BR112014002543B1 - composição herbicida de glifosato em pó solúvel preparada no local e seu processo de preparação - Google Patents

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Abstract

"composição herbicida de glifosato em pó solúvel preparada no local e seu processo de preparação" a presente invenção refere-se a uma composição sob forma de pó solúvel de herbicida a base de glifosato preparado in situ de alta eficiência e baixa toxicidade útil para eliminar e/ou controlar as ervas daninhas. esta invenção também está relacionada com um processo para preparar a referida composição. é outro objeto da presente invenção oferecer uma nova composição que consiste de uma formulação de herbicida sob forma de pó solúvel, caracterizado por uma gama mui to restrita de ingredientes específicos da composição, o que otimiza a eficiência da formulação e minimiza o custo e toxicidade para o homem,para o meio-ambiente e para a colhei ta a ser tratada. a quantidade necessária de glifosato que precisa ser aplicada no campo é reduzida em 30% quando comparada com a solução líquida de padrão comercial.

Description

"COMPOSIÇÃO HERBICIDA DE GLIFOSATO EM PÓ SOLÚVEL PREPARADA NO LOCAL E SEU PROCESSO DE PREPARAÇÃO.” CAMPO TÉCNICO
[001] Esta invenção refere-se a uma composição herbicida de glifosato em pó solúvel em água para eliminar e/ou controlar ervas daninhas, as características diferenciais da composição são uma não usual alta eficácia, baixa toxicidade e baixo custo. Esta invenção também diz respeito a um processo para preparar a referida composição em pó, de modo a obter em uma única embalagem uma composição em pó para o preparo no local que se dissolve no tanque de água sendo transformada numa composição líquida adequada para pulverização no campo.
[002] Os pesticidas são substâncias tóxicas. Portanto, existe uma tendência no mundo inteiro para reduzir a quantidade de pesticidas aplicada no campo. Isto só pode ser alcançado mediante um aumento da eficácia do pesticida, de modo que uma quantidade menor de produto possa ser aplicada no campo, sem, no entanto, aumentar o custo com os pesticidas, de modo a não aumentar o custo dos alimentos. É o objetivo desta invenção prover uma nova composição de herbicida mais eficiente e de custo mais baixo, que visa atender a esses objetivos.
[003] A pesquisa do requerente cobriu diferentes aspectos técnicos. Primeiro, o requerente desenvolveu uma seleção criteriosa dos adjuvantes ativadores-modificadores e sua dosagem ideal. Após intensos esforços, o requerente determinou, entre as incontáveis substâncias adjuvantes ativadoras-modificadoras normalmente usadas em formulações herbicidas, quais entre elas seriam as de melhor custo/benefício e menos tóxicas.
[004] Ademais, o requerente determinou a quantidade exata de cada ingrediente da formulação, de modo a atingir uma eficácia muito maior reduzindo assim a quantidade necessária de glifosato ácido a ser aplicada no campo pelo agricultor. O requerente determinou então a forma física da formulação herbicida a fim de que a formulação seja estável. Outro objetivo para a redução de custo foi que a preparação do sal solúvel de glifosato fosse feita in situ no tanque de água, evitando a preparação prévia do sal em uma operação separada. E por fim, o requerente desenvolveu o processo de fabricação de modo a obter o menor custo possível para o produto final.
[005] Consequentemente, a presente invenção revela uma nova e melhorada composição herbicida de glifosato em pó solúvel em água, a qual é o resultado de um grande esforço, investigação intensa e exaustivos testes de campo. A nova composição consiste de uma formulação herbicida em pó solúvel caracterizada por uma gama específica e muito restrita de ingredientes, que otimizam a eficiência da formulação e minimizam o custo e a toxicidade ao homem, ao meio ambiente e à plantação sendo tratada.
[006] Surpreendentemente, de acordo com o objeto revelado na presente invenção, a quantidade de glifosato que precisa ser aplicada no campo é reduzida em 30% quando comparado com a formulação padrão de solução líquida de 360 g/l. Deve ser entendido que a referida solução líquida padrão é o ROUNDUP®, uma formulação comercial bem conhecida vendida pela Monsanto.
[007] Consequentemente, a formulação herbicida de glifosato em pó solúvel descrita pela invenção do requerente é 30% mais eficiente do que a formulação padrão. O resultado final é uma redução de custo por hectare tratado de 35% a 40%, quando comparado com a formulação padrão. Além disto, 30% desta redução de custo é devido à incorporação da quantidade ideal de um ativador em combinação com um surfactante adequado, correspondendo a uma redução de 30% na quantidade de glifosato que necessita ser aplicado no campo. Os restantes 5% a 10% de redução do custo são devidos a uma seleção criteriosa e à dosagem ideal dos demais componentes, particularmente, o surfactante, a forma física da formulação e o fato de que a formulação não requer uma preparação prévia do sal solúvel de glifosato por uma operação separada.
[008] É outro objeto da presente invenção apresentar uma formulação de herbicida com baixo custo de fabricação, de embalagem, de manipulação, de armazenamento e transporte e que inclui um surfactante de baixa toxicidade.
[009] Deve ser entendido que a presente invenção revela um novo produto uma vez que oferece uma nova composição herbicida que consiste de uma composição preparada in situ em única embalagem, que compreende glifosato juntamente com adjuvantes modificadores-ativadores tendo uma eficácia muito maior do que outras formulações de glifosato conhecidas, tendo ao mesmo tempo a vantagem que o sal solúvel de glifosato é preparado diretamente no tanque de água e não previamente numa instalação separada.
[010] A gama muito restrita de ingredientes específicos da composição é o que faz desta nova formulação em pó um produto que apresenta um aumento de 30% na eficácia quando comparado com outras formulações conhecidas, particularmente a formulação líquida padrão de 360 g/litro, o que não requer a preparação prévia do sal de glifosato solúvel por uma operação separada, tem uma baixa toxicidade, tem um elevado teor do ingrediente ativo glifosato, e é mais econômico para a fabricação, transporte, manipulação, armazenamento e embalagem, todos juntos em uma única mistura de preparo in situ que constitui um novo produto único não descrito na literatura nem comercialmente existente e que terá um efeito mais benéfico sobre o meio-ambiente e o custo dos alimentos.
[011] Outro objeto desta invenção é revelar uma nova composição herbicida que é uma composição de preparado in situ em embalagens unitárias para o agricultor.
ESTADO DA ARTE
[012] Agricultores usam muitos agroquímicos para proteger ou melhorar as suas plantações. Herbicidas são os ingredientes biologicamente ativos normalmente utilizados para controlar as ervas daninhas ou outra vegetação indesejada na agricultura.
[013] Glifosato, N-(fosfonometil)-glicina, é um dos herbicidas mais frequentemente aplicados para o controle não seletivo de ervas daninhas. Encontra-se presente em uma composição comercial conhecida principalmente sob a marca registrada ROUNDUP® vendida pela Monsanto mas também é vendida sob muitas outras marcas comerciais por muitas outras empresas.
[014] O Glifosato é um herbicida de largo espectro e pós-emergência comumente usado nos mercados domésticos, industriais e agrícolas para o controle de ervas daninhas.
[015] O Glifosato é bem conhecido na arte como um herbicida eficaz e é de longe o principal pesticida aplicado mundialmente. É utilizado em quase todas as plantações contra os cerca de 300 tipos diferentes de ervas daninhas. O Glifosato representa em valor cerca de 15% de todo o mercado de pesticidas.
[016] O Glifosato pode ser formulado numa grande variedade de composições liquidas e sólidas desenvolvidas para cobrir uma gama de aplicações. As formulações líquidas são de longe as mais comuns, pois podem incluir agentes surfactantes líquidos, os quais são menos caros do que os surfactantes sólidos e podem ser incorporados diretamente nas formulações líquidas de glifosato. Atualmente, derivados de amina graxa etoxilada líquida são os principais surfactantes líquidos utilizados para o glifosato, mas eles são conhecidos por sua toxicidade.
[017] As formulações sólidas têm uma vantagem sobre as formulações liquidas na medida em que elas podem apresentar uma maior concentração do ingrediente ativo glifosato o que aumenta a sua vantagem em relação às formulações líquidas em relação à quantidade de produto a ser transportado e, portanto, vantagens sobre embalagem, transporte, manuseamento e custos de armazenamento. Ademais, apenas com uma formulação sólida é possível preparar o sal solúvel de glifosato in situ no tanque de água. Consequentemente, os pesquisadores tendem a favorecer o desenvolvimento de novas formulações de glifosato na forma de grânulos ou pós.
[018] A fabricação de um pó requer muito menos investimento do que a de um grânulo. Há, portanto, fortes razões para o desenvolvimento de uma formulação na forma de um pó.
[019] Todas as formulações herbicidas incluem um surfactante para reduzir a tensão superficial e espalhar o pesticida sobre a folha. Normalmente, as formulações sólidas usam surfactantes sólidos que podem ser incorporados diretamente na forma de um pó ou grânulo. A maior parte destes surfactantes sólidos é muito mais cara e menos eficiente com o glifosato do que os derivados de amina graxa líquida atualmente utilizados na maioria das formulações líquidas de glifosato.
[020] Um dos objetivos desta invenção foi de ser capaz de incorporar um surfactante líquido altamente eficiente, com baixa toxicidade, barato e totalmente compatível e adequado para o uso com os outros componentes da formulação, todos em uma formulação em pó para preparação in situ. No entanto, a incorporação de um surfactante líquido numa formulação em pó para preparado in situ não é um procedimento simples. Portanto, a exclusão destes surfactantes sólidos criou um obstáculo ao desenvolvimento da formulação em pó.
[021] Assim, de acordo com a presente invenção, a forma de apresentação para a composição como um pó solúvel em água preparado in situ incorporando um surfactante líquido altamente eficiente, de baixa toxicidade, é uma alternativa às formulações do estado da arte e traz vantagens notáveis, como se pode ver na presente descrição.
[022] Quando o glifosato é aplicado à ervas daninhas selecionadas, este atua interrompendo a formação de proteínas, que é o componente básico de células vivas, matando assim a planta.
[023] A síntese de proteínas em plantas ocorre em três etapas: (i) redução de nitratos a nitritos, seguido por redução de nitritos para amônio; (ii) formação de aminoácidos; (iii) formação de proteínas a partir de aminoácidos através da replicação do DNA/RNA.
[024] O glifosato atua na etapa (ii). Uma reação chave na síntese multi-estágio dos aminoácidos essenciais aromáticos, fenilalanina e triptofano, é a reação entre o fosfato e Chiquimato-3-Fosfato e Fosfoenolpiruvato (PEP) para formar um composto conhecido como EPSP (5-enolpiruvilchiquimato-3-fosfato). Esta reação é catalisada por uma enzima conhecida como EPSPS (5-enolpiruvilchiquimato-3-fosfato sintase).
[025] O Glifosato e o PEP têm uma estrutura molecular semelhante de modo que o fato do glifosato imitar o PEP leva o EPSPS a pegar o glifosato em vez do PEP inibindo assim a sua ação e interrompendo a sequência de reação.
[026] O EPSPS não apresenta uma preferência acentuada pelo glifosato ou PEP, de modo que o sucesso do glifosato é conseguido com o grande número de moléculas de glifosato que devem expulsar um menor número de moléculas de PEP. Portanto, é vital fornecer a maior quantidade de glifosato na folha no menor tempo possível. Embora isso seja uma consideração importante para todos os herbicidas, é particularmente assim para o glifosato, sendo que a ação efetiva deste depende exclusivamente da quantidade do produto introduzido na folha. Se mais glifosato for introduzido na planta em um tempo mais curto pode-se reduzir a quantidade de glifosato aplicado no campo.
[027] Para matar a planta, o glifosato deve primeiro passar através da cutícula foliar que cobre ambos os lados da folha. A resistência à difusão do pesticida através da cutícula é devido a uma camada exterior de cera, bem como ceras incorporadas na própria cutícula.
[028] O objetivo da cutícula é evitar a perda de água, o que levaria à dessecação da planta. Já que a cutícula evita a saída da água, ela também evita a entrada de água e, portanto, pesticidas solúveis em água.
[029] Há uma tendência crescente de combinar herbicidas com adjuvantes que aumentam a eficácia do herbicida. A mistura de pulverização para aplicação de herbicida contém uma quantidade eficaz de herbicida conhecido juntamente com adjuvantes e água. Às vezes, o adjuvante deve ser adicionado para garantir o ótimo desempenho dos ativos em uma variedade de condições que podem de outra forma inibir os ativos, por exemplo, água dura, altas temperaturas e condições pobres de crescimento. Os adjuvantes, geralmente, são adicionados à mistura de herbicida de pulverização para aumentar o controle de pós-emergência e/ou para reduzir o arrastamento da pulverização durante a aplicação do herbicida.
[030] Os tipos de substâncias que são utilizadas como adjuvante incluem nutrientes de plantas, em particular, sais de amônio, agentes umidificantes, retardadores de arrastamento da pulverização, solvente lipofílico, surfactantes e emulsionantes.
[031] Tipicamente, a adição de íons de amônio através da introdução de um sal de amônio na composição aumenta o efeito do glifosato, possivelmente através da aceleração da velocidade de difusão através da cutícula.
[032] O glifosato é uma estrutura altamente polar. Por causa da constante de baixa dissociação (pKa = 0,8), um dos prótons do ácido migra rapidamente para o átomo de nitrogênio deixando uma carga negativa no ácido fosfônico e uma carga positiva no átomo de nitrogênio, formando assim o zwitterion, o qual é descrito pela equação: COOHCH2NHCH2PO COOHCH2NH2+CH2PO(OH)O- [033] Íons hidrofílicos tais como o zwitterion têm dificuldade de difusão através das ceras e a sua taxa de difusão é muito menor do que para uma molécula não dissociada. [034] A adição de íons de amônio na formulação através da introdução de um sal de amônio tal como, por exemplo, sulfato de amônio, conduz a um composto menos dissociado e, consequentemente, a uma taxa mais rápida de difusão. Esta taxa mais rápida de difusão significa que mais glifosato entra na planta em um período mais curto de tempo que leva a uma redução na quantidade de glifosato requerido no campo.
[035] Devido a este efeito, o sulfato de amônio é muitas vezes referido como sendo um ativador para o glifosato. Uma vez que o sulfato de amônio é um fertilizante de baixo custo, a exposição combinada de ervas daninhas a este fertilizante e glifosato pode aumentar substancialmente a eficácia da molécula ativa a um custo muito baixo.
[036] Considerando-se que os íons de amônio facilitam a difusão através da cutícula que conduz a uma taxa muito mais rápida de entrada de glifosato na planta; e que existe uma quantidade específica necessária de glifosato exigida para inibir o EPSPS, os pesquisadores da presente invenção surpreendentemente descobriram que existe uma proporção específica de íons de amônio para glifosato ácido que leva a um máximo de eficácia da formulação fornecida a partir de uma solução contendo menos glifosato. Assim, de acordo com o presente pedido de patente, apesar do fato de que muitos herbicidas de glifosato utilizam um sal de amônio como ativador, apenas a determinação da quantidade ideal - definida como sendo a menor quantidade de sal de amônio que leva ao ganho máximo de eficácia - abre possibilidade de concepção de uma formulação sólida em pó com uma quantidade muito limitada de ingredientes específicos da composição de modo a apresentar, simultaneamente, todas as propriedades desejadas com um grande aumento de eficácia, na preparação in situ do sal de glifosato solúvel no tanque de água, e um alto conteúdo de glifosato como ingrediente ativo.
[037] Pode-se concluir que a taxa mais rápida de difusão de glifosato através da cutícula da folha ocorre em formulações herbicidas que contêm íons de amônio, e que, esta taxa mais rápida de difusão conduz a uma redução na quantidade de glifosato requerido no campo, de modo a produzir os melhores resultados. Pode-se concluir adicionalmente a partir do equilíbrio de dissociação do zwitterion que existe uma quantidade ideal de íons de amônio para ser usada a fim de minimizar a dissociação da molécula de glifosato.
[038] Qualquer sal inorgânico que atua como fornecedor de íons de amônio pode ser utilizado, tal como, nitrato de amônio, cloreto de amônio, carbonato de amônio, bicarbonato de amônio, fosfato de amônio ou sulfato de amônio. O nitrato de amônio é menos interessante pois é comumente utilizado como agente de oxidação em explosivos. Também se requer a utilização de mais produto por íons de amônio. O cloreto de amônio é mais caro do que o sulfato de amônio e tem a desvantagem de que o íon cloreto acaba presumivelmente como cloreto de sódio e é indesejável como sal no solo. Carbonato de amônio é muito mais caro do que os outros sais. Por estas razões, o requerente da presente invenção selecionou o sulfato de amônio como ativador preferível. Fosfato de amônio é uma alternativa válida.
[039] O principal uso do Sulfato de Amônio é como um fertilizante de baixo custo. A exposição combinada de ervas daninhas a este fertilizante e glifosato pode aumentar substancialmente a eficácia do glifosato. Este fertilizante acelera a translocação do herbicida a base de glifosato dentro das ervas daninhas, aumentando a taxa de eliminação das ervas daninhas. O uso de um fertilizante de baixo custo pode aumentar a eficácia do glifosato a um custo mínimo. No entanto, o uso de sulfato de amônio é problemático porque a sua solubilidade em água varia com as alterações na qualidade da água. As temperaturas da água, dureza e conteúdo mineral afetam a mistura de sulfato de amônio na mistura de spray. Esta solubilidade imprevisível tem sido problemática para os agricultores que precisam aplicar glifosato para eliminar ervas daninhas em uma cultura.
[040] Portanto, normalmente, as formulações comerciais de glifosato contêm um surfactante adjuvante para oferecer a retenção do aumento da pulverização na superfície foliar e aumentar a absorção do herbicida na planta. No entanto, um surfactante por si só não é muitas vezes capaz de aumentar a eficácia do herbicida, especialmente quando água dura ou muito dura é utilizada como um veículo de pulverização.
[041] Ademais, o surfactante em formulações comerciais de glifosato, muitas vezes não é suficiente para otimizar a eficácia e não impede o antagonismo de cátions de transporte de spray. Assim, faz-se necessária uma combinação de surfactante e sais de amônio. Sulfato de amônio supera o efeito antagonista de íons de sódio, cálcio e magnésio em água dura. Ademais, os íons de amônio de um sal de amônio como, por exemplo, sulfato de amônio, desde que estejam presentes numa quantidade adequada, aumentam grandemente a absorção do herbicida a base de glifosato. A mistura de um surfactante adequado e sulfato de amônio é uma combinação benéfica que aumenta a eficácia de muitos herbicidas, particularmente glifosato.
[042] A maioria dos adjuvantes surfactantes vendidos para utilização com herbicidas são fisicamente compatíveis com o sulfato de amônio quando diluídos com água num tanque de pulverização. No entanto, surfactantes específicos são necessários para a máxima eficácia quando utilizados em combinação com o sulfato de amônio e a escolha do surfactante errado pode reduzir a eficácia. Assim, o efeito do sulfato de amônio é sensivelmente dependente do tipo de surfactante. Há um grande número de produtos surfactantes disponíveis, por isso é difícil determinar qual é o composto mais eficiente a ser usado com o sulfato de amônio.
[043] A formulação preferencial é entendida como aquela que poderia atender a todas as exigências comerciais e ambientais, tais como, redução máxima da quantidade de glifosato associado com a maior atividade, baixa toxicidade e viabilidade econômica. Para formulações sólidas, os pesquisadores usaram principalmente surfactantes sólidos que são facilmente incorporados em um pó ou grânulos, mas são geralmente mais caros e menos eficientes do que derivados de amina graxa líquida, comumente usados em formulações líquidas de glifosato de modo que, até o momento, não foi encontrado o surfactante ideal para uma formulação de glifosato em pó contendo sulfato de amônio.
[044] Existem duas vias para a penetração do glifosato no interior da folha da planta, através dos estomas ou por difusão através da camada exterior da cera que cobre a cutícula e através da própria cutícula.
[045] A entrada através dos estomas pode ocorrer somente durante o curto período de tempo que se segue à aplicação da formulação e enquanto ainda há um líquido sobre a superfície da folha, isto é, antes da evaporação do solvente. Ademais, a tensão superficial normalmente não é suficientemente baixa para permitir a penetração através dos estomas. Portanto, de longe, a principal via de entrada e translocação do glifosato é por difusão. A principal resistência à difusão se dá pelas ceras incorporadas na camada de cutícula e, em menor grau, devido aos os cristais de cera e película de cera incorporada na cutícula. Portanto, essas condições representam as principais características técnicas que os pesquisadores têm que superar a fim de desenvolver composições herbicidas ideais.
[046] De acordo com o US 5,591,443, os surfactantes de amido são descritos como agentes de transferência de membrana apropriados. A referida patente descreve uma composição proteica inseticida para combater insetos. A composição consiste em uma combinação sinérgica de um único tipo de proteína preparada a partir de caseína, com uma quantidade eficaz crítica deste agente de transferência de membrana que irá translocar esta proteína única através de barreiras de membrana normalmente impermeáveis. Agentes de transferência de membrana preferidos são N-monoalcanolamina ou N-dialcanolamina amido de ácido graxo e N-propilbetaina amido de ácido graxo.
[047] Deve-se observar que este tipo de surfactante é utilizado a fim de transferir os extratos proteicos através de membranas normalmente impermeáveis de insetos. Ademais, a patente US 5,591,443 não tem a intenção de eliminar as ervas daninhas nem desenvolver uma formulação herbicida em pó de glifosato solúvel preparada in situ caracterizada por uma quantidade muito limitada de ingredientes específicos da composição, que otimizam a eficiência da formulação, minimizam os custos e a toxicidade.
[048] Assim, considerando o efeito notável do agente surfactante com o sulfato de amônio presente na invenção do requerente, não se pode considerar óbvia a escolha destas substâncias para atuar como um surfactante apropriado para a composição sob forma de pó herbicida melhorada.
[049] De acordo com o EP 498.145, uma composição sólida de glifosato fitoativo é fornecida. A composição sólida compreende: (a) N-fosfonometilglicina sob a forma de um sal ou um ácido livre, (b) um surfactante compreendendo um alquil glicosídeo ou alquil-poliglicosídeo e, (c) um sal inorgânico de amônio aceitável para a agricultura, de preferência sulfato de amônio o qual é utilizado para aumentar a eficácia da formulação.
[050] No entanto, deve-se observar que o EP 498.145 revela uma composição de granulado e não uma composição sob forma de pó como a presente invenção realiza.
[051] De acordo com a descrição da referência, o processo para preparar a composição granular envolve a reação de um aceitador de ácido com glifosato ou o uso de glifosato diretamente; misturando alquil glicosídeo sólido ou alquil-poliglucosídeo e sulfato de amônio, a fim de preparar uma mistura pastosa e posteriormente granular, extrudar ou secar por pulverização para preparar a referida composição sólida. Por outro lado, o presente pedido de patente revela uma formulação em pó que não é submetida a um processo de granulação. Ademais, a patente mencionada não tenta otimizar a proporção entre o sulfato de amônio e o glifosato ácido como a presente invenção. Isto é ilustrado pelo uso de uma concentração de sulfato de amônio de 20% a 80%. Uma concentração de 20% da formulação é inferior ao ideal e mais do que 30% não serve a nenhuma finalidade útil. Sem otimização da proporção entre o sulfato de amônio e o glifosato não se pode ter uma preparação in situ do sal de glifosato solúvel nem maximizar a concentração de glifosato na formulação.
[052] Consequentemente, a patente não descreve produção in situ, enquanto que a presente invenção revela que uma e as concentrações do ingrediente ativo glifosato ácido descrito na referida patente de invenção são muito mais baixas do que as concentrações obtidas na presente invenção. Ademais, o adjuvante surfactante criteriosamente selecionado pelo requerente não é uma substância derivada de glicosídeo ou poliglicosídeo.
[053] Na verdade, de acordo com a presente invenção, os surfactantes adequados especialmente selecionados por sua alta eficiência, baixa toxicidade, bem como atuantes como um agente de aglomeração para partículas de herbicida em pó são derivados de amido de ácido graxo líquido que têm alta eficiência, baixa toxicidade e baixo custo.
[054] A US6,228,807 revela uma composição herbicida agrícola aceitável solúvel em água e seca, que pode ser preparada como um pó solúvel em água, compreendendo N-fosfonometilglicina ou um sal solúvel em água de N-fosfonometilglicina. Esta Patente descreve a utilização de pelo menos um surfactante que, na sua forma é líquido a 25° C. Esta Patente descreve o uso de quaisquer surfactantes líquidos, tais como aqueles surfactantes não iônicos, aniônicos, catiônicos e anfotéricos. Os surfactantes gelificam em água e aumenta a bioeficiência tendo menos que 5% em peso de água.
[055] De acordo com este documento, o sal é preparado por uma operação separada e não in situ, no tanque de água. O objetivo da invenção não está relacionado com a obtenção de uma redução da quantidade do ingrediente ativo glifosato a ser aplicado no campo através de um aumento da eficácia da formulação. O sulfato de amônio é mencionado como um adjuvante, mas não há nenhuma indicação de sulfato de amônio sendo utilizado para aumentar a eficácia da formulação, porque este não é o objetivo da patente. Consequentemente, a quantidade de sulfato de amônio necessária a fim de obter um aumento da eficácia não é mencionada, assim como não há qualquer indicação de uma proporção ideal entre o sulfato de amônio e o glifosato ácido, o que leva a um aumento de 30% na eficácia no campo. Um aumento da eficácia não é procurado já que este não é o objetivo da patente US6,228,807 ou um resultado pesquisado. A composição herbicida contém qualquer tipo de surfactante. Isto significa que esta patente americana não visa melhorar sua composição escolhendo um surfactante específico. O documento não menciona uma seleção criteriosa de um adjuvante surfactante. Amina de coco etoxilada é mencionada na descrição, mas isso é completamente diferente dos surfactantes usados no presente pedido de patente, que exclui especificamente o uso deste composto por causa da sua toxicidade. Assim, o produto descrito na patente é mais tóxico que a formulação da presente invenção e a eficácia mais elevada não é procurada, já que este não é o objetivo da patente.
[056] O WO 2010/053385 A1 revela uma composição líquida homogênea compreendendo um sal de glifosato solúvel em água e uma mistura de adjuvantes, incluindo pelo menos um surfactante, sulfato de amônio, pelo menos um ácido carboxílico, preferencialmente ácido cítrico e uma mistura de substâncias de compatibilização, preferencialmente glicol e trietanolamina. Embora o objetivo da invenção seja aumentar a eficácia do glifosato, não é feita nenhuma referência à otimização da proporção entre sulfato de amônio e glifosato e a concentração sugerida de sulfato de amônio é o dobro da quantidade requerida pela presente invenção. A formulação descrita nesta patente é totalmente diferente da composição objeto da presente invenção, sendo um líquido ao invés de um pó, e usando um sal solúvel em água ao invés de glifosato ácido.
[057] A forma líquida cria a necessidade de se adicionar o ácido carboxílico além das duas substâncias de compatibilização, a fim de estabilizar a formulação enquanto a formulação em pó não requer a adição de qualquer dessas três substâncias.
[058] A composição líquida também requer a preparação prévia do sal de glifosato por uma operação separada, que aumenta o custo da formulação, enquanto que para a formulação em pó descrita na presente invenção, isto não é necessário uma vez que o sal de glifosato é preparado in situ no tanque de água. Ademais, devido à limitada solubilidade do sulfato de amônio em água, o uso de uma formulação líquida limita a concentração do ingrediente ativo glifosato na formulação até um valor bem abaixo de - aproximadamente metade - do que é obtido com um pó.
[059] A US5,118,338 refere-se a um pó solúvel em água ou a uma formulação de glifosato granular de fluxo livre e um surfactante que é o éter poliglicol não iônico em pó ou em grãos de cadeia linear, saturada, de álcool graxo de elevado peso molecular tendo um comprimento médio da cadeia de C16-C18, cerca de 25 unidades de óxido de etileno por mol de álcool graxo e um valor de HLB de cerca de 16. Agentes penetrantes apropriados, tais como, sulfato de amônio pode ser utilizados. A patente prevê exclusivamente a utilização de um surfactante sólido, enquanto a presente invenção tem por objeto apenas surfactantes líquidos que são menos custosos, menos tóxicos e mais eficientes.
[060] A patente usa éteres de poliglicol que são produzidos por etoxilação e, portanto, contem 1,4 dioxano, que é um agente cancerígeno, enquanto a presente invenção rejeita este tipo de surfactante. Ademais, a patente revela o uso de outros aditivos na forma de líquidos que podem ser adicionados em menores quantidades, desde que eles não alterem o caráter de fluxo livre físico da formulação.
[061] Assim, de acordo com a patente acima referenciada, o sulfato de amônio é um dos possíveis aditivos que podem ser incluídos na formulação, enquanto que na presente invenção, o sulfato de amônio é um ingrediente essencial, a nova composição herbicida da presente invenção sendo caracterizada por uma seleção criteriosa e uma concentração de faixa muito estreita dos seus componentes.
[062] O éter poliglicólico sólido é simples de incorporar numa formulação em pó, enquanto que o líquido surfactante específico que é usado no produto da presente invenção é muito mais difícil de incorporar numa formulação em pó. Ademais, o surfactante adjuvante criteriosamente selecionado pelo requerente da presente invenção não é uma substância derivada de éter poliglicol.
[063] Enquanto o sulfato de amônio é contemplado como um adjuvante para o aumento da eficácia, a razão ideal entre o sulfato de amônio e o glifosato não é um objeto da pesquisa e a concentração de sulfato de amônio é muito maior do que o necessário. A consequência é que a preparação in situ do sal de glifosato solúvel na patente de referência não é possível, uma vez que não há espaço na formulação para um agente de solubilidade, a fim de formar o sal de glifosato solúvel in situ no tanque de água.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[064] A presente invenção está relacionada com uma nova composição herbicida em pó de glifosato solúvel em água que tem como objetivo otimizar a eficiência e minimizar os custos e toxicidade. A referida composição é caracterizada por uma seleção criteriosa dos seus componentes e uma gama muito estreita de ingredientes específicos de componentes.
[065] A presente invenção revela uma composição herbicida em pó de glifosato solúvel em água para ser preparada in situ, em embalagens unitárias, consistindo de um ativador, como um fornecedor de íons de amônio, um agente de solubilidade como um fornecedor de cátions para a formação de um sal de glifosato ácido solúvel, um surfactante líquido e um agente anti-espuma, estando todos os componentes em um intervalo estreito e muito preciso de proporções em peso em relação ao glifosato. [066] De acordo com a presente invenção, os sais inorgânicos de amônio que podem ser utilizados como um fornecedor de íons de amônio e as suas respectivas proporções em peso em relação ao conteúdo do glifosato ácido puro (100%) da formulação são as seguintes: nitrato de amônio 57 partes, com um limite inferior de 53 partes e um limite superior de 61 partes de sal para 100 partes de glifosato ácido puro (100%); cloreto de amônio 38 partes, com um limite inferior de 35 partes e um limite superior de 41 partes de sal para 100 partes de glifosato ácido puro (100%); carbonato de amônio 34 partes, com um limite inferior de 32 partes e um limite superior de 36 partes de sal para 100 partes de glifosato ácido puro (100%); bicarbonato de amônio 56 partes, com um limite inferior de 52 partes e um limite superior de 60 partes de sal para 100 partes de glifosato ácido puro (100%); fosfato de amônio monobásico 82 partes, com um limite inferior de 77 partes e um limite superior de 87 partes de sal para 100 partes de glifosato ácido puro (100%), fosfato de amônio 47 partes, com um limite inferior de 44 partes e um limite superior de 50 partes de sal para 100 partes de glifosato ácido puro (100%), tri-amônio fosfato 35 partes com um limite inferior de 33 partes e um limite superior de 37 partes de sal para 100 partes de glifosato ácido puro (100%), sulfato de amônio 47 partes, com um limite inferior de 44 partes e um limite superior de 50 partes de sal para 100 partes de glifosato ácido puro (100%). Proporções abaixo do mínimo diminuem a eficácia da formulação. Proporções acima do máximo podem ser utilizadas, mas não servem a qualquer propósito útil e diminuem a concentração de glifosato ácido na formulação em pó.
[067] O sulfato de amônio é o sal de amônio preferencial.
[068] Agentes de solubilidade adequados que podem ser utilizados como um fornecedor de cátions e as suas respectivas proporções em peso em relação ao conteúdo de glifosato ácido puro (100%) da formulação são os seguintes: carbonato de sódio 38 partes, com um limite inferior de 35 partes e um limite superior de 40 partes de sal para 100 partes de glifosato ácido puro (100%), bicarbonato de sódio 59 partes, com um limite inferior de 55 partes e um limite superior de 63 partes de sal para 100 partes de glifosato ácido puro (100%), carbonato de potássio 49 partes, com um limite inferior de 46 partes e um limite superior de 52 partes de sal para 100 partes de glifosato ácido puro (100%), bicarbonato de potássio 70 partes, com um limite inferior de 66 partes e um limite superior de 74 partes do sal para 100 partes de glifosato ácido puro (100%), carbonato de amônio 34 partes com um limite inferior de 32 partes e um limite superior de 36 partes de sal para 100 partes de glifosato ácido puro (100%), bicarbonato de amônio 56 partes com um limite inferior de 52 partes e um limite superior de 60 partes de sal para 100 partes de glifosato ácido puro (100%), hidróxido de sódio 29 partes com um limite inferior de 27 partes e um limite superior de 31 partes para 100 partes de glifosato ácido puro (100%), hidróxido de potássio 39 partes, com um limite inferior de 36 partes e um limite superior de 42 partes para 100 partes de glifosato ácido puro (100%). Proporções abaixo do mínimo levam à dissolução incompleta ou lenta do glifosato ácido no tanque de água. Proporções acima do máximo podem ser utilizadas, mas não servirão a qualquer propósito útil e diminuem a concentração de glifosato ácido na formulação em pó.
[069] O carbonato de sódio é o agente de solubilidade preferencial.
[070] O surfactante líquido adequado é selecionado entre os derivados de amido graxa, em particular entre os derivados de amido de coco, a proporção mínima em peso entre o surfactante e o conteúdo do glifosato ácido puro (100%) da formulação sendo 7 partes de surfactante e o máximo de 8 partes de surfactante para 100 partes de glifosato ácido puro (100%). Proporções abaixo do mínimo diminuem o espalhamento e retenção do herbicida sobre a folha da planta. Proporções acima do máximo podem ser utilizadas, mas não servem a qualquer propósito útil e diminuem a concentração de glifosato ácido na formulação em pó.
[071] A principal característica técnica da presente invenção consiste na seleção de uma quantidade ideal de sal de amônio, que atua como um doador de íon de amônio, como o ativador de glifosato; selecionando o surfactante mais eficiente, o que também tem de ser o menos tóxico e mais compatível com o sal de amônio; o referido surfactante deve também funcionar como um agente aglomerante de partículas de pó, e o agente de solubilidade menos dispendioso e mais conveniente, do ponto de vista da fabricação do pó.
[072] De acordo com a presente invenção, a quantidade de sal de amônio, em particular de sulfato de amônio, na composição é um parâmetro crítico. É importante manter esta quantidade na composição ao mínimo necessário para atingir o ganho de 30% na eficácia de modo a maximizar a concentração de glifosato ácido na composição e permitir a introdução na composição de um agente de solubilidade de modo a ser capaz de preparar o sal de glifosato solúvel no tanque de água evitando uma preparação prévia em uma operação separada.
[073] Exaustivos testes de campo confirmaram que realmente existe uma faixa muito estreita de dosagem ideal de sal de amônio, ou seja, a quantidade que corresponde à redução máxima da exigência de glifosato ácido e abaixo da qual a redução é menor e acima da qual não há nenhum ganho adicional.
[074] Porque as moléculas de glifosato devem aglomerar as moléculas de PEP, a fim de ser bem sucedidas, a eficácia de uma formulação herbicida a base de glifosato é determinada pela quantidade de ingrediente ativo que entra na folha da planta no menor tempo possível. Não é a quantidade de herbicida aplicado no campo que conta, mas a proporção que penetra rapidamente na folha e se difunde através da cutícula.
[075] A difusão de glifosato através da cutícula é melhorada por uma molécula de glifosato menos dissociada. O efeito dos íons de amônio mediante dissociação do glifosato sugere que há uma concentração ideal de íons de amônio, ou seja, pouco sal de amônio leva a uma baixa taxa de penetração / difusão, enquanto que muito sal de amônio é inútil e não aumenta a taxa de penetração / difusão. Portanto, pode-se esperar uma relação entre a taxa de penetração / difusão de glifosato na cutícula e a quantidade necessária de sal de amônio, tal como sulfato de amônio, como mostrado na Figura 1 em anexo, a redução na quantidade de glifosato necessário na formulação sendo proporcional à taxa de penetração / difusão de glifosato para dentro e através da cutícula da folha.
[076] A dosagem ideal de sal de amônio, isto é, a menor quantidade de sal de amônio que conduz ao aumento de 30% na eficácia, foi determinada pelo uso de diferentes proporções entre sulfato de amônio e glifosato e através da aplicação destes em campo.
[077] Tendo determinado esta razão ideal, o desenvolvimento da composição de formulação começou com glifosato ácido e sal de amônio numa proporção definida com precisão.
[078] É importante não utilizar mais sal de amônio do que o absolutamente mínimo necessário, de modo a ser capaz de maximizar a concentração de glifosato ácido na formulação e deixar espaço para o agente de solubilidade glifosato. É por isso que uma das principais características técnicas da presente invenção consiste em determinar esta quantidade ideal de sulfato de amônio, que atua como um doador de íon de amônio para a ativação de glifosato.
[079] Em uma base molecular esta proporção ideal entre íons amônio (NH4+) e glifosato ácido puro torna-se cerca de 1,2 / 1,0 (+ / - 7%), correspondendo a uma gama de 0,12 a 0,135, peso/peso. Para o sulfato de amônio isto se traduz numa faixa de 44 a 50 partes de sulfato de amônio para 100 partes de glifosato ácido puro (100%). Uma proporção em peso de 0,44 a 0,50 entre sulfato de amônio e glifosato ácido deixa espaço para outros componentes, tornando fácil incluir outros componentes e consequentemente abre a possibilidade de criar uma formulação diferente e comercialmente viável.
[080] Exaustivos ensaios de campo mostraram que a proporção ideal situa-se na faixa de 44 a 50 partes em peso de sulfato de amônio para 100 partes do conteúdo de glifosato ácido puro (100%) da formulação. A utilização de menos sulfato de amônio diminui o efeito de ativação. O uso de uma quantidade maior não leva a um aumento do efeito de ativação, mas diminui a concentração de glifosato ácido no pó solúvel devido à quantidade adicional de sal de amônio.
[081] Esta razão ideal entre íons de amônio e glifosato conduz a uma redução de 30% na quantidade requerida de glifosato, que tem de ser aplicada no campo.
[082] Muitos herbicidas de glifosato utilizam sulfato de amônio como um ativador, mas apenas a determinação da quantidade ideal de sulfato de amônio necessária leva à possibilidade de elaboração de uma formulação sólida em pó com uma gama muito estreita de ingredientes específicos de composição, de modo a apresentar, simultaneamente, todas as propriedades desejadas com uma eficácia muito maior, na preparação in situ do sal no tanque de água e elevado teor do ingrediente ativo glifosato.
[083] Foi a importante descoberta de que existe uma dosagem ideal de íons de amônio e, consequentemente, de sal de amônio, que abriu a possibilidade de conceber uma formulação de glifosato em pó solúvel com a maior concentração possível de ingrediente ativo de glifosato, com a inclusão de um agente de solubilidade para a produção in situ do sal de glifosato solúvel no tanque de água, garantindo simultaneamente um ganho de 30% na eficácia quando comparado com a formulação líquida padrão.
[084] De acordo com a presente invenção, a quantidade de sulfato de amônio na composição é um parâmetro crítico. É importante manter esta quantidade na composição numa quantidade mínima necessária para atingir o ganho de 30% em eficácia e ao mesmo tempo maximizar a concentração de glifosato ácido na formulação e permitir a introdução da formulação de um agente de solubilidade, de modo a ser capaz de preparar o sal de glifosato solúvel no tanque de água, evitando uma preparação prévia por uma operação separada.
[085] O objetivo foi desenvolver uma formulação de herbicida a base de glifosato altamente eficiente, mas de baixo custo pela utilização da quantidade ideal de íons de amônio, juntamente com um surfactante compatível e as quantidades ideais dos outros ingredientes.
[086] Todos os herbicidas de glifosato devem conter um surfactante a fim de aumentar a retenção e baixa tensão superficial, de modo a aumentar a difusão do pesticida sobre a folha.
[087] O surfactante mais amplamente utilizado em formulações líquidas de 360 g/litro é amina graxa etoxilada. Este surfactante é agora amplamente reconhecido como sendo tóxico, apresentando um elevado risco aos olhos, elevada toxicidade para os organismos aquáticos e dáfnias e um teor elevado de 1,4-dioxano, que é cancerígeno.
[088] Devido a isso, os pesquisadores rejeitaram o uso deste surfactante e procuraram outros surfactantes que têm a mesma eficiência, mas são menos tóxicos, são plenamente compatíveis com sulfato de amônio e de baixo custo. Ademais, pelo fato da formulação estar sob a forma de um pó, é necessário que o surfactante também atue como um agente aglutinante que une as menores partículas no pó, de modo a evitar a presença de particulados finos no produto final.
[089] A eficácia do sulfato de amônio é dependente do tipo de surfactante. O surfactante ideal deve maximizar o espalhamento e efeito de retenção, ter baixa toxicidade, baixo custo e ser compatível com sulfato de amônio.
[090] Assim, a presente invenção envolve ainda outra condição muito importante em relação à composição herbicida. O requerente descobriu que os surfactantes de amido de coco, que são líquidos, são particularmente eficientes. Eles são apropriados para serem usados desde de que sejam, ao mesmo tempo, totalmente compatíveis com sulfato de amônio, mais eficientes, mais baratos e menos tóxicos do que a maior parte dos surfactantes sólidos normalmente utilizados em formulações de pó. Ademais, eles atuam como um agente aglutinante para particulados finos na formulação em pó.
[091] Os tensoativos mais eficazes e preferidos são derivados de amido de coco. Estes estão entre os produtos surfactantes menos tóxicos para uso com o glifosato, tão eficientes como as aminas graxas etoxiladas e tem o melhor desempenho e compatibilidade com sulfato de amônio. Particularmente preferidos são os derivados coco amido amina, preferivelmente, derivados N-alquil coco amido aminas tais como, óxido de coco amido propil amina e coco amido propil betaína. Os dois surfactantes escolhidos têm todas as características sendo 15 vezes menos tóxicos para peixes e 100 vezes menos tóxicos para dáfnias quando comparados com uma amina graxa etoxilada. Eles também não contêm 1,4 dioxano e não oferecem risco de danos aos olhos.
[092] A vantagem toxicológica de surfactante de óxido de coco amido propil amina em relação à amina graxa etoxilada é mostrada na tabela seguinte: [093] A presença inevitável de 1,4-dioxano em todos os produtos etoxilados é a razão pela qual todos etoxilados, incluindo etoxilados de coco amido, foram excluídos da consideração no produto da presente invenção.
[094] No entanto, esta escolha do surfactante ideal com todas as características desejadas de baixa toxicidade, baixo custo, alta eficiência em termos de retenção de pulverização, espalhamento e compatibilidade com sulfato de amônio quando utilizado numa formulação em pó, leva a um problema de fabricação, como descrito mais adiante, o qual foi um obstáculo adicional que os pesquisadores tiveram de superar, de modo a obter a combinação de todos os componentes ideais de uma formulação em pó.
[095] O alto desempenho e baixa toxicidade do óxido de coco amido propil amina faz dele a escolha preferida. Coco amido propil betaína foi testado e é tão eficiente quanto, e por isso tem baixa toxicidade. No entanto, às vezes é mais caro do que o óxido de amina.
[096] Derivados coco amido são geralmente vendidos na forma de soluções liquidas em água geralmente com uma concentração de 30% de ingrediente ativo.
[097] Uma concentração mais elevada é vantajosa para o processo de fabricação e também para a composição final da formulação em pó, uma vez que menos água na solução de surfactante leva a um pó mais seco e simplifica bastante o processo de fabricação. Uma solução de surfactante de concentração especialmente elevada, na faixa de 80% a 90% em peso, de preferência 87% em peso, foi desenvolvida para uso no objeto sob a forma de pó solúvel desta invenção. O uso desta solução surfactante concentrada levou a uma grande redução na umidade do pó e a um ganho de 100% em produtividade do equipamento de fabricação, quando comparado com o uso da solução padrão de surfactante de 30%.
[098] Portanto, numa aplicação particular da presente invenção, um derivado coco amido, de preferência um derivado N-alquil coco amido, tal como óxido de coco amido propil amina, está presente como uma solução de água numa proporção de 80% a 90% em peso de coco amido.
[099] Já que derivados de coco amido geram espuma quando em contato com água, é necessário adicionar uma pequena quantidade de um agente anti-espuma com uma proporção em peso entre 0,05 partes e 0,06 partes por 1,0 parte de ingrediente ativo surfactante, o que corresponde, aproximadamente, a 0,2% (dois décimos de um por cento) do peso total do pó solúvel. Diversos agentes anti-espuma foram testados. Por exemplo, “SAG 1572 Momentive” e “DSP Dow Corning” foram testados e mostraram-se satisfatórios.
[100] A prática corrente para formulações de glifosato líquidas é a utilização de 10 partes de surfactante para 100 partes de conteúdo de ácido glifosato puro (100%). No entanto, os testes de campo mostraram que a utilização de derivados coco amido, em particular de óxido de coco amido propil amina, pode ser reduzida em 20%, e que uma proporção de 8 partes de surfactante para 100 partes de glifosato ácido puro é suficiente.
[101] A formulação, portanto, utiliza uma proporção de peso entre derivado coco amido / glifosato ácido puro = 8/100 = 0,08.
[102] Proporções abaixo de 0,07 tornam o produto menos eficiente. Proporções acima de 0,08 não servem a nenhum propósito útil e diminuem a concentração de glifosato ácido na formulação.
[103] Outro aspecto particular da presente invenção é aquele que se refere à forma física da composição do herbicida. De acordo com a invenção, apenas uma forma em pó ou em grânulos permite, simultaneamente, a maximização da concentração de glifosato, o uso de sulfato de amônio, sem um estabilizador e a preparação in situ do sal de glifosato solúvel. No entanto, um surfactante em solução de água com derivado de coco amido não pode ser incorporado na preparação de um granulado, mas apenas na forma de um pó.
[104] Conforme o conhecimento da arte, nenhuma formulação em pó jamais tentou utilizar este surfactante líquido, porque a sua inclusão no pó é uma operação difícil e inconveniente, ainda mais se um carbonato de sódio está presente na formulação que é um requisito para a preparação in situ de sais de glifosato.
[105] A presente invenção tem igualmente por objetivo preparar o sal de glifosato solúvel in situ ao incorporar um agente de solubilidade no pó para a preparação do sal de glifosato solúvel no tanque de água.
[106] O glifosato ácido é insolúvel em água e tem de ser transformado num sal, a fim de se dissolver no tanque de água mediante a utilização. Sendo determinado que a composição seja um pó, a próxima etapa é escolher o melhor agente de solubilidade, a fim de formar um sal solúvel de glifosato quando em contato com a água.
[107] Agentes de solubilidade sólidos conhecidos do glifosato são os carbonatos alcalinos, bicarbonatos e hidróxidos, tais como carbonato de sódio, carbonato de potássio e carbonato de amônio e os seus respectivos bicarbonatos e hidróxidos, que quando adicionados ao glifosato ácido no pó produz, quando em contato com a água, os sais alcalinos de glifosato correspondentes solúveis em água. O carbonato de sódio é o sal alcalino com o menor custo e é mais conveniente para manipular e incorporar no pó do que o hidróxido e foi, portanto, o agente de solubilidade escolhido.
[108] A formação do sal de glifosato solúvel in situ evita a necessidade de produzir o sal de glifosato ácido por uma operação separada antes da formulação, como é o caso para a formulação padrão de 360 g/litro que consiste de sal isopropil amina e, portanto, requer a aminação do ácido glifosato para a produção do sal antes da sua utilização na formulação.
[109] À medida que o pó entra em contato com a água, o carbonato de sódio dissolve-se liberando o dióxido de carbono e formando hidróxido de sódio o qual reage com o glifosato ácido, formando o sal de sódio solúvel.
[110] A proporção teórica para esta reação é de 32 partes de carbonato de sódio para 100 partes de glifosato ácido puro (100%) da formulação.
[111] De forma a assegurar a solubilidade imediata do glifosato ácido em água, um excesso de carbonato de sódio em relação ao valor teórico é recomendado sendo determinado por meio de testes e a formulação utiliza um excesso de 10% a 25% o qual se traduz em uma proporção em peso de Carbonato de Sódio / Glifosato ácido puro entre 0,35 e 0,40. Uma proporção inferior a 0,35 pode conduzir a uma pequena quantidade de glifosato ácido sem reação no fundo do tanque de água, enquanto que uma razão superior a 0,40 não serve a qualquer propósito útil e diminui a concentração de glifosato ácido no pó.
[112] O mesmo resultado pode ser obtido através de outros sais alcalinos, tais como, por exemplo, carbonatos de potássio ou de amônio e bicarbonatos ou hidróxidos, mas estes são significativamente mais caros do que o carbonato de sódio, e exigem a utilização de maior quantidade de produto, a fim de dissolver o glifosato ácido e, portanto, levam a uma menor concentração de glifosato na formulação, ou são difíceis de incorporar no pó sem ter uma vantagem correspondente.
[113] De acordo com a presente invenção, a composição herbicida é apresentada como um pó. Ela mostra vantagens significativas sobre as soluções líquidas e grânulos.
[114] Por causa da limitada solubilidade do sulfato de amônio em água, soluções líquidas não podem ser preparadas com um teor de glifosato ácido puro tão elevado como na forma de um pó.
[115] Por exemplo, não se pode dissolver-se mais do que 25% da quantidade exigida de sulfato de amônio necessário para atingir o aumento de 30% na eficácia da formulação de 360 g/litro de solução líquida padrão.
[116] Ademais, a fim de estabilizar uma formulação líquida que contém sulfato de amônio, é necessário introduzir outros produtos químicos, tais como ilustrados, por exemplo, na WO2010/053385A1. Este problema foi resolvido pela utilização de uma formulação em pó da presente invenção.
[117] Um pó tem outras vantagens significativas em relação a uma formulação líquida: • Transporte de uma menor quantidade de pó em comparação com uma quantidade maior de líquido; • O frete para o transporte de um líquido em frascos é mais custoso do que o transporte de um pó embalado em sacos plásticos; • O frasco de um líquido é mais caro do que o saco plástico usado para embalar o pó; • É mais conveniente para o agricultor descarregar o conteúdo de um saco de plástico para dentro do tanque de água do que descarregar o frasco padrão de 20 litros de líquido; e • Se a embalagem de herbicida precisar ser devolvida para destruição, o custo de frete para a devolução de frascos vazios é mais caro do que o retorno de sacos de plástico vazios.
[118] A apresentação sob a forma de granulado requer um investimento muito superior do que a de um pó e que é praticamente impossível incorporar uma solução aquosa de óxido de coco amido propil amina em um grânulo.
[119] As desvantagens amplamente atribuídas aos pós solúveis são a formação de particulados finos que flutuam no ar quando os sacos são descarregados para o interior do tanque de água e que os pós muitas vezes flutuam sobre a superfície da água no tanque.
[120] As desvantagens acima descritas são superadas pela invenção do presente pedido de patente.
[121] Por causa do peso específico de todos os componentes do pó ser muito mais elevado que o peso específico da água, o pó não flutua, mas afunda imediatamente e dissolve-se no tanque. A formação de particulados finos é evitada pela utilização do surfactante específico escolhido pelo requerente, que aglomera as partículas e através de um processo de moagem adequado para o sulfato de amônio.
[122] É a utilização simultânea de todas as características técnicas anteriormente descritas, que conduz aos resultados de novidade e não qualquer característica individual isolada.
[123] A presente invenção também está relacionada a um processo para preparar uma composição herbicida sob forma de pó solúvel em uma única embalagem e pronta para ser utilizada.
[124] Devido à natureza do surfactante, a presente invenção exige um equipamento especial de mistura para preparar uma composição herbicida sob forma de pó solúvel preparada in situ de embalagem única. Isso é devido à incorporação de um surfactante líquido derivado coco amido, tal como óxido de coco amido propil amina ou coco amido propril betaína, em pó leva a uma significativa dificuldade no processo de fabricação.
[125] À medida que a solução surfactante de coco amido entra em contato com a mistura de sólidos - glifosato, sulfato de amônio e carbonato de sódio - forma-se imediatamente uma goma pegajosa no ponto de contato entre o líquido e o sólido. Esta goma deve ser rompida e misturada com os sólidos, a fim de constituir um produto homogêneo. Um equipamento de mistura comum, como um misturador de hélice vertical ou misturador de parafuso ou pás batedoras não irão obter o efeito desejado.
[126] O processo de fabricação começa com a moagem de sulfato de amônio num moinho de aço inoxidável padrão, de modo a obter o mesmo tamanho de partículas que o glifosato e as partículas de carbonato de sódio. Um tamanho de partícula diferente leva à segregação das partículas maiores no pó e, portanto, a um produto não homogêneo.
[127] Os três sólidos são então misturados e o agente surfactante é pulverizado sobre os sólidos colocados nas pás batedoras, com mistura intensa durante o processo de pulverização. A introdução dos sólidos na misturadora deve ser feita em uma sequência determinada, carbonato, glifosato e sulfato. Sulfato e carbonato não devem ser introduzidos um após o outro para não resultar em emanação de amônio. O spray deve produzir uma verdadeira névoa de líquido. Isto é obtido através da utilização de bicos de pulverização de 0,5 mm, ou com bicos maiores e ar comprimido, de modo que o líquido é lançado em gotículas muito finas ao longo das pás batedoras.
[128] Muitos bicos são utilizados de modo que a névoa de spray cobre uniformemente a superfície das pás batedoras.
[129] No entanto, a pulverização por si só é ainda insuficiente para se obter um produto homogêneo, já que o que é agora obtido é uma imensa quantidade de pequenas partículas de goma pegajosa que devem ser rompidas de modo a obter um pó homogêneo. A fim de alcançar isto, as pás batedoras têm de ser equipadas com um misturador de extra-alta velocidade, conhecido como um intensificador posicionado no fundo do misturador. O intensificador consiste em três ou mais facas pequenas rotativas em forma de estrela cada uma de diâmetro ligeiramente maior do que a anterior, todas elas ligadas ao eixo de rotação de velocidade elevada (1800 rpm a 3600 rpm), formando um agitador semelhante a um pequeno cone, as bordas do cone sendo as bordas de corte das lâminas das facas em forma de estrela. Ar deve ser injetado ao redor do intensificador de modo que a rotação de alta velocidade é alcançada na massa ligeiramente fluidizada de sólidos ao redor do intensificador. À medida que as pás batedoras trazem repetidamente a massa sólida em torno de seu centro, os sólidos entram em contato com o intensificador no fundo do misturador, que rompe as pequenas partículas de goma.
[130] Uma vez que o surfactante vem em uma solução de água, uma reação exotérmica ocorre após contato entre o líquido e os sólidos. O resfriamento deve, portanto, ser fornecido por uma jaqueta de refrigeração em torno do misturador de pás batedoras ou por injeção de ar no fundo do misturador. Se a temperatura elevar-se acima de 50°C, os sólidos irão formar uma estrutura semelhante a um tijolo que irá interromper o processo de mistura.
[131] A pulverização de líquido é mais bem conduzida de uma forma intermitente com um ou dois minutos de pulverização com a mistura intercalada por três ou quatro minutos de mistura sem a pulverização. O tamanho das partículas dos sólidos não é afetado em todo o processo sendo o mesmo no pó acabado assim como nos ingredientes iniciais.
[132] O requerente determinou que com a utilização da solução especial aquosa de 80% a 90% em peso de óxido de coco amido propil amina no lugar da solução padrão de 30%, pode-se evitar a reação exotérmica e acelerar bastante todo o processo de fabricação levando a um ganho muito significativo em produtividade.
[133] Um ciclo de fabricação de 30 minutos usando a solução aquosa de surfactante a 30% é reduzido à metade por meio de uma solução concentrada a 87% o que permite uma injeção contínua de líquido. Ademais, a umidade do pó é reduzida de 9% usando a solução aquosa de surfactante a 30% para 1% a 2% usando a solução concentrada a 87% que melhora bastante a fluidez do pó.
[134] Apesar das dificuldades inerentes à utilização de um surfactante líquido numa formulação em pó, de longe o aspecto técnico mais importante a ser resolvido, é o de determinar a gama muito estreita de ingredientes específicos da composição.
[135] De acordo com a aplicação preferencial da presente invenção, a composição sob forma de pó solúvel em água de herbicida a base de glifosato pronto para uso compreende uma quantidade de glifosato técnico e uma gama muito estreita de adjuvantes específicos, em uma mistura de: a) um fornecedor de ativador de íons de amônio, sulfato de amônio em uma proporção de 44 a 50 partes em peso de sulfato de amônio para 100 partes de glifosato ácido puro (100%) da formulação; b) um agente de solubilidade que é o carbonato de sódio numa proporção de 35 a 40 partes em peso de carbonato de sódio para 100 partes de glifosato ácido puro (100%) da formulação; c) um agente surfactante líquido em uma solução aquosa a 80 a 90% em peso de óxido de coco amido propil amina e numa proporção de 7 a 8 partes em peso para 100 partes de glifosato ácido puro (100%) da formulação; d) um agente anti-espuma, numa proporção de 5 a 6 partes em peso para 100 partes de surfactante de derivado de coco amido.
[136] Nesta aplicação preferida da invenção, e de acordo com os conceitos da presente invenção, a composição dos ingredientes utilizados para a fabricação da composição sob forma de pós solúvel em água do herbicida pode ser descrita como se segue numa base seca (excluindo a água trazida para a formulação com a solução de surfactante líquido): • Ingrediente ativo - Glifosato ácido puro (100%) 490 g/kg a 530 g/kg; • Ativador - Sulfato de amônio 246 g/kg a 234 g/kg; • Agente de solubilidade - Carbonato de sódio 202 g/kg a 186 g/kg; • Surfactante - Óxido de coco amido propil amina - 40 g/kg a 37 g/kg; • Anti-espuma - 1,5 g/kg a 2,0 g/kg; • Impurezas de glifosato - Zero a 29 g/kg.
[137] Uma concentração de sulfato de amônio, carbonato de sódio ou do surfactante acima dos limites superiores indicados pode ser utilizada, mas não serve a nenhuma finalidade útil e irá reduzir a concentração de glifosato ácido na formulação, enquanto que as concentrações inferiores a esses limites diminuem a eficácia da formulação.
[138] Apesar do fato de que os componentes individuais da composição do requerente da patente são bem conhecidos na arte e já foram utilizados em conjunto com o glifosato, é a utilização simultânea de todos eles em conjunto numa proporção muito precisa, que conduz aos novos resultados, sendo a formulação caracterizada pelo fato que os ingredientes para a sua fabricação estão presentes em uma gama muito estreita e muito precisa de proporções no que diz respeito ao glifosato. Isto é devido a principal característica técnica da presente invenção, que consiste em determinar a quantidade ideal exata de sulfato de amônio atuando como um fornecedor de íons de amônio; escolhendo o surfactante mais eficiente, que é o menos tóxico e mais sinergético com sulfato de amônio; o referido surfactante também atuando como um agente aglomerante de partículas de pó fino.
[139] A formulação em pó, que resulta da descoberta de que existe uma quantidade ideal de sulfato de amônio para a eficácia máxima, é um herbicida único, que por causa da quantidade muito limitada de ingredientes específicos da composição apresenta um aumento de 30% na eficácia quando comparada com outras formulações conhecidas, particularmente a formulação líquida padrão de 360 g/litro, a qual não necessita de preparação prévia do sal de glifosato solúvel através de uma operação separada prévia, tem uma toxicidade baixa, tem um elevado teor de ingrediente ativo glifosato, tem um baixo custo industrial, um processo de fabricação comprovado e é mais econômico para a fabricação, transporte, manipulação, armazenamento e embalagem, todos juntos em uma única formulação preparada in situ que constitui um novo produto, não descrito na literatura, nem comercialmente existente.
[140] Não há nenhuma formulação conhecida de glifosato com esta combinação exata dos ingredientes, possivelmente porque a quantidade ideal de íons de amônio para a máxima eficácia não foi previamente determinada e por que derivados líquidos de coco amido amina não foram previamente incorporados para uso como um surfactante em formulações em pó.
[141] A notável eficácia desta formulação, que foi testada em larga escala em campo irá resultar numa redução de 30% no uso de herbicidas de glifosato o que terá um efeito mais benéfico sobre o meio-ambiente, na quantidade de resíduo de pesticida resultante na colheita e no custo dos alimentos.
Exemplos de resultados experimentais [142] O produto foi testado exaustivamente em campo. Durante 18 meses a formulação sob forma de pó solúvel foi aplicada em diferentes dosagens em uma variedade de ervas daninhas no estado do Paraná, no Brasil e na província da Cidade do Cabo, na República da África do Sul e os resultados foram comparados com os obtidos aplicando o produto padrão de formulação líquida 360 g/litro lado a lado nos mesmos campos.
[143] Os testes exaustivos no Brasil e África do Sul confirmaram a eficácia do produto e indicaram um ganho médio de 30% na eficácia da formulação sob forma de pó solúvel do objeto da presente invenção quando comparado com o produto padrão de 360 g/litro de formulação líquida [144] Mais de uma centena de testes de campo do pó solúvel foi realizada. Cada teste consistiu na aplicação de diferentes doses do glifosato ácido em campo utilizando o objeto solúvel em pó da presente invenção, e doses semelhantes da formulação líquida padrão de 360 g/litro e comparando os resultados obtidos lado a lado no mesmo campo. A fitotoxicidade das ervas daninhas foi medida por amostragem e contagem visual. Todos os resultados foram registrados e fotografados antes e depois dos testes.
[145] Os exemplos a seguir mostram resultados experimentais típicos obtidos com o objeto solúvel em pó da invenção e a comparação com os resultados obtidos com a solução líquida solúvel padrão de 360 g/litro. Estes exemplos ilustram, mas não limitam a presente invenção.
[146] Nestes exemplos, os ingredientes utilizados para fabricar o produto solúvel em pó tinha a composição indicada na Tabela 1. Se forem usadas as soluções aquosas a 30% ou a 87% de surfactante, isto não afeta a eficácia do pó que depende apenas da composição numa base seca.
Tabela 1 - Composição dos ingredientes solúveis da FORMULAÇÃO em pó [147] Pelo motivo da perda de peso devido à reação entre a água e o carbonato de sódio o produto final resultante do uso da solução de surfactante a 30% tinha um conteúdo de glifosato ácido puro (100%) de 497 g/kg.
[148] Tendo em vista o ganho de 30% em eficácia, o uso normal do produto desta formulação é de 0,50 kg (contendo 250 g/kg de glifosato ácido puro) em lugar de 1,0 litro de solução líquida de 360 g/litro.
[149] A comparação entre o pó solúvel e a formulação de 360 g/litro é feita com base na quantidade de glifosato ácido aplicado no campo, expressa em gramas de glifosato ácido por hectare.
[150] Isto é obtido através da multiplicação da quantidade de produto aplicado no campo pela concentração do produto de (g/L para a solução líquida e g/kg para o pó solúvel).
[151] Por exemplo, a aplicação de 4,0 litros por hectare da solução líquida de 360 g/l corresponde a: 4,0 l / ha x 360 g/l = 1440 g/ha de glifosato ácido aplicado no campo.
[152] Aplicando 2,0 kg/ha de Pó Solúvel feito usando a solução aquosa de surfactante a 30% corresponde a: 2,0 kg/ha x 497 g/kg = 994 g/ha de glifosato ácido aplicado no campo.
[153] O número que aparece na coluna DAA (dias após a aplicação) é a fitotoxicidade do produto para a erva daninha sendo testada, um valor acima de 80% sendo considerado como um resultado satisfatório.
Exemplo 1 [154] Local: Estação de Campo da Faculdade Integrada de Campo Mourão, Estado do Paraná, Brasil [155] Plantação - Campo Experimental de ervas daninhas [156] Erva Daninha (Brachiaria decumbens - Gramínea Perene) [157] Estágio da planta: 30 cm de altura para o florescimento [158] Os resultados mostram que, para atingir 100% de fitotoxicidade para a brachiaria decumbens pode-se aplicar 100 x (1 - 1265/1800) = 30% menos glifosato ácido usando o pó solúvel do que com o uso da solução líquida padrão de 360 g/l. Ademais, para atingir 95% de fitotoxicidade para brachiaria decumbens pode-se aplicar 100 x (1 - 1012/1440) = 30% menos glifosato ácido usando o pó solúvel do que com o uso da solução líquida padrão de 360 g/l. Portanto, neste experimento o pó solúvel obteve uma eficácia 30% superior ao produto de solução líquida padrão de 360 g/l.
Exemplo 2 [159] Local: Urai, Estado do Paraná, Brasil.
[160] Plantação de Frutas [161] Erva Daninha (Digitaria insularis - Gramínea Perene) [162] Estágio da planta: até 60 centímetros [163] Os resultados mostram que, para atingir 86% a 93% de fitotoxicidade para Digitaria insularis pode-se aplicar de 100 x (1 - 754/1080) = 30% menos glifosato ácido com o pó solúvel do que com o uso da solução líquida padrão de 360 g/l.
[164] Aplicando quantidades comparáveis de 720 g/ha, sob a forma de solução líquida de 360 g/litro, e 754 g/ha sob a forma de pó solúvel, este último tem uma eficácia satisfatória de 86% enquanto que o resultado para a solução líquida de 360 g/l é de 66%, o que é abaixo de 80% e, portanto, inaceitável.
[165] O ganho de 30% na eficácia do pó solúvel no que diz respeito à solução líquida de 360 g/l, embora observada em geral, não é observada para todas as ervas daninhas em todas as fases de crescimento das ervas daninhas, sendo que para algumas ervas daninhas o ganho de eficácia é muito maior. Por outro lado, quando as ervas daninhas são muito altas, o ganho em termos de eficácia, embora ainda muito significativo é menos pronunciado. Os próximos exemplos ilustram isso.
Exemplo 3 [166] Local: Cambé, Estado do Paraná, Brasil [167] Plantação de Maças [168] Erva Daninha: Richardia brasiliensis- Gramínea Perene [169] Estágio da planta: até 60 centímetros [170] Os resultados mostram que, para atingir 90% de fitotoxicidade para a Richardia brasiliensis pode-se aplicar 100 x (1 - 423/720) = 41% menos glifosato ácido usando o pó solúvel do que usando a solução líquida padrão de 360 g/l.
[171] Aplicando quantidades comparáveis de 360 g/ha, sob a forma de solução líquida de 360 g/litro e 423 g/ha, sob a forma do pó solúvel, o último tem uma eficácia satisfatória de 90%, enquanto que o resultado para a solução líquida de 360 g/l é de 75%, isto é, inferior ao limite de 80% e, portanto, inaceitável.
Exemplo 4 [172] Local : Urai, Estado do Paraná, Brasil.
[173] Plantação de Frutas [174] Erva Daninha (Digitaria insularis - Gramínea Perene) [175] Estágio da planta: até 75 cm.
[176] Os resultados mostram que para atingir 90% de fitotoxicidade para Digitaria insularis pode-se aplicar 100 x (1 - 754/1080) = 30% menos glifosato ácido usando o pó solúvel do que usando a solução líquida padrão de 360 g/l. A fim de atingir 100% de fitotoxicidade para Digitaria insularis pode-se aplicar 100 x (1 - 980/1440) = 32% menos glifosato ácido usando o pó solúvel do que usando a solução líquida padrão de 360 g/l. Aplicando quantidades comparáveis de 720 g/ha, sob a forma da solução líquida de 360 g/litro e 754 g/ha, sob a forma de pó solúvel, este último tendo uma eficácia satisfatória de 90%, enquanto que o resultado para a solução líquida de 360 g/litro é de 68%, o que é abaixo de 80% e, portanto, inaceitável.
Exemplo 5 [177] Local: Arapongas, Estado do Paraná, Brasil.
[178] Plantação de Café [179] Erva Daninha: Commelina benghalensis- Perene [180] Estágio da planta: 20 cm para a floração.
[181] Os resultados mostram que, para atingir 85% de fitotoxicidade para Commelina benghalensis pode-se aplicar 100 x (1 - 936/1440) = 35% menos glifosato ácido usando o pó solúvel do que usando a solução líquida padrão de 360 g/l. Para atingir 90% de fitotoxicidade para Commelina benghalensis pode-se aplicar 100 x (1 - 1292/1800) = 37% menos glifosato ácido usando o pó solúvel do que usando a solução líquida padrão de 360 g/l. Aplicando quantidades comparáveis de 1080 g/ha na forma de solução líquida padrão de 360 g/l e 936 g/ha, sob a forma de pó solúvel, este último tem uma eficácia de 85%, enquanto que o resultado para o líquido solúvel de 360 g/litro é de 70%, o que é inferior ao limite de 80% e, portanto, inaceitável.
Exemplo 6 [182] Local: Cambé, Estado do Paraná, Brasil.
[183] Plantação de Maças [184] Erva Daninha: Cynodon dactylon [185] Estágio da planta: até 60 cm.
[186] Os resultados mostram que com a aplicação de 611 g/ha de glifosato ácido na forma do pó solúvel, a fitotoxicidade para Cynodon dactylon foi 50% maior do que o obtido com a aplicação extra de 18% de glifosato ácido (720g/ha) utilizando a solução líquida de 360 g/l.
Exemplo 7 [187] Local: Cambé, Estado do Paraná, Brasil.
[188] Plantação de Maças [189] Ervas Daninhas: Sida rhombifolia [190] Estágio da planta: até 60 cm.
[191] Os resultados mostram que para atingir 95% de fitotoxicidade para sida rhombifolia pode-se aplicar 100 x (1 - 611/1080) = 43% menos glifosato ácido usando o pó solúvel do que usando a solução líquida padrão de 360 g/l. Aplicando 611 g/ha de glifosato ácido na forma de pó solúvel a fitotoxicidade para sida rhombifolia foi de 95%, enquanto que a aplicação extra de 18% de glifosato ácido (720 g/ha) utilizando a solução de líquida de 360 g/l, a fitotoxicidade foi 75% abaixo do mínimo de 80% e, portanto, inaceitável.
Exemplo 8 [192] Local: Estação de Campo da Faculdade Integrada de Campo Mourão, Estado do Paraná, Brasil [193] Plantação: Campo Experimental de ervas daninhas [194] Erva Daninha: Digitaria insularis - Gramínea Perene [195] Estágio da planta: Floração de 150 centímetros de altura [196] Os resultados mostram que, para atingir 85% a 88% de fitotoxicidade para Digitaria insularis muito altas pode-se aplicar 100 x (1 - 1187/1440) = 18% menos glifosato ácido usando pó solúvel do que usando a solução líquida padrão de 360 g/l. Não é uma prática agrícola habitual aplicar herbicida em tais ervas daninhas altas. Conforme a erva daninha se torna cada vez mais alta e mais pesticida deve ser aplicado, é muito significante que mesmo sob essas condições extremas e incomuns a formulação sob forma de pó solúvel ainda mostra uma vantagem.
[197] A prática agrícola consiste na aplicação de herbicida em um campo que tem todos os tipos de ervas daninhas. Embora seja importante determinar a fitotoxicidade de herbicidas para cada tipo de erva daninha, o agricultor está mais interessado no resultado geral em um campo de ervas daninhas mistas, motivo pelo qual muitos testes foram realizados em campos apresentando uma mistura de diferentes tipos de ervas daninhas.
Exemplo 9 [198] Local: Estação de Campo de Arapongas, Estado do Paraná, Brasil [199] Plantação de Café [200] Ervas Daninha: Commelina benghalensis, bidens pilosa, sida rhombifolia, brachiaria plantaginea, digitaria horizontalis, alternanthera tenella, digitaria insularis e outras.
[201] Estágio da planta: 15 cm até a floração, todas as fases misturadas [202] Os resultados mostram que para atingir 95% de fitotoxicidade para este campo de ervas daninhas misturadas pode-se aplicar 100 x (1 - 936/1440) = 35% menos glifosato ácido usando o pó solúvel do que usando a solução líquida padrão de 360 g/l.
Exemplo 10 [203] Local: Cambé, Estado do Paraná, Brasil.
[204] Plantação de Maças [205] Ervas Daninhas: Commelina benghalensis, cynodon dactylon, richardia brasiliensis, sida rhombifolia, alternanthera tenella, e outras.
[206] Estágio da planta: todas as fases misturadas [207] Os resultados mostram que para atingir 90% de fitotoxicidade para este campo de ervas daninhas misturadas pode-se aplicar 100 x (1 - 851/1440) = 40% menos glifosato ácido usando o pó solúvel do usando a solução líquida padrão de 360 g/l.
[208] Aplicando 720 g/ha de glifosato ácido sob a forma de solução líquida de 360 g/litro e 598 g/ha, sob a forma de pó solúvel, este último tem a mesma eficácia quando aplicado numa dosagem 17% inferior do que a formulação de 360 g/litro.
REIVINDICAÇÕES

Claims (6)

1) "COMPOSIÇÃO HERBICIDA EM PÓ" compreendendo glifosato, um ativador, um agente de solubilidade e um agente tensoativo líquido, caracterizada por: - o glifosato é glifosato ácido; - a composição é solúvel em água; - o ativador é um sal de amônio selecionado do grupo constituído por nitrato de amônio, cloreto de amônio, carbonato de amônio, bicarbonato de amônio, fosfato monoamônio, fosfato di-amônio, fosfato tri-amônio, sulfato de amônio e suas combinações, fornecendo íons de amônio na faixa de 0,12 a 0,135 partes em peso por 1,0 parte em peso de ácido de glifosato puro (100%); - o agente de solubilidade é um sal alcalino ou hidróxido alcalino selecionado do grupo que consiste em carbonato de sódio, bicarbonato de sódio, carbonato de potássio, bicarbonato de potássio, hidróxido de sódio, hidróxido de potássio e suas combinações, presentes numa quantidade para fornecer 1,10 a 1,25 moles de íon alcalino por mole de glifosato ácido; e - o agente tensoativo líquido é uma solução aquosa de coco amida selecionada do grupo que consiste em óxido de coco amida propilamina, propil-betaína de amida de coco e suas combinações e está presente numa faixa de 7 a 8 partes em peso por 100 partes em peso de glifosato ácido puro (100%).
2) "COMPOSIÇÃO" de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o ativador é sulfato de amônio e está presente numa faixa de 44 a 50 partes em peso por 100 partes em peso de glifosato ácido puro (100%).
3) "COMPOSIÇÃO" de acordo com a reivindicação 1 ou reivindicação 2, caracterizada por o agente de solubilidade é o carbonato de sódio que está presente numa gama de 35 a 40 partes em peso de carbonato de sódio por 100 partes em peso de glifosato ácido puro (100%).
4) "COMPOSIÇÃO" de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada por o agente tensoativo líquido ser o óxido de coco amida propilamina que está presente numa faixa de 7 a 8 partes em peso de agente tensoativo puro por 100 partes em peso de glifosato ácido puro (100%).
5) "COMPOSIÇÃO" de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada por o agente tensoativo líquido ser uma solução aquosa de óxido de coco amida propilamina tendo uma concentração de 80% a 90% em peso de óxido de coco amida propilamina.
6) "COMPOSIÇÃO" de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada por compreender pelo menos 500 g de ingrediente ativo de glifosato ácido por kg de composição total.
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