BR112016003323B1 - Dispositivo de rotação gravitária, processo de rotação de um dispositivo de rotação gravitária e processo de montagem de um dispositivo de rotação gravitária - Google Patents

Dispositivo de rotação gravitária, processo de rotação de um dispositivo de rotação gravitária e processo de montagem de um dispositivo de rotação gravitária Download PDF

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Abstract

DISPOSITIVO DE ROTAÇÃO GRAVITÁRIA. A presente invenção se refere a um dispositivo de rotação gravitária (20) compreendendo: um primeiro disco (21) que compreende um eixo central (AA´) e pelo menos um eixo de rotação periférica (BiBi´) disposto à distância do paralelo ao eixo central (AA´), pelo menos uma árvore de rotação periférica (26i), apta a girar em torno do eixo de rotação periférica (BiBi´); e pelo menos um suporte de massa (27i) montado sobre a árvore de rotação periférica (26i) e tendo uma massa (Mi) apta a ser afastada da árvore de rotação (26i), a fim de produzir um binário que faz girar a árvore de rotação (26i) e o primeiro disco (21). De acordo com a invenção, o dispositivo compreende, além disso: uma engrenagem redutora disposta entre a árvore de rotação periférica (26i) e o primeiro disco (21), meios para fixar pelo menos uma parte da engrenagem redutora em uma posição fixa, a fim de impedi-la de girar em torno do eixo de rotação periférica; uma roda livre ajustada sobre a árvore de rotação periférica e meios para modificar o ângulo de inclinação de um suporte de massa (27i) sobre a árvore de rotação periférica em relação à horizontal passando pelo eixo de rotação periférica da árvore.

Description

[0001] A presente invenção se refere a um dispositivo de rotação gravitária e a um processo de rotação desse dispositivo.
[0002] Foi desejado, durante muito tempo, encontrar um dispositivo de rotação gravitária que utiliza a energia gravitária produzida pela descida de uma ou de várias massas. Esses dispositivos compreendem frequentemente discos acionados em rotação, graças a um binário produzido por uma massa afastada de um eixo de rotação, o binário produzido permitindo acionar em rotação o disco e, por conseguinte, uma árvore motriz, por exemplo. Essa rotação poderia ser, em seguida, explorada para gerar a energia elétrica.
[0003] O binário contribui para a rotação do dispositivo em fase descendente. Ao contrário, em fase montante, quando a massa permanece à mesma distância do eixo de rotação, ela produz um binário antagonista que freia a rotação do dispositivo. Por essas razões, os dispositivos de rotação gravitária conhecidos compreendem mecanismos que permitem fazer variar a distância entre a massa e o eixo de rotação, segundo o fato de a massa estar em fase montante ou descendente.
[0004] O pedido de patente FR 2 830 289 se refere a um dispositivo rotativo gravitário, compreendendo um disco rotativo em torno de uma árvore de rotação, corrediças orientadas radialmente horizontais sobre o disco e um motor. Duas peças são sustentadas por uma cremalheira montada sobre as corrediças. As peças estão aptas a se aproximarem ou a se afastarem da árvore de rotação do disco, segundo uma mesma direção sob a ação do motor que induz uma translação da cremalheira e, portanto, peças ao longo das corrediças que acionam a rotação do disco.
[0005] O pedido de patente WO 02/070893 se refere a um dispositivo rotativo gravitário, compreendendo um suporte fechado que tem a forma de um disco, uma árvore de rotação e massas semiesféricas. O suporte é fixo e a árvore de rotação montada descentrada em relação ao centro do disco. As massas estão aptas a girarem em torno da árvore e acionam a árvore em rotação. Para esse fim, pares de massas são montados deslizantes sobre hastes fixadas sobre lados opostos da árvore de rotação. Molas cilíndricas são montadas sobre cada haste entre a massa e a extremidade da árvore de rotação, a fim de controlar a distância entre a massa e a árvore de rotação. Sobre a fase descendente de uma massa, a mola é comprimida por contato da massa contra a parede externa do disco. Sobre a fase montante da massa, a mola é distendida. Assim, pela ação da mola, para cada par de massas, a massa em fase descendente é a mais afastada da árvore de rotação, e a massa em fase descendente é aproximada da árvore de rotação.
[0006] O pedido de patente FR 2 812 348 se refere a um dispositivo rotativo gravitário, compreendendo dois pinhões, uma corrente e suportes em forma de gancho sobre os quais massas que se estendem segundo uma direção longitudinal são dispostas. Os dois pinhões têm eixos de rotação paralelos e são defasados verticalmente um em relação ao outro, a corrente sendo esticada entre dois pinhões. Os suportes são fixados na corrente e acionam em rotação e, por conseguinte, os pinhões, graças às massas presentes sobre os suportes. As massas se deslocam livremente no sentido de inclinação do suporte, afastando-se da corrente no sentido montante e aproximando-se da corrente no sentido descendente. Em uma posição vertical embaixo do dispositivo, um suporte relaxa a massa correspondente que é travada por uma corrediça disposta embaixo do pinhão inferior. O suporte se vira, após ter feito a volta do pinhão inferior e recupera a massa relaxada pelo suporte precedente. A massa se dispõe à extremidade inferior do suporte, para a fase montante. Chegando no topo do pinhão superior, quando do retorno do suporte, a massa rola e cai sobre o suporte seguinte. Em razão da inclinação do suporte para baixo, a massa se dispõe na extremidade externa do suporte, mantida pelo gancho, para a fase descendente.
[0007] O pedido de patente CN 2603229 se refere a um dispositivo que compreende uma roda dentada, configurado para girar em torno de um eixo central e ligado a dois sistemas de engrenagens, um peso e um contrapeso montados sobre as extremidades de uma barra ligada à roda, a barra tendo um eixo perpendicular ao eixo central e defasado em relação ao centro da roda. Para colocar o dispositivo em funcionamento, um peso é girado 180° em torno do eixo perpendicular, provocando uma semivolta da roda, até o equilíbrio do dispositivo. Em seguida, um peso é de novo girado 180° em torno do eixo perpendicular. A roda efetua ainda uma semivolta e se acha na posição inicial.
[0008] O pedido de patente CN 1525063 se refere a um dispositivo similar, compreendendo, além disso, uma segunda roda dentada face a primeira assim como um peso e um contrapeso montados da mesma forma. O peso no alto se aproxima um do outro, e as rodas giram independentemente nos sentidos opostos, uma semivolta cada uma.
[0009] O pedido de patente US 2008/011552 se refere a umdispositivo que compreende braços oscilantes fixados de maneira rotativa em torno de uma parte central e pesos montados, de maneira deslizante sobre barra montante sobre os braços oscilantes, cada barra tendo o rodetes nas extremidades que são mantidos em um trilho fixo definindo um caminho assimétrico em torno da seção central. O movimento rotativo é produzido pela diferença de afastamento entre o eixo do trilho e a posição de um rodete que se acha sucessivamente a cada ciclo próximo, depois afastado desse eixo, criando um binário motor.
[0010] A figura 1 representa uma vista de um dispositivo rotativo 1 descrito pela patente US 5.921.133. O dispositivo 1 é montado sobre um suporte 2 e compreende um primeiro disco 3, um segundo disco 4, cada um compreendendo um peso “não equilibrado” ou balanço 5, 6 respectivamente, isto é, para o qual o centro de gravidade é descentrado em relação ao centro do disco e cujo peso não pode ser compensado por uma outra massa, de forma a ter o centro e gravidade no centro do disco. Os discos 3, 4 são alinhados axialmente e conectados por uma árvore suporte 7, a fim de poder girar em torno de um eixo de rotação central AA'. Uma embreagem unidirecional ou “roda livre” primária 8 é montada sobre a árvore 7. Uma pluralidade de engrenagens 9 são montadas equidistantes em torno do exterior da periferia do primeiro disco 3, as periferias do disco 3 e das engrenagens 9 sendo dentadas para cooperar uma com a outra. Cada engrenagem 9 é atravessada por uma árvore de rotação 10 orientada segundo um eixo de rotação periférica BB'. Um peso “alavanca” 11 é montado sobre cada árvore 10. A árvore 10 acopla assim mecanicamente as engrenagens 9 e o disco 4. Rodas livres secundárias 12 são dispostas entre as árvores de rotação 10, as engrenagens 9 e o disco 4, a fim de que a rotação da alavanca 11 em torno da árvore de rotação 10 seja transmitida ao segundo disco 4.
[0011] De acordo com esse documento, os pesos balanços 5, 6 acionam o dispositivo 1 inicialmente em rotação. Em seguida, as alavancas 11 começam a girar e fazem girar o disco 3 mais rápido do que o disco 4, devido a roda livre primária 8. O disco 3 começa a girar mais rapidamente que o disco 4, pois o disco 3 é empurrado no sentido anti-horário pelas engrenagens 9. Em razão de suas velocidades diferentes, os pesos 5, 6 dos discos 3, 4 começam a se separar e a roda 3 gira com uma velocidade crescente durante aproximadamente dois terços de um ciclo de rotação e com uma velocidade decrescente durante aproximadamente um terço de um ciclo de rotação, quando o balanço 5 do disco 2 se aproxima da massa de balanço 6 da roda 4.
[0012] Poderia ser desejável fornecer um novo dispositivo de rotação gravitária.
[0013] Modos de realização da invenção se referem a um dispositivo de rotação gravitária compreendendo um primeiro disco que compreende um eixo central em torno do qual o disco está apto a girar e pelo menos um eixo de rotação periférica disposto à distância de e paralelo ao eixo central, pelo menos uma árvore de rotação periférica disposta à distância do eixo central do primeiro disco, aptas a girar em torno do eixo de rotação periférica paralela ao eixo central e acoplada ao primeiro disco e pelo menos um suporte de massa montado sobre a árvore de rotação periférica e tendo uma massa apta a ser afastada da árvore de rotação periférica e tendo uma massa apta a ser afastada da árvore de rotação a fim de produzir um binário que faz girar a árvore de rotação e, por conseguinte, o primeiro disco.
[0014] De acordo com a invenção, o dispositivo compreende, além disso, uma engrenagem redutora disposta entre a árvore de rotação periférica e o primeiro disco, compreendendo uma peça de entrada de rotação ligada à árvore de rotação periférica e uma peça de saída de rotação ligada ao primeiro disco e coaxiais entre elas, a engrenagem redutora permitindo a rotação da árvore de rotação periférica ser transmitida ao primeiro disco.
[0015] O dispositivo compreende, além disso, meios para fixar pelo menos uma parte da engrenagem redutora em uma posição fixa a fim de impedi-la de girar em torno do eixo de rotação periférica; uma roda livre ajustada sobre a árvore de rotação periférica; e meios para modificar o ângulo de inclinação de um suporte de massa sobre a árvore de rotação periférica em relação à horizontal passando pelo eixo de rotação periférica da árvore.
[0016] O dispositivo, de acordo com a invenção, utiliza pelo menos um suporte de massa levado em rotação por uma massa descentrada em relação a seu eixo de rotação. A massa descentrada pode ser constituída pelo próprio suporte de massa, quando seu centro de gravidade é suficientemente afastado de seu eixo de rotação, ou por uma massa suspensa sobre o suporte de massa e permite produzir um binário que age sobre o primeiro disco para leva-lo em rotação. O número de voltas efetuadas pelo primeiro disco sendo limitado pelo ângulo de inclinação do suporte de massa em sua posição de partida, o dispositivo, de acordo com a invenção, permite aumentar o número de voltas efetuado, utilizando-se uma engrenagem redutora (também denominada “redutor”) situado entre a árvore de rotação do suporte de massa e o primeiro disco, a fim de aumentar a velocidade angular do primeiro disco em relação ao suporte de massa. A estrutura particular do redutor permite aumentar a eficácia de transmissão do binário produzido pelo suporte de massa em direção ao primeiro disco.
[0017] Nesse modo de realização, o dispositivo compreende meios que permitem recriar a energia potencial gravitária e aumentar um número de voltas que podem ser efetuadas pelo dispositivo. Para isto, a inclinação de um ou vários suportes de massa é modificada de forma a recriar um binário em torno de um ou de vários eixos de rotação periférica, quando a massa descentrada, criando o binário está na vertical, ou de forma a prolongar a rotação do suporte de massa e, portanto, a existência do binário produzido. A roda livre permite modificar o ângulo de inclinação no sentido contrário de rotação do suporte de massa, permitindo ao primeiro disco continuar a girar no mesmo sentido de rotação.
[0018] Em um modo de realização, a engrenagem redutora compreende, além disso, uma coroa periférica ligada à peça de entrada de rotação, uma engrenagem de saída ligada à peça de saída de rotação, e pelo menos uma engrenagem satélite disposta entre a coroa periférica e a engrenagem de saída, e os meios para fixar pelo menos uma parte da engrenagem redutora compreendem, além disso, portas satélites fixadas nas engrenagens satélites e peças de bloqueio fixadas nas portas satélites.
[0019] Em um modo de realização, o dispositivo compreende, além disso, um segundo disco apto a girar em torno de um eixo central e acoplado ao primeiro disco, a fim de que uma rotação do primeiro disco acione o segundo disco em rotação, os meios para fixar a parte da engrenagem redutora sendo acoplados ao segundo disco.
[0020] Nesse modo de realização, os meios para fixar a parte da engrenagem redutora em uma posição determinada são acoplados a um segundo disco. O segundo disco girando no mesmo sentido e na mesma velocidade que o primeiro disco, a parte da engrenagem redutora permanece em uma posição fixa em relação ao primeiro disco, permitindo a rotação do conjunto e tornando efetiva a transmissão do binário produzido pelo suporte de massa.
[0021] Em um modo de realização, o eixo central do segundo disco é descentrado em relação ao eixo central do primeiro disco.
[0022] Nesse modo de realização, o segundo disco é descentrado em relação ao primeiro disco. Isto significa muito a realização do redutor e a conexão dos meios de fixação da engrenagem satélite sobre o segundo disco.
[0023] Nesse modo de realização, o dispositivo compreende pelo menos duas árvores de rotação periféricas, cada um sendo disposto a uma distância sensivelmente a mesma do eixo central do primeiro disco e tendo um eixo de rotação periférica paralela ao eixo central acoplado ao primeiro disco e equidistante angularmente em relação ao centro do primeiro disco; e pelo menos dois suportes de massa, cada um montado sobre uma árvore de rotação periférica e tendo uma massa apta a ser afastada da árvore de rotação periférica, a fim de produzir um binário que faz girar a árvore de rotação periférica e, por conseguinte, o primeiro disco.
[0024] Nesse modo de realização, o dispositivo compreende pelo menos dois suportes de massa situados a uma mesma distância em relação ao eixo central do primeiro disco e equidistantes angularmente em relação ao centro do primeiro disco. O sistema pode, portanto, ser mantido em equilíbrio, quando pelo menos duas massas ficam situadas sobre o eixo de rotação do suporte de massa, e colocado em funcionamento, quando se afasta uma das massas do eixo de rotação.
[0025] Em um modo de realização, o primeiro disco compreende uma árvore de rotação central e o segundo disco compreende, uma árvore de rotação central, as árvores de rotação centrais sendo ligadas por uma peça de conexão.
[0026] Em um modo de realização, a peça de conexão auxilia a suportar e fazer girar os dois discos por meio de suas árvores de rotação centrais, que são geralmente bastante sólidas.
[0027] Em um modo de realização, o dispositivo compreende, além disso, um elemento de suporte ligado à árvore de rotação central do segundo disco, permitindo ao primeiro disco e ao segundo disco girar.
[0028] Em um modo de realização, o elemento de suporte permite afastar o dispositivo do solo, permitindo aos discos girar.
[0029] Em um modo de realização, o dispositivo compreende, além disso, um terceiro disco disposto diante do primeiro disco, apto a girar em torno do eixo central do primeiro disco e suportando uma extremidade das árvores de rotação periféricas.
[0030] Nesse modo de realização, quando massas importantes são mantidas pelo suporte de massa, é vantajoso utilizar um terceiro disco ligado às árvores de rotação periférica para melhor repartir a carga.
[0031] Em um modo de realização, os meios para modificar o ângulo compreendem um came interno que compreende uma superfície de orientação e disposto sobre o primeiro disco e um rodete de rolamento disposto sobre uma superfície interna de um suporte de massa e apto a entrar em contato com a superfície de orientação do came durante a rotação do primeiro disco, a fim de orientar a rotação do suporte de massa no sentido oposto da rotação do primeiro disco, graças à roda livre e mudar o ângulo de inclinação do suporte de massa.
[0032] Nesse modo de realização, a modificação de inclinação do suporte de massa é feita por orientação de um rodete de rolamento contra um came, o came sendo interno ao dispositivo rotativo. Obtém- se assim um dispositivo rotativo compacto que não necessita da reutilização da energia produzida pela rotação do disco para manter a rotação do dispositivo rotativo.
[0033] Em um modo de realização, os meios para modificar um ângulo compreendem pelo menos um came externo disposto diante da extremidade exterior de um suporte de massa e compreendendo uma superfície de orientação e um rodete de rolamento disposto sobre uma superfície externa de um suporte de massa e apto a entrar em contato com a superfície de orientação do came durante a rotação do primeiro disco, a fim de orientar a rotação do suporte de massa no sentido oposto da rotação do primeiro disco, graças à roda livre e mudar o ângulo de inclinação do suporte de massa.
[0034] Nesse modo de realização, o came é externo ao dispositivo rotativo. Esse modo de realização é particularmente vantajoso, quando as massas consideradas são relativamente importantes.
[0035] Em um modo de realização, o dispositivo compreende, além disso, um motor ligado ao came externo e apto a acionar em rotação o came em torno de um eixo de rotação do came no mesmo sentido de rotação que o primeiro disco.
[0036] Nesse modo de realização, um motor permite acionar o came em rotação. O rodete de rolamento não desliza contra a superfície do came e o came é acionado em rotação pelo motor. Isto fornece uma energia externa.
[0037] Em um modo de realização, o suporte de massa compreende duas placas de forma triangular, dispostas à distância uma da outra e em planos paralelos, ligadas uma à outra por elementos de suporte longitudinais, os lados superiores das placas compreendendo trilhos; e no qual uma barra sustenta a massa é suportada em suas duas extremidades pelos trilhos e apta a se deslocar em uma direção ao longo dos lados superiores das placas.
[0038] Nesse modo de realização, a estrutura particular do suporte de massa permite suportar massas importantes e aumentar o binário produzido e transmitido ao primeiro disco.
[0039] Em um modo de realização, os trilhos do suporte de massa compreendem, cada um, uma pluralidade de calços eletromagnéticos aptos a se levantarem, a fim de bloquear o deslocamento da barra porta massa e a se abaixarem a fim de permitir o deslocamento da barra porta massa ao longo dos lados superiores das placas.
[0040] Nesse modo de realização, quando os suportes de massasão inclinados em relação à horizontal, a barra porta-massa pode se deslocar ao longo dos lados superiores das placas, segundo uma direção d2 por simples ação da gravidade. Os calços eletromagnéticos permitem liberar ou bloquear a posição da barra porta massa. É, portanto, possível, fazendo-se variar a distância entre o eixo de rotação do suporte de massa e a massa descentrada, fazer variar o binário produzido.
[0041] Modos de realização da invenção se referem, além disso, a um processo de rotação de um dispositivo de rotação gravitária, de acordo com a invenção, o processo compreendendo as etapas de: afastamento da massa de um suporte de massa em relação à árvore de rotação periférica, a fim de produzir um binário que faz girar a árvores de rotação periférica e, por conseguinte, o primeiro disco; e modificação do ângulo de inclinação de um suporte de massa sobre a árvore de rotação periférica, em relação a horizontal que passa pelo eixo periférico da árvore.
[0042] O processo, de acordo com a invenção, permite uma colocação em funcionamento do sistema, afastando a massa sobre o suporte de massa. Nesse modo de realização, é possível recriar a energia potencial gravitária e aumentar o número de voltas que podem ser dadas pelo dispositivo, modificando o ângulo de inclinação de um suporte de massa em relação ao eixo de rotação periférica.
[0043] Modos de realização da invenção se referem, além disso, a um processo de montagem de um dispositivo de rotação gravitária, de acordo com a invenção. O processo compreende as etapas de: montagem de um primeiro disco que compreende um eixo central em torno do qual o disco está apto a girar e pelo menos um eixo de rotação periférica disposto à distância de e paralelo ao eixo central; montagem de pelo menos uma árvore de rotação periférica disposta à distância do eixo central do primeiro disco, apta a girar em torno do eixo de rotação periférica, paralelo ao eixo central e acoplado ao primeiro disco; montagem de uma engrenagem redutora entre a árvore de rotação periférica e o primeiro disco, a engrenagem redutora compreendendo uma peça de entrada de rotação ligada à árvore de rotação periférica e uma peça de saída de rotação ligada ao primeiro disco e coaxiais entre elas, a engrenagem redutora permitindo a rotação da árvore de rotação periférica ser transmitida ao primeiro disco; montagem dos meios para fixar pelo menos uma parte da engrenagem redutora em uma posição fixa a fim de impedi-la de girar em torno do eixo de rotação periférica; montagem de uma roda livre sobre a árvore de rotação periférica; montagem pelo menos de um suporte de massa sobre a árvore de rotação periférica, o suporte de massa tendo uma massa apta a ser afastada da árvore de rotação, a fim de poder produzir um binário que faz girar a árvore de rotação; e montagem dos meios para modificar o ângulo de inclinação do suporte de massa sobre a árvore de rotação periférica em relação à horizontal que passa pelo eixo de rotação periférica da árvore.
[0044] Outras características e vantagens da presente invenção sobressairão melhor com a leitura da descrição que será feita a seguir, de maneira ilustrativa e não limitativa, com referência aos desenhos anexados nos quais: - a figura 1, anteriormente descrita, representa uma vista lateral de um dispositivo rotativo conhecido; - as figuras 2A a 2D representam um primeiro aspecto do princípio de funcionamento de um dispositivo rotativo; - as figuras 3A e 3B representam um segundo aspecto do princípio de funcionamento de um dispositivo rotativo; - as figuras 4A a 4D representam diferentes vistas de um dispositivo rotativo, de acordo com um primeiro modo de realização; - a figura 5 representa uma vista em corte detalhada de um redutor, de acordo com um modo de realização; - a figura 6 representa uma vista em perspectiva de um dispositivo rotativo, de acordo com um outro modo de realização; - a figura 7 representa uma vista em perspectiva detalhada de um suporte de massa, de acordo com um modo de realização; - a figura 8A representa um dispositivo rotativo, de acordo com um outro modo de realização; - a figura 8B representa uma vista em perspectiva de um suporte de massa, de acordo com um outro modo de realização; - a figura 9 representa uma vista frontal do dispositivo rotativo da figura 8A equipado com o suporte de massa da figura 8B; - a figura 10 representa uma vista, em perspectiva, de um dispositivo rotativo, de acordo com um outro modo de realização; - a figura 11 representa uma vista frontal de um dispositivo de rotação, de acordo com um outro modo de realização; - a figura 12 representa uma vista em perspectiva de um suporte de massa, de acordo com um outro modo de realização; e - a figura 13 representa uma vista em corte detalhada de um redutor, de acordo com um outro modo de realização.
[0045] As figuras 2A a 2D representam um primeiro aspecto do princípio de funcionamento de um dispositivo rotativo no qual massas Mi criam binários motores que provocam a rotação de um disco D.
[0046] As figuras 2A a 2D mostram o disco D de centro O podendo girar em torno de um eixo de rotação central AA', o eixo AA' sendo perpendicular ao disco D e passando pelo centro O do disco. O disco D compreende também uma pluralidade I de barras suporte Si (i sendo o índice de 1 a I, considera-se, no caso presente, quatro barras suporte S1, S2, S3, S4) fixadas no disco D em I pontos de fixação Pi (no caso, P1, P2, P3, P4) no meio de cada barra Si. As barras são fixadas e paralelas entre si. Os pontos de fixação Pi são essencialmente dispostos a uma distância d1 do centro O do disco. Para cada par de pontos Pi adjacentes, um ângulo a0 é formado entre esses dois pontos e o centro O do disco D. O ângulo a0 formado para cada par de pontos Pi adjacentes e sensivelmente o mesmo.
[0047] Uma massa Mi (no caso M1, M2, M3, M4) é fixada sobre cada barra Si e pode ser colocado de ambos os lados do ponto de fixação Pi da barra Si, produzindo um binário seja em sentido horário, seja em sentido anti-horário.
[0048] Na figura 2A, as barras Si são horizontais e cada massa Mi é disposta no meio (em um ponto Pi) da barra Si correspondente. O sistema está em equilíbrio e o disco D imóvel.
[0049] Na figura 2B, uma das massas, por exemplo, M1, foi deslocada e se acha em uma das extremidades da barra S1, à direita do ponto P1. A massa M1 produz então um binário C1 em torno do ponto P1, acionando o disco D em rotação. O disco D gira no mesmo sentido que o binário C1 e isto qualquer que seja a posição da barra B1 (no alto, embaixo, à direita, à esquerda), sobre o disco D.
[0050] Na figura 2C, o sistema é de novo em equilíbrio, o disco D tendo efetuado uma rotação de 90 graus (um quarto de rotação). As barras S1 a S4 estão em posição vertical, as massas M2 a M4 sendo sempre fixadas no meio das barras S2 a S4 respectivamente.
[0051] Na figura 2D, as massas M1 a M4 foram deslocadas de um mesmo lado das barras S1 a S4 respectivas. Um binário C quatro vezes mais importante foi obtido até um novo equilíbrio do sistema, no qual as quatro barras Si estão em posição vertical com as massas Mi durante uma das entradas. O disco D efetuou ainda, conforme representado na figura 2D, uma rotação de 90 graus (um quarto de volta).
[0052] Na configuração presente, quando as barras Si são diretamente fixadas sobre o disco, a rotação do disco é limitada pelo número de barras utilizadas para gerar a rotação do disco e a orientação inicial das barras.
[0053] As figuras 3A e 3B representam um segundo aspecto do princípio de funcionamento de um dispositivo rotativo.
[0054] Com efeito, conforme ilustrado nas figuras 2A a 2D, o ângulo de rotação do disco D é limitado pelo número de barras, o binário produzido por cada uma das barras e a orientação inicial das barras. Poderia ser desejável aumentar o ângulo de rotação do disco e o número de rotações efetuadas pelo disco. Uma engrenagem redutora (não mostrada), denominado na sequência “redutor”, pode ser utilizado para modificar a relação entre a velocidade angular de rotação da barra Si e aquela do disco D, a fim de aumentar o ângulo de rotação do disco D. O redutor, tipicamente montado sobre a árvore de rotação da barra e do outro lado do disco, liga assim a barra Si ao disco D.
[0055] A figura 3A ilustra, de forma sistemática, a rotação de uma mesma barra S1 ligada a um redutor que tem uma relação de %. Em sua posição inicial P1, a barra fica horizontal. O deslocamento da massa M1 na extremidade direita da barra aciona o disco D em rotação de 180 graus até uma posição intermediária P1'. Contata-se que, para uma relação de engrenagem de % e para uma rotação do disco D de 180 graus, a barra S1 efetuou uma rotação de -45 graus.
[0056] Para dar uma ordem de grandeza, a mudança de inclinação da barra após uma certa rotação do disco, por exemplo, quando o disco gira de um ângulo de 180 graus e que a barra passa de uma posição inicial P1 para uma posição intermediária P1', pode ser determinado subtraindo no ângulo de partida da barra o ângulo de rotação do disco multiplicado pela relação da engrenagem. Por exemplo, se na posição P1, a barra tiver um ângulo em relação a horizontal de 0 graus, que o disco girou de 180 graus e que a relação de engrenagem for de %, o ângulo final da barra será igual a = 0 - (180*1/4) = 0 - 45 = -45 graus.
[0057] A figura 3B ilustra, de forma esquemática, a barra S1 após uma rotação suplementar do disco D de 180 graus, quando da passagem da posição intermediária P1' à posição final P1” (que corresponde no caso à posição inicial P1), A massa M1 continuou então a acionar o disco D em rotação e pode-se constatar que, para uma relação de engrenagem de % e para uma rotação do disco D de 180 graus, a barra S1 efetuou uma rotação suplementar de -45 graus, o que corresponde a uma rotação total de -90 graus.
[0058] No caso presente, o disco D efetuou uma rotação de uma volta completa com um binário exercido por uma única barra, ao invés de % de rotação somente conforme mostrado na figura 2C. Em consequência, se uma massa mi é fixada em uma extremidade de uma barra Si, o binário C pode continuar a ser exercido sobre o disco D durante mais tempo até que a barra Si atinja uma posição de equilíbrio vertical.
[0059] O número de rotações efetuadas depende, portanto, da posição inicial das barras, do valor da relação de engrenagem que deve ser inferior a um (1), e do valor do binário produzido pela rotação de uma barra. O valor do binário e, portanto, a potência, depende do valor da massa suspensa na barra, da resistência da massa em relação ao ponto de fixação e do número de barras utilizadas.
[0060] As figuras 4A a 4D representam diferentes vistas de um dispositivo rotativo 20, conforme um primeiro modo de realização.
[0061] A figura 4A representa uma vista frontal do dispositivo 20. O dispositivo 20 compreende um primeiro disco (ou disco de binário) 21, um segundo disco (ou disco de manutenção) 22, uma árvore de rotação central 23 do primeiro disco, uma árvore de rotação central 24 do segundo disco (não mostrado na figura 4A), um elemento de suporte 25, uma pluralidade I de árvores de rotação periféricas 26i e uma mesma pluralidade I de suportes de massa 27i, dos quais só árvore 261 e o suporte 271 são mostrados na figura 4A por razões de clareza.
[0062] O primeiro disco 21 compreende um centro O1 e pode girar em torno de um eixo de rotação central AA' estendendo-se ao longo da árvore de rotação 23. O eixo AA' é então perpendicular ao disco 21 e passa pelo centro O1. Cada suporte de massa 27i é fixado, pela árvore de rotação periférica 26i respectivo, no disco 21 em um ponto de fixação Pi (no caso, P1, P2, P3, P4). Os pontos de fixação Pi são, cada um, essencialmente dispostos a uma mesma distância d1 do centro O1 do disco. Para cada par de pontos P1 adjacentes, um ângulo a1 é formado entre esses dois pontos e o centro O do disco D. O ângulo a1 formado para cada par de pontos Pi adjacentes é sensivelmente o mesmo.
[0063] As árvores de rotação periféricas 26i são fixados de forma a poder girar em torno dos eixos de rotação periféricos BiBi' (B1B1', B2B2', B3B3', B4B4'), cada eixo Bibi' sendo perpendicular ao disco 21 e passando pelo ponto de fixação Pi correspondente. Cada suporte de massa 27i compreende uma massa Mi (M1, M2, M3, M4).
[0064] As árvores de rotação 26i são, cada uma, equipadas com uma roda livre 28i, transmitindo um binário em um sentido e girando livremente no outro. Essa roda livre é ligada a uma árvore de acoplamento 29i que atravessa o disco 21 e que recebe um redutor 30i (todos não mostrados na figura 4A).
[0065] De uma forma similar, o segundo disco 22 compreende um centro O2 e pode girar em torno de um eixo de rotação central CC' que se estende ao longo da árvore de rotação 24. O eixo CC' é, então, perpendicular ao disco 22 e passa pelo centro do disco 02. O segundo disco 22 é montado sobre o elemento de suporte 25. Além disso, o segundo disco 22 compreende quatro pontos de fixação Qi (no caso, Q1, Q2, Q3, Q4) que serão explicados depois.
[0066] Conforme se pode anotar na figura 4A, os discos 21, 22 são defasados axialmente um do outro, a fim de que seus eixos de rotação centrais AA', CC' não coincidem. Essa defasagem pode ser horizontal, vertical, diagonal, etc... Todavia, a configuração na qual os discos 21, 22 são defasados verticalmente um em relação ao outro permite suportar melhor o peso do dispositivo, conforme descrito posteriormente.
[0067] Conforme será explicado depois, a rotação dos suportes de massa 27i em torno das árvores de rotação 26i cria um binário que é transmitido ao redutor 30i correspondente através da roda livre 28i e da árvore de acoplamento 29i. Em seguida, o redutor 30i transfere a rotação ao primeiro disco 21. O segundo disco 22 é ligado ao primeiro disco 21 e gira com o primeiro disco 21.
[0068] A figura 4B representa uma vista posterior do primeiro disco 21. Os redutores 30i (no caso, 301, 302, 303, 304) são montados sobre as árvores de acoplamento 29i correspondente. Embora cada redutor 30i compreenda os mesmos elementos, cada redutor é mostrado diferentemente na figura 4B a fim de poder melhor distinguir as diferentes características, e materiais e imateriais, segundo diferentes planos. Os redutores 30i são trens de engrenagens coaxiais montados em um plano vertical, isto é, no qual os eixos de rotação das peças de entrada e de saída de rotação são coaxiais.
[0069] Anotar-se-á que em outros modos de realização (conforme será explicado depois em relação com a figura 13), os redutores podem ser constituídos de trens de engrenagem que não são coaxiais, mas defasados verticalmente.
[0070] Conforme mostrado em relação com o redutor 301, o redutor compreende uma coroa periférica com engrenagem interna ou “coroa periférica” 31, quatro engrenagens satélites 32-j, j sendo o índice da engrenagem satélite, no caso, 1 a 4 (32-1, 32-2, 32-3, 32-4) e uma engrenagem de saída 33 situadas em torno da árvore de acoplamento 29i. A coroa periférica 31 é ligada à árvore de acoplamento 29i por um aro de centragem (não mostrada sobre o redutor 301) e constitui entrada do redutor. A engrenagem de saída 33 se situa em torno da árvore de acoplamento 29i e constitui a saída do redutor. Enfim, os satélites 32-1, 32-2 são dispostas entre a coroa periférica 31 e a engrenagem de saída 33 de um lado, e os satélites 32-3, 32-4 são dispostos entre a coroa periférica 31 e a engrenagem de saída 33 do outro lado. Essas engrenagens satélites 32-j transferem o movimento da coroa 31 na engrenagem de saída 33. A coroa periférica 31, os satélites 32-j e a engrenagem de saída 33 ficam essencialmente situados em um mesmo plano vertical. A utilização de quatro engrenagens satélites 32-j permite à coroa periférica 31 e à engrenagem de saída 33 girar no mesmo sentido, a fim de que a árvore de rotação periférica 26i e o primeiro disco 21 giram no mesmo sentido.
[0071] Conforme mostrado em relação com o redutor 302, o redutor compreende, além disso, um porta-satélite 34 sobre o qual os satélites 32-j são fixados por hastes de manutenção 35-j que atravessam, respectivamente, os centros dos satélites 32-j. Uma peça de bloqueio 36i, da qual só uma primeira parte 36i-1 estendendo-se verticalmente acima do redutor 302 é visível na figura 4B, é ligada à porta-satélite 34 pela haste 35-1 que fixa o eixo de rotação do satélite 32-1 sobre o porta- satélite 34. O porta-satélite 34 e a primeira parte 36i-1 da peça de bloqueio 36i estão respectivamente em planos situados diante e atrás do plano vertical, compreendendo a coroa 31, os satélites 32-1, 32-2, 32-3, 32-4 e a engrenagem de saída 33.
[0072] A peça de bloqueio 36i compreende também uma segunda parte horizontal 36i-2, mostrada mais particularmente nas figuras 4C e 4D, das quais uma das extremidades é fixada na extremidade superior da primeira parte 36i-1 e cuja outra extremidade é fixada no segundo disco 22. A peça de bloqueio 36i permite, portanto, bloquear a posição do porta-satélite 34 em relação ao segundo disco 22 e, por conseguinte, fixar a posição dos satélites.
[0073] Conforme mostrado em relação com o redutor 303, o redutor compreende, além disso, uma peça de entrada de rotação ou “peça de fixação” 37 que liga a árvore de acoplamento 29i à coroa periférica 31. A peça de fixação 37 compreende uma primeira parte 37-1 ou “aro de centragem” que é fixado e centrado sobre a árvore de acoplamento e uma segunda parte 37-2 que é uma peça cilíndrica que porta a coroa periférica 31 e na qual é fixada por parafusos 38.
[0074] Enfim, conforme mostrado em relação como redutor 304, cada satélite 32-j (32-1, 32-2, 32-3, 32-4) pode girar em torno de seu próprio eixo de rotação satélite DjDj', segundo a rotação do primeiro disco 21 em torno de seu eixo AA'. Ao contrário, a coroa periférica 31 e a engrenagem de saída 33 podem girar em torno do eixo BiBi', seguindo a rotação do primeiro disco 21 em torno de seu eixo AA'. Ao contrário, os satélites 32-j (32-1, 32-2, 32-3, 32-4) não podem girar em torno do eixo BiBi', pois são bloqueados em uma posição pré-determinada, no caso vertical, pela porta-satélite 34 e pela peça de bloqueio 36i.
[0075] A figura 4C representa uma vista frontal do segundo disco 22 compreendendo o centro O2, a árvore de rotação 24, e o eixo de rotação CC'. Além disso, o segundo disco 22 compreende os quatro pontos de fixação Qi (no caso, Q1, Q2, Q3, Q4), as segundas partes das peças de bloqueio horizontais 36i-2 (no caso, 361-2, 362-2, 363-2, 364-2) e uma peça de conexão 39. Os pontos de fixação Qi correspondem essencialmente aos pontos de fixação Pi do primeiro disco, as distâncias d1 em relação ao centro do disco e os ângulos a1 formados entre dois pontos de fixação consecutivos e o centro do disco sendo os mesmos.
[0076] As duas partes 36i-2 das peças de bloqueio 386i se estendem perpendicularmente ao plano da figura e são fixadas por uma de suas extremidades nos pontos de fixação Qi e pela outra extremidade nas extremidades superiores das primeiras proporções 36i-1 das peças de bloqueio das engrenagens satélites, conforme mostrado na figura 4D. A peça de bloqueio 36i permite imobilizar os satélites 32-1, 32-2, 32-3, 32-4 de cada redutor disposto sobre o primeiro disco 21, pois o segundo disco 22 gira com a mesma velocidade que o primeiro disco.
[0077] Enfim, a peça de conexão 39 liga a árvore de rotação 23 do primeiro disco à árvore de rotação 24 do segundo disco. A peça de conexão 39 tem, principalmente, uma função de suporte da árvore de rotação do primeiro disco.
[0078] A figura 4D representa uma vista lateral do dispositivo 20 da figura 4A e mostra os discos 21, 22, as árvores de rotação centrais 23, 24, o elemento de suporte 25, as árvores de rotação periféricas 262, 264, as rodas livres 282, 284, as árvores de acoplamento 292, 294, os redutores 302, 304, as peças de bloqueio 362, 364, a peça de conexão 39 e enfim os eixos de rotação AA', B2B2', B4B4', CC”.
[0079] Conforme se pode vê-lo, o elemento de suporte 25 é acoplado à árvore de rotação 24 do segundo disco 22 para mantê-lo em uma posição vertical, permitindo ao segundo disco 22 girar em torno de seu eixo CC'. Os discos 21, 22 sendo ligados pela peça de conexão 39, e em uma menor medida pelas peças de bloqueio 36i (362, 364), o primeiro disco 21 é assim suportado de uma forma indireta pelo elemento de suporte 25.
[0080] A figura 5 representa uma vista em corte detalhada de um redutor 40i segundo um modo de realização. Mais particularmente, a figura 5 representa o primeiro disco 21, uma árvore de rotação periférica 26i, uma roda livre 28i, uma árvore de acoplamento 29i e o redutor 40i. Para lembrete, a árvore de rotação periférica 26i é acionado em rotação por um suporte de massa 27i (não mostrado na figura 5).
[0081] O redutor 40i compreende uma peça de entrada de rotação 41, uma coroa periférica com engrenagem interna primária 42, duas engrenagens satélites primárias 43-1, 43-2, um primeiro porta-satélite 44, uma engrenagem de saída 45, uma peça intermediária de transição 46, uma coroa periférica com engrenagem interna secundária 47, duas engrenagens satélites secundárias 48-1, 48-2, um segundo porta- satélite 49, uma engrenagem de saída 50, e uma peça de saída de rotação 51. O redutor 40i compreende assim duas estágios de redução, o primeiro estágio compreendendo os elementos 42 a 45, o segundo estágio compreendendo os elementos 47 a 50, a peça intermediária 46 formando, ao mesmo tempo, a peça de saída de rotação do primeiro estágio e a peça de entrada de rotação da segunda etapa de redução.
[0082] A peça de entrada 41 compreende uma primeira parte 41-1, ou “aro de centragem” que é fixada e centrada sobre a árvore de acoplamento 29i e uma segunda parte 41-2 que é uma peça cilíndrica que porta a coroa periférica 42 e na qual ela é fixada por parafusos 52. A peça de entrada 41 transmite assim o movimento rotativo da árvore de acoplamento 29i à coroa periférica primária 42.
[0083] A coroa periférica primária 42 está em contato com as extremidades externas das engrenagens satélites primárias 43-1, 43-2 que estão aptas a girarem em torno de seus eixos de rotação D1D1' e d2D2' respectivos. Além disso, os satélites 43-1, 43-2 são fixados em seus centros, por exemplo, por meio de hastes de manutenção 53-1, 53-2 respectivamente, no primeiro porta-satélite 44. Anota-se no caso que o porta-satélite 44 é montado de forma a poder facilitar a rotação da árvore de acoplamento em relação ao porta-satélite e pode compreender um rolamento com esferas.
[0084] Além disso, anota-se que, ao invés de quatro satélites 32-j conforme mostrado em relação com a figura 4B, cada estágio compreende apenas dois satélites 43-1, 43-2, 48-1, 48-2. Nesse caso, a coroa periférica 42 e a engrenagem de saída 45 giram em sentidos opostos, mas o segundo estágio de redução permite obter uma rotação do primeiro disco 21 no mesmo sentido que a árvore de rotação periférica 26i. As engrenagens satélites primárias 43-1, 43-2 estão em contato, em suas extremidades internas, com a engrenagem de saída 45 que tem uma extremidade interna apta a girar em torno da árvore de acoplamento 29i. A peça intermediária 46 compreende uma extremidade interna acoplada na engrenagem de saída 45 por parafusos 54 e uma extremidade externa acoplada à coroa periférica secundária 47 por parafusos 55. A peça intermediária 46 assegura assim a ligação entre os dois estágios de redução do redutor 40i.
[0085] Da mesma forma, a coroa periférica secundária 47 está em contato com as extremidades externas das engrenagens satélites secundários 48-1, 48-2 que estão aptas a girar em torno de seus eixos de rotação D1D1' e D2D2' respectivos. Além disso, os satélites 48-1, 48-2 são fixados em seus centros, por exemplo, por meio de hastes de manutenção 56-1, 56-2 respectivamente, ao segundo porta-satélite 49. Da mesma forma, o porta-satélite 49 é montado, de forma a poder facilitar a rotação da árvore de acoplamento em relação ao porta-satélite e pode compreender um rolamento de esferas.
[0086] As engrenagens satélites secundárias 48-1, 48-2 estão em contato, em suas extremidades internas, com a engrenagem de saída 50 que está apta a girar em torno da árvore de acoplamento 29i e acoplamento à peça de saída 52 por parafusos 57. A peça de saída 51 é acoplada ao primeiro disco 21 por uma pluralidade de parafusos comporta 58 e compreende um rolamento de esferas para facilitar a rotação do primeiro disco em torno da árvore de acoplamento 29i. Assim, o primeiro disco 21 é acionado em rotação pelo redutor 40i e a árvore de rotação periférica 26i, este sendo acionado em rotação por suporte de massa.
[0087] Similarmente ao que foi explicado em relação com as figuras 4B a 4D, uma peça de bloqueio 59i liga as porta-satélites 44, 49 do redutor 40i ao segundo disco 22, a fim de impedir as rotações dos porta- satélites 44, 49 e bloquear a posição de satélites 43-1, 43-2 e 48-1, 482 sem travar sua rotação em torno dos eixos D1D1', D2D2'. A peça de bloqueio 59i compreende então uma primeira parte vertical 59i-1 ligado ao porta-satélites 44, uma parte horizontal 59i-2 ligado ao segundo disco 22, e uma segunda parte vertical 59i-3 ligado ao porta-satélite 49, as extremidades superiores das partes 59i-1, 59i-3 sendo ligados à parte horizontal 59i-2.
[0088] A figura 6 representa uma vista em perspectiva de um dispositivo rotativo 60, de acordo com um outro modo de realização da invenção. O dispositivo rotativo 60 compreende, além disso, um primeiro disco 61 e um segundo disco 62, um terceiro disco (ou disco de suporte) 63 disposto diante do primeiro disco 61 e tendo o mesmo eixo de rotação central AA'.
[0089] Os discos 61, 62 são essencialmente os mesmos que os discos 21, 22 descritos em relação com as figuras 4A a 4D, e não serão descritos de novo. O conjunto é montado sobre um elemento de suporte 64 que mantém o segundo disco 62, conforme descrito em relação com a figura 4D, e o terceiro disco 63.
[0090] Uma pluralidade 1 de árvores de rotação periféricas 65i se estendem entre os discos 61, 63 e são montados sobre pontos de fixação Pi. Uma mesma pluralidade I de suportes de massas 66i (do qual um único é mostrado na figura 6 por razões de clareza) são montados sobre as árvores de rotação 65i que se estendem segundo eixos de rotação periféricos BiBi'.
[0091] Anota-se aqui que uma árvore de rotação central poderia se estender entre os centos dos discos 61, 63, por exemplo, para melhor suportar ou poder auxiliar a rotação dos discos, mas, nesse caso, as dimensões dos suportes de massa deveriam ser restritas a fim de não se chocar com a árvore de rotação central, quando de sua rotação própria.
[0092] A figura 7 representa uma vista em perspectiva de um suporte de massa 66i segundo um modo de realização. Nesse modo de realização, o suporte de massa tem a forma de um prato triangular.
[0093] Uma extremidade da árvore de rotação 66i compreende uma roda livre 67i, configurada para fazer face ao primeiro disco 61, enquanto que a outra extremidade da árvore de rotação é um simples mancal 68i, configurado para fazer face ao terceiro disco 63. Por conseguinte, o terceiro disco 63 serve essencialmente para suportar o peso dos suportes de massa que pode ser de várias centenas de quilos ou mais, conforme a aplicação considerada.
[0094] O suporte de massa 66i compreende cinco fases 69A a 69E. As faces 69A, 68B são placas em forma de triângulo com ângulo reto dispostas em cada extremidade do suporte de massa e fazendo face aos discos 61, 63 respectivamente. As faces 69A, 69B compreendem orifícios 70 pelos quais a árvore de rotação 65i pode passar. A face 69C é uma placa que se estende horizontalmente, disposta para baixo e liga os lados inferiores horizontais das faces 69A, 69B. A face 69D é uma placa que se estende verticalmente, disposta lateralmente, e liga os lados verticais das faces 69A, 69B. a face 69D forma um ângulo a2 de aproximadamente 90 graus com a face 69C. Enfim, a face 69E é aberta e forma a hipotenusa da forma triangular. O espaço interno formado pelas faces 69A a 69E é vazio para permitir a instalação e o deslocamento das massas.
[0095] As faces 69A, 69B compreendem, sobre seu lado superior, trilhos 71, 72 dispostos ao longo da hipotenusa dos triângulos com ângulo a2 essencialmente reto (90 graus). Uma barra de massa 73 que compreende rodas 74 é suportada pelos trilhos 71, 72 e pode se deslocar em um movimento de vai vem na direção d2. Uma massa Mi, representada esquematicamente por uma seta, pode ser constituída de uma massa encaixada na barra 73 ou ser constituída simplesmente pela massa da própria barra.
[0096] Pode-se observar que, após algumas rotações do dispositivo, os suportes de massa serão encontrados em posições verticais, conforme mostrado nas figuras 2D e 3B. O dispositivo parará, pois não haverá mais binário provocado entorno dos eixos de rotação periféricos BiBi'. A fim de continuar a fazer girar o dispositivo, seria preciso utilizar um meio que permite “reinicializar” o sistema, recriando um binário em torno de um ou vários eixos de rotação periférica, por exemplo, mudando a inclinação do suporte de massa, a fim de recriar a energia potencial gravitária e aumentar um número de rotações que podem ser efetuadas pelo dispositivo.
[0097] A figura 8A representa um dispositivo rotativo 80, Segundo um outro modo de realização que permite a reinicialização do binário de um suporte de massa. Mas particularmente, a figura 8A representa uma vista frontal de um primeiro disco 81 equipado com um came 82. O came compreende um orifício 83, permitindo ao came se fixado no centro do disco 81 e um rebordo 84, cujo contorno é determinado. O came 82 não acionado em rotação, nem pelo disco 81, nem por um suporte de massa.
[0098] A figura 8B representa uma vista em perspectiva de um suporte de massa 86i, conforme um outro modo de realização destinado a cooperar com o came 82. O suporte de massa 86i é disposto sobre uma árvore de rotação 85i e corresponde essencialmente ao suporte 66i descrito em relação com a figura 7, salvo que o suporte de massa compreende, sobre sua extremidade configurada para fazer face ao primeiro disco 81, uma haste 87 e um rodete de rolamento 88.
[0099] A cooperação entre o came 82 disposto sobre o primeiro disco 81, e mais particularmente o rebordo 84, e o rodete 88 disposto sobre o suporte de massa 86i permite fazer variar o ângulo do suporte de massa, conforme descrito posteriormente com referência à figura 9.
[0100] Anota-se no caso, em um modo de realização, o terceiro disco é também equipado com um came e que o suporte de massa compreende também uma haste e um rodete situados diante do terceiro disco. Assim, o terceiro disco auxilia o primeiro disco para fazer variar o ângulo do suporte de massa, o que é útil sobretudo se uma massa importante for suportada pelo suporte de massa.
[0101] Em um outro modo de realização, a haste 87 e o rodete de rolamento 88 são dispostos sobre a árvore de rotação 85i ao invés do suporte de massa 86i.
[0102] A figura 9 representa uma vista de face do dispositivo rotativo 80 compreendendo o primeiro disco 81 equipado com o came 82 da figura 8A e o suporte de massa 86i equipado com a haste 87 e o rodete de rolamento 88 da figura 8B. Nessa figura, o mesmo suporte de massa 86i está representado por quatro posições P11, P12, P13 e P14 diferentes quando da rotação do primeiro disco em torno de rotação AA'.
[0103] A posição P11 é diretamente vertical embaixo do centro O1 do primeiro disco, com um ângulo de 0 graus com a vertical, a posição P12 é diretamente horizontal à esquerda do centro O1, com um ângulo de 90 graus com a vertical, a posição P13 fica diretamente assim vertical acima do centro O1, com um ângulo de 180 graus com a vertical, e a posição P14 fica diretamente horizontal à direita do centro O1, com um ângulo de 270 graus com a vertical. O conjunto haste / rodete do suporte de massa 86i entra em contato com o came 82 na posição P14 (a posição de inclinação mínima do prato) e deixa o contato com o came na posição P11 (a posição de reinicialização da inclinação do prato).
[0104] Em consequência, entre as posições P11 e P14, o suporte de massa 86i não está contraído pelo came 82 em sua rotação da árvore de rotação 85i, enquanto que, entre as posições P14 e P11, sua rotação é contraída pelo came 82, pois o rodete de rolamento 88 do suporte 86i está em contato com o rebordo 84 do came, o que impede a rotação do suporte em um sentido (no caso, o sentido horário) sob o efeito da ação da massa desviada.
[0105] Com efeito, o primeiro disco 81 continua a girar, enquanto que o rodete de rolamento 88 fica apoiado contra o rebordo 84 do came. Já que a árvore de rotação 85i do suporte pode de massa 86i termina por uma roda livre, o suporte pode girar livremente no sentido oposto (no caso, sentido anti-horário). A inclinação do suporte é, portanto, modificada pelo deslizamento do rodete de rolamento 88 ao longo do rebordo 84, enquanto que o primeiro disco 81 prossegue em sua rotação para baixo.
[0106] No fim do contato com o came, na posição de reinicialização P11, o suporte tem um ângulo a11 máximo em relação à horizontal. Em seguida, nas posições P12, P13 e P14, o ângulo em relação à horizontal (no caso os ângulos a12, a13 e a14) diminui progressivamente de tal modo que a11 > a12 > a13 > a14. Para dar uma ideia, se o ângulo a11 é de aproximadamente 20 graus em relação à horizontal, os ângulos a12 a a14 são respectivamente de 14,4, 8,8 e 3,2 graus para uma relação de engrenagem de 1/16. Conforme explicado anteriormente em relação com as figuras 3A, 3B, a mudança de inclinação do prato entre duas posições do disco, por exemplo, entre a posição P11 e a posição P12, pode ser determinada subtraindo no ângulo de partida do prato o ângulo de rotação do disco multiplicado pela relação de engrenagem, conforme explicado em relação com a figura 3A. Por exemplo, para um ângulo de reinicialização (ângulo de partida), de 20 graus, à uma diferença de 90 graus entre as posições P11, P12 e uma relação de engrenagem de 1/16, o ângulo resultante é igual a 20 - (90*1/16) = 14,4.
[0107] Anota-se aqui que as dimensões transversais do suporte de massa podem ser escolhidas, de forma que a extremidade a mais afastada do eixo de rotação do suporte esteja sempre posicionada além do centro do primeiro disco, conforme mais particularmente visível na posição P12. Uma massa posicionada na extremidade do suporte será, portanto, “motriz” a cada instante do ciclo de rotação, com um rendimento melhorado. Os suportes de massa não se chocaram com o came, pois o came é disposto entre a placa 68A do suporte e a face do primeiro disco.
[0108] A figura 10 representa uma vista em perspectiva de um dispositivo rotativo 90, conforme um outro modo de realização que permite a reinicialização do binário do suporte de massa. O dispositivo compreende os discos 61, 62, 63 descritos em relação com a figura 6, suportes de massa 91i (dos quais um único é mostrado na figura 10 por razões de clareza) e dos cames “externos” 92, 93.
[0109] Os cames 92, 93 são ligados entre si por uma árvore de rotação 94, que é rotativa em torno de um eixo de rotação EE'. Um motor 95 é ligado à árvore de rotação 94, para fazê-la girar, e os cames 92, 93 em consequência.
[0110] O suporte de massa 91i compreende hastes 96 e rodetes 97 dispostos sobre as extremidades externas do suporte, a fim de entrar em contato com os cames 92, 93. A rotação dos cames em torno do eixo EE' permite facilitar a reinicialização do ângulo de inclinação do suporte de massa 91i. Os rodetes 97 não deslizam ao longo da periferia dos cames 92, 93. Ao contrário, a posição do rodete 97 é fixa em relação à periferia do disco. O motor 95 aciona em rotação a árvore de rotação 94 e os cames 92, 93 em um sentido (no caso, anti-horário). A rotação dos cames externos anula a massa gravitária do suporte e o binário do suporte em torno de seu eixo periférico. Modifica a trajetória dos rodetes e reinicializa o ângulo de inclinação do suporte.
[0111] A figura 11 representa um dispositivo de rotação 100, conforme um outro modo de realização que permite a reinicialização do binário de um suporte de massa. O dispositivo compreende um primeiro disco 101, uma pluralidade I de suportes de massa 102i e uma mesma pluralidade I de dispositivos motorizados 103i posicionados sobre o primeiro disco 101. Cada dispositivo motorizado 103i é ligado à extremidade externa de um suporte de massa correspondente por um cabo 104i.
[0112] Nessa figura, o mesmo suporte de massa 102i e o mesmo dispositivo motorizado 103i estão representados para quatro posições P21, P22, P23, e P24 diferentes, quando da rotação do primeiro disco em torno do eixo de rotação AA'. Nessa figura, a posição P21 é diretamente vertical embaixo do centro O1 do primeiro disco, com um ângulo de 0 graus com a vertical, P22 fica diretamente horizontal à esquerda do centro O1, com um ângulo de 90 graus com a vertical, P23 fica diretamente vertical acima do centro O1, com um ângulo de 180 graus com a vertical, e P24 fica diretamente horizontal na vertical do centro O1, com um ângulo de 270 graus com a vertical.
[0113] Entre a posição P24 (a posição de inclinação mínima do prato) e a posição P21 (a posição de reinicialização da inclinação do prato), o dispositivo motorizado 103i é engajado e exerce uma tração sobre o cabo 104i que permite modificar o ângulo de inclinação do suporte de massa 102i. Ao contrário, entre as posições P21 e P24, o cabo 104i permanece esticado, mas não entrava a rotação do suporte de massa.
[0114] A fim de permitir ao cabo 104i permanecer esticado, permitindo ao suporte de massa 102i girar em um sentido, (no caso, o sentido horário) e exercer um binário, o dispositivo 103i compreende, além disso, uma polia, sobre a qual desliza o cabo 104i, uma mola de comando e uma roda livre (não mostradas na figura 11).
[0115] Em um modo de realização, o motor 103i é engajado pela detecção da passagem pela posição P24 do primeiro disco com o auxílio de captadores ópticos ou eletromagnéticos conhecidos do técnico. De maneira similar, o motor 103i é parado pela detecção da passagem pela posição P21 do primeiro disco.
[0116] A figura 12 representa uma vista em perspectiva de um suporte de massa 110i, conforme um outro modo de realização, no qual o suporte compreende ele próprio meios para modificar o centro de gravidade de sua massa M. O suporte de massa 110i é similar ao suporte de massa descrito anteriormente com referência à figura 7. O suporte de massa 110i compreende trilhos 111, 112 e uma pluralidade de “calços eletromagnéticos” 113 dispostos segundo a direção d2 sobre cada trilho. Os calços 113 são comandados à distância e se levantam e se abaixam em função de uma corrente elétrica de comando.
[0117] Uma barra porta massa 114, compreendendo rodas 115 sobre suas extremidades, pode deslizar sobre os trilhos 111, 112,graças às rodas 115. A posição da barra porta-massa sobre os trilhos pode ser bloqueada por dois calços eletromagnéticos destacados de ambos os lados das duas rodas 115, ou de um único lado, deixando a barra livremente móvel entre uma extremidade do trilho e o calço.
[0118] Quando todos os calços são abaixados, a barra porta-massa 114 pode se deslocar ao longo dos trilhos 111, 112, em razão da inclinação do suporte de massa 110i. A posição da barra porta-massa é de novo bloqueada, quando de outros calços são de novo destacados.
[0119] Como o ângulo de inclinação de suporte pode mudar, a barra porta-massa em livre movimento pode-se afastar do eixo de rotação do prato ou, ao contrário, se aproximar dele. Quando ela se aproxima dele, o binário diminui, quando ela se afasta dele, o binário aumenta. Quando a barra porta-massa é posicionada verticalmente em relação ao eixo de rotação do suporte de massa, o binário é nulo, sem considerar a massa do próprio suporte.
[0120] Portanto, é possível comandar o valor do binário aplicado ao disco, liberando ou bloqueando a barra porta-massa por uma inclinação pré-determinada do suporte de massa. A força motriz de sistema pode, portando, ser comandada e ajustada à distância com o auxílio da força gravitária.
[0121] Além disso, a inclinação dos suportes de massa pode ser escolhida para ser relativamente pequena, conforme descrito anteriormente em relação com o exemplo da figura 7, a fim de facilitar o ajuste da posição da barra porta-massa ao longo do trilho.
[0122] A figura 13 representa uma vista em corte detalhada de um redutor 120i, de acordo com um modo de realização. Mais particularmente, a figura 13 representa um primeiro disco 118, uma árvore de acoplamento 119, e o redutor 120i. Para lembrete, a árvore de acoplamento 119 é acionada em rotação por um suporte de massa montado sobre uma árvore de rotação periférica ligada à árvore de acoplamento por uma roda livre (todos não mostrados na figura 13).
[0123] O redutor 120i compreende uma peça de entrada de rotação 121 ou “aro de centragem” que é fixada e centrada sobre a árvore de acoplamento 119, uma primeira engrenagem 122, uma segunda engrenagem 123, uma árvore de acoplamento adicional 124, uma terceira engrenagem 125, uma quarta engrenagem 126 e uma peça de saída de rotação 127. A quarta engrenagem 126 é ligada à peça de saída 127 por parafusos 128 e a peça de saída 127 é acoplada ao primeiro disco 118 por uma pluralidade de parafusos com porcas 129 e compreende um rolamento com esferas para facilitar a rotação do primeiro disco em torno da árvore de acoplamento 119.
[0124] As engrenagens 122, 126 são rotativas em torno do eixo BiBi'. As engrenagens 123, 125 são rotativas em torno do eixo DjDj' e são acopladas em seus centros pela árvore de acoplamento adicional 124. A primeira engrenagem 122 e a segunda engrenagem 123 são ligadas em seus exteriores e a terceira engrenagem 125 e a quarta engrenagem 126 são ligados em seus exteriores também. Em consequência, a engrenagem 120i não compreende coroa periférica, nem engrenagens satélites em relação àquele mostrado em relação com a figura 5.
[0125] Em consequência, a rotação da árvore de acoplamento 119 é transmitida consecutivamente à peça de entrada de rotação 121, à primeira engrenagem 122, à segunda engrenagem 123, à árvore de acoplamento adicional 124, à terceira engrenagem 125, à quarta engrenagem 126, à peça de saída 127, e ao disco 118.
[0126] A engrenagem 120i compreende, além disso, uma peça de bloqueio 130 e uma peça de bloqueio 131 que é ligada à peça de bloqueio 130 por um parafuso 132. A árvore de acoplamento adicional 124 atravessa a peça de bloqueio 130 e pode girar em torno do eixo DjDj', mas não pode girar em torno do eixo BiBi' por causa da peça de bloqueio 131, que é ligada a um segundo disco, conforme descrito em relação com as figuras 4B a 4D, por exemplo. A árvore de acoplamento 119 atravessa também a peça de bloqueio 130 e pode girar em torno do eixo BiBi.
[0127] Modos de realização da invenção se referem também um processo de montagem de um dispositivo de rotação gravitária, conforme descrito acima.
[0128] O processo de montagem compreende as seguintes etapas: - uma etapa S1 de montar um primeiro disco, por exemplo, sobre um suporte; - uma etapa S2 de montar pelo menos uma árvore de rotação periférica sobre o primeiro disco, a árvore de rotação periférica sendo disposta à distância de um eixo central (AA') do primeiro disco, apta a girar em torno de um eixo de rotação periférica (BiBi'), paralela ao eixo central e acoplada ao primeiro disco; - uma etapa S3 de montar uma engrenagem redutora 30i, 40i; 120i entre a árvore de rotação periférica e o primeiro disco; - uma etapa S4 de montar meios de bloqueio para fixar pelo menos uma parte de engrenagem redutora em uma posição fixa, a fim de impedi-la de girar em torno do eixo de rotação periférica; - uma etapa S5 de montar uma roda livre sobre a árvore de rotação periférica; - uma etapa S6 de montar pelo menos um suporte de massa sobre a árvore de rotação periférica; e - uma etapa S7 de montar meios para modificar o ângulo de inclinação do suporte de massa sobre a árvore de rotação periférica.
[0129] Será compreendido que essas etapas podem ser preenchidas em uma ordem diferente. Por exemplo, um suporte de massa pode ser montado sobre uma árvore de rotação antes da montagem da árvore sobre o primeiro disco, a engrenagem redutora pode ser montada sobre a árvore de rotação após a montagem da roda livre, etc.
[0130] Além disso, o processo de montagem pode compreender etapas de montagem de um segundo disco sobre o suporte, a conexão dos meios para fixar as partes da engrenagem redutora no segundo disco, a montagem de um terceiro disco diante do primeiro, etc.
[0131] Será compreendido pelo técnico que os modos de realização descritos acima são capazes de modificações, notadamente conforme a seguir.
[0132] Anota-se aqui um sistema de recuperação da energia produzida pela rotação do dispositivo rotativo pode ser acoplado ao dispositivo rotativo, por exemplo, no nível das árvores de rotação centrais.
[0133] Em um modo de realização, o dispositivo compreende um motor acoplado a cada árvore de rotação periférica, por exemplo, do lado externo do terceiro disco e apto a fazer girar a árvore no sentido oposto à rotação do primeiro disco (no caso, anti-horário). O motor pode ser equipado com meios de controle que permitem acionar o motor no momento apropriado. Esses meios de controle podem ser, por exemplo, um captador que detecta a posição angular da árvore de rotação em relação ao centro dos discos ou um minutador regulado sobre o tempo de rotação do disco.
[0134] Em um modo de realização, o dispositivo compreende vários meios de modificação do ângulo de inclinação, por exemplo, cames internos e externos, ao mesmo tempo, um came interno e um motor acoplado à árvore de rotação, etc.
[0135] Embora o dispositivo rotativo tenha sido descrito no que precede como compreendendo uma pluralidade de suportes de massa, será compreendido pelo técnico que um só suporte de massa é suficiente para fazer girar o dispositivo, pelo menos parcialmente, conforme foi visto em relação com as figuras 3A e 3B. Nesse caso, uma pluralidade de meios que permitem mudar a inclinação do suporte podem ser dispostos em torno do dispositivo, a fim de interagir regularmente com o único suporte de massa.
[0136] Além disso, será anotado que não é necessário que as árvores de rotação do primeiro disco e do segundo disco sejam ligadas. Com efeito, as peças de bloqueio podem ser suficientes para suportar o primeiro disco e fazer o segundo disco, segundo o peso e as dimensões dos discos.
[0137] Além disso, será anotado que, ao invés de peças de bloqueio ligadas ao segundo disco, as peças de bloqueio podem ser ligadas a pontos fixos do primeiro disco, a uma coroa que envolve o redutor e gira no sentido oposto, a uma ranhura aberta em um suporte, etc. Nesse caso, o segundo disco não é essencial.
[0138] Além disso, será anotado que o segundo disco pode ter seu eixo de rotação central coaxial com o eixo de rotação central do primeiro disco.
[0139] Os suportes de massa podem, naturalmente, ter formas diversas, por exemplo, ser constituído de uma única peça, se estender sobre duas dimensões somente, compreender tubos interconectados ao invés de placas, etc.
[0140] Além disso, o número de engrenagens satélites pode variar, de acordo com a relação de engrenagem, o número de estágios de redução, etc. Da mesma forma, o número de estágios de redução pode variar.
[0141] Ao invés de calços eletromagnéticos, conforme mostrado na figura 12, poder-se-ia imaginar uma espécie de “correia deslizante” sobre a qual uma massa é fixada, e um motor que desloca essa corrente.
[0142] Em um modo de realização, as peças de entrada e/ou de saída de rotação são engrenagens diretamente ligadas às árvores de rotação e/ou aos discos.

Claims (14)

1. Dispositivo de rotação gravitária (20; 60; 80; 90; 100) compreendendo: - um primeiro disco (21; 61; 81; 101; 118) que compreende: - um eixo central (AA') em torno do qual o disco está apto a girar e - pelo menos um eixo de rotação periférica (BiBi') disposto à uma distância do e paralelo ao eixo central (AA'), - pelo menos uma árvore de rotação periférica (26i; 65i, 85i) disposta à uma distância do eixo central (AA') do primeiro disco (21; 61; 81; 101), apta a girar em torno do eixo de rotação periférica (BiBi'), paralela ao eixo central (AA') e acoplada ao primeiro disco (21; 61; 81; 101; 118); e - pelo menos um suporte de massa (27i; 66i; 86i; 91i; 102i; 110i) montado sobre a árvore de rotação periférica (26i; 65i; 85i) e tendo uma massa (Mi) apta a ser afastada da árvore de rotação, a fim de produzir um binário que faz girar a árvore de rotação e, por conseguinte, o primeiro disco; caracterizado pelo fato de o dispositivo compreender, além disso: - uma engrenagem redutora (30i, 301, 302, 303, 304; 40i; 120i) para redução do primeiro disco para o suporte de massa, a engrenagem redutora sendo disposta entre a árvore de rotação periférica (26i; 65i; 85i) e o primeiro disco (21; 61; 81; 101; 118), compreendendo uma peça de entrada de rotação (37; 41; 121) ligada à árvore de rotação periférica e uma peça de saída de rotação (33; 51; 127) ligada ao primeiro disco e coaxiais entre elas, a engrenagem redutora permitindo a rotação da árvore de rotação periférica ser transmitida ao primeiro disco; - meios (34, 35i, 35i-1, 35i-2, 36i; 44, 49, 531, 532, 561, 562, 59i, 59i-1, 59i-2, 59i-3; 130, 131, 132) para fixar pelo menos uma parte da engrenagem redutora em uma posição fixa, a fim de impedi-la de girar em torno do eixo de rotação periférica; - uma roda livre ajustada (28i; 67i) sobre a árvore de rotação periférica (26i; 65i; 85i); e - meios (82, 84, 87, 88; 92, 93, 94, 95, 96, 97; 103i, 104i; 111, 112, 113, 114, 115) para modificar o ângulo de inclinação (a11, a12, a13, a14) de um suporte de massa (86i; 91i; 102i; 110i) sobre a árvore de rotação periférica (26i; 65i; 85i) em relação à horizontal passando pelo eixo de rotação periférica (Bi,Bi') da árvore.
2. Dispositivo (20; 60; 80; 90; 100), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a engrenagem redutora compreender, além disso: - uma coroa periférica (31; 42, 47) ligada à peça de entrada de rotação (41); - uma engrenagem de saída (33; 45, 50) ligada à peça de saída de rotação, e - pelo menos uma engrenagem satélite (32-j, 32-1, 32-2, 323, 32-4; 43-1, 43-2, 48-1, 48-2) disposta entre a coroa periférica (31; 42, 47) e a engrenagem de saída (33; 45, 50); e os meios para fixar pelo menos uma parte da engrenagem redutora compreendem, além disso, portas satélites (34; 43, 49) fixadas nas engrenagens satélites e peças de bloqueio (36; 59i) fixadas nas portas satélites.
3. Dispositivo (20; 60; 80; 90; 100), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato de o dispositivo compreende, além disso, um segundo disco (22; 62) apto a girar em torno de um eixo central (CC') e acoplado ao primeiro disco (21; 61; 81; 101; 118), a fim de que uma rotação do primeiro disco (21; 61; 81; 101; 118) acione o segundo disco (22; 62) em rotação, os meios (34, 35i, 35i-1, 35i-2, 36i; 44, 49, 531, 532, 561, 562, 59i, 59i-1, 59i-2, 59i-3; 130, 131, 132) para fixar a parte da engrenagem redutora sendo acoplados ao segundo disco (22; 62).
4. Dispositivo (20; 60; 80; 90; 100), de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de o eixo central (CC') do segundo disco (22, 62) ser descentrado em relação ao eixo central (AA') do primeiro disco (21; 61; 81; 101; 118).
5. Dispositivo (20; 60; 80; 90; 100), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de compreender: - pelo menos duas árvores de rotação periféricas (26i; 65i; 85i), cada um sendo disposto a uma distância (d1) sensivelmente a mesma do eixo central (AA') do primeiro disco e tendo um eixo de rotação periférica (BiBi', B1B1') paralela ao eixo central (AA') acoplado ao primeiro disco (21; 61; 81; 101) e equidistante angularmente (a1) em relação ao centro (O1) do primeiro disco (21; 61; 81; 101); e - pelo menos dois suportes de massa (27i; 66i; 86i; 91i; 102i; 110i), cada um montado sobre uma árvore de rotação periférica (26i; 65i; 85i) e tendo uma massa (Mi) apta a ser afastada da árvore de rotação periférica, a fim de produzir um binário que faz girar a árvore de rotação periférica e, por conseguinte, o primeiro disco (21; 61; 81; 101).
6. Dispositivo (20; 60; 80; 90; 100), de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 5, caracterizado pelo fato de: - o primeiro disco (21; 61; 81; 101; 118) compreender uma árvore de rotação central (23); e - o segundo disco (22; 62) compreender uma árvore de rotação central (24); as árvores de rotação centrais (23; 24) sendo ligados por uma peça de conexão (39).
7. Dispositivo (20; 60; 80; 90; 100), de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de compreender, além disso, um elemento de suporte (25; 64) ligado à árvore de rotação central (24) do segundo disco (22; 62), permitindo ao primeiro disco (21; 61; 81; 101) e ao segundo disco (22; 62) girar;
8. Dispositivo (60; 80; 90; 100), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de compreender, além disso, um terceiro disco (63) disposto diante do primeiro disco (61; 81; 101), apto a girar em torno do eixo central (AA') do primeiro disco (61; 81; 101) e suportando uma extremidade da(s) árvore(s) de rotação periféricas (65i; 85i).
9. Dispositivo (90), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de os meios para modificar o ângulo compreenderem: - pelo menos um came externo (92, 93) disposto diante da extremidade exterior de um suporte de massa (91i) e compreendendo uma superfície de orientação, e - um rodete de rolamento (97) disposto sobre uma superfície externa de um suporte de massa (91i) e apto a entrar em contato com a superfície de orientação do came (92, 93) durante a rotação do primeiro disco (61), a fim de orientar a rotação do suporte de massa no sentido oposto da rotação do primeiro disco (61), graças à roda livre (67i) e mudar o ângulo de inclinação do suporte de massa.
10. Dispositivo (90), de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de compreender, além disso, um motor (95) ligado ao came externo (92, 93) e apto a acionar em rotação (94) o came em torno de um eixo de rotação (EE') do came no mesmo sentido de rotação que o primeiro disco (61).
11. Dispositivo (20; 60; 80; 90; 100), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de o suporte de massa (66i; 86i; 91i; 102i; 110i) compreender duas placas de forma triangular (69A, 69B), dispostas à distância uma da outra e em planos paralelos, ligadas uma à outra por elementos de suporte longitudinais (69C, 69D), os lados superiores das placas compreendendo trilhos (71, 72; 111, 112); e no qual uma barra sustenta a massa (73; 114) é suportada em suas duas extremidades pelos trilhos e apta a se deslocar em uma direção (d2) ao longo dos lados superiores das placas.
12. Dispositivo (20; 60; 80; 90; 100), de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de os trilhos (111, 112) do suporte de massa (110i) compreenderem, cada um, uma pluralidade de calços eletromagnéticos (113) aptos a se levantarem, a fim de bloquear o deslocamento da barra porta-massa (114) e a se abaixarem a fim de permitir o deslocamento da barra porta-massa ao longo (114) dos lados superiores das placas.
13. Processo de rotação de um dispositivo de rotação gravitária como definido na reivindicação 1, caracterizado pelo fato de compreender as etapas de: - afastamento da massa (Mi) de um suporte de massa (27i; 66i; 86i; 91i; 102i; 110i) em relação à árvore de rotação periférica (26i; 65i; 85i), a fim de produzir um binário que faz girar a árvore de rotação periférica (26i; 65i; 85i) e, por conseguinte, o primeiro disco (21; 61; 81; 101); e - modificação (82, 84, 87, 88; 92, 93, 94, 95, 96, 97; 103i, 104i; 111, 112, 113, 114, 115) do ângulo de inclinação (a11, a12, a13, a14) de um suporte de massa (86i; 91i; 102i; 110i) sobre a árvore de rotação periférica (26i; 65i; 85i), em relação à horizontal que passa pelo eixo periférico (BiBi') da árvore.
14. Processo de montagem de um dispositivo de rotação gravitária (20; 60; 80; 90; 100) como definido na reivindicação 1, caracterizado pelo fato de compreender as etapas de: - montagem (S1) de um primeiro disco (21; 61; 81; 101) que compreende: - um eixo central (AA') em torno do qual o disco está apto a girar, e - pelo menos um eixo de rotação periférica (BiBi') disposto à distância de e paralelo ao eixo central (AA'); - montagem (S2) de pelo menos uma árvore de rotação periférica (26i; 65i; 85i) do primeiro disco ao suporte de massa, disposta à uma distância do eixo central (AA') do primeiro disco (21; 61; 81; 101), apta a girar em torno do eixo de rotação periférica (BiBi'), paralelo ao eixo central (AA') e acoplado ao primeiro disco (21; 61; 81; 101); - montagem (S3) de uma engrenagem redutora (30i, 301, 302, 303, 304; 40i; 120i) entre a árvore de rotação periférica (26i; 65i; 85i) e o primeiro disco (21; 61; 81; 101; 118), a engrenagem redutora compreendendo uma peça de entrada de rotação (37; 41; 121) ligada à árvore de rotação periférica e uma peça de saída de rotação (33; 51; 127) ligada ao primeiro disco e coaxiais entre elas, a engrenagem redutora permitindo a rotação da árvore de rotação periférica ser transmitida ao primeiro disco; - montagem (S4) dos meios (34, 35i, 35i-1, 351-2, 36i; 44, 49, 531, 532, 561, 562, 59i, 59i-1, 59i-2, 59i-3; 130, 131, 132) para fixar pelo menos uma parte da engrenagem redutora em uma posição fixa a fim de impedi-la de girar em torno do eixo de rotação periférica; - montagem (S5) de uma roda livre (28i; 67i) sobre a árvore de rotação periférica (26i; 65i; 85i); - montagem (S6) pelo menos de um suporte de massa (27i; 66i; 86i; 91i; 102i; 110i) sobre a árvore de rotação periférica (26i; 65i; 85i), o suporte de massa tendo uma massa (Mi) apta a ser afastada da árvore de rotação, a fim de poder produzir um binário que faz girar a árvore de rotação; e - montagem (S7) dos meios (82, 84, 87, 88; 92, 93, 94, 95, 96, 97; 103i, 104i; 111, 112, 113, 114, 115) para modificar o ângulo de inclinação (a11, a12, a13, a14) do suporte de massa (86i; 91i; 102i; 110i) sobre a árvore de rotação periférica (26i; 65i; 85i) em relação à horizontal que passa pelo eixo de rotação periférica (BiBi') da árvore.
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