BR112014007296B1

BR112014007296B1 - folha permeável de resistência de aquecimento elétrica para a vaporização de líquidos de boquilhas descartáveis com membranas de vaporização

Info

Publication number: BR112014007296B1
Application number: BR112014007296-5A
Authority: BR
Inventors: Arno Rinker; Philipp Litzenberger
Original assignee: Philip Morris Products S.A.
Priority date: 2011-09-28
Filing date: 2012-09-27
Publication date: 2020-12-08
Also published as: SG2014011845A; WO2013045582A2; ES2567641T3; EP2574247A1; US20140305454A1; ES2746505T3; AU2012314392A1; EP2760302A2; BR112014007296A2; JP2014527835A; RS54609B1; TW201318573A; PL2760302T3; JP5849159B2; EP2574247B1; CN104010529A; NZ621422A; CA2846286A1; DK2760302T3; PL2574247T3

Abstract

RESUMO Patente de Invenção: "FOLHA PERMEÁVEL DE RESISTÊNCIA DE AQUECIMENTO ELÉTRICA PARA A VAPORIZAÇÃO DE LÍQUIDOS DE BOQUILHAS DESCARTÁVEIS COM MEMBRANAS DE VAPORIZAÇÃO". A presente invenção refere-se a um dispositivo de aquecimento na forma de uma folha metálica ou de uma chapa fina, na figura de uma espiral dupla e/ou de uma linha ondulada, com duas extremidades e dimensão da seção transversal de um cigarro ou charuto pequeno, para a vaporização de substâncias contendo substâncias ativas e/ou substâncias aromáticas de uma boquilha na forma de um cilindro oco, com uma ou várias membranas de vaporização, e um flange para a ligação separável com uma fonte de tensão elétrica controlada ou regulada, sendo que os espaços intermediários da espiral dupla e/ou da linha ondulada da resistência de aquecimento são abertos e assim, permeáveis para fluidos em fluxo, e sendo que o dispositivo de aquecimento está em contato superficial com pelo menos uma membrana de vaporização que também é permeável para fluidos em fluxo e que é umedecida ou será umedecida com uma substância a ser vaporizada contendo substâncias ativas e/ou substâncias aromáticas.

Description

ÁREA TÉCNICA

[001] A presente invenção refere-se em geral a um dispositivo para a inalação otimizada sem fumaça de nicotina e/ou aditivos com cigarros eletrônicos.

INTRODUÇÃO GERAL

[002] Ao se fumar um cigarro convencional, o tabaco é queimado e a fumaça que surge nesta queima é inalada (fumaça do fluxo principal) ou liberada para o meio ambiente (fumaça do fluxo secundário).

[003] A fumaça do fluxo principal é consideravelmente responsá vel pelo prejuízo à saúde do usuário, mas fornece o prazer desejado. A fumaça do fluxo secundário é consideravelmente responsável pelo prejuízo à saúde dos fumantes passivos, e não é desejada nem pelos fumantes passivos, nem pelos usuários.

[004] Na fumaça de um cigarro foram comprovadas mais de 4800 diferentes substâncias, das quais comprovadamente, cerca de 70 são cancerígenos.

[005] Processos e dispositivos na base deles para a inalação sem fumaça de nicotina e/ou aditivos têm como objetivo fornecer ao usuário um substituto para o cigarro convencional, que causa um prejuízo consideravelmente menor para o usuário e terceiros, de preferência, e nenhum prejuízo à saúde do usuário ou terceiros, porém, assim mesmo mantendo a experiência do prazer de um cigarro convencional.

ESTADO DA TÉCNICA

[006] Atualmente estão se estabelecendo no mercado como substituto para o cigarro convencional os chamados e-cigarros (cigar- ros eletrônicos). Entre os diversos projetos consagrou-se o projeto descrito a seguir, em virtude da sua possibilidade de implementação relativamente simples, que ao mesmo tempo apresenta uma funcionalidade convincente (potência de vaporização, output de nicotina).

[007] A patente DE 690 173 71 T2 do ano de 1990 descreve um artigo de fumante que apresenta um meio gerador de substância aromática, um elemento de aquecimento elétrico e um dispositivo de liberação de energia elétrica, sendo que o meio gerador de substância aromática pode ser solto pelo elemento de aquecimento elétrico, caracterizado pelo fato de que o elemento de aquecimento elétrico está em contato térmico com o meio gerador de substância aromática, que o dispositivo de liberação de energia elétrica libera energia elétrica, para conseguir que o elemento de aquecimento aquece o meio gerador de substância aromática, liberando componentes de substância aromática destas, e que apresenta um dispositivo de regulação para a regulação da quantidade da liberação de energia elétrica pelo dispositivo de liberação de energia.

[008] Este princípio básico foi aprimorado durante as últimas du as décadas para competir no mercado, e aperfeiçoado como segue.

[009] Um líquido a ser vaporizado, vindo de um depósito, é con duzido através do efeito capilar de um trançado metálico ou pavio de fibra de vidro a uma pequena espiral de aquecimento. Esta, em regra geral, é ligada ao tragar o cigarro eletrônico, através de um interruptor de baixa pressão ou um regulador de baixa pressão, fazendo com que o líquido (liquid) se vaporize.

[0010] Os componentes principais do cigarro eletrônico são: a uni dade acumuladora com interruptor de baixa pressão ou regulador de baixa pressão e LED para a simulação ótica da brasa. Unidade de vaporizador (atomizer) com espiral de aquecimento e capilares e a boquilha com o depósito de liquido.

[0011] Os três componentes, em regra geral, são cilíndricos e montados imitam a forma de um cigarro, sendo que no seu interior formam um canal de fluxo que se estende através de todos os três componentes. Ao tragar o cigarro eletrônico, um fluxo de ar é aspirado para dentro da unidade acumuladora que aciona o interruptor de baixa pressão ou regulador de baixa pressão. Dessa forma é ativada a espiral de aquecimento na unidade de vaporização disposta a jusante.

[0012] A espiral de aquecimento em forma de hélice é enrolada em torno de um feixe de fibras que é embebido com liquido diretamente ou através de um trançado de metal ligado a um depósito de líquido disposto mais a jusante na boquilha, e é disposto ortogonalmente em relação ao fluxo. Através da ativação das espirais de aquecimento, o líquido se vaporiza e é liberado para o fluxo de líquido.

[0013] O depósito cheio de líquido a ser vaporizado propriamente dito não é diretamente exposto ao fluxo no canal de fluxo, mas é disposto em um bolso lateral da boquilha. Dessa forma, o feixe de fibras é abastecido através das capilares do trançado metálico e do feixe de fibras de vidro, sem que necessariamente líquido não vaporizado do depósito chegue à boca do usuário. O depósito, na maioria dos casos, é um pequeno pedaço de não tecido.

[0014] Além do depósito, a boquilha contém apenas um canal de fluxo e uma saída de ar na forma de um pequeno furo no seu lado frontal através do qual o fluxo de ar enriquecido com líquido vaporizado chega até a cavidade bucal do usuário.

[0015] A unidade de acumular e a unidade de vaporizador são unidas de modo separável uma à outra através de uma rosca. A face frontal da rosca e a superfície de rosca são isoladas uma da outra e conduzem eletricidade, de modo que em estado aparafusado pode fluir uma corrente elétrica entre a unidade acumuladora e a unidade de vaporizador, e que as espirais de aquecimento com o interruptor de baixa pressão ou regulador de baixa pressão ativado possa ser abastecido através do acumulador. Em estado desmontado, a unidade acumuladora pode ser conectada a um dispositivo de carregamento através da mesma rosca.

[0016] A boquilha é encaixada na extremidade da unidade de va porizador oposta à rosca por meio de um flange cilíndrico, sendo que o depósito na boquilha entra em contato com o trançado de metal da unidade de vaporizador e o transporte do líquido do depósito para o interior da espiral de aquecimento é acionado.

[0017] Uma grande desvantagem dessa configuração de cigarros eletrônicos com uma unidade de vaporizador separada reaproveitável é a poluição crescente da unidade de vaporizador durante sua vida útil. Uma vez que antes da troca da unidade de vaporizador em regra geral são consumados muitos depósitos de 200 baforadas e as capilares não foram limpas, há o risco em potencial de que microrganismos e substâncias prejudiciais indesejáveis vaporizem. Uma unidade de vaporização pode ser usada durante até seis meses.

[0018] Uma outra desvantagem da poluição crescente da unidade de vaporizador é a perda de qualidade em potencial ao longo do tempo de consumo. Por exemplo, na troca de uma boquilha o líquido a ser vaporizado da boquilha nova mistura-se com o líquido restante que se encontra nas capilares. Isto é especialmente desvantajoso quando o usuário deseja consumir diversos aromas com um vaporizador.

[0019] Também é prejudicial à saída de líquido durante a troca das boquilhas encaixadas sobre o vaporizador quando o usuário frequentemente entra em contato de pele com o líquido contendo nicotina. Dependendo do teor de nicotina, o contato com a pele pode causar leves intoxicações.

[0020] Não por último, nesta execução em três partes, o compri mento que já não pode mais ser reduzido é uma desvantagem que vai contra o objetivo de não ultrapassar consideravelmente o tamanho king-size de um cigarro.

[0021] Uma melhoria parcial em comparação com as desvanta gens acima mencionadas é obtida com o fato de que a unidade de vaporizador é integrada na boquilha, já que a saída de líquido e o consequente risco de contato com a pele são evitados e o espaço construtivo pode ser aproximado a um cigarro tipo king-size.

[0022] Porém, agora a desvantagem é a junção aparafusada que com o vaporizador entra na boquilha, o que, além da manipulação desconfortável de uma junção aparafusada em virtude da parede metálica relativamente grossa na área da rosca e o caráter descartável do produto combinado resultam em um problema de descarte, especialmente por se tratar de um produto para a produção em massa, potencializando o uso excessivo de material.

[0023] Para ambas as variações acima mencionadas, isto é, tanto para a variação com o vaporizador separado, como também para a variação com o vaporizador integrado na boquilha, a possibilidade de reenchimento do respectivo depósito e a prática de reenchimento pertencente, já amplamente em uso devido ao risco em potencial que partem de líquidos contendo nicotina, é um grande problema, pois garrafas de reenchimento podem conter uma dose de nicotina que é letal para crianças.

[0024] Além disso, a suposta vantagem higiênica dos sistemas com o vaporizador integrado na boquilha se torna nulo, uma vez que também estes na pratica frequentemente são recarregadas, embora estas usam frequentemente fibras como capilares no lugar das capilares de fibras de vidro que carbonizam durante um uso prolongado.

[0025] Finalmente, uma grande desvantagem dos sistemas com o vaporizador integrado na boquilha, devido aos componentes usados, como o flange de rosca produzido com remoção de aparas com sepa- ração elétrica de anel externo e lado frontal, e da montagem que dificilmente pode ser automatizada, como a espiral de aquecimento soldada com o flange de rosca por meio de arames e o feixe de fibras de vidro ou de fibra natural conduzido através da espiral de aquecimento que não podem ser produzidos em máquinas que funcionam com grande velocidade, como é o caso de produtos em massa.

[0026] O documento WO 2011/009920 descreve um processo pa ra a volatilização de substâncias ativas ou aromáticas para fins de liberação de um aerossol inalado, onde um fluido solicitado com energia térmica atravessa um canal de fluxo em um corpo oco, preferencialmente cilíndrico, e sendo que o fluido neste canal de fluxo atravessa parcialmente ou completamente pelo menos uma membrana de vaporização, sendo que a pelo menos uma membrana de vaporização é e/ou será umedecida com uma substância ativa e/ou aromática a ser vaporizada, e sendo que o fluido que adicionalmente contém energia térmica, isto é, é solicitado com energia térmica durante a passagem pela membrana de vaporização, vaporiza esta substância ou substâncias, conduzindo a ao fluxo de fluido.

[0027] O processo mencionado por último e o dispositivo baseado nele possibilitam uma vaporização ótima de substâncias contendo substâncias ativas e/ou substâncias aromáticas, sem as desvantagens acima mencionadas, tais como problemas de higiene, custos de produção causados pelo tipo de construção e duração de consumo longas demais, dos sistemas comercialmente disponíveis, fazendo com que em princípio é ideal como boquilha para um cigarro sem tabaco, porém, o processo funciona com um fluxo de fluido já solicitado termica- mente através da queima de gás líquido, como é disponibilizado pelo processo descrito no documento WO 2008/113420, onde, em contrapartida, a geração elétrica de um fluxo de fluido respectivamente quente no espaço construtivo de um cigarro ou um pequeno charuto não pode ser realizado em virtude de escassez de espaço para um trocador de calor.

[0028] O documento WO 2008/113420 descreve um processo pa ra a volatilização de substâncias ativas e/ou substâncias aromáticas para a liberação de um aerossol inalável, sendo que gases de combustão de um gás combustível que preferencialmente é queimada com excesso de ar, parcialmente ou completamente, eventualmente misturados com ar ambiente, são conduzidos através de um depósito de substâncias ativas e/ou substâncias aromáticas, e sendo que uma temperatura desejada pode ser selecionada pela percentagem de gases de combustão e eventualmente através da relação de mistura desses gases de combustão com o ar ambiente.

[0029] Uma desvantagem decisiva desse processo é o uso de gás líquido, pelo que, em virtude do suposto risco de explosão na proximidade direta do rosto, também quando este pode ser controlado apenas puramente hipoteticamente e por meio da configuração tipo fail-safe, não somente há preocupações com a segurança com respeito ao usuário em potencial, mas produtos na base dele, com grande probabilidade, não podem ser levados a bordo de aeronaves.

TAREFA DA PRESENTE INVENÇÃO

[0030] Por esta razão, uma das tarefas da presente invenção é fornecer um dispositivo para cigarros eletrônicos que garante uma va-porização de nicotina e/ou aditivos sem componentes reaproveitáveis em contato com líquido a ser vaporizado, e que preferencialmente ao mesmo tempo produz uma forte redução dos custos e da poluição do meio ambiente devido à redução da quantidade de material usada, e otimização da adaptabilidade a máquinas.

DESCRIÇÃO GERAL DA PRESENTE INVENÇÃO

[0031] De acordo com a presente invenção, esta tarefa é solucio nada por meio de um dispositivo de aquecimento descrito na reivindica- ção 1, e um dispositivo de vaporização para evaporar líquidos de membranas de vaporização permeáveis (semelhante às descritas no documento WO 2011/009920) que contém tal dispositivo de aquecimento, sendo que o dispositivo de aquecimento compreende o seguinte:

[0032] uma folha permeável de resistência de aquecimento na forma de uma espiral dupla e/ou linha ondulada, com duas extremidades e dimensão da seção transversal de um cigarro ou de um charuto pequeno, sendo que os espaços intermediários da espiral dupla e/ou da linha ondulada da resistência de aquecimento 1 são abertos (permeáveis) e, portanto, permeáveis para fluidos em fluxo.

[0033] pelo menos dois contatos elétricos (talas de contato) que em um dos seus lados estão firmemente ligados à respectiva extremidade oposta da folha de resistência de aquecimento e com seu outro lado estão livres, pelo que podem ser juntados de modo destacável a uma fonte de tensão regulada ou controlada, sendo que a folha de resistência de aquecimento e os contatos elétricos preferencialmente são feitos inteiriçamente.

[0034] Permeável no contexto da presente invenção significa, tan to para a folha de resistência de aquecimento como também para as membranas de vaporização, que estas em direção das suas linhas normais de superfície são permeáveis a gás.

[0035] De acordo com a presente invenção, uma folha permeável de resistência de aquecimento consiste de uma folha que conduz eletricidade que preferencialmente é estampada ou cortada a laser com uma forma de espiral dupla ou linha ondulada, ou uma combinação de espiral dupla ou linha ondulada. Como combinação de forma de espiral dupla e linha ondulada, a resistência de aquecimento pode apresentar, por exemplo, duas áreas parciais como linha ondulada com uma área parcial entre as duas como espiral dupla, ou então, como espiral dupla com uma área parcial central como linha ondulada. Mais combinações com áreas parciais diferentes adicionais também são possíveis.

[0036] A folha de resistência de aquecimento de acordo com a presente invenção consiste de um material que conduz eletricidade, preferencialmente de uma liga de alumínio ou de aço inox, e, de preferência especial, de alumínio puro apropriado para alimentos, uma liga de AIMn ou aço inox, tal como X5CrNi18-10.

[0037] A espessura da parede de uma folha permeável de resis tência de aquecimento de acordo com a presente invenção situa-se na faixa entre 0,01 mm e 0,2 mm, preferencialmente, porém, entre 0,02 mm e 0,08 mm.

[0038] Em dependência da condutibilidade elétrica do líquido a ser vaporizado, a folha de resistência de aquecimento pode ser revestida com uma camada de material sintético resistente ao calor e eletricamente isolante, preferencialmente uma camada de poli-imida, Mikanit ou silicone, com o que é evitado um curto-circuito, em caso de uma resistência elétrica pequena demais do líquido a ser vaporizado em relação à resistência da folha de resistência de aquecimento. Mikanit, no sentido da presente invenção, significa em geral uma mica sintética, isto é, um material composto consistindo de fragmentos de mica (fragmentos de silicato de camada) e resina sintética como sistema de matriz. Produtos exemplares são: Flexível Mikanit FLM M & P (consistindo de pelo menos 92 % de moscovita ou alternativamente flogopita, impregnado com uma cola de silicone altamente resistente à temperatura), Flexibel Mikanit FLM 521 P, etc.

[0039] Tal dispositivo de aquecimento pode ser usado, por exem plo, como resistência de aquecimento elétrica em um dispositivo de vaporização para evaporar substâncias contendo substâncias ativas e/ou substâncias aromáticas, por exemplo, uma boquilha descartável para um cigarro eletrônico. Através do simples encaixe sobre uma unidade acumuladora com interruptor de baixa pressão ou regulador de baixa pressão, o cigarro eletrônico está pronto para ser usado. Se o circuito for fechado pelo interruptor de baixa pressão ou regulador de baixa pressão, a folha de resistência de aquecimento esquenta e vaporiza o líquido da membrana de vaporização.

[0040] Um outro aspecto refere-se, portanto, a um dispositivo de vaporização para vaporizar substâncias contendo substâncias ativas e/ou substâncias aromáticas, preferencialmente executado como boquilha na forma de um cilindro oco com uma entrada de fluido e uma saída de fluido. O dispositivo de vaporização compreende um dispositivo de aquecimento como descrito no presente pedido, e pelo menos uma membrana de vaporização que está em contato superficial com a resistência de aquecimento. A membrana de vaporização também é permeável para fluidos fluindo e ou é umedecida com uma substância a ser vaporizada, contendo substâncias ativas e/ou substâncias aromáticas, ou pode ser umedecida com estas. A resistência de aquecimento e a(s) membrana(s) de vaporização de preferência estão dis-postas de modo ortogonal ou angular em relação à direção dos fluidos que atravessam a boquilha.

[0041] Em virtude da execução indicada do dispositivo de vapori zação, na base da superfície de contato maior possível de acordo com a presente invenção entre a folha de resistência de aquecimento e a membrana de vaporização ou membranas de vaporização, não somente é obtido um grau muito alto do efeito de vaporização, mas também uma vaporização otimamente uniforme.

[0042] Uma outra vantagem essencial da presente invenção é que através de uma modificação da forma geométrica da folha de resistência de aquecimento, tal como, por exemplo, uma alteração do número das voltas da espiral, da largura das voltas e/ou da espessura da parede da folha ou da chapa fina, o rendimento da resistência de aquecimento pode ser otimamente adaptado a diversas substâncias a se- rem vaporizadas com diversos ingredientes.

[0043] Através da seleção correspondente do material e dos pa râmetros geométricos da folha de resistência de aquecimento, pode ser regulada a resistência elétrica da folha de resistência de aquecimento na faixa de 1 a 10 Q, com o que, com uma tensão nominal possível de uma unidade acumuladora conectada de 1,2 V NiCd) a 3,7 V (Li-Ion), pode ser coberto um espectro de 0,1 a 13,7 watts de potência de aquecimento na seção transversal de uma boquilha de um cigarro.

[0044] Uma outra vantagem importante da presente invenção e que no contorno da folha de resistência de aquecimento pode ser integrado um fusível através de um adelgaçamento local (estreitamento) que em caso do líquido acabado, em virtude da refrigeração ausente, é termicamente destruída, tornando a boquilha inutilizável, com o que pode ser realizado de maneira especialmente simples uma peça descartável, com uma duração de consumo de 5 a 20 baforadas para cada 20 a 50 ml, preferencialmente, porém, 8 a 12 baforadas de 35 ml cada uma.

[0045] Em uma outra realização, o dispositivo de vaporização compreende também um flange para a ligação separável de uma fonte de tensão elétrica controlada ou regulada com os polos elétricos, sendo que as talas de contato, que são ligadas à extremidade respectivamente oposta da espiral dupla e/ou linha ondulada da resistência de aquecimento, não estão em contato direto uma com a outra, isto é, somente por meio da resistência de aquecimento. Estas talas de contato podem ser colocadas em contato com os polos elétricos de uma fonte de tensão controlada ou regulada através do flange.

[0046] De preferência, uma folha de isolamento cobre as talas de contato com uma superfície de flange no lado interno do cilindro oco da boquilha. A folha de isolamento possui, preferencialmente na região da superfície de flange, pelo menos duas aberturas de contato axial- mente deslocadas, sendo que estas aberturas de contato preferencialmente são executadas de tal modo que axialmente se encontram em um plano e respectivamente liberam apenas uma tala de contato. Os polos de uma fonte de tensão elétrica controlada ou regulada são, por exemplo, dois anéis axialmente deslocados e em estado juntado de boquilha e fonte de tensão, respectivamente um polo da fonte de tensão está em ligação através das aberturas de contato com as talas de contato, e através das talas de contato, com respectivamente uma extremidade da espiral dupla e/ou linha ondulada da resistência de aquecimento.

[0047] Em uma outra realização, as talas de contato e/ou a super fície de flange apresentam pelo menos uma ranhura de ajuste e/ou um nariz de ajuste, sendo que estes possuem a contraparte correspondente na forma de pelo menos um nariz de ajuste e/ou ranhura de ajuste na fonte de tensão elétrica controlada ou regulada. Em estado ligado de boquilha e fonte de tensão, cada vez um polo da fonte de tensão está em conexão com as talas de contato, e através das talas de contato, com respectivamente uma extremidade da espiral dupla e/ou linha ondulada da resistência de aquecimento.

[0048] Em uma outra execução preferida, pelo menos uma tala de abertura pontiaguda e/ou de arestas vivas de uma folha metálica ou de uma chapa fina, preferencialmente (mas não obrigatoriamente) da mesma folha metálica, ou da mesma chapa fina como a resistência de aquecimento, estende-se com seu lado pontiagudo e/ou de aresta viva a partir da resistência de aquecimento axialmente em direção do flange da boquilha, e é executada de tal forma que ao juntar a boquilha e a fonte de tensão fura e/ou corta uma folha de fechamento de uma cápsula de armazenamento que se encontra entre a resistência de aquecimento e o flange, que é preenchida com uma substância contendo substâncias ativas e/ou substâncias aromáticas.

[0049] De acordo com isso, a presente invenção possibilita não apenas a produção de uma combinação de função de depósito e de vaporizador em uma peça descartável com uma vaporização mais eficiente e um consumo de recursos menor, se comparado com dispositivos conhecidos do gênero, mas também oferece uma experiência de consumo exatamente definida, cronologicamente limitada.

[0050] Na base da produção preferida da folha de resistência de aquecimento descrita por meio de estampagem e matrizagem, esta pode ser incluída de modo excelente em um processo de produção de funcionamento rápido, fato este que é mais uma vantagem essencial da presente invenção.

BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS.

[0051] A seguir serão descritas com a ajuda de Figuras anexas vantagens e realizações vantajosas da presente invenção.

[0052] A Figura 1 mostra duas variações de uma execução prefe rida do dispositivo de aquecimento descrito na presente invenção, onde a resistência de aquecimento 1, as talas de contato 13 e duas talas de abertura 14 são fabricadas de uma única peça de folha metálica. a) Uma espiral dupla 101 como resistência de aquecimento 1. b) Uma linha ondulada 102 como resistência de aquecimento 1, onde adicionalmente é integrado um fusível lento 12.

[0053] A Figura 2 mostra como uma boquilha 3 de acordo com uma execução preferida da presente invenção é conectada a uma fonte de tensão 4, sendo que os dois polos 41 anelares da fonte de tensão 4 entram em contato com as talas de contato 13 através das aberturas de contato 21 na folha de isolamento 2, fazendo com que a resistência de aquecimento 1 possa ser abastecida com corrente elétrica, e sendo que a cápsula de armazenamento 36 é deslocada axialmente através do lado frontal do flange 33 da fonte de tensão 4 dentro do cilindro oco 31 em direção do depósito de compensação 321, fazendo com que as talas de abertura 14 rasgam a folha de fecho 361 da cápsula de armazenamento 36, e a substância contendo substância ativa e/ou substância aromática flui para dentro do depósito de compensação 321 e de lá, para a membrana de vaporização 32. a) Boquilha em estado de armazenamento inativo, com a folha de fecho 361 intacta e a cápsula de armazenamento 36 em posição de partida, com a fonte de tensão 4 ainda não colocada. b) Boquilha em estado de uso ativado, com a folha de fecho 361 destruída e a cápsula de armazenamento 36 em posição final, com a fonte de tensão 4 colocada.

DESCRIÇÃO DE UMA EXECUÇÃO PREFERIDA DA PRESENTE INVENÇÃO

[0054] Em uma execução preferida da presente invenção, um dis positivo de acordo com a presente invenção serve como resistência de aquecimento 1, por exemplo, em um dispositivo descrito no documento WO 2011/009920, isto é, um dispositivo de acordo com a presente invenção é combinado com um dispositivo onde um fluido atravessa pelo menos uma membrana de vaporização 32 em um canal de fluxo 31, sendo que a pelo menos uma membrana de vaporização 32 é umede- cida ou está sendo umedecida com uma substância a ser vaporizada contendo substância ativa e/ou substância aromática, sendo que o dispositivo de acordo com a presente invenção leva energia térmica à substância a ser vaporizada contendo substância ativa e/ou substância aromática, fazendo com que a substância seja vaporizada e levada até ou fluxo do fluido.

NESTA EXECUÇÃO O DISPOSITIVO COMPREENDE:

[0055] Um cilindro oco 31, consistindo de folha de material sintéti co, papelão e papel de revestimento, sendo que o papel de revestimento é enrolado externamente ao redor do papelão e preferencialmente corresponde ao chamado papel de cortiça de filtros de cigarro e o papelão, no seu lado interno, é revestido com uma folha de material sintético.

[0056] Uma folha de resistência de aquecimento 1 permeável na forma de uma espiral dupla 101, que é estampada de folha de alumínio, e sendo que a folha de resistência de aquecimento 1 permeável é revestida com uma camada de isolamento 11 de poli-imida.

[0057] Dois contatos elétricos 13 na forma de talas de contato 13 na folha de resistência de aquecimento 1 que se estendem longitudinalmente dentro do cilindro oco 31 ao longo da sua superfície interna, a partir da folha de resistência de aquecimento 1 até para dentro do flange 33, sendo que os contatos descrevem respectivamente a seção transversal de um quarto de um círculo.

[0058] Duas membranas de vaporização 32 permeáveis, sendo que em direção axial respectivamente uma membrana de vaporização 32 antes e uma membrana de vaporização 32 depois da folha permeável de resistência de aquecimento 1 estão dispostas de modo a ter contato superficial direto com esta, e sendo que as membranas de vaporização estão parcialmente em contato direto uma com a outra.

[0059] Um depósito intermediário de vaporizador 321 na forma de um anel de um não tecido absorvente, por meio do qual as membranas de vaporização 32 estão estiradas como um tímpano.

[0060] Duas talas de abertura 14 na forma de dentes pontiagudos que se projetam para fora das talas de contato 13 para dentro do cilindro oco 31, e apontam axialmente a partir da folha de resistência de aquecimento 1 em direção ao flange 33.

[0061] Uma folha de isolamento 2 que se estende longitudinalmen te dentro do cilindro oco 31 e dentro das talas de contato 13 ao longo da superfície interna da folha de resistência de aquecimento 1, até para dentro do flange 33, com duas aberturas de contato 21 axialmente deslocadas, sendo que o lado interno da folha de isolamento 2 e as superfícies das talas de contato 13 livres, através das aberturas de contato 21, constituem a superfície de flange 331 do flange 33 no lado da boquilha.

[0062] Uma cápsula de armazenamento 36 anelar, axialmente móvel dentro da folha de isolamento 2 do cilindro oco 31, que contém uma substância contendo substância ativa e/ou substância aromática, que é selada por meio de uma folha de fecho 361, sendo que a folha de fecho 361 é destruída quando a cápsula de armazenamento 36 é movida tanto em direção da folha de resistência de aquecimento 1 que a folha de fecho 361 é penetrada pelas talas de abertura 14.

[0063] A execução preferida acima descrita da presente invenção é usada com uma fonte de tensão 4 em forma de barra com dois polos 41 anelares na superfície externa do flange 33 no lado da fonte de tensão, sendo que a fonte de tensão possui no lado frontal do flange 33 uma abertura de saída de ar, através da qual flui o fluxo do fluido para dentro da boquilha 3, sendo que no canal de fluxo da fonte de tensão encontra-se um regulador de baixa pressão que em estado conectado controla o fluxo da corrente da fonte de tensão através dos polos 41 anelares, por meio das talas de contato 13 e da folha de resistência de aquecimento 1 da boquilha 3. Tabela 1: Listagem de Números de Referência

Claims

1. Dispositivo de vaporização para a vaporização de substâncias contendo substâncias ativas e/ou substâncias aromáticas, executado como boquilha (3), com uma entrada de fluidos (311) e uma saída de fluidos (312), compreendendo um dispositivo de aquecimento com uma resistência de aquecimento (1) na forma de uma folha metálica ou de uma chapa fina, na figura de uma espiral dupla (101) e/ou de uma linha ondulada (102), com duas extremidades e dimensão da seção transversal de um cigarro ou charuto pequeno, sendo que os espaços intermediários da espiral dupla e/ou da linha ondulada da resistência de aquecimento (1) são abertos e assim permeáveis para fluidos em fluxo, e sendo que respectivamente pelo menos uma tala de contato (13) de folha metálica ou chapa fina é conectada a cada vez uma extremidade da espiral dupla (101) e/ou linha ondulada (102) da resistência de aquecimento (1), sendo que as talas de contato (13) que estão ligadas com a respectiva extremidade oposta da espiral dupla (101) e/ou linha ondulada (102) da resistência de aquecimento (1), não estão em contato direto uma com a outra, e caracterizado por pelo menos uma membrana de evaporação (32) que está em contato superficial com a resistência de aquecimento (1), que também é permeável para fluidos em fluxo e que é umedecida ou pode ser umedecida com uma substância contendo substâncias ativas e/ou substâncias aromáticas, sendo que a resistência de aquecimento (1) e a pelo menos uma membrana de evaporação (32) estão dispostas de modo ortogonal ou angular em relação à direção dos fluidos que atra-vessam a boquilha (3).

2. Dispositivo de vaporização, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a boquilha (3) apresentar a forma de um ci- lindro oco (31).

3. Dispositivo de vaporização de acordo com uma das reivindicações 1 a 2, caracterizado por a resistência de aquecimento (1) e as talas de contato (13) consistirem em um pedaço de folha metálica ou chapa fina.

4. Dispositivo de vaporização, de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por o dispositivo de aquecimento compreender também pelo menos uma tala de abertura (14) pontiaguda e/ou de aresta viva, para furar ou cortar uma cápsula de armazenamento (36).

5. Dispositivo de vaporização, de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por a resistência de aquecimento (1), as talas de contato (13) e eventualmente as talas de abertura (14) consistirem em um pedaço de folha metálica ou chapa fina.

6. Dispositivo de vaporização, de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por a folha metálica ou a chapa fina da resistência de aquecimento (1), das talas de contato (13) e/ou das talas de abertura (14) consistire em alumínio puro, uma liga de alumínio e manganês ou de aço inox.

7. Dispositivo de vaporização, de acordo com uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por a resistência de aquecimento (1) ser revestida com uma camada de isolamento (11), preferencialmente uma camada de poli-imida, Mikanit ou silicone.

8. Dispositivo de vaporização, de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por a resistência de aquecimento (1) apresentar um fusível lento (12) na forma de um estreitamento na espiral dupla (101) e/ou na linha ondulada (102).

9. Dispositivo de vaporização, de acordo com uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado por também compreender um flange (33) para a junção separável de uma fonte de tensão (4) elétrica con- trolada ou regulada, com os polos (41) elétricos, onde as talas de contato (13) que são ligadas à respectiva extremidade oposta da espiral dupla (101) e/ou linha ondulada (102) da resistência de aquecimento (1), não estão em contato direto uma com a outra, e onde estas, através do flange (33), podem ser colocadas em ligação com o polos (41) elétricos de uma fonte de tensão (4) elétrica controlada ou regulada.

10. Dispositivo de vaporização, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por a boquilha (3) compreender também uma cápsula de armazenamento (36) preenchida com as substâncias contendo substâncias ativas e/ou substâncias aromáticas, e onde pelo menos uma tala de abertura (14) pontiaguda e/ou de aresta viva de uma folha metálica ou uma chapa fina, que, com seu lado pontiagudo e/ou de aresta viva avançando, se estende da resistência de aquecimento (1) axialmente em direção ao flange (33) da boquilha (3), e que é executada de tal modo que ao juntar a boquilha (3) e a fonte de tensão (4) fura e/ou corta uma folha de fecho (361) da cápsula de armazenamento (36) que se encontra entre a resistência de aquecimento (1) e o flange (33).

11. Dispositivo de vaporização, de acordo com a reivindicação 9 ou 10, caracterizado por estar em conexão separável de uma fonte de tensão (4) elétrica controlada ou regulada com os polos (41) elétricos, sendo que uma folha de isolamento (2) cobre as talas de contato (13) até uma superfície de flange (331) no lado inferior do cilindro oco (31) da boquilha (3), e sendo que a folha de isolamento (2) na área da superfície do flange (331) apresenta pelo menos duas aberturas de contato (21) axialmente deslocadas, as aberturas de contato (21) são executadas de tal modo que axialmente se encontram em um plano e respectivamente liberam apenas uma tala de contato (13), e sendo que os polos (41) da fonte de tensão (4) elétrica controlada ou regulada são dois anéis axialmente deslocados, e sendo que em esta- do conectado de boquilha (3) e fonte de tensão (4), respectivamente um polo (41) da fonte de tensão (4) é conectado, através das aberturas de contato (21), com as talas de contato (13) e, através das talas de contato (13), com respectivamente uma extremidade da espiral dupla (101) e/ou linha ondulada (102) da resistência de aquecimento (1).

12. Dispositivo de vaporização, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por as talas de contato (13) e/ou a superfície do flange (331) apresentarem pelo menos uma ranhura de ajuste (34) e/ou nariz de ajuste (35), sendo que estas apresentam um contraparte correspondente na forma de pelo menos um nariz de ajuste (35) e/ou ranhura de ajuste (34) na fonte de tensão (4) elétrica controlada ou regulada, sendo que em estado conectado de boquilha (3) e fonte de tensão (4), cada vez um polo (41) da fonte de tensão (4) está em conexão com as talas de contato (13), e através das talas de contato (13), com respectivamente uma extremidade da espiral dupla (101) e/ou linha ondulada (102) da resistência de aquecimento (1)