BR112015004096B1

BR112015004096B1 - aparelho de mudança de via para vias férreas

Info

Publication number: BR112015004096B1
Application number: BR112015004096-9A
Authority: BR
Inventors: Heinz Ossberger; Johann Gsodam; Holger Pütz
Original assignee: Voestalpine Vae Gmbh; Voestalpine Signaling Sainerholz Gmbh
Priority date: 2012-08-28
Filing date: 2013-05-22
Publication date: 2021-07-06
Also published as: AU2013308156A1; AU2013308156B2; BR112015004096A2; WO2014033512A8; AT513323B1; EP2893081A1; AU2013308156A8; WO2014033512A1; EP2893081B1; AT513323A1

Abstract

APARELHO DE MUDANÇA DE VIA PARA VIAS FÉRREAS. Aparelho de mudança de via, os carris (2) e contracarris (3) são fixados a uma travessa de betão (5), sobre a qual está disposto um dispositivo de regulação (11) para mudar um ponto de cróssima móvel (4). A travessa de betão (5) tem uma geometria cuboide com um lado superior (17), bordos longitudinais chanfrados que delimitam o lado superior, e faces laterais (18) que se prolongam a partir dos bordos longitudinais. O dispositivo de regulação (11) é fixado ao lado superior da travessa (5) entre um carril (2) e um contracarril (3), em que o dispositivo de acionamento (7) é disposto fora dos carris (2) e, de preferência, ligado à travessa de betão (5). 0 dispositivo de acionamento (7) está ligado ao dispositivo de regulação (11) através de pelo menos uma linha (12) que se estende ao longo dos bordos longitudinais chanfrados, em que o dispositivo de regulação (11), a pelo menos uma linha (12) e, opcionalmente, o dispositivo de acionamento (7) se estendem dentro da largura da travessa.

Description

[001] A invenção refere-se a um aparelho de mudança de via, incluindo carris, contracarris e uma cróssima com um ponto de cróssima capaz de movimento alternativo entre os contracarris, em que os carris e os contracarris são fixados a uma travessa, sobre a qual um dispositivo de regulação está disposto para mudar o ponto da cróssima, em que este dispositivo de regulação está ligado a um dispositivo de acionamento por meio de pelo menos uma linha.

[002] Para mudar as agulhas em relação aos carris entre uma posição de encosto e uma posição espaçada são necessários dispositivos de regulação, os quais estão ligados às agulhas através de um conjunto de hastes de ligação. Os dispositivos de regulação também são necessários para aparelhos de mudança de via que têm uma cróssima com um ponto de cróssima móvel para deslocar o ponto de cróssima entre os dois contracarris.

[003] Em ambos os casos, o dispositivo de regulação e o conjunto de hastes de ligação geralmente estão dispostos entre duas travessas, ou seja, no que é chamado o espaço entre de travessas, ou numa travessa oca, na qual um dispositivo de acionamento, por exemplo, um acionamento hidráulico, pode também ser eliminado, A disposição de um dispositivo de regulação para um ponto de cróssima móvel juntamente com o conjunto de hastes de ligação no espaço entre travessas, ou numa travessa oca, é, por exemplo, descrita em EP 343150 A2.

[004] As travessas ocas têm o inconveniente de exigir medidas especiais na região onde eles são colocados em balastro, pois as travessas ocas têm em geral de ser definidas mais profundamente do que as travessas padrão. Consequentemente, escavação separada da travessa de balastro é necessária nos locais de montagem.

[005] O aparelho e mudança de via que se tornou conhecido a partir DE 202010008526 U1 permite que o dispositivo de regulação e o conjunto de hastes para a mudança das agulhas a serem fixadas a uma travessa de betão padrão sem sobressair da travessa, em termos de largura. Evita-se, assim, a instalação de travessas ocas.

[006] A presente invenção tem como objetivo adaptar a construção descrita no documento DE 202010008526 U1 para mudar o ponto de cróssima móvel, em que não são necessárias mudanças de construção na estrutura global do aparelho de mudança de via onde for possível.

[007] Para resolver este elemento, o aparelho de mudança de via do tipo inicialmente definido de acordo com a invenção é desenvolvido de tal modo que a travessa é uma travessa de betão com uma geometria cuboide com um lado superior, os cantos longitudinais chanfrados delimitam o lado superior, e as faces laterais que se estendem a partir dos cantos longitudinais, de modo a que o dispositivo de regulação é fixado ao lado superior da travessa entre um carril e um contracarril, de modo a que o dispositivo de acionamento está disposto no exterior dos carris e de preferência ligado à travessa, de modo a que pelo menos uma linha que liga o dispositivo de acionamento ao dispositivo de regulação se estende ao longo dos cantos longitudinais chanfrados, em que o dispositivo de regulação, a pelo menos uma linha e, opcionalmente, o dispositivo de acionamento se estende dentro da largura da travessa.

[008] De acordo com a invenção, uma travessa de betão comum, em particular uma travessa de betão padrão, é assim utilizada para fixar os dispositivos de acionamento e de regulação, em que os componentes necessários para acionar o ponto de cróssima móvel estendem-se dentro da largura da travessa, ou seja, em especial num envelope que é lateralmente delimitado pelas faces laterais da travessa de betão ou as suas extensões. Como resultado, não há elementos a sobressair lateralmente da travessa, de modo a permitir a compactação na região da travessa da mesma maneira como no próprio trilho. Além disso, há a vantagem de a estrutura ser homogénea, ou seja, as travessas permanecem estruturalmente idênticas em toda a região do aparelho de mudança de via, independentemente de ser fornecido ou não um acionamento para uma cróssima móvel. A disposição do dispositivo de regulação, a pelo menos uma linha e, opcionalmente, o dispositivo de acionamento dentro da largura da travessa, a este respeito, de preferência implica que as unidades estruturais mencionadas não sobressaiam da medida mais larga da travessa na projeção normal.

[009] A invenção permite a simples instalação de um aparelho de mudança de via, uma vez que não há medidas especiais que devem ser tomadas na região de formação do balastro, como seria necessário com travessas ocas de aço que basicamente têm de ser ajustadas mais profundamente do que as travessas padrão. Isso vai adicionalmente resultar em montagens de trilhos idênticas e fixações de trilhos como para travessas sem acionamentos do aparelho de mudança de via.

[010] O dispositivo de acionamento, o qual é em particular concebido como uma unidade hidráulica, está ligado à travessa de betão de preferência numa região final da travessa fora dos carris, em que um meio de suporte pode, opcionalmente, afastar-se da travessa para se estender para além do lado final da travessa de betão, de modo a permitir espaço suficiente para ser fornecido para a fixação do dispositivo de acionamento. Independentemente, a extensão de largura do meio de suporte e do dispositivo de acionamento são, no entanto, selecionadas de modo a que estes vão ser basicamente localizados dentro da largura da travessa de betão. A este respeito, as alturas estruturais, tanto do dispositivo de regulação como do dispositivo de acionamento são de preferência escolhidas de modo a excluir uma colisão com o gabarito de passagem livre.

[011] Se, tal como em correspondência com uma configuração preferida, o dispositivo de acionamento for concebido como uma unidade hidráulica, este último está ligado hidraulicamente ao dispositivo de regulação através de pelo menos uma linha, que é concebida como uma linha hidráulica.

[012] De uma maneira vantajosa, não só as linhas hidráulicas, mas também a montagem de hastes de ligação que liga o dispositivo de regulação e o ponto de cróssima móvel, estão dispostos dentro da largura da travessa de betão. A montagem de hastes de ligação, que se estende desde o dispositivo de regulação, para além de uma haste do aparelho de mudança de via responsável pela mudança do ponto da cróssima móvel opcionalmente compreende também uma haste controladora para uma posição final do dispositivo de controlo. De modo a realizar a disposição da montagem da haste de ligação dentro da largura da travessa de uma maneira simples, um desenvolvimento adicional preferido da invenção prevê que a haste do aparelho de mudança de via e, onde apropriado, a haste controladora são conduzidos através e abaixo do patim do carril de um contracarril. Neste contexto, pode-se, em particular, prever que o contracarril seja formado com uma altura que é reduzida em relação à do ponto de cróssima, e que a haste do aparelho de mudança de via e, onde apropriado, a haste controladora sejam conduzidas através de um livre espaço entre o patim do carril do contracarril e o lado superior da travessa. A haste do aparelho de mudança de via e, onde apropriado, a haste controladora pode, neste caso, ter uma forma retilínea, ou seja, sem curvas, de modo a proporcionar um fluxo de força otimizado. De um modo preferido, a haste do aparelho de mudança de via comutação e, onde apropriado, a haste controladora engrena o patim do carril do ponto de cróssima.

[013] De modo a evitar que os deslocamentos relativos do ponto de cróssima móvel em relação à travessa que transporta o dispositivo de regulação causem a introdução de forças indesejáveis na haste do aparelho de mudança de via e no dispositivo de regulação, uma configuração preferida prevê que a haste do aparelho de mudança de via e, onde apropriado, a haste controladora estejam, cada uma, articuladas para o dispositivo de regulação através de um mecanismo de rotação que permite um movimento de rotação pelo menos biaxial, em particular uma junta esferoidal. Pode, além disso, prever-se que a haste do aparelho de mudança e via e, onde apropriado, a haste controladora estejam, cada uma, articuladas ao patim do carril do ponto de cróssima móvel, de modo a poder rodar em tomo de um eixo de rotação vertical.

[014] A ligação da montagem da haste ao ponto de cróssima construtivamente é estabelecida de uma forma simples, em que a haste do aparelho de mudança de via e, onde apropriado, a haste controlador engrenam o ponto de cróssima móvel através de uma cabeça de forquilha englobando o patim do carril.

[015] Uma estabilidade melhorada do ponto de cróssima é preferivelmente assegurada por os contracarris serem formados com perfis de agulhas assimétricos.

[016] De um modo preferido, o dispositivo de regulação, os contracarris e o ponto de cróssima repousam não diretamente sobre a travessa de betão, mas sobre uma placa de base disposta na travessa de betão, opcionalmente através de uma placa de suporte elástica interposta. Em particular, o ponto de cróssima móvel é montado de forma deslizante na placa de base disposta na travessa, tal que a essa placa de base funciona como uma cadeira deslizante para o ponto de cróssima.

[017] A placa de base está, de preferência, ligada à travessa de betão, através de pelo menos um elemento de fixação que pode ser aparafusado num recesso da travessa de betão, estando o dispositivo de regulação ligado à travessa de betão através de pelo menos um elemento de fixação. No entanto, isto não exclui o facto de serem providenciados mais elementos de fixação, que podem, opcionalmente, serem aparafusados em furos a serem introduzidos separadamente e que se estendem desde o lado superior da travessa de betão. Como resultado, é possível não só ligar o dispositivo de regulação à travessa de betão sem modificar a última, mas também utilizar adicionalmente furos já fornecidos na travessa de betão para fixar o dispositivo de regulação.

[018] O espaço livre de preferência proporcionado entre a travessa de betão e a superfície inferior do patim do carril dos contracarris de uma forma vantajosa construtivamente e com poupança de espaço é conseguido pelo facto de um fixador de carril estar fixado, em particular soldado, à placa de base para suportar os contracarris. De um modo preferido, a largura do fixador de carril, no máximo, corresponde a metade da largura da travessa, de modo a permitir que a haste do aparelho de mudança de via e, onde apropriado, a haste controladora sejam guiadas lateralmente para além do fixador de carril.

[019] Os meios para reforçar para baixo e suportar lateralmente os contracarris engrenam de preferência o fixador de carril.

[020] No que se segue, a invenção será explicada em mais pormenor por meio de versões exemplificativas ilustradas esquematicamente no desenho. Nesse sentido,

[021] Fig. 1 é uma planta do aparelho de mudança de via de acordo com a invenção;

[022] Fig. 2 é uma vista em corte de uma travessa;

[023] Fig. 3 é uma vista lateral do aparelho de mudança de via de acordo com a Fig. 1;

[024] Fig. 4 é uma vista de pormenor do aparelho de mudança de via de acordo com a Fig. 1 na zona do dispositivo de mudança;

[025] Fig. 5 é uma vista de pormenor do aparelho de mudança de via de acordo com a Fig. 3 na zona do ponto de cróssima, e

[026] Fig. 6 é uma vista em corte ao longo da linha VI-VI da Fig. 5;

[027] Fig. 7 é uma planta de uma configuração modificada do aparelho de mudança de via de acordo com a invenção, numa ilustração parcial;

[028] Fig. 8 é uma vista em corte ao longo da linha VIII-VIII da Fig. 7;

[029] Fig. 9 é uma vista em corte ao longo da linha IX-ÍX da Fig. 7;

[030] Fig. 10 é uma ilustração de acordo com a Fig. 8, que descreve uma configuração modificada da fixação do conjunto de hastes ao ponto de cróssima;

[031] Fig. 11 é uma ilustração de acordo com a Fig. 8, que descreve uma outra configuração modificada da fixação do conjunto de hastes ao ponto de cróssima.

[032] A Fig. 1 ilustra uma seção de um aparelho de mudança de via 1, que compreende carris 2 e uma cróssima, incluindo um ponto cróssima móvel 4 capaz de ser alternada entre os dois contracarris 3. Os carris 2 e os contracarris 3 são fixados a várias travessas de betão 5. A fixação dos carris 2 é efetuada, cada uma, através de placas de fixação 6 ligadas a travessas de betão 5 e através de convencionais meios de fixação de carris que reforçam o patim do carril 2.

[033] Uma unidade de acionamento 7, que é concebida como uma unidade hidráulica e fixada à travessa 5 fora dos carris 2, é providenciada para mudar o ponto de cróssima móvel 4. Afixação é mais claramente representada na Fig. 3, a partir da qual é aparente que o suporte ou armação, da qual se estende a unidade de acionamento 7, compreende uma porção de base em forma de placa 8 que se prolonga ao longo do lado superior da travessa 5 para além da face final 9 da travessa de betão 5, em que as pernas 10 anguladas a partir da área da porção de base 8 se estendem para fora da travessa de betão 5, sendo suportadas na face final 9 da travessa de betão 5 pelos seus bordos transversais, de modo a proporcionar uma estabilidade suficiente. Em vez de o suporte da unidade de acionamento 7 se estender para além da face final 9 da travessa 5, existe a possibilidade de prolongar uma travessa padrão, de tal modo que uma placa seja fixada à mesma numa zona final, a partir da qual a unidade de acionamento 7 se estende. Neste último caso, não é necessariamente exigido que a placa 8 ultrapasse a face final 9 da travessa 5. A unidade de acionamento pode também ser fixada a uma placa de base separada fora da travessa.

[034] Entre um contracarril 3 e um carril 2, um dispositivo de regulação 11 é fixado ao lado superior da travessa 5 e hidraulicamente ligado à unidade de acionamento 7, através de linhas 12. No dispositivo de aparelho de mudança de via 11, a pressão hidráulica fornecida pela unidade de acionamento 7 é transformada num movimento de mudança no sentido da dupla seta 13, por exemplo com o auxílio de uma unidade de êmbolo do cilindro hidráulico. Uma haste do aparelho de mudança de via 15 estende-se desde o dispositivo de regulação 11 e entra em contacto com o patim do carril da cróssima móvel 4, a fim de permitir o movimento recíproco da cróssima móvel 4 no sentido da seta dupla 13. Para além da unidade do aparelho de mudança de via, o dispositivo de regulação 11 pode incluir um dispositivo bloqueio de aparelho de mudança de via integrado e um dispositivo de controlo integral de posição final separado.

[035] O bloqueio do aparelho de mudança de via serve para fixar o ponto de cróssima móvel 4 na sua respetiva posição final. O dispositivo de controlo de posição final serve para digitalizar mecanicamente o estado atual do ponto de cróssima móvel 4 e para criar um sinal de controlo, para permitir determinar com segurança se o ponto de cróssima móvel 4 foi ligado corretamente e se o ponto de cróssima móvel 4 está na sua respetiva posição final correta. Para este efeito, o dispositivo de controlo da posição final compreende uma haste controladora 14 que se prolonga substancialmente de modo transversal em relação à direção longitudinal dos carris, que é deslocado na direção longitudinal da haste durante a mudança do ponto de cróssima móvel 4. A posição da haste controladora 14 é detetada no dispositivo de regulação 11 com o auxílio de transdutores eletromecânicos, por exemplo, sob a forma de aparelhos de mudança de via finais ou contactos do detetor de agulhas.

[036] Na vista em corte de acordo com a Fig. 2, a secção transversal da travessa de betão 5 está esquematicamente ilustrada, e é aparente como as linhas hidráulicas 12 são dispostas e como elas podem ser colocadas por baixo do carril 2. A travessa de betão 5 tem uma geometria concreta cuboide ou em bloco geometria com bordos chanfrados, isto é, biseladas, longitudinais superiores 16 que delimitam, por um lado, o lado superior 17 da travessa de betão 5 lateralmente e, por outro lado, as suas faces laterais 18. Para o lado superior 17 da travessa de betão está fixado o carril, que não está ilustrado na Fig. 2 por uma questão de clareza. As linhas hidráulicas 12 prolongam-se ao longo dos bordos longitudinais chanfrados 16 da travessa de betão 5 de tal modo que elas podem, por um lado, ser guiadas por debaixo do patim do carril 2, mas, por outro lado, de tal modo que não sobressaem lateralmente da largura B da travessa de betão 5.

[037] A partir da Fig. 1, é evidente que também a unidade de acionamento 7 e o dispositivo de regulação 11 têm larguras tais que a largura B da travessa de betão 5 não será ultrapassada.

[038] A partir da vista lateral de acordo com a Fig. 3, é evidente que os contracarris 3 e a cróssima móvel 4 estão fixados a uma placa de base 19, em que os contracarris 3 estão, cada um, concebidos para ter uma altura que é reduzida em relação â do ponto de cróssima móvel 4 e estão, cada um, apoiados sobre um fixador de carril 20.

[039] Os suportes laterais 21, que suportam os contracarris 3 contra a inclinação, engatam, cada um, o fixador de carril 20. A placa de base 19 e a placa de fixação 6 do carril 2, que é ilustrado no lado esquerdo do desenho, estão, cada uma, fixadas à travessa 5 por um parafuso de fixação 22. Os parafusos de fixação 22, ao mesmo tempo, retêm o dispositivo de regulação 11, sendo o dispositivo de regulação 11 enroscado com a travessa de betão 5 através de outros parafusos de fixação 23.

[040] O dispositivo de regulação 11 compreende um invólucro, cuja respetiva zona de face final está ligada, cada uma, à travessa de betão 5 através de uma placa de montagem 24, que por sua vez compreende superfícies de fundo que se prolongam de um modo mutuamente desfasados, uma das quais assenta sobre o lado superior da travessa 5, enquanto as outras assentam na placa de base 19 e placa de fixação 6, respetivamente. Assim, a placa de montagem 24, no seu fundo, compreende um passo cuja altura corresponde à placa de base 19 e à placa de nervura 6, respetivamente.

[041] A ilustração detalhada de acordo com a Fig. 4 revela com mais evidência a haste do aparelho de mudança de via15, que se estende desde o dispositivo de regulação 11, e a haste controladora 14. A ligação do dispositivo de regulação 11 ao ponto de cróssima móvel 4 está representada em pormenor na Fig. 5. A Fig. 5 ilustra apenas a haste de aparelho de mudança de via 15. No entanto, as explicações que se seguem também se aplicam de forma análoga à haste controladora 14. A haste do aparelho de mudança de via 15 está ligada ao dispositivo de regulação 11 através de uma articulação esferoidal 25, incluindo um elemento de mudança acionado no sentido da seta dupla 13. No extremo oposto, a haste do aparelho de mudança de via é articulada para o patim do carril 27 da cróssima móvel 4 através de uma cabeça de forquilha 26. A cabeça de forquilha 26 engloba o patim do carril 27 da cróssima móvel 4 através da sua extremidade em forma de forquilha, A ligação articulada da cabeça de forquilha 26 é realizada de forma articulada, sendo o eixo de rotação assinalado por 28. De forma a permitir a disposição da haste do aparelho de mudança de via 15 debaixo dos contracarris 3, os contracarris 3 têm um perfil de carris que é menor do que o do ponto de cróssima móvel 4, sendo os contracarris 3 suportados num fixador de carril elevado 20. Como resulta da Fig. 6, o fixador de carril 20 tem uma largura relativamente pequena, de modo a permitir que a haste do aparelho de mudança de via 15 e a haste de controladora 14 possam ser guiadas lateralmente passando o fixador de carril 20 sem sobressair da largura B da travessa de betão 5.

[042] O suporte lateral dos contracarris 3 é efetuado com o auxílio de elementos de suporte 21 fixados ao fixador de carril 20. Para este fim, o fixador de carril 20 compreende recessos laterais 29 cada um sobrepondo-se à cabeça alargada 30 de um parafuso roscado 31. Em cada extremidade livre dos parafusos roscadas 31 há uma rosca, na qual pode ser enroscada uma porca de parafuso (não ilustrada) para reforçar o elemento de suporte lateral 21 contra o patim do carril 32 dos contracarris 3. Além do mais, os suportes laterais 22 são, cada um, apoiados numa rede 34 dos contracarris 3 por meio de um elemento em forma de placa 33, sendo a ligação do elemento em forma de placa 33 à rede 34 realizada através de uma união de parafuso 35 que está indicado esquematicamente.

[043] A partir das Figs. 5 e 6, é ainda evidente que a placa de base 19 repousa sobre a travessa de betão 5 através de um meio de assento elástico interposto.

[044] As Figs. 7 a 11 ilustram versões modificadas, em que os contracarris 3 são, cada um, formados com um perfil de carril de rede espessa, em vez de um perfil de carril assimétrico, tal como acontece na configuração de acordo com as Figs. 1 a 6. O perfil de carril de rede espessa fornece uma melhor capacidade de suportar cargas de roda de cerca de 40 toneladas ou mais, que atuam diretamente sobre os contracarris na região do ponto de cróssima. Os números de referência utilizados nas Figs. 1 a 6 foram retidos para peças idênticas.

[045] A Fig. 7 apresenta um pormenor do aparelho de mudança de via na região da cróssima móvel 4, onde é evidente que os suportes laterais 21 dos contracarris 3 não são ilustrados. A partir do dispositivo de regulação 11, estende-se novamente uma haste do aparelho de mudança de via 15 e uma haste controladora 14, que são fixadas ao patim do carril 27 do ponto de cróssima móvel 4.

[046] A haste do aparelho de mudança de via 15 e a haste controladora 14 são guiadas por debaixo do contracarril 3, tal como é mais facilmente evidente na Fig. 8. Os contracarris 3, neste caso, têm a mesma altura do perfil como o ponto de cróssima móvel 4, de tal modo que a fixação da haste do aparelho de mudança de via 15 e da haste controladora 14 ao patim do carril 27 do ponto de cróssima móvel 4 tem de ser feita por debaixo. Ao contrário da configuração de acordo com as Figs. 1 a 6, é fornecido um fixador de carril mais simples 20 (não ilustrado) para suportar os contracarris 3, uma vez que os contracarris 3 pousam diretamente sobre a placa de base 19, tal como o ponto de cróssima móvel 4. A fixação da haste do aparelho de mudança de via 15 e a haste controladora 14 ao patim do carril 27 é efetuada por meio de uma cauda de andorinha. O lado inferior do patim do carril 27 do ponto de cróssima móvel 4 na zona de ligação da montagem de haste está provido de um recesso em cauda de andorinha 37, que é fechado de forma adaptada pela peça de ligação 38 de duas partes da haste do aparelho de mudança de via 15 e a haste controladora 14, respetivamente. As duas metades da peça de ligação 38 estão reforçadas contra o recesso em cauda de andorinha 37 a partir de ambos os lados com o auxílio de um parafuso. Para estabilizar ainda mais a posição do ponto de cróssima móvel 4 no respetivo encontro nos contracarris 3, um canal ou chanfro lateralmente laminado 39 que corresponde ao contorno exterior da peça de ligação 38 é fornecido no patim do carril do contracarril 3.

[047] Como resulta da Fig. 9, a haste do aparelho de mudança de via 15 e a haste controladora 14 são guiadas por entre o lado superior da travessa 5 e o lado inferior do patim do carril dos contracarris 3 dentro da altura estrutural da placa de base 19.

[048] A Fig. 10 apresenta uma configuração alternativa da fixação da haste do aparelho de mudança de via 15 e da haste controladora 14 para o lado inferior do ponto de cróssima 4 com o auxílio de uma ligação de parafuso sem causar qualquer enfraquecimento relevante da secção transversal do ponto de cróssima móvel 4. É fornecido um parafuso 40, o qual passa por um recesso da haste do aparelho de mudança de via 15 e da haste controlador 14 de uma maneira rotacional móvel e é inserido num furo cego introduzido no ponto de cróssima móvel 4 a partir de baixo, e fixado na sua posição com o auxílio de parafusos.

[049] A Fig. 11 ilustra uma outra conceção para a ligação da haste do aparelho de mudança de via 15 e da haste controladora 14 para o ponto de cróssima móvel 4, sem causar qualquer enfraquecimento do momento de inércia do ponto de cróssima. Aí, a haste do aparelho de mudança de via 15 e a haste controladora 14 na zona do eixo neutro são guiadas através de furos feitos na rede do carril dos contracarris 3 e são aparafusadas com o ponto de cróssima 4 com o auxílio de um elemento de compensação de ângulo aparafusado 41.

Claims

1. Aparelho de mudança de via, incluindo carris (2), contracarris (3) e uma cróssima (4) com um ponto de cróssima capaz de reciprocar entre os contracarris (3), em que os carris e os contracarris são fixados a uma travessa, em que é disposto um dispositivo de regulação para mudar o ponto de cróssima, estando este dispositivo de regulação ligado a um dispositivo de acionamento (7) por meio de pelo menos uma linha (12), caraterizado pora travessa ser uma travessa de betão (5) que tem uma geometria cuboide com um lado superior (17), bordos longitudinais chanfrados que delimitam o lado superior e faces laterais (18) que se estendem a partir dos bordos longitudinais, e por o dispositivo de regulação (11) estar fixado ao lado superior da travessa de betão (5) entre um carril (2) e um contracarril (3), pelo fato de o dispositivo de acionamento (7) estar disposto fora dos carris (2) e de preferência ligado à travessa de betão (5), por pelo menos uma linha (12) que liga o dispositivo de acionamento (7) ao dispositivo de regulação (11) se estender ao longo dos bordos longitudinais chanfrados (16), em que o dispositivo de regulação (11), a pelo menos uma linha (12) e, opcionalmente, o dispositivo de acionamento (7) se estendem dentro da largura da travessa, em que pelo menos uma haste do aparelho de mudança de via (15) e, opcionalmente, uma haste controladora (14) se estendem desde o dispositivo de regulação (11), sendo guiadas por debaixo do patim do carril (32) de um contracarril (3), em que a haste do aparelho de mudança de via (15) e, onde apropriado, da haste controladora (14) se estendem dentro da largura B da travessa de betão (5), e serem, cada uma, articuladas ao patim do carril (27) do ponto de cróssima móvel (4), de modo a serem articuláveis em torno de um eixo de rotação vertical (28).

2. Aparelho de mudança de via (1) de acordo com a reivindicação 1, caraterizado poro dispositivo de regulação (11), a pelo menos uma linha (12), e, opcionalmente, o dispositivo de acionamento (7), se estenderem dentro de um envelope que está delimitado lateralmente por extensões das faces laterais (18) da travessa de betão (5).

3. Aparelho de mudança de via (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caraterizado poro dispositivo de acionamento (7) ser concebido como uma unidade hidráulica e hidraulicamente ligado ao dispositivo de regulação (11) através de pelo menos uma linha (12), que é concebida como uma linha hidráulica.

4. Aparelho de mudança de via (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caraterizado poro contracarril (3) ser formado com uma altura que é reduzida em relação à do ponto de cróssima (4), e por a haste do aparelho de mudança de via (15) e, onde apropriado, a haste controladora (14) serem guiadas por um espaço livre entre o patim do carril (32) do contracarril (3) e o lado superior da travessa (5).

5. Aparelho de mudança de via (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caraterizado poros contracarris (3) serem formados com um perfil de carril de agulhas assimétrico.

6. Aparelho de mudança de via (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caraterizado pora haste do aparelho de mudança de via (15) e, onde apropriado, a haste controladora (14) estar, cada uma, articulada com o dispositivo de regulação (11) através de um mecanismo de rotação que permite um movimento rotativo pelo menos biaxial, em particular uma junta esferoidal (25).

7. Aparelho de mudança de via (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caraterizado pora haste do aparelho de mudança de via (15) e, onde apropriado, a haste controladora (14) engatarem o ponto de cróssima móvel (4) através de uma cabeça de forquilha (26) que engloba o patim do carril (27).

8. Aparelho de mudança de via (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caraterizado poro ponto de cróssima móvel (4) estar montado de forma deslizante numa placa de base (19) disposta na travessa de betão (5).

9. Aparelho de mudança de via (1) de acordo com a reivindicação 8, caraterizado porum fixador de carril (20) estar fixado, em particular soldado, à placa de base (19) para suportar os contracarris (3).

10. Aparelho de mudança de via (1) de acordo com a reivindicação 9, caraterizado pora largura do fixador de carril (20) corresponder, no máximo, a metade da largura da travessa de betão (5), em que a haste do aparelho de mudança de via (15) e, onde apropriado, a haste controladora (14) serem lateralmente guiadas passando o fixador de carril (20).

11. Aparelho de mudança de via (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 8, 9 ou 10, caraterizado pora placa de base (19) estar ligada à travessa de betão (5) através de pelo menos um elemento de fixação que pode ser aparafusado num recesso da travessa de betão (5), estando o dispositivo de regulação (11) ligado à travessa de betão (5) através de pelo menos um elemento de fixação.