BR112016022958B1 - Método de montagem de pelo menos duas unidades, e de uma estrutura correspondente montada - Google Patents

Abstract

método de montagem de pelo menos duas unidades, e de uma estrutura correspondente montada. a invenção se refere a um método em que uma primeira unidade (10) é fornecida apresentando um campo de elementos de preensão (12), e uma segunda unidade (20) fornecida com meios de retenção (22) adequados para cooperar com os elementos de preensão (12) da primeira unidade (10) a fim de proporcionar um meio de fixação de autopreensão. a primeira e segunda unidade são colocadas em contato para os elementos de preensão (12) da primeira unidade e os meios de retenção (22) da segunda unidade fornecer uma fixação de autopreensão (f). uma zona de tratamento da fixação de autopreensão é tratada para deformar os elementos de preensão (12) da primeira unidade (10) e/ou os meios de retenção (22) da segunda unidade (20), em que a primeira e segunda unidade (10, 20) são presas entre si de forma permanente, formando uma estrutura montada.

Description

Campo da invenção

[001] A invenção se refere a um método de montagem de uma pluralidade de unidades.

Fundamentos da invenção

[002] Inúmeros produtos são obtidos pela montagem de uma pluralidade de unidades, objetivamente uma pluralidade de camadas ou folhas. Isto se aplica, em particular, às cintas geralmente formadas pelo uso do calor para unir duas tiras sólidas e contínuas que são separadas por uma camada de cabos de reforço.

[003] Qualquer que seja a aplicação, as várias unidades são posicionadas entre si antes de serem prendidas umas nas outras. Por esta razão, podem ocorrer diversos problemas. As unidades preposicionadas podem ser alternadas de forma não intencional, antes ou durante a montagem, diminuindo o processo de fabricação ou no produto fabricado com defeito e não rejeitado. Para piorar, a alternância não intencional de uma ou mais unidades é, por vezes, difícil de detectar durante sua fabricação, podendo ser perigoso para o usuário final.

[004] Em razão do supracitado, para atenuar os inconvenientes acima e executar o posicionamento das várias unidades antes e durante uma montagem segura, tem sido proposto utilizar meios de pré-montagem como prendedores sou grampos. Entretanto, eles podem ser de difícil remoção dificultando o reposicionamento em caso de erro. Além disso, os referidos meios podem levar a zonas de tensão localizadas no produto. Sua extração também pode ser inviável deixando impurezas no produto final.

[005] Em algumas aplicações, procura-se utilizar meios adesivos em pré-montagens, visto que eles são menos invasivos. Por exemplo, no campo das cintas, é conhecida a aplicação da composição adesiva nos cabos de reforço para manter as duas tiras posicionadas em suas duas laterais.

[006] Mesmo com os referidos meios, é ainda difícil, após a montagem, corrigir o posicionamento incorreto das unidades. Os meios adesivos podem ser de difícil fabricação, em razão de padrões e normas ambientais a serem observados. Além disso, eles têm a desvantagem de perder facilmente as propriedades de aderência ao longo do tempo, levando a condições de armazenamento deficientes.

Objetivo e sumário da invenção

[007] Um dos objetivos da presente invenção é propor um método que permite superar as desvantagens acima especificadas do estado da técnica.

[008] Este objetivo é atingido por um método que compreende a apresentação de uma primeira unidade que apresenta um campo de elementos de preensão, em particular ganchos, e uma segunda unidade fornecida com meios de retenção adequados para cooperar com os elementos de preensão da primeira unidade a fim de proporcionar uma fixação de autopreensão; a colocação da primeira e segunda unidade em contato para os elementos de preensão da primeira unidade e os meios de retenção da segunda unidade fornecer uma fixação de autopreensão; e o tratamento de uma zona de tratamento da fixação de autopreensão para deformar os elementos de preensão da primeira unidade e/ou os meios de retenção da segunda unidade, em que a primeira e segunda unidade são presas entre si de forma permanente, formando uma estrutura montada.

[009] No método da invenção, a primeira e segunda unidade são preposicionadas antes de serem presas entre si de forma permanente e com segurança pela fixação de autopreensão do tipo referido como “fechamento de contato” ou “fixador de toque”. A expressão “fixação de autopreensão” deve ser compreendida como uma conexão em que a primeira e segunda unidades ficam na posição estacionária entre si em pelo menos uma direção, em particular na direção tangencial e/ou direção ortogonal à superfície de junção entre as referidas unidades, cuja superfície de junção pode ser plana, ou curva, ou apresentar qualquer outro perfil correspondente.

[010] Em tais circunstâncias, em particilar quando a fixação de autopreensão mantém na posição estacionária a primeira e segunda unidade juntas na direção ortogonal à superfície de junção entre as duas unidades, isto só pode ser desfeito pela aplicação de uma força consideravelmente superior àquela aplicada nas duas unidades enquanto elas estão presas juntas.

[011] Neste sentido, a fixação de autopreensão torna possível, sem qualquer esforço, manter pelo menos duas unidades juntas temporariamente de modo eficaz.

[012] Quando necessário, isto também permite que elas fiquem separadas e reposicionadas repetidamente com facilidade, ao mesmo tempo que permanecem posicionadas até o fim com segurança ao serem prendidas uma na outra de forma permanente.

[013] O pré-posicionamento também pode ser executado sem o risco de danificar as unidades, sem ferramenta auxiliar ou meios de fixação necessários.

[014] Na presente invenção, um elemento de preensão pode apresentar qualquer forma correspondente para cooperar com um meio de retenção complementar formando um fechamento de autopreensão do tipo acima definido, que pode ser macho-macho, macho-fêmea ou híbrido.

[015] O elemento de preensão pode ser um gancho. O termo “gancho” deve ser compreendido como um elemento para ser enganchado (em particular, em uma malha ou fibra), e, em particular, um elemento formado por uma haste e uma porção de gancho sobreposta na referida haste e estendida a partir da sua lateral. Por isso, o elemento na forma de cogumelo, barbo, gancho com uma ou duas abas de preensão ou similares deve ser compreendido como um gancho no sentido da invenção.

[016] O elemento de preensão também pode ser na forma de uma simples haste.

[017] De maneira convencional, os elementos são agrupados para formar um campo. Na invenção, um “campo” de elementos deve ser compreendido por constituir uma pluralidade de elementos, objetivamente pelo menos 50 elementos, e, mais particularmente, pelo menos 200 elementos, que podem ser distribuídos de forma regular ou não.

[018] O tamanho dos elementos de preensão e o número de elementos por área unitária (densidade do campo das modalidades de preensão) pode variar consideravelmente. Por exemplo, os elementos de preensão podem apresentar um peso total medido ortogonalmente na superfície da base da qual eles se projetam, variando entre 0,5 mm e 1,5 mm. Preferivelmente, a densidade do campo está na faixa de 1 elemento por centímetro quadrado (cm2) a 2.000 elementos/cm2 e, preferivelmente, na faixa entre 10 elementos/cm2 e 1.200 elementos/cm2.

[019] Os meios de retenção da segunda unidade podem também apresentar uma ampla variedade de formas.

[020] Na presente invenção, os meios de retenção podem compreender um campo de elementos de preensão.

[021] Em outro exemplo, os meios de retenção compreendem fibras. Na presente invenção, o termo “fibra” deve ser compreendido como um elemento fino e alongado, contínuo ou descontínuo, e, em particular, uma fibra ou filamento. As fibras podem ser montadas de forma conjunta para formar um material não tecido. Elas também podem ser entretecidas. Além disso, podem ser montadas em forma de feixe formando fios entrelaçados. As fibras podem ser sintéticas (de carbono, arame ou vidro) ou naturais (de linho).

[022] Em um exemplo, a segunda unidade pode compreender uma camada de fibras não tecido que formam meios de retenção. Em uma variante, a segunda unidade também pode compreender um tecido têxtil disposto em um campo de malhas formando meios de retenção.

[023] Para garantir que a primeira e segunda unidades são prendidas entre si de forma permanente, a fixação de autopreensão é tratada em uma zona de tratamento para deformar os elementos de preensão da primeira unidade e/ou os meios de retenção da segunda unidade que estão situados na zona de tratamento.

[024] A fixação de autopreensão pode ser tratada de várias formas, que podem ser consideradas alternativas ou mesmo utilizadas em combinações. De forma não abrangente, o tratamento pode compreender a aplicação de pressão, vibração, fricção ou radiação na fixação de autopreensão e/ou a utilização de um tratamento químico com pelo menos um solvente e/ou tratamento térmico, isto é, com aquecimento de ultrassom (em particular, gerando uma vibração ultrassônica com um sonótrodo).

[025] Em uma implementação, o tratamento se dá quando, após serem deformados, os elementos de preensão ou os meios de retenção formam meios de reforço na estrutura montada.

[026] Na invenção, os meios de reforço de uma estrutura são os que conferem para a referida estrutura uma porção substancial (ex.: pelo menos 20%, preferencialmente pelo menos 30%, preferivelmente pelo menos 50%) da sua capacidade de suportar pelo menos um tipo de tensão, objetivamente um tensão mecânica (isto é, resistência à tração, resistência à compressão ou resistência ao cisalhamento), ou tensão térmica ou química.

[027] Em um exemplo específico, o tratamento ocorre quando, depois de serem deformados, os elementos de preensão ou os meios de retenção retêm uma forma geralmente inalterada.

[028] A expressão “geralmente inalterada” deve ser compreendida como a forma que, mesmo modificada em comparação à original em termos de dimensões ou estruturas, conserva as propriedades de retenção mecânica do elemento.

[029] Neste contexto, a fibra pode ter alteração de diâmetro, comprimento ou forma e continuar sendo um meio de retenção, especialmente uma fibra. Um gancho ou barbo pode ter a forma e/ou as dimensões modificadas (de preferência, as dimensões características do elemento, sua altura, largura e/ou espessura variando em até 20%, preferencialmente em até 10%, preferivelmente em até 5%, em relação aos seus valores iniciais), continuando a ser um elemento de preensão. Por exemplo, ao ser deformado, o gancho ou barbo pode virar uma haste.

[030] Em um exemplo, quando o tratamento é um tratamento de calor, a fixação de autopreensão é submetida a uma temperatura de funcionamento superior à primeira temperatura de fusão em um único elemento de preensão e meio de retenção.

[031] Em outro exemplo, a diferença entre as temperaturas de fusão nos elementos de preensão e meios de retenção pode ser pelo menos 5°C, preferencialmente pelo menos 10°C, ou, preferivelmente, por exemplo, pelo menos 20°C.

[032] Geralmente, a porção de um produto necessita ser reforçada para aprimorar sua capacidade de suportar a tensão mecânica, térmica ou química. Por exemplo, o reforço pode levar à inclusão dos meios de reforço no produto. As disposições supracitadas do método da invenção apresentam um produto a ser reforçado, que incorpora meios de retenção na forma de fibras ou elementos de preensão.

[033] Em razão da fixação de autopreensão inicial apresentada entre a primeira e segunda unidade, os meios de reforço são mantidos em sua posição antes e durante o tratamento. Seu posicionamento correspondente é mantido na estrutura final montada, garantindo um bom reforço. Quando os meios de reforço são compostos pelos elementos de preensão, deve-se ter cuidado, por exemplo, para os elementos não se inclinarem ou dobrarem durante o tratamento, visto que a referida ação compromete o efeito de reforço. Deve-se observar também que quando os meios de reforço são compostos por fibras, elas não devem se distanciar demais da unidade a ser reforçada ou que apresenta uma distribuição não uniforme.

[034] O método da invenção também pode ser utilizado na fabricação de um elemento compósito em que os meios de retenção da primeira e segunda unidade formam meios de reforço, e os meios de retenção da outra unidade formam uma matriz em que os referidos meios de reforço são embutidos.

[035] Em um exemplo, a zona de tratamento forma uma linha contínua.

[036] Por exemplo, ela se estende por um comprimento de pelo menos 1 centímetro (cm) e, preferencialmente, pelo menos 3 cm.

[037] Em outro exemplo, a zona de tratamento também pode ser descontínua e, especificamente, formada por uma série de pontos.

[038] A zona de tratamento representa, preferencialmente, pelo menos 50%, preferivelmente pelo menos 80%, em particular pelo menos 95% da extensão total da fixação de autopreensão.

[039] Em uma implementação particularmente preferida, a zona de tratamento cobre toda a fixação de autopreensão. Preferivelmente, ela cobre a área da superfície integral do campo dos elementos de preensão e/ou meios de retenção.

[040] Em outro exemplo, a fixação de autopreensão cobre pelo menos 50%, preferivelmente pelo menos 80% e, em particular, pelo menos 95% da extensão da zona de contato entre a primeira e segunda unidade.

[041] Em um exemplo, a primeira e segunda unidade podem ser tratadas além da fixação de autopreensão. Em particular, as unidades podem ser tratadas plenamente.

[042] Os elementos de preensão e/ou meios de retenção podem ser feitos de um material compósito ou polímero para fins de fusão, por serem elaborados com um material termoplástico ou um polímero a ser curado ou pós-curado.

[043] De forma não limitada, os elementos de preensão e/ou meios de retenção podem ser feitos com qualquer um dos seguintes materiais: polietileno, polipropileno ou outros homopolímeros de olefinas ou copolímeros, como etilenos ou olefinas-alfa, vendidos pela Affinity®, Engage® ou Exact®, ou poliolefinas semicristalinas da Vistamaxx® ou Versify®, ou os termoplásticos de elastômero das marcas Santoprène®, Sofprene® ou Thermoplast®; poliuretano de poliéster, poliéter ou tipo policarbonato, em particular poliésteres, como tereftalato de polietileno (PET), tereftalato de polibutileno (PBT), tereftalato de politrimetileno (PTT), copolímero PET (PETG), poli(épsilon-caprolactona) (PCL), ácido poliláctico (PLA), copolímeros à base de poliéster, como Hytrel® e Arnitel®; poliamidas (PA), como PA6, PA6 . 6, PA11 e PA12, copolímeros à base de poliamida, como Pebax® e Vestamid®, homopolímero ou copolímero-polioximetileno (POM), e ligas contendo pelo menos um dos polímeros supraespecificados.

[044] Em um exemplo, os elementos de preensão e/ou meios de retenção incluir partículas de metal, geralmente embutidas no material termoplástico que as constitui. Durante o tratamento de calor, as partículas de metal, especificamente, fazem a fixação de autopreensão no local ser aquecida de forma mais rápida e uniforme aprimorando seu tratamento, isto é, pelo aquecimento indutivo.

[045] O método da invenção também pode ser utilizado na montagem conjunta de mais de duas unidades. Em uma implementação, o método compreende a apresentação de uma terceira unidade compreendendo um campo de elementos de preensão destinado a cooperar com os meios de retenção da segunda unidade para produzir a fixação de autopreensão; colocação da segunda e terceira unidades em contato mútuo para a segunda unidade ser disposta entre a primeira e terceira unidades, e os elementos de preensão da terceira unidade e os meios de retenção da segunda unidade apresentam uma segunda fixação de autopreensão; e o tratamento de uma zona de tratamento da segunda fixação de autopreensão para deformar os elementos de preensão da terceira unidade e/ou os meios de retenção da segunda unidade, nos quais a segunda e terceira unidades são prendidas entre si de forma permanente.

[046] Preferivelmente, as fixações de autopreensão dispostas entre a segunda unidade e a primeira e terceira unidades, respectivamente, são tratadas de forma simultânea em uma única etapa de tratamento.

[047] Em uma implementação específica, antes do tratamento, os elementos de preensão da primeira unidade e os elementos de preensão da terceira unidade são dispostos em cooperação, e os meios de retenção da segunda unidade ficam entre os referidos elementos de preensão.

[048] Em um exemplo, as unidades são montadas de forma contínua em uma linha de produção.

[049] Nestas circunstâncias, e para fins de exemplo, a primeira e segunda unidades formam tiras respectivas que se estendem longitudinalmente, a primeira e segunda unidade são sobrepostas de forma contínua (alinhada) na direção longitudinal em pelo menos uma zona de contato em que o elemento de preensão da primeira unidade e os meios de retenção da segunda unidade apresentam uma fixação de autopreensão, e a referida fixação de autopreensão é tratada de forma contínua (alinhada) na direção longitudinal em pelo menos uma zona de tratamento. A zona de tratamento pode ser contínua ou descontínua. Por exemplo, o tratamento pode ser realizado por uma roda que executa um contato contínuo (quando a zona de tratamento compreende pelo menos uma tira contínua), ou um ponto de contato (quando a zona de tratamento compreende uma pluralidade de zonas distintas que são espaçadas na direção longitudinal).

[050] O método da invenção pode apresentar várias aplicações, especialmente na área da higiene.

[051] Em uma utilização exemplificada, o método pode ser utilizado para fabricar um suporte com gancho para fraldas.

[052] Nestas circunstâncias, objetivamente, a primeira unidade apresenta um campo de ganchos e a segunda unidade é um material não tecido, a primeira e segunda unidades são sobrepostas em pelo menos uma zona de contato em que os ganchos da primeira unidade e as fibras da segunda unidade produzem uma fixação de autopreensão, ao mesmo tempo que nas extremidades opostas da zona de contato são preservadas uma porção livre da primeira unidade com ganchos e uma porção livre da segunda unidade, com a fixação de autopreensão sendo processada para manter unidas a primeira e segunda unidades.

[053] Além do supracitado, deve-se observar que a expressão “porção livre de uma unidade” é utilizada para indicar uma porção que não entra em contato com a outra entre a primeira e segunda porções, além de ter meios de retenção geralmente (mas não necessariamente) operacionais, isto é, correspondentes na cooperação com outros meios para formar uma fixação de autopreensão.

[054] Em um segundo exemplo de utilização, o método da invenção pode ser utilizado para reforçar uma base, em particular uma folha ou elemento compósito, por pelo menos um elemento de reforço tipo ilhó, em um local do orifício da referida base. Nas referidas circunstâncias, o inserto de reforço é composto, geralmente, pela primeira unidade e a base forma a segunda unidade.

[055] A expressão “local do orifício” é utilizada para indicar o local em que a base é perfurada ou onde ela será perfurada.

[056] A invenção também apresenta uma estrutura que compreende pelo menos uma primeira camada incluindo um meio de retenção na fixação de autopreensão e pelo menos uma segunda camada cooperando com a primeira camada em pelo menos uma zona de montagem em que são retidos os meios de retenção, em que a primeira e segunda camadas são prendidas entre si de forma permanente.

[057] Os meios de retenção podem compreender fibras. Objetivamente, as referidas camadas podem ser compostas por uma folha de tecido ou fibras de não tecido.

[058] Em outro exemplo, os meios de retenção são elementos de preensão, em particular ganchos. Por exemplo, a primeira camada compreende uma base com pelo menos uma face que apresenta um campo de elementos de preensão que se projetam dela.

[059] Em um exemplo, a estrutura da invenção pode ser um suporte com gancho para fraldas. O suporte com gancho compreende uma camada na base disposta com uma pluralidade de ganchos e uma camada de fibra, geralmente uma camada de fibra de não tecido, que se interconectam em uma zona de montagem.

[060] Em mais um exemplo, a estrutura da invenção compreende uma base e um inserto de reforço que apresenta um orifício preso em local na referida base do orifício.

[061] Geralmente, o orifício no inserto é disposto de frente para o local do orifício na base.

[062] Por exemplo, a base pode ser uma folha, objetivamente em lona, composta por uma camada de material não tecido, ou mesmo um elemento compósito, como o painel de controle interno de um veículo.

[063] Além do supracitado, a invenção descreve diversas implementações. Entretanto, exceto especificado em contrário, as características descritas com referência a qualquer implementação podem ser aplicadas em outra implementação.

Breve descrição dos desenhos

[064] A invenção pode ser mais bem compreendida, bem como suas vantagens, a partir da leitura da descrição detalhada das várias implementações mostradas como exemplos não limitativos. Ela se refere às seguintes figuras anexadas:

[065] - Figura 1 é uma vista perspectiva que mostra duas unidades a serem montadas pela primeira implementação do método da invenção;

[066] - Figura 2A é uma vista lateral das duas unidades da Figura 1, antes de serem postas em contato;

[067] - Figura 2B é uma vista lateral das duas unidades da Figura 1, interconectadas por uma fixação de autopreensão;

[068] - Figura 2C é uma vista lateral da estrutura oriunda da montagem final da primeira e segunda unidade da Figura 1;

[069] - Figura 3 é um diagrama que mostra a zona de tratamento da fixação de autopreensão da Figura 2B;

[070] - Figuras 4A a 4C mostram distribuições na variante do tratamento da fixação de autopreensão da Figura 2B;

[071] - Figura 5A é uma seção que mostra três unidades a serem montadas pela segunda implementação do método da invenção, a unidade é mostrada antes de ser posta em contato;

[072] - Figura 5B é uma seção que mostra as três unidades da Figura 5A, interconectadas por uma fixação de autopreensão;

[073] - Figura 5C é uma seção da estrutura oriunda da montagem final das três unidades da Figura 5A ;

[074] - Figura 6 mostra uma variante da segunda implementação do método da invenção;

[075] - Figuras 7A a 7C mostram as etapas sucessivas na terceira implementação do método da invenção;

[076] - Figura 8 mostra a primeira variante da terceira implementação do método da invenção;

[077] - Figura 9 mostra a segunda variante da terceira implementação do método da invenção;

[078] - Figura 10 é uma vista geral de uma fralda utilizada normalmente;

[079] - Figura 11 mostra uma linha de fabricação do suporte com gancho para fraldas com a implementação do método da invenção;

[080] - Figuras 12A e 12B são, respectivamente, seções em XIIA-XIIA e XIIB-XIIB na Figura 11;

[081] - Figura 13 mostra uma base a ser reforçada localmente por um inserto de reforço;

[082] - Figuras 14A a 14D são seções de XIV da Figura 13 que mostram as várias etapas de montagem do inserto de reforço;

[083] - Figuras 15A e 15B mostram a implementação de uma variante do método de montagem das Figuras 13 e 14A a 14D ; e

[084] - Figura 16 mostra uma variante do método de reforço das Figuras 13 e 14A a 14D.

Descrição detalhada da implementação

[085] Figuras 1 a 3 mostram a forma pela qual uma estrutura 100A (ver Figura 2C) é feita com a montagem de uma primeira unidade 10 e segunda unidade 20 na primeira implementação do método da invenção.

[086] A primeira unidade 10 é feita de um primeiro material termoplástico Ml, que se funde em uma temperatura Tl, especialmente um polímero curável, como polietileno, em que Tl é igual a 120°C. No exemplo específico das Figuras 1 a 3, o primeiro material Ml também contém uma pluralidade de partículas de metal 40 que executam uma função detalhada abaixo na invenção.

[087] Como mostra a Figura 1, a primeira unidade 10 compreende uma base 11 definida por duas superfícies principais 11a e 11b, cujas superfícies exemplificadas são retangulares, substancialmente planas e paralelas, com comprimento Ll e largura lI.

[088] Uma pluralidade de elementos de preensão 12 se projeta de uma das superfícies principais 11a (referida abaixo como a superfície de “junção”), formando um campo 13 dos elementos de preensão. Por exemplo, os elementos de preensão 12 podem ser moldados por injeção com a base 11. Desta forma, integram a base 11, ou seja, eles formam uma única peça nela, sem interface ou descontinuidade, especialmente no microscópio, onde se juntam à base 11.

[089] Neste exemplo, os elementos de preensão 12 são ganchos, cada um deles compreende uma haste 14 projetada da superfície de junção em uma direção que é substancialmente ortogonal à referida superfície, e uma porção de preensão 15 sobreposta à referida haste 14 com duas abas de preensão estendidas lateralmente da haste em seus dois lados.

[090] No exemplo, o campo 13 dos ganchos se estende pela largura integral l1 e o comprimento integral L1 da base 11. Obviamente, esta distribuição pode ser muito diferente dependendo da aplicação destinada. Os elementos de preensão podem cobrir somente uma porção da superfície da primeira unidade da qual se projetam, ou seja, pelo menos 95%, ou até menos de 5%.

[091] Os elementos de preensão 12 apresentam vantajosamente uma altura total medida no sentido ortogonal à superfície 11a da base 11 variando na faixa entre 0,1 e 5 mm, e a densidade do campo está na faixa entre 1 e 2.000 elementos/cm2.

[092] A segunda unidade 20 é feita de um segundo material termoplástico M2, que se funde em uma temperatura T2 superior à Tl, particularmente um polímero, como a poliamida, em que T2 é igual a 260°C.

[093] A segunda unidade 20 apresenta uma estrutura que é muito semelhante àquela da primeira unidade 10, não sendo detalhada abaixo. Da mesma forma, ela compreende uma base 21 definida pelas duas superfícies 21a e 21b que, neste exemplo, são substancialmente planas e retangulares, com comprimento L2 (idêntico ao Ll, no exemplo) e largura l2 (idêntica à l1, no exemplo).

[094] Como mostra a Figura 1, a segunda unidade 20 tem meios de retenção 22 adaptados para cooperar com os elementos de preensão 12 da primeira unidade 10.

[095] No exemplo, os meios de retenção 22 são elementos de preensão complementares aos ganchos 12, particularmente em ganchos com a mesma forma, formando um campo 23 de ganchos.

[096] Neste exemplo, o campo 23 de ganchos da segunda unidade 20 ocupa somente uma fração da superfície de junção 21a da qual ele se projeta.

[097] Durante a montagem, como mostra a Figura 2A, a primeira e segunda unidades 10, 20 são posicionadas de modo que suas respectivas superfícies de junção 11a e 21a dão uma de frente para a outra.

[098] Como mostra a Figura 2B, a primeira e segunda unidade 10 e 20 entram em contato em sua posição correspondente.

[099] Nas Figuras 2B e 3, objetivamente, a referência C indica a zona de contato entre a primeira e segunda unidade 10 e 20. Na zona de contato C, os campos 13 e 23 dos ganchos da primeira e segunda unidade 10 e 20 ficam um de frente para o outro em pelo menos uma zona determinada, em que eles conferem uma fixação de autopreensão, com a referência F, advinda da cooperação entre seus elementos de 12 e 22.

[0100] Neste estado, a referida fixação de autopreensão F mantém a entre si a primeira e segunda unidade 10 e 20 na posição estacionária e na direção ortogonal as suas superfícies de junção 11a e 21a, bem como nas direções tangenciais àquelas superfícies. Entretanto, elas não ficam posicionadas de forma permanente sendo fácil separar as duas unidades 10 e 20 no caso de serem reposicionadas.

[0101] Por último, como mostra a Figura 2C, a fixação de autopreensão F é tratada em uma zona de tratamento (denominada Z e representada por pontos, Figura 3) que corresponde, no exemplo, à zona integral da fixação de preensão F, para manter a primeira e segunda unidade 10 e 20 juntas de forma permanente.

[0102] Entretanto, o referido exemplo não é limitativo. Em algumas circunstâncias, a zona de tratamento Z pode, em alguns casos, cobrir apenas uma fração da fixação de autopreensão F. No exemplo da Figura 4A, a zona de tratamento Z tem a forma de uma tira que se estende somente por uma fração do comprimento da fixação de autopreensão F, porém ela cobre a inteireza da primeira e segunda unidade 10, 20 ao longo de uma linha contínua, estendendo-se, neste exemplo, na direção da largura. Nos exemplos das Figuras 4B e 4C, a zona de tratamento Z compreende uma pluralidade de tiras que se estendem paralelamente umas às outras ou formam uma grade. Em outras variantes, a zona de tratamento também pode ser na forma de uma pluralidade de pontos ou seu equivalente.

[0103] No exemplo das Figuras 1 a 3, a zona de tratamento Z é submetida à temperatura T superior à Tl, porém inferior à T2, deformando a primeira unidade na referida zona.

[0104] As partículas de metal 40, que podem ser opcionais, neste exemplo, garantem o aumento rápido e uniforme da temperatura no primeiro material.

[0105] Como mostra a Figura 2C, a base 11 e os ganchos 12 do primeiro elemento 10 se fundem para cobrir os ganchos 22 da segunda unidade 20 que permaneceram intactos (por não deformarem).

[0106] Para garantir a eficácia do tratamento, e eliminar a deformação dos ganchos 22 na segunda unidade, a diferença entre as respectivas temperaturas de fusão Tl e T2 do primeiro e segundo material Ml e M2 deve ser superior a 5°C, preferivelmente superior a 10°C, e, objetivamente, superior a 20°C.

[0107] A estrutura montada obtida 100A é um único bloco que compreende uma primeira camada 51, incluindo os meios de retenção na fixação de autopreensão, especificamente os ganchos 22, e uma segunda camada 52 que coopera com a primeira camada 51 em pelo menos uma zona de montagem 55 retendo os meios de retenção 22, nos quais a primeira e segunda camada 51 e 52 são prendidas entre si de forma permanente.

[0108] A estrutura 100A forma um elemento compósito com uma matriz formada pelo material da segunda camada (oriunda da deformação da primeira unidade) e os meios de reforço são formados pelos elementos de preensão da primeira camada 51, aprimorando, objetivamente, o cisalhamento e/ou a resistência à tração da estrutura.

[0109] Em uma variante, deve-se observar que a temperatura de fusão da primeira unidade também pode ser superior à temperatura de fusão da segunda unidade.

[0110] Figuras 5A a 5C mostram uma estrutura 100B (ver a figura) que é feita pela montagem com a primeira unidade 10, a segunda unidade 20 e a terceira unidade 30 na segunda implementação da invenção.

[0111] Como mostra a Figura 5A, a primeira unidade 10 é similar àquela descrita com referência à Figura 1, em particular. Por isso, ela não é descrita novamente.

[0112] Neste exemplo, a segunda unidade 20 é composta por uma camada de material não tecido, elaborado com um material termoplástico que se funde na temperatura T2, superior à Tl. Os meios de retenção 22 da segunda unidade 20, que são adaptados para cooperar com os ganchos 12 da primeira unidade 10, são formados pelas fibras entrecruzadas compondo o material não tecido.

[0113] O material não tecido é feito de uma pluralidade de fibras que são unidas formando uma folha. As fibras podem ser unidas de forma mecânica, química ou térmica. Os três tipos principais de material não tecido são os seguintes: não tecidos em disposição seca (tela cardada termosselada - tela termosselada exposta ao ar - em tecido trançado - tecido ventilado - tela cardada puncionada, etc.); não tecidos em disposição úmida; e não tecidos termofundidos (termossoldados, fundidos e soprados ou sua combinação (SM, SMS, SMMS, SSMMS, ...), eletrofiados, tecidos fibrilados por fusão, filamento por solvente, ...).

[0114] A terceira unidade 30 é composta de um material de polímero fundível que, neste exemplo, é idêntico ao material Ml que compõe a primeira unidade 10.

[0115] Da mesma forma, sua estrutura é similar àquela da primeira unidade 10. Ela compreende uma base 31 definida por duas superfícies substancialmente planas e paralelas 31a e 31b com uma pluralidade de elementos de preensão 32 adaptados para cooperar com os meios de retenção 22 da segunda unidade 20. No exemplo, os elementos de preensão 32 formam um campo 33 de ganchos que se projetam de uma das superfícies 31a da base 31 (referidas a seguir como a superfície de “junção”).

[0116] Durante a montagem, como mostra a Figura 5B, a primeira e segunda unidade 10 e 20 são postas em contato na posição visada. As fibras 22 da segunda unidade cooperam com os ganchos 12 da primeira unidade 10 conferindo a primeira fixação de autopreensão Fl.

[0117] Da mesma forma, a segunda unidade 20 e a terceira unidade 30 são postas em contato na posição visada. As fibras 22 da segunda unidade 2 cooperam com os ganchos 12 da terceira unidade 30 conferindo a segunda fixação de autopreensão F2.

[0118] Com as fixações de autopreensão Fl e F2, todas as três unidades 10, 20 e 30 são posicionadas entre si. Quando na posição incorreta, elas podem se soltar com facilidade e ser reposicionadas, o que pode ser feito inúmeras vezes sem danificá-las.

[0119] No exemplo, as três unidades supracitadas 10, 20 e 30 são montadas de forma permanente pelo tratamento de calor, que consiste em submeter o empilhamento à temperatura T, que é inferior à T2, porém superior à Tl.

[0120] Sob o efeito do calor, a primeira e terceira unidade 10 e 30 deformam e se interligam retendo as fibras 22 do material não tecido, cujas próprias fibras permanecem substancialmente intactas, com a primeira, segunda e terceira unidade prendidas entre si de forma permanente.

[0121] Como mostra a Figura 5C, a estrutura montada obtida 100B é uma unidade compósita que compreende a primeira camada 51, incluindo meios de retenção que são utilizados na fixação de autopreensão, especificamente as fibras 22, e a segunda camada 52 produzida pela deformação da primeira e terceira unidade, cooperando com a primeira camada 51 em pelo menos uma zona de montagem retendo os meios de retenção 22, em que a primeira e segunda camada 51 e 52 são prendidas entre si de forma permanente.

[0122] As fibras 22 formam meios de reforço na estrutura montada 100B, aumentando sua rigidez e resistência à tração, além de não separar a primeira e terceira unidade 10 e 30. Em uma implementação variante mostrada na Figura 6, o posicionamento das três unidades 10, 20 e 30 pode ser ainda mais seguro com os ganchos 12 da primeira unidade 10 e os ganchos da terceira unidade 30 em cooperação mútua antes de serem aplicados ao tratamento de calor.

[0123] Como se observa acima, o método da invenção tem a vantagem de ser utilizado para formar uma estrutura reforçada. Uma terceira implementação do método da invenção ilustra o referido uso mostrado nos diagramas das Figuras 7A a 7C.

[0124] Neste exemplo, a primeira unidade 10 a ser reforçada é feita de um material de polímero que se funde na temperatura Tl, sendo substancialmente idêntico a primeira unidade supradescrita com referência específica à Figura 1.

[0125] A segunda unidade 20 que é formada por uma camada de material não tecido composto de fibras entrecruzadas 22 (ver a figura 7A) é posta em contato com a superfície de junção 11a da primeira unidade 10 da qual se projetam seus elementos de preensão 12, e as referidas fibras 22 cooperam com os ganchos 12 da primeira unidade 10 conferindo uma fixação de autopreensão F.

[0126] Nesta posição, como mostra a Figura 7B, a camada de material não tecido é mantida na posição estacionária em relação à primeira unidade nas direções que são tangenciais à superfície de junção 11a e em sua direção ortogonal.

[0127] Em seguida, a fixação de preensão F é submetida à temperatura T que é superior à T1, porém inferior à T2, isto é, obtida com o uso de um sonótrodo para gerar vibração ultrassônica. Nesta posição, a base 11 e os ganchos 12 da primeira unidade se fundem cobrindo as fibras 22 do material não tecido, cujas fibras permanecem substancialmente intactas.

[0128] A primeira e segunda unidade 10 e 20 compõem uma única estrutura montada 100C na forma do compósito, como mostra a Figura 7C, compreendendo uma camada formando uma matriz 52 que deforma a primeira unidade, contendo os meios de retenção na fixação de autopreensão, especificamente as fibras 22.

[0129] Em uma primeira variante da terceira implementação mostrada na Figura 8, a primeira unidade 10 é composta de um material fundível em uma temperatura T2 superior à temperatura de fusão Tl da segunda unidade 20.

[0130] Quando a fixação de autopreensão F executada entre as duas unidades é tratada em sujeição à temperatura intermediária, superior à Tl, porém inferior à T2, as fibras 22 se fundem e cobrem os ganchos 12 permanecendo intactas.

[0131] A primeira e segunda unidade 10 e 20 compõem uma única estrutura 100D na forma de um compósito compreendendo uma matriz (produzida pela deformação da segunda unidade 20) reforçada pelos ganchos 12 da primeira unidade 10.

[0132] Na implementação da segunda variante mostrada na Figura 9, a fixação de autopreensão F é tratada em sujeição a uma temperatura superior às temperaturas de fusão da primeira e segunda unidade 10 e 20.

[0133] Nestas circunstâncias, sob o efeito da temperatura elevada, os ganchos 12 se fundem mantendo, mesmo assim, uma forma substancial e geralmente cilíndrica.

[0134] As fibras 22 se fundem e cobrem os ganchos deformados 12'.

[0135] Além do supracitado, o método da invenção apresenta uma ampla variedade de aplicações em inúmeros campos. Seguem abaixo exemplos não limitativos.

[0136] Por exemplo, o método da invenção tem a vantagem de ser utilizado no campo da higiene, especialmente na fabricação de um suporte com gancho para fraldas.

[0137] O método da invenção também pode ser utilizado nos campos automotivo e da aviação, especialmente para fixar revestimento de portas, painéis de teto ou coberturas.

[0138] Figuras 10, 11, 12A e 12B mostram uma aplicação específica do método da invenção na fabricação de suportes com ganchos para fraldas.

[0139] A fralda 60, do tipo mostrado na Figura 10, compreende o seguinte:

[0140] - uma porção principal ou de calça 62 com uma face interna que entra em contato com a pele do bebê e que apresenta uma porção interna absorvente e uma porção externa à prova d’água;

[0141] - uma tira frontal 64 centralizada no plano de simetria P da fralda, ajustada na frente da porção da calça 62 e disposta em suas fibras de superfície externa 65, objetivamente fitas, que cooperam com ganchos de autopreensão;

[0142] - duas abas 66, que são geralmente elásticas, prendidas na porção posterior da calça 62 (em qualquer lado do plano de simetria P da fralda 60); e

[0143] - dois suportes de ganchos 100F' que apresentam ganchos de autopreensão para cooperar com as fitas da tira frontal e fechar a fralda 60 (como mostra a Figura 10), cada suporte do gancho 100F' é prendido em uma das respectivas abas 66.

[0144] Como mostra a Figura 10, o suporte do gancho 100F' compreende, geralmente, uma porção de suporte 72 compreendendo fibras (de material não tecido) que é prendida nas abas 66 (por soldagem térmica), e uma porção de fixador 74 disposta na face frontal com ganchos de autopreensão 12 para cooperar com as fibras que formam fitas na tira frontal 64 da fralda 60 e fechar a referida fralda.

[0145] Normalmente, as duas porções 10 e 20 podem ser montadas ao prender a face posterior de uma fita sem os ganchos em uma fita não tecido pela soldagem térmica ou adesiva. Entretanto, os referidos métodos têm a desvantagem de depender de meios que guiam a fita, de forma precisa e segura, para garantir seu posicionamento correto, antes da soldagem térmica ou do uso de um adesivo. Além disso, a resistência à tração dos suportes dos ganchos, obtida da forma supracitada, é, às vezes, insuficiente fazendo o suporte e as porções do fixador ficarem soltas ou separadas.

[0146] O método de montagem da invenção soluciona os problemas supracitados.

[0147] Figura 11 apresenta o método aplicado na linha de fabricação dos suportes de ganchos.

[0148] Neste exemplo, a primeira unidade 10 tem a forma de uma fita com um prendedor de 11 cm de largura, estendida na direção longitudinal XI, que apresenta a face de uma junção 11a coberta em um campo 13 de ganchos, e uma segunda unidade 20 composta por uma fita de suporte de material não tecido com 12 cm de largura, que se estende na direção longitudinal X2.

[0149] Em uma primeira etapa representada pelo segmento da referência Tl na Figura 11, a primeira e segunda fita 10 e 20 são dispostas entre si de forma paralela e continuamente sobprepostas na direção mecânica ou longitudinal X em uma zona de contato C com largura de 1 cm, a fita de suporte cobre parte da face de junção 11a na fita de fixação 10.

[0150] Na zona de contato C, os ganchos 12 da fita de fixação 10 e as fibras 22 da fita de suporte 20 conferem a fixação de autopreensão F. Neste exemplo, a fixação F se estende pela referida zona de contato C integral.

[0151] As duas fitas 10 e 20 ficam sobrepostas para ser preservada a porção livre 18 da fita de fixação 10 que suporta os ganchos 12 e a porção livre 28 da fita de suporte 20 nos dois lados da zona de contato C.

[0152] Figura 12A mostra a primeira e segunda unidade 10 e 20 na extremidade da primeira etapa. As duas fitas 10 e 20 são mantidas e posicionadas entre si pela fixação de autopreensão F, não sendo necessários meios guiadores e de retenção adicionais.

[0153] Na segunda etapa ilustrada pelo segmento T2, a fixação de autopreensão F é tratada continuamente na direção X da máquina.

[0154] Neste exemplo, a zona de tratamento Z se estende pela zona integral de contato C, e o tratamento é realizado pela roda M, objetivamente uma roda aquecedora, que aplica pressão contra as duas fitas 10 e 20 para deformar os ganchos 12 da fita de fixação 10 e/ou as fibras 22 da fita de suporte 20 a ser prendida uma na outra.

[0155] Além disso, o tratamento também pode ser feito sem a aplicação do calor, aplicando-se somente a pressão, ou mesmo só com o calor, ainda que remoto, ou com qualquer outro tratamento correspondente.

[0156] Dependendo dos materiais selecionados para formar a fita de fixação 10 e a fita de suporte 20, bem como das condições de tratamento (temperatura, pressão aplicada, etc.), o tratamento pode corresponder a qualquer um dos exemplos supradescritos, particularmente com referência às Figuras 7 A a 7C, 8 e 9. Em razão disso, não serão repetidas as características descritas com referência aos exemplos acima.

[0157] Para não haver danificação dos ganchos 12 na porção livre 18 da fita de fixação 10, o método é, preferivelmente, executado da forma descrita com referência à Figura 8. Em outras palavras: a fita de fixação 10 é feita de um material fundível em uma temperatura T2 superior à temperatura de fusão Tl da fita de suporte 20. A fixação de autopreensão F realizada entre as duas fitas 10 e 20 é tratada em sujeição à temperatura intermediária que é superior à Tl, porém inferior à T2, e as fibras 22 se fundem e cobrem os ganchos 12 que permanecem intactos.

[0158] A estrutura montada obtida 100F é mostrada na Figura 12B. Ela apresenta uma primeira camada 51 constituída pela fita de fixação 10 compreendendo meios de retenção na fixação de autopreensão (especificamente, os ganchos intactos 12 da fita de fixação 10), e uma segunda camada 52 produzida pela deformação local da fita de suporte 20, cobrindo os meios de retenção 12 em uma zona de montagem 55 que corresponde à zona de tratamento, para manter os meios de retenção e prender as referidas camadas entre si.

[0159] Em uma terceira etapa ilustrada no segmento T3, a estrutura montada 100F é cortada ao longo da direção Y que se estende substancialmente de forma transversal em relação à direção X da máquina, formando uma pluralidade de suportes de ganchos 100F' das fraldas.

[0160] O suporte de gancho 100F' na forma obtida equivale à estrutura montada supracitada 100F, formando um fragmento. Ela compreende o seguinte:

[0161] - uma porção de fixação 74 (formada pela porção livre 18 da fita de fixação 10) compreendendo uma base plana definida substancialmente por duas faces principais, uma face frontal e uma face posterior, e os ganchos 12 se projetam da face frontal da referida base;

[0162] - uma porção de suporte 72 feita de material não tecido (formado pela porção livre 28 da fita de suporte) situada no lado frontal da base e estendida em um plano que intersecta os ganchos 12; e

[0163] - entre a porção de fixação e a porção de suporte (em um plano que intersecta o material não tecido e os ganchos), zona de montagem.

[0164] Figuras 13 a 16 mostram outra aplicação específica do método da invenção para fabricar uma estrutura montada compreendendo uma base, em particular uma folha ou material compósito, que é reforçada na proximidade do local do orifício.

[0165] A folha ou lona apresenta, com frequência, orifícios que recebem os meios de fixação, como cintas elásticas, elásticos ou similares.

[0166] Geralmente, a folha é reforçada na proximidade dos orifícios por insertos de reforço quase sempre ocos e anulares tipo ilhós. Os ilhoses são prendidos por uma braçadeira, o que deforma o local da folha e leva à perda de resistência.

[0167] Em outras aplicações, é também necessário fazer ofícios nos elementos compósitos para prendê-los no suporte, o que pode danificar ou fragilizar os referidos elementos no local.

[0168] O método de montagem da invenção é uma solução vantajosa para solucionar o problema supracitado.

[0169] Figura 13 mostra uma primeira unidade 10 na forma de um inserto de reforço e uma segunda unidade 20 formada por uma folha de fibras, neste exemplo, um material não tecido.

[0170] O inserto de reforço 10 se destina a prender a folha 20 no local 26 do orifício, como mostra o diagrama da Figura 13, isto é, no local 26 da folha 20 que já tem um orifício, ou no qual ele será feito (sendo o mais comum, descrito no presente exemplo).

[0171] No exemplo mostrado, o inserto de reforço 10 é, geralmente, na forma cilíndrica com um eixo A principal e define um furo central 16.

[0172] O inserto de reforço 10 apresenta pelo menos uma superfície de junção 11a que se estende substancial e ortogonalmente ao eixo A principal apresentando um campo de elementos de preensão 12 estendidos dele e que cooperam com as fibras 22 da folha 20 para produzir uma fixação de autopreensão F.

[0173] No exemplo da Figura 12, a superfície de junção 11a é uma face da extremidade axial do inserto 10.

[0174] Objetivamente, os elementos de preensão 12 são distribuídos por toda a referida face da extremidade 11a.

[0175] A forma pela qual o inserto de reforço 10 é montado na folha 20 é mais bem detalhada nas Figuras 14A a 14D.

[0176] Na primeira etapa mostrada nas Figuras 14A e 14B, o inserto de reforço 10 entra em contato com a folha 20 e os elementos de preensão 12 projetados da sua superfície de junção 11a cooperam com as fibras 22 da folha 20 para produzir uma fixação de autopreensão F. O orifício 16 é disposto substancialmente na forma que corresponde ao local 26 do orifício.

[0177] Na segunda etapa mostrada na Figura 14C, é tratada a fixação de autopreensão F. Dependendo dos materiais selecionados para formar a folha 20 e os elementos de preensão 12 do inserto de reforço 10, e também das condições de tratamento (temperatura, pressão aplicada, etc.), o tratamento pode corresponder a qualquer um dos exemplos mostrados acima, objetivamente com referência às Figuras 7A a 7C, 8 e 9. As características descritas com referência aos referidos exemplos não serão repetidas.

[0178] Neste exemplo, os ganchos 12 do inserto 10 se fundem sob o efeito do tratamento e cobrem as fibras 22 da folha 20, permanecendo substancialmente intactas. A estrutura montada 100G compreende a folha 20 reforçada pelo inserto de reforço 10, mostrado na Figura 14C. Ela compreende uma primeira camada 51 composta pela folha 20 com meios que retêm a fixação de autopreensão (especificamente, as fibras 22), e uma segunda camada produzida pela deformação dos ganchos 12 do inserto 10, cobrindo os meios de retenção 22 em uma zona de montagem 55.

[0179] Geralmente, na terceira etapa mostrada na Figura 14D, a folha 20 é perfurada no local 26 do orifício, substancialmente ao longo do eixo principal do inserto de reforço 10.

[0180] A folha 20 é reforçada na proximidade do local do seu orifício 26, sem ser danificada ou deformada ao redor do inserto de reforço 10. Além disso, o inserto 10 é prendido de forma permanente e segura garantindo uma montagem de longa duração.

[0181] Entretanto, o exemplo mostrado não é limitativo.

[0182] Na Figura 16, o inserto 10 apresenta um colar externo 17 em uma de suas extremidades axiais, referida como sua extremidade inferior 10a, e sua superfície de junção que sustenta os elementos de preensão 12 compõe a face 17a do referido colar 17 voltada para frente da sua extremidade superior 10b.

[0183] Como mostra a figura, o inserto é inserido por um orifício que já foi feito na folha 20, e a referida superfície de junção 17a entra em contato com a folha 20 para produzir a fixação de autopreensão F que prende as duas unidades.

[0184] O método da invenção também pode ser utilizado na fabricação de um material compósito que é reforçado por pelo menos um inserto de reforço.

[0185] Nestas circunstâncias, as etapas iniciais do método são substancialmente idênticas àquelas com referência às Figuras 13 e 14A a 14C.

[0186] Para formar o elemento compósito, na etapa mostrada na Figura 15A, a folha 20 é associada à terceira unidade 30, especificamente uma resina. Por exemplo, a folha é colocada em um molde (não mostrado) que apresenta a forma visada ou o elemento compósito, sendo impreganda com a resina 30 dentro do molde. A resina forma a matriz do compósito com as fibras 22 da folha 20 que compõe seus membros de reforço. A estrutura montada 100H compreende o compósito 90 reforçado pelo inserto de reforço 10 mostrado na Figura 15A.

[0187] O compósito 90 obtido da forma supracitada pode ser perfurado no inserto sem risco de danificação, como mostra a Figura 15B.

[0188] Em uma variante, a segunda e terceira unidades 20 e 30 também podem ser montadas com a execução do método da invenção, em particular utilizando as implementações descritas com referência às Figuras 1 a 9.

[0189] Por exemplo, o elemento compósito reforçado por pelo menos um inserto no local do orifício pode ser fabricado de modo semelhante ao exemplo das Figuras 5A a 5C, sendo a primeira unidade composta pelo inserto 10, a segunda unidade composta pela folha 20, e a terceira unidade 30 compreende uma base com um campo de elementos de preensão adaptado para cooperar com as fibras da folha 20.

[0190] A primeira e a segunda unidades formam uma primeira fixação de autopreensão na superfície da junção do inserto.

[0191] A segunda e a terceira unidades formam uma segunda fixação de autopreensão estendidas, preferivelmente, por toda sua área de contato.

[0192] A primeira fixação de autopreensão pode ser a primeira a ser tratada, seguida da segunda, ou vice-versa. Pode-se também tratar as duas fixações de autopreensão de forma simultânea.

[0193] Por último, a segunda e a terceira unidades formam um elemento compósito em que são formados os meios de reforço pelas fibras da folha que permanecem intactas. A primeira unidade é prendida no elemento compósito para reforçá-lo no local do seu orifício.

Claims (16)

1. Método caracterizado por compreender: - fornecer uma primeira unidade (10) tendo um campo (13) de elementos de preensão (12), em particular ganchos, e uma segunda unidade (20) fornecida com meios de retenção (22) adequados para cooperar com os elementos de preensão (12) da primeira unidade (10) a fim de fornecer uma fixação de autopreensão (F); - colocar a primeira e segunda unidades em contato de modo que os elementos de preensão (12) da primeira unidade e os meios de retenção (22) da segunda unidade forneçam uma fixação de autopreensão (F); e - tratar uma zona de tratamento (Z) da fixação de autopreensão (F) de modo a deformar os elementos de preensão (12) da primeira unidade (10) e/ou os meios de retenção (22) da segunda unidade (20), em que a primeira e segunda unidades (10, 20) são presas entre si de forma permanente, formando uma estrutura montada (100), em que os elementos de preensão (12) e/ou os meios de retenção (22) são feitos de material termoplástico.

2. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o tratamento ser de modo que, após serem deformados, os elementos de preensão (12) ou os meios de retenção (22) formam meios de reforço da estrutura montada (100).

3. Método de acordo com a reivindicação 1 ou reivindicação 2, caracterizado por o tratamento ser de modo que, após serem deformados, os elementos de preensão (12) ou os meios de retenção (22) retenham uma forma que é geralmente inalterada.

4. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por a zona de tratamento (Z) formar uma linha contínua.

5. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por a zona de tratamento (Z) representar pelo menos 50%, preferencialmente pelo menos 80% da extensão total da fixação de autopreensão (F).

6. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por os meios de retenção (22) compreenderem fibras.

7. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por o tratamento compreender a aplicação de pressão na fixação de autopreensão (F).

8. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por o tratamento compreender um tratamento térmico.

9. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado por compreender: - fornecer uma terceira unidade (30) que compreende um campo (33) de elementos de preensão (32) adequados para cooperar com os meios de retenção (22) da segunda unidade (20) a fim de fornecer uma fixação de autopreensão; - colocar a segunda e terceira unidades (20, 30) em contato de modo que a segunda unidade (20) seja disposta entre a primeira e terceira unidades (10, 30), e os elementos de preensão (32) da terceira unidade (30) e os meios de retenção (22) da segunda unidade (20) forneçam uma segunda fixação de autopreensão (F2); e - tratar uma zona de tratamento da segunda fixação de autopreensão (F2) para deformar os elementos de preensão (32) da terceira unidade (30) e/ou os meios de retenção (22) da segunda unidade (20), em que a segunda e terceira unidades (20, 30) são presas entre si de forma permanente, em que os elementos de preensão (12) e/ou os meios de retenção (22) são feitos de material termoplástico.

10. Método de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por as fixações de autopreensão fornecidas entre a segunda unidade (20) e a primeira e terceira unidades (10, 30), respectivamente, serem tratadas de forma simultânea em uma única etapa de tratamento.

11. Método de acordo com a reivindicação 9 ou reivindicação 10, caracterizado por, antes do tratamento, os elementos de preensão (12) da primeira unidade (10) e os elementos de preensão (32) da terceira unidade (30) serem colocados em cooperação, os meios de retenção (22) da segunda unidade (20) sendo dispostos entre os referidos elementos de preensão (12, 32).

12. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado por a primeira e segunda unidades (10, 20) formarem tiras respectivas de extensão longitudinal, a primeira e segunda unidades (10, 20) sendo sobrepostas continuamente em uma direção longitudinal (X) em pelo menos uma zona de contato (C) onde o elemento de preensão (12) da primeira unidade (10) e os meios de retenção (22) da segunda unidade (20) fornecem uma fixação de autopreensão (F), e a referida fixação de autopreensão (F) sendo tratada de forma contínua na direção longitudinal (X) em pelo menos uma zona de tratamento (Z).

13. Estrutura (100) caracterizada por compreender pelo menos um primeiro conjunto (10) que compreende um campo (13) de elementos de preensão (12) para uma fixação de autopreensão (F) e pelo menos um segundo conjunto (20) compreendendo meios de retenção (22) que cooperam com os elementos de preensão (12) do primeiro conjunto (10) para fornecer uma fixação de autopreensão (F), em que pelo menos uma zona de conjunto foi tratada de modo a deformar os elementos de preensão (12) do primeiro conjunto (10) e/ou os meios de retenção (22) do segundo conjunto (20), de modo que o primeiro conjunto (10) e o segundo conjunto (20) sejam presos entre si de forma permanente, e em que os meios de retenção (22) são feitos de material termoplástico.

14. Estrutura (100) de acordo com a reivindicação 13, caracterizada por os meios de retenção (12, 22) compreenderem fibras.

15. Estrutura (100) de acordo com qualquer uma das reivindicações 13 a 14, caracterizada por a estrutura ser um suporte com gancho para fraldas ou uma base (20) reforçada por pelo menos um local (26) para um orifício por meio de pelo menos um inserto de reforço (10) fornecido com um orifício de passagem (16).

16. Estrutura (100) de acordo com qualquer uma das reivindicações 13 a 15, caracterizada por os elementos de preensão compreenderem uma altura total ao longo de uma direção ortogonal para a superfície da base a partir da qual eles se estendem, compreendida entre 0,1 e 5 mm, preferencialmente entre 0,5 e 1,5 mm.

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