BR112014026571B1 - Método para conectar condutores elétricos em conectores por meio de crimpagem, ferramenta de crimpagem, conector modular de múltiplos pontos, e, arnês de conexão - Google Patents

Abstract

método para conectar condutores elétricos em conectores por meio de crimpagem, ferramenta de crimpagem, conector modular de múltiplos pontos, e, arnês de conexão. a invenção busca alcançar uma conexão reprodutível, uniforme e segura ambas para conexões intermediárias e terminais de um arnês na forma de uma camada de condutores. para fazer isto, a invenção prevê a crimpagem simultânea dos condutores nos conectores aplicando uma pressão contínua e uniforme em uma zona de crimpagem. em uma modalidade, a crimpagem de acordo com a invenção é executada por uma ferramenta que inclui dois invólucros (21 s, 2li), cada invólucro tendo uma parede principal (pl) formando uma face interna (fl) equipada com nervuras transversais (nl, n2, n3). cada invólucro (21s, 21i) também tem bordas de extremidade (b1) dobradas perpendicularmente às paredes (p1) de modo a definir um espaço interno (el). um conector (32) para condutores não isolados (51) arranjados perpendicularmente às nervuras (n1, n2, n3) é introduzido neste espaço (el) para formar ranhuras transversais comprimindo (ps) as nervuras (n1, n2, n3) sobre as paredes (32s, 32i) do conector (32). aplicação a redes de retomo de corrente nas cabines de passageiros de aeronaves de película composta.

Description

DESCRIÇÃO CAMPO TÉCNICO

[0001] A invenção refere-se a um método para conectar condutores elétricos não isolados de uma camada de conexão equipotencial flexível a fim de conectar componentes de metal, em particular de redes de retomo de corrente elétrica para aeronave de nova geração tendo uma película que é feita de um material compósito. A invenção também refere-se a uma ferramenta de crimpagem que é capaz de implementar este método, terminal e conectores intermediários para tais condutores, e um amês tendo uma camada de conexão equipotencial flexível que é provida com tais conectores a fim de conectar uma tal camada de condutor a ditos componentes de metal de retomo de corrente.

[0002] O material compósito desta nova geração de película compreende um material heterogêneo baseado em fibras de carbono. Convencionalmente, as funções de interconexão elétrica eram executadas pela película de alumínio da antiga geração. Fabricantes de aeronaves usavam isto para o retorno de corrente de equipamento de consumo, para a colocação de todos os componentes de metal ao mesmo potencial, para proteção de EMC (compatibilidade eletromagnética) da instalação elétrica e para fluxos de corrente de raio - indiretos e induzidos - e fluxos de cargas eletrostáticas.

[0003] A invenção também pode ser usada em qualquer estrutura ou construção para a passagem de eletricidade que exige que a corrente seja colocada em um estado equipotencial, em particular, mas não exclusivamente, para fuselagens de cabines de passageiro de aeronave tendo uma película composta.

TÉCNICA ANTERIOR

[0004] ' Materiais compósitos de carbono são condutores pobres de eletricidade e resistem pobremente as ações de aquecimento provocadas pelo efeito Joule. Uma tal cobertura portanto não pode ser usada a fim de assegurar as funções anteriores.

[0005] A fim de permitir as funções de interconexão elétrica serem implementadas para uma aeronave tendo uma película com uma estrutura compósita, foi projetada assim uma arquitetura que é composta de componentes produzidos de metal a fim de criar uma rede elétrica. Geralmente, esta rede é composta de três redes longitudinais que se estendem ao longo da fuselagem da aeronave. Com referência à seção transversal da cabine de passageiro da Fig. 1, a película de aeronave 5 de material de carbono aparece na forma de uma parede curvada para qual há três porções fixas de um exemplo de uma rede de retomo de corrente 10: porção longitudinal superior 10s, porção longitudinal central 10m e porção longitudinal inferior 10i.

[0006] A porção superior 10s da rede compreende um apoio central 11 e apoios laterais de metal 12. O apoio central 11 recebe cabeamento e hardware técnico, enquanto os apoios laterais 12 apoiam os compartimentos de bagagem.

[0007] A porção central 10m é composta de um membro cruzado de metal 14 no qual os trilhos de metal 15 dos assentos de passageiro estão montados.

[0008] A porção inferior 10i compreende outro membro cruzado de metal 16 para apoiar trilhos de carga de metal 18. Hastes de conexão de metal estrutural 19 conectam o membro cruzado de metal 14 e o membro cruzado de metal inferior 16.

[0009] As porções superior, central e inferior estão interconectadas pela armação estrutural transversal 20 de material compósito baseado em fibras de carbono. Nesta armação de carbono 20, um amês flexível 30 conecta os apoiós 11 e 12 da porção superior 10s ao membro cruzado central 14.

[00010] No exemplo de roteamento da Fig. 1, o amês 30 compreende dois conectores terminais 32 que estão fixados ao apoio central 11 e ao membro cruzado central 14, e um conector intermediário 34 que está fixado a um apoio lateral 12. O arnês 30 está composto de uma camada planar 50 de condutores que não estão isolados eletricamente e que são formados por fios torcidos de alumínio, junto com os conectores 32 e 34. Tal amês permite um roteamento em um espaço apertado, por exemplo entre a armação de carbono 20 e um painel de proteção termofônico ou um painel de forro da cabine de passageiros.

[00011] Uma malha de rede elétrica é assim criada a fim de aumentar a confiabilidade operacional.

[00012] Um dos pontos críticos desta malha envolve a maneira na qual os conectores intermediários 34 e conectores terminais 32 são produzidos para conexão entre a camada de condutores de alumínio 50 e as estruturas metálicas que constituem a rede de retomo de corrente de aeronave 10.

[00013] Conexões de condutor são produzidas convencionalmente usando terminais e peças de extensão para cabos de alumínio, ou módulo de aterramento. Porém, estes terminais, peças de extensão ou módulos não permitem conexões serem produzidas que são reprodutíveis, uniformes, estanques a fluido e seguras com condutores de múltiplos fios torcidos não isolados de alumínio, uma minimização da massa a baixo custo. No campo aeronáutico em particular, estes aspectos de massa, uniformidade de distribuição das forças, e custo são fundamentalmente importantes.

[00014] Em particular, soluções existentes não permitem as forças e resistências de conexão dos condutores serem distribuídas simultaneamente, de uma maneira individual e homogênea. Além disso, as conexões devem ser capazes de se conectar prontamente com as estruturas de metal da rede de retorno de corrente. Além disso, crimpagem uniforme de vários condutores não pode ser executada usando ferramentas de crimpagem conhecidas que combinam geralmente um perfurador e uma matriz, ou vários perfuradores que estão opostos diametralmente, para a crimpagem de cada condutor individualmente. Além disso, os conectores conhecidos não permitem vedação segura e duradoura ser assegurada para uma pluralidade de condutores eletricamente não isolados de liga de alumínio, a vedação sendo assegurada só pela envoltória isolante dos cabos com uma conexão de terminais ou módulos de aterramento.

DECLARAÇÃO DA INVENÇÃO

[00015] Um objetivo da invenção é prover uma conexão que é reprodutível, uniforme, estanque a fluido e segura ambas para conexões intermediárias e terminais de um arnês tendo uma camada de condutores do tipo descrito acima. Para este fim, a invenção faz provisão para crimpagem simultânea dos condutores em conectores aplicando pressão contínua e uniforme em uma zona de crimpagem.

[00016] Mais especificamente, a presente invenção refere-se a um método para conectar condutores elétricos em conectores por meio de crimpagem para conexão equipotencial a componentes de metal. Estes condutores elétricos, que formam uma camada planar e flexível, estão posicionados em células longitudinais e paralelas individuais que são formadas entre duas paredes planares de cada conector. Estes condutores são então crimpados em uma zona de crimpagem por meio de perfuração transversal simultânea de pelo menos uma parede de um conector. Esta perfuração transversal forma pelo menos uma linha de ranhura transversal correspondente em dita pelo menos uma parede de conector e, por meio de transferência de carga, em cada um dos condutores.

[00017] De acordo com modalidades preferidas: - a perfuração é executada por aperto uniforme de uma nervura em pelo menos uma parede do conector; • - a perfuração é alternada de forma que as ranhuras transversais sejam intercaladas a fim de formar um roteamento ondulado para os condutores nos conectores; - as nervuras e as ranhuras correspondentes são cilíndricas.

[00018] A presente invenção também refere-se a uma ferramenta de crimpagem que compreende dois invólucros, cada invólucro tendo uma parede principal que forma uma face interna que é provida com pelo menos uma nervura transversal, cada invólucro também tendo bordas de extremidade que estão dobradas para cima perpendicularmente relativas às paredes de modo a definir um espaço interno. Neste espaço, um conector de condutores que estão arranjados perpendicularmente relativos às nervuras pode ser introduzido a fim de implementar o método para conexão por meio de crimpagem definida acima.

[00019] Preferivelmente, a ferramenta de crimpagem compreende duas nervuras na face interna de um invólucro e uma nervura que está intercalada entre as outras duas nervuras na face interna do outro invólucro que está arranjada oposta durante a operação de crimpagem.

[00020] A invenção também refere-se a um conector modular de múltiplos pontos para conectar uma camada de condutores paralelos a um componente de retomo de corrente de metal. Tal conector compreende células longitudinais internas para acomodar os condutores, ditas células sendo formadas por duas faces de parede interna que se estendem longitudinalmente. Pelo menos um sulco de crimpagem dos condutores se estende transversalmente através de pelo menos uma face de parede interna. Este conector também compreende meio para conexão a componentes de retorno de corrente de metal, dito meio sendo fixado por pelo menos uma abertura que é formada nas paredes.

[00021] De acordo com modalidades preferidas: - o conector é um conector terminal no qual as células cegas se abrem nà extremidade a uma face transversal; - o meio de fixação está então arranjado a uma extremidade diferente da face de saída das células, em particular a uma extremidade oposta a esta face de saída; - o conector é um conector intermediário no qual as células são células transpassantes e se abrem na extremidade a duas faces transversais; - o meio de conexão está arranjado em uma zona central das paredes do conector.

[00022] De acordo com modalidades vantajosas: - os conectores são de liga de alumínio de baixa resistividade; - os conectores são tratados em superfície, em particular por meio de cobertura de níquel, cobertura de estanho, cobertura de prata ou similar, a fim de produzir uma montagem por meio de reforço com encaixe apertado em relação aos componentes correspondentes a serem conectados a fim de prevenir corrosão galvânica; - as células têm na extremidade superfícies chanfradas a fim de facilitar a inserção dos condutores; - os conectores intermediários que estão conectados à camada e aos componentes a serem conectados são inseridos em qualquer local da camada entre dois conectores terminais; - o terminal e conectores intermediários têm uma espessura que é pouco maior que o diâmetro dos condutores.

[00023] A invenção também refere-se a um amês de conexão que é capaz de conectar componentes de retomo de corrente de metal. Este arnês compreende condutores paralelos que formam uma camada planar e flexível, terminal e conectores modulares intermediários de múltiplos pontos definidos acima para conexão a ditos componentes de metal, e uma cobertura que cobre a camada e a conexão entre a camada e os conectores.

[00024] De acordo com modalidades específicas: • - cada condutor consiste em uma pluralidade de filamentos elementares de alumínio que são montados em um cordão e os condutores são montados entre si por meio de conexões que são perpendiculares relativas aos condutores e são distribuídas ao longo da camada; - o revestimento é feito de um material de PVF (fluoreto de polivinilo) ou material de PTFE (politetrafluoroetileno); - o revestimento compreende filmes isolantes flexíveis estanques a fluido para cobrir a camada de condutor e uma bainha termorretrátil coberta com produto estanque a fluido.

DESCRIÇÃO DAS FIGURAS.

[00025] Outros aspectos e características da implementação da invenção emergirão da descrição detalhada seguinte, acompanhada por desenhos acompanhantes, em que: - Fig. 1 é uma vista de seção transversal de uma porção de uma cabine de passageiros de aeronave provida com um exemplo de um arnês de acordo com a técnica anterior (já discutida); - Figs. 2a a 2c são uma vista dianteira e seções transversais ao longo de II-II e IF-ir de um exemplo de um conector terminal de acordo com a invenção; - Figs. 3a a 3c são vistas lateral e superior de exemplos esquemáticos de conectores de um conector terminal de acordo com a invenção na rede de retomo de corrente; - Figs. 4a a 4c são uma vista dianteira e seções transversais ao longo de IV-IV e IV-IV' de um exemplo de um conector intermediário de múltiplos pontos; - Fig. 5 é uma seção transversal de um dos condutores de tipo de camada a ser crimpado em um conector; - Figs. 6a a 6d são vistas dianteiras (Figs. 6a e 6c) e vistas secionais (Figs. 6b e 6d), antes e depois de crimpagem respectivamente, de um exemplo de uma ferramenta para a crimpagem dos condutores em um conector de acordo com a invenção; - Figs. 7a a 7d são vistas de perspectiva (Figs. 7a e 7b), uma vista dianteira (Fig. 7c) e uma vista secional (Fig. 7d) de outro exemplo de uma ferramenta para a crimpagem dos condutores em um conector de acordo com a invenção, e - Figs. 8a e 8b são uma vista de perspectiva e uma vista secional de um conector terminal depois de crimpagem dos condutores usando a ferramenta de acordo com Figs. 7a a 7d, respectivamente.

DESCRIÇÃO DETALHADA

[00026] Sinais de referência idênticos usados nas várias Figs, referem- se a elementos que são idênticos ou equivalentes tecnicamente. Os termos "superior", "central" e "inferior" se referem ao posicionamento relativo durante uso de padrão ou modo de montagem. Os termos "longitudinal" e "transversal" se referem a elementos que se estendem respectivamente em uma dada direção e ao longo de um plano que é perpendicular a esta direção, em particular "longitudinal" se refere ao eixo de fuselagem de uma aeronave.

[00027] Os conectores terminais 32, como ilustrado pelas vistas dianteira e seccional II-II e IF-IF das Figs. 2a a 2c, compreendem uma parede superior 32s e uma parede inferior 32i entre as quais células alinhadas individuais 57 se estendem de um lado 32c e através do comprimento inteiro de dito lado. Cada célula 57 é capaz de receber uma extremidade de condutor a fim de ser crimpado através do comprimento inteiro disso. Um chanfro 57c é provido na entrada de cada célula 57 a fim de facilitar a inserção do condutor e manter a coesão dos fios torcidos de alumínio dos condutores 51 (Fig. 5) juntos quando os condutores 51 são inseridos na sua célula individual. Um ou mais fios torcidos de alumínio são assim impedidos de permanecer fora da célula a ser crimpada. No caso dos conectores terminais 32, as células 57 são cavidades cegas.

[00028] Os conectores terminais 32 estão conectados aos componentes de apoio de metal 11 e componentes transversais de metal 14 (Fig. 1) para retorno de corrente por fixações e interfaces apropriadas. A gama de contato elétrico 54c que cerca a abertura de fixação 54 está estendida a fim de não exceder limites de aquecimento predeterminados como resultado do efeito Joule.

[00029] O conector terminal ilustrado tem um eixo longitudinal de simetria X'X com uma ponta pontuda 32a, a abertura 54 sendo produzida substancialmente no centro desta extremidade. Tal interface de fixação pode receber uma dobra, uma dobra por um dado ângulo, etc. De acordo com outras variantes, a interface pode ser do tipo de desconexão rápida, por 1/4 de volta ou similar.

[00030] Nos exemplos esquemáticos ilustrados pelas vistas lateral e superior das Figs. 3a a 3c, as conexões são do tipo de desmontagem rápida a fim de produzir uma conexão/desconexão, por exemplo, em menos de 10 segundos. As conexões Rl, R2, R3 são assim formados de duas porções: uma porção 2 do conector que não pode ser desmontada do conector terminal 32 substitui o sistema de conexão por uma abertura 54. A geometria da ponta 32a (Fig. 2a) é modificada localmente a fim de adaptar dita porção 2 do sistema de conexão/desconexão rápida. A porção complementar 3 que é montada por meio 4 para atarraxar ou encaixar por clipe na porção 2 é então instalada em um elemento de retorno de corrente 10 (Fig. 1). Em outra modalidade, uma primeira porção de dita porção 2 é formada, por exemplo, por um cabo 2c (Fig. 3c) e pode ser montada usando meio de crimpagem 4c no conector terminal 32.

[00031] Em relação aos conectores intermediários 34, uma vista dianteira e vistas secionais IV-IV e IV-IV' são ilustradas nas Figs. 4a a 4c, respectivamente.

[00032] Este conector compreende uma parede superior 34s e parede inferior'34i entre as quais células 58 se estendem através do comprimento inteiro dos lados 34c. As células 58 são formadas por cavidades contínuas longitudinalmente que se estendem pelo conector 34 de um lado par o outro. Estas cavidades são terminadas com chanfros 58c que facilitam o acesso dos condutores nas células 58.

[00033] Os condutores 51, tal como o ilustrado em seção transversal na Fig. 5, são inseridos individualmente nas células 58 sem qualquer corte, que provoca um aumento de resistência de contato e um aumento na confiabilidade da conexão. Os condutores são crimpados nas células em zonas de crimpagem Zs que são formadas perto de um e/ou outro dos lados 34c do conector 34.

[00034] A interface do conector intermediário 34 com os componentes de metal da aeronave está adaptada às necessidades específicas. Desta maneira, os conectores intermediários 34 podem ter uma única ponta 35 tendo uma abertura de fixação 56 ou, como ilustrado, duas pontas 35 que são simétricas relativas ao eixo longitudinal X'-X', tendo duas aberturas de fixação 56. A extensão da gama de contato elétrico 56a que cerca a abertura de fixação 56 é otimizada em termos de descarga de calor e as fixações são executadas por meio de aparafusamento ou similar pelas aberturas 56.

[00035] Como para os conectores terminais, esta interface pode receber uma dobra, dobrar a um dado ângulo ou similar. Também, outras variantes desta interface podem ser do tipo de desconexão rápida, 1/4 de volta ou similar. Vantajosamente, estes conectores intermediários 34 permitem a um cabo de retomo de corrente de um item de equipamento ser conectado mais perto a este item de equipamento, formando uma ramificação "T", por exemplo, usando as conexões Rl a R3 ilustradas nas Figs. 3a a 3c.

[00036] Desta maneira, a interface do conector intermediário de múltiplos pontos 34 com a camada planar é produzida por meio de inserção e crimpagem de cada condutor em uma célula 58 individual. Cada condutor 51 é formado de fios torcidos elementares 55 de alumínio que são montados para formar um cordão, como ilustrado pela vista secional da Fig. 5. O condutor mostrado por meio de exemplo é uma bitola calibrada AWG12 que tem um diâmetro exterior de aproximadamente 2 mm.

[00037] Quando uma dada camada é colocada na posição, ferramentas dedicadas permitem a cada porção de camada ser cortada e crimpada nos conectores 32 e 34 a fim de produzir o arnês desejado. A conexão do arnês pode assim ser adaptada conforme a configuração e as dimensões da instalação a ser produzida. Em particular, esta conexão pode ser adaptada à resistividade da conexão a ser conectada, do trânsito ou corrente de excesso, do número de locais de fixação e a exigência espacial da instalação e o número de componentes a ser conectado.

[00038] A geometria dos conectores permite sua massa total ser reduzida a um mínimo absoluto. Em particular, a espessura dos conectores 32 e 34 entre suas paredes é apenas no diâmetro máximo dos condutores 51 enquanto permanecendo suficiente para reter uma resistência que é compatível com a presença das células.

[00039] Os conectores são formados vantajosamente de uma liga de alumínio para uso elétrico, e portanto têm baixa resistividade. Um tratamento de superfície para os conectores (cobertura de níquel, cobertura de estanho, etc.) é executado preferivelmente de forma que esta superfície tenha baixa resistividade e forme conexões elétricas a uma interface com encaixe apertado por meio de reforço com os apoios 11, 12, e os membros cruzados 14, 16 que têm que ser conectados (se refira à Fig. 1). Desta maneira, os riscos de corrosão galvânica na região da conexão elétrica são eliminados.

[00040] A camada também é modular a fim de facilitar sua adaptabilidade: o número de condutores 51, a seção transversal disso, as dimensões dos conectores, o número de conectores intermediários, a espessura e a largura da camada podem ser ajustados. Além disso, as interfacès de conexão elétrica e mecânica podem ser adaptadas ao componente a ser conectado.

[00041] O acabamento na região dos conectores terminais 32 e conectores intermediários 34 é assegurado através de porções de uma envoltória de poliolefma termocontrátil ou similar. Esta cobertura de acabamento externo contraída, aumentando o espaço entre cada conector e as camadas planares, assim protege mecanicamente as operações de crimpagem e a porção de projeção dos condutores cobrindo completamente esta interface de conector/condutor. Esta cobertura de acabamento exterior é, em outro exemplo, produzida por meio de sobremoldagem localizada, a baixa ou alta pressão.

[00042] Com referência mais específica à crimpagem dos condutores 51 em cada célula de conector, isto é executado por meio de uma ferramenta dedicada. De acordo com a invenção, uma tal ferramenta aplica pressão simultânea e uniforme às paredes 32s e 32i dos conectores terminais 32 (ou entre as paredes 34s e 34i dos conectores intermediários 34) a fim de otimizar a conexão minimizando a deformação plástica e o movimento do material dos conectores. Vantajosamente, o controle da pressão de crimpagem não provoca nenhuma divisão no conector 32.

[00043] A crimpagem de todas as células 57 é executado simultaneamente e em uma única operação. A crimpagem comprime e deforma os fios torcidos individuais dos condutores 51, mas não muda a seção transversal equivalente de material condutivo dos condutores.

[00044] O comprimento de crimpagem elementar é tal que a força de tração que é necessária aplicar a um condutor 51 a fim de fazê-lo deslizar ou removê-lo de sua crimpagem seja maior do que o limite elástico deste condutor.

[00045] Vantajosamente, os condutores não são destorcidos antes de crimpagem. A resistência elétrica de uma crimpagem elementar é menos que ou igual à resistência elétrica do comprimento de condutor equivalente ao comprimento de crimpagem.

[00046] Tratamento de superfície satisfatório dos condutores 51 - por meio de cobertura de níquel, cobertura de estanho, cobertura de prata ou similar - permite compatibilidade eletroquímica com aquela dos conectores, e os tratamentos de superfície não são destruídos pela crimpagem.

[00047] Com referência às vistas dianteira e secional das Figs. 6a e 6b, um exemplo de uma ferramenta de crimpagem 21 de acordo com a invenção compreende dois invólucros, um invólucro chamado um invólucro superior 21 s e um invólucro chamado um invólucro inferior 2li. Cada invólucro está composto de uma parede principal PI que forma uma face interna F1 e bordas de extremidade BI que são dobradas abaixo (pelo menos em um invólucro) perpendicularmente à parede principal PI de modo a definir um espaço interno El. A face interna Fl da parede superior 21s é provida com uma nervura transversal Nl. Na preparação para a crimpagem, o conector 32 é introduzido no espaço El de forma que os invólucros 21 s e 2li sejam arranjadas uma a um lado e a outra das paredes 32s e 32i do conector 32 a ser crimpado, um conector terminal no exemplo.

[00048] A nervura Nl do invólucro 21 s, que está posicionada transversalmente, está localizada aproximadamente a meio caminho em relação à porção 5lp dos condutores 51 que estão localizados nas células 57. Este posicionamento também é satisfatório para a crimpagem dos condutores em um conector intermediário de acordo com a invenção.

[00049] Durante a operação de crimpagem, a mesma pressão Ps é aplicada a cada invólucro 21 s e 21 i da ferramenta 21 a fím de mover os dois invólucros 21s e 21i juntas até que elas contatem as bordas Bl, como ilustrado por Fig. 6c e 6d. A nervura Nl é introduzida de uma maneira uniforme e simultânea na parede 32s do conector 32, forma um sulco cilíndrico transversal Rc em dita parede 32s e, por meio de transferência de carga, comprime e deforma os condutores 51.

[00050] De acordo com outro exemplo de uma ferramenta de crimpagem, com referência às respectivas Figs. 7a e 7b, o invólucro superior 22s da ferramenta 22 tem, como acima, uma nervura transversal N1. A face interna F2 do invólucro inferior 22i tem duas nervuras transversais N2 e N3. Sob estas condições, quando os condutores 51 de um conector 32 são crimpados, como ilustrado em maior detalhe através das Figs. 7c e 7d, a nervura NI está localizada de modo a ser intercalada entre as nervuras N2 e N3. A aplicação das pressões Ps aos invólucros 22s e 22i provoca uma introdução uniforme e simultânea das nervuras NI a N3 nas paredes 32s e 32i do conector 32.

[00051] Como ilustrado pelas vistas de perspectiva e secional do conector 32 nas Figs. 8a e 8b, sulcos Rc são assim formados nas paredes 32s e 32i do conector 32. A fim de melhor visualizar os dois sulcos paralelos formados na parede inferior 32i, o conector 32 é mostrado de uma maneira invertida nas Figs. 8a e 8b relativo a uso padrão. Por meio de transferência de carga dos sulcos Rc, os fios torcidos 55 dos condutores 51 são comprimidos e deformados alternadamente a fim de ter uma forma ondulada.

[00052] Depois de crimpagem, os níveis de desempenho elétrico e mecânico são alcançados: - o valor da resistência elétrica de uma crimpagem é estritamente menos que o valor de resistência elétrica de um comprimento de condutor equivalente ao comprimento da crimpagem (mostrado acima); - em um dado conector, as resistências elétricas das crimpagens estão todas localizadas em uma gama de variação entre si na ordem de aproximadamente 5%, que permite ao fluxo de correntes não homogêneas serem prevenidos nos condutores 51; - o valor da resistência de tração é pelo menos igual ao valor do limite elástico do condutor 51.

[00053]' A invenção não está limitada às modalidades descritas e ilustradas. Por exemplo, é possível prover conectores intermediários híbridos que são formados parcialmente por cavidades transpassantes e por células cegas para acomodar os condutores. Além disso, os condutores são preferivelmente de liga de alumínio, mas também poderiam ser opcionalmente de liga de cobre ou liga de titânio.

Claims (10)

1. Método para conectar condutores elétricos (51) em conectores (32, 34) por meio de crimpagem para conexão equipotencial de uma camada planar e flexível, que é formada por estes condutores, em componentes de metal (11, 12, 14), caracterizadopelo fato de que estes condutores elétricos (51) estão posicionados em células longitudinais e paralelas individuais (57, 58) que são formadas entre duas paredes planares (32s, 32i; 34s, 34i) de cada conector (32, 34), em que estes condutores (51) são então crimpados em uma zona de crimpagem (Zs) por meio de perfuração transversal simultânea de pelo menos uma parede (32s, 32i; 34s, 34i) de um conector (32, 34), e pelo fato de que esta perfuração transversal forma pelo menos uma linha de ranhura transversal correspondente (Rc) na pelo menos uma parede de conector (32s, 32i; 34s, 34i) e, por meio de transferência de carga, em cada um dos condutores (51).

2. Método de acordo com reivindicação 1, caracterizadopelo fato de que a perfuração é executada por aperto uniforme (Ps) de uma nervura (N1, N2, N3) sobre pelo menos uma parede (32s, 32i; 34s, 34i) do conector (32, 34).

3. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizadopelo fato de que a perfuração é alternada de forma que as ranhuras transversais (Rc) sejam intercaladas a fim de formar um roteamento ondulado para os condutores (51) nos conectores (32, 34).

4. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizadopelo fato de que as nervuras (N1, N2, N3) e as ranhuras correspondentes (Rc) são cilíndricas.

5. Ferramenta de crimpagem (21, 22) que é capaz de implementar o método como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizadapelo fato de que compreende dois invólucros (21s, 21i; 22s, 22i), cada invólucro tendo uma parede principal (P1) que forma uma face interna (F1) que é provida com pelo menos uma nervura transversal (N1, N2, N3), cada invólucro (21s, 21i; 22s, 22i) também tendo bordas de extremidade (B1) que são dobradas para cima perpendicularmente relativas às paredes (P1) de modo a definir um espaço interno (E1) e pelo fato de que, neste espaço (E1), um conector (32, 34) de condutores (51) que são arranjados perpendicularmente relativo às nervuras (N1, N2, N3) é introduzido.

6. Ferramenta de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo fato de que compreende duas nervuras (N2, N3) na face interna (F1) de um invólucro (21s, 21i; 22s, 22i) e uma nervura (N1) que é intercalada entre as outras duas nervuras (N2, N3) na face interna (F1) do outro invólucro (21i, 21s; 22i, 22s) que está arranjado oposto durante a operação de crimpagem.

7. Conector modular de múltiplos pontos (32, 34) para conectar uma camada de condutores paralelos (51) a um componente de retorno de corrente de metal (11, 12, 14), caracterizado pelo fato de que compreende células longitudinais internas (57, 58) para acomodar os condutores, estas células (57, 58) sendo formadas por duas faces de parede interna (32s, 32i; 34s, 34i) que se estendem longitudinalmente, pelo fato de que pelo menos uma ranhura de crimpagem (Rc) dos condutores (51) se estende transversalmente através de pelo menos uma face de parede interna (32s, 32i; 34s, 34i), e pelo fato de que também compreende meio (2, 3, 4, 2c, 4c) para conexão a componentes de retorno de corrente de metal, este meio sendo fixado a pelo menos uma abertura (54, 56) que é formada nas paredes (32s, 32i; 34s, 34i).

8. Conector modular de múltiplos pontos de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que o conector é um conector terminal (32) no qual células cegas (57) se abrem a uma face transversal (32c).

9. Conector de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 8, caracterizado pelo fato de que o conector é um conector intermediário (34) no qual as células (58) são células transpassantes e se abrem na extremidade a duas faces transversais (34c).

10. Arnês de conexão que é capaz de conectar componentes de retorno de corrente de metal (11, 12, 14), caracterizadopelo fato de que compreende os condutores paralelos (51) que formam uma camada planar e flexível, os condutores sendo crimpados conforme o método como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 4, em conectores modulares de múltiplos pontos terminais (32) e conectores modulares de múltiplos pontos intermediários (34) como definidos em qualquer uma das reivindicações 7 a 9, para conexão aos componentes de metal (11, 12, 14), e uma cobertura de proteção que cobre a conexão entre a camada e os conectores.

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