BR112014003044B1

BR112014003044B1 - kit de cateter

Info

Publication number: BR112014003044B1
Application number: BR112014003044-8A
Authority: BR
Inventors: Benny Matthiassen; Bo Kjaer Vigant Lorentsen; Helle Haraldsted; Stephen Glibbery
Original assignee: Coloplast A/S.
Priority date: 2011-08-29
Filing date: 2012-08-28
Publication date: 2020-10-13
Also published as: RU2612815C2; EP2750748B1; US9585784B2; US20140194841A1; BR112014003044A2; CN103747831B; WO2013029620A1; RU2014111061A; CN103747831A; EP2750748A1

Abstract

KIT DE CATETER A invenção refere-se a um kit de cateter que compreende um cateter e uma bolsa de urina armazenada em um pacote em que o fluxo é impedido entre o cateter e bolsa de urina quando armazenado, mas permitido quando o kit é usado.

Description

[0001] A invenção refere-se a um kit de cateter que compreende um cateter e uma bolsa de urina armazenada em um pacote em que o fluxo entre o cateter e a bolsa de urina é impedido quando armazenada, mas permitido quando o kit é usado.

ANTECEDENTES

[0002] Pacotes de cateter existem nos quais um cateter hidrofilicamente revestido é armazenado em meio de intumescimento de líquido. Quando tal pacote de cateter é combinado com uma bolsa coletora de urina em um kit de cateter, é indesejável que o meio de intumescimento entre na bolsa. Isso torna incerto quão grandemente uma quantidade está presente no recipiente para umedecer o cateter. Caso não haja meio de intumescimento suficiente presente, então o cateter pode secar. Ademais, o meio de intumescimento geralmente evapora em uma estrutura cristalina que pode entupir a construção, impedindo, assim, que o líquido flua através do cateter e para o interior da bolsa. Por fim, o meio de intumescimento na bolsa de urina é considerado não higiênico e, para um usuário para o qual a higiene é importante, tal percepção pode impedi-lo de usar o produto.

[0003] Logo, existe a necessidade de um kit de cateter como descrito em que se impede que o líquido flua do cateter para o interior da bolsa de urina anterior ao uso do kit de cateter.

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA RELACIONADA

[0004] O documento WO9811932 revela uma montagem de cateter urinário que compreende um cateter urinário que tem, em pelo menos parte de sua superfície, uma camada de superfície hidrofílica, destinada a produzir uma característica de superfície de baixo atrito do cateter por tratamento com um meio de intumescimento de líquido anterior ao uso do cateter e um pacote de cateter que tem uma cavidade para a acomodação do cateter.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

[0005] A invenção se refere a um kit de cateter que compreende um cateter urinário, uma bolsa coletora de urina e um recipiente, sendo que o cateter urinário tem um revestimento hidrofílico e compreende um elemento tubular que tem uma extremidade proximal e uma extremidade distai, sendo que a extremidade proximal é dotada de orifícios para permitir que a urina entre no cateter urinário, a extremidade distai é dotada de um manipulo para manusear o cateter, a bolsa coletora de urina é conectada ao manipulo, o recipiente é adaptado para armazenar o cateter e para conter um meio de intumescimento de líquido para umedecer o revestimento hidrofílico sobre o cateter, sendo que o kit de cateter compreende adicionalmente uma capa presa de forma destacável ao recipiente para cobrir o manipulo de cateter e a bolsa coletora de urina, o kit de cateter compreende adicionalmente meio de vedação, em que - na configuração de vedação, o fluxo é impedido entre o cateter e a bolsa de urina, e - na configuração de fluxo, o fluxo é possível entre o cateter e a bolsa de urina.

[0006] A invenção refere-se a um kit de cateter que compreende um recipiente com um cateter urinário conectado a uma bolsa coletora de urina. Quando o kit de cateter está na configuração de vedação - tipicamente quando armazenado, ou logo antes do uso - então o meio de intumescimento de líquido no recipiente é impedido de entrar para o interior da bolsa coletora de urina. Quando o kit de cateter está na configuração de fluxo - tipicamente quando o kit está pronto para ser usado - a urina é capaz de fluir para o interior do cateter através dos orifícios e para fora através de uma abertura de saída disposta no manipulo e para o interior da bolsa coletora de urina. Na configuração de fluxo, o cateter urinário, juntamente com o manipulo e a bolsa coletora de urina, é removido do recipiente.

[0007] A transformação típica da configuração de vedação para a configuração de fluxo acontecerá quando o usuário preparar o kit de cateter de armazenamento para uso. Quando o kit de cateter é armazenado, a capa é presa ao recipiente e o cateter é armazenado no recipiente, sendo que o manipulo e a bolsa coletora de urina também são cobertos pelo recipiente e/ou capa. Quando o usuário deseja usar o produto, inicialmente a capa é removida da recipiente e o cateter urinário, que inclui a bolsa coletora de urina, é removido do recipiente, tipicamente segurando-se o manipulo do cateter. A remoção do cateter urinário do recipiente pode desativar o meio de vedação no manipulo ou entre a capa e o manipulo e assim transformar o kit de cateter da configuração de vedação para a configuração de fluxo. Logo, em uma modalidade, o meio de vedação é disposto no manipulo ou entre a capa e o manipulo. Alternativamente, o usuário tem que remover ou desativar o meio de vedação na entrada da bolsa coletora de urina, logo, na modalidade alternativa, o meio de vedação é fornecido em uma entrada da bolsa coletora de urina. A entrada d abolsa coletora de urina é definida como a transição entre o manipulo e a bolsa coletora de urina.

[0008] A seguir, sempre que se referir à extremidade proximal de um elemento da invenção, a referência é à extremidade adaptada para inserção. Sempre que se referir à extremidade distai de um elemento, a referência é à extremidade oposta à extremidade de inserção. Em outras palavras, a extremidade proximal é a extremidade mais próxima ao usuário, quando o cateter está prestes a ser inserido e a extremidade distai é a extremidade oposta - a extremidade mais longe do usuário quando o cateter está prestes a ser inserido.

[0009] A direção longitudinal é a direção da extremidade distai à proximal. A direção transversal é a direção perpendicular à direção longitudinal, que corresponde à direção através do eixo ou elemento tubular do cateter.

[00010] O cateter descrito nesta aplicação pode ser usado como um cateter urinário.

[00011] O cateter compreende um elemento geralmente tubular que se estende da extremidade distai à extremidade proximal. A ponta é posicionada na extremidade proximal do cateter e pode ser fornecida como uma extremidade fechada arredondada do tubo que constitui a parte principal do cateter. O conector é fornecido na extremidade distai e pode, em uma modalidade, compreender uma extremidade alargada do cateter, de forma que o diâmetro do conector aumente em relação ao elemento tubular remanescente.

[00012] Usualmente, cateteres usados como dispositivos de drenagem de urina são do tamanho 8 FR ao tamanho 18 FR. FR (ou French size ou Charriere (Ch)) é uma medida padrão para cateteres que corresponde aproximadamente à circunferência exterior em milímetros. Mais precisamente, o diâmetro exterior do cateter em milímetros corresponde a FR dividido por 3. Logo, 8 FR correspondem a um cateter de diâmetro exterior de 2,7 mm e 18 FR corresponde a um cateter com um diâmetro exterior de 6 mm.

[00013] Cateteres desta invenção são, antes do uso, dotados de um revestimento hidrofílico de forma a conceder uma inserção de um baixo atrito.

[00014] O cateter pode ser um cateter compacto telescópico, por exemplo, como SpeediCath ® Compact Female or Male, comercializado por Coloplast UM/S.

[00015] Em uma modalidade, o manipulo é acoplado ao recipiente. Preferencialmente, é acoplado por um acoplamento firme líquido, de forma que o meio de intumescimento seja impedido de sair do recipiente. Logo, o acoplamento firme líquido deve ser capaz de conter o meio de intumescimento de líquido no interior do recipiente durante o período de armazenagem, que pode ser de até 3 a 5 anos. Quando o manipulo e, portanto, também o cateter são removidos do recipiente, o fluxo de líquido é estabelecido entre o cateter e a bolsa de urina.

[00016] Em uma modalidade, o kit de cateter é movido da configuração de vedação para a configuração de fluxo por deslocamento axial do cateter urinário e do manipulo um em relação ao outro. Isso permite que o fluxo seja estabelecido entre o manipulo e o cateter urinário quando o manipulo é puxado, desatarraxado ou de outra forma movimento axialmente em relação ao cateter urinário. Esse tipo de vedação fornece uma vedação particularmente segura que não será inadvertidamente ativada.

[00017] Em uma modalidade relacionada, o deslocamento axial ocorre como resultado da extração do manipulo na direção axial. Nesse caso, a acoplagem entre o manipulo e o cateter pode ser fornecida como uma acoplagem por encaixe.

[00018] Em outra modalidade relacionada, o deslocamento axial ocorre como resultado da rotação do manipulo em relação ao cateter urinário. Na última modalidade, a acoplagem entre o manipulo e o cateter urinário pode, por exemplo, ser fornecida como uma acoplagem em rosca com uma grande razão de passo.

[00019] Em outra modalidade, o kit de cateter é movido da configuração de vedação para a configuração de fluxo deslocando-se de forma rotacional o cateter urinário e o manipulo um em relação ao outro. Isso permite que o fluxo entre o manipulo e o cateter seja estabelecido deslocando- se o manipulo.

[00020] Em uma modalidade relacionada um primeiro disco de vedação é fornecido na extremidade proximal do manipulo e um segundo disco de vedação na extremidade distal do cateter. Os discos de vedação são coaxialmente alinhados e dispostos em encaixe apertado.

[00021] A conexão rotacional entre o manipulo e o cateter resulta no fato dos discos de vedação serem capazes de rotacionar um em relação ao outro.

[00022] Pelo menos uma abertura de fluxo é fornecida em cada disco de vedação. As aberturas de fluxo são fornecidas de forma que sejam alinhadas em uma posição rotacional entre o manipulo e o cateter e portanto o fluxo seja permitido passar do cateter para o interior da bolsa de urina, e em outra posição na qual as aberturas de fluxo estejam desalinhadas e o fluxo seja interrompido (ou evitado) entre o cateter e a bolsa de urina.

[00023] Em outras modalidades, o kit é movido da configuração de vedação para a configuração de fluxo removendo-se a capa.

[00024] Como exemplo, a capa pode fornecer uma vedação contra a extremidade distal do manipulo quando o kit de cateter está na configuração de vedação. Alternativamente, uma válvula pode ser disposta entre a capa e o manipulo do cateter e em que a válvula seja aberta e o kit seja movido da configuração de vedação para a configuração de fluxo quando a capa for removida.

[00025] Outras modalidades referem-se ao fornecimento de um elemento de vedação que forneça um vedação impermeável a líquido na extremidade distal do manipulo, correspondente à entrada da bolsa coletora de urina. Esse elemento de vedação veda o kit de cateter quando mesmo está na configuração de vedação e permite o fluxo através do cateter e para o interior da bolsa coletora de urina quando kit está na configuração de fluxo.

[00026] Em ainda outras modalidades, o kit pode ser movido da configuração de vedação para a configuração de fluxo removendo-se diretamente um elemento de vedação que fornece uma vedação impermeável a líquido e é disposto na entrada da bolsa coletora de urina.

[00027] Alternativamente, a vedação pode ser rompida, por exemplo, por torção, compressão ou outra forma de manuseio do elemento de vedação pelo usuário.

[00028] Em uma modalidade, o manipulo é conectado de forma rotacional ao recipiente. O manipulo é dotado de uma rosca externa para encaixe por rosca com uma rosca correspondente no recipiente.

[00029] Caso o manipulo seja capaz de rotacionar em relação ao cateter e ao mesmo tempo ser conectado de forma rotacional ao recipiente, uma modalidade particularmente fácil de usar pode ser alcançada. Em tal modalidade, o usuário deve apenar rotacionar o manipulo e, com essa rotação, o mesmo, em primeiro lugar permitirá o fluxo (transformar o kit de cateter da configuração de vedação para a configuração de fluxo) e em segundo lugar, removerá o cateter urinário e a bolsa coletora de urina do recipiente. Logo, o usuário segurará o recipiente com uma mão (ou entre o cotovelo e o corpo ou de qualquer outra maneira) e o manipulo com a outra mão (ou usar os dentes ou de qualquer outra maneira) e rotacionar as duas partes em relação uma a outra.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[00030] As Figuras 1 a 4 mostram uma modalidade de um kit de cateter em que o fluxo pode ser controlado,

[00031] A Figura 5 mostra um modalidade de uma vedação entre o cateter e a bolsa de urina,

[00032] As Figuras 6 e 7 mostram uma modalidade de uma configuração de vedação que são abertas removendo-se o cateter do recipiente,

[00033] As Figuras 8 a 12 mostram outra modalidade de uma configuração de vedação que são abertas removendo-se o cateter do recipiente,

[00034] As Figuras 13a, 13b e 13c mostras os princípios de ainda outras modalidades das configurações de vedação que são abertas removendo- se o cateter do recipiente, e

[00035] As Figuras 14, 15 e 16 mostras diferentes modalidades de fornecer uma vedação entre o cateter e a bolsa de urina usando-se a capa como um retentor.

DESCRIÇÃO DETALHADA DOS DESENHOS

[00036] As Figuras 1 a 4 mostram em uma sequência de etapas, um kit de cateter 1 e como o cateter é preparado para o uso. As diferentes modalidades reveladas no presente no documento podem ser incorporadas ao kit de cateter 1 por uma pessoa versada na técnica.

[00037] O kit de cateter compreende um recipiente 2 e uma capa 3 para fechar e cobrir uma abertura do recipiente. A capa é removida torcendo-se a capa em volta em direção da seta, como mostrado na Figura 1. Isso solta a capa da acoplagem cm rosca 4a, 4b como mostrado na Figura 2, o que expõe uma bolsa de urina 5 que foi dobrada no interior da capa 3. A capa pode ser descartada ou guardada para posteriormente fechar novamente o kit de cateter 1.

[00038] A bolsa de urina 5 é desdobrada, expondo um manipulo de cateter 6 ao redor do qual a mesma foi sobrada, como visto na Figura 3. O manipulo é anexo à extremidade distal de um cateter 7. O manipulo é acoplado com uma porção de pescoço 8 do recipiente, que define uma abertura do recipiente através da qual o cateter pode ser inserido e recuperado.

[00039] Por fim, o cateter 7 e a bolsa de urina 5 são removidos do recipiente puxando-se o manipulo 6, como mostrado na Figura 4, em que o cateter está pronto para inserção no interior da uretra.

[00040] O cateter é hidrofilicamente revestido e armazenado juntamente com um meio de intumescimento (não mostrado) no recipiente.

[00041] Como será compreendido, o cateter pode ser acoplado ao recipiente de diferentes maneiras. Em uma modalidade, pode haver uma acoplagem em rosca entre o recipiente e o manipulo de cateter, ou em outra modalidade, a acoplagem pode, por exemplo, ser uma acoplagem por fricção. É, portanto, preferido que a acoplagem seja vedada a líquido, de forma que o meio de intumescimento não vaze do recipiente.

[00042] A Figura 5 ilustra uma parte de quebra 20 formada na extremidade distal do manipulo, isto é, na extremidade oposta ao cateter 7. De forma a mover o kit de cateter da configuração de vedação para a configuração de fluxo, a parte de quebra 20 é manualmente quebrada pelo usuário. Dotando-se a parte de quebra 20 no interior da bolsa de urina, essa ali permanecerá e não cairá ao chão e criará detritos.

[00043] Outro meio de fecho, que deve ser separadamente manualmente removido, de forma a mover o kit de cateter para a configuração de fluxo pode ser fornecido. Em uma modalidade, tal meio manual pode, por exemplo, ser um grampo disposto em volta da bolsa, próximo à extremidade distal do manipulo, uma faixo de fio ou borracha. Esses são meios fáceis de identificar e, logo, fáceis do usuário remover.

[00044] Em outro conjunto de modalidades, o kit de cateter pode ser movido de uma configuração de vedação para uma configuração de fluxo manipulando-se o manipulo como descrito nas Figuras 6 a 13. Isso apresente a vantagem de que o kit de cateter pode ser movido para a configuração de fluxo quando o mesmo é removido do recipiente e assim possa ser incorporado à etapa de remoção, em que o usuário não terá que realizar operações adicionais.

[00045] As Figuras 6 e 7 ilustram um manipulo 30 que tem uma estrutura de acoplagem de rosca dupla que serve para, em primeiro lugar, mover o kit de cateter na configuração de fluxo e em segundo, separar o manipulo e o cateter do pescoço do recipiente 8.

[00046] O manipulo é formado de uma parte interna tubular rígida 31, coberta com uma camada macia de borracha 32. A camada de borracha fornece uma área de aperto que é confortável para apertar e tem boas características de aperto, como alta fricção.

[00047] O manipulo se estende longitudinalmcnte ao longo de um eixo A - A, que corresponde ao eixo longitudinal do cateter. Em uma extremidade distai 33, o manipulo possui duas aberturas de saída 34’, 34”. O cateter estende-se para fora da extremidade proximal 35 do manipulo.

[00048] O manipulo c formado com uma rosca interna 36 fornecida na superfície interna da parte tubular 31. A rosca interna engata-se com uma rosca de cateter correspondente 42 fornecida na superfície externa da extremidade distal do cateter 7.

[00049] Uma rosca externa 37 é adicionalmente fornecida na extremidade proximal do manipulo na superfície externa da parte tubular. A rosca externa engata-se com uma rosca de recipiente correspondente 38 fornecida na superfície interna do pescoço 8 do recipiente.

[00050] Na configuração vedada, a extremidade distai 39 do cateter fecha a passagem às aberturas de saída 34’, 34”, de forma que o fluxo seja impedido, do lúmen do cateter 7’ e para o interior da bolsa de urina 5.

[00051] Quando o kit de cateter é aberto, o manipulo é disposto acerca do eixo longitudinal A - A relativo ao recipiente como indicado pela seta. Isso ativa a acoplagem em rosca entre o manipulo e o cateter ao mover o manipulo axialmente em relação ao cateter, assim movendo a extremidade distai 39 do cateter para longe das aberturas de saída 34’, 34” como mostrado na Figura 7, assim permitindo que a urina flua através do cateter e para o interior da bolsa de urina.

[00052] Essa ação passa despercebida pelo usuário, que move de forma a obter o cateter para uso. Com o kit de cateter na configuração de fluxo, o usuário continua a mover, de forma que a acoplagem em rosca entre a superfície externa do manipulo 37 e a superfície interna do pescoço 38 seja ativada. Isso desenrosca o manipulo e, portanto, o cateter, para fora do recipiente.

[00053] De forma a evitar vazamentos quando o produto é armazenado, um anel de vedação exterior 40 impede que o líquido vaze entre o manipulo e o pescoço e um anel de vedação interno 41 impede que o líquido vaze entre o manipulo e o cateter.

[00054] Em outra modalidade como mostrado nas Figuras 8 a 12, o manipulo 50 e, portanto, o cateter 51, é removido do recipiente 2 por uma ação de puxar e virar.

[00055] O manipulo compreende um plugue 52 que é usado para vedação do lúmen do cateter 7’ na extremidade distal do cateter. Enquanto o plugue vedar o cateter, o manipulo é livre para rotacionar em volta do cateter na ranhura 53. Isso impede que o meio de acoplagem na forma de uma rosca de cateter 54 na superfície externa do cateter e uma rosca de recipiente 55 na superfície interna do pescoço seja ativado.

[00056] Quando o manipulo é puxado no eixo longitudinal, o plugue 52 é movido para fora do lúmen do cateter 7’, assim estabelecendo o fluxo entre o cateter e a bolsa de urina. Ao mesmo tempo em que a nervura 56 é movida da ranhura 53 para a ranhura de travamento 57. Na ranhura de travamento, a nervura é impedida de rotacionar livremente por meio de nervuras de travamento 58. Logo, quando o manipulo é movido, a rosca de cateter 54 e a rosca de recipiente 55 são ativadas e o manipulo pode ser desenroscado do recipiente, assim soltando o cateter.

[00057] Na Figura 13a, b e c é ilustrado, de forma geral, como o dispositivo de cateter pode ser movido para a configuração de fluxo rotacionando-se duas partes em que as aberturas são alinhadas.

[00058] Por exemplo, a extremidade proximal do manipulo de cateter 6 pode ser dotada de um disco de manipulo 60 que tem duas aberturas diametricamente opostas 61, 62 e a extremidade distal do cateter 7 é dotada de um disco de cateter 63 que também tem duas aberturas diametricamente opostas 64, 65 semelhantes às do disco de manipulo.

[00059] O manipulo e o cateter são rotacionáveis um em relação ao outro, o que fornece uma rotação em volta do eixo A - A, como mostrado na Figura 13b. Logo, as aberturas podem ser movidas em uma configuração de fluxo em que as aberturas dos respectivos discos sejam alinhadas uma à outra e, da mesma forma, as aberturas possam ser movidas para uma configuração de vedação em que as aberturas são movidas uma em relação às outras, fechando, assim, o fluxo.

[00060] A Figura 13c mostra outra modalidade dos discos descrita em relação às Figuras 13a e 13b, em que as aberturas são formadas como fendas. O princípio e função das fendas e os discos são, no entanto, os mesmo que os das Figuras 13a e 13b.

[00061] Em outro conjunto de modalidades ilustrado nas Figuras 14 a 17, o kit de cateter é movido para a configuração de fluxo quando a capa é removida, uma vez que a remoção simultaneamente rompe uma vedação entre o lúmen do cateter e a bolsa de urina.

[00062] Na Figura 14, uma válvula de assento 70 é fornecida entre a capa 3 e o manipulo de cateter 6. A válvula de assento compreende um componente de válvula 71. O componente de válvula 71 é empurrado para engate com o assento de válvula 72 pela capa 3. Esse engate impede que líquido flua para fora do manipulo 6. Quando a capa 3 é removida, a válvula de assento relaxa e o fluxo pode ser estabelecido.

[00063] A Figura 15 mostra uma válvula esférica 80 fornecida entre a capa 3 e o manipulo de cateter 6. Uma capa de assento de válvula 81 é fornecida no interior da capa e um manipulo de assento de válvula 81 é fornecido no manipulo 6. Quando fechada, uma esfera 83 engata-se com a vedação de válvula de capa e manipulo e interrompe o fluxo. Quando a capa é removida, a válvula esférica relaxa e o fluxo é estabelecido.

[00064] As modalidades das Figuras 14 e 15 mostram válvulas que tem uma parte sobressalente separada, por exemplo no formato do componente de válvula 71 e esfera 83. Quando o kit é aberto, a parte cairá da válvula, tipicamente para o interior da bolsa. Isso impede que a válvula seja reutilizada.

[00065] No entanto, caso seja desejado reutilizar a válvula, uma modalidade de acordo com a Figura 16 pode ser usada, por exemplo. A Figura 16 mostra uma construção de válvula 90 formada de uma vedação elástica de válvula 91 que é presa ao interior da capa 3. A vedação de válvula pode, por exemplo, ser formada de silicone ou de outro elastômero. A vedação de válvula 91 tem um assento de válvula 92 que engata-se com um assento de manipulo 93 na parte distal do manipulo 6 quando o kit está fechado. A bolsa de urina 5 que é presa ao manipulo estende-se para fora entre o assento de válvula 92 e o assento de manipulo 93. No entanto, devido à pressão entre os dois assentos, a bolsa de urina é firmemente pressionada, impedindo que o líquido flua através da vedação de válvula mesmo através da bolsa de urina. Quando a capa é removida, a vedação é rompida e o fluxo pode ser estabelecido. No entanto, caso a capa seja posta novamente no conjunto de válvula 92, restabelecerá contato com o assento de manipulo 93, assim interrompendo o fluxo.

[00066] Em outra modalidade, um florete é fornecido na parte distal do manipulo e, quando a capa é torcida, de forma a removê-lo do recipiente, um pino que projeta-se corta e abre pelo menos parte do florete.

[00067] Como foi descrito no presente documento, muitas formas diferentes de mover o kit de cateter entre uma configuração de vedação e uma configuração de fluxo foram reveladas, e a pessoa versada na técnica compreenderá que muitas outras podem ser empregadas dentro do escopo da presente invenção. Por exemplo, princípios como torção também podem ser usados.

Claims

1. Kit de cateter (1) compreendendo um cateter urinário (7, 51), uma bolsa coletora de urina (5) e um recipiente (2) em que o cateter urinário (7, 51) tem um revestimento hidrofílico e compreende um elemento tubular que tem uma extremidade proximal e uma extremidade distai, sendo que a extremidade proximal é dotada de orifícios para permitir que a urina entre no cateter urinário, a extremidade distai é dotada de um manipulo (6, 30, 50) para manusear o cateter, a bolsa coletora de urina (5) é conectada ao manipulo (6, 30, 50), o recipiente (2) é adaptado para armazenar o cateter e para conter um meio de intumescimento de líquido para umedecer o revestimento hidrofílico no cateter, sendo que o kit de cateter (1) compreende adicionalmente uma capa (3) presa de forma destacável ao recipiente durante o armazenamento para cobrir o manipulo de cateter e a bolsa coletora de urina, caracterizado pelo fato de que o kit de cateter (1) compreende adicionalmente um meio de vedação, em que - em uma configuração de vedação, o fluxo é impedido entre o cateter e a bolsa coletora de urina e - em uma configuração de fluxo, o fluxo é possível entre o cateter e a bolsa coletora de urina - e em que o meio de vedação é fornecido no manipulo (6, 30, 50) ou entre a capa (3) e o manipulo (6, 30, 50).

2. Kit de cateter (1), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o manipulo (6, 30, 50) é acoplado ao recipiente em uma acoplagem impermeável a líquido.

3. Kit de cateter (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o kit de cateter (1) é movível da configuração de vedação para a configuração de fluxo por deslocamento axial do cateter urinário (7,51) e o manipulo (6, 30, 50) um em relação ao outro.

4. Kit de cateter (1), de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o deslocamento axial é fornecido ao se puxar o manipulo (6, 30, 50) na direção axial.

5. Kit de cateter (1), de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o deslocamento axial é fornecido pela rotação do manipulo (6, 30, 50) em relação ao cateter urinário (7, 51).

6. Kit de cateter (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o kit de cateter (1) é movível da configuração de vedação para a configuração de fluxo deslocando-se através de deslocamento rotacional do cateter urinário (7, 51) e o manipulo (6, 30, 50) um em relação ao outro.

7. Kit de cateter (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que um primeiro disco de vedação (60) é fornecido em uma extremidade proximal do manipulo e um segundo disco (63) de vedação na extremidade distal do cateter.

8. Kit de cateter (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que a capa (3) fornece uma vedação contra a extremidade distal do manipulo quando o kit de cateter (1) está em sua configuração de vedação.

9. Kit de cateter (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que uma válvula (70, 80, 90) é disposta entre a capa (3) e o manipulo (6, 30, 50) do cateter e em que a válvula (70, 80, 90) é configurada para abrir para mover o kit (1) da configuração de vedação para a configuração de fluxo quando a capa (3) é removida.

10. Kit de cateter (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que um elemento de vedação que fornece uma vedação impermeável a líquido é fornecido na entrada da bolsa coletora de urina.

11. Kit de cateter (1), de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que o kit de cateter é movível da configuração de vedação para a configuração de fluxo removendo-se o elemento de vedação.

12. Kit de cateter (1), de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que o kit de cateter é movível da configuração de vedação para a configuração de fluxo torcendo-se ou comprimindo-se o elemento de vedação.

13. Kit de cateter (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado pelo fato de que o manipulo (6, 30, 50) é conectado de forma rotacional ao recipiente (2).