BR112018004218B1 - Aparelho de optometria, conjunto e sistema compreendendo tal aparelho - Google Patents

Aparelho de optometria, conjunto e sistema compreendendo tal aparelho Download PDF

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Abstract

APARELHO DE OPTOMETRIA, CONJUNTO E SISTEMA COMPREENDENDO TAL APARELHO. A presente invenção refere-se a um aparelho de optometria (400) compreendendo: uma base (410) concebida para receber óculos corretivos; pelo menos um elemento de transmissão (425; 435; 445) concebido para cooperar com um membro que regula uma característica de correção óptica dos referidos óculos; e pelo menos um motor de acionamento (420; 430; 440) para acionar o elemento de transmissão (425; 435; 445). A invenção também se refere a um conjunto e a um sistema associado.

Description

Área Técnica da Invenção
[001] A presente invenção refere-se à área da optometria.
[002] Ela se refere mais particularmente a um aparelho de opto- metria, bem como a um conjunto e a um sistema compreendendo um tal aparelho.
Antecedentes Tecnológicos
[003] No contexto da medição da acuidade visual de um pacien te, já foi proposto simular a compensação visual a ser fornecida, por exemplo por meio de óculos de prova ou de um refrator tal como uma cabeça de refração.
[004] Na cabeça de refração, são colocadas lentes de prova em uma pluralidade de discos que são rodados manualmente ou usando um mecanismo motorizado. Porém, entender-se-á que um tal objeto tem um volume e um peso substanciais relacionados com o número de lentes colocadas em cada disco.
[005] Os óculos de prova são menos volumosos. De fato, se prevê que eles recebam sucessivamente lentes de prova com diferentes correções, até que se encontre a correção apropriada para o paciente.
[006] Esta solução é, porém, bastante impraticável, particular mente porque requer o armazenamento separado das lentes de prova em caixas específicas. Ela envolve adicionalmente a mudança de lentes, resultando em transições de potência de correção indesejadas e descontínuas.
Objeto da Invenção
[007] Neste contexto, a presente invenção propõe um aparelho de optometria compreendendo um suporte concebido para receber óculos de compensação visual, caracterizado por compreender pelo menos um elemento de transmissão concebido para cooperar com um membro que ajusta uma característica de correção óptica dos referidos óculos e pelo menos um motor para acionar o elemento de transmissão.
[008] O aparelho de optometria compreende assim o motor que torna possível ajustar, atuando no membro de ajuste, a correção obtida em virtude dos óculos. Os óculos são deste modo fabricados corres-pondentemente mais leves, e são assim muito adequados para serem usados em uma prova da correção escolhida.
[009] De acordo com outras características opcionais e, por con seguinte, não limitativas: - é concebido um módulo de comunicação para receber um ponto de ajuste proveniente de um dispositivo eletrônico exterior; - é concebido um módulo de controle para controlar o motor de acionamento em função do ponto de ajuste recebido; - o aparelho de optometria compreende uma tela e um ima- geador que são dispostos em cada lado de uma região de recepção dos óculos de compensação visual; - o aparelho de optometria compreende um módulo para a análise de uma imagem da tela, gerada pelo imageador, e um módulo para o controle do motor de acionamento em função dos dados gerados pelo módulo de análise.
[0010] A invenção também propõe um conjunto compreendendo um aparelho de optometria e óculos de compensação visual, compreendendo o aparelho de optometria um suporte para receber os referidos óculos, caracterizado por o aparelho de optometria compreender pelo menos um elemento de transmissão concebido para cooperar com um membro de ajuste de uma característica de correção óptica dos referidos óculos, e pelo menos um motor para acionar o elemento de transmissão.
[0011] De acordo com outras características opcionais e, por con seguinte, não limitativas: - os óculos de compensação visual compreendem pelo menos uma lente com um eixo óptico; - os óculos de compensação visual são concebidos para modificar, em caso de movimento do membro de ajuste, uma potência esférica ao longo do eixo óptico, gerada pela referida lente; - os óculos de compensação visual são concebidos para modificar, em caso de movimento do membro de ajuste, uma correção cilíndrica ao longo do eixo óptico, gerada pela referida lente; - os óculos de compensação visual são concebidos para modificar, em caso de movimento do membro de ajuste, uma potência da referida correção cilíndrica; - os óculos de compensação visual são concebidos para modificar, em caso de movimento do membro de ajuste, um eixo da referida correção cilíndrica.
[0012] A invenção propõe, por fim, um sistema compreendendo um aparelho de optometria tal como mencionado acima e o referido dispositivo eletrônico exterior, caracterizado por o referido dispositivo eletrônico exterior ser outro dispositivo de optometria, por exemplo um autorrefratômetro ou um refrator.
[0013] Pode se prever que o referido dispositivo eletrônico exterior determine o referido ponto de ajuste em função de uma medição de ametropia ou astigmatismo.
Descrição Detalhada de uma Modalidade Exemplificativa
[0014] A descrição que se segue com referência aos desenhos em anexo, que são fornecidos a título de exemplos não limitativos, tornará fácil compreender em que consiste a invenção e como pode ser conseguida.
[0015] Nos desenhos em anexo: - A Figura 1 representa um conjunto óptico compreendendo uma lente de potência cilíndrica variável e uma lente de potência esférica variável; - A Figura 2 representa uma vista secional do conjunto óptico da Figura 1; - A Figura 3 representa uma perspectiva em corte do conjunto óptico da Figura 1; - A Figura 4 representa uns óculos de compensação visual compreendendo dois desses conjuntos ópticos; - A Figura 5 representa uma estrutura para receber os óculos da Figura 4; - A Figura 6 representa os óculos de compensação visual da Figura 4 recebidos na estrutura receptora da Figura 5; - A Figura 7 representa esquematicamente os principais componentes eletrônicos da estrutura receptora da Figura 5; e - A Figura 8 representa uma variante concebível para a produção de pelo menos um conjunto óptico dos óculos de compensação visual da Figura 4.
[0016] As Figuras 1 a 3 mostram um conjunto óptico compreen dendo uma primeira lente 100 e uma segunda lente 200.
[0017] A primeira lente 100 e a segunda lente 200 estão aqui loca lizadas respectivamente em ambos os lados de um mesmo suporte (ou corpo) 110. Uma placa de separação (transparente) indeformável 118, que é montada no suporte comum 110, define as câmeras cheias com líquido da primeira lente 100 e da segunda lente 200, tal como explicado abaixo, e permite assim que as duas lentes 100, 200 operem independentemente.
[0018] Como variante, qualquer uma das duas lentes 100, 200 po de estar separada. Abaixo, é descrita separadamente cada uma das lentes 100, 200.
[0019] Tal como explicado abaixo, a primeira lente 100 é concebi da para gerar, ao longo de um eixo óptico X da primeira lente, uma potência óptica cilíndrica variável.
[0020] A segunda lente 200 é por sua vez concebida para gerar, ao longo do seu eixo óptico, que é idêntico ao eixo óptico X da primeira lente 100, uma potência óptica esférica variável.
[0021] A primeira lente 100 compreende o suporte (ou corpo) 110 e uma lâmina transparente flexível 150.
[0022] O suporte 110 tem uma abertura central 120 que é fechada em uma extremidade por uma primeira lâmina de fechamento (transparente) 130 e na outra extremidade pela placa de separação 118; a lâmina transparente flexível 150 está localizada na abertura central 120, entre a primeira lâmina de fechamento 130 e a placa de separação 118.
[0023] Duas paredes integradas no suporte 110 permitem que a lâmina flexível 150 seja guiada de modo a prevenir qualquer rotação da lâmina flexível 150 em torno do eixo óptico X.
[0024] O suporte 110 tem um rebordo 115 que se situa na periferia da abertura central 120 e que está inscrito em uma superfície cilíndrica cujo eixo é perpendicular e secante ao eixo óptico X.
[0025] O suporte 110, por exemplo, compreende para este fim uma parede 112 que circunda a abertura central 120 e cujo bordo da extremidade livre define o rebordo acima mencionado 115.
[0026] A função do rebordo 115 consiste em criar uma interrupção que sirva de ponto de partida para a curvatura da lâmina flexível 150 (por flexão), tal como explicado abaixo. O formato cilíndrico do rebordo 150 (isto é, a superfície cilíndrica na qual o rebordo 115 está inscrito) tem assim um raio inferior ao raio correspondente à potência cilíndrica máxima desejada - tipicamente cerca de 40 mm ou menos.
[0027] A primeira lente 100 também compreende uma primeira parte de controle 160 que está fixada de forma segura à lâmina flexível 150.
[0028] A primeira parte de controle 160 toma aqui a forma de uma placa de controle anular que circunda a abertura central 120 e que inclui, ao nível de cada uma das duas zonas que são opostas 180°, uma rosca externa.
[0029] A primeira parte de controle 160 é montada no suporte 110 de modo a ser guiada translacionalmente ao longo do eixo óptico X.
[0030] A primeira lente 100 também compreende uma primeira membrana elástica 170 de formato cilíndrico e que liga o suporte 110 e a primeira parte de controle 160.
[0031] A lâmina flexível 150, a primeira parte de controle 160, a primeira membrana elástica 170, a placa intermédia 118 e o suporte 110 formam uma câmera cheia com um líquido 190. Aqui, este líquido 190 é idêntico ao usado no documento US8000022, nomeadamente óleo de silicone (por exemplo do tipo óleo Rhodrosil 47).
[0032] O suporte 110 inclui orifícios 195 para a passagem de fluido na parede acima mencionada 112, de modo a facilitar a passagem do líquido entre as várias partes da câmera.
[0033] A primeira membrana elástica 170 é concebida para se de formar (esticando, em particular), de modo a compensar variações do volume da câmera cheia com o líquido 190 provocadas pela flexão da lâmina flexível 150, tal como descrito abaixo. Tal como se mostra claramente nas Figuras 2 e 3, a primeira membrana elástica 170 está localizada na periferia do suporte 110 e não desempenha, por conseguinte, qualquer função óptica.
[0034] A primeira lente cilíndrica 100 compreende, por fim, um primeiro anel de controle 180, que pode ser movido apenas rotacio- nalmente através de um dado ângulo em torno do eixo óptico X. O primeiro anel de controle 180 inclui uma rosca interna (aqui de seção transversal quadrada) centrada no eixo óptico X e que se acopla com a rosca externa da primeira parte de controle 160.
[0035] O primeiro anel de controle 180 também tem uma pluralida de de dentes 185 exatamente em torno da sua periferia de modo a formar uma roda dentada e assim a ser capaz de ser acionado para rodar por meio de um primeiro sistema de acionamento (não apresentado), por exemplo um motor cujo eixo de saída compreende um parafuso sem-fim que interage com os dentes 185 do primeiro anel de controle 180.
[0036] Para além disso, pode se prever a limitação do curso do pri meiro anel de controle 180, por exemplo por meio de uma interrupção rígida formada entre o suporte 110 e o primeiro anel de controle 180.
[0037] Os movimentos que permitem que a lâmina flexível 150 se ja fletida e que assim se obtenha uma potência óptica cilíndrica variável serão agora descritos.
[0038] Abaixo, a primeira parte de controle 160 é considerada co mo estando na sua posição mais alta (considerando a orientação na Figura 2), isto é, na posição mais próxima da primeira lâmina de fechamento 130, tal como se mostra nas Figuras 2 e 3. Tal como se pode ver nestas Figuras, nesta posição da primeira parte de controle 160, a lâmina flexível 150 não entra em contato com o rebordo 115.
[0039] Quando o primeiro anel de controle 180 é rodado (por exemplo por meio do primeiro sistema de acionamento acima mencionado), a primeira parte de controle 160 começa a sofrer translação (no sentido descendente na Figura 2) por meio do sistema parafuso/porca, ao longo de alguns graus, até que a lâmina flexível 150 entre em contato com o rebordo cilíndrico 115 que está fixado de forma segura ao suporte 110 (ocorrendo este contato primeiro no topo 116 do rebordo 115 na Figura 2, isto é, no plano contendo o eixo óptico X e o eixo da superfície cilíndrica contendo o rebordo 115).
[0040] Continuando a rotação do primeiro anel de controle 180, o conjunto formado pela primeira parte de controle 160 e a lâmina flexível 150 continua a sua translação (no sentido descendente na Figura 2, isto é, para longe da primeira lâmina de fechamento 130) de modo a que a lâmina flexível 150 comece gradualmente a fletir, com um valor do raio (de flexão) diretamente relacionado com o ângulo de rotação do primeiro anel de controle 180.
[0041] Em virtude do rebordo de formato cilíndrico, a lâmina flexí vel 150 irá preferencialmente se deformar para um formato cilíndrico, permitindo isto a obtenção da correção cilíndrica procurada, que tem uma potência variável dependente do valor do raio de flexão acima mencionado.
[0042] Para além disso, devido ao fato da deformação da lâmina flexível ser iniciada pelo rebordo 150 inscrito em uma superfície cilíndrica, o eixo desta correção cilíndrica corresponde ao eixo desta superfície cilíndrica (isto é, a um eixo que é fixo em relação ao suporte 110 e perpendicular ao eixo óptico X).
[0043] Deve se notar que a lâmina flexível 150 em geral também sofre uma segunda deformação de maior ou menor magnitude, dependendo em particular da sua anisotropia, da sua rigidez à flexão, e do aumento de pressão associado à deformação da primeira membrana elástica 170. Assim, a lâmina flexível 150 em geral não tem um formato puramente cilíndrico, mas um formato tórico.
[0044] O componente esférico adicional irá então, possivelmente e de forma opcional, ser compensado por outros meios ópticos, aqui através da ação na segunda lente 200 descrita abaixo.
[0045] Durante a deformação da lâmina flexível 150, o volume dentro da câmera cheia com o líquido 190 permanece constante. Es-pecificamente, o aumento da pressão gerado pela deformação da lâmina flexível 150 faz com que a primeira membrana elástica 170 de forme de modo a absorver a transferência do líquido 190 proveniente da zona útil.
[0046] Para além disso, notar-se-á que esta ligeira pressão (apli cada pela lâmina flexível 150) permite que o movimento seja feito de forma reversível, ao mesmo tempo que assegura a paragem do jogo do sistema parafuso/porca.
[0047] Em resumo, acionando o primeiro anel de controle 180 para rodar por meio do primeiro sistema de acionamento, se faz com que a potência cilíndrica da primeira lente 100 varie tal como explicado acima (sendo o eixo da correção cilíndrica em contraste fixo em relação ao suporte 110, tal como explicado acima).
[0048] A segunda lente 200 compreende um suporte com uma abertura central 220, uma segunda membrana elástica 250 recebida na abertura central 220, uma segunda parte de controle 260 que está fixada de forma segura à segunda membrana elástica 250, e um segundo anel de controle 280.
[0049] O suporte da segunda lente 200 é aqui fixado de forma se gura ao suporte 110 da primeira lente 110 e, por exemplo, forma com ele uma única parte.
[0050] A segunda parte de controle 260 é montada de modo a ser guiada translacionalmente no suporte, aqui por meio de três colunas- guia.
[0051] O segundo anel de controle 280 pode ser movido apenas rotacionalmente em torno do eixo óptico X e permite, durante os seus movimentos rotacionais, que a segunda parte de controle 260 seja movida translacionalmente ao longo do eixo óptico X por meio de um sistema parafuso/porca (por exemplo formado por uma rosca interna do segundo anel de controle 280 que interage com uma rosca externa da segunda parte de controle 260).
[0052] A segunda membrana elástica 250, a segunda parte de controle 260, a placa de separação 118 e o suporte (aqui o suporte comum 110) formam uma câmera cheia com líquido de forma a que o movimento translacional da segunda parte de controle 260 provoque uma deformação elástica (com o esticar) da segunda membrana elástica 250, que adota assim um formato essencialmente esférico, com um raio de curvatura dependente da posição da segunda parte de controle 260.
[0053] Assim, se obtém a potência esférica variável procurada.
[0054] O segundo anel de controle 280 exatamente em torno da sua periferia tem uma pluralidade de dentes 285 de modo a formar uma roda dentada e assim a ser capaz de ser acionado para rodar por meio de um segundo sistema de acionamento (não apresentado), por exemplo um motor cujo eixo de saída compreende um parafuso sem- fim que interage com os dentes 285 do segundo anel de controle 280.
[0055] Assim, acionando o segundo anel de controle 280 para ro dar por meio do segundo sistema de acionamento, se faz com que a potência esférica da segunda lente 200 varie tal como explicado acima.
[0056] A totalidade do movimento não tem folga estrutural. Em vir tude desta característica, é possível estabelecer uma lei de controle para o movimento que é contínuo. Especificamente, no caso contrário, uma vez que a direção das forças exercidas no movimento invertem quando a membrana passa de um formato convexo para um formato côncavo, qualquer folga estrutural arriscaria falsear a lei de controle ou complicar a definição desta lei de controle.
[0057] Tal como descrito acima, é possível variar a potência cilín drica e a potência esférica da correção obtida pelo conjunto óptico formado pela primeira lente 100 e pela segunda lente 200 por acionamento do primeiro anel de controle 180 e do segundo anel de controle 280 respectivamente em rotação.
[0058] De modo a fazer variar o eixo de cilindro da correção cilín drica obtida com a primeira lente 100, o conjunto óptico acima referido pode ser montado de forma a ser capaz de rodar em torno do eixo óptico X em relação a uma estrutura fixa de referência (em particular em relação ao olho do paciente em frente do qual o conjunto óptico é colocado no contexto de um exame de refração subjetiva).
[0059] Consequentemente, se prevê então, por exemplo, um con junto de dentes 111 fornecido na parede externa do suporte 110, na periferia do conjunto óptico.
[0060] Pode se prever que a rotação do suporte 110 relativamente à estrutura fixa de referência acione um movimento rotacional do suporte por um lado relativamente ao primeiro anel de controle 180, e por outro lado relativamente ao segundo anel de controle 280 (sendo estes dois anéis de controle 180, 280 imóveis na estrutura fixa de referência na ausência de acionamento pelo primeiro e segundo sistemas de acionamento).
[0061] Neste caso (quando se deseja variar apenas o eixo de ci lindro da correção cilíndrica) se prevê o acionamento dos anéis de controle 180, 280 em rotação (simultaneamente ou não com a rotação do suporte 110) de forma a preservar a posição relativa do suporte 110, do primeiro anel de controle 180 e do segundo anel de controle 280, de modo a preservar os valores desejados de potência cilíndrica e de potência esférica.
[0062] A Figura 4 representa uns óculos de compensação visual 300 compreendendo dois conjuntos ópticos 350 tais como descritos acima com referência às Figuras 1 a 3, montados em uma estrutura.
[0063] A estrutura compreende uma travessa 310 que possui dois elementos de suporte 315, cada um destinado a acomodar um conjunto óptico 350.
[0064] A posição de cada elemento de suporte 315 na travessa 310 é ajustável em translação ao longo do eixo da travessa 310, aqui atuando em uma engrenagem 312 disposta em uma extremidade correspondente da travessa 310, de modo a ser capaz de ajustar a posição do conjunto óptico 350 em causa à semi-distância interpupilar do utilizador dos óculos de compensação visual 300.
[0065] Cada elemento de suporte 315 possui um conjunto óptico 350, ao mesmo tempo que confere a possibilidade a este conjunto óptico 350 de rodar em torno do seu eixo quando é acionado em rotação por um sistema de acionamento exterior, tal como descrito a seguir, por meio da roda dentada 352 formada em torno do seu suporte tal como indicado acima (ver em particular os dentes 111 na Figura 3).
[0066] Cada conjunto óptico 350 é, para além disso, montado no correspondente elemento de suporte 315 de modo a que o primeiro anel de controle 354 (correspondente ao primeiro anel de controle 180 nas Figuras 1 a 3) e o segundo anel de controle 356 (correspondente ao Segundo anel de controle 280 nas Figuras 1 a 3) sejam deixados acessíveis (em uma região pelo menos).
[0067] De maneira diferente, para cada conjunto 350, pode se pre ver opcionalmente uma cobertura (não representada) que cubra os anéis de controle 354, 356 (de modo a tornar impossível que os últimos sejam manipulados por um utilizador), exceto nos locais onde os anéis de controle 354, 356 cooperam com os elementos de transmissão 425, 435, tal como explicado mais à frente.
[0068] Cada elemento de suporte 315 possui, para além disso, uma haste 320 da estrutura dos óculos de compensação visual 300 com possibilidade de orientação da haste 320 em causa relativamente ao elemento de suporte 315, de modo a ser capaz de definir a orientação da haste 320 para o ângulo pantoscópico do utilizador.
[0069] Cada haste 320 compreende, para além disso, um meca nismo 325 para ajustar o comprimento da haste em causa.
[0070] A travessa 310 possui, para além disso, um suporte nasal 330. A posição (em altura) do suporte nasal 330 é ajustável de modo a se adequar à morfologia do utilizador.
[0071] A Figura 5 representa uma estrutura receptora 400 para os óculos que acabaram de ser descritos.
[0072] Uma tal estrutura receptora 400 compreende um suporte 410, aqui de formato geral paralelepipédico, exibindo um invólucro 402, aqui aberto no cimo e dimensionado de modo a acomodar os óculos de compensação visual 300, em particular a travessa 310, os elementos de suporte 315 e os conjuntos ópticos 350.
[0073] O suporte 410 também exibe aberturas 404, formadas em uma parede lateral do invólucro 402, para a passagem das hastes 320 dos óculos de compensação visual 300.
[0074] Para cada conjunto óptico 350, a estrutura receptora 400 compreende: - um primeiro motor (elétrico) 420 para acionar um primeiro elemento de transmissão 425 (aqui uma roda dentada colocada no eixo de saída do primeiro motor 420); - um segundo motor (elétrico) 430 para acionar um segundo elemento de transmissão 435 (aqui uma roda dentada colocada no eixo de saída do segundo motor 430); - um terceiro motor (elétrico) 440 para acionar um terceiro elemento de transmissão 445 (aqui uma roda dentada acionada por um parafuso 442 montado no eixo de saída do terceiro motor 440).
[0075] Cada elemento de transmissão 425, 435, 445 é colocado na estrutura receptora (aqui em uma abertura de uma parede preta do invólucro 402 formado no suporte 410) de modo a cooperar com um membro de controle 354, 356, 352 para o conjunto óptico 350 em causa quando os óculos de compensação visual 300 são recebidos na estrutura receptora 400, tal como representado na Figura 6.
[0076] Especificamente, quando os óculos de compensação visual 300 são recebidos no suporte 410 (estando eles posicionados no invólucro 402, com as hastes 320 passando através das aberturas 404): - o primeiro elemento de transmissão 425 coopera com o primeiro anel de controle 354 (de tal forma que o primeiro motor de acionamento 420 e o primeiro elemento de transmissão 425 formam o primeiro sistema de acionamento mencionado acima); - o segundo elemento de transmissão 435 coopera com o segundo anel de controle 356 (de tal forma que o segundo motor de acionamento 430 e o segundo elemento de transmissão 435 formam o segundo sistema de acionamento mencionado acima); - o terceiro elemento de transmissão 445 coopera com a roda dentada 352 (de tal forma que o terceiro motor de acionamento 440 e o terceiro elemento de transmissão 445 formam o terceiro sistema de acionamento mencionado acima).
[0077] Assim, por ação respectivamente do primeiro motor de aci onamento 420, do segundo motor de acionamento 430 e do terceiro motor de acionamento 440, é possível ajustar a potência cilíndrica, a potência esférica e o eixo da correção cilíndrica que são gerados pelo conjunto óptico 350 em causa.
[0078] No exemplo aqui descrito, a estrutura receptora 400 tam bém compreende para cada conjunto óptico 350 a ser recebido no invólucro 402, um sistema para verificar a potência óptica compreendendo uma tela 450 e um imageador (por exemplo uma câmera 455) localizados respectivamente em cada lado do invólucro 402, em uma região destinada a receber um conjunto óptico 350.
[0079] Tal como também explicado abaixo, é concebido um circui to de controle 480 (aqui incluído na estrutura receptora 400) para determinar as características de correção óptica fornecida pelo conjunto óptico 350 em função de pelo menos uma imagem da tela 450 obser- vada através do conjunto óptico 350 pela câmera 455, por meio do cálculo da defletometria.
[0080] A estrutura receptora 400 compreende, finalmente, em as sociação com cada um dos dois lados da armação dos óculos de com-pensação visual 300, um quarto motor (elétrico) 460 para acionar um quarto elemento de transmissão 465.
[0081] Este quarto elemento de transmissão 465 está posicionado na estrutura receptora 400 (isto é, no suporte 410) de modo a cooperar com uma engrenagem correspondente 312, de forma a ajustar (por ação do quarto motor de acionamento 460) a posição do correspondente elemento de suporte 315 em relação à travessa 310.
[0082] A Figura 7 representa esquematicamente os principais componentes eletrônicos da estrutura receptora 400.
[0083] O circuito de controle 480 mencionado acima compreende por exemplo um processador (por exemplo um microprocessador) e uma ou mais memória(s) que armazenam, em particular, instruções do programa computacional que aciona a implementação, pelo circuito de controle 480, dos métodos descritos abaixo quando estas instruções são executadas pelo processador.
[0084] Os dados de calibração para os dois módulos 350 podem ainda ser armazenados em uma das memórias acima mencionadas do circuito de controle 480.
[0085] Como variante, o circuito de controle 480 pode tomar a for ma de um circuito integrado de aplicação específica.
[0086] A estrutura receptora 400 também compreende um módulo de comunicação 490 ligado ao circuito de controle 480 e concebido para estabelecer um canal de comunicação com um outro dispositivo eletrônico (não representado), por exemplo um autorrefratômetro ou um refrator.
[0087] O módulo de comunicação 490 é, por exemplo, concebido para estabelecer uma ligação sem fios com o outro dispositivo eletrônico, aqui se conectando a uma rede local sem fios (ou WLAN) à qual o outro dispositivo eletrônico também está conectado. Como variante, o módulo de comunicação 490 pode estabelecer uma comunicação com o outro dispositivo eletrônico através de uma ligação com fios.
[0088] O circuito de controle 480 também está ligado aos primeiros motores de acionamento 420L, 420R, aos segundos motores de acionamento 430L, 430R, aos terceiros motores de acionamento 440L, 440R e aos quartos motores de acionamento 460L, 460R (sendo os motores de acionamento destinados a controlar o conjunto óptico associado ao olho esquerdo referenciados com a letra L como subscrito, enquanto que os motores de acionamento destinados a controlar o conjunto óptico associado ao olho direito são referenciados com a letra R como subscrito).
[0089] O circuito de controle 480 é finalmente ligado à tela 450 e à câmera 455, como já indicado.
[0090] Um uso exemplificativo do sistema que acabou de ser des crito é agora descrito.
[0091] O circuito de controle 480 recebe informação do ponto de ajuste proveniente do outro dispositivo eletrônico, através do canal de comunicação estabelecido pelo módulo de comunicação 490. Esta informação do ponto de ajuste compreende por exemplo, para cada olho, um ponto de ajuste da potência esférica S, um ponto de ajuste da potência cilíndrica C, um ponto de ajuste do ângulo de correção cilíndrica α, e um ponto de ajuste da semi-distância interpupilar PD.
[0092] Estes pontos de ajuste correspondem, por exemplo, a valo res (valores de ametropia e fisiológicos em particular) medidos no utilizador com o auxílio do outro dispositivo eletrônico (autorrefratômetro ou refrator).
[0093] Considera-se que os óculos de compensação visual 300 são então colocados na estrutura receptora 400, tal como representado na Figura 6.
[0094] O circuito de controle 480 comanda então os quartos moto res de acionamento 460L, 460R, de modo a colocar cada um dos conjuntos ópticos 350 perpendicular ao correspondente sistema de verificação da potência óptica (tela 350, câmera 355).
[0095] Para cada olho, o circuito de controle 480 comanda, por conseguinte, o primeiro motor de acionamento 420, o segundo motor de acionamento 430, o terceiro motor de acionamento 440, de forma a que o conjunto óptico 350 em causa gere uma correção óptica cujas características (potência esférica, potência cilíndrica, eixo de cilindro) cumpram com a informação do ponto de ajuste recebida para o olho em causa.
[0096] No exemplo aqui descrito, o circuito de controle 480 deter mina em cada instante as características de correção efetiva por meio da tela 450 e da câmera 455 (por análise das imagens da tela 450 que são formadas através do conjunto óptico 350 na câmera 455) e instrui a rotação do motor de acionamento 420, 430, 440 em causa até que o valor do ponto de ajuste seja obtido.
[0097] Como variante, o circuito de controle 480 pode ser concebi do para determinar, por processamento adequado da informação do ponto de ajuste recebida (usando em particular os dados de calibração mencionados acima), pontos de ajuste de posição para cada um dos membros de controle 354, 356, 352 do conjunto óptico 350, e comandar o primeiro motor de acionamento 420, o segundo motor de acionamento 430, o terceiro motor de acionamento 440, de modo a se atingir estes pontos de ajuste de posição respectivos.
[0098] Neste caso, pode se prever três estruturas de referência em cada conjunto óptico 350 (respectivamente para o ajuste da potência esférica, o ajuste da potência cilíndrica e o ajuste do eixo de cilindro), que são identificáveis por meio de sensores fixados de forma segura à estrutura receptora 400, de modo a verificar as características de correção óptica diretamente a partir dos motores de acionamento (devido ao fato da posição de cada membro de controle 352, 354, 356 ser conhecida na sua estrutura de referência acima mencionada).
[0099] Uma vez obtida a correção desejada para cada conjunto óptico 350, o circuito de controle 480 também comanda (para cada lado) o quarto motor de acionamento 460, de forma a definir a posição do conjunto óptico 350 em causa para a semi-distância interpupilar PD desejada (isto é, recebida como ponto de ajuste tal como indicado acima).
[00100] Os óculos de compensação visual 300 podem então ser removidos da estrutura receptora 400 e ser usados pelo utilizador, aqui para verificar a validade das medições feitas ao nível do outro dispositivo eletrônico.
[00101] A Figura 8 representa uma variante concebível para a produção de pelo menos um conjunto óptico dos óculos de compensação visual 300.
[00102] Um tal conjunto óptico compreende: - uma lente plano-cilíndrica convexa 502, de potência cilíndrica C0 ao longo do eixo óptico X, montada em uma primeira roda dentada 552 que pode rodar em torno do eixo óptico X; - uma lente plano-cilíndrica côncava 504, de potência cilíndrica negativa -C0 ao longo do eixo óptico X, montada em uma segunda roda dentada 554 que pode rodar em torno do eixo óptico X; e - uma lente 506 de potência esférica (ao longo do eixo óptico) SV que pode variar rodando uma terceira roda dentada 506 (cooperando a terceira roda dentada 506 por meio de um sistema do tipo parafuso-porca com um elemento para o controle do raio de uma membrana da lente 506, tal como explicado acima para a lente 200).
[00103] O valor absoluto (ou módulo), aqui C0, da potência cilíndrica (aqui -C0) da lente plano-cilíndrica côncava 504 é, por conseguinte, igual ao valor absoluto (C0) (ou módulo) da potência cilíndrica (C0) da lente plano-cilíndrica convexa 502.
[00104] Cada uma das três lentes 502, 504, 506 compreende uma primeira face plana, perpendicular ao eixo óptico X, e uma segunda face, oposta à primeira face e opticamente ativa: - a face opticamente ativa da lente 502 é cilíndrica convexa de formato (definindo o eixo Y1 do cilindro esta face que é perpendicular ao eixo óptico X); - a face opticamente ativa da lente 504 é cilíndrica côncava de formato (definindo o eixo Y2 do cilindro esta face que é perpendicular ao eixo óptico X); e - a face opticamente ativa da lente 506 de potência esférica variável SV é deformável e pode assim assumir um formato esférico convexo (tal como ilustrado a tracejado na Figura 8), um formato plano (tal como ilustrado por uma linha sólida na Figura 8), ou um formato esférico côncavo (tal como ilustrado pelo traçado misto na Figura 8).
[00105] A lente 506 de potência esférica variável SV é, por exemplo, uma lente do tipo descrito no documento EP 2 034 338. Uma tal lente compreende uma cavidade fechada por uma membrana deformável transparente e uma parede transparente plana móvel; a cavidade contém um líquido transparente de volume constante que está limitado, em maior ou menor grau, pela face móvel, para deformar a membrana que é assim uma superfície côncava esférica, ou uma superfície plana, ou uma superfície convexa esférica. Na lente usada, uma transforma-ção de movimento efetuada por um sistema de parafuso/porca torna possível assegurar a transformação de movimento de rotação e translação. Assim, uma rotação da roda dentada 556 aciona o elemento de controle acima mencionado em translação, provocando deste modo a deformação da membrana transparente tal como explicado, por exemplo, no documento acima mencionado EP 2 034 338. É assim possível variar a potência esférica SV continuamente por meio de ação mecânica na lente 506. No exemplo aqui descrito, a lente 506 tem uma distância focal variável entre -40 mm e 40 mm, isto é, uma potência esférica variável SV entre -25D e 25D (sendo D a dioptria, a unidade para medir a vergência, inversa da distância focal expressa em metros).
[00106] Para além disso, as lentes plano-cilíndricas 502, 504 têm, tal como já indicado, uma potência cilíndrica de -C0 e C0 respectivamente, aqui com C0 = 5D.
[00107] Rodando a roda dentada 552, o eixo Y1 do cilindro convexo formado na face opticamente ativa da lente plano-cilíndrica convexa 502 pode formar um ângulo variável α1 com um eixo de referência Y0 (fixo e perpendicular ao eixo óptico X).
[00108] Da mesma forma, rodando a roda dentada 554, o eixo Y2 do cilindro côncavo formado na face opticamente ativa da lente plano- cilíndrica côncava 4 pode formar um ângulo variável α2 com o eixo de referência Y0.
[00109] Calculando a vergência nos vários meridianos, são obtidas as seguintes fórmulas para a potência esférica S, a potência cilíndrica C e o ângulo de astigmatismo α do sistema formado pelos três elementos ópticos 502, 504, 506 que acabou de ser descrito:
Figure img0001
[00110] Note-se que o termo (-C/2) na fórmula 3 corresponde à po- tência esférica gerada pela resultante das duas lentes de potência cilíndrica 502, 504.
[00111] Em virtude da sua estrutura que exibe três rodas dentadas, um tal conjunto óptico pode cooperar facilmente (quando montado em óculos de compensação visual do tipo representado na Figura 4) com uma estrutura receptora 400 tal como descrita acima.
[00112] Controlando a posição rotacional da lente plano-cilíndrica convexa 502 (por meio do primeiro motor de acionamento 420) e a posição rotacional da lente plano-cilíndrica côncava 504 (por meio do terceiro motor de acionamento 440), independentemente uma da outra, tal como descrito a seguir, é possível variar independentemente cada um dos ângulos α1, α2 desde 0° até 360°, e assim obter uma potência cilíndrica C ajustável entre -2.C0 e 2.C0 (isto é, aqui entre -10D e 10D), e isto para qualquer ângulo de astigmatismo ajustável entre 0° e 360° obtido pelo controle simultâneo das duas lentes. Tal como indicado pela fórmula número 3, a resultante da potência esférica induzida pela resultante da orientação das duas lentes cilíndricas 502, 504 é compensada com o auxílio da lente esférica de potência variável 506.
[00113] Neste contexto, também se pode prever um mecanismo de sincronização entre as duas lentes cilíndricas 502, 504, para que estas rodem em sentidos opostos de um ângulo idêntico.
[00114] Para além disso, variando a potência esférica SV da lente esférica 6 (com o auxílio do segundo motor de acionamento 430), é possível ajustar a potência esférica S do sistema formado pelas três lentes 502, 504, 506.

Claims (12)

1. Aparelho de optometria (400) compreendendo um suporte (410),: pelo menos um elemento de transmissão (425; 435; 445), e pelo menos um motor (420; 430; 440) para acionar o elemento de transmissão (425; 435; 445), caracterizado pelo fato de que o suporte (410) é concebido para receber óculos de compensação visual (300), o suporte (410) incluindo um invólucro (402) dimensionado para acomodar os óculos de compensação visual (300), e aberturas (404) formadas em uma parede lateral do invólucro (402) para a passagem de hastes (320) dos óculos de compensação visual (300), e sendo que o elemento de transmissão (425; 435; 445) concebido para cooperar com um membro (352; 354; 356; 552; 554; 556) de ajuste de uma característica de correção óptica dos referidos óculos (300).
2. Aparelho de optometria, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que é concebido um módulo de comunicação (490) para receber um ponto de ajuste proveniente de um dispositivo eletrônico exterior, e no qual é concebido um módulo de controle (480) para controlar o motor de acionamento (420; 430; 440) em função do ponto de ajuste recebido.
3. Aparelho de optometria, de acordo a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que compreende uma tela (450) e um imageador (455) que são dispostos em cada um dos lados de uma região (402) de recepção dos óculos de compensação visual (300).
4. Aparelho de optometria, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que compreende um módulo (480) para análise de uma imagem da tela, gerada pelo imageador (455), e um módulo (480) para controlar o motor de acionamento (420; 430; 440) em função dos dados gerados pelo módulo de análise (480).
5. Conjunto compreendendo um aparelho de optometria (400) e óculos de compensação visual (300), compreendendo o aparelho de optometria (400) um suporte (410) para receber os referidos óculos de compensação visual (300), caracterizado pelo fato de que o suporte (410) inclui um invólucro (402) dimensionado para acomodar os óculos de compensação visual (300), e aberturas (404) formadas em uma parede lateral do invólucro (402) para a passagem de hastes (320) dos óculos de compensação visual (300), o aparelho de optome- tria (400) compreende pelo menos um elemento de transmissão (425; 435; 445) concebido para cooperar com um membro (352; 354; 356; 552; 554; 556) de ajuste de uma característica de correção óptica dos referidos óculos (300) e pelo menos um motor (420; 430; 440) para acionar o elemento de transmissão (425; 435; 445).
6. Conjunto, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que os óculos de compensação visual (300) compreendem pelo menos uma lente (350) com um eixo óptico e são concebidos para modificar, em caso de movimento do membro de ajuste (356; 556), uma potência esférica ao longo do eixo óptico, gerada pela referida lente (350).
7. Conjunto, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que os óculos de compensação visual (300) compreendem pelo menos uma lente (350) com um eixo óptico e são concebidos para modificar, em caso de movimento do membro de ajuste (352; 354; 552; 554), uma correção cilíndrica ao longo do eixo óptico, gerada pela referida lente (350).
8. Conjunto, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que os óculos de compensação visual (300) são concebidos para modificar, em caso de movimento do membro de ajuste (354), uma potência da referida correção cilíndrica.
9. Conjunto, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que os óculos de compensação visual (300) são concebi- dos para modificar, em caso de movimento do membro de ajuste (352), um eixo da referida correção cilíndrica.
10. Sistema compreendendo um aparelho de optometria (400), conforme definido na reivindicação 2, e o referido dispositivo eletrônico exterior, caracterizado pelo fato de que o referido dispositivo eletrônico exterior é um outro dispositivo de optometria.
11. Sistema, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que o outro dispositivo de optometria é um autorre- fratômetro ou um refrator.
12. Sistema, de acordo com qualquer uma das reivindicações 10 ou 11, caracterizado pelo fato de que o referido dispositivo eletrônico exterior determina o referido ponto de ajuste em função de uma medição de ametropia ou astigmatismo.
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