a parte deslizante sendo disposta para deslizar ao longo de um perfil deslizante linear para formar um rolamento planificado linear, o sistema deslizante adicionalmente compreendendo pelo menos um perfil deslizante linear. A interface entre a camada deslizante da parte deslizante e o perfil deslizante linear forma um rolamento planificado linear para possibilitar para movimentação linear da parte deslizante ao longo do eixo geométrico longitudinal do perfil deslizante linear. O perfil deslizante linear pode ser um perfil plástico proporcionado com pelo menos um cume se estendendo ao longo do eixo geométrico longitudinal do perfil deslizante. O sistema deslizante é disposto de uma maneira tal que a camada deslizante da parte deslizante se engata com o cume em deslizamento sobre o perfil deslizante linear. Em concordância com uma modalidade da presente invenção, o perfil plástico é proporcionado com um canal deslizante para a parte deslizante deslizar no mesmo. Como um exemplo, o perfil plástico pode ser configurado em (U). Adicionalmente, pelo menos uma superfície do canal, por exemplo, uma superfície interior de um perfil configurado em (U), pode ser proporcionada com um cume se estendendo ao longo do eixo geométrico longitudinal do canal deslizante.

(0012) Em concordância com um aspecto adicional da presente invenção, se proporciona para utilização de composição lipofílica como um lubrificante de aglutinação (de ligação) irreversivelmente para uma superfície deslizante de um elemento deslizante. A superfície deslizante é revestida com uma laca compreendendo uma resina.

(0013) Em concordância com um aspecto adicional da presente invenção, se proporciona um método para provisão do elemento deslizante. O método compreende as etapas de: - provisão de um elemento possuindo uma superfície deslizante revestida com uma laca compreendendo uma resina; e: - revestimento de pelo menos parte da laca compreendendo uma resina com uma composição lipofílica para proporcionar um elemento deslizante.

(0014) Características vantajosas adicionais da presente invenção são elaboradas em modalidades apresentadas aqui. Em adição, características vantajosas da presente invenção são definidas nas reivindicações de patente dependentes acompanhantes.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS DA PRESENTE INVENÇÃO

(0015) O/as anteriormente mencionado/as e outro/as aspectos, características e vantagens do/as quais a presente invenção tem capacidade irão se tornar aparentes e elucidados a partir da descrição, em maiores detalhes, a seguir, da presente invenção, por intermédio dos e com referência para os Desenhos das Figuras acompanhantes. Nos Desenhos das Figuras acompanhantes:

(0016) A Figura 1 representa uma seção transversal de um sistema deslizante em concordância com uma primeira modalidade da presente invenção;

(0017) A Figura 2 representa seções transversais do elemento deslizante na Figura 1;

(0018) A Figura 3 representa um sistema deslizante em concordância com uma segunda modalidade da presente invenção e uma seção transversal do mesmo;

(0019) A Figura 4 representa um elemento deslizante da segunda modalidade da presente invenção na Figura 3;

(0020) As Figuras 5a-c representam uma parte deslizante e um perfil deslizante linear em concordância com uma terceira modalidade da presente invenção, um sistema deslizante compreendendo a parte deslizante e o perfil deslizante e uma seção transversal do mesmo;

(0021) A Figura 6 representa uma disposição de porta deslizante esquemática;

(0022) A Figura 7 representa uma seção transversal de um sistema deslizante utilizado para testes de fricção;

(0023) A Figura 8 ilustra uma disposição para desempenho de testes de fricção com o sistema deslizante da Figura 7;

(0024) A Figura 9a é uma vista isométrica de uma primeira parte de um sistema deslizante em concordância com uma modalidade da presente invenção para utilização, por exemplo, com uma cama extensível ou com uma estrutura de cama extensível;

(0025) A Figura 9b é uma vista de seção transversal da parte mostrada na Figura 9a;

(0026) A Figura 10a é uma vista isométrica de uma segunda parte do sistema deslizante em concordância com a mesma modalidade da presente invenção;

(0027) A Figura 10b é uma vista de seção transversal da parte mostrada na Figura 10a;

(0028) A Figura 11 é uma vista isométrica de uma terceira parte do sistema deslizante em concordância com a mesma modalidade da presente invenção;

(0029) A Figura 11b é uma vista de seção transversal da parte mostrada na Figura 11a; e:

(0030) A Figura 12 é uma vista de seção transversal do um sistema deslizante de cama extensível ou de uma estrutura de cama extensível que é mostrado em um estado montado.

(0031) Os desenhos acompanhantes são unicamente representações esquemáticas/diagramáticas e a presente invenção não é limitada às modalidades exemplificativas preferidas neles representadas.

DESCRIÇÃO DETALHADA DE MODALIDADES DA PRESENTE INVENÇÃO

(0032) Os inventores da presente invenção surpreendentemente descobriram que revestimento de uma superfície laqueada com uma resina, por exemplo, uma resina acrílica, com uma composição lipofílica, tal como, por exemplo, sebo (natural ou artificial), óleo de coco, ou parafina líquida, proporciona uma camada deslizante com extremamente baixa fricção (resistência ao deslizamento). A aplicação da composição lipofílica reduz a fricção dinâmica em tanto quanto 75%. Adicionalmente, e ainda mesmo mais surpreendentemente, o efeito não é temporariamente, mas aparentemente permanente ou pelo menos de longa duração. A necessidade para reabastecimento do lubrificante pode, portanto, ser dispensada.

(0033) Em experimentações empregando perfis de alumínio tendo sido anaforeticamente revestidos com uma resina acrílica subsequentemente curados por calor para formar uma laca (conforme o processo de Honny, inicialmente apresentado na patente inglesa número GB 1.126.855), em que a laca dos perfis de alumínio foi revestida com sebo, a fricção remanesceu quase (aproximadamente) a mesma depois de mais do que 70.000 ciclos de teste de uma porta deslizante sendo alternada ao longo do perfil. Muitos ciclos de longe excederam o número esperado de ciclos de tempo de vida. Adicionalmente, lavagem do perfil de alumínio revestido com água/detergente, etanol e/ou isopropanol não afeta a fricção. Sem ser ligado a qualquer teoria, parece que o revestimento de sebo proporciona um revestimento de lubrificante irreversivelmente de aglutinação sobre o topo da laca compreendendo a resina acrílica. Adicionalmente, a laca parece ser importante em provisão de baixa fricção.

(0034) Em concordância com uma modalidade da presente invenção, por consequência se proporciona um elemento deslizante, tal como uma barra deslizante (10), possuindo uma superfície deslizante (14) revestida com uma laca compreendendo uma resina (16). A laca é, por sua vez, pelo menos parcialmente revestida com um revestimento de composição lipofílica (18) para proporcionar uma camada deslizante (19) com fricção diminuída. Por revestimento da laca, a fricção deslizante não é somente temporariamente diminuída, mas baixa fricção de deslizamento de longa duração é obtida. Como já explicado, o revestimento de lubrificante pode ser permanente, dispensando a necessidade para reabastecer o revestimento de lubrificante. Adicionalmente, quantidades muito baixas da composição lipofílica são necessitadas para proporcionar fricção diminuída. Por consequência, contaminação do revestimento de lubrificante não coloca qualquer problema pronunciado, na medida em que o revestimento, devido para o fato da muito baixa quantidade presente, não possuindo propriedades adesivas substanciais. Isto está em contraste com a normal utilização de lubrificantes em rolamentos planificados. Adicionalmente, exposição para contaminações, por exemplo, poeira, etc., mostrou não afetar a fricção diminuída. Nem é o revestimento de lubrificante sensível à lavagem. Limpeza do elemento deslizante, por exemplo, da barra deslizante (10), com um pano seco e/ou molhado, não afeta a fricção diminuída. Estas propriedades fazem o elemento deslizante, por exemplo, a barra deslizante (10), muito útil para utilização em sistemas para portas de guarda-roupa deslizantes, mesas extensíveis, gavetas de cômodas, cortinas de pendurar e aplicações similares.

(0035) Em concordância com uma modalidade da presente invenção, o elemento deslizante é uma barra deslizante (10) como é representado nas Figuras 1 até 3.

(0036) Uma tal baixa quantidade do revestimento de composição lipofílica (18) é necessitada, de maneira tal que a composição lipofílica pode ser aplicada para um elemento deslizante (20) ao invés de para a barra deslizante (10). Em deslizamento sobre a barra deslizante (10), a composição lipofílica irá ser transferida para a barra deslizante (10) para proporcionar um revestimento de composição lipofílica (18). Portanto, o revestimento de composição lipofílica (18) poderia ser aplicado para a barra deslizante (10), para o elemento deslizante (20), ou para ambos.

(0037) Em concordância com a modalidade alternativa da presente invenção, que é descrita nas Figuras 5a-c, o elemento deslizante é uma parte deslizante (110) cuja camada deslizante, possuindo uma composição similar como a camada deslizante (19) descrita aqui anteriormente com referência para a Figura 1, é disposta para deslizar ao longo do eixo geométrico longitudinal de um perfil deslizante linear (120), por exemplo, um perfil plástico, para formar um rolamento planificado linear. Pelo menos a superfície deslizante (similar para a superfície deslizante (14) da Figura 1) da parte deslizante (110) pode, em concordância com uma modalidade da presente invenção, ser uma superfície de alumínio, preferivelmente possuindo uma camada de superfície de óxido anodizada, em cima da qual a laca é aplicada. A espessura de camada de superfície de óxido anodizada é preferivelmente de pelo menos 5 micrômetros, mais preferivelmente de pelo menos 10 micrômetros. Adicionalmente, a espessura da camada anodizada, se presente, pode ser de menos do que 250 micrômetros, tal como de menos do que 100 micrômetros ou de menos do que 50 micrômetros. Uma parte deslizante em concordância com uma tal modalidade alternativa da presente invenção, um exemplo da qual é descrito nas Figuras 5a-c, é menos preferida para utilização em suporte de portas deslizantes pesadas. É, entretanto, considerado ser bem adequada para utilização em sistemas deslizantes, por exemplo, para mesas extensíveis, gavetas, etc.

(0038) Enquanto o elemento deslizante, por exemplo, uma barra deslizante (10), preferivelmente é um elemento de alumínio, por exemplo, um perfil de alumínio linear, com uma camada de óxido de alumínio, também outros materiais revestidos com uma laca compreendendo uma resina podem ser considerados. De maneira tal a possibilitar para utilização de longa duração e para transportar cargas, o elemento deslizante é tipicamente feito a partir de um material duro, tal como metal ou vidro. Especialmente a superfície do elemento deslizante deveria preferivelmente ser dura. A dureza Vickers do material a partir do qual o elemento deslizante é feito, pode ser de pelo menos 50 MPa, preferivelmente de pelo menos 100 MPa, mais preferivelmente de pelo menos 150 MPa, e o mais preferivelmente de pelo menos 300 MPa. Em concordância com uma modalidade da presente invenção, o elemento deslizante é um elemento de metal, tal como um elemento de alumínio ou um elemento de aço. Em uma tal modalidade da presente invenção, o elemento é feito de um metal. Enquanto venha a ser preferido, se um elemento de alumínio possui uma camada de óxido, também um elemento de alumínio bruto, isto é, não oxidado, laqueado, pode ser utilizado. É, entretanto, preferido se a superfície do elemento de alumínio é oxidada, proporcionar o elemento de alumínio com uma camada de superfície de óxido dura.

(0039) O elemento deslizante, por exemplo, uma barra deslizante (10), pode ser um elemento de alumínio. Adicionalmente, a superfície do elemento de alumínio revestido com a laca pode ser uma camada de óxido de alumínio. A espessura de tal camada de óxido de alumínio pode ser de pelo menos 5 micrômetros, mais preferivelmente de pelo menos 10 micrômetros. Adicionalmente, a espessura da camada de óxido de alumínio pode ser de menos do que 250 micrômetros, tal como de menos do que 100 micrômetros ou de menos do que 50 micrômetros. Como é conhecido no estado da técnica, a durabilidade e a dureza da superfície de perfis de alumínio podem ser aperfeiçoadas por oxidação devidas para o fato das propriedades de óxido de alumínio. A camada de óxido inicialmente proporcionada por oxidação anodicamente é porosa. Enquanto os poros podem ser fechados por tratamento a vapor, vedação por intermédio de revestimento anaforeticamente com uma resina acrílica subsequentemente curada por calor para formar a laca, é ainda mesmo mais efetiva em vedação da camada de óxido de alumínio porosa. Este método, primeiramente apresentado por Honny Chemicals Co. Ltd (conforme a patente inglesa número GB 1.126.855) é frequentemente referenciado como o processo de Honny.

(0040) Adicionalmente, comparada com barras deslizantes de plástico, uma barra dura, rígida, tal como uma barra de alumínio ou de aço, pode aceitar cargas muito mais pesadas e ainda assim proporcionar baixa fricção. A presente barra deslizante (10) pode, por consequência, também ser utilizada para gavetas deslizantes.

(0041) Em adição, foi descoberto que uma pressão de contato relativamente alta no contato entre a barra deslizante (10) e o elemento deslizante (20) reduz a fricção. Por esta razão, é bem como benéfico fazer a barra deslizante (10) a partir de um material duro, tal como alumínio ou aço, na medida em que tais materiais podem aceitar pressões de contato mais altas, em consequência disso, reduzindo fricção.

(0042) Em concordância com uma modalidade da presente invenção, a barra deslizante de baixa fricção (10) é um perfil de alumínio linear. Preferivelmente, o perfil de alumínio linear é de oxidado (por exemplo, anodizado) de maneira tal a aumentar a dureza da superfície. O perfil é tipicamente anaforeticamente revestido com uma resina acrílica subsequentementemente curado por calor, em consequência disso proporcionando uma barra deslizante linear (10) possuindo uma superfície deslizante laqueada (14). O perfil de alumínio pode ser anodizado para obter uma espessura de camada anodizada de pelo menos 5 micrômetros, mais preferivelmente de pelo menos 10 micrômetros, precedentemente para a aplicação da resina da laca. Adicionalmente, a espessura da camada anodizada pode ser de menos do que 250 micrômetros, tal como de menos do que 100 micrômetros ou de menos do que 50 micrômetros. Tais perfis podem ser obtidos por intermédio do processo de Honny (conforme anteriormente mencionado) ou de um de seus derivados. Tipicamente, o processo de Honny é utilizado para proporcionar perfis brancos, acetinados. Entretanto, nem o processo de Honny e nem as presentes modalidades da presente invenção são limitadas para perfis brancos. A característica preferida é a de que a laca é adequada para ser revestida com o revestimento de composição lipofílica (18).

(0043) Como é conhecido no estado da técnica, várias resinas, por exemplo, resinas termoendurecíveis, podem ser utilizadas para barras de aluminio e outras barras laqueadas, isto é, para formar uma laca sobre barras de aluminio e outras barras. Adicionalmente, resinas termoendurecíveis podem também ser utilizadas para laquear outros elementos de metal, por exemplo, um elemento deslizante feito de aço. A laca compreende uma resina. Como é conhecido pela pessoa especializada no estado da técnica, uma laca é um revestimento duro, fino. A resina da laca pode para este pedido de patente preferivelmente compreender grupos polares, tais como grupos hidroxil, grupos de ácido carboxílico, grupos amida, grupos ciano (grupos nitrila), grupos haleto, grupos sulfeto, grupos carbamato, grupos aldeído e/ou grupos cetona. Adicionalmente a resina da laca pode ser uma resina termoendurecível.

(0044) Exemplos de resinas para laqueamento de metal compreendem resinas acrílicas e resinas de poliuretano. Em concordância com uma modalidade da presente invenção, a resina é uma resina acrílica, tais como uma resina de acrilato, uma resina de acrilamida, uma resina de metacrilato, ou uma resina de metil metacrilato, e misturas das mesmas. Em concordância com uma outra modalidade da presente invenção, a resina é uma resina de poliuretano. A resina acrílica pode ser uma resina termoendurecível.

(0045) Em concordância com uma outra modalidade da presente invenção, a resina da laca é selecionada a partir do grupo consistindo de: resinas acrílicas, resinas de acrilato, resinas de acrilamida, resinas de metacrilato, resinas de metil metacrilato, resinas de acrilonitrila, resinas de estireno-acrilonitrila, resinas de acrilonitrila estireno acrilato, produtos de reação ou uma mistura mecânica de resina alquídica e de resina de melanina solúvel em água, produtos de reação ou uma mistura mecânica de uma resina alquídica insaturada vinil modificada e de uma resina de melanina solúvel em água, e polímeros e misturas de uma ou de diversas destas resinas.

(0046) Adicionalmente, a resina termoendurecível pode ser o produto de reação ou uma mistura mecânica de uma resina alquídica e resina de melanina solúvel em água, ou de uma resina alquídica insaturada vinil modificada e uma resina de melanina solúvel em água, a resina de melanina solúvel em água sendo obtida a partir de hexametilol melamina hexaalquiléter. Resinas alquídicas insaturadas vinil modificadas podem ser feitas por polimerização de um monômero de vinil com uma resina alquílica composta de um óleo ou ácido graxo insaturado. Como é conhecido para a pessoa especializada no estado da técnica, o termo “monômero de vinil” se relaciona para um monômero possuindo um grupo de vinil (-CH=CH2) na molécula, tal como um éster acrílico, por exemplo, metil acrilato e etil acrilato, um éster metacrílico, por exemplo, metil metacrilato e hidroxietil metacrilato, um ácido insaturado, orgânico, por exemplo, ácido acrílico e ácido metacrílico, e estireno.

(0047) Processos para obtenção de resinas acrílicas termoendurecíveis são bem conhecidos pela pessoa especializada no estado da técnica. Como um exemplo, estas resinas acrílicas termoendurecíveis podem ser obtidas por aquecimento e por agitação de uma mistura consistindo de solventes orgãnicos, tais como metanol, etileno glicol, éter monobutil e/ou ciclohexanona, ácidos orgânicos insaturados, tais como ácido acrílico, ácido metacrílico, e/ou anidrido maleico, um monômero de vinil de ligação cruzada (como definido anteriormente), tal como metilol- acrilamida e/ou metilol-metacrilamida, um monômero de vinil polimerizável, tais como estireno e/ou éster de ácido acrílico, catalisadores de polimerização, tais como peróxidos de benzoíla e/ou peróxidos de lauroil, e reguladores de polimerização, tais como dodecil mercaptano e/ou tetracloreto de carbono, para realizar polimerização, depois do que neutralizando o produto, por exemplo, com uma solução aquosa de amônia e/ou trietilamina para tornar a resina solúvel em água. Adicionalmente, como é conhecido pela pessoa especializada no estado da técnica, resinas termoendurecíveis compostas de resinas alquídicas e de resina de melanina solúvel em água podem ser obtidas a partir de hexametilol melamina hexaalquil éter, podem ser obtidas por misturação de uma resina de melanina solúvel em água em uma temperatura de a partir da temperatura ambiente até 100 0C com uma resina alquídica modificada com um ácido graxo, a resina alquídica possuindo um valor de ácido de a partir de 10 até 80 e sendo obtida por aquecimento de uma mistura consistindo de: (1) um ácido alifático saturado ou insaturado; (2) etileno glicol, glicerol, polietileno glicol, outro álcool polihídrico ou um epóxido; (3) ácido adípico, ácido sebácico, anidrido maleico ou outro ácido ou anidrido polibásico; e (4) uma pequena quanmtidade de ciclohexanona, toulueno ou outro solvente orgânico. Resinas termoendurecíveis podem também ser obtidas por misturação de uma resina de melanina solúvel em água e de uma resina alquídica a partir do processo de intercâmbio de éster, a resina sendo obtida por esterificação de uma mistura de óleo de rícino desidratado, um álcool polihídrico anteriormente mencionado e uma pequena quantidade de um catalisador de intercâmbio de éster, tal como potassa cáustica, e depois do que esterificação também de um ácido ou anidrido polibásico anteriormente mencionado. Como é adicionalmente conhecido pela pessoa especializada no estado da técnica, resinas termoendurecíveis consistem de uma resina acrílica modificada e de uma resina de melanina solúvel em água, obtida a partir de hexametilol melamina hexaalquil éter, podem ser obtidas por polimerização por aquecimento e por agitação de uma mistura consistindo de solventes orgânicos, tais como metanol, etileno glicol, monobutil éter e/ou ciclohexanona, ácidos insaturados, tais como ácido acrílico e/ou ácido metaacrílico, um monômero de vinil (como aqui anteriormente definido), tal como estireno e/ou éster de ácido acrílico, um monômero de vinil de ligação cruzada, se necessário, tal como metilol, é normalmente utilizado. Bons resultados podem ser obtidos por utilização de uma concentração de resina de a partir de 5% em peso até 20% em peso e por regulagem da voltagem e da densidade de corrente inicial dentro de uma faixa segura e econômica.

(0048) Como é conhecido pela pessoa especializada no estado da técnica, resinas adicionais para utilização em laqueamento de superfícies de metal são conhecidas no estado da técnica. Como um exemplo, a resina da laca pode ser selecionada a partir do grupo consistindo de epóxi catiônico electrorevestido, resinas de epoxi e de poliéster, e resinas de poliéster. Ainda adicioalmente, lacas adaptadas para revestimento de auto-deposição, tal como revestimentos AutophoreticTM (por exemplo, Aquence TM Autophoretic® 8 66TM e BONDERITE® M-PP 930TM, a última sendo um epóxi-acrílico uretano) disponível a partir da Henkel AG, DE, pode também ser utilizada em laqueamento de superfícies compreendendo ferro.

(0049) A superfície deslizante (14) pode ser laqueada por eletrorevestimento envolvendo mergulho do elemento deslizante para um banho contendo a laca e aplicação de um campo elétrico para depositar laca em cima do elemento deslizante atuando como um dos eletrodos. Adicionalmente, a laca pode ser proporcionada em forma de pó ou em forma de líquido. Tanto a laca em forma de pó e quanto a laca em forma de líquido podem ser boirrifadas em cima da superfície deslizante (14) para revestir a mesma. Para lacas em forma de pó, revestimento eletr estático pode ser utilizado. Para lacas em forma de líquido uma aplicação de borrifo (spray) úmido ou aplicação em um banho podem ser utilizadas. Adicionalmente, lacas em forma de líquido em um banho podem se separar a partir de eletrorevestimento sendo aplicado por auto deposição.

(0050) De maneira tal a proporcionar baixa fricção, a espessura da laca deveria ser tão uniforme quanto possível. Por consequência, pode ser preferido aplicar a laca por um processo de eletrorevestimento, por exemplo, revestimento anaforético (conforme o método de Honny) ou revestimento cataforético, proporcionando revestimento muito uniformes (regulares). Existem dois tipos de eletrorevestimento, isto é, eletrorevestimento anódico e eletrorevestimento catódico. Enquanto que o processo anódico foi o primeiro a ser desenvolvido comercialmente, o processo catódico é hoje em dia mais amplamente utilizado. No processo anódico, um material negativamente carregado é depositado sobre o componente positivamente carregado constituindo o anodo. No processo catódico, um material positivamente carregado é depositado sobre o componente negativamente carregado constituindo o catodo. No estado da técnica, eletrorevestimento catódico é também conhecido como pintura de mergulho catódico (cathodic dip painting (CDP)), revestimento de mergulho catódico, revestimento cataforético, cataforese e eletro deposição catódica. Adicionalmente, o processo de ewletrorevestimento pode também ser referenciado pelos nomes de marca do material de banho utilizado. Exemplos incluem Cathoguard (BASF), CorMax (Du Pont), Powercron (PPG) e Freiotherm (PPG). Adicionalmente, também revestimento eletroestaticamente por lacas em forma de pó ou autodeposição em um banho proporcionam revestimentos uniformes e podem, por consequência, ser utilizado/as.

(0051) Em laqueamento de superfícies de aço, autodeposição pode ser utilizada. Como é reconhecido pela pessoa especializada no estado da técnica, uma das etapas importantes em autodeposição é a do banho de revestimento em si mesmo, onde emulsão de tinta baseada em água em baixos sólidos (usualmente em torno de 4 % em peso - 8% em peso) é combinada com dois outros produtos. Uma solução “de partida (iniciante)” de fluoreto férrico (Fe3+) acidificada inicia a reação de revestimento e um produto de oxidação estabiliza os íons de metal na solução. A emulsão de revestimento é estável na presença de íons férricos (Fe3+), mas instável na presença de íons ferrosos (Fe2+). Consequentemente, se íons ferrosos (Fe2+) são liberados a partir do substrato de metal, deposição de tinta localizada irá ocorrer sobre a superfície. Imersão de um componente feito a partir de metal ferroso (por exemplo, aço) para um banho de auto deposição provoca que o ambiente acídico venha a liberar íons ferrosos, em consequência disso, provocando que a emulsão de revestimento venha a ser depositada, formando uma monocamada de partículas de tinta. Henkel Adhesive Technologies (US)//Henkel AG & Co. KgaA (Germany) proporciona revestimentos sob a marca registrada BONDERITE® para utilização em auto deposição.

(0052) Na medida em que a laca revestida sobre o elemento deslizante, por exemplo, a barra deslizante (10), tipicamente é mais compressível do que o material do elemento deslizante, por exemplo, a barra deslizante (10), em si mesma, e na medida em que elementos deslizantes de transporte de carga irão aplicar pressão sobre a laca em deslizamento sobre a barra deslizante (10), a espessura da laca preferivelmente é para ser mantida fina para reduzir compressão de mesma. Compressão da laca pode negativamente afetar a resistência ao deslizamento; especialmente no início da sequência de deslizamento, isto é, quando o elemento de deslizamento começa a se movimentar ao longo da barra deslizante (10) a partir de um estado prévio de estar em repouso.

(0053) Em concordância com uma modalidade da presente invenção, a espessura da laca revestida sobre o elemento deslizante, por exemplo, a barra deslizante (10), é por consequência, de 100 μm ou menos, preferivelmente de 75 μm ou menos, mais preferivelmente de 50 μm ou menos. Adicionalmente, a espessura da laca revestida sobre o elemento deslizante, por exemplo, a barra deslizante (10), pode ser de 5 μm até 75 μm, tal como de 10 μm até 50 μm, ou de 15 μm até 40 μm. Camadas destas espessuras foram descobertas proporcionar para eficiente comportamento de deslizamento, também na situação quando o elemento de deslizamento começa a se movimentar ao longo da barra deslizante (10).

(0054) Não somente a baixa fricção dinâmica proporcionada pelo presente elemento deslizante, mas também a baixa diferença entre a fricção estática e dinâmica proporcionada pelo presente elemento deslizante é benéfica em termos do comportamento de deslizamento.

(0055) De maneira tal a reduzir a fricção do elemento deslizante, por exemplo, a barra deslizante (10), o elemento deslizante, por exemplo, a barra deslizante (10), é, pelo menos parcialmente, revestida com um revestimento de composição lipofílica (18) para proporcionar uma camada deslizante (19). Adicionalmente, enquanto vários componentes podem estar presentes no revestimento de composição lipofílica (18) presente sobre a laca, a composição tipicamente compreende componentes com cadeias de carbono de intermediárias para longas, por exemplo, cadeias de carbono possuindo um comprimento de átomo de carbono de C6 ou mais, tal como de C8 ou mais. Por consequência, o revestimento de composição lipofílica (18) pode compreender compostos compreendendo de C6 até C40, tal como de C8 até C30 ou ainda mesmo de C10 até C24, de grupos hidrocarbila não aromáticos. Exemplos típicos de tais grupos hidrocarbila não aromáticos são grupos alquenil e grupos alquil, por exemplo, grupos alquil. Exemplos de compostos compreendendo tais grupos hidrocarbila não armáticos são: - hidrocarbonetos não aromáticos de C6 até C40, tal como alcenos e/ou alcanos, por exemplo, alcanos; - triglicerídeos, por exemplo, triglicerídeos compreendendo de C6 até C40, tal como de C8 até C30 de grupos hidrocarbila não aromáticos; e: - ácidos graxos, por exemplo, de C6 até C40, tal como de C8 até C30, de ácidos carboxílicos e ésteres do mesmo, tal como alquil ésteres de ácidos graxos, por exemplos, metil ésteres.

(0056) Como é conhecido pela pessoa especializada no estado da técnica, e como é reconhecido no livro de ouro da IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry, Compendium of Chemical Terminology - Gold Book, Version 2.3.3 de 2014-02-24): - hidrocarboneto significa compostos consistindo de carbono e de hidrogênio somente; - hidrocarbila significa grupos univalentes formados por remoção de um átomo de hidrogênio a partir de um hidrocarboneto; - alcano significa hidrocarbonetos acíclicos ramificados ou não ramificados possuindo a fórmula geral CnH2n+2; - alceno significa hidrocarbonetos acíclicos ramificados ou não ramificados possuindo uma ou mais ligação/ões dupla/s carbono-carbono; - alquil significa um grupo univalente derivado de alcanos por remoção de um átomo de hidrogênio a partir de qualquer átomo de carbono -CnH2n+1; - alquenil significa um grupo univalente derivado a partir de alcenos por remoção de um átomo de hidrogênio a partir de qualquer átomo de carbono; - ácido graxo significa um ácido monocarboxílico alifático; - triglicerídeo significa um éster de glicerol (propano-1,2,3-triol) com três ácidos graxos (tri-O- acilglicerol); e: - não aromático significa um composto não compreendendo qualquer entidade molecular ciclicamente conjugada com estabilidade aumentada devido para o fato de deslocalização.

(0057) Em concordância com uma modalidade da presente invenção, o revestimento de composição lipofílica (18) presente sobre a laca compreende pelo menos 1% em peso, tal como pelo menos 5% em peso, 10% em peso, 25% em peso, 50% em peso, 60% em peso, 70% em peso, 75% em peso, 80% em peso, 85% em peso ou pelo menos 90% em peso de compostos compreendendo de C6 até C40, tal como de C8 até C30, de grupos alquil. Por consequência, o revestimento de composição lipofílica (18) pode compreender pelo menos 1% em peso, tal como pelo menos 5% em peso, 10% em peso, 25% em peso, 50% em peso, 60% em peso, 70% em peso, 75% em peso, 80% em peso, 85% em peso ou pelo menos 90% em peso de C6 até C40, tal como de C8 até C30, de alcenos e/ou alcanos, por exemplo, alcanos. Adicionalmente, o revestimento de composição lipofílica (18) presente sobre a laca pode compreender pelo menos 1% em peso, tal como pelo menos 5% em peso, 10% em peso, 25% em peso, 50% em peso, 60% em peso, 70% em peso, 75% em peso, 80% em peso, 85% em peso ou pelo menos 90% em peso, de triglicerídeos e/ou de ácidos graxos (ou alquil ésteres dos mesmos).

(0058) Enquanto ácidos graxos foram descobertos aperfeiçoar o efeito de lubrificação de misturas de alcanos, tal como parafina líquida, estes ácidos graxos são menos efetivos se utilizados por sua própria conta. É, por consequência, preferido se a composição lipofílica presente sobre a laca não venha a ser somente composta de ácidos graxos. A composição lipofílica presente sobre a laca pode, por consequência, compreender menos do que 99% em peso de ácidos graxos, tal como menos do que 95% em peso de ácidos graxos. Entretanto, composições lipofílicas essencialmente somente compreendendo triglicerídeos, tal como óleo de coco, proporcionam fricção muito baixa e, por consequência, representam uma composição lipofílica preferida presente sobre a laca.

(0059) Em concordância com uma modalidade da presente invenção, o revestimento de composição lipofílica (18) presente sobre a laca compreende pelo menos 1% em peso, tal como pelo menos 5% em peso, 10% em peso, 25% em peso, 50% em peso, 60% em peso, 70% em peso, 75% em peso, 80% em peso, 85% em peso ou pelo menos 90% em peso de alcenos e/ou alcanos, por exemplo, alcanos e de 0,1% em peso até 50% em peso, tal como de 1% em peso até 40% em peso, ou de 5% em peso até 30% em peso de triglicerídeos e/ou de ácidos graxos.

(0060) Em concordância com uma outra modalidade da presente invenção, o revestimento de composição lipofílica (18) presente sobre a laca compreende pelo menos 1% em peso, tal como pelo menos 5% em peso, 10% em peso, 25% em peso, 50% em peso, 60% em peso, 75% em peso, 80% em peso ou pelo menos 90% em peso em total de triglicerídeos e/ou de ácidos graxos e de 0,1% em peso até 95% em peso, tal como de 1% em peso até 90% em peso ou de 5% em peso até 60% em peso de alcenos e/ou alcanos, por exemplo, alcanos.

(0061) Como já foi mencionado, exemplos típicos de compostos compreendendo de C6 até C40 grupos hidrocarbila não aromáticos são triglicerídeos e ácidos graxos. Em concordância com uma modalidade da presente invenção, o revestimento de composição lipofílica (18) presente sobre a laca compreende triglicerídeos e/ou ácidos graxos. O revestimento de composição lipofílica (18) pode, por consequência, compreender mais do que 25% em peso, por exemplo, mais do que 50% em peso, tal como de 50% em peso até 100% em peso, ou de 75% em peso até 95% em peso, em total de triglicerídeos e de ácidos graxos. Os triglicerídeos e/ou os ácidos graxos podem ser utilizados tanto como o componente principal (em maior quantidade) no revestimento de composição lipofílica (18) ou quanto como aditivos.

(0062) Se for para ser utilizado como um componente principal (em maior quantidade), a composição lipofílica presente sobre o revestimento de laca pode compreender mais do que 50% em peso, tal como de 50% em peso até 100% em peso, ou de 75% em peso até 95% em peso, de triglicerídeos, por exemplo, triglicerídeos até pelo menos 90% em peso compostos de um resíduo de glicerol e de 3 resíduos de ácido capróico, ácido caprílico, ácido cáprico, ácido láurico, ácido mirístico, ácido plamítico, ácido esteárico, e/ou ácido araquídico, tal como 3 resíduos de ácido láurico, ácido mirístico, ácido palmítico, e/ou ácido esteárico. Em concordância com uma modalidade da presente invenção, o revestimento de composição lipofílica (18) presente sobre a laca compreende óleo de coco, tal como pelo menos 25% em peso, tal como pelo menos 50% em peso, 60% em peso, 70% em peso, 75% em peso, 80% em peso, 85% em peso ou pelo menos 90% em peso de óleo de coco. Óleo de coco compreende triglicerideos compostos de ácidos graxos que são em um alto grau ácidos graxos saturados. O óleo de coco pode ser hidrogenado para vários graus para adicionalmente reduzir a quantidade de resíduos de ácidos graxos insaturados. Adicionalmente, o revestimento de composição lipofílica (18) presente sobre a laca pode compreender mais do que 50% em peso, tal como de 50% em peso até 100% em peso ou de 75% em peso até 95% em peso de ácidos graxos, por exemplo, ácido capróico, ácido caprílico, ácido cáprico, ácido láurico, ácido mirístico, ácido palmítico, ácido esteárico, e/ou ácido araquídico, tal como ácido láurico, ácido mirístico, ácido palmítico, e/ou ácido esteárico. Adicionalmente, o revestimento de composição lipofilica (18) presente sobre a laca compreende mais do que 50% em peso, tal como de 50% em peso até 100% em peso ou de 75% em peso até 95% em peso de alquil ésteres de ácidos graxos, por exemplo, metil ou etil ésteres. Os ácidos graxos esterificados podem ser ácido capróico, ácido caprílico, ácido cáprico, ácido láurico, ácido mirístico, ácido palmítico, ácido esteárico, e/ou ácido araquídico, tal como ácido láurico, ácido mirístico, ácido palmítico, e/ou ácido esteárico.

(0063) Se for para ser utilizado como um aditivo, o revestimento de composição lipofílica (18) presente sobre a laca pode compreender de 0,1% em peso até 50% em peso, tal como de 1% em peso até 30% em peso ou de 5% em peso até 15% em peso, de triglicerídeos, por exemplo, de triglicerídeos até pelo menos 90% compostos de um resíduo de glicerol e de 3 resíduos de ácido capróico, ácido caprílico, ácido cáprico, ácido láurico, ácido mirístico, ácido plamítico, ácido esteárico, e/ou ácido araquídico, tal como 3 resíduos de ácido láurico, ácido mirístico, ácido palmítico, e/ou ácido esteárico. Um exemplo preferido de composição para ser utilizada para proporcionar um revestimento de composição lipofílica (18) compreendendo triglicerídeos é óleo de coco. Em concordância com uma modalidade da presente invenção, o revestimento de composição lipofílica (18) presente sobre a laca compreende óleo de coco, tal como de 0,1% em peso até 50% em peso, tal como de 1% em peso até 30% em peso ou de 5% em peso até 15% em peso, de óleo de coco. Em concordância com uma modalidade da presente invenção, o revestimento de composição lipofílica (18) presente sobre a laca compreende pelo menos 50% em peso de óleo de coco, tal como pelo menos 60% em peso, 70% em peso, 75% em peso, 80% em peso, 85% em peso, ou pelo menos 90% em peso de óleo de coco. Óleo de coco compreende triglicerídeos compostos de ácidos graxos que são em um alto grau ácidos graxos saturados. O óleo de coco pode ser hidrogenado para vários graus para adicionalmente reduzir a quantidade de resíduos de ácidos graxos insaturados. Adicionalmente, a composição lipofílica presente sobre a laca pode compreender 0,1 em peso até 50% em peso, tal como de 1% em peso até 30% em peso ou de 5% em peso até 15% em peso, de ácidos graxos, por exemplo, ácido capróico, ácido caprílico, ácido cáprico, ácido láurico, ácido mirístico, ácido plamítico, ácido esteárico, e/ou ácido araquídico, tal como ácido láurico, ácido mirístico, ácido palmítico, e/ou ácido esteárico. Adicionalmente, o revestimento de composição lipofílica (18) presente sobre a laca pode compreender de 0,1% em peso até 50% em peso, tal como de 1% em peso até 30% em peso ou de 5% em peso até 15% em peso, de alquil ésteres de ácidos graxos, por exemplo, metil ou etil ésteres. Os ácidos graxos esterificados podem ser ácido capróico, ácido caprílico, ácido cáprico, ácido láurico, ácido mirístico, ácido plamítico, ácido esteárico, e/ou ácido araquídico, tal como ácido láurico, ácido mirístico, ácido palmítico, e/ou ácido esteárico.

(0064) Ambos os compostos saturados e insaturados compreendendo de C6 até C40 de grupos de hidrocarbila não aromáticos são bem conhecidos no estado da técnica. Enquanto ambos os tipos de compostos venham a ser eficientes em redução da resistência ao deslizamento, compostos saturados compreendendo de C6 até C40 de grupos de hidrocarbila não aromáticos são considerados serem menos sensíveis para degradação oxidativa. Por consequência, pode ser preferido utilizar compostos compreendendo de C6 até C40 de grupos hidrocarbila não aromáticos sendo triglicerídeos que são compostos de resíduos de ácidos graxos saturados e/ou de ácidos graxos saturados na composição. Pode, entretanto, não ser necessário utilizar 100% de ácidos graxos saturados e/ou triglicerídeos. Como um exemplo, óleo de coco é previsto possuir suficiente estabilidade de longa duração, ainda que ácidos graxos saturados e/ou triglicérides venham a ser preferidos em termos de sua estabilidade de longa duração.

(0065) Como já foi mencionado, o revestimento de composição lipofílica (18) presente sobre a laca pode compreender pelo menos 1% em peso de C6 até C40 de alcanos. Como um exemplo, o revestimento de composição lipofílica (18) presente sobre a laca pode, por consequência, compreender óleo mineral, tal como pelo menos 1% em peso, tal como pelo menos 5% em peso, 10% em peso, 25% em peso, 50% em peso, 60% em peso, 70% em peso, 75% em peso, 80% em peso, 85% em peso, ou pelo menos 90% em peso de óleo mineral. Óleo mineral é uma mistura sem cor, sem odor, leve, de alcanos mais altos a partir de uma fonte (mineral) não vegetal. Adicionalmente, a composição lipofílica presente sobre o revestimento de laca pode compreender parafina líquida, tal como pelo menos 1% em peso, tal como pelo menos 5% em peso, 10% em peso, 25% em peso, 50% em peso, 60% em peso, 70% em peso, 75% em peso, 80% em peso, 85% em peso, ou pelo menos 90% em peso de parafina líquida. Parafina líquida, também como paraffinum liquidum, é um óleo mineral muito altamente refinado utilizado em cosméticos e para propósitos médicos. Uma forma preferida é aquela uma possuindo número CAS 8012-95-1. Adicionalmente, o revestimento de composição lipofílica (18) presente sobre a laca pode compreender geléia de petróleo (também conhecida como petrolatum, petrolatum branco, parafina macia (vaselina) ou multi hidrocarboneto), tal como pelo menos 1% em peso, tal como pelo menos 5% em peso, 10% em peso, 25% em peso, 50% em peso, 60% em peso, 70% em peso, 75% em peso, 80% em peso, 85% em peso, ou pelo menos 90% em peso de geléia de petróleo. Geléia de petróleo é uma mistura semi-sólida de hidrocarbonetos (com números de carbono primordialmente mais altos do que 25). Uma forma preferida é aquela uma possuindo número CAS 8009-03-8.

(0066) Uma modalidade adicional (conforme a Figura 1 e a Figura 3) da presente invenção se refere para um sistema de deslizamento (1), compreendendo a barra deslizante apresentada (10) e pelo menos um elemento deslizante (20). A barra deslizante (10) é tipicamente linear, tal como perfil de alumínio linear. Por disposição da interface entre a camada deslizante (19) da barra deslizante (10) e do elemento deslizante (20) no contato deslizante um rolamento planificado linear é proporcionado. O elemento deslizante (20) é disposto para possibilitar para movimentação linear do elemento deslizante (20) em deslizamento sobre a camada deslizante (19) ao longo do eixo geométrico longitudinal da barra deslizante linear (10). Adicionalmente, a barra deslizante (10) pode ser proporcionada com um trilho, que nesta modalidade da presente invenção, possui a forma de uma ranhura (entalhe, encaixe) (11) se estendendo ao longo do eixo geométrico longitudinal fora da barra deslizante (1) e definindo uma direção de deslizamento ao longo do eixo geométrico longitudinal da barra deslizante (10). Quando a barra deslizante (10) é proporcionada com uma ranhura (11), a camada deslizante (19) está presente pelo menos na ranhura (entalhe, encaixe) (11).

(0067) O trilho, que pode, por exemplo, possuir a forma de uma ranhura, um exemplo de uma tal ranhura (11) sendo ilustrado na Figura 1, ou a forma de um cume, aperfeiçoa o controle da posição lateral do elemento deslizante (20) em relação para a barra deslizante (10) quando o elemento deslizante (20) desliza ao longo da barra deslizante (10).

(0068) Um detalhe ampliado na Figura 1 ilustra como o elemento deslizante (10), que é feito a partir de, nesta modalidade da presente invenção, alumínio, possui uma superfície deslizante (14). A superfície deslizante (14) é revestida com a laca compreendendo uma resina (16). A laca compreendendo uma resina (16) é, por sua vez, revestida com um revestimento de composição lipofílica (18). Em consequência disso, uma camada deslizante (19) é formada. O elemento deslizante (20) pode deslizar sobre esta (ao longo desta) camada deslizante (19) em uma fricção muito baixa.

(0069) Adicionalmente, como é mostrado na Figura 2 e na Figura 4, a parte do elemento deslizante (20) disposta em contato com a camada deslizante (19) pode ser configurada como uma lâmina (21) se estendendo na direção de deslizamento. Foi surpreendentemente descoberto que diminuição da área de contato na interface entre a barra deslizante (10) e o elemento deslizante (20) reduziu a fricção. Normalmente, o risco para a gripagem de rolamento aumenta com área de contato reduzida. De maneira tal a proporcionar o sistema deslizante (1), o elemento deslizante (20) compreende pelo menos um ponto de contato em contato com a barra deslizante (10) na interface entre a barra deslizante (10) e o elemento deslizante (20). Em concordância com uma modalidade da presente invenção, a área de contato de cada ponto de contato individual é de menos do que 3 mm2, tal como de menos do que 1,5 mm2, ou de menos do que 0,75 mm2. O elemento deslizante (20) pode adicionalmente ser proporcionado com mais do que um ponto de contato, tal como 2, 3 ou 4 pontos de contato. Se, por exemplo, o elemento deslizante (20) é proporcionado com uma lâmina (21) se estendendo na direção de deslizamento, então, a borda da lâmina (21) representa um ponto de contato individual.

(0070) Foi descoberto que a fricção se torna mais baixa quando a pressão de contato entre o elemento deslizante e a barra deslizante é relativamente alta. A pressão de contato é calculada por divisão da carga transportada por cada ponto de contato individual pela área de contato do ponto de contato. Por exemplo, se a porta deslizante possui um peso total de 8,5 kg isto representa uma carga total de 83,3 N. A porta deslizante pode ser transportada por dois elementos deslizantes (20) do projeto (design) que é ilustrado na Figura 2. Cada elemento deslizante (20) possui quatro pontos de contato, isto é, bordas das lâminas (21, 22, 23) na Figura 2, cada tal ponto de contato possui uma área de 0,675 mm2. A pressão de contato é então: 83,3 N / (2 x 4 x 0,675 mm2) = 15,4 N/mm2. Preferivelmente, a pressão de contato em referido pelo menos um ponto de contato é de pelo menos 4 N/mm2, mais preferivelmente de pelo menos 8 N/mm2, tal como de pelo menos 12 N/mm2. Preferivelmente, a pressão de contato é mais baixa do que a tensão de escoamento para o material a partir do qual o elemento deslizante (20) é feito.

(0071) De maneira tal a proporcionar baixa fricção, pelo menos a parte do elemento deslizante (20) em contato com a camada deslizante (19) é preferivelmente feita de um plástico compreendendo um polímero, tal como um polímero compreendendo grupos polares. Exemplos de tais grupos polares incluem grupos hidroxil, grupos de ácido carboxílico, grupos amida, grupos haleto, grupos sulfeto, grupos ciano (grupos nitrila), grupos de carbamato, grupos aldeído e/ou grupos cetona.

(0072) O polímero pode ser selecionado a partir do grupo consistindo de polioximetilenos (POM), poliésteres (por exemplo, poliésteres termoplásticos, tais como polietileno tereftalato (PET), politrimetileno tereftalato (PTT), polibutileno tereftalato (PBT), e ácido polilático (PLA), e bem como poliésteres termoplásticos bio baseados, tais como polihidroxialcanoatos (PHA), polihidroxibutirato (PHB), e polietileno furanoato (PEF)), poliamidas (PA), cloreto de polivinil (PVC), sulfeto de polifenileno (PPS), poliariletercetona ((PAEK); por exemplo, poliéter éter cetona (PEEK)), e politetrafluoroetileno (PTFE). Adicionalmente, não somente a parte do elemento deslizante (20) em contato com a camada deslizante (19) pode ser feita de um polímero, mas a integridade de elemento deslizante (20). Por consequência, o elemento deslizante (20) pode ser feito a partir de um plástico compreendendo um polímero. Como é reconhecido pela pessoa especializada no estado da técnica, o plástico pode adicionalmente compreender outros aditivos, tais como enchimentos, corantes, e/ou plastificantes. Adicionalmente, o elemento deslizante (20) pode ser feito a partir de um compósito compreendendo um polímero, tal como um dos polímeros listados anteriormente, preenchidos com partículas e/ou fibras. As partículas e/ou fibras irão aumentar a dureza, a rigidez, a resistência ao arrastamento e alongamento (compressão) em rendimento do elemento deslizante (20). Enquanto não afetando a fricção, a presença de partículas e/ou fibras pode afetar o desgaste. Por consequência, a utilização de partículas e/ou fibras no plástico é menos preferida.

(0073) Em concordância com uma modalidade da presente invenção (conforme a Figura 2), o elemento deslizante (20) pode ser proporcionado com duas lâminas paralelas, deslocadas (21, 22) de maneira tal a prevenir rotação ao longo do eixo geométrico de deslizamento. Adicionalmente, a barra deslizante (10) pode ser proporcionada com duas ranhuras paralelas (11, 12) dispostas ao longo de cada lateral de seu eixo geométrico de deslizamento longitudinal. Ranhuras paralelas (11, 12) irão suportar e guiar tais duas lâminas paralelas (21, 22) do elemento deslizante (conforme a Figura 1). Adicionalmente, barras deslizantes com duas ranhuras paralelas (11, 12), suportando dois elementos deslizantes separados (20), são preferidas em sistemas deslizantes dispostos para suportar mais do que uma porta deslizante (conforme a Figura 3) na medida em que somente uma barra deslizante é, então, requerida. Adicionalmente, o elemento deslizante (20) pode ser proporcionado com duas, ou mais, lâminas paralelas (21, 23) (conforme a Figura 2 e a Figura 4) dispostas ao longo do mesmo eixo geométrico longitudinal. O elemento deslizante (20) pode ser proporcionado com duas lâminas paralelas (21, 23) adaptadas para corrida na mesma ranhura (11) independentemente da presença, ou não presença, de lâminas paralelas, deslocadas (21, 22) adaptadas para corrida em duas ranhuras paralelas (11, 12).

(0074) O sistema deslizante (1) pode ser utilizado para suportar uma porta deslizante (30) conectada para o elemento deslizante (20). Por consequência, o elemento deslizante (20) pode ser proporcionado com disposições de aperto (de fixação) (28), por exemplo, orifícios, pinos, etc., para conexão do elemento deslizante (20) para a porta deslizante (30).

(0075) Uma modalidade adicional da presente invenção (conforme a Figura 5) se refere para um sistema deslizante alternativo (1), compreendendo um perfil deslizante linear (120) e um elemento deslizante, o elemento deslizante sendo uma parte deslizante (110) disposta para deslizar ao longo do eixo geométrico longitudinal de um perfil deslizante linear (120) para formar um rolamento planificado linear. A interface entre a camada deslizante (similar para a camada deslizante (19) que é ilustrada na Figura 1) da parte deslizante (110) e do perfil deslizante linear forma um rolamento planificado linear para possibilitar para movimentação linear da parte deslizante (110) deslizando ao longo do eixo geométrico longitudinal do perfil deslizante linear (120). Em concordância com uma tal modalidade da presente invenção, o perfil deslizante linear (120) pode ser um perfil plástico proporcionado com pelo menos um cume (uma crista) (121a-e) se estendendo ao longo do eixo geométrico longitudinal do perfil. O perfil plástico pode ser proporcionado com um canal deslizante (125) para a parte deslizante (110) para deslizar na mesma. Pelo menos uma superfície do canal deslizante (125) pode ser proporcionada com um cume (121a- e) se estendendo ao longo do eixo geométrico longitudinal do canal deslizante (125). Como um exemplo, o perfil plástico (120) pode ser configurado em (U) com pelo menos uma de suas superfícies interiores proporcionada com um cume se estendendo ao longo do eixo geométrico longitudinal da barra deslizante. O perfil plástico (120) pode ser ajustado (fixado) no interior de um elemento de suporte (150), tal como uma haste de metal, para reforçar a resistência mecânica do perfil de plástico. Adicionalmente, também outras superfícies do canal deslizante (125) podem ser proporcionadas com cume/s (121a-e) se estendendo ao longo do eixo geométrico longitudinal do canal deslizante (125). Mais do que uma lateral interior de um perfil plástico configurado em (U) pode ser proporcionado com um cume/uns cumes (121a-e) se estendendo ao longo do eixo geométrico longitudinal do perfil deslizante linear (120). O sistema deslizante é disposto de maneira tal que a camada deslizante (19) da parte deslizante (110) se engata com o/s cume/s (121a-e) em deslizamento sobre o perfil deslizante linear (120). Parte da parte deslizante (110) pode ser disposta para se ajustar (se fixar) para o canal deslizante (125) e para se engatar com o/s cume/s (121a-e) em deslizamento dentro do canal (conforme a Figura 5c). Esta parte pode possuir uma seção transversal correspondendo, em configuração geral, não dimensionada, para a seção transversal do canal excluindo o/s cume/s (121a-e). O perfil plástico e seu/s cume/s (121a-e) podem então servir para guiar a parte deslizante (110).

(0076) Como já foi mencionado, foi surpreendentemente descoberto que diminuição da área de contato na interface entre as duas partes do rolamento linear reduz a fricção. Normalmente se deveria esperar que a fricção viesse a aumentar com área de contato reduzida. Adicionalmente, o risco para a gripagem de rolamento aumenta com área de contato reduzida. De maneira tal a proporcionar o sistema deslizante, o perfil deslizante linear (120) compreende pelo menos um ponto de contato em contato com a parte deslizante (110) na interface entre o perfil deslizante linear (120) e a parte deslizante (110). Em concordância com uma modalidade da presente invenção, a área de contato de cada ponto de contato individual é de menos do que 3 mm2, tal como de menos do que 1,5 mm2, ou de menos do que 0,75 mm2. O perfil deslizante linear (120) pode adicionalmente ser proporcionado com mais do que um ponto de contato, tal como 2, 3 ou 4 pontos de contato. Se o perfil deslizante linear é proporcionado com um cume (121a-e) na direção de deslizamento, sua borda, ou especialmente aquela parte da borda que está em uma determinada situação em contato com a parte deslizante, representa o ponto de contato.

(0077) Foi descoberto que a fricção se torna mais baixa quando a pressão de contato entre a parte deslizante (110) e a barra de perfil deslizante linear (120) é relativamente alta. A pressão de contato é calculada por divisão da carga transportada por cada ponto de contato individual pela área de contato do ponto de contato. Preferivelmente, a pressão de contato em referido pelo menos um ponto de contato é de pelo menos 4 N/mm2, mais preferivelmente de pelo menos 8 N/mm2, tal como de pelo menos 12 N/mm2. Preferivelmente, a pressão de contato é mais baixa do que a tensão de escoamento para o material a partir do qual o perfil deslizante (120) é feito.

(0078) De maneira tal a proporcionar baixa fricção, pelo menos a parte do elemento deslizante (120) em contato com a camada deslizante (19) da parte deslizante (110) é preferivelmente feita de um plástico compreendendo um polímero, tal como um polímero compreendendo grupos polares. Exemplos de tais grupos polares incluem grupos hidroxil, grupos de ácido carboxílico, grupos amida, grupos haleto, grupos sulfeto, grupos ciano (grupos nitrila), grupos de carbamato, grupos aldeído e/ou grupos cetona.

(0079) O polímero pode ser selecionado a partir do grupo consistindo de polioximetilenos (POM), poliésteres (por exemplo, poliésteres termoplásticos, tais como polietileno tereftalato (PET), politrimetileno tereftalato (PTT), polibutileno tereftalato (PBT), e ácido polilático (PLA), e bem como poliésteres termoplásticos bio baseados, tais como polihidroxialcanoatos (PHA), polihidroxibutirato (PHB), e polietileno furanoato (PEF)), poliamidas (PA), cloreto de polivinil (PVC), sulfeto de polifenileno (PPS), poliariletercetona ((PAEK); por exemplo, poliéter éter cetona (PEEK)), e politetrafluoroetileno (PTFE). Em concordância com uma modalidade da presente invenção, não somente a parte do perfil deslizante linear (120) em contato com a camada deslizante (19) é feita de um polímero, mas a integridade de perfil deslizante linear (120) é feita de um polímero. Por consequência, o perfil deslizante linear (120) pode em sua integridade ser feito a partir de um plástico compreendendo um polímero. Como é reconhecido pela pessoa especializada no estado da técnica, o plástico pode adicionalmente compreender outros aditivos, tais como enchimentos, corantes, e/ou plastificantes. Adicionalmente, o perfil deslizante linear (120) pode ser feito a partir de um compósito compreendendo um polímero, tal como um dos polímeros listados anteriormente, preenchidos com partículas e/ou fibras. As partículas e/ou fibras irão aumentar a dureza, a rigidez, a resistência ao arrastamento e alongamento (compressão) em rendimento do perfil deslizante linear (120). Enquanto não afetando a fricção, a presença de partículas e/ou fibras pode afetar o desgaste. Por consequência, a utilização de partículas e/ou fibras no plástico é menos preferida. Uma modalidade adicional da presente invenção se refere para uma disposição de porta deslizante (2), esquematicamente representada na Figura 6, tal como uma disposição de porta deslizante para um guarda-roupa. Uma tal disposição de porta deslizante (2) compreende o sistema deslizante apresentado (1) e uma porta deslizante (30). Um, ou frequentemente dois ou três, elemento/s deslizante/s (20) é/são disposto/s para suportar a porta deslizante (30) para possibilitar movimentação linear da porta deslizante (30) ao longo do eixo geométrico longitudinal da barra deslizante linear (10). Tipicamente a porta deslizante (30) é conectada para o elemento deslizante (20) suportando a porta deslizante (30). A barra deslizante (10) pode ser horizontalmente disposta em utilização com a camada deslizante (19) voltando-se para cima para suportar o elemento deslizante (20). Na medida em que o elemento deslizante (20) pode ser disposto para horizontalmente deslizar sobre a barra deslizante (10), a porta deslizante (30) pode ser movimentada ao longo do eixo geométrico horizontal da barra deslizante linear (1). A porta deslizante, tal como uma porta deslizante (30) para um guarda-roupa, irá tipicamente ser disposta pendurada a partir da barra deslizante linear (10).

(0080) Uma porta deslizante (30) pode, entretanto, também ser montada em pé sobre a barra deslizante linear (10). Portas menores, tais como portas de armário de cozinha, são exemplos de portas que podem estar em pé sobre a barra deslizante linear (10). Adicionalmente, portas deslizantes (30) montadas em pé sobre a barra deslizante linear (10), podem não necessariamente se estender no plano vertical, mas podem ser ligeiramente inclinadas com respeito para o plano vertical, como é conhecido para portas de armário de cozinha. Entretanto, dada a baixa fricção proporcionada pelo presente sistema de deslizamento, também portas maiores podem ser montadas em pé sobre a barra deslizante linear (10).

(0081) Adicionalmente, em concordância com uma modalidade da presente invenção, é proporcionado um método para provisão de elemento deslizante. Em um tal método, é proporcionado um elemento possuindo uma superfície deslizante (14) revestida com uma laca compreendendo uma resina (16). De maneira tal a proporcionar o elemento deslizante com fricção diminuída, a laca é, pelo menos parcialmente, revestida com um revestimento de composição lipofílica (18). Aspectos do elemento deslizante, da laca, e do revestimento de composição lipofílica (18) foram proporcionados aqui anteriormente e são bem como aplicáveis para esta modalidade da presente invenção. Em aplicação da composição lipofílica para proporcionar o revestimento de composição lipofílica (18), a composição lipofílica pode primeiramente ser aquecida, tal como fundida, para reduzir sua viscosidade. Adicionalmente, a composição lipofílica pode ser dissolvida em um solvente para facilitar a aplicação. A composição lipofílica estando em um estado líquido em temperatura ambiente pode também ser aplicada diretamente. Depois da aplicação, qualquer de tal solvente pode ser evaporado, pelo menos parcialmente. A composição lipofílica para proporcionar o revestimento de composição lipofílica (18) pode ser aplicada de várias maneiras, tal como por borrifamento (spraying), besuntamento, pintura, revestimento, espalhamento, etc.

(0082) Em concordância com uma modalidade da presente invenção, a composição lipofílica é aplicada pelo consumidor final. Por consequência, o elemento deslizante, o sistema deslizante ou as disposições compreendendo o elemento deslizante podem ser proporcionado/as juntamente com uma composição lipofílica para ser aplicada pelo consumidor final, isto é, a laca é não revestida sobre entrega.

(0083) Similarmente, uma outra modalidade da presente invenção se refere para a utilização de uma tal composição lipofílica como um lubrificante de aglutinação (de ligação) irreversivelmente para uma superfície deslizante (14) de um elemento deslizante. Por “lubrificante de aglutinação irreversivelmente” se quer, em concordância com uma modalidade da presente invenção, significar que o lubrificante não é removido a partir da superfície deslizante (14) durante operação normal do sistema deslizante e que não pode ser facilmente removido utilizando recurso mecânico, por exemplo, não pode ser removido por limpeza da superfície deslizante (14) com um pano. Como descrito aqui, a superfície deslizante do elemento deslizante é revestida com uma laca compreendendo uma resina (16). Aspectos do elemento deslizante, da laca, e do revestimento de composição lipofílica (18) foram proporcionados aqui anteriormente e são aplicáveis bem como para esta modalidade da presente invenção.

(0084) Como descrito previamente, um sistema deslizante em concordância com os princípios estabelecidos neste pedido de patente podem também ser utilizados para camas extensíveis, estruturas de cama extensíveis, sofás- cama, gavetas, mesas, etc. Uma modalidade de um sistema deslizante de cama/estrutura de cama extensível (1001) para uma cama ou estrutura de cama extensível é mostrada nas Figuras 9a-12, por intermédio das quais as partes individuais são apresentadas em detalhes. O sistema deslizante (1001) possibilita para uma extensão completa de uma parte de movimentação de uma cama extensível ou estrutura de cama extensível, significando que a parte movível pode ser extraída a partir de uma estrutura de armação fixada. A parte movível pode, por exemplo, ser uma extremidade de pé da cama extensível ou da estrutura de cama extensível, enquanto a estrutura de armação fixada pode ser a extremidade de cabeça.

(0085) O sistema deslizante (1001) compreende um primeiro trilho de guia (1100), que é mais bem mostrado nas Figuras 9a-9b, compreendendo recurso de fixação (1120), aqui na forma de dois orifícios de lado a lado espaçados separados, para atamento seguramente do primeiro trilho de guia (1100) para a parede interna de uma estrutura de armação fixada, tal como para a extremidade de cabeça da cama extensível ou da estrutura de cama extensível. Montagem horizontal do primeiro trilho de guia (1100) é preferida. O primeiro trilho de guia (1100) possui uma configuração em (C), mais bem mostrada na Figura 9b, e é proporcionado com dois ou mais conjuntos de elementos deslizantes (1200) que são todos montados no interior da configuração em (C) do trilho de guia (1100). Dois elementos deslizantes (1200) são fixamente montados para a parte superior da configuração em (C), e dois elementos deslizantes (1200) são fixamente montados para a parte de fundo da configuração em (C). Os elementos deslizantes (1200) são dispostos em pares, de maneira tal que um elemento deslizante superior (1200) e um elemento deslizante inferior (1200) venham a ser alinhados em uma direção vertical. Os elementos deslizantes (1200) são, por consequência, estacionários relativamente para a estrutura de armação fixada quando o primeiro trilho de guia (1100) é montado para a estrutura de armação fixada. Os elementos deslizantes (1200) podem ser feitos de materiais de polímero em concordância com os princípios descritos aqui anteriormente.

(0086) Agora se voltando para as Figuras 10a-b o sistema deslizante (1001) também compreende um elemento deslizante que nesta modalidade da presente invenção é um trilho de guia intermediário na forma de uma barra deslizante intermediária (1300). A barra deslizante intermediária (1300) é configurada como uma configuração em (C) e possui uma superfície deslizante superior e externa (1320), uma superfície deslizante superior e interna (1340), uma superfície deslizante de fundo e interna (1360), e uma superfície deslizante de fundo e externa (1380), como é mais bem mostrado na Figura 10b. Estas superfícies deslizantes (1320, 1340, 1360, 1380) são preferivelmente planares, e a largura das superfícies deslizantes externas (1320, 1380) é dimensionada para se engatar com os elementos deslizantes (1200) do primeiro trilho de guia (1100). As superfícies deslizantes (1320, 1340, 1360, 1380) podem ser formadas em concordância com os princípios descritos aqui anteriormente, similares para a superfície deslizante (14), e são proporcionadas com uma laca compreendendo uma resina e um revestimento de composição lipofílica para formar respectivas camadas deslizantes que podem ser similares para a camada deslizante (19) descrita aqui anteriormente, ver, por exemplo, a Figura 1 e a descrição relacionada.

(0087) A barra deslizante intermediária (1300) é, por consequência, configurada para ser recebida pelo primeiro trilho de guia configurado em (C) (1100).

(0088) O sistema deslizante (1001) também compreende um segundo trilho de guia (1400) para ser fixamente montado para uma parte movível, por exemplo, a extremidade de pé, da cama extensível ou da estrutura de cama extensível. O segundo trilho de guia (1400) é proporcionado com recursos (não mostrados), tais como orifícios de parafuso ou os similares, para atamento do segundo trilho de guia (1400) para a parte movível. Como pode ser observado nas Figuras 11a-b, o segundo trilho de guia (1400) é configurado em (L), por intermédio do que a parte inferior (1420) pode ser utilizada para alinhamento com a extremidade de fundo da parte movível. Portanto, a parte movível da cama extensível ou da estrutura de cama extensível pode repousar sobre a parte inferior (1420), enquanto a parede lateral da parte movível é aparafusada para a parte vertical (1440) do segundo trilho de guia (1400).

(0089) O segundo trilho de guia (1400) é proporcionado com um ou mais elementos deslizantes (1500) se projetando para o exterior para engate com as superfícies deslizantes internas (1340, 1360) da barra deslizante intermediária (1300). Nesta modalidade da presente invenção, existem dois elementos deslizantes separados (1500) atados para a parte vertical (1440) de cada segundo trilho de guia (1400). A altura vertical dos elementos deslizantes (1500), por consequência, corresponde para a distância entre as duas superfícies deslizantes internas (1340, 1360) da barra deslizante intermediária (1300). Os elementos deslizantes (1500) podem ser feitos de materiais de polímero em concordância com os princípios descritos aqui anteriormente.

(0090) A Figura 12 ilustra uma vista de seção transversal do sistema deslizante (1001) em um estado montado. Duas interfaces deslizantes são, por consequência, proporcionadas, a primeira sendo realizada pelo engate de deslizamento entre os elementos deslizantes (1200) do primeiro trilho de guia (1100) e as superfícies deslizantes externas (1320, 1380) da barra deslizante intermediária (1300). A segunda interface deslizante é realizada pelo engate de deslizamento entre as superfícies deslizantes internas (1340, 1360) da barra deslizante intermediária (1300) e dos elementos deslizantes (1500) do segundo trilho de guia (1400). As interfaces deslizantes podem incluir projeções (saliências), por exemplo, lâminas, e ranhuras (encaixes, entalhes) em concordância com os princípios descritos aqui anteriormente, ver, por exemplo, a Figura 1.

(0091) Enquanto a modalidade das Figuras 9a até 12 da presente invenção seja descrita como um sistema deslizante de cama extensível e/ou de estrutura de cama extensível (1001) para uma cama extensível ou uma estrutura de cama extensível irá ser apreciado que o elemento deslizante e o sistema deslizante (1001) em concordância com os princípios aqui descritos podem ser úteis também em outras aplicações, em particular aplicações onde uma parte movível é para ser extraída a partir de uma parte fixada, incluindo, por exemplo, mesas extensíveis, gavetas a serem extraídas (abertas) de cômodas, etc.

(0092) Sem elaboração adicional, é acreditado que uma pessoa especializada no estado da técnica pode, utilizando a descrição precedente, utilizar a presente invenção em sua extensão a mais completa. As modalidades específicas preferidas precedentes da presente invenção são consequentemente, para serem construídas como meramente ilustrativas e não limitativas da presente divulgação de qualquer forma.

(0093) Embora a presente invenção tenha sido descrita anteriormente com referência para modalidades específicas, não é intencionada para ser limitada para a forma específica estabelecida aqui. Ao invés disso, a presente invenção é limitada unicamente pelas reivindicações de patente acompanhantes e outras modalidades do que aquelas especificamente descritas antecedentemente são igualmente possíveis dentro do escopo destas reivindicações de patente anexadas, por exemplo, diferentes modalidades do que aquelas descritas anteriormente.

(0094) o termo “compreende/compreendendo” não exclui a presença de outros elementos ou etapas. Adicionalmente, embora características individuais possam ser incluídas em diferentes reivindicações de patente, estas podem possivelmente vantajosamente serem combinadas, e a inclusão de duas características em diferentes reivindicações de patente não implica em que uma combinação daquelas características não é conceptível e/ou vantajosa.

(0095) Em adição, referências no singular não excluem uma pluralidade. Os termos “um”, “uma”, “primeiro”, “segundo”, etc., não excluem uma pluralidade.

EXEMPLOS

(0096) Os exemplos a seguir são meros exemplos e não deveriam significar de nenhuma maneira serem interpretados para limitar o escopo da presente invenção, na medida em que a presente invenção é limitada unicamente pelas reivindicações de patente acompanhantes.

Geral

(0097) Todos os produtos químicos foram obtidos a partir da Sigma-Aldrich. Em provisão de misturas, por exemplo, ácido palmítico a 10% em massa em parafina líquida, os dois componentes (por exemplo, 3 g de ácido palmítico e 27 g de parafina líquida) foram misturados sob aquecimento para fundir a mistura. Adicionalmente, as misturas foram aplicadas para a barra deslizante antes de solidificação.

(0098) O procedimento de teste utilizado foi baseado em SS-EN 14882:205. Em resumo, um trenó com lâminas de plástico paralelas (quatro no total; duas ao longo de cada eixo geométrico deslizante longitudinal) de POM foi posicionado sobre um perfil de alumínio anodizado (conforme a Figura 7) tendo sido anaforeticamente revestido com uma resina acrílica e subsequentemente curado por calor para proporcionar uma superfície deslizante laqueada. Perfis de alumínio laqueados desta maneira são, por exemplo, proporcionados por Sapa Profiler AB, 574 38, Vetlanda, Suécia, e são comercializados sob a marca registrada SAPA HM-white, os materiais sendo produzidos utilizando o método de Sapa HM-white que é baseado sobre o método de Honny anteriormente referenciado. Nas mensurações de fricção, o trenó foi puxado sobre a barra deslizante em uma velocidade constante de 500 mm/min e a força necessária para puxar o trenó foi registrada utilizando um sistema de testagem de tensão Instron 5966 (conforme a Figura 8). O peso total do trenó corresponde para 10 N. Perfis frescos (novos) foram utilizados para cada composição lipofílica, na medida em que as composições lipofílicas não podem ser removidas uma vez que tenham sido aplicadas. Entretanto, os perfis foram reutilizados depois de experimentos de controle (nenhuma das composições lipofílicas aplicadas), de lavagem e de envelhecimento, respectivamente.

Exemplo 1

(0099) Por utilização do procedimento de teste descrito acima, a fricção resultante a partir da aplicação de várias composições lipofílicas para perfis de alumínio anodizados, laqueados, foi determinada. A resultante fricção dinâmica - valor médio a partir de três sequências de teste - foi registrada e comparada com a fricção dinâmica para perfis de alumínio anodizados proporcionados com uma laca, mas não revestidos com qualquer composição lipofílica (= controle). Os resultados são proporcionados na Tabela 1 e na Tabela 2 a seguir. Tabela 1 - Ácidos graxos em Parafina líquida

Tabela 2 - Triglicerídeos em Parafina líquida

Trimiristato a 10% em massa em Parafina Tripalmitato a 10% em massa em Parafina Triestearato a 10% em massa em Parafina Tabela 3 – Ácidos graxos em Parafina líquida

LA 10%/30%/50%/70% = Ácido láurico a 10%/30%/50%/70% em massa em Parafina líquida

(0100) Como pode ser observado a partir da Tabela 1 e da Tabela 2, a fricção dinâmica resultante foi reduzida por cerca de 75% por aplicação de uma composição lipofílica para os perfis de alumínio anodizados, ainda que a fricção dinâmica inicial dos perfis de alumínio anodizados não revestidos não foi aquela alta. Adicionalmente, enquanto a fricção dinâmica permaneceu baixa e aproximadamente a mesma para os perfis revestidos sobre (ao longo de) ciclos repetidos, a fricção dinâmica para perfis de alumínio anodizados não revestidos foi significativamente aumentada (gripagem) já depois de menos do que 20 ciclos de teste.

(0101) Pode também ser observado a partir da Tabela 1 e da Tabela 2 acima que os testes incluindo ácidos graxos ou triglicerídeos resultaram em uma fricção um pouco mais baixa comparada com Parafina líquida pura, em particular quando o ácido graxo é ácido mirístico ou ácido palmítico, e quando o triglicerídeo é tripalmitato. Óleo de coco, sendo uma mistura de vários triglicerídeos, na qual ácido láurico é o resíduo de ácido graxo o mais comum, proporcionou fricção muito baixa (conforme a Tabela 3). Adicionalmente, nem envelhecimento e nem lavagem (limpeza por um pano molhado por 6 vezes, seguida por limpeza por 4 vezes com um pano seco) tiveram qualquer efeito significativo sobre a fricção dinâmica.

Exemplo 2

(0102) Por utilização do procedimento de teste descrito acima, a fricção resultante em várias cargas (5 N, 10 N e 20 N, respectivamente) utilizando parafina líquida como o revestimento de composição lipofílica foi determinada. Aumento da carga não resultou em fricção aumentada. Pelo contrário, a carga a mais baixa (5 N) mostrou a fricção a mais alta (valor de fricção de 0,052 (em 5 N) versus Valores de fricção de 0,045 (em 10 N)/0,046 (em 20 N)).

Exemplo 3

(0103) Em um experimento adicional, uma correspondente barra de alumínio, mas sem qualquer laca, foi utilizada. A utilização de ácido palmítico a 10% em massa em parafina líquida como lubrificante sobre a barra não laqueada resultou em uma fricção dinâmica de 0,1132; isto é, mais do que 100% mais alta do que a correspondente fricção dinâmica obtida com a barra de alumínio laqueada (conforme a Tabela 1; 0,042 e 0,047; respectivamente).

Exemplo 4

(0104) Em exemplos adicionais também perfis de aço e bem como outras lacas foram avaliado/as. Lacas: Teknotherm 4400 (Teknos) - laca de borrifo (spray) molhado; Standofleet® (Standox) laca de borrifo (spray) molhado; Powercron®6200HE (PPG) - epóxi catiônico eletro revestido; Interpon AF (AkzoNobel) - revestimento em pó; e Alesta® (Axalta) - revestimento em pó. Perfis: Alumínio (Al) e aço (Fe). Tabela 4 - Óleo de coco sobre perfis de alumínio e de aço

(0105) Como pode ser observado a partir da Tabela 4, os perfis de alumínio exibiram fricção mais baixa do que os perfis de aço ainda que também os perfis de aço exibiram uma fricção muito baixa. Adicionalmente, enquanto que algumas das lacas alternativas exibiram fricção comparável ou mais baixa do que os perfis de SAPA HM-white (fricção dinâmica média: 0,033), os perfis laqueados molhados exibiram fricção ligeiramente mais alta. Sem ser ligado para qualquer teoria, isto pode ser devido para o fato de perfis laqueados molhados inerentemente possuindo laca um pouco mais espessa e/ou espessura variando da laca. Adicionalmente, em comparação de óleo de coco e parafina líquida (dados não mostrados) foi observado que óleo de coco geralmente proporciona fricção um pouco mais baixa.

Exemplo 5

(0106) Testes foram também desempenhados em uma aparelhagem de teste em escala completa (em grande escala) utilizando uma porta de guarda-roupa com um peso de 8,5 kg e utilizando dois elementos deslizantes (20) e uma barra deslizante (10) do tipo descrito/a aqui anteriormente com referência para a Figura 1. Quando de aplicação de um revestimento de composição lipofílica compreendendo 100% de Parafina líquida para a laca da barra deslizante (10), a porta de guarda-roupa poderia ainda ser movimentada para trás e para frente sem problemas e ainda uma baixa fricção depois de 500.000 ciclos de reciprocidade da porta de guarda-roupa. Em um teste comparativo, o mesmo equipamento foi utilizado, mas sem qualquer revestimento de composição lipofílica sendo aplicado sobre a laca. No último caso, os testes tiveram que ser interrompidos já depois de menos do que 30 ciclos na medida em que o equipamento de teste estava prestes a se quebrar devido para o fato de aumento de fricção rapidamente entre os elementos deslizantes e a barra deslizante.

Claims

1. Elemento deslizante, para aplicações em móveis, caracterizado pelo fato de que tem uma superfície deslizante (14) revestida com uma laca compreendendo uma resina (16), em que a laca, por sua vez, é parcialmente revestida com um revestimento de composição lipofílica (18) para proporcionar uma camada deslizante (19) com atrito reduzido, em que o revestimento de composição lipofílica (18) compreende compostos compreendendo grupos hidrocarbila não aromáticos C6 a C40.

2. Elemento deslizante, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o elemento deslizante é uma barra deslizante (10) formando um perfil deslizante linear.

3. Elemento deslizante, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o elemento deslizante é uma parte deslizante (110) disposta para deslizar ao longo de um perfil deslizante linear (120).

4. Elemento deslizante, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o elemento deslizante é feito a partir de um material tendo uma dureza Vickers de 50 MPa, mais preferivelmente de 100 MPa, e ainda mais preferivelmente de 150 MPa, tal como metal ou vidro, preferivelmente o material sendo um metal.

5. Elemento deslizante, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o elemento deslizante é feito de alumínio e/ou de aço.

6. Elemento deslizante, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o elemento deslizante é um elemento de alumínio, por exemplo, um perfil de alumínio linear, tendo uma camada de superfície em cima da qual a laca é aplicada, preferivelmente a barra de alumínio tendo uma camada de superfície de óxido anodizada, preferivelmente a espessura da camada de superfície de óxido anodizada é de 5 micrômetros, mais preferivelmente de 10 micrômetros.

7. Elemento deslizante, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a resina da laca compreende grupos polares, tais como grupos hidroxila, grupos de ácido carboxílico, grupos amida, grupos ciano (grupos nitrila), grupos haleto, grupos sulfeto, grupos carbamato, grupos aldeído, e/ou grupos cetona.

8. Elemento deslizante, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a resina da laca é uma resina termoendurecível.

9. Elemento deslizante, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a resina da laca é selecionada a partir do grupo consistindo de: resinas acrílicas, resinas de acrilato, resinas de acrilamida, resinas de metacrilato, resinas de metil metacrilato, resinas de acrilonitrila, resinas de estireno acrilonitrila, resinas de acrilonitrila estireno acrilato, produtos de reação ou uma mistura mecânica de resina alquídica e resina de melanina solúvel em água, produtos de reação ou uma mistura mecãnica de uma resina alquídica insaturada vinil modificada e uma resina de melanina solúvel em água, e polímeros e misturas de uma ou diversas destas resinas.

10. Elemento deslizante, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que a resina da laca é uma resina acrílica, preferivelmente uma resina acrílica escolhida entre: uma resina de acrilato, uma resina de acrilamida, uma resina de metacrilato, ou uma resina de metil metacrilato e misturas das mesmas.

11. Elemento deslizante, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a superfície deslizante foi laqueada por eletrorrevestimento ou autodeposição em um banho contendo a laca, ou por revestimento eletrostático com uma laca em pó; preferivelmente a superfície deslizante foi laqueada por eletrorrevestimento em um banho contendo a laca.

12. Elemento deslizante, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a espessura da laca revestida sobre o elemento deslizante é de 100 μm ou menos, preferivelmente 75 μm ou menos, mais preferivelmente 50 μm ou menos.

13. Elemento deslizante, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que a espessura da laca revestida sobre o elemento deslizante é de 5 μm até 75 μm, preferivelmente de 10 μm até 50 μm, mais preferivelmente de 15 μm até 40 μm.

14. Elemento deslizante, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o elemento deslizante é um elemento de alumínio, por exemplo, um perfil de alumínio, tendo uma superfície em cima da qual a laca é aplicada, preferivelmente o elemento de alumínio tendo uma camada de superfície de óxido anodizada em cima da qual a laca é aplicada, preferivelmente a espessura da camada de superfície de óxido anodizada é de 5 micrômetros, mais preferivelmente de 10 micrômetros, e em que a superfície do elemento de alumínio foi eletroforeticamente revestida, tal como anaforeticamente, com uma resina, tal como uma resina acrílica, e subsequentemente curada por calor para formar a laca revestida sobre a superfície deslizante, preferivelmente o elemento deslizante foi revestido utilizando o processo de Honny ou um de seus derivados.

15. Elemento deslizante, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o revestimento de composição lipofílica compreende compostos compreendendo C8 até C30 ou C10 até C24 de grupos hidrocarbila não aromáticos, tais como grupos alquenil e/ou grupos alquil, por exemplo, grupos alquil.

16. Elemento deslizante, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que o revestimento de composição lipofílica presente sobre a laca compreende 25% em peso, tal como 50% em peso, de compostos compreendendo C6 até C40, tal como C8 até C30, de grupos alquil.

17. Elemento deslizante, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o revestimento de composição lipofílica presente sobre a laca compreende 25% em peso, tal como 50% em peso, C6 até C40, tal como C8 até C30,de hidrocarbonetos não aromáticos, tais como alquenos e/ou alcanos, por exemplo, alcanos.

18. Elemento deslizante, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o revestimento de composição lipofílica presente sobre a laca compreende triglicerídeos e/ou ácidos graxos; preferivelmente os triglicerídeos, se presentes, são compostos de resíduos de ácido graxos saturados e os ácidos graxos, se presentes, são ácidos graxos saturados.

19. Elemento deslizante, de acordo com a reivindicação 18, caracterizado pelo fato de que o revestimento de composição lipofílica presente sobre a laca compreende de 1% em peso até 40% em peso de triglicerídeos e/ou de ácidos graxos, preferivelmente os triglicerídeos, se presentes, até 90% em peso sendo compostos de ácidos graxos com C6 até C40, tal como C8 até C30, de grupos alquil, e preferivelmente os ácidos graxos, se presentes, tendo grupos C6 até C40, tal como C8 até C30, de grupos alquil.

20. Elemento deslizante, de acordo com a reivindicação 18, caracterizado pelo fato de que o revestimento de composição lipofílica presente sobre a laca compreende 25% em peso, tal como 50% em peso de triglicerídeos e/ou de ácidos graxos, preferivelmente os triglicerídeos, se presentes, até 90% sendo compostos de ácidos graxos com C6 até C40, tal como C8 até C30, de grupos alquil, e preferivelmente os ácidos graxos, se presentes, possuindo C8 até C40, tal como C8 até C30 de grupos alquil; preferivelmente a composição lipofílica sem ser somente composta de ácidos graxos.

21. Sistema deslizante (1), o sistema deslizante (1) compreendendo um elemento deslizante do tipo definido em qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o elemento deslizante é uma barra deslizante (10) formando um perfil deslizante linear, e um elemento deslizante (20), em que a interface entre a camada deslizante (19) da barra deslizante (10) e do elemento deslizante (20) forma um rolamento liso linear para possibilitar movimentação linear do elemento deslizante (20) ao longo do eixo geométrico longitudinal da barra deslizante linear (10).

22. Sistema deslizante (1), de acordo com a reivindicação 21, caracterizado pelo fato de que a parte do elemento deslizante (20) que está em contato com a camada deslizante (19) da barra deslizante (10) é feita de um plástico, preferivelmente de um plástico compreendendo um polímero com grupos polares, mais preferivelmente os grupos polares sendo selecionados a partir do grupo consistindo de grupos hidroxil, grupos de ácido carboxílico, grupos amida, grupos haleto, grupos sulfeto, grupos ciano (grupos nitrila), grupos carbamato, grupos aldeído, e/ou grupos cetona.

23. Sistema deslizante (1), de acordo com a reivindicação 21 ou 22, caracterizado pelo fato de a parte do elemento deslizante (20) em contato com a camada deslizante (19) da barra deslizante (10) é feita de um plástico compreendendo um polímero selecionado a partir do grupo de polímeros consistindo de polioximetilenos (POM), poliésteres (por exemplo, poliésteres termoplásticos, tais como polietileno tereftalato (PET), politrimetileno tereftalato (PTT), polibutileno tereftalato (PBT), e ácido polilático (PLA), e bem como poliésteres termoplásticos bio baseados, tais como polihidroxialcanoatos (PHA), polihidroxibutirato (PHB), e polietileno furanoato (PEF)), poliamidas (PA), cloreto de polivinil (PVC), sulfeto de polifenileno (PPS), poliariletercetona ((PAEK); por exemplo, poliéter éter cetona (PEEK)), e politetrafluoroetileno (PTFE).

24. Sistema deslizante (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 23, caracterizado pelo fato de que o elemento deslizante (20) é em sua integridade feito a partir de um plástico.

25. Sistema deslizante (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 24, caracterizado pelo fato de que o sistema deslizante (1) é disposto para suportar uma porta deslizante (30) conectada ao elemento deslizante (20).

26. Sistema deslizante (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 25, caracterizado pelo fato de que a parte do elemento deslizante (20) que desliza sobre a camada deslizante (19) é configurada como uma lâmina (21, 23) se estendendo na direção deslizante, preferivelmente a camada deslizante (19) estando presente em um trilho, tal como uma ranhura (11) ou uma crista, se estendendo ao longo do eixo geométrico longitudinal da barra deslizante (10).

27. Sistema deslizante (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 26, caracterizado pelo fato de que o elemento deslizante (20) compreende um ponto de contato individual em contato com a barra deslizante (10) na interface entre a barra deslizante (10) e o elemento deslizante (20), a área de contato de cada ponto de contato individual sendo menor que 3 mm2, mais preferivelmente menor que 1,5 mm2, e ainda mais preferivelmente menor que 0,75 mm2.

28. Sistema deslizante (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 27, caracterizado pelo fato de que o elemento deslizante (20) compreende um ponto de contato no qual é feito o contato entre o elemento deslizante (20) e a barra deslizante (10), em que a pressão de contato em um ponto de contato é de 4 N/mm2, preferivelmente de 8 N/mm2, e mais preferivelmente de 12 N/mm2, e em que preferivelmente a pressão de contato é menor do que a tensão de escoamento do material do elemento deslizante (20) no ponto de contato.

29. Sistema deslizante (100), o sistema deslizante (100) compreendendo um elemento deslizante do tipo definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 20, caracterizado pelo fato de que o elemento deslizante é uma parte deslizante (110) disposta para deslizar ao longo de um perfil deslizante linear (120), e um perfil deslizante linear (120), em que a interface entre a camada deslizante da parte deslizante (110) e o perfil deslizante linear (120) forma um rolamento liso linear para possibilitar movimentação linear da parte deslizante (110) ao longo do eixo geométrico longitudinal do perfil deslizante linear (120).

30. Sistema deslizante (100), de acordo com a reivindicação 29, caracterizado pelo fato de que a parte do perfil deslizante linear (120) que está em contato com a camada deslizante da parte deslizante (110) é feita de um plástico, preferivelmente de um plástico compreendendo um polímero com grupos polares, mais preferivelmente os grupos polares sendo selecionados a partir do grupo consistindo de grupos hidroxil, grupos de ácido carboxílico, grupos amida, grupos haleto, grupos sulfeto, grupos ciano (grupos nitrila), grupos carbamato, grupos aldeído, e/ou grupos cetona.

31. Sistema deslizante (100), de acordo com a reivindicação 30, caracterizado pelo fato de que o plástico compreende um polímero selecionado a partir do grupo de polímeros consistindo de polioximetilenos (POM), poliésteres (por exemplo, poliésteres termoplásticos, tais como polietileno tereftalato (PET), politrimetileno tereftalato (PTT), polibutileno tereftalato (PBT), e ácido polilático (PLA), e bem como poliésteres termoplásticos bio baseados, tais como polihidroxialcanoatos (PHA), polihidroxibutirato (PHB), e polietileno furanoato (PEF)), poliamidas (PA), cloreto de polivinil (PVC), sulfeto de polifenileno (PPS), poliariletercetona ((PAEK); por exemplo, poliéter éter cetona (PEEK)), e politetrafluoroetileno (PTFE).

32. Sistema deslizante (100), de acordo com qualquer uma das reivindicações 29 a 31, caracterizado pelo fato de que o perfil deslizante linear (120) é um perfil plástico proporcionado com uma crista (121a-e) se estendendo ao longo do eixo geométrico longitudinal do perfil deslizante (120), o sistema deslizante (100) sendo disposto de maneira que a camada deslizante da parte deslizante (110) engata com o cume (121a-e) em deslizamento sobre o perfil deslizante linear (120); preferivelmente o perfil plástico é proporcionado com um canal deslizante (125) para a parte deslizante (110) deslizar sobre, uma superfície do canal (125) sendo proporcionada com um cume (121a-e) se estendendo ao longo do eixo geométrico longitudinal do canal (125).

33. Sistema deslizante (100), de acordo com qualquer uma das reivindicações 29 a 32, caracterizado pelo fato de que o perfil deslizante linear (120) compreende um ponto de contato individual em contato com a parte deslizante (110) na interface entre o perfil deslizante linear (120) e a parte deslizante (110), a área de contato de cada ponto de contato individual sendo menor que 3 mm2, mais preferivelmente menor que 1,5 mm2, e ainda mais preferivelmente menor que 0,75 mm2.

34. Sistema deslizante (100), de acordo com qualquer uma das reivindicações 29 a 33, caracterizado pelo fato de que o perfil deslizante linear (120) compreende um ponto de contato no qual é feito contato entre o perfil deslizante linear (120) e a parte deslizante (110), em que a pressão de contato em um ponto de contato é de 4 N/mm2, preferivelmente de 8 N/mm2, e ainda mais preferivelmente de 12 N/mm2, e em que preferivelmente a pressão de contato é menor do que a tensão de escoamento do perfil deslizante linear (120) no ponto de contato.

35. Uso de composição lipofílica (18), caracterizado pelo fato de que compreende compostos compreendendo grupos hidrocarbila não aromáticos C6 a C40, como um lubrificante irreversivelmente aglutinante para uma superfície deslizante de um elemento deslizante em uma aplicação em móveis, em que a superfície deslizante é revestida com uma laca compreendendo uma resina.

36. Uso, de acordo com a reivindicação 35, caracterizado pelo fato de que a resina da laca é uma resina acrílica, tal como uma resina de acrilato, uma resina de acrilamida, uma resina de metacrilato ou uma resina de metil metacrilato.

37. Uso, de acordo com a reivindicação 35 ou 36, caracterizado pelo fato de que a espessura da laca revestida sobre o elemento deslizante é de 100 μm ou menos, preferivelmente de 75 μm ou menos, mais preferivelmente de 50 μm ou menos.

38. Uso, de acordo com a reivindicação 37, caracterizado pelo fato de que a espessura da laca revestida sobre o elemento deslizante é de 5 μm até 75 μm, tal como de 10 μm até 50 μm, ou de 15 μm até 40 μm.

39. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 35 a 38, caracterizado pelo fato de que o elemento deslizante é um elemento de alumínio, por exemplo, um perfil de alumínio linear, sendo anaforeticamente revestido com uma resina acrilíca e subsequentemente curado por calor para formar a laca revestida sobre a superfície deslizante, em que preferivelmente o perfil de alumínio foi anodizado para obter uma espessura de camada anodizada de 5 micrômetros, mais preferivelmente de 10 micrômetros, antes de uma aplicação da resina da laca.

40. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 35 a 39, caracterizado pelo fato de que a composição lipofílica compreende compostos compreendendo C6 até C40, tal como C8 até C30, de grupos hidrocarbila não aromáticos, tais como grupos alquenil e/ou grupos alquil, por exemplo, grupos alquil.

41. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 35 a 40, caracterizado pelo fato de que o revestimento de composição lipofílica compreende triglicerídeos e/ou ácidos graxos; preferivelmente os triglicerídeos, se presentes, sendo compostos de resíduos de ácidos graxos saturados e os ácidos graxos, se presentes, sendo ácidos graxos saturados.

42. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 35 a 41, caracterizado pelo fato de que o revestimento de composição lipofílica compreende hidrocarbonetos, tais como alcenos e/ou alcanos, por exemplo, alcanos.

43. Método para prover um elemento deslizante, do tipo definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 20, para aplicações em móveis, caracterizado pelo fato de que compreende as etapas de: - prover um elemento tendo uma superfície deslizante revestida com uma laca compreendendo uma resina; e: - revestir parte da laca compreendendo uma resina com uma composição lipofílica para proporcionar um elemento deslizante, em que o revestimento de composição lipofílica (18) compreende compostos compreendendo grupos hidrocarbila não aromáticos C6 a C40.