BR112012014294B1

BR112012014294B1 - Instrumento cirúrgico para união de tecido corporal e sistema cirúrgico

Info

Publication number: BR112012014294B1
Application number: BR112012014294-1A
Authority: BR
Inventors: Dieter Weisshaupt; Anton Keller; Christoph Rothweiller
Original assignee: Aesculap Ag
Priority date: 2009-12-17
Filing date: 2010-12-17
Publication date: 2020-12-15
Also published as: DE202010013151U1; KR101774068B1; KR20120098845A; WO2011083026A2; CA2784110C; RU2012130088A; EP2512349A2; MX2012006889A; AU2010340896A1; WO2011083026A3; ES2756579T3; US20130035683A1; CA2784110A1; CN102724922B; JP5497195B2; AU2010340896A2; US9339273B2; BR112012014294A2; JP2013514106A; DE102009059195A1

Abstract

sistema cirúrgico para união de tecido corporal e método para separação de tecido saliente. a fim de aperfeiçoar de tal forma um sistema cirúrgico para união de tecido corporal compreendendo um instrumento cirúrgico com um dispositivo de união para união de tecido corporal, dispositivo de união que compreende dois elementos de ferramenta móveis em relação um ao outro, em que o instrumento compreende um dispositivo de corte com um elemento de corte para corte de tecido e em que o elemento de corte é disposto podendo ser movido em relação a pelo menos um dos elementos de ferramenta, de modo que o dispositvo de corte é configurado na forma de um dispositivo de corte de alta frequência, sugere-se que o elemento de corte possua uma borda de corte, a qual define um plano de corte inclinado em relação a um eixo longitudinal definido pelo instrumento na região do dispositivo de união.

Description

A presente invenção se refere a um sistema cirúrgico para união de tecido corporal compreendendo um instrumento cirúrgico com um dispositivo de união para união de tecido corporal, dispositivo de união que compreende dois elementos de ferramenta podendo ser móveis em relação um ao outro, em que o instrumento compreende um dispositivo de corte com um elemento de corte para corte do tecido e em que o elemento de corte é disposto podendo ser movido em relação a pelo menos um dos elementos de ferramenta.

Além disso, a invenção se refere a um método para separação de tecido saliente a partir de duas partes de tecido corporal, em forma tubular, unidas anteriormente umas às outras, para uma parte única de tecido corporal em forma tubular.

Instrumentos cirúrgicos de sistemas cirúrgicos da técnica descrita no início são conhecidos, por exemplo, na forma de instrumentos de coagulação, nos quais tecido saliente e coagulado pode ser separado com um respectivo dispositivo de corte provido. Além disso, instrumentos de sutura são conhecidos, com os quais partes de tecido em forma tubular podem ser unidas umas às outras, por exemplo, para produção de anastomoses término-terminal, reconhecidamente através do uso de grampos. Nesse sentido, é usual equipar os instrumentos de sutura com lâmina de anel, portanto, com cortadores que possuem bordas de corte fechadas em forma circular.

Desvantajoso no caso de todos os sistemas cirúrgicos conhecidos é que, parcialmente, forças muito altas são necessárias para corte do tecido corporal.

Portanto, é tarefa da presente invenção aprimorar de tal forma um sistema cirúrgico, assim como um método da técnica descrita no início, que o tecido corporal é cortado com baixas forças de corte.

Esta tarefa, quando em um sistema cirúrgico da técnica descrita no início, é solucionada pelo fato de que o elemento de corte possui uma borda de corte, a qual define um plano de corte inclinado em relação a um eixo longitudinal formado pelo instrumento na região do dispositivo de união.

Através de um elemento de corte com borda de corte inclinada em relação ao eixo longitudinal do dispositivo de união, uma compressão de superfície, especialmente entre o elemento de corte e o tecido, pode ser evitada. Em vez disso, em função da inclinação, uma introdução pontual de força no momento ou no instante de tempo do corte é possível com tal elemento de corte. Nesse sentido, as forças que são necessárias para corte do tecido, especialmente no momento do corte, são evidentemente menores do que num corte plano. Um corte plano está presente especialmente quando a borda de corte define um plano de corte que corre verticalmente em relação ao eixo longitudinal do instrumento, na região do dispositivo de união. Através da borda inclinada de corte, especialmente também no caso de corte circular, o ponto de incisão pode atravessar a borda de corte, principalmente a partir de uma região de corte da borda de corte, a qual possui, em especial, a menor distância do corte inteiro a partir do mesmo, especialmente antes de entrar em contato com o tecido a ser cortado. Configurar o elemento de corte na maneira descrita possui vantagens tanto no caso de um emprego mecânico limpo, como também no caso de uma configuração monopolar ou bipolar. Especialmente no caso de um dispositivo de corte monopolar ou bipolar, a fixação simplesmente pontual da borda de corte no tecido a ser cortado e a concentração de energia pontual unida a isso possibilitam um corte livre de problemas e, de modo geral, um andamento homogêneo do corte. Consequentemente, a energia necessária para condução de um corte é evidentemente reduzida, tanto no corte mecânico como também no corte elétrico do tecido.

O sistema cirúrgico pode ser configurado de modo especialmente simples quando o dispositivo de corte é configurado na forma de um dispositivo de corte mecânico. Por exemplo, a borda de corte pode ser configurada na forma de uma borda de corte afiada. Esta pode ser configurada, por exemplo, através da afiação de um instrumento de aço adequado, preferencialmente endurecido.

Além disso, pode ser vantajoso quando o dispositivo de corte é configurado na forma de um dispositivo de corte de alta frequência. Um dispositivo de corte de alta frequência possibilita o corte do tecido através de uma energia de alta frequência. Com este se consegue simultaneamente, em especial quando do corte do tecido, um coagulação do mesmo, pelo que sangramentos indesejados podem ser evitados. Opcionalmente, o dispositivo de corte de alta frequência também pode ser provido em combinação com um dispositivo de corte mecânico.

Uma configuração especialmente simples de um sistema, especialmente quando do provimento de um dispositivo de corte de alta frequência, pode ser conseguida pelo fato de que o dispositivo de corte é configurado na forma de um dispositivo de corte monopolar.

De maneira simples um corte especialmente limpo e definido pode, portanto, ser especialmente realizado quando o dispositivo de corte é configurado na forma de um dispositivo de corte bipolar. Isso significa, por exemplo, que o elemento de corte forma um eletrodo e que no instrumento é provido um contra- eletrodo correspondente, em que a corrente de alta frequência flui entre o eletrodo e o contra-eletrodo através das partes de tecido a ser unidas.

Especialmente para corte das partes de tecido em forma tubular a ser unidas umas às outras, por exemplo, após a produção de uma anastomose término-terminal, é vantajoso quando a borda de corte é configurada em forma circular fechada. Dessa forma, um corte circular ou oval, por exemplo, pode ser realizado, de maneira simples e segura e conforme a necessidade, por um operador, tanto com um dispositivo mecânico de corte ou dispositivo de corte de alta frequência, como com um dispositivo de corte que combina corte mecânico e de alta frequência.

A fim de poder energizar o elemento de corte, monopolar ou bipolar, de maneira definida com uma corrente de corte, uma corrente de alta frequência, por exemplo, é vantajoso quando o instrumento possui pelo menos um contato de conexão unido de uma maneira eletricamente condutora ao dispositivo de corte.

A pelo menos uma conexão de corte é preferencialmente unida de uma maneira eletricamente condutora ao elemento de corte. Ela também pode, especialmente em um dispositivo de corte bipolar, ser unida a um contra-eletrodo correspondente provido no aparelho. Nesse sentido, é especialmente vantajoso quando são providas duas conexões de corte correspondentes.

A fim de poder unir, de maneira simples, um ao outro os tecidos com o sistema cirúrgico, é vantajoso quando os elementos de ferramenta compreendem, respectivamente, um eletrodo, definem uma distância mínima entre si em uma posição de aproximação dos elementos de ferramenta, ficam opostos um ao outro e em frente um ao outro. Por meio da respectiva energização dos eletrodos, duas partes de tecido a ser unidas umas às outras podem ser unidas de maneira simples, por exemplo, fato que também pode ser designado como fusão ou fechamento. Nesse sentido, é especialmente desejável quando não ocorre dano das células divididas.

Pelo menos um dos eletrodos é vantajosamente configurado como eletrodo de alta frequência. Isso possibilita energizar um ou ambos os eletrodos com uma corrente de alta frequência, a qual é adequada especialmente para união das partes de tecido, em especial das partes de tecido corporal de um paciente.

De acordo com outra modalidade preferencial da invenção, pode ser provido que pelo menos um dos eletrodos seja dividido em pelo menos dois segmentos de eletrodo e que os pelo menos dois segmentos de eletrodo seja isolados eletricamente um do outro. A divisão pelo menos de um dos eletrodos de alta frequência em dois ou mais segmentos de eletrodo tem, em especial, a vantagem de que os parâmetros do método para união das partes de tecido a ser unidas umas às outras pode ser significativamente mais facilmente controlado do que no caso de eletrodos não divididos. Quanto menor as superfícies entre as quais a corrente de alta frequência é utilizada, tanto mais fácil se pode controlar os parâmetros do método. A temperatura, a pressão, assim como a impedância do tecido possuem, em especial, uma influência essencial sobre o resultado da união. Também é possível, por exemplo, ajustar os parâmetros do método de maneira ideal conforme a natureza do tecido e especialmente ajustar de maneira automática. Com isso, diferentemente quando da utilização de instrumento de sutura, grampos são desnecessários, os quais permanecem no corpo como corpo estranho. O eletrodo ou os eletrodos a ser divididos em segmentos de eletrodo possibilitam, em especial, uma energização segmentada do eletrodo de alta frequência, de tal forma que as partes de tecido a ser unidas umas às outras podem ser fundidas ou fechadas uma com a outra de maneira segmentada. Uma energização possivelmente sequenciada dos eletrodos de alta frequência por meio de segmentação permite, durante o processo de fechamento ou união, introduzir menos corrente nas partes de tecido do que eletrodos de alta frequência similares não segmentados. Além disso, a segmentação possui a vantagem de que entre as regiões unidas por meio de energização de alta frequência das partes de tecido a ser unidas umas às outras, regiões do tecido permanecem inalteradas e essencialmente ilesas, de tal forma que a partir dessas regiões novo crescimento celular é possibilitado, o qual possibilita, adicionalmente à união causada pela corrente de alta frequência, uma união permanente das partes de tecido por meio de um crescimento conjunto destas.

Além disso, pode ser vantajoso quando o elemento de corte é configurado podendo ser girado em torno do eixo longitudinal. Dessa forma, com a predeterminação de uma posição do instrumento, uma posição do corte com o elemento de corte pode ser selecionada de maneira qualquer e desejada.

A fim de poder aprimorar ainda mais a controlabilidade dos parâmetros do método, é vantajoso quando cada um dos eletrodos de alta frequência é dividido em pelo menos dois segmentos de eletrodo, os quais são isolados eletricamente um do outro. Pelo menos dois segmentos de eletrodo, no contexto do presente pedido de patente, significam dois ou mais segmentos de eletrodo, portanto, especialmente três, quatro, cinco, seis, sete, oito, novo, dez, onze ou doze. Também são possíveis, no entanto, 20, 25, 30 ou 40 segmentos de eletrodo, sobretudo de acordo com o tamanho dos elementos de ferramenta.

Pelo menos um dos eletrodos de alta frequência é vantajosamente dividido em uma pluralidade de segmentos de eletrodo. Entende-se por uma pluralidade de segmentos de eletrodo, no contexto do presente pedido de patente, mais do que dois segmentos de eletrodo, os quais possibilitam uma controlabilidade ainda mais aperfeiçoada dos parâmetros do método.

A fim de poder realizar de maneira simples e segura uma energização dos segmentos de eletrodo, é vantajoso quando cada segmento de eletrodo é unido de uma maneira eletricamente condutora a um contato de conexão.

É vantajoso quando os elementos de ferramenta possuem, respectivamente, uma superfície do elemento de ferramenta e quando pelo menos uma superfície do elemento de ferramenta é plana. Essa modalidade permite configurar os elementos de ferramenta de maneira livre de protuberâncias.

A superfície do elemento de ferramenta é preferencialmente configurada de forma circular. Com isso podem ser produzidas uniões circulares, por exemplo, no caso de anastomoses término-terminal de partes de tecido em forma tubular. Uma interação com um elemento de corte que possui uma borda de corte em forma circular fechada é realizada de maneira simples.

É vantajoso quando pelo menos um dos eletrodos é configurado de forma circular fechada. Obviamente, todos os eletrodos do instrumento também podem ser configurados de forma circular fechada.

A fim de poder reter tecido entre ambos os elementos de ferramenta e poder manter eventualmente durante o processo de união, é vantajoso quando os elementos de ferramenta são configurados podendo ser girados e/ou deslocados em relação um ao outro. De modo geral, uma disposição móvel dos elementos de ferramenta em relação um ao outro é, portanto, desejável. Uma capacidade de ser girado ou de ser deslocado em relação um ao outro dos elementos de ferramenta também pode ter vantagens quando da remoção do instrumento. Dessa forma, por exemplo, uma seção transversal do instrumento, na região de um ou de ambos os elementos de ferramenta, pode ser reduzida para remoção do instrumento.

De acordo com outra modalidade preferencial pode-se prover que o instrumento possua um eixo, em cuja extremidade distai esteja configurado ou disposto pelo menos um dos elementos de ferramenta. Desta forma, o instrumento pode ser configurado de forma especialmente compacta. Além disso, através da disposição ou configuração de pelo menos um elemento de ferramenta na extremidade distai do eixo, a estabilidade do instrumento pode, de modo geral, ser aumentada. Portanto, também é especialmente vantajoso configurar um dos elementos de ferramenta, de maneira simples, imóvel em relação ao eixo.

É vantajoso quando um primeiro elemento de ferramenta compreende uma superfície de borda do eixo apontando em direção distai ou em direção essencialmente distai. Desta forma, por exemplo, uma extremidade distal do eixo pode ser mantida ou pressionada contra uma parte de tecido de maneira simples. Além disso, dessa forma uma superfície do elemento de ferramenta também pode ser simples e seguramente especificada.

De acordo com outra modalidade preferencial da invenção, pode-se prover que um segundo elemento de ferramenta compreenda um elemento de eletrodo que pode se afastar da direção do primeiro elemento de ferramenta e ser móvel na direção do eixo. Essa modalidade permite, por exemplo, movimentar de tal forma ambos os elementos de ferramenta em relação um ao outro, que partes de tecido a ser unidas umas às outras podem ser mantidas de forma definida entre si e podem ser unidas umas às outras através da correspondente admissão de fluxo de corrente de alta frequência.

Com isso, os elementos de ferramenta podem ser movidos em relação um ao outro de maneira simples, sendo vantajoso quando o instrumento compreende um dispositivo de operação para movimentar os elementos de ferramenta em relação um ao outro.

É vantajoso quando o instrumento compreende um dispositivo de operação de corte para movimentar o elemento de corte e pelo menos um elemento de ferramenta em relação um ao outro. Isso permite a um operador unir umas às outras, com o instrumento, primeiramente as partes de tecido e, então, cortar as partes de tecido com o dispositivo de corte, opcional e diretamente após ou também em um instante de tempo tardio. Também é especialmente possível acoplar o dispositivo de operação de corte com o dispositivo de operação, de tal forma, por exemplo, que após conclusão do processo de união, partes de tecido salientes são separadas automaticamente com o dispositivo de corte.

A fim de melhorar ainda mais a manuseabilidade do instrumento cirúrgico, o dispositivo de operação é preferencialmente configurado ou disposto em uma extremidade proximal do instrumento, Assim, quando o instrumento possui um eixo, por exemplo, este pode ser introduzido dentro do corpo através de uma abertura corporal, em que, então, os elementos de ferramenta podem ser operados em relação um ao outro por meio do dispositivo de operação, o qual ainda permanece, preferencialmente, fora do corpo do paciente. De modo geral, um instrumento cirúrgico minimamente invasivo e endoscópico pode ser configurado de maneira simples.

A manuseabilidade do instrumento pode ser especialmente melhorada para uma operação pelo fato de que o dispositivo de operação compreende dois membros de operação que podem ser girados em relação um ao outro, os quais permanecem em união operativa com pelo menos um dos elementos de ferramenta para transmissão de uma força de operação para movimentar pelo menos um dos elementos de ferramenta em relação a outro elemento de ferramenta. Os membros de operação também podem, basicamente, ser configurados apenas de forma móvel em relação um ao outro, quer dizer, eles podem ser alternativamente dispostos, em relação à uma disposição que pode ser girada, por exemplo, de forma deslocável, ou que pode ser girada e deslocada.

A fim de poder energizar o instrumento de alta frequência, na forma desejada, com uma corrente de alta frequência, o sistema cirúrgico compreende, preferencialmente, pelo menos um gerador de corrente de alta frequência, o qual pode ser unido opcionalmente aos eletrodos de alta frequência e/ou ao elemento de corte de uma maneira eletricamente condutora. A corrente ideal para a união ou o corte, respectivamente, do tecido, pode ser ajustada.

A tarefa apresentada no início é resolvida, de acordo com a invenção, com um método para separação de tecido saliente a partir de duas partes de tecido corporal em forma tubular, unidas anteriormente umas às outras em uma parte única de tecido corporal em forma tubular pelo fato de que as duas partes de tecido corporal unidas são mantidas e que as partes de tecido corporal são cortadas partindo de um ponto circulando em torno de um eixo longitudinal definido pela parte única de tecido em forma tubular.

Através do método proposto, forças menores de corte são evidentemente necessárias do que no caso de lâminas cuja borda de corte incide simultaneamente com todos os pontos sobre o tecido a ser cortado. Dessa forma, um corte limpo, partindo do ponto citado, o qual também pode ser designado como ponto de corte, tanto em dispositivo de corte mecânico como também em dispositivos de corte elétrico mono e bipolar.

A fim de poder remover tecido saliente, de maneira definida, com anastomoses término-terminal, é vantajoso quando um elemento de corte circular é utilizado.

O elemento de corte é vantajosamente energizado com uma corrente para o corte. Trata-se, nesse caso, especialmente de uma corrente de alta frequência. Opcionalmente, o tecido pode tanto ser cortado mecanicamente como também por modo eletro-cirurgicamente, em que o método eletro-cirúrgico possui a vantagem de que sangramento que ocorre durante o corte do tecido pode ser interrompido através da coagulação instantânea.

A descrição a seguir das modalidades preferenciais da invenção serve, em conexão com as figuras, para o esclarecimento mais detalhado. As figuras mostram:

Figura 1: uma visualização esquemática geral de um instrumento cirúrgico para união de partes de tecido corporal;

Figura 2: uma visualização aumentada, em perspectiva, parcialmente seccionada e pontuada da região A na figura 1;

Figura 3: uma visualização seccionada longitudinal do instrumento a partir da figura 1 na região A antes da união de duas partes de tecido em forma tubular;

Figura 4: uma visualização análoga à figura 3 durante fusão das partes de tecido para produção de uma anastomose término-terminal;

Figura 5: uma visualização superior de uma superfície do elemento de ferramenta com um eletrodo de alta frequência dividido em quatro segmentos de eletrodo;

Figura 6: uma visualização em perspectiva, esquemática, de uma segunda modalidade de um instrumento cirúrgico para união de partes de tecido corporal;

Figura 7: uma visualização superior de uma superfície do elemento de ferramenta representada esquematicamente do instrumento a partir da figura 6 na direção da seta B;

Figura 8: uma visualização esquemática semelhante à figura 2 de uma modalidade alternativa do instrumento em uma posição de aperto de tecido;

Figura 9: uma visualização correspondente à figura 8 do instrumento representado lá com segundo elemento de ferramenta parcialmente dobrado;

Figura 10: uma visualização seccionada ao longo da linha 10 - 10 na figura 8;

Figura 11: uma visualização esquemática seccionada semelhante à figura 10 do segundo elemento de ferramenta conjuntamente dobrado em uma posição representada como na figura 9;

Figura 12: uma modalidade alternativa de um segundo elemento de ferramenta em representação esquemática perspectiva;

Figura 13: uma representação de explosão de uma parte do segundo elemento de ferramenta representado na figura 12;

Figura 14: uma visualização seccionada ao longo da linha 14 - 14 na figura 12;

Figura 15: uma visualização esquemática seccionada análoga à figura 14 da modalidade lá representada com segundo elemento de ferramenta parcialmente dobrado;

Figura 16: uma representação esquemática perspectiva semelhante à figura 12 de outra modalidade de um segundo elemento de ferramenta;

Figura 17: uma representação aumentada do segundo elemento de ferramenta a partir da figura 16 em uma posição parcialmente inclinada;

Figura 18: uma visualização seccionada ao longo da linha 18 - 18 na figura 16; e

Figura 19: uma visualização análoga à figura 18 do segundo elemento de ferramenta parcialmente inclinado em uma posição tal como ela é representada na figura 17.

Na figura 1 é representado esquematicamente um sistema cirúrgico para união de tecido corporal e, de modo geral, designado com o número de referência 10. Ele compreende um instrumento cirúrgico 12 com dois elementos de ferramenta 14 e 16 móveis em relação um ao outro. Além disso, o sistema 10 compreende um gerador de corrente na forma de um gerador de corrente de alta frequência, o qual pode ser unido ao instrumento 12 de uma maneira melhor explicada abaixo.

Os elementos de ferramenta 14 e 16 formam uma parte de um dispositivo de união provido, com o número de referência 20, para união de tecido corporal. O primeiro elemento de ferramenta 14 compreende uma superfície de borda 20 apontando em direção distal de um eixo 24 longitudinalmente estirado, em forma de invólucro, do instrumento 12. Assim, o primeiro elemento de ferramenta é disposto ou configurado em uma extremidade 26 do instrumento 12.

Figura 20: primeiro elemento de ferramenta 14 compreende um eletrodo de alta frequência 28. Ele é dividido, no caso da modalidade representada esquematicamente nas figuras 2 a 5, em pelo menos dois, em quatro segmentos de eletrodo 30, os quais são isolados eletricamente um do outro. Os segmentos de eletrodo 30 são configurados em forma de listra ou essencialmente em forma de listra. O primeiro elemento de ferramenta 14 define de tal forma uma superfície do elemento de ferramenta 32, que o eletrodo de alta frequência 28 forma uma parte do mesmo. De modo geral, a superfície do elemento de ferramenta 32 é configurada de forma plana e circular.

Os quatro segmentos de eletrodo 30 definem duas fileiras de eletrodos 34 e 36. Cada fileira de eletrodo compreende respectivamente, com isso, uma parte dos quatro segmentos de eletrodo 30. Como se pode reconhecer na figura 5, por exemplo, cada segmento de eletrodo 30 possui uma primeira seção de segmento de eletrodo 38, a qual forma uma parte da primeira fileira de eletrodos 34, e uma segunda seção de segmento de eletrodo 40, a qual forma uma parte da segunda fileira de eletrodos 36. Ambas as fileiras de eletrodo 34 e 36 são configuradas, de modo geral, de forma curva, em que as seções de segmento de eletrodo 38 e 40, respectivamente, definem seções circulares com condutibilidade elétrica. De modo geral, as pelo menos duas fileiras de eletrodo, as quais são definidas respectivamente através de quatro seções de segmento de eletrodo 38 ou 40, são configuradas em forma circular fechada. A fim de poder contatar da maneira desejada os segmentos de eletrodo 30, cada segmento de eletrodo 30 é unido de uma maneira eletricamente condutora com um contato de conexão 42, o qual é disposto em uma região de união entre as seções de segmento de eletrodo 38, 40. Entre as fileiras de eletrodo também permanecem mantidas, mesmo após a união das partes de tecido através da energização de alta frequência, células completa ou essencialmente ilesas, a partir das quais pode ocorrer novo crescimento celular. Em relação à união das partes de tecido através de fusão de longo prazo, isso possibilita, adicionalmente, uma união permanente das partes de tecido por meio do crescimento conjunto de células intactas.

O eletrodo de alta frequência 28 define uma linha central de eletrodos 44 que corre entre as seções de segmento de eletrodo 38 e 40. Segmentos contíguos 30 são, por isso, dispostos de modo deslocável em relação um ao outro em uma direção definida pela linha central de eletrodos 44. De modo geral, o eletrodo de alta frequência 28 dividido em quatro segmentos de eletrodo 30 define uma extensão de segmento 46, em que cada uma dos quatro segmentos de eletrodo 30 define uma extensão de segmento 48, a qual é menor do que a extensão de eletrodo 46. Como representado, por exemplo, na figura 5, os segmentos de eletrodo 30 se estendem sobre uma região de angulação de cerca de 140° e possuem, com isso, uma extensão que corresponde a 40% da extensão do segmento de eletrodo. No entanto, com isso a soma de todas as extensões de segmento 48 fica com um fator 1,6 maior do que a extensão de eletrodo 46.

Na região de uma extremidade proximal do eixo 24 são dispostos contatos de conexão de alta frequência 50, os quais são unidos de uma maneira eletricamente condutora, por exemplo, guias que correm ao longo do eixo, aos segmentos de eletrodo 30. O número de contatos de conexão de alta frequência 50 corresponde, preferencialmente, ao número de segmentos de eletrodo 30, portanto, quatro contatos de conexão de alta frequência 50 para os quatro segmentos de eletrodo 30 do primeiro elemento de ferramenta 14.

O segundo elemento de ferramenta 16 é configurado essencialmente em forma de disco e compreende um elemento de eletrodo 52, o qual pode se afastar da direção do primeiro elemento de ferramenta 14 e ser móvel a partir deste e paralelo em relação a um eixo longitudinal 54 do eixo 24 na região dos elementos de ferramenta 14, 16, os quais definem uma direção do eixo 56. Os elementos de ferramenta 14,16 são dispostos de forma deslocável em relação um ao outro, isto é, uma distância 58 entre a superfície do elemento de ferramenta 32 do primeiro elemento de ferramenta 14 e uma primeira superfície do elemento de ferramenta 60 do segundo elemento de ferramenta 16 é alterável.

O elemento de eletrodo 52 compreende um eletrodo de alta frequência 29, o qual corresponde, em sua construção, ao eletrodo 28. Isso significa que o eletrodo também compreende quatro segmentos de eletrodo 31, os quais se curvam ao longo da superfície do elemento de ferramenta 60. Também são definidas duas fileiras de eletrodo 35 e 37, em que as primeiras seções de segmento de eletrodo 39 definem a fileira de eletrodo 35 e as segundas seções de segmento de eletrodo 41 definem a fileira de eletrodo 37. Contatos de conexão 43 também são providos, os quais unem por condução respectivamente uma seção de segmento de eletrodo 39 a uma seção de segmento de eletrodo 41 em relação à uma configuração de um segmento de eletrodo 31. Os eletrodos de alta frequência 28 e 29 são configurados de forma espelhar simétrica para um plano de espelho que correr verticalmente em relação a um eixo longitudinal 54 entre as superfícies de elemento de ferramenta 32 e 60. Dessa maneira, pares de segmento de eletrodo 62 são definidos, dos quais um corresponde, respectivamente, a um segmento de eletrodo 30 e a um segmento de eletrodo 31 que situa opostamente. De modo geral, a modalidade representada nas figuras 1 a 5 compreende, com isso, quatro pares de segmento de eletrodo 62. Segmentos de eletrodo 30, 31 não são apenas semelhantes, mas sim têm o mesmo tamanho ou reiativamente o mesmo tamanho.

Em uma posição de aproximação do elemento de ferramenta 14, 16 os eletrodos de alta frequência 14, 16 definem uma distância 58 mínima um do outro. A posição de aproximação é representada esquematicamente na figura 4. Na posição de aproximação os eletrodos de alta frequência 28 e 29 ficam opostos um ao outro e um sobre o outro.

Os segmentos de eletrodo 31 podem ser unidos de uma maneira eletricamente condutora a outros quatro contatos de conexão 50, em que, em função da clareza, apenas dois são representados na figura 1. Por meio das respectivas guias de união 64 os contatos de conexão de alta frequência 50 podem ser unidos aos respectivos contatos 66 do gerador de corrente 18. Como já exposto, os contatos de conexão de alta frequência 50 são unidos de uma maneira eletricamente condutora diretamente aos segmentos de eletrodo 30. A fim de poder unir os contatos de conexão de alta frequência 50 aos segmentos de eletrodo 31, são dispostos no eixo 24 ou no primeiro elemento de ferramenta 14, em direção ao segundo elemento de ferramenta 16, membros de contato 68 que se sobressaem, os quais possuem uma seção 70 curta e cilíndrica e uma seção 72 em forma de cone que define uma extremidade livre. Em uma posição de união de tecido, tal como ela é representada esquematicamente na figura 4, uma posição na qual se encontram os elementos de ferramenta 14 e 16 na posição de aproximação, portanto, as extremidades livres das seções 72 dos membros de contato 68 se projetam para dentro das respectivas admissões 74 em forma de mancai do elemento de eletrodo 52 e permanecem em contato de uma maneira eletricamente condutora com este. Os membros de contato 62, por sua vez, são unidos ao longo do eixo 24, através das guias elétricas não representadas, aos contatos de conexão de alta frequência 50. As admissões 74, por sua vez, permanecem em contato de uma maneira eletricamente condutora com os contatos de conexão 43. Dessa maneira também pode ser produzido um contato de uma maneira eletricamente condutora, na posição de união de tecido ou posição de aproximação, entre os contatos de conexão de alta frequência 50 e os segmentos de eletrodo 31.

Obviamente os membros de contatos 68, os quais dividem os segmentos de eletrodo 30 na região de seus contatos de conexão 42, são isolados desses, de tal forma que não ocorre qualquer curto-circuito. Para esse fim, as seções 70 dos membros de contato 68 são providas com um revestimento ou um invólucro isolado eletricamente.

A fim de poder mover os elementos de ferramenta 14, 16 do instrumento 12 em relação um ao outro, um dispositivo de operação 76 é disposto em uma extremidade proximal ou região de extremidade do instrumento. O dispositivo de operação 76 compreende dois membros de operação 78 giráveis em relação um ao outro, os quais são acoplados de forma móvel a um membro de transmissão de força 80 mancalizado de forma móvel no interior do eixo, de tal forma que este membro, em função de um movimento de giro do membro de operação 78, pode ser girado em direção distai ou proximal.

O membro de transmissão de força 80 define em sua extremidade distai uma admissão 82 em forma de furo cego, em que um membro de retenção 84 pode ser introduzido em uma primeira extremidade livre e pode ser ajustado na admissão 82. A segunda extremidade livre do membro de retenção 84 essencialmente em forma de haste é unida de forma imóvel ao segundo elemento de ferramenta 16. Dessa maneira, em função de um deslocamento do membro de transmissão de força 80, o segundo elemento de ferramenta 16 pode ser afastado, em direção distal, do primeiro elemento de ferramenta 14. Preferencialmente, o instrumento 12 é configurado de tal forma que o segundo elemento de ferramenta 16, a partir de uma posição de aperto de tecido, tal como ela é representada esquematicamente nas figuras 2 e 3 na qual os elementos de ferramenta 14, 16 possuem uma distância 58 máxima um do outro, pode ser trazido um sobre o outro para a posição de união de tecido ou posição de aproximação através de um giro do elemento de operação 78, fato que tem como consequência um movimento do membro de transmissão de força 80 na direção proximal.

Além disso, o instrumento 12 compreende um dispositivo de corte 86 para corte de tecido. O dispositivo de corte compreende um elemento de corte 88 com uma borda de corte 90 em forma circular fechada. A borda de corte 90 define um plano de corte 92 inclinado em relação ao eixo longitudinal 54 do instrumento 12. O plano de corte 92 é inclinado em cerca de 10° em relação a um plano de referência que corre verticalmente em relação ao eixo longitudinal 54, plano de referência este que corre paralelamente em relação às superfícies de elemento de ferramenta 32 e 33. Lateralmente proximal, no eixo 24, é provida outra conexão de corte de alta frequência 94, a qual é unida de uma maneira eletricamente condutora, no caso de uma variante do instrumento 12, ao elemento de corte 88.

Com isso, por exemplo, pode ser realizado um dispositivo de corte monopolar 86, em que, para corte monopolar no corpo do paciente, seria utilizado, de maneira convencional, um eletrodo neutro. Um dispositivo de corte bipolar 86 é, por exemplo, realizado pelo fato de que, opostamente à borda de corte 90, é disposto no segundo elemento de ferramenta 16 um eletrodo circular 96, o qual é unido, através de uma união de uma maneira eletricamente condutora não representada mais detalhadamente e que, por exemplo, atravessa o membro de transmissão de força 80 através de uma maneira não representada, à outra conexão de corte de alta frequência 94. O próprio eletrodo circular 96 também pode ser opcionalmente segmentado, por exemplo, analogamente aos eletrodos de alta frequência 28 e 29. Também seria possível utilizar o eletrodo de alta frequência 29 como contra- eletrodo em vez do eletrodo circular 96.

O elemento de corte 88 é preferencialmente mancalizado de maneira móvel em relação a ambos os elementos de ferramenta 14, 16. A borda de corta configurada concentricamente em torno do eixo longitudinal 54 pode, assim, ser movida em relação aos eletrodos de alta frequência 28 e 29. Para operação do dispositivo de corte 86 é provido um dispositivo de operação de corte 98, com um membro de operação 100 que se sobressai a partir da extremidade proximal do instrumento. Esse membro é acoplado mecanicamente ao elemento de corte 88 ao longo de um mecanismo não representado, por exemplo, outro membro de transmissão de força que corre no interior do eixo 24, de tal forma que em função de um movimento do membro de operação 100 o elemento de corte 88 também é movido. O membro de operação 100 é disposto preferencialmente de maneira móvel e possível de ser girada em relação ao eixo 24, de tal forma que o elemento de corte 88 pode ser movido não apenas paralelamente em relação ao eixo longitudinal 54, mas também pode ser girado em relação a este.

A fim de poder energizar os segmentos de eletrodo 30, 31 na maneira convencional com uma corrente de alta frequência, é provido um dispositivo de controle e/ou regulação 102 com um dispositivo de comutação 104. O dispositivo de controle e/ou regulação 102 é disposto preferencialmente em um alojamento do gerador de corrente de alta frequência 18 e forma uma parte deste. O dispositivo de comutação 104 é especialmente configurado para energização seqüencial dos segmentos de eletrodo 30, 31 com uma corrente de alta frequência. O dispositivo de comutação 104 serve especialmente para atuação dos contatos 66, assim como de outros contatos 106, os quais podem ser unidos através de outras guias de união 108 aos conectores de corte de alta frequência 94 do instrumento 12. Dessa forma, o dispositivo de corte 86 pode ser operado com o gerador de corrente de alta frequência de forma monopolar ou bipolar. Para operação monopolar apenas o elemento de corte 88 é energizado com uma corrente de alta frequência e como contra-eletrodo é disposto um eletrodo neutro no corpo do paciente. Para corte bipolar pode ser especialmente provido um contra-eletrodo em forma circular no segundo elemento de ferramenta 16, por exemplo, na forma do eletrodo circular 96, de tal forma que uma corrente de alta frequência pode fluir entre o contra-eletrodo e o elemento de corte 88. Alternativamente, o eletrodo de alta frequência também pode ser utilizado como contra-eletrodo. Caso se abdique de uma energização do dispositivo de corte 86, então este também pode ser utilizado pura e mecanicamente para dividir o tecido, e também por meio da borda de corte 90 preferencialmente afiada.

O dispositivo de comutação 104 também pode, adicionalmente, ser configurado de tal forma que pelo menos dois segmentos de eletrodo 30, 31 de um eletrodo de alta frequência 28, 29, podem ser energizados simultaneamente com uma corrente de alta frequência. Nesse sentido, é vantajoso quando respectivamente entre dois segmentos de eletrodo 30, 31 simultaneamente energizados com corrente de alta frequência outro segmento de eletrodo 30, 31, não energizado, no entanto, é disposto. Dessa maneira, por exemplo, os segmentos de eletrodo 30 opostos em relação um ao outro dos eletrodos de alta frequência 28 representados na figura 5 poderiam ser simultaneamente energizados, pelo que ambos os outros segmentos de eletrodo 30 permaneceriam desenergizados.

A fim de poder ajustar individualmente uma força de energização e/ou uma duração de energização para os segmentos de eletrodo 30, 31 individuais, o dispositivo de controle e/ou regulação 102 é configurado compreendendo um dispositivo de ajuste 110. Por meio do dispositivo de ajuste 110, por exemplo, uma força e/ou uma freqüência da corrente de alta frequência pode ser ajustada, e da mesma forma uma duração de energização. Além disso, o dispositivo de ajuste 110 também pode ser opcionalmente configurado para poder ajustar individualmente as sequências de energização.

Além disso, o dispositivo de controle e/ou regulação 102 compreende preferencialmente um dispositivo de medição de temperatura 112 para medição de uma temperatura do segmento de eletrodos e/ou de uma temperatura do tecido. O dispositivo de medição de temperatura 102 serve especialmente para fornecer ao dispositivo de controle e/ou de regulação a variável de controle necessária para uma regulação automática de uma energização dos eletrodos de alta frequência 28, 29, nomeadamente uma temperatura do tecido, por exemplo, indiretamente através de uma medição de temperatura dos segmentos de eletrodo 30, 31. Segmentos de eletrodo 30, 31 não energizados por exemplo, podem servir como contatos de medição para registro de temperatura através de uma medição da impedância do tecido. Dessa forma, pode ser seguramente proposto que a temperatura necessária para união do tecido seja alcançada na maneira desejada e de maneira altamente precisa através da respectiva energização dos eletrodos de alta frequência 28, 29, e, no entanto, um superaquecimento indesejado das partes de tecido a ser unidas umas às outras é evitado.

Além disso, o dispositivo de controle e/ou regulação 102 compreende opcionalmente um dispositivo de medição de impedância 113 para medição de uma impedância do tecido do tecido mantido entre os elementos de ferramenta 14 e 16. A determinação da impedância do tecido oferece a possibilidade, independentemente do seu valor, de regular o gerador de alta frequência 18, especialmente os parâmetros fornecidos por este, tais como tensão, corrente e rendimento. Dessa maneira, a corrente aplicada nas partes de tecido para união destas pode ser simples e seguramente regulada. Para medição da impedância do tecido podem ser especialmente utilizados os eletrodos de alta frequência 28 e 29. Uma medição também pode ocorrer entre segmentos de eletrodo 30 e 31 individuais, os quais ficam opostos um ao outro. A medição da impedância do tecido pode acontecer opcionalmente durante a energização dos eletrodos de alta frequência 28 e 29 ou quando os eletrodos de alta frequência 28 e 29 estão sendo energizados. Com isso, a alteração do tecido pode ser bem monitorada, praticamente em tempo real, e outra entrada de corrente pode ser dosada, inibida ou ainda objetivada.

Com o sistema cirúrgico 10 descrito acima se pode unir especialmente partes de tecido 116 em forma tubular diretamente umas às outras, em que estas partes são fundidas ou fechadas umas às outras através da energização por corrente de alta frequência. Em alguns casos se procedeu, por exemplo, de acordo com a seguinte maneira:

Para produção de uma anastomose término-terminal de duas partes de tecido 116 em forma tubular, tal como ela é necessária, por exemplo, após uma operação intestinal na qual um pedaço do intestino é separado, extremidades livres das partes de tecido 116 são trazidas para junto uma da outra, de tal forma que elas ficam próximas uma da outra de maneira plana circular, apontando em direção do eixo longitudinal com suas extremidades livres, tal como representado, por exemplo, nas figuras 3 e 4. As extremidades livres se encontram, portanto, entre ambos os elementos de ferramenta 14, 16, de tal forma que as partes de tecido 116 grampeadas entre os elementos de ferramenta 14, 16 possam ser mantidas juntas umas às outras na posição de aperto de tecido 1.

Os elementos de ferramenta 14,16 são movidos em relação um ao outro na posição de união de tecido, de tal forma que os segmentos de eletrodo 31 também são unidos de uma maneira eletricamente condutora, da maneira descrita acima, aos contatos de conexão de alta frequência 50. Para fundição das partes de tecido 116 os pares de segmento de eletrodos 62 individuais são preferencialmente energizados com uma corrente de alta frequência, a qual flui através das seções de parte de tecido mantidas entre os elementos de ferramenta 14, 16 e as aquece. A uma temperatura de cerca de 50°C até cerca de 80°C, preferencialmente de cerca de 65°C até cerca de 70°C, ocorre uma alteração de tal forma nas células, que as partes de tecido 116 se grampeiam umas às outras. O método de união é realizado preferencialmente de tal forma, que sempre apenas um par de segmentos de eletrodo 62 é energizado simultaneamente, especialmente em uma ordem sequenciada. Dessa forma, é produzida uma linha de união 114 em forma circular, a qual particulariza, essencialmente através dos eletrodos de alta frequência 28, 29, respectivamente suas linhas centrais de eletrodo 44, 45.

Pelo fato de que não todos os eletrodos de alta frequência 28, 29 são energizados com uma corrente de alta frequência, a temperatura para união das partes de tecido 116 pode ser muito melhor controlada e uma destruição das células é evitada. Os segmentos de eletrodo 30, 31 são energizados preferencialmente um após o outro, ou seja, sequenciadamente, de tal forma que as partes de tecido 116 são fundidas umas às outras, ao longo da linha de união, de maneira seccionada. Através da disposição em duas fileiras das seções de segmento de eletrodos 38, 39, 40 e 41 é produzida, além disso, uma união dupla entre as partes de tecido 116, as quais podem assegurar uma selagem ideal e uma união permanente e estável das partes de tecido 116 umas às outras.

Alternativamente em relação à uma energização sequenciada, tal como já indicada acima, segmentos de eletrodo 30, 31 opostos um ao outro também podem ser energizados simultaneamente, com o que a duração para união das partes de tecido 116, na modalidade representada esquematicamente nas figuras 1 a 5, pode ser reduzida pela metade.

Após a união das partes de tecido 116, o tecido remanescente é removido por meio do dispositivo de corte 86. Nesse sentido, o dispositivo de corte 86 é utilizado preferencialmente de maneira bipolar, isto é, o elemento de corte 88 e o eletrodo circular 96 são unidos ao gerador de corrente de alta frequência 18 e uma corrente de alta frequência é conduzida para divisão do tecido ao longo de ambas as partes de tecido 116. Através da borda de corte 90 inclinada é gerada uma centelha de corte definida, justamente na região em que a distância entre as bordas de corte 88 e o eletrodo circular 96 é mínima. A partir dessa região a centelha de corte percorre em círculo, então, automaticamente ao longo da borda de corte 90 em ambas as direções, até que o tecido esteja completamente dividido. A utilização do dispositivo de corte 86 no modo de operação bipolar possui, em especial, a vantagem de que as partes de tecido 116 durante a divisão também podem ser simultaneamente coaguladas, a fim de extinguir diretamente, quando da divisão, hemorragias indesejadas.

Após a união e desbastamento das partes de tecido 116, o instrumento 12 pode então ser retirado do corpo do paciente, por exemplo, do seu intestino, através da retirada do eixo 24, por exemplo.

O eixo 24 é, dependendo da modalidade do instrumento 12, preferencialmente tão longo que, quando do emprego do instrumento 12, tanto o dispositivo de operação 76 como também o dispositivo de operação de corte 98 se projetam para fora do corpo do paciente, de tal forma que eles podem ser operados por um operador.

Alternativamente ou adicionalmente, o sistema cirúrgico 10, no lugar do instrumento 12, também pode compreender, por exemplo, um instrumento cirúrgico na forma de um instrumento representado esquematicamente nas figuras 6 e 7. O instrumento 120 compreende dois setores mancalizados 124 e 126 juntos um ao outro e giráveis em relação um ao outro em torno de um eixo de rotação 122. Em uma extremidade proximal dos setores 124, 126 são configurados anéis de dedo 128, 130, os quais definem em conjunto um dispositivo de operação 132 para operação do instrumento 120.

A partir das extremidades livres e distais 134 e 136 dos setores 124 e 126 são configurados elementos de ferramenta 138 e 140 distribuídos um sobre o outro no interior dos setores. Os elementos de ferramenta 138 e 140 são configurados identicamente e ficam em uma posição de aproximação das extremidades 134 e 136, opostos um ao outro, e possuem, nessa posição, uma distância mínima um do outro. Cada elemento de ferramenta 138, 140 compreende um eletrodo de alta frequência 142, 144, os quais são idênticos e são essencialmente configurados em forma de U. Cada eletrodo de alta frequência 142, 144 compreende duas seções de eletrodos 146 que correm paralelamente em relação uma à outra e que se estendem em uma direção vertical em relação ao eixo de rotação 122, assim como uma seção de eletrodo 148 adjacente às extremidades 134, 136 e que corre verticalmente em relação àquelas seções.

A construção dos eletrodos 142, 144 será descrita mais detalhadamente a seguir em conexão com a figura 7, por exemplo, e com base no eletrodo de alta frequência 142.

O eletrodo de alta frequência 142 compreende, de modo geral, 30 segmentos de eletrodo 150, em que respectivamente 15 segmentos de eletrodo deslocáveis em relação um ao outro são dispostos em duas fileiras de eletrodos 152 ,154, paralelamente em relação um ao outro, ao longo de cada seção de eletrodo 146 e são isolados eletricamente um do outro. Os segmentos de eletrodo 150 são configurados em forma retilínea e de listra. Eles definem entre si uma linha central de eletrodos 156, cuja forma em U também corresponde à forma do eletrodo de alta frequência 142. Na região da seção de eletrodo 148 são dispostos dois outros segmentos de eletrodo 151, os quais completam respectivamente as fileiras de eletrodos 152 ou 154 das seções de eletrodo 146. Os segmentos de eletrodo 150 e 151 são dispostos, com isso, de modo deslocável em relação um ao outro em uma direção definida da linha central de eletrodos 156.

A fim de poder energizar os segmentos de eletrodo 150, 151 com uma corrente de alta frequência, estes segmentos são respectivamente dispostos de uma maneira eletricamente condutora com uma conexão de alta frequência 158 nas regiões de extremidade proximal dos setores 124, 126 adjacentes aos anéis de dedo 128, 130. As conexões de alta frequência 158 podem ser unidas às guias de união correspondentes ou aos cabos com o gerador de corrente de alta frequência 18.

Na posição de aproximação ficam, em função da configuração idêntica dos eletrodos de alta frequência 142 e 144, os segmentos de eletrodo 150 ou 151 que têm o mesmo tamanho ou essencialmente o mesmo tamanho e que se alocam opostos um ao outro e um sobre o outro. Eles formam, de modo geral, um par de segmentos de eletrodo designado com o número de referência 168.

Os elementos de ferramenta 138 e 140 também definem superfícies de elemento de ferramenta 170 planas, as quais são configuradas em forma de U. Os segmentos de eletrodo 150 e 151 não se arqueiam sobre a superfície do elemento de ferramenta 170.

O instrumento 120 configurado de modo geral em forma de pinça também pode ser utilizado para união das partes de tecido, em que estas partes são mantidas grampeadas entre os elementos de ferramenta 138, 140 e então são fundidas ou fechadas umas às outras através da energização correspondente dos segmentos de eletrodo 150, 151. Além disso, tal como descrito em conexão com a função do instrumento 12, uma energização dos segmentos de eletrodo 150 pode ocorrer de forma seqüencial, isto é, após energização de um segmento de eletrodo 150, o segmento de eletrodo 150 mais próximo da fileira de eletrodos adjacente 152, 154 é energizado em circulação em forma de U, até que todos os segmentos de eletrodo 150, 151 sejam energizados uma vez. Dessa forma, uma linha de união em duas fileiras para união de duas partes de tecido pode ser produzida. Também é possível, no caso do instrumento 120, uma energização simultânea de dois ou também mais segmentos de eletrodo 150, 151, em que segmentos de eletrodo 150, 151 preferencialmente contíguos não são energizados ao mesmo tempo, mas preferencialmente pelo menos um e, melhor ainda, dois ou três segmentos de eletrodo 150, 151 permanecem desenergizados entre segmentos de eletrodo 150, 151 simultaneamente energizados.

O instrumento 120 também pode compreender, opcionalmente, um dispositivo de corte 160, tal como este é representado na figura 6. Respectivamente entre as seções de eletrodo 146 é configurada uma ranhura 162 nos elementos de ferramenta 138, 140. Na ranhura 162 no setor 162 é mantido um elemento de corte 164 com uma borda de corte 166 se projetando em direção à ranhura 162 do setor 124 e opcionalmente móvel em relação ao elemento de ferramenta 136. Com isso, já no fechamento dos setores 124 e 126, por exemplo, o tecido mantido entre os elementos de ferramenta pode ser dividido. O elemento de corte 164 também pode ser opcionalmente utilizado de forma monopolar ou bipolar, em que o eletrodo de alta frequência 142 pode ser utilizado como contra- eletrodo para elemento de corte 164 quando de um emprego bipolar. Para operação monopolar somente o elemento de corte 164 é energizado com uma corrente de alta frequência e disposto, como contra-eletrodo, um eletrodo neutro no corpo do paciente. Em ambos os casos o elemento de corte 164 também é preferencialmente unido de uma maneira eletricamente condutora a um contato da conexão de alta frequência 158.

Nas figuras 8 a 11 é representada uma variante do instrumento 12, o quai se diferencia pela modalidade do segundo elemento de ferramenta que é designado nas figuras 8 a 11 com o número de referência 16’. O elemento de ferramenta 16’ assume uma forma anelar em uma posição de operação na qual ele pode ser trazido para a posição de aproximação descrita acima. Ele compreende duas seções anelares 180 e 182, as quais se estendem respectivamente sobre um ângulo de cerca de 180° em relação ao eixo longitudinal 54. Extremidades livres das seções anelares 180, 182 têm apenas a metade da largura das seções anelares 180, 182 na região restante e servem como mancais 184 e 186. Os mancais 184 e 186 são respectivamente providos com um orifício transversal 188 e 190, nos quais é introduzida uma haste 192. Os mancais 184 ficam opostos entre si em mancais 186 sobre o seu eixo longitudinal. A haste 192 é fixada de modo a não poder ser girada nos furos transversais 190 da seção anelar 182. O orifício transversal 188 é dimensionado de tal forma em seu diâmetro interno que a seção anelar 180 pode ser girada em relação à haste 192 em torno de um eixo de rotação 242 definido pela haste e, assim, pode ser girado em relação à seção anelar 182.

Ambas as seções anelares 180 e 182 são respectiva e adicionalmente acopladas, através de um guidão 194, a um membro de retenção 84’, o qual define conjuntamente com o eixo longitudinal 54 o eixo longitudinal declinante do membro de retenção. O membro de retenção 84’ é, analogamente ao elemento de retenção 84, acoplado ao membro de transmissão de força 80 ou pode ser acoplado a este, e, dessa forma, pode ser movido em relação ao eixo 24 em direção distal e proximal. Para acoplar o guidão 194 no membro de retenção 84’ é provido por último, na região da sua extremidade distai, uma ranhura 204, a qual se estende transversalmente em relação a um eixo longitudinal definido pela haste 192. Dessa maneira, são configuradas duas pernas 206, as quais são providas com um orifício transversal 208 alinhado, no qual um pino de mancai 210 é introduzido sem poder ser girado. Os guidões 194 são providos em suas primeiras extremidades com um furo de admissão 212, através do qual o pino de mancai 210 se estende e que possui um diâmetro interno para permitir um movimento de rotação do guidão 194 em torno de um eixo de rotação definido pelo pino de mancai 210.

Relativamente próximo à lateral da ranhura 204 se estende, no membro de retenção 84’, em direção proximal, uma ranhura longitudinal ou um orifício alongado 214, o qual é atravessado pela haste 192. Dessa maneira, a haste 192 é definida e pode ser girada paralelamente a si mesa em direção paralela em relação ao eixo longitudinal 54. Uma extremidade proximal do orifício alongado 214 forma um batente proximal para a haste 192, uma extremidade distai 218 do orifício alongado 214 e um batente dista para a haste 192.

Para movimentar a haste 192 serve um mecanismo de operação 222, o qual compreende um elemento de transmissão de força 220 em forma de invólucro, cujo diâmetro interno se combina com o diâmetro externo do membro de retenção 84’ e, com isso, pode ser girado sobre o membro de retenção 84’ em direção distal e proximal. O elemento de transmissão de força 220 é provido, adjacente à sua extremidade distai 224, com um orifício 226, o qual a haste 192 atravessa. A haste 192 pode ser rodada em relação ao orifício 226. O mecanismo de operação 222 pode, além disso, formar uma parte do mecanismo de operação 76 descrito acima. Isso significa que um movimento da haste 192, por exemplo, também é possível através de um giro dos membros de operação 100 em relação um ao outro. Seria possível, alternativamente, prover outro dispositivo de operação análogo ao mecanismo de operação 76, o qual compreende um ou outros dois membros de operação semelhantes aos membros de operação 100, a fim de realizar um movimento relativo entre o elemento de transmissão de força 220 e o membro de retenção 84’.

Sobre os lados superiores das seções anelares 180 e 182 são dispostos, respectivamente, dois mancais 228 paralelos entre si, os quais são providos paralelamente em relação ao orifício transversal 208 com orifícios 230. Entre os mancais 228 é respectivamente mancalizado, de maneira em que se pode rodar, outra extremidade livre dos guidões 194 sobre o eixo do mancai 200 introduzido nos orifícios 230. Por meio da disposição descrita dos guidões 194, os quais também podem ser designados como membros de acoplagem, é assegurado que eles se juntam com uma extremidade no segundo elemento de ferramenta 16’ em um ponto de junção ou ponto de articulação, o qual é espaçado do eixo de rotação 242.

Por meio do mecanismo de operação 222 o segundo elemento de ferramenta 16’ pode ser trazido, da posição de operação já mencionada, a qual é representada esquematicamente nas figuras 8 e 10, para a posição de remoção, a qual é representada, por exemplo, na figura 11. A figura 9 representa esquematicamente uma posição intermediária, portanto uma posição entre a posição de operação e a posição de remoção. Como se pode reconhecer facilmente através da comparação de ambas as figuras 10 e 11, uma região de superfície de uma projeção vertical do segundo elemento de ferramenta 16’ sobre um plano de projeção 234, o qual corre verticalmente em relação ao eixo longitudinal 54, portanto, em relação à direção do eixo na região do segundo elemento de ferramenta 16’, é menor na posição de remoção do que na posição de operação. Isso se alcança através de um movimento do elemento de transmissão de força 220 em forma de invólucro a parti da posição de operação, na qual a haste 192 se fixa na extremidade proximal 216 e se estende nos lados inferiores 236 e 238 das seções anelares 180 e 182 paralelamente em relação ao plano de projeção 234. Caso se mova o elemento de transmissão de força 220 em direção distal, a haste 192 no orifício 214 é positivamente impulsionada na direção distai. Através da união articulada das seções anelares 180 e 182 em relação uma à outra e através de ambos os guidões 194 com o membro de retenção 84’, as seções anelares giram em torno do eixo de rotação 242 na direção do eixo longitudinal 54. O segundo elemento de ferramenta 16’ é, dessa maneira, dobrado junto ou é dobrado. Portanto, é configurado através da disposição articulada das seções anelares 180 e 182, por meio dos guidões 194, um mecanismo de dobra 240 para transferência do segundo elemento de ferramenta 16’ da posição de operação para a posição de remoção.

Até agora não mencionada é a configuração dos lados inferiores 236 e 238 do segundo elemento de ferramenta. Estes podem possuir qualquer único e essencialmente eletrodo anelar contínuo, o qual forma um único contra-eletrodo em relação ao eletrodo de alta frequência 287 do primeiro elemento de ferramenta 14. Alternativamente, também pode ser configurado, sobre os lados inferiores 236 e 238, análogos ao eletrodo de alta frequência 29, um eletrodo de alta frequência com dois ou mais segmentos de eletrodo 31, preferencialmente correspondente ao eletrodo de alta frequência 29. Isso permite, então, uma união das partes de tecido 116, da maneira desejada, na posição de operação.

Após a união das partes de tecido, o mecanismo de dobra 240 pode ser operado, por exemplo, por meio da operação correspondente do mecanismo de operação 222 descrito, pelo que o membro de retenção 84’ é movido em direção distai. Caso o elemento de transmissão de força 220 seja disposto, por exemplo, de maneira imóvel em relação ao eixo 24, então o segundo elemento de ferramenta 16’ pode ser dobrado automaticamente quando de um movimento em direção distal do membro de transmissão de força 80. Pela necessidade evidentemente reduzida de superfície na posição de remoção, o segundo elemento de ferramenta pode ser realizado através de uma posição de união configurada pela união das partes de tecido 116, quando da remoção do instrumento 12, e pode se estender sem a posição de união, fato que é evidentemente mais simples do que realizar os segundo elemento de ferramenta na posição de operação através da posição de união.

Não é necessário dizer que uniões conduzidas eletricamente do eletrodo 29 com os contatos de conexão de alta frequência 50, por exemplo, através dos guidões 94 e do membro de retenção 84’ com os contatos de conexão de alta frequência 50 na região de extremidade proximal do eixo 24 podem ser conduzidas.

Outra variante de um segundo elemento de ferramenta é designado, de modo geral, nas figuras 12 a 15 com o número de referência 16”. Ele substitui, por exemplo, os elementos de ferramenta 16 e 16” descritos acima do instrumento 12.

O segundo elemento de ferramenta 16” é configurado essencialmente em forma de disco, com um lado externo 250 se projetando em direção distai, ligeira e convexamente curvo.

Sobre um lado inferior do segundo elemento de ferramenta 16” é configurada uma ranhura anelar 252, a qual é aberta se projetando em direção proximal. Um recesso 254 em forma essencialmente circular é configurado centralmente, no qual é disposto um ressalto de mancai 256 em forma essencialmente cubóide e que é configurado coaxialmente em relação ao eixo longitudinal 54, afastando-se em direção proximal do lado inferior do segundo elemento de ferramenta 16”. O ressalto de mancai 256 é provido com um orifício transversal 258, o qual corre obliquamente em relação ao eixo longitudinal 54. Além disso, no ressalto de mancai 256 é configurada uma ranhura de guia 260 curva, a qual se projeta em direção proximal de maneira convexamente curva. Uma extremidade proximal do ressalto de mancai 256 possui um contorno externo arredondado.

O segundo elemento de ferramenta 16” é mancalizado de modo a poder ser girado em um membro de retenção 84” em forma de invólucro. Para esse fim o membro de retenção 84” é provido com um orifício transversal 262, o qual atravessa uma parede 264 do membro de retenção 84” em dois locais. No orifício transversal 262 é introduzido um pino de mancai 266 que não pode ser girado.

Ele atravessa simultaneamente o orifício transversal 258 de tal forma, que o ressalto de mancai 256 pode ser girado em torno de um eixo de rotação 284 definido pelo pino de mancai 266. A fim de também poder operar um mecanismo de dobra 270 provido no segundo elemento de ferramenta 16”, é provido um elemento de transmissão de força 268, o qual é essencialmente configurado em forma de haste e atravessa coaxialmente o membro de retenção 84” em relação ao eixo longitudinal 54. A partir de uma superfície de extremidade íateralmente distai 272 do elemento de transmissão de força 268 são dispostos paralelamente entre si e se distanciando em direção distai duas pernas de mancai 274, as quais são atravessadas respectivamente por um orifício 276 alinhado. Nos orifícios 276 é introduzido de modo a não poder ser girado outro pino de mancai 278, o qual é orientado paralelamente em relação ao pino de mancai 266. Um diâmetro externo do pino de mancai 278 é dimensionado de tal forma, que ele atravessa a ranhura de guia 260 e pode ser movido em relação a esta.

Uma extremidade proximal 280 do elemento de transmissão de força 268 é preferencialmente acoplável com o membro de transmissão de força 80, de tal forma que o segundo elemento de ferramenta 16” também pode ser movimentado em função de um movimento do membro de transmissão de força.

Na ranhura anelar 252 é introduzido um elemento de eletrodo 282 circular, o qual compreende, preferencialmente, um eletrodo de alta frequência 29 na forma descrita acima, o qual não é representado detalhadamente nas figuras 12 a 15 em função da clareza. Alternativamente, um eletrodo anelar simples e atravessado também pode ser configurado no elemento de eletrodo 282.

Para transferência do segundo elemento de ferramenta 16”, da posição de operação para a posição de remoção, o elemento de transferência de força 268 é movido em direção distai. Através da ranhura de guia 260 especialmente curva o pino de mancai é positivamente impulsionado na ranhura e efetua, assim, um giro positivamente impulsionado do segundo elemento de ferramenta 16” em torno do eixo de rotação 284. Assim, o segundo elemento de ferramenta 16” pode ser essencialmente girado próximo a 90°, de tal forma que também nessa variante do elemento de ferramenta 16” uma projeção vertical 232 do elemento de ferramenta 16” sobre o plano de projeção 234 na posição de remoção é menor do que na posição de operação, tal como isso é representado esquematicamente nas figuras 14 e 15. Dessa forma, na posição de remoção, quando da remoção do instrumento 12, evita-se uma expansão excessiva da posição de união entre as partes de tecido 116 a ser unidas umas às outras.

Outra modalidade de um segundo elemento de ferramenta, provida de modo geral com o número de referência 16”’, é representada nas figuras 16 a 19. Ela pode ser utilizada no instrumento 12 no lugar do segundo elemento de ferramenta 16, 16’ e 16” descrito até agora.

O segundo elemento de ferramenta 16’” é configurado essencialmente em forma de disco e compreende um disco 300. Este é provido, no seu centro, com uma ranhura 302 longitudinalmente oval e que corre transversalmente. Um orifício 304 atravessa o disco 300 de modo um pouco lateralmente deslocado em relação ao centro deste, o qual fica na região da ranhura 302. No orifício 304 é introduzido, de modo a não poder ser girado, um pino de mancai 306, o qual também atravessa a ranhura 302. Na região da ranhura 302 se projeta uma extremidade distal do membro de retenção 84’”, o qual é configurado em forma de invólucro. O membro de retenção 84’” é provido, lateralmente proximal à sua extremidade, com um orifício 310, cujo diâmetro interno combina de tal forma com o diâmetro externo do pino de mancai 306, que o pino de mancai 306 pode ser rodado em relação ao orifício 310. Isso possibilita, portanto, um giro do disco 300 em torno de um eixo longitudinal definido pelo pino de mancai 306.

Um mecanismo de dobra 312, o qual acopla, de forma articulada, o disco 300 através de um guidão 314 com uma extremidade distai 316 de um elemento de transmissão de força 318, serve para o propósito de operar o giro do disco 300. O elemento de transmissão de força 318 possui uma seção 302 longitudinalmente estendida e em forma de haste, cuja extremidade proximal 322 pode ser acoplada a um membro de transmissão de força 80. A extremidade 316 é espessada, em oposição à seção 320, em forma de cabeça e formada quase como cubo. Em um lado desta é configurada uma ranhura 324 lateralmente aberta. Além disso, é provido um orifício transversal 326, o qual atravessa transversalmente a ranhura 324. No orifício transversal 326 é introduzido um pino de mancai 328 que não pode ser girado. O guidão 314 em forma de haste também é provido com um orifício 330 e é mancalizado, podendo ser girado, no pino de mancai 328. Adjacente à uma extremidade do guidão 314, a qual se situa opostamente, é provido outro orifício 332. Ele serve para mancalização do guidão 314 em um outro pino de mancai 334. Este pino é introduzido em outro orifício 336 do disco 300. O orifício 336 é orientado paralelamente em relação ao orifício 304, é disposto do lado de fora da ranhura 302, adjacente a uma borda 338 do disco 300, e é de fato oposto ao orifício 304 em relação ao eixo longitudinal 54. Em um lado superior 340 do disco 300, partindo da borda 338, é incorporado um recesso 342, no qual a extremidade do guidão 314 penetra com seu orifício 332. Dessa forma, o guidão 314 é mancalizado no pino de mancai 334 de forma articulada. Com isso, o guidão 314 se acopla com uma extremidade, no segundo elemento de ferramenta 16’”, em um ponto de junção ou articulação, o qual é espaçado de um eixo de rotação 334 definido pelo eixo longitudinal do pino de mancai 306.

O mecanismo de dobra 312 é operado, enquanto o elemento de transmissão de força 318 é movido em direção distai. Isso resulta no fato de que o guidão 314 é angulado em relação ao disco 300. Quanto mais o membro de transmissão de força 318 for movido em direção distai, tanto mais o guidão 314 puxa a região do disco 300 em direção distai, região esta em que o recesso 342 é provido. Em uma posição extrema o disco 300 é ajustado quase que paralelamente em relação ao eixo longitudinal 54. De modo geral, com isso também é possível, no caso do elemento de ferramenta 16”’, realizar uma posição de remoção, na qual uma projeção 232 vertical do elemento no plano de projeção 234 que corre verticalmente em relação ao eixo longitudinal 54 é menor do que na posição de operação.

No segundo elemento de ferramenta 16’” também pode ser disposto ou configurado um eletrodo de alta frequência 29 em uma forma como a descrita acima, no caso do segundo elemento de ferramenta 16. Também é possível, alternativamente, prover um eletrodo em forma circular fechada, o qual não é dividido em segmentos de eletrodo. Semelhantemente como o segundo elemento de ferramenta 16” compreende o elemento de eletrodo 282, também podem ser providos nos segundos elementos de ferramenta 16’ e 16’” elementos de eletrodo, por exemplo, na forma do elemento de eletrodo 282, mas também na do elemento de eletrodo 52.

Como já mencionado acima, em conexão com o segundo elemento de ferramenta 16’, os eletrodos de alta frequência, providos no segundo elemento de ferramenta 16” e 16’”, podem ser unidos, de maneira convencional, através da provisão das respectivas uniões conduzidas eletricamente no instrumento 12, aos contatos de conexão de alta frequência 50.

Todos os primeiros e segundos elementos de ferramenta 14, 16, 16’, 16”, 16’” descritos acima, bem como os 138 e 140, são preferencialmente construídos a partir ou de componentes construtivos condutores de eletricidade ou de componentes construtivos isolantes de eletricidade. Também são possíveis componentes construtivos que são parcialmente condutores de eletricidade e parcialmente isolantes de eletricidade. Os componentes construtivos por si só podem ser fabricados especial e completamente a partir de materiais condutores de eletricidade ou isolantes de eletricidade, em que os componentes construtivos isolantes de eletricidade também podem ser fabricados a partir de um material condutor de eletricidade, o qual é especialmente provido com um invólucro ou revestimento externo condutor de eletricidade. Como materiais isolantes de eletricidade ou não condutores de eletricidade podem ser utilizados, em especial, plásticos, os quais possuem uma estabilidade suficiente em temperaturas incidentes no emprego do sistema cirúrgico 10. Adéquam-se, por exemplo, tanto termoplástico como também termofixo. Alternativamente também pode ser empregado como material isolante material cerâmico. Os componentes construtivos dos elementos de ferramenta 14,16, 16’, 16”, 16”’, bem como os dos 138 e 140 podem ser especialmente fabricados a partir de uma cerâmica. Utilizar uma cerâmica, especialmente em oposição a vários plásticos, tem a vantagem de que ela também possui uma estabilidade suficiente quando em altas temperaturas. Os eletrodos de alta frequência 28 e 29 são preferencialmente fabricados de um metal ou de uma liga de metal. Alternativamente, o emprego de cerâmicas condutoras de eletricidade também é possível para configuração dos eletrodos de alta frequência 28 e 29, contanto que elas atendam as exigências da utilização de corrente de alta frequência.

Os elementos de ferramenta 14, 16, 16’, 16”, 16’”, bem o 138 e 140 podem ser fabricados, por exemplo, tal como descrito a seguir. As partes individuais, componentes construtivos ou componentes dos elementos de ferramenta 14, 16, 16’, 16”, 16’”, bem como os dos 138 e 140 podem ser, em especial, fabricados separadamente e podem ser, consequentemente, unidos por cola. Alternativamente, também é possível, por exemplo, inserir as partes condutoras de eletricidade dos eletrodos de alta frequência 28 e 29 como partes de inserção em uma ferramenta de injeção de plástico e moldar com um plástico. Como já mencionado, os eletrodos podem ser configurados a partir de um metal ou de uma cerâmica condutora de eletricidade. No caso de uma segmentação dos eletrodos 28 e 29, como descrito acima, por exemplo, um número correspondente de segmentos de eletrodo condutores de eletricidade, feitos de um metal, ou de uma liga de metal ou de uma cerâmica condutora de eletricidade devem ser inseridos na ferramenta de injeção de plástico antes da moldagem com um plástico adequado.

No caso de uma modalidade livre de cerâmica dos elementos de ferramenta 14, 16, 16’, 16”, 16”’, bem como dos 138 e 140, oferece-se, em especial, um método de moldagem por injeção de pó de cerâmica, por exemplo, a assim chamada tecnologia “2K CIM”, um método de moldagem por injeção de pó 5 de cerâmica de micro-componentes. Com isso, duas cerâmicas diferentes, em um processo de injeção, são injetadas, as quais configuram, no caso dos elementos de ferramenta prontos 14, 16, 16’, 16”, 16”’, bem como no dos 138 e 140, as porções condutoras de eletricidade, assim como as isolantes de eletricidade. Após a injeção, as duas cerâmicas diferentes são sinterizadas juntas.

Nesse sentido, pode-se tratar, por exemplo, de uma cerâmica AI2O3 e de uma cerâmica misturada a partir de AI2O3 e TiN.

Claims

1. Instrumento cirúrgico (12) para união de tecido corporal, com um dispositivo de união (20) para união de tecido corporal, em que o dispositivo de união (20) compreende dois elementos de ferramenta (14, 16) móveis em relação um ao outro, em que o instrumento (12) compreende um dispositivo de corte (86) com um elemento de corte (88) para corte de tecido e em que o elemento de corte (88) é disposto podendo ser movido em relação a pelo menos um dos elementos de ferramenta (14, 16), caracterizado pelo fato de que: o dispositivo de corte (86) é configurado como um dispositivo de corte (86) de alta frequência, o qual possui o elemento de corte (88) e um contra-eletrodo (96) oposto ao elemento de corte, o qual pode ser alimentado com corrente de alta frequência; o contra-eletrodo (96) é formado em um dos elementos de ferramenta (14, 16); e o elemento de corte (88) possui uma borda de corte (90), a qual define um plano de corte (92) inclinado em relação à uma superfície do elemento de ferramenta, na qual o contra-eletrodo (96) é formado, em que a borda de corte (90) do elemento de corte (88) e o contra-eletrodo (96) possuem uma configuração circular.

2. Instrumento cirúrgico, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o elemento de corte (88) pode ser girado em relação ao contra-eletrodo (96) sobre um eixo longitudinal (54) definido pelo instrumento (12) na área do dispositivo de corte (20).

3. Instrumento cirúrgico, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de corte (86) é configurado na forma de um dispositivo de corte (86) bipolar.

4. Instrumento cirúrgico, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a borda de corte (90) é configurada de forma circular fechada.

5. Instrumento cirúrgico, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que o instrumento (12) possui pelo menos uma conexão de corte (94) unida de maneira eletricamente condutora ao dispositivo de corte (86).

6. Instrumento cirúrgico, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que pelo menos uma conexão de corte (94) é unida de maneira eletricamente condutora ao elemento de corte (88).

7. Instrumento cirúrgico, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que os elementos de ferramenta (14, 16) são configurados podendo ser girados e/ou deslocados em relação um ao outro.

8. Instrumento cirúrgico, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o instrumento (12) compreende um dispositivo de operação (76) para movimentar os elementos de ferramenta (14, 16) em relação um ao outro.

9. Instrumento cirúrgico, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que o instrumento (12) compreende um dispositivo de operação de corte (98) para movimentar o elemento de corte (88) e pelo menos um dos elementos de ferramenta (14, 16) em relação um ao outro.

10. Instrumento cirúrgico, de acordo com a reivindicação 8 ou 9, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de operação (76) e/ou o dispositivo de operação de corte (98) são dispostos ou configurados em uma extremidade proximal do instrumento (12).

11. Instrumento cirúrgico, de acordo com qualquer uma das reivindicações 8 a 10, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de operação (76) e/ou o dispositivo de operação de corte (98) compreendem membros de operação (100) podendo ser girados em relação um ao outro, os quais permanecem em união operativa com pelo menos um dos elementos de ferramenta (14, 16) ou com o elemento de corte (88) para transmissão de uma força de operação para movimentar pelo menos um dos elementos de ferramenta (16) em relação a outro elemento de ferramenta (14) ou para movimentar pelo menos um elemento de ferramenta (14, 16) em relação ao elemento de corte (88).

12. Sistema cirúrgico, com um instrumento cirúrgico, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado por ser com pelo menos um gerador de energia de alta frequência (18), o qual pode ser opcionalmente unido de maneira eletricamente condutora aos eletrodos de alta frequência (28, 29) e/ou ao elemento de corte (88).