BR112014026798B1 - Conjunto ortodôntico embalado e método de fabricação de um conjunto ortodôntico embalado - Google Patents

Abstract

conjunto ortodôntico embalado e método de fabricação de um conjunto ortodôntico embalado. a presente invenção fornece conjuntos ortodônticos embalados e métodos que prendem de modo compressivo um aparelho ortodôntico a um recipiente ao longo de lados opostos do aparelho adjacente às superfícies de ligação de sua base. isso pode ser feito com o uso de um mecanismo que limita o contato entre o aparelho e o recipiente, enquanto acomoda uma faixa substancial de dimensões transversais da base. esse mecanismo de engate permite que um aparelho revestido por adesivo seja preso em uma orientação consistente para uma dispensação conveniente, enquanto também limita potencialmente as interações adversas entre o adesivo e o recipiente. por se evitar a perda dos componentes adesivos durante o armazenamento, esses conjuntos e métodos podem estender a vida útil e fornecer propriedades de manuseio do adesivo consistentes.

Description

CAMPO

[001] Recipientes e métodos relacionados são fornecidos para aparelhos e conjuntos.Mais particularmente, recipientes e métodos relacionados são fornecidos para armazenamento e dispensação de aparelhos e conjuntos usados no tratamento ortodôntico.

ANTECEDENTES

[002] A ortodontia é o campo especializado da odontologia que diz respeito ao tratamento de dentes tortos. Há muitos motivos para se obter tratamento ortodôntico, incluindo aprimoramentos à estética facial e função da mordida, e manutenção mais fácil da higiene bucal. Uma forma predominante de terapia ortodôntica conhecida como "terapia de aparelho fixo" envolve o uso de minúsculos aparelhos chamados bráquetes, que são ligados às superfícies labial ou lingual dos dentes de um paciente. Outros aparelhos, chamados tubos molares, são com frequência fixados aos dentes molares do paciente. Cada um desses aparelhos tem uma fenda ou canaleta definida precisamente para acomodar um fio em formato de arco resiliente (ou "archwire"). Os bráquetes, os tubos molares e o fio (archwire) são coletivamente conhecidos como "aparelhos ortodônticos. " No início do tratamento, o fio (archwire) é preso à fenda ou canaleta de cada aparelho durante o tratamento. Ao passo que o fio (archwire) adota inicialmente um formato distorcido, ele retorna gradualmente em direção ao seu formato original enquanto endireita os dentes associados a ele.

[003] O armazenamento e a dispensação de bráquetes ortodônticos, tubos molares e outros aparelhos antes de eles serem ligados a um paciente pode apresentar vários desafios técnicos. Um desafio é o gerenciamento de inventário.A maioria dos aparelhos ortodônticos fixos não são universais e, assim, diferem de um dente para o outro. Adicionalmente, os aparelhos também são diferenciados com base na prescrição ortodôntica e família de aparelho. Por exemplo, bráquetes com certas orientações de fenda podem ser usados no caso de alguns pacientes, mas não no caso de outros, e tanto os bráquetes de cerâmica como os metálicos podem ser usados na mesma prática. Devido ao fato de os aparelhos ortodônticos serem minúsculos, fornecer um sistema para gerenciar esse estoque e assegurar que o sistema funcione eficazmente em um consultório odontológico movimentado não é uma questão trivial.

[004] Uma outra questão que pode afetar a eficiência de uma prática ortodôntica é o tempo gasto preparando um adesivo ortodôntico adequado e aplicando-o à superfície de ligação de cada aparelho. Tradicionalmente, essas eram etapas manuais, mas os fabricantes de produtos ortodônticos têm lidado com o problema de formas diferentes. Por exemplo, o APC II e o Sistema Adesivo Pré-Incorporado APC PLUS da 3M Unitek pré- reveste a base de ligação de cada aparelho e embala o aparelho revestido em um recipiente vedado e identificado. Esses recipientes podem, então, ser dispostos em uma bandeja odontológica, onde eles são abertos imediatamente antes da ligação pelo profissional que tratará os dentes.

SUMÁRIO

[005] Aparelhos ortodônticos pré-revestidos por adesivo são geralmente armazenados e manuseados gentilmente, pois os adesivos ortodônticos são pegajosos e podem ser transferidos inadvertidamente para os materiais de embalagem sem o cuidado apropriado. Tal transferência é geralmente indesejável porque reduz a quantidade de adesivo no aparelho quando ele é colocado sobre o dente. O problema é ainda mais complicado quando os componentes do adesivo são transferidos seletivamente. Por exemplo, ao longo do tempo, um componente resinoso de um adesivo pastoso pode escorrer do adesivo e causar uma concentração do componente de enchimento adesivo. O resultado pode ser uma alteração imprevisível na viscosidade adesiva e nas características de manuseio.

[006] Embora haja várias formas de resolver este problema, cada uma delas tem deficiências notáveis. Por exemplo, um bloco adesivo pode ser aplicado a uma base de ligação do aparelho e, então, ser preso a um revestimento poroso. Tais revestimentos, entretanto, tendem a absorver um grau significativo de resina do bloco adesivo. Alternativamente, o aparelho revestido por adesivo poderia ser suspenso no ar debaixo das aletas do bráquete para evitar o contato entre o adesivo e o recipiente. Essa abordagem, no entanto, pode complicar a técnica usada para remover o aparelho do recipiente.Como ainda uma outra opção, cada aparelho poderia ser suspenso a partir de um indicador de eixo longo recebido em sua fenda de fio, mas essa abordagem introduz um componente descartável que precisa ser subsequentemente removido após a ligação, o que é um desperdício e pode ser um transtorno para o profissional que está tratando os dentes.Finalmente, abordagens que suspendem o bráquete com frequência exigem que recipientes diferentes sejam usados para diferentes geometrias de aparelho, que pode ser caro e não prático para um fabricante de produtos ortodônticos.

[007] Os conjuntos ortodônticos embalados e os métodos fornecidos superam os problemas acima por prender de modo compressivo o aparelho ao recipiente ao longo de lados opostos da base do aparelho adjacente às superfícies de ligação da base. Isso pode ser feito com o uso de um mecanismo que limita o contato entre o aparelho e o recipiente, enquanto acomoda uma faixa substancial de dimensões transversais da base. Esse mecanismo de engate permite que um aparelho revestido por adesivo seja preso em uma orientação consistente para uma dispensação conveniente do profissional que faz o tratamento, enquanto também limita potencialmente as interações adversas entre o adesivo e o recipiente. Como resultado, essa solução pode estender a vida útil e otimizar a consistência das propriedades de manuseio do adesivo durante o armazenamento. Essa abordagem também pode possibilitar que uma única embalagem acomode os aparelhos que têm formatos e tamanhos significativamente diferentes, evitando, assim, a necessidade de personalizar um recipiente para cada tipo de bráquete.

[008] Em um aspecto, é fornecido um conjunto ortodôntico embalado. O conjunto compreende: um aparelho ortodôntico que tem uma base para fixação a um dente; e um recipiente que tem uma reentrância com uma superfície de base e um par de superfícies laterais opostas, não paralelas, fornecendo uma entrada de reentrância aumentada, pela qual as superfícies laterais entram em contato com os lados opostos da base para prender o aparelho na reentrância.

[009] Em um outro aspecto, é fornecido um conjunto ortodôntico embalado que compreende: um aparelho ortodôntico que tem uma base para fixação a um dente, a base tendo um par de bordas externas opostas; e um recipiente que tem uma reentrância com uma superfície de base e um par de superfícies laterais opostas, cada superfície lateral incluindo uma saliência que sustenta uma borda externa da base operando para suspender o aparelho acima da parede de base da reentrância.

[010] Em ainda um outro aspecto, é fornecido um conjunto ortodôntico embalado, que compreende: um aparelho ortodôntico que tem uma base para fixação a um dente, a base tendo um par de bordas externas opostas; e um recipiente que tem uma reentrância com uma superfície de base e um par de superfícies laterais opostas, cada superfície lateral incluindo uma saliência que entra em contato com uma respectiva borda externa da base para suspender o aparelho acima da parede de base da reentrância.

[011] Em ainda um outro aspecto, é fornecido um método de fabricação de um conjunto ortodôntico embalado. O método compreende: fornecer um recipiente que tem uma reentrância que compreende uma superfície de base e um par de superfícies laterais opostas que têm uma orientação não paralela para fornecer uma entrada de reentrância aumentada; colocar um aparelho ortodôntico ao menos parcialmente dentro da entrada da reentrância; e impulsionar o aparelho em direção à superfície de base para prender de modo compressivo o aparelho ao longo de uma direção transversal com base no contato entre o aparelho e as respectivas superfícies laterais opostas.

[012] Em ainda um outro aspecto, é fornecido um método de fabricação de um conjunto ortodôntico embalado que compreende: fornecer um recipiente que tem uma reentrância que compreende uma superfície de base e um par de superfícies laterais opostas, cada superfície lateral tendo ao menos uma protuberância para engatar um respectivo lado do aparelho; e impulsionar um aparelho ortodôntico em direção à superfície de base para ao menos parcialmente deformar pelo menos uma protuberância, a deformação parcial de pelo menos uma protuberância possibilitando que o aparelho seja preso de modo compressivo entre as superfícies laterais.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[013] A Figura 1 é uma vista em perspectiva que mostra um conjunto ortodôntico de acordo com uma modalidade, mostrando seus lados facial, mesial e oclusal.

[014] A Figura 2 é uma vista em perspectiva de um componente de recipiente do conjunto ortodôntico da Figura 1, que mostra seus lados facial, mesial e oclusal.

[015] A Figura 3 é uma vista facial do recipiente da Figura 2, mostrando seu lado facial.

[016] A Figura 4 é uma vista em seção transversal oclusal do recipiente das Figuras 2 e 3 tomada ao longo da seção 4-4 da Figura 3 e mostrando seu lado oclusal.

[017] A Figura 5 é uma vista em seção transversal mesial do recipiente das Figuras 2 a 4 tomada ao longo da seção 5-5 da Figura 3 e mostrando seu lado mesial.

[018] A Figura 6 é uma vista em seção transversal mesial do conjunto da Figura 1, mostrando seu lado mesial.

[019] A Figura 6a é um detalhe que mostra uma vista ampliada da interação entre os componentes do conjunto da Figura 6.

[020] A Figura 7 é uma vista em seção transversal mesial de um conjunto ortodôntico tampado de acordo com uma outra modalidade, mostrando seu lado mesial.

[021] A Figura 8 é uma vista em seção transversal mesial do conjunto da Figura 7, mostrando seu lado mesial e com a tampa parcialmente aberta.

[022] A Figura 9 é uma vista em seção transversal mesial do conjunto das Figuras 7 e 8, mostrando seu lado mesial enquanto um aparelho do conjunto está sendo dispensado.

[023] A Figura 10 é uma vista em seção transversal mesial de um conjunto de acordo ainda com uma outra modalidade, mostrando seu lado mesial.

[024] A Figura 11 é uma vista em seção transversal mesial de um conjunto ortodôntico de acordo ainda com uma outra modalidade, mostrando seu lado mesial.

[025] A Figura 12 é uma vista em seção transversal mesial de um conjunto ortodôntico de acordo ainda com uma outra modalidade, mostrando seu lado mesial.

[026] A Figura 13 é uma vista em seção transversal mesial de um conjunto ortodôntico de acordo ainda com uma outra modalidade, mostrando seu lado mesial.

[027] A Figura 14 é uma vista em seção transversal mesial de um conjunto ortodôntico de acordo ainda com uma outra modalidade, mostrando seulado mesial.

[028] A Figura 15 é uma vista em seção transversal mesial de um conjunto ortodôntico de acordo ainda com uma outra modalidade, mostrando seu lado mesial.

DEFINIÇÕES

[029] Conforme usado no presente documento: -O termo "mesial" significa em direção ao centro da arcada dentária curva do paciente. -O termo "distal" significa em uma direção contrária ao centro da arcada dentária curva do paciente. -O termo "oclusal" significa em direção às pontas externas dos dentes do paciente. -O termo "gengival" significa em direção às gengivas ou gengiva de um paciente. -O termo "facial" significa em direção aos lábios ou bochechas de um paciente. - O termo "lingual" significa em direção à língua de um paciente.

DESCRIÇÃO DETALHADA

[030] Serão agora descritas modalidades específicas em mais detalhes por meio de ilustrações e exemplos.As figuras são fornecidas para demonstrar propósitos e não estão necessariamente em escala.Numerais similares denotam elementos similares onde apropriado.

[031] De acordo com uma modalidade exemplificadora, a Figura 1 mostra um conjunto ortodôntico embalado indicado pelo numeral 100. O conjunto ortodôntico 100 inclui um recipiente 104 com uma reentrância 106 e um aparelho 102 recebido na reentrância 106. Nesse caso, o aparelho 102 é um bráquete ortodôntico que tem uma base 150, uma estrutura 152 que se estende para fora a partir da base 150 e uma fenda de fio (archwire) alongada 154 que se estende através de uma superfície facial da estrutura 152. A base 150 tem uma superfície de ligação adaptada para fixação a uma superfície dental e um adesivo 156 que se estende através de pelo menos uma porção da superfície de ligação. O aparelho 102 é preso ao restante do conjunto 100 pelo contato entre lados opostos da base 150 e as superfícies internas do recipiente 104.

[032] O recipiente 104 pode ser produzido a partir de qualquer um dentre vários materiais adequados conhecidos na técnica. Se o adesivo 156 for sensível à luz, as paredes do recipiente 104 podem ser produzidas a partir de um material adequado que bloqueia a luz, como um laminado polimérico metálico ou compósito polimérico preenchido com metal descritos na publicação de patente US n° 2003/0196914 (Tzou et al.). O recipiente 104 também pode ser formado com o uso de qualquer um dentre vários métodos de processamento de polímero conhecidos, como extrusão, modelagem por injeção ou termoformação. Em algumas modalidades, o compósito polimérico tem por base um termoplástico resiliente, como polipropileno.

[033] Embora um bráquete ortodôntico seja mostrado aqui, deve- se compreender que o recipiente 104 pode ser adaptado para uso com outros aparelhos ortodônticos que têm uma base para ligação a uma superfície dental. Tais aparelhos ortodônticos podem incluir, por exemplo, tubos molares ou pré- molares, botões, alças e envoltórios.

[034] As Figuras 2 a 5 ilustram adicionalmente aspectos específicos do recipiente 104. Para maior clareza, o aparelho 102 e o adesivo associado 156 não são mostrados nessas figuras. O recipiente 104 tem um substrato 108 e a reentrância 106 está situada no substrato 108. As Figuras 2 e 3 mostram uma área de recepção 107 para o aparelho 102 delimitada por um primeiro par de superfícies laterais opostas 110, 112, um segundo par de superfícies laterais opostas 114,116 e uma superfície de base 118. A modalidade nas Figuras 2 a 5 ilustram que as superfícies 110, 112, 114, 116 que ligam a área de recepção 107 não precisam ser as superfícies mais externas da reentrância 106. Como ilustrado no recipiente 104, as superfícies opostas 114, 116 também são as superfícies mais externas da reentrância, ao passo que as superfícies opostas 110, 112 não são.

[035] O primeiro par de superfícies opostas 110, 112 é não paralelo e fornece uma área de recepção 107 com uma entrada um pouco aumentada. Conforme mostrado na Figura 5, a área de recepção 107 tem um formato genericamente trapezoidal quando vista a partir das direções mesial ou distal. O segundo par de superfícies opostas 114, 116 também pode ser não paralelo, embora ele seja paralelo nessa modalidade. Alternativamente, o primeiro par de superfícies opostas 110, 112 pode ser paralelo e o segundo par de superfícies opostas 114, 116 pode também ser paralelo. Como uma outra opção, a superfície de base 118 é genericamente plana e paralela às áreas do substrato 108 que circundam a reentrância 106. Cada superfície 110, 112 tem uma pluralidade de trilhos distintos 120 que são genericamente paralelos uns aos outros e se projetam para o interior da área de recepção 107. Ao menos alguns dos trilhos 120 em cada superfície 110, 112 são coplanares com referência aos planos que cruzam o aparelho 102 quando o aparelho 102 é posto na área de recepção 107.

[036] A Figura 4 é uma vista em seção transversal que mostra em mais detalhes a disposição de trilhos 120 ao longo da superfície lateral 112. Dentro da área de recepção 107, oito trilhos com alinhamento vertical 120 são uniformemente espaçados ao longo da longa dimensão da superfície 112.Na configuração mostrada, os vãos entre os trilhos adjacentes 120 são aproximadamente quatro vezes a largura dos próprios trilhos 120. Opcionalmente e conforme mostrado, um conjunto igual de trilhos 120 está presente na superfície oposta 110. Se for desejado, o formato de cada trilho 120, a largura total de cada trilho 120 e o intervalo (ou espaçamento) dos trilhos 120 podem ser ajustados de acordo com o material do trilho e tipo de engate requeridos pela aplicação à mão. Em uma modalidade preferencial, os trilhos têm uma largura média de cerca de 0,25 mm (0,010 polegadas) e uma altura média de cerca de 0,38 mm (0,015 polegadas).

[037] A Figura 5 é uma outra vista em seção transversal girada 90 graus a partir da vista mostrada na Figura 4. A seção transversal é tomada ao longo de um plano de referência que passa através de um par de trilhos opostos 120 localizados nas respectivas superfícies 110, 112. Essa figura mostra também o afunilamento nos trilhos 120, refletindo o afunilamento nas superfícies associadas 110,112 de modo mais genérico. O afunilamento pode ser caracterizado por um ângulo θ entre uma superfície normal até a superfície de base 118 e uma borda anterior 122 do trilho 120, conforme mostrado. Embora a borda anterior 122 seja paralela a porções adjacentes da superfície lateral 112 nessa modalidade, esse não precisa ser necessariamente o caso. Por exemplo, a borda anterior 122 pode ter um grau de afunilamento enquanto as porções adjacentes da superfície lateral 112 podem ter um outro grau.

[038] Como alternativa, o grau de afunilamento pode ser definido pelo ângulo obtuso α formado entre a superfície de base 118 e a borda anterior 122, onde α = θ + 90 graus na configuração do recipiente mostrado. Como ainda uma outra alternativa, o grau de afunilamento também poderia ser definido com base na orientação de uma superfície lateral 110 em relação à superfície lateral oposta 112. Na Figura 5, esse ângulo β formado entre essas superfícies seria 2θ, embora essa condição não seria necessariamente válida onde as superfícies laterais 110, 112 não estão simetricamente dispostas.

[039] Em algumas modalidades, o ângulo θ é de pelo menos 5, pelo menos 10 ou pelo menos 15 graus.Em algumas modalidades, o ângulo θ é de no máximo 45, pelo menos 35 ou pelo menos 25 graus. O ângulo α pode ser de pelo menos 95 graus, pelo menos 100 graus ou pelo menos 105 graus, e pode ser de no máximo 135 graus, no máximo 125 graus ou no máximo 115 graus. Finalmente, em modalidades exemplificadoras, β é de pelo menos 10, pelo menos 20 ou pelo menos 30 e é de no máximo 90 graus, no máximo 70 graus ou no máximo 50 graus.

[040] As Figuras 6 e 6a mostram, em mais detalhes, a interação mecânica entre os trilhos 120 e o aparelho 102 quando o aparelho 102 (nesse caso revestido com um adesivo 156) é colocado dentro da reentrância 106 e impulsionado em direção à superfície de base 118 da área de recepção 107. Conforme mencionado anteriormente, o aparelho 102 é preso dentro da reentrância 106 do recipiente 104 pelo contato entre as superfícies oclusal- gengival 110, 112 da área de recepção 107 e os lados oclusal e gengival do aparelho 102. Vantajosamente, os trilhos 120 engatam os lados opostos da base 150 para prender o aparelho 102 de modo compressivo em uma configuração suspensa que evita o contato entre o adesivo 156 e a superfície de base 118. Em uma modalidade preferencial, há um encaixe por interferência entre o aparelho 102 e a pluralidade de trilhos 120.

[041] Opcionalmente e conforme mostrado, um ou mais dos trilhos 120 são ao menos parcialmente retráteis. No detalhe da Figura 6a, os trilhos 120 são suficientemente macios de modo que a borda anterior 122 de cada trilho 120 se deforma de modo compressivo por ocasião do impulsionamento do aparelho 102 para o interior da área de recepção 107 da reentrância 106. Essa deformação, que pode ser elástica, plástica ou uma combinação de ambas, pode resultar em os trilhos 120 se adaptarem estreitamente à base 150 do aparelho 102, resultando em um engate mais seguro. Isso é especialmente útil onde há uma variação significativa entre as geometrias de aparelhos diferentes. Tal variação pode ser devido às diferenças nos tamanhos da base para bráquetes diferentes, pequenos defeitos ou mesmo tolerâncias de fabricação. Por se usar protuberâncias retráteis, como os trilhos 120, pode ser possível produzir uma configuração para o recipiente 104 que pode acomodar uma ampla variedade deaparelhos 120 na reentrância 106.

[042] Configurações alternativas são possíveis. Em algumas modalidades, por exemplo, o recipiente 104 prende o aparelho 102 de modo compressivo ao longo de uma direção transversal além da direção oclusal- gengival. Por exemplo, as superfícies opostas 114, 116, que geralmente ficam voltadas para as direções mesial e distal, poderiam engatar os respectivos lados mesial e distal do aparelho 102. Como alternativa adicional, as quatro superfícies 110, 112, 114, 116 poderiam engatar todos os quatro lados do aparelho 102 simultaneamente quando o aparelho 102 é colocado no recipiente 104. O engate oclusal-gengival é geralmente preferencial, entretanto, devido ao fato de os aparelhos ortodônticos tenderem a mostrar menos variação na altura oclusal- gengival em comparação com a largura mesial-distal. Adicionalmente, manter um espaço aberto adjacente aos lados mesial e distal do aparelho 102 fornece locais onde um profissional de tratamento dentário pode acessar o aparelho 102 com pinças ou algum outro instrumento manual.

[043] Como resultado do engate mecânico entre o aparelho 102 e os trilhos 120, o aparelho 102 é suspenso em uma posição fixa acima da superfície de base 118. Nessa posição, o aparelho 102 e seu adesivo associado são espaçados verticalmente da superfície de base 118, evitando, assim, o contato substancial entre o adesivo e o recipiente 104. Outros recursos do recipiente 104 também podem afetar a extensão do contato. Por exemplo, conforme mostrado nas Figuras 3 e 4, a borda anterior 122 de cada trilho 120 tem uma geometria um tanto pontuda, similar a uma lâmina. Esse aspecto pode limitar ainda mais o contato entre o aparelho 102 e o recipiente 104 quando o aparelho 102 é colocado na reentrância 106. Como alternativa para os trilhos 120 aqui ilustrados, é também possível usar dentes, saliências ou outras protuberâncias em uma ou em ambas as superfícies laterais 110, 112 para atingir a mesma função ou uma função similar.

[044] Certas vantagens inesperadas provêm do contato limitado entre o aparelho 102 e o recipiente 104. Primeiro, reduzir o contato interfacial tem o efeito de diminuir a área da superfície ao longo da qual os componentes adesivos podem ser eliminados da base 150 do aparelho 102. Isso é especificamente benéfico quando se lida com adesivos heterogêneos, por exemplo, adesivos que têm uma composição dental não endurecida absorvida em um material compressível, conforme descrito na publicação de patente US n° 2009/0233252 (Cinader). A perda de certos componentes, por exemplo, iniciadores como canforquinona, pode ter efeitos prejudiciais na vida útil do adesivo e fazer com que aspectos da textura do adesivo, como viscosidade, mudem durante longos períodos de armazenamento. Segundo, um contato interfacial menor geralmente resulta em a base 150 aplicar um maior esforço compressivo às superfícies laterais 110, 112 quando o aparelho 102 é colocado na área de recepção 107. Uma vez que esse esforço compressivo é reciprocado em um estado de equilíbrio pelas paredes que definem as superfícies 110, 112, as paredes do recipiente 104 podem se deformar mais prontamente contra o aparelho 102, resultando em uma pega mais firme sobre o aparelho 102.

[045] As superfícies laterais afuniladas 110, 112 nas Figuras 2 a 6 fornecem vantagens adicionais. Primeiro, a presença de um afunilamento nas superfícies 110, 112 pode até mesmo reduzir ainda mais a área interfacial entre a base 150 e a borda anterior 122 dos trilhos 120 por limitar o contato ao canto da base 150 adjacente à superfície de ligação, conforme mostrado na Figura 6a. Isso reduz a oportunidade de perda do adesivo ou dos componentes adesivos. Segundo, um leve afunilamento fornece uma vantagem mecânica que possibilita a deformação dos trilhos retráteis 120 quando o aparelho 102 é pressionado para o interior da área de recepção 107. Isso, por sua vez, pode fornecer uma retenção mais conformal e firme do aparelho 102, conforme descrito anteriormente. Terceiro, o afunilamento permite que a área de recepção 107 seja "universal, " acomodando aparelhos que têm uma ampla variedade de tamanhos e formatos. O resultado é uma redução nos custos de fabricação, uma vez que a mesma geometria de recipiente pode ser usada para embalar os aparelhos ortodônticos que têm alturas oclusal-gengival diferentes, para dentes diferentes e até mesmo entre famílias diferentes de aparelhos.

[046] A totalidade dos recursos acima pode ajudar a minimizar a perda adesiva quando o aparelho 102 é puxado do recipiente 104 durante um procedimento ortodôntico de ligação. Em algumas modalidades, a perda adesiva é de no máximo 2 por cento, no máximo 5 por cento ou no máximo 20 por cento do peso de revestimento original do adesivo 156 na base 150 do aparelho 102. Em uma modalidade preferencial, essencialmente todo o adesivo 156 é mantido na base 150 quando o aparelho 102 é dispensado do recipiente 104.

[047] Um recurso opcional do conjunto 100 é mostrado nas Figuras 7 a 9. Primeiro, com referência à Figura 7, o conjunto 100 tem uma tampa removível 130 que se estende sobre a abertura da reentrância 106 para isolar o aparelho 102 do ambiente externo. A tampa 130 tem uma superfície de topo 132 e uma superfície de base 134 e pode ou não ser vedada hermeticamente ao longo da interface entre a superfície de base 134 e as áreas de substrato 108 que circundam a reentrância 106. A tampa 130 se estende além do substrato 108 em um lado, resultando em uma aba 138. Materiais adequados para a tampa podem incluir materiais para bloquear a luz, como, por exemplo, laminados com uma camada termoplástica, uma camada metálica e um revestimento de vedação por calor, conforme descrito na publicação de patente US n° 2003/0196914 (Tzou et al.).

[048] Também ilustrado na Figura 7, um elemento compressível 136 é preso à superfície de base 134 da tampa 130, o elemento 136 residindo na reentrância 106 quando a tampa 130 está em sua posição fechada. O elemento 136 entra em contato com a superfície facial do aparelho 102 (oposto à base 150) e fornece uma proteção adicional para evitar que o aparelho 102 se mova (ou "patine") significativamente em direções perpendiculares à superfície de base 118 ou alternativamente "tombe" dentro da área de recepção 107. Vantajosamente, o elemento 136 pode evitar que o aparelho 102 seja expulso da área de recepção 107 quando o conjunto 100 é submetido a choque e vibração. Opcionalmente e conforme mostrado, o elemento 136 entra em contato com uma ou mais superfícies do aparelho 102 em um ângulo não zero em relação à superfície de base 118 da área de recepção 107 para ajudar a evitar que o aparelho 102 deslize lateralmente na área de recepção 107.

[049] O elemento 136 diminui em volume e se adapta às superfícies faciais do aparelho 102 em resposta às forças compressivas que resultam do fechamento da tampa 130 sobre a reentrância 106. Dependendo de sua dureza, o elemento 136 também pode ajudar a prender o aparelho 102 por aplicar uma força positiva, contínua para impulsionar o aparelho 102 em direção à superfície de base 118 da área de recepção 107. Embora não mostrado, o lado do elemento 136 que engata o aparelho 102 pode, opcionalmente, ter um formato genericamente côncavo quando relaxado. Tal configuração pode ser complementar a pelo menos uma porção do lado facial do aparelho 102 e evitar uma compressão excessiva do elemento 136 quando a tampa 130 é fechada.

[050] Vários materiais compressíveis podem ser usados para construir o elemento 136, incluindo material polimérico macio poroso, espumas de células abertas e de células fechadas, materiais tecidos e não tecidos.Os materiais de espuma preferenciais incluem monômero de etileno propileno dieno e polietileno reticulado. Em uma modalidade exemplificadora, o elemento 136 tem uma deflexão por compressão a 25 por cento a uma pressão de no máximo 14 quilopascals (2 libras por polegada quadrada). Opções e vantagens adicionais associadas a conjuntos embalados que incluem elementos compressíveis são descritos no pedido de patente US provisório, n° de série 61/350.623 (Cinader, et al.).

[051] A Figura 8 mostra a abertura da tampa 130 ao puxar a aba 138 em um movimento de descolamento para cima, resultando em a superfície de base 134 se tornar separada das superfícies subjacentes do substrato 108. Conforme mostrado, o elemento 136 é removido do aparelho 102, fazendo com que o elemento 136 volte para trás em direção ao seu formato relaxado original. Em algumas modalidades, a tampa 130 é completamente removida do substrato 108, conforme representado na Figura 9, fornecendo um acesso aberto à reentrância 106 e ao aparelho 102 durante um procedimento de ligação. Como ilustrado adicionalmente na Figura 9, um profissional de tratamento dentário pode, então, pegar e remover o aparelho 102 do recipiente 104 com o uso, por exemplo, de um instrumento manual adequado 140.

[052] A Figura 10 mostra um conjunto alternativo 200, no qual um aparelho 202 que tem uma estrutura 252 e uma base 250 revestidas com um adesivo 256 é preso em uma reentrância 206 de um recipiente 204. O recipiente 204 geralmente tem superfícies laterais opostas 210, 212 que são afuniladas uma em relação à outra. O recipiente 204 difere daqueles recipientes das modalidades anteriores no sentido de que as superfícies 210, 212 não incluem trilhos ou quaisquer outras protuberâncias para limitar o contato entre o aparelho 202 e o recipiente 204. Em vez disso, o afunilamento nas superfícies 210, 212 ajuda a limitar o contato desses componentes um com o outro a uma estreita região de canto que se estende ao longo de lados opostos da base 250. Conforme descrito em modalidades anteriores, as paredes no recipiente 204 que definem as superfícies 210, 212 aplicam força de compressão à base 250 para prender o aparelho 202 na reentrância 206.

[053] A Figura 11 mostra um conjunto embalado 300 de acordo com mais uma outra modalidade. O conjunto 300 inclui um recipiente 304 com uma reentrância 306 e um aparelho 302 recebido na reentrância 306. Como anteriormente, o aparelho 302 tem uma base 350, uma estrutura 352 que se estende para fora a partir da base 350 e um adesivo 356 que se estende através de uma superfície de ligação da base 350. Deve ser compreendido que apenas uma vista parcial é mostrada e outros aspectos do conjunto 300 são similares a aqueles descritos anteriormente para os conjuntos 100, 200.

[054] O conjunto 300 difere dos conjuntos 100, 200 no sentido de que o recipiente 304 não engata o aparelho 302 ao longo das superfícies laterais afuniladas. Em vez disso, o recipiente 304 tem um par de saliências 324 sobre as quais o aparelho 302 descansa. Opcionalmente e conforme mostrado, as saliências 324 são genericamente paralelas a, e espaçadas de, uma superfície de base 318 da reentrância 306. As saliências 324 entram em contato com porções do adesivo 356 que se estendem ao longo da borda externa da base 350 para suspender o aparelho 302 e seu adesivo associado 356 acima da superfície de base 318. A reentrância 306 inclui adicionalmente um primeiro par de superfícies laterais 310a, 312a que se estendem ao longo das saliências 324 e os lados oposto de contato da base 350 para evitar o movimento lateral do aparelho 302 dentro da reentrância 306. Um segundo par de superfícies laterais 310b, 312b se estende abaixo da saliência, mas não entra em contato com a base 350.

[055] Enquanto a Figura 11 mostra o aparelho 302 sustentado pelo adesivo 356 que entra em contato com as saliências 324, também é possível que as saliências 324 sustentem a base do aparelho 350 sem qualquer estrutura interposta. Por exemplo, onde o adesivo reveste apenas uma porção central da superfície de ligação da base 350 ou está totalmente ausente, as bordas externas da base 350 do aparelho 302 podem descansar diretamente contra as saliências 324. Esse tipo de configuração pode ser benéfica, por exemplo, onde essencialmente o contato zero entre o adesivo 356 e o recipiente 304 é desejado.

[056] Em uma modalidade preferencial, as saliências 324 são tão estreitas quanto possível para evitar o contato substancial entre o adesivo 350 e o recipiente 304, reduzindo, assim, a área superficial ao longo da qual os componentes adesivos poderiam ser perdidos durante o armazenamento e/ou transporte. Em alguns casos, no entanto, pode ser desejável que as saliências 324 sejam feitas mais largas, particularmente se uma pluralidade de aparelhos que têm tamanhos de base desiguais deve ser acomodada na mesma configuração do recipiente. Como uma outra possibilidade, algumas ou todas as saliências 324 ou superfícies laterais 310a, 310b podem também ser afuniladas, conforme anteriormente descrito, para reduzir a área de contato entre o aparelho 302 e o recipiente 304.

[057] A Figura 12 mostra um conjunto 400 que combina características benéficas de ambos os conjuntos 200 e 300. O aparelho 402 tem uma estrutura 452 que se estende a partir de uma base de ligação 450, e um adesivo 456 se estende ao longo de ao menos uma porção da superfície de ligação da base 450. Mais uma vez, o aparelho 402 é recebido na reentrância 406 de um recipiente 404 que tem superfícies opostas 410, 412. Nessa modalidade, entretanto, as superfícies 410, 412 têm uma configuração em "degrau" com bordas horizontais e verticais alternadas fornecidas em uma escala precisa. Como resultado, as superfícies 410, 412 são afuniladas de modo funcional em uma escala macroscópica, enquanto paralelas em uma escala microscópica. Como outras configurações afuniladas, o uso de um padrão em degraus pode possibilitar que o recipiente 404 acomode uma variedade de tamanhos de base, mas fornece o benefício adicional de criar uma "parada positiva” contra as bordas horizontais das superfícies 410, 412 quando se coloca o aparelho 402 na reentrância 406. Ter uma parada positiva, por sua vez, ajuda a evitar a compressão excessiva do aparelho 402 no recipiente 404, o que poderia levar a dificuldades na remoção. Os degraus podem também ser arredondados para reduzir a probabilidade de o aparelho 402 deslizar inadvertidamente além de uma das superfícies 410, 412 e desengatar do recipiente 404.

[058] Uma variante adicional é fornecida na Figura 13, que mostra um conjunto 500 com um aparelho 502 e um recipiente 504. O aparelho 502 reside em uma reentrância 506 do recipiente 504 e é essencialmente idêntico aos aparelhos descritos anteriormente. O recipiente 504 inclui as aberturas superior e inferior 570a, 570b que se estendem ao longo do perímetro da reentrância 506. Cada abertura 570a, 570b tem um diâmetro interno "A" (ou dimensão transversal interna "A") que é ligeiramente menor que o diâmetro externo "B" (ou dimensão transversal externa "B") de uma base 550 do aparelho 502. Devido ao fato de a base 550 ser superdimensionada em comparação com o diâmetro interno das aberturas 570a, 570b, as aberturas 570a, 570b ficam em posição limítrofe às bordas superior e inferior da base 550, retendo, assim, o aparelho 502 em uma posição vertical fixa dentro da reentrância 506. Em modalidades preferenciais, as aberturas 570a, 570b são suficientemente finas, de modo que um profissional de tratamento dentário pode facilmente engatar ou desengatar o aparelho 502 das aberturas 570a, 570b por impulsionargentilmente o aparelho para baixo ou para cima com um instrumento manual adequado.

[059] Mais uma outra variante é mostrada no conjunto 600 da Figura 14, na qual um aparelho 602 entra em contato com a borda superior de ao menos um filamento de fio 680 que funciona como um espaçador entre uma base 650 do aparelho 602 e a superfície de base de uma reentrância 606 localizada em um recipiente 604. Nessa modalidade, um adesivo 656 se estende através da base 650 do aparelho 602 e descansa sobre o filamento 680 para suspender o aparelho 602 dentro da reentrância 606. Conforme mostrado aqui, os lados opostos da base 650 também entram em contato com as superfícies laterais da reentrância 606, embora esse não seja necessariamente o caso.

[060] A Figura 15 mostra ainda outro conjunto 700 que inclui um aparelho 702 que tem uma base de ligação 750 e está preso em uma reentrância 706 de um recipiente 704. Nessa modalidade, as paredes opostas da reentrância 706 incluem uma pluralidade de saliências superior e inferior 760a, 760b que engatam coletivamente as bordas externas da base 750 para suspender o aparelho 702 acima da superfície de base da reentrância 706. Para colocar inicialmente o aparelho 702 no recipiente 704, o aparelho 702 pode ser impulsionado para dentro da reentrância 706, fazendo com que as paredes opostas da reentrância 706 sejam defletidas uma para longe da outra e permitindo que a base 750 se acomode entre as saliências superior e inferior 760a, 760b. A ação reversa pode ser usada para remover o aparelho 702 da reentrância 706. A força necessária para engatar e desengatar o aparelho 702 pode ser ajustada com base no tamanho ou formato das saliências 760a, 760b e dureza das paredes da reentrância. MODALIDADES 1.Um conjunto ortodôntico embalado que compreende: umaparelho ortodôntico que tem uma base para fixação a um dente; e um recipiente que tem uma reentrância com uma superfície de base e um par de superfícies laterais opostas não paralelas fornecendo uma entrada de reentrância aumentada, pela qual as superfícies laterais entram em contato com os lados opostos da base para prender o aparelho na reentrância. 2.O conjunto da modalidade 1, em que cada superfície lateralforma um ângulo obtuso em relação à parede de base na faixa de 95 a 135 graus. 3.O conjunto da modalidade 2, em que o ângulo obtuso estána faixa de 100 a 125 graus. 4.O conjunto da modalidade 3, em que o ângulo obtuso estána faixa de 105 a 115 graus. 5.O conjunto da modalidade 1, em que cada superfície lateraltem pelo menos uma protuberância para engatar um respectivo lado do aparelho, a pelo menos uma protuberância estando ao menos parcialmente retraída. 6.O conjunto da modalidade 5, em que a pelo menos umaprotuberância compreende pelo menos um trilho que, quando relaxado, é genericamente coplanar com um plano de referência que cruza o aparelho. 7.O conjunto da modalidade 1, em que as superfícies lateraistêm uma configuração em degraus. 8.Um conjunto ortodôntico embalado que compreende: umaparelho ortodôntico que tem uma base para fixação a um dente; e um recipiente que tem uma reentrância com uma superfície de base e um par de superfícies laterais opostas, cada superfície lateral tendo pelo menos uma protuberância retrátil que entra em contato com um respectivo lado do aparelho para prender o aparelho na reentrância, cada protuberância sendo genericamente coplanar com um respectivo plano de referência que cruza o aparelho. 9.Um conjunto ortodôntico embalado que compreende: um aparelho ortodôntico que tem uma base para fixação a um dente, a base tendo um par de bordas externas opostas; e um recipiente que tem uma reentrância com uma superfície de base e um par de superfícies laterais opostas, cada superfície lateral incluindo uma saliência que sustenta uma borda externa da base operando para suspender o aparelho acima da parede de base da reentrância. 10.O conjunto da modalidade 1 ou 8, compreendendo, ainda, um adesivoque seestende porpelomenos uma porçãoda base. 11.O conjuntodamodalidade 10,em queo adesivocompreende um material compressível. 12.O conjuntodamodalidade 11,em queo adesivocompreende adicionalmente uma composição dental não endurecida absorvida no material compressível. 13.O conjunto da modalidade 1, 8 ou 9, em que o recipiente é produzido a partir de um polímero resiliente. 14.O conjunto da modalidade 1, 8 ou 9, em que o aparelho épreso na reentrância através de um encaixe por interferência. 15.O conjunto da modalidade 1, 8 ou 9, em que as superfícies laterais entram em contato com os lados oclusal e gengival da base. 16.O conjunto da modalidade 15, em que as superfícies laterais do recipiente entram em contato com a base em um local onde a dimensão oclusal-gengival da base é maior. 17.O conjunto da modalidade 1, 8 ou 9, compreendendo, ainda, uma tampa que se estende por pelo menos uma porção da reentrância. 18.O conjunto da modalidade 17, em que a tampa compreende um elemento compressível que entra em contato com um lado do aparelho oposto ao da base para restringir o movimento do aparelho em direções perpendiculares à superfície de base. 19.Um método de fabricação de um conjunto ortodôntico embalado que compreende: fornecer um recipiente que tem uma reentrância que compreende uma superfície de base e um par de superfícies laterais opostas que tem uma orientação não paralela para fornecer uma entrada de reentrância aumentada; colocar um aparelho ortodôntico ao menos parcialmente dentro da entrada da reentrância; e impulsionar o aparelho em direção à superfície de base para prender de modo compressivo o aparelho ao longo de uma direção transversal com base no contato entre o aparelho e as respectivas superfícies laterais opostas. 20.O método da modalidade 19, em que cada superfície lateral compreende ao menos uma protuberância retrátil que engata um lado do aparelho. 21.Um método de fabricação de um conjunto ortodôntico embalado que compreende: fornecer um recipiente que tem uma reentrância que compreende uma superfície de base e um par de superfícies laterais opostas, cada superfície lateral tendo ao menos uma protuberância para engatar um respectivo lado de um aparelho ortodôntico; e impulsionar um aparelho ortodôntico em direção à superfície de base para ao menos parcialmente deformar pelo menos uma protuberância, a deformação parcial de pelo menos uma protuberância possibilitando que o aparelho seja preso de modo compressivo entre as superfícies laterais. 22.O método da modalidade 19 ou 21, em que o aparelho tem uma base para fixação a um dente e o conjunto compreende adicionalmente um adesivo que se estende através de pelo menos uma porção da base, a pelo menos uma protuberância reduzindo o contato entre o adesivo e o recipiente pelo qual substancialmente todo o adesivo é mantido sobre a base quando o aparelho é dispensado do recipiente. 23.Um método de fabricação de um conjunto ortodôntico embalado que compreende: fornecer um recipiente que tem uma reentrância que compreende uma superfície de base e um par de superfícies laterais opostas, cada superfície lateral tendo uma saliência genericamente paralela à superfície de base e espaçada para longe da superfície de base; e colocar um aparelho ortodôntico na reentrância sendo que uma base do aparelho ou um adesivo disposto sobre a mesma engata as saliências de modo plano para suspender o aparelho acima da superfície de base, sendo que as superfícies laterais entram em contato com os lados opostos da base para evitar o movimento lateral do aparelho no interior da reentrância.

EXEMPLOS

[061] Os objetivos e vantagens dessa invenção estão adicionalmente ilustrados pelos exemplos a seguir. Embora materiais específicos e quantidades dos mesmos sejam aqui fornecidos, eles não devem ser interpretados indevidamente como limitadores desta invenção. Exceto onde especificado em contrário, todas as partes e porcentagens se encontram em uma base de peso e todos os pesos moleculares são pesos moleculares médios ponderais.Também exceto onde especificado em contrário, todos os solventes e reagentes foram obtidos junto à Aldrich Chemical Company de Milwaukee, WI, EUA.

PREPARAÇÃO DOS APARELHOS

[062] Os aparelhos revestidos por adesivo foram baseados em bráquetes SL da marca CLARITY (3M Unitek, Monrovia, CA, EUA).Quatro tipo diferentes de bráquetes foram testados, incluindo bráquetes anteriores inferiores, para pré-molares inferiores, para dentes centrais superiores e para caninos superiores. Após a aquisição, a superfície de ligação de cada bráquete foi revestida com um adesivo que incorpora um material compressível, como descrito de modo geral pelo Exemplo 1 do pedido de patente US pendente n° de série 61/428.498 (Cinader et al.), depositado em 30 de dezembro de 2010.

PREPARAÇÃO DOS RECIPIENTES

[063] Os recipientes deste teste foram produzidos pela modelagem por injeção de uma resina de homopolímero de polipropileno (ExxonMobil Chemical, Houston, TX, EUA) composta de um corante prata. A tampa é uma folha metálica laminada, com uma camada vedante de polipropileno. Depois de o aparelho ter sido colocado na reentrância do recipiente, a tampa foi posta sobre a reentrância e vedada contra o recipiente com o uso de uma máquina de termocolagem padrão.

[064] Em alguns dos exemplos, um pedaço de espuma separado foi fixado à tampa, de modo que a espuma aplicou uma pressão positiva leve que impelia o aparelho em direção à superfície de base do recipiente quando a tampa foi fechada. A espuma fixada à tampa é produzida a partir de polietileno macio reticulado (Sekisui Alveo AG, Lucerne, Suíça). O formato é oval, para corresponder ao formato de bolha, é subdimensionado para as dimensões da bolha em si. A espuma é aderida à tampa através de uma máquina de termocolagem (a camada de polipropileno sobre a tampa é fundida à espuma de polietileno) com fixação adequada para alinhar a espuma. Isso é feito em um processo antes da termocolagem da tampa à bolha.

MEDIÇÃO DA PERDA DE RESINA

[065] Os cálculos da perda de resina foram obtidos com o uso do seguinte procedimento. 1)Três medições gravimétricas foram feitas para obtenção dos dados: a)Primeiro, o bráquete sem revestimento foi pesado e, então,revestido com o adesivo. b)Segundo, o bráquete e o adesivo foram pesados juntos e armazenados em um recipiente por um período prolongado de tempo. c)Terceiro, o bráquete e o adesivo foram removidos dorecipiente e pesados novamente. 2)A diferença entre a medição b) e a medição c) acima foi definida como a "perda adesiva". 3)As etapas 1 e 2 acima foram repetidas conforme necessário para proporcionar medições em ao menos 8 aparelhos embalados replicados (isto é, n > 8).

EXEMPLOS 1 A 8 E COMPARATIVOS CE-1 E CE-2

[066] Os níveis médios de perda adesiva obtidos para quatro tipos diferentes de bráquete foram determinados com o uso do procedimento de Medição de Perda de Resina acima e apresentado na Tabela 1. Conforme mostrado na Tabela, os Exemplos 1 a 8 incluem bráquetes anteriores inferiores embalados, bráquetes para pré-molares inferiores, bráquetes centrais superiores e bráquetes para caninos superiores, onde cada bráquete foi armazenado em um recipiente que tem uma tampa de espuma ou tampa simples. Cada embalagem, então, passou por um teste de expedição através de ASTM D-4149. Todos os Exemplos 1 a 8 foram armazenado no recipiente por ao menos 1 semana e, em alguns casos, até 3 semanas. Em alguns casos, conforme notado, a resina adesiva foi observada sobre a superfície de base do recipiente depois da remoção do bráquete.

[067] Os Comparativos CE-1 e CE-2 representam os bráquetes centrais superiores e anteriores inferiores, respectivamente, que foram revestidos com adesivo e, então, colocados de modo plano sobre a superfície de base horizontal de um recipiente simples, sem revestimento (como descrito no Exemplo I da publicação de patente US n° 2003/0196914 (Tzou, et al.)) por aproximadamente 24 horas à temperatura ambiente.TABELA 1. PERDA DE RESINA MEDIDA POR OCASIÃO DA REMOÇÃO DOS APARELHOSORTODÔNTICOS DE SEUS RECIPIENTES

[068] Todas as patentes e pedidos de patente acima mencionadossão por meio deste expressamente incorporados à presente revelação.A invenção supracitada tinha sido descrita em alguns detalhes por meio de ilustrações e exemplos para fins de clareza e entendimento. Entretanto, várias alternativas, modificações e equivalentes podem ser usados e a descrição acima não deve ser tomada como limitadora no escopo da invenção, que é definido pelas reivindicações a seguir e seus equivalentes.

Claims (9)

1.CONJUNTO ORTODÔNTICO EMBALADO, caracterizado por compreender: um aparelho ortodôntico que tem uma base para fixação a um dente; e um recipiente que tem uma reentrância com uma superfície de base e um par de superfícies laterais opostas não paralelas fornecendo uma entrada de reentrância aumentada, pela qual as superfícies laterais entram em contato com os lados opostos da base para prender e suspender o aparelho na reentrância, em que cada superfície lateral forma um ângulo obtuso em relação à parede de base na faixa de 95 a 135 graus.

2.CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por cada superfície lateral possuir pelo menos uma protuberância para engatar um respectivo lado do aparelho, em que a pelo menos uma protuberância está ao menos parcialmente retraída.

3.CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por a pelo menos uma protuberância compreender pelo menos um trilho.

4.CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelas superfícies laterais não paralelas cada afunilarem entre a entrada da reentrância e a superfície de base.

5.CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelas superfícies laterais possuírem uma configuração em degraus.

6.CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender, ainda, um adesivo que se estende por pelo menos uma porção da base.

7.CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo adesivo compreender um material compressível.

8.CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 6, caracterizado pelas superfícies laterais entrarem em contato com os lados oclusal e gengival da base.

9.MÉTODO DE FABRICAÇÃO DE UM CONJUNTO ORTODÔNTICO EMBALADO, caracterizado por compreender: fornecer um recipiente que tem uma reentrância que compreende uma superfície de base e um par de superfícies laterais opostas que têm uma orientação não paralela para fornecer uma entrada de reentrância aumentada;colocar um aparelho ortodôntico ao menos parcialmente dentro da entrada da reentrância; eimpulsionar o aparelho em direção à superfície de base para prender de modo compressivo o aparelho ao longo de uma direção transversal com base no contato entre a base do aparelho e as respectivas superfícies laterais opostas, em que cada superfície lateral forma um ângulo obtuso em relação à parede de base que varia de 95 a 135 graus.

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