BR102017007130A2

BR102017007130A2 - Tenodese anchoring systems and tools

Info

Publication number: BR102017007130A2
Application number: BR102017007130-8A
Authority: BR
Inventors: Miller Gerome; M. Piccirillo Justin; Sa Sherri
Original assignee: DePuy Synthes Products, Inc.
Priority date: 2016-04-08
Filing date: 2017-04-06
Publication date: 2017-10-17
Also published as: CN107440751B; JP2017185238A; CN107440751A; EP3636221A1; US20170290656A1; US10231824B2; US11065104B2; CN113855130A; EP3228277A3; JP6953164B2; US20190029806A1; AU2017201946B2; EP3228277A2; CN113855130B; BR102017007130B1; EP3636221B1; EP3228277B1; AU2017201946A1

Abstract

a presente invenção refere-se a sistemas e ferramentas para ancorar um ligamento ou tendão ao osso. em uma modalidade, uma bainha é fornecida tendo uma primeira parede lateral com extremidades proximal e distal e uma segunda parede lateral com extremidades proximal e distal. as extremidades distais da primeira e da segunda paredes laterais podem ser acopladas uma à outra por um pino de articulação de modo que a primeira e segunda paredes laterais se articulem em relação uma à outra em torno do pino de articulação. uma ferramenta de inserção de bainha também é fornecida e pode ser configurada para acoplar-se à bainha e para avançar a bainha expansível, com um tendão disposto ao seu redor, para dentro de um orifício no osso. um expansor também é fornecido para expandir a bainha. desta forma, o tendão ou ligamento é colocado para dentro do orifício do osso e a bainha e o tendão são travados dentro do orifício do osso.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "SISTEMAS E FERRAMENTAS DE ANCORAGEM DE TENODESE".

CAMPO

[001] Dispositivos e métodos cirúrgicos são fornecidos para ancorar tecido ao osso, e mais particularmente, implantes cirúrgicos, ferramentas de aplicação, e métodos são fornecidos para prender um tendão do bíceps ao úmero.

ANTECEDENTES

[002] Distúrbios da cabeça longa do tendão do bíceps são uma fonte comum de dores no ombro e podem ocorrer em associação com outros diagnósticos como lacerações do manguito rotador, lacerações no labrum anteroposterior superior, síndrome do impacto e lesões capsulares ou podem estar presentes como uma fonte isolada de dor no ombro. As opções de tratamento para distúrbios da cabeça longa do bíceps (CLB) continuam a evoluir e podem incluir tenodese CLB. Em um procedimento de tenodese, a sutura é passada através da base do CLB para localizar o CLB no espaço subacromial e para fornecer controle proximal durante a dissecação. Quando a sutura é feita, o CLB é cortado próximo à ligação glenoidal. Um medidor pode ser usado para medir o tamanho do tendão e para determinar assim um parafuso do osso de tamanho adequado. Quando o parafuso é selecionado, um orifício no osso é perfurado e um garfo de tendão é então usado para empurrar o tendão para dentro do orifício do osso. Um parafuso de osso é então introduzido no orifício do osso para ancorar o tendão dentro do orifício do osso.

[003] Enquanto os procedimentos atuais podem fornecer um meio efetivo para ancorar um tendão ao osso, eles podem sofrer várias desvantagens. Por exemplo, os procedimentos atuais exigem o uso de inúmeras ferramentas, que podem levar a um procedimento prolongado e custos aumentados. O uso de um parafuso pode, tam- bém, aumentar o risco de danos ao tendão, já que a rotação do parafuso para dentro do osso pode rasgar ou cortar através do tendão. Além disso, pode ser difícil manter a tensão desejada no tendão enquanto o parafuso está sendo implantado, já que o tendão pode ficar desalinhado ou pode deslizar durante a inserção do parafuso. Qualquer tensão aplicada ao tendão durante a inserção da âncora também pode fazer com que a âncora se afaste do orifício do osso.

[001] Consequentemente, permanece uma necessidade de métodos e dispositivos melhorados para ancorar o tecido ao osso, e em particular para executar uma tenodese de bíceps.

SUMÁRIO

[002] São apresentados vários implantes, ferramentas e métodos para fixação de um tendão a um osso. Em uma modalidade, um conjunto de âncora é fornecido e inclui uma bainha que tem uma primeira parede lateral com extremidades proximal e distai e uma segunda parede lateral com extremidades proximal e distai. As extremidades distais da primeira e da segunda paredes laterais podem ser acoplados uma à outra por um pino de articulação de modo que a primeira e segunda paredes laterais se articulam em relação uma à outra em torno do pino de articulação. O conjunto de âncora pode também incluir um expansor que tem uma configuração cilíndrica geralmente alongada. O expansor pode ser configurado para ser recebido entre a primeira e a segunda paredes laterais da bainha para fazer com que a primeira e segunda paredes laterais se articulem em torno do pino de articulação e movam lateralmente para longe uma da outra.

[003] Enquanto a bainha pode ter uma variedade de configurações, em uma modalidade, cada uma dentre a primeira e a segunda paredes laterais pode ter um formato substancialmente retangular com uma cavidade hemicilíndrica em um lado da mesma para assentar o expansor. A bainha pode incluir primeira e segunda abas na primeira e na segunda paredes laterais. A primeira e a segunda abas podem ser posicionadas em uma porção média substancial da primeira e da segunda paredes laterais entre as extremidades proximal e distai, e a primeira e a segunda abas podem ser configuradas para receber uma porção de uma ferramenta entre as mesmas quando as extremidades proximais da primeira e da segunda paredes laterais são posicionadas adjacentes uma à outra.

[004] Em outros aspectos, a extremidade proximal de cada uma dentre a primeira e a segunda paredes laterais pode incluir uma saliência formada nela e configurada para engatar roscas no expansor para manter o alinhamento entre a bainha e o expansor. A saliência em cada parede lateral pode estender-se em direção à outra da primeira e da segunda paredes laterais de modo que as extremidades proximais da primeira e da segunda paredes laterais circundem de forma substancialmente circunferencial o expansor.

[005] Em outra modalidade, a primeira e a segunda paredes laterais podem ter, cada uma, uma superfície interna voltada uma para a outra e uma superfície externa oposta, e a superfície externa de cada uma das primeira e segunda paredes laterais pode ter nervuras formadas nelas. As nervuras podem se estender substancialmente perpendiculares a um eixo longitudinal que se estende em uma direção pro-ximal-distal. Em uma modalidade exemplificativa, uma superfície externa de cada uma dentre a primeira e a segunda paredes laterais tem uma pluralidade de fileiras de nervuras dispostas em pelo menos uma coluna, cada nervura se estendendo substancialmente perpendicular a um eixo longitudinal estendendo-se em uma direção proximal-distal. Pelo menos uma das nervuras ma fileira mais proximal das nervuras pode ter uma altura que é maior do que a altura das nervuras nas fileiras distais da fileira mais proximal.

[006] Em outros aspectos, cada uma das primeira e segunda pa- redes laterais pode ter pelo menos uma protuberância com um orifício formado na mesma e com o pino de articulação que se estende através do mesmo. Por exemplo, a extremidade distai da primeira parede lateral pode ser uma primeira protuberância com um orifício formado na mesma com o pino de articulação que se estende através da mesma e uma segunda protuberância tendo um orifício formado na mesma com o pino de articulação que se estende através da mesma, e a segunda parede lateral pode ter uma terceira protuberância tendo um orifício formado na mesma com o pino de articulação que se estende através da mesma e uma quarta protuberância que tem um orifício formado com o pino de articulação que se estende através da mesma. Em determinados aspectos, a terceira protuberância pode ser posicionada entre a primeira e a segunda protuberâncias, e a segunda protuberância pode ser posicionada entre a terceira e a quarta protuberâncias.

[007] Em outra modalidade, pelo menos uma dentre a primeira e segunda paredes laterais pode incluir uma aba proximal se estendendo radialmente para fora da parede lateral de modo que a aba seja eficaz para limitar a profundidade de inserção da bainha em um orifício do osso.

[008] Pelo menos uma dentre a primeira e a segunda paredes laterais podem incluir uma aba que recebe uma sutura e que define uma abertura para receber a sutura que se estende por ela. Em determinados aspectos, a aba que recebe a sutura pode se estender de forma substancialmente perpendicular a um eixo longitudinal da bainha, de modo que a abertura que recebe a sutura tem um eixo central que se estende de forma substancialmente paralela ao eixo longitudinal da bainha.

[009] Em outra modalidade, uma ferramenta de inserção de âncora óssea é fornecida e inclui uma haste alongada tendo extremida- des proximal e distai e um lúmen interno que se estende através dela. A extremidade distai tem a primeira e a segunda cavilhas estendendo-se distalmente a partir dela e posicionadas nos lados opostos da haste. Cada cavilha tem um primeiro par de saliências posicionado de modo adjacente a uma extremidade proximal de cada cavilha e um segundo par de saliências posicionado adjacente a uma porção mediana de cada cavilha. Em uma modalidade, o primeiro par de saliências pode se estender radialmente para fora de cada cavilha por uma primeira distância, e o segundo par de saliências pode se estender radialmente para fora de cada cavilha por uma segunda distância que é menor que a primeira distância. Cada cavilha pode ter uma superfície interna côncava. A ferramenta pode, também, incluir outros recursos. Por exemplo, a haste alongada pode incluir pelo menos uma janela de visualização formada em uma parede lateral da mesma em um local proximal à primeira e à segunda cavilhar para permitir a visualização do lúmen interno da haste alongada.

[0010] Um sistema de ancoragem de tendão também é fornecido e, em uma modalidade, o sistema inclui um conjunto de âncora que tem uma bainha com a primeira e a segunda paredes laterais que são acopladas a uma extremidade distai por um pino de articulação, de modo que a primeira e a segunda paredes laterais sejam configuradas para articular ao redor do pino de articulação em relação uma à outra. Cada parede lateral pode ter uma saliência antinotação nela formada. O sistema pode também incluir uma ferramenta de inserção que tem uma haste alongada com um lúmen interno que se estende através do mesmo entre as extremidades proximal e distai. A extremidade distai pode ter a primeira e a segunda cavilhas estendendo-se distalmente dos lados opostos a ela e configuradas para se estender ao longo dos lados opostos da primeira e da segunda paredes laterais da bainha, de modo que a primeira e a segunda cavilhas sejam engatadas entre a saliência antirrotação em cada parede lateral para evitar a rotação da bainha em relação à primeira e à segunda cavilhas.

[0011] Cada parede lateral pode incluir uma saliência de retenção posicionada de forma proximal à saliência antirrotação e configurada para engatar um expansor posicionado entre a primeira e a segunda paredes laterais do conjunto de âncora. A primeira e a segunda cavilhas podem incluir, cada uma, uma saliência proximal posicionada de forma proximal à saliência de retenção na primeira e na segunda paredes laterais e um saliência distai posicionada de forma proximal à saliência antirrotação na primeira e na segunda paredes laterais da saliência de retenção na primeira e na segunda paredes laterais.

[0012] O sistema pode também incluir um expansor que tem uma configuração cilíndrica genericamente alongada e configurada para ser recebida entre a primeira e a segunda paredes laterais da bainha para fazer com que a primeira e segunda paredes laterais se articulem em torno do pino de articulação e movam-se lateralmente para longe uma da outra.

[0013] Em outros aspectos, uma extremidade proximal de pelo menos uma dentre a primeira e a segunda paredes laterais tenha uma aba estendendo-se radialmente para fora dela. A aba pode ser recebida dentro de uma fenda na extremidade distai da haste alongada da ferramenta de inserção para facilitar o engate entre a bainha e a ferramenta de inserção.

[0014] Em outra modalidade, um sistema de ancoragem é fornecido e inclui uma bainha que tem uma primeira parede lateral com extremidades proximal e distai e uma segunda parede lateral com extremidades proximal e distai. As extremidades distais da primeira e da segunda paredes laterais são acopladas uma à outra por um pino de articulação de modo que a primeira e segunda paredes laterais se articulam em relação uma à outra em torno do pino de articulação. O sis- tema inclui, também, uma haste alongada que tem uma extremidade distai com uma protuberância central que se estende distalmente para a bainha entre a primeira e a segunda paredes laterais. A extremidade distai tem pelo menos uma primeira e uma segunda saliências laterais que se estendem distalmente posicionadas nos lados opostos da protuberância central e se estendem ao longo dos lados externos opostos da primeira e da segunda paredes laterais de modo que a primeira e a segunda protuberâncias laterais que se estendem distalmente impeçam a rotação da primeira e da segunda paredes laterais ao redor do pino de articulação.

[0015] Em uma modalidade, a protuberância central que se estende distalmente se estende a uma distância além da primeira e da segunda saliências laterais que se estendem distalmente. Em outros aspectos, a protuberância central que se estende distalmente e a primeira e a segunda saliências laterais que se estendem distalmente definem uma fenda que se estende radialmente entre elas de forma que acomoda uma extremidade mais proximal da primeira e da segunda paredes laterais. A protuberância central que se estende distalmente pode ter um formato em seção transversal oblonga de modo que a protuberância central que se estende distalmente é impedida de girar dentro da primeira e da segunda paredes laterais.

[0016] A haste alongada pode, também, incluir terceira e quarta protuberâncias laterais estendendo-se distalmente posicionadas nos lados opostos da protuberância central e se estendendo ao longo de lados externos opostos da primeira e da segunda paredes laterais. Em determinados aspectos, as primeira e segunda paredes laterais externas têm, cada uma, uma pluralidade de dentes formados nelas e a primeira e a terceira protuberâncias laterais que se estendem distalmente estão posicionadas em lados opostos de um dente formado em uma superfície externa da primeira parede lateral e a segunda e a quarta protuberâncias laterais que se estendem distalmente estão posicionadas nos lados opostos de um dente formado em uma superfície externa da segunda parede lateral.

[0017] A haste alongada pode, também, incluir um cabo acoplado de forma deslizante a uma extremidade proximal da haste alongada. Em uma modalidade, a haste alongada tem componentes proximais e distais que são rotativamente acoplados um ao outro, e o componente proximal é combinado com um cabo.

[0018] Em ainda outra modalidade, uma ferramenta de inserção de âncora óssea é fornecida e inclui uma haste externa tendo extremidades proximal e distai e um lúmen interno que se estende pelo menos parcialmente através dela. A extremidade distai tem a primeira e a segunda cavilhas que se estende distalmente a partir delas. A ferramenta também inclui uma haste interna que se estende através do lúmen interno da haste externa. Pelo menos uma porção da haste interna pode ser acoplada de forma deslizante não rotacional e livre acoplada à haste externa e a haste interna pode ter uma extremidade distai com uma protuberância central que se estende distalmente e pelo menos a primeira e segunda protuberâncias laterais que se estendem distalmente posicionadas nos lados oposto da protuberância central.

[0019] Em uma modalidade, a haste interna pode incluir um componente distai que é não rotatório em relação à haste externa e um componente proximal que é acoplado de forma giratória ao componente distai. Os componentes proximal e distai da haste interna podem ser fixados por uma conexão de encaixe. A ferramenta pode, também, incluir um cabo acoplado à extremidade proximal da haste externa e acoplado ao componente proximal da haste interna. Em outros aspectos, da haste interna pode incluir terceira e quarta protuberâncias laterais estendendo-se distalmente posicionadas em lados opostos da protuberância central.

[0020] Um sistema de ancoragem de tendão também é fornecido e, em uma modalidade, o sistema inclui um conjunto de âncora que tem uma bainha com a primeira e a segunda paredes laterais que são acopladas a uma extremidade distai por um pino de articulação, de modo que a primeira e a segunda paredes laterais sejam configuradas para articular ao redor do pino de articulação em relação uma à outra. O sistema também inclui uma ferramenta de inserção que tem uma haste externa com um lúmen interno que se estende por ele entre as extremidades proximal e distai do mesmo. A extremidade distai pode ter a primeira e a segunda cavilhas que se estendem distalmente a partir dela. A ferramenta de inserção inclui, também, uma haste interna que se estende através do lúmen interno da haste externa, e tendo uma extremidade distai configurada para engatar a primeira e a segunda paredes laterais da bainha, para impedir o movimento de articulação da primeira e da segunda paredes laterais ao redor do pino de articulação.

[0021] O conjunto de âncora também pode incluir um expansor configurado para ser recebido dentro da bainha para fazer com que a primeira e a segunda paredes laterais se articulem para longe uma da outra. Em uma modalidade, a primeira e a segunda paredes laterais têm, cada uma, pelo menos uma saliência de retenção formada sobre a mesma e configurada para engatar uma extremidade proximal do expansor, quando o expansor é acomodado entre a primeira e a segunda paredes laterais. Em outros aspectos, o expansor pode ter um lúmen interno que se estende através do mesmo com uma barra transversal que se estende através do lúmen interno para o recebimento de uma sutura em torno da mesma.

[0022] As paredes laterais podem ter uma variedade de configurações. A primeira e a segunda paredes laterais podem incluir, cada um, pelo menos, uma saliência antirrotação formada sobre a mesma e con- figurado para engatar pelo menos uma da primeira e da segunda cavilha entre os mesmos para evitar a rotação da bainha em relação à haste externa. Em outros aspectos, a primeira e a segunda cavilhas podem incluir fendas proximais formadas nelas que recebem abas formadas nas extremidades proximais da primeira e da segunda paredes laterais da bainha. As abas podem ser configuradas para deslizar para fora das fendas quando a primeira e a segunda paredes laterais da bainha se movem de forma articulada uma para longe da outra.

[0023] Métodos cirúrgicos também são fornecidos, e em uma modalidade o método pode incluir avançar uma bainha em uma perfuração do osso, e avançar um expansor na bainha, o expansor fazendo com que a primeira e a segunda paredes laterais da bainha se articulem em relação uma à outra ao redor do pino de articulação, acoplando as extremidades distais da primeira e da segunda paredes laterais. Avançar o invólucro pode incluir, por exemplo, a manipulação de uma ferramenta de inserção com a bainha montada em uma extremidade distai do mesmo para avançar a bainha em um orifício do osso. Em um aspecto, a ferramenta de inserção pode ter a primeira e a segunda cavilhas que se estendem entre a primeira e a segunda paredes laterais da bainha, e a primeira e a segunda cavilhas podem incluir saliências antirrotação sobre o mesmo, que evita a rotação da bainha em relação à primeira e à segunda cavilhas durante o avanço da bainha para o orifício do osso. Em um outro aspecto, a ferramenta de inserção pode incluir uma haste externa e uma haste interna. A haste interna pode ter uma protuberância central que se estende de forma distai que se estende para dentro da bainha entre a primeira e a segunda paredes laterais, e pelo menos uma primeira e uma segunda protuberâncias laterais estendendo-se distalmente posicionadas em lados opostos da protuberância central e se estendendo ao longo de lados externos opostos da primeira e da segunda paredes laterais de tal modo que a pri- meira e a segunda saliências laterais que se estendem distalmente evitam a rotação da primeira e da segunda paredes laterais da bainha sobre o pino de articulação.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0024] As modalidades descritas acima serão mais bem compreendidas a partir da descrição detalhada a seguir, tomada em conjunto com os desenhos anexos. Os desenhos não são destinados a serem feitos em escala. Por uma questão de clareza, nem todos os componentes podem estar identificados em cada desenho. Nos desenhos: [0025] A Figura 1 é uma vista em perspectiva lateral de uma modalidade de um sistema de tenodese de bíceps que inclui uma ferramenta de inserção de bainha tendo uma bainha expansível acoplada a ela e uma ferramenta de inserção de expansor que tem um expansor acoplado a ela;

[0026] A Figura 2A é uma vista em perspectiva lateral da bainha da Figura 1;

[0027] A Figura 2B é uma vista em perspectiva lateral explodida da bainha da Figura 2A;

[0028] A Figura 2C é uma vista lateral da bainha da Figura 2A;

[0029] A Figura 2D é uma outra vista lateral da bainha da Figura 2A;

[0030] A Figura 2E é uma vista em perspectiva lateral de uma outra modalidade de uma bainha com um sistema de tenodese de bíceps;

[0031] A Figura 2F é uma vista em perspectiva de ainda outra modalidade de uma bainha para uso com um sistema de tenodese de bíceps;

[0032] A Figura 3A é uma vista em perspectiva lateral do expansor da Figura 1;

[0033] A Figura 3B é uma vista em perspectiva superior do expan- sor da Figura 1;

[0034] A Figura 4A é uma vista em perspectiva de outra modalidade de uma ferramenta de inserção da bainha;

[0035] A Figura 4B é uma vista em perspectiva lateral de uma extremidade distai de uma haste externa da ferramenta de inserção da bainha da Figura 4A;

[0036] A Figura 4C é uma vista lateral da extremidade distai da haste externa da ferramenta de inserção de bainha da Figura 4B acoplada à bainha da Figura 1;

[0037] A Figura 4D é uma vista lateral de uma porção do cabo da ferramenta de inserção da bainha da Figura 4A;

[0038] A Figura 4E é uma vista em perspectiva lateral de uma extremidade distai de uma haste interna da ferramenta de inserção de bainha da Figura 4A;

[0039] A Figura 4F é uma vista em perspectiva lateral da extremidade distai da haste interna da Figura 4E acoplada à bainha da Figura 1;

[0040] A Figura 5A é uma vista lateral parcialmente transparente da ferramenta de inserção de bainha da Figura 4A tendo a bainha da Figura 1 montado nela e tendo o expansor da Figura 1 montado dentro dela;

[0041] A Figura 5B é uma vista lateral parcialmente transparente do conjunto mostrado na Figura 5A, com o expansor sendo avançado para a bainha;

[0042] A Figura 6 é uma vista em perspectiva superior da bainha da Figura 1 apresentando o expansor da Figura 1 completamente disposto no mesmo;

[0043] A Figura 7 é uma vista em perspectiva lateral de uma outra modalidade de uma ferramenta de inserção de bainha e bainha para uso com um sistema de tenodese de bíceps;

[0044] A Figura 8A é uma vista lateral em perspectiva explodida da bainha da Figura 7;

[0045] A Figura 8B é uma vista em perspectiva lateral da bainha da Figura 7;

[0046] A Figura 9A é uma vista lateral em perspectiva explodida da ferramenta de inserção de bainha da Figura 7;

[0047] A Figura 9B é uma vista lateral em perspectiva de uma extremidade distai da ferramenta de inserção de bainha da Figura 7;

[0048] A Figura 9C é uma vista lateral em perspectiva de uma porção do cabo da ferramenta de inserção da bainha da Figura 7;

[0049] A Figura 9D é uma vista em perspectiva de extremidade de uma extremidade distai de uma haste interna da ferramenta de inserção de bainha da Figura 7; e [0050] A Figura 10 é uma vista em perspectiva lateral de uma extremidade distai da ferramenta de inserção de bainha da Figura 7 com a bainha da Figura 7 a ela acoplada.

DESCRIÇÃO DETALHADA

[0051] Certas modalidades exemplificadoras serão agora descritas para propiciar o entendimento geral dos princípios da estrutura, da função, da fabricação e do uso dos dispositivos e métodos aqui divulgados. Um ou mais exemplos dessas modalidades estão ilustrados nos desenhos em anexo. Os versados na técnica entenderão que os dispositivos e os métodos especificamente descritos na presente invenção e ilustrados nos desenhos anexos são modalidades exemplificadoras não limitadoras, e que o escopo da presente invenção é definido somente pelas reivindicações. As características ilustradas ou descritas em relação a uma modalidade exemplificadora podem ser combinadas com as características de outras modalidades. Tais modificações e variações destinam-se a estar incluídas no escopo da presente invenção.

[0052] Ao longo de todo este relatório descritivo, os termos "várias modalidades", "algumas modalidades", "uma (1) modalidade" ou "uma modalidade", ou similares, significam que um recurso, uma estrutura ou característica específicos descritos em conjunto com a modalidade estão incluídos em ao menos uma modalidade. Portanto, a aparição das frases "em várias modalidades", "em algumas modalidades," "em uma (1) modalidade," ou "em uma modalidade", ou similares, em lugares do início ao fim do relatório descritivo não estão necessariamente todas referindo-se à mesma modalidade. Além disso, os recursos, estruturas ou características específicos podem ser combinados de qualquer maneira adequada em uma ou mais modalidades. Portanto, os recursos, estruturas ou características específicos ilustrados ou descritos em conjunto com uma modalidade podem ser combinados, no todo ou em parte, com as estruturas dos recursos ou das características de uma ou mais outras modalidades, sem limitação.

[0053] Será entendido que os termos "proximal" e "distai" podem ser usados em todo o relatório descritivo com referência a um médico manipulando uma extremidade de um instrumento usado para tratar um paciente. O termo "proximal" refere-se à porção do instrumento mais próxima do médico e o termo "distai" refere-se à porção localizada mais afastada do médico. Deve-se considerar ainda que, para exatidão e clareza, termos espaciais como "vertical", "horizontal", "para cima" e "para baixo" podem ser usados na presente invenção com respeito às modalidades ilustradas. Entretanto, instrumentos cirúrgicos podem ser usados em muitas orientações e posições, e não se pretende que esses termos sejam limitadores e absolutos.

[0054] No geral, métodos e dispositivos são fornecidos para ancorar um ligamento ou tendão ao osso. Em uma modalidade exemplifica-dora, os métodos e os dispositivos são usados para realizar uma cirurgia de tenodese do bíceps; entretanto, uma pessoa versada na técnica compreenderá que os dispositivos e os métodos podem ser usados em vários procedimentos e para a ancoragem de qualquer tecido a um osso. Em modalidades exemplificadoras, várias ferramentas de inserção são fornecidas para a aplicação de várias âncoras ósseas incluindo uma bainha expansível e um expansor em um orifício de osso para ancorar um tendão ou outro tecido dentro do orifício do osso. A bainha pode ser ancorada sem a rotação da bainha, o que pode eliminar ou reduzir uma possibilidade de uma torção indesejável do tendão.

[0055] A Figura 1 ilustra uma modalidade de um sistema de teno-dese de bíceps 10 que inclui uma ferramenta de inserção de bainha 100 tendo uma bainha expansível 200 acoplada a ela e uma ferramenta de inserção de expansor 300 que tem um expansor 400 acoplado a ela. A ferramenta de inserção da bainha 100 tem uma haste externa 102, uma haste interna 104 e um cabo 106 acoplados às extremidades proximais das hastes externa e interna 102, 104. A ferramenta de inserção de bainha 100 é configurada para avançar a bainha expansível 200, com um tendão posicionado ao seu redor, para dentro de um orifício do osso e a ferramenta de inserção do expansor 300 é configurada para avançar o expansor 400 através de uma haste externa 102 da ferramenta de inserção de bainha 100 e para direcionar o expansor 400 dentro da bainha 200. O expansor 400 é configurado para ser recebido em um lúmen estendendo-se ao menos parcialmente através da bainha expansível 200, de modo a expandir a bainha 200. Desta forma, o sistema 10 coloca o tendão ou ligamento no orifício do osso e trava a bainha 200 e tendão dentro do orifício do osso. Uma pessoa versada na técnica reconhecerá que cada um dos componentes do sistema 10 podem ter uma variedade de configurações e assim várias bainhas expansíveis, expansores, ferramentas de inserção da bainha e as ferramentas de inserção do expansor são divulgados aqui, cada um dos quais pode ser usado de forma intercambiável com qualquer dos outros componentes aqui divulgados.

[0056] As Figuras 2A a 2D ilustram a bainha 200 da Figura 1 em mais detalhes. Em geral, a bainha é configurada para assentar um tendão ao seu redor e para receber o parafuso expansor 400 ali, o qual é capaz de fazer com que a bainha expanda para dentro do osso para ancorar o tendão dentro de um orifício do osso. A bainha pode ser formada a partir de qualquer material biocompatível e, em algumas modalidades, pode ser bioabsorvível. O formato e a configuração da bainha podem variar. A título de exemplo, a bainha 200 pode ser configurada conforme descrito pelo menos no pedido de patente US n° de série 14/610.602, intitulado "Biceps Tenodesis Implants and Delivery Tools", depositado em 30 de janeiro de 2015 e no pedido de patente US n°de série 14/693.276, intitulado "Biceps Repair Device", aqui incorporados para a título de referência em sua totalidade.

[0057] Em geral, a bainha 200 tem um formato substancial mente retangular alongado, com um comprimento se estendendo entre uma extremidade proximal 200p e uma extremidade distai 200d que é maior que uma largura que se estende entre os lados opostos. A bainha 200 é configurada para se mover de uma posição retraída para uma posição expandida na qual a bainha tem uma configuração mais cilíndrica para adaptar-se ao formato cilíndrico de um orifício do osso. Nesta modalidade, a bainha 200 é uma bainha dividida, com uma primeira e uma segunda paredes laterais 202, 204 distintas e separadas, que são conectadas à extremidade distai 200d. Cada parede lateral 202, 204 pode ter uma forma substancialmente retangular com uma superfície de engate de osso externa e uma superfície interna configurada para combinar com o expansor 400. As paredes laterais 202, 204 podem definir um lúmen interno 206 entre as mesmas, bem como fendas 200a, 200b estendendo-se ao longo de lados opostos das mesmas, adjacentes às bordas de cada parede lateral 202, 204.

[0058] Na modalidade ilustrada, a superfície externa de cada parede lateral 202, 204 tem um formato substancialmente convexo, com uma pluralidade de recursos de superfície de engate ao osso formada sobre a mesma. Embora os recursos de superfície possam ter uma variedade de formatos e tamanhos, na modalidade ilustrada, os recursos de superfície estão na forma de nervuras ou dentes 208 que são alinhados em colunas entre as extremidades proximal e distai 200p, 200d. bem como em fileiras entre os lados opostos. Em particular, as paredes laterais ilustradas 202, 204 têm, cada uma, três colunas de dentes dispostas em cinco fileiras. Uma pessoa versada na técnica irá compreender que cada parede lateral 202, 204 pode incluir qualquer número de fileiras e colunas dos dentes, como duas ou mais colunas e qualquer número de fileiras que pode variar com base no comprimento da parede lateral. Embora cada fileira possa incluir uma única nervura alongada, fornecer múltiplas nervuras em uma única fileira (e, dessa forma, fornecer múltiplas colunas) pode aumentar a flexibilidade da parede lateral 202, 204, permitindo que cada parede lateral deforme mais prontamente contra uma superfície interna de um orifício do osso. Além disso, o um ou mais vãos mais longitudinais formados entre cada coluna pode ajudar a evitar danos ao tendão. O espaço entre as colunas pode fornecer uma área para o tendão até se deformar, impedindo assim que o tendão seja totalmente comprimido pelas nervuras.

[0059] Cada dente pode ter uma variedade de configurações. Na modalidade ilustrada, cada dente é geralmente retangular com quatro lados e uma superfície de topo que é substancialmente plana. Os dentes 208 podem ter substancialmente a mesma altura, de modo que todas as superfícies superiores estão no mesmo plano. Entretanto, em uma modalidade, um ou mais dos dentes mais proximais pode diferir do restante dos dentes. Por exemplo, o dente central mais proximal 208c pode ter uma altura que é maior que a altura do restante dos dentes. Essa configuração pode facilitar o engate com o orifício do osso para evitar que a bainha saia. Essa configuração pode também ajudar a evitar que o implante seja adicionalmente empurrado, intraope-ração ou pós-operação para dentro do orifício do osso, especialmente onde há um mínimo de osso esponjoso. Um ou mais dos dentes mais próximos da extremidade proximal pode também incluir cristas formadas na superfície superior do mesmo para facilitar o engate com o osso. Por exemplo, cada dente na fileira superior de dentes, incluindo o dente central 208c, é mostrado com três cristas formadas nele. Uma pessoa versada na técnica irá compreender que os dentes podem ter uma variedade de configurações e que, em outras modalidades, as paredes laterais 202, 204 podem ter roscas ou quaisquer outros recursos de superfície de engate do osso formados sobre as mesmas.

[0060] A superfície interna de cada parede lateral 202, 204 pode, também, ter uma variedade de configurações, mas é, de preferência, configurada para receber o expansor 400. Na modalidade ilustrada, a superfície interna de cada parede lateral 202, 204 tem uma configuração substancialmente côncava 210 nela formada para encaixe com as roscas correspondentes formadas no expansor 400. Desta forma, quando o expansor 400 é rosqueado na bainha 200, o expansor 400 irá engatar as roscas 210 na bainha 200, para impedir que o expansor 400 saia da bainha 200.

[0061] Conforme indicado acima, a primeira e a segunda paredes laterais 202, 204 são conectadas nas suas extremidades distais. Na modalidade ilustrada, as paredes laterais 202, 204 são conectadas por uma articulação, de modo que as paredes laterais 202, 204 sejam móveis de forma articulada em relação uma à outra. Como resultado, as paredes laterais 202, 204 podem ser movidas para longe uma da outra na extremidade proximal 200p da bainha 200 quando o expansor 400 é recebido na mesma. A conexão articulada em uma extremidade dis- tal 200d da bainha 200 pode ser alcançada usando uma variedade de técnicas. Conforme mostrado na Figura 2B, a extremidade distai de cada parede lateral 202, 204 tem um orifício 202bg, 204b formado nela e se estende através da parede lateral 202, 204. A extremidade distai de cada parede lateral 202, 204 também inclui vãos ou regiões de corte 202c, 204c formada nela e compensada a partir de outra parede lateral 202, 204 de modo que cada parede lateral 202, 204 tem duas protuberâncias cilíndricas 212a, 212b, 214a, 214b, cada uma tendo um orifício formado através delas. As duas protuberâncias cilíndricas 212a, 212b em uma parede lateral 202 são recebidas entre as duas protuberâncias cilíndricas 214a, 214b na outra parede lateral 204, de modo a alinhar todos os orifícios 202b, 204b e formar um único orifício, conforme mostrado na Figura 2D para receber um pino de articulação único 220 através do mesmo.

[0062] O pino de articulação 220, também mostrado na Figura 2B, está sob a forma de um membro cilíndrico geralmente alongado tendo uma cabeça 222 em uma extremidade e braços de mola opostos 226a, 226b na extremidade oposta. Os braços de mola 226a, 226b são formados por um recorte 224 que se estende parcialmente para dentro da extremidade do pino de articulação 220. Cada braço de mola 226a, 226b inclui um flange 228a, 228b formado ao redor de uma superfície externa do mesmo. Em uso, o pino de articulação 220 pode passar através do orifício 202b, 204b formado na protuberância na extremidade distai das paredes laterais 202, 204. Os braços de mola 226a, 226b flexionarão para dentro enquanto passam através do orifício e, assim que o flange 228a, 228b em cada braço com mola 226a, 226b sai do lado oposto do orifício, os braços com mola 226a, 226b flexionarão para fora voltando à sua posição de descanso em que o flange 228a, 228b em cada braço de mola 226a, 226b engatará na superfície da extremidade da protuberância 212a na parede lateral 202 (ou protube- rância 214b na parede lateral 204) de forma a evitar a remoção do pino de articulação 220 das paredes laterais 202, 204. O pino de articulação 220 é, então, fixado dentro do orifício e não é removível. As paredes laterais 202, 204 estão livres para articular ao redor do pino de articulação 220.

[0063] A bainha 200 pode também incluir outros recursos formados sobre ou dentro da mesma para facilitar o engate com o osso, com o expansor 400 ou com as várias ferramentas usadas com ele. Por exemplo, em uma modalidade, as paredes laterais podem incluir, cada uma, uma ou mais abas que se estendem para fora a partir de lados opostos das mesmas para engatar as cavilhas na ferramenta de inserção entre elas e, dessa forma, evitar a rotação da bainha em relação à ferramenta, que será discutida com mais detalhes abaixo. Conforme mostrado na Figura 2C, cada parede lateral 202, 204 da bainha 200 inclui abas superiores ou proximais esquerdas e direitas 216a, 216b, 216c, 216d (apenas as abas 216a, 216b são mostradas na Figura 2C) que se estendem radial mente para fora a partir dos lados opostos de uma extremidade proximal 200p da bainha 200, bem como as abas inferiores ou distai esquerda e direita 218a, 218b, 218c, 218d (apenas as abas 218a, 218b são mostradas na Figura 2C) que se estendem radialmente para fora a partir dos lados opostos de uma porção média ou distai de cada parede lateral 202, 204. Cada uma das abas ilustradas tem uma configuração substancialmente retangular, entretanto as abas podem ter uma variedade de formatos e tamanhos.

[0064] As abas superiores ou proximais 216a, 216b, 216c, 216d e as abas inferiores ou distais 218a, 218b, 218c, 218d podem funcionar como abas antirrotação. Por exemplo, as cavilhas do instrumento de inserção 100 (discutidas abaixo) podem se estender entre as abas da parede lateral 202 e as abas na parede lateral 204, de modo que as abas engatem as cavilhas entre si. Como resultado, toda a bainha 200 é impedida de girar em torno de um eixo que se estende entre as paredes laterais 202, 204 e perpendicular ao eixo longitudinal da bainha.

[0065] As abas superiores 216a, 216b, 216c, 216d e as abas inferiores 218a, 218b, 218c, 218d também podem manter a posição da bainha 200 na extremidade distai da ferramenta de inserção da bainha 100. Conforme será discutido em mais detalhes abaixo, uma vez que um recurso nas cavilhas se estende entre as abas superior e inferior 216a a d, 218a a d na bainha 200, a posição da bainha 200 em relação às cavilhas na ferramenta de inserção da bainha 100 é fixada.

[0066] As abas superiores 216a, 216b, 216c, 216d também podem ser usadas para avançar a bainha em um orifício do osso ou para manter a bainha no interior do orifício do osso durante a inserção do expansor na bainha. Por exemplo, com tendões particularmente espessos, o tendão pode aplicar uma força proximal à bainha. Pode ser desejável aplicar uma força distai à ferramenta, que, por sua vez, age sobre as abas superiores, para manter a bainha no lugar ou para avançar a bainha para dentro do orifício do osso.

[0067] Como melhor ilustrado nas Figuras 2B e 2D, cada parede lateral 202, 204 também pode incluir uma saliência de retenção 219a, 219b formada em pelo menos um lado da extremidade proximal da mesma. Cada saliência de retenção 219a, 219b pode estar na forma de uma protuberância que se estende circunferencialmente da extremidade terminal da parede lateral 202, 204 de modo que a protuberância forma uma extensão da rosca mais proximal em cada parede lateral 202, 204. Cada saliência de retenção 219a, 219b se estenderá, dessa forma, parcialmente ao redor do expansor 400 para engatar de circunferencialmente o expansor para manter contato com o expansor assim que a bainha 200 e o expansor 400 são implantados. Tal configuração pode reduzir o risco deslocamento do expansor no pós-operatório. Conforme mostrado nas Figuras 2B e 2C, de modo a aco- modar a saliência de retenção (apenas 219b é mostrada), um dos dentes laterais na fileira mais proximal de dentes pode incluir um entalhe ou recorte 208s formado no mesmo para permitir que a saliência de retenção se estenda através do mesmo.

[0068] Uma pessoa versada na técnica irá compreender que a bainha 200 pode adicional ou alternativamente incluir quaisquer outros recursos adequados. Por exemplo, a bainha 200 pode incluir abas an-tirruptura ou abas que restringem a profundidade, discutidas em mais detalhes no pedido de patente US n°de série 14/610.602.

[0069] A título de exemplo não limitador, a Figura 2E ilustra a bainha 200', que é similar à bainha 200, mas que inclui abas que restringem a profundidade 221a', 221b' formadas sobre a mesma, adjacentes às saliências de retenção 219a', 219b'. As abas de retenção de profundidade 221a', 221b' se estendem para fora a partir da bainha nos lados opostos do mesmo, de modo que se estendem além da maior largura de cada parede lateral da bainha. Como resultado, quando a bainha é inserida em um orifício do osso tendo substancial mente o mesmo diâmetro que a bainha, as abas que restringem a profundidade 221a1, 221b' estarão em posição limítrofe contra uma superfície proximal do osso de modo a evitar a inserção adicional da bainha no orifício do osso. Tal configuração pode ser particularmente vantajosa para certos tipos de osso, em que se deseja evitar que a bainha caia dentro do orifício do osso. Por exemplo, o uso de uma bainha que tem abas que restringem a profundidade 221a', 221b' pode ser particularmente vantajosa em locais subpeitorais uma vez que a visibilidade pode ser particularmente difícil.

[0070] A Figura 2F ilustra outra modalidade de uma bainha 200" que também é similar à bainha 200, mas que inclui uma aba que recebe a sutura 203" formada na mesma. Conforme mostrado, a aba 203" está sob a forma de um elemento em u que se estende através de uma das paredes laterais, por exemplo, parede lateral 202", e que está localizado ao longo de uma porção média da parede lateral 202" adjacente a uma extremidade distai 200d" da parede lateral 202". Apesar de somente a aba 203" ser mostrada em uma das paredes laterais 202", uma pessoa versada na técnica compreenderá que a outra parede lateral, por exemplo, a parede lateral 204", pode ou não ter uma aba que recebe a sutura 203" fornada nela. Como resultado da orientação da aba 203", a abertura 205" da aba se estenderá em uma direção proximal-distal de modo a permitir que uma sutura acoplada a um tendão localizado distalmente da bainha 200" a ser avançada através da aba 203" a partir da extremidade distai em direção à extremidade proximal. As extremidades finais da sutura que se estendem proxi-malmente da aba 203" podem ser usadas para tensionar o tendão e puxá-lo em direção à bainha 200". As extremidades finais da sutura também podem ser enroladas em torno de uma porção da ferramenta de inserção da bainha, conforme discutido abaixo, para manter a bainha 200" na extremidade distai da ferramenta de inserção. Uma pessoa versada na técnica irá compreender que as abas que recebem a sutura 203" podem ter uma variedade de formatos e tamanhos e que vários outros recursos que recebem sutura podem ser formados na bainha em várias localizações.

[0071] Conforme indicado acima, a bainha 200 é configurada para receber um expansor que é eficaz para expandir a bainha 200 para ancorar a bainha 200 e o tendão acoplado a ela dentro de um orifício de osso. Conforme mostrado nas Figuras 3A e 3B, em uma modalidade, o expansor 400 está sob a forma de um elemento rosqueado ou parafuso tendo um formato em geral cilíndrico que se afunila distalmente para dentro para um diâmetro reduzido ao longo de pelo menos uma porção distai do seu comprimento. Preferivelmente, o afunilamen-to é menor ao longo da maior parte do comprimento, de modo que o expansor 400 torna lenta a expansão da bainha à medida que é inserido nela. O expansor 400 tem uma rosca 402 formada na superfície externa do mesmo e estendendo-se ao longo de todo o comprimento do expansor 400 para facilitar o engate com a bainha 200.

[0072] O expansor 400 pode ser totalmente canulado, de modo que tenha um orifício ou lúmen interno 404 nele. O lúmen interno 404 ou ao menos uma porção proximal do mesmo, pode ter formato e tamanho correspondentes ao formato e tamanho de um recurso de acionamento configurado para ser recebido dentro do lúmen interno 404 de forma a girar o expansor 400. Na modalidade ilustrada, o lúmen interno 404 está sob a forma de um soquete de acionamento hexagonal configurado para receber uma porção distai hexagonal da ferramenta de inserção do expansor discutido abaixo. A porção distai hexagonal da ferramenta de inserção do expansor pode ser inserida no lúmen interno 404 para estender-se ao longo de uma porção substancial do comprimento total do lúmen 404. Uma pessoa versada na técnica compreenderá, entretanto, que outras configurações de lúmen interno 404 podem ser usadas.

[0073] Conforme adicionalmente mostrado nas Figuras 3A e 3B, o expansor 400 pode ter uma superfície voltada proximalmente plana 406 e uma superfície voltada distalmente plana 408. A superfície proximal 406 e a superfície distai 408, porém, podem ter vários formatos, e o formato pode ser configurado para conformar-se à superfície da bainha e/ou do osso. Um comprimento do expansor 400 pode ser menor que, igual a ou maior que o comprimento da bainha 200.

[0074] O expansor 400 pode também incluir recursos para permitir o recebimento de uma sutura. Por exemplo, conforme mostrado na Figura 3B, o expansor 400 inclui uma barra receptora de sutura ou coluna 410 que se estende através dele para receber uma sutura ao seu redor. A coluna pode estar situada em qualquer lugar ao longo do comprimento do expansor 400 entre as extremidades proximal e distai da mesma e que pode se estender em qualquer ângulo. Na modalidade ilustrada, a coluna 410 se estende substancialmente perpendicular a um eixo longitudinal do expansor 400.

[0075] Uma pessoa versada na técnica entenderá que o expansor pode ter uma variedade de outras configurações, e o expansor pode ser configurado para ser inserido na bainha de modo não giratório, inserido na bainha de modo giratório, ou ser inserido na bainha de modo parcialmente não giratório e parcialmente giratório. Por exemplo, o expansor pode incluir uma porção proximal tendo roscas formadas nele e uma porção distai que não é rosqueada e é isenta de recursos de superfície. Em uso, a porção distai não rosqueada do expansor pode ser avançada de modo não giratório para dentro da bainha. Uma vez que a porção distai esteja completamente disposta no interior da bainha, o expansor pode, então, ser girado para rosquear a porção proximal na bainha. A bainha pode incluir roscas correspondentes ao longo de toda uma superfície interna da mesma ou ao longo de uma porção proximal da superfície interna da mesma, para encaixar com as roscas no expansor.

[0076] Conforme indicado acima, a bainha 200 pode ser fornecida em um orifício do osso com o uso da ferramenta de inserção da bainha 100. A ferramenta de inserção de bainha 100 é mostrada em mais detalhes na Figura 4A e, conforme mostrado, em geral, a ferramenta inclui uma haste externa canulada 102, uma haste interna 104 que se estende através da haste externa 102 e um cabo canulado 106 que é encaixado à haste externa e interna 102, 104. A haste externa 102 tem uma extremidade proximal 102p que encaixa-se de maneira fixa ao cabo 106 e uma extremidade distai 102d que tem uma primeira e uma segunda cavilhas 108a, 108b que se estendem distalmente a partir dela. Na modalidade ilustrada, a extremidade proximal 102p inclui ros- cas 110 formadas sobre a mesma que engatam-se às roscas correspondentes 106t (mostradas na Figura 4D) formadas dentro do cabo 106 para encaixar de forma fixa a haste externa 102 ao cabo 106. Várias outras técnicas de encaixe podem ser usadas, como um encaixe por pressão ou outro entrelaçamento mecânico. A haste interna 104 também tem uma extremidade proximal 104p que se encaixa de maneira fixa ao cabo 106, mas que gira livremente em relação ao cabo 106 para permitir que o cabo 106 gire e se engate por meio de roscas a haste externa 102.

[0077] O cabo pode ter uma variedade de configurações, mas na modalidade ilustrada ele tem um formato cilíndrico em geral alongado com um lúmen interno que se estende através do mesmo. Uma extremidade proximal do cabo pode ser geralmente plana para permitir que um martelo seja aplicado à mesma para avançar a âncora acoplada à ferramenta em um orifício do osso. A superfície externa do cabo pode ter qualquer formato e tamanho, de modo a facilitar o ato de segurar. Conforme indicado acima, um lúmen interno do cabo pode ser configurado para receber as extremidades proximais das hastes externa e interna 102, 104. A configuração do lúmen interno será discutida em detalhes abaixo.

[0078] O cabo pode incluir recursos para encaixar de uma sutura ao cabo 106. Na modalidade ilustrada, o cabo inclui asas opostas 106a, 106b que tem um canal que recebe suturas 106s formados ao seu redor (mostrado na Figura 4D) para receber uma sutura acoplada ao implante. Dessa forma, quando um implante está sendo inserido através do tecido e no orifício do osso, as extremidades finais da sutura acopladas ao implante podem ser tensionadas e enroladas ao redor de uma das asas 106a, 106b. Em outra modalidade, um ou mais elementos de recebimento de sutura pode estar posicionado na haste externa e não no cabo. Tal configuração permite que o cabo e a haste interna sejam removidos, deixando a haste externa com a sutura e a bainha à ela acoplados.

[0079] Com referência novamente à Figura 4A, a haste externa 102 pode ter uma variedade de configurações. A extremidade proximal ilustrada 102p da haste externa 102 é mostrada com uma superfície estriada ou outra superfície com textura 112 para facilitar a apreensão da mesma. A Figura 4A também ilustra uma janela 114 formada em uma parede lateral da haste externa 102 para permitir a visualização da haste interna 104 disposto nela. A janela 114 pode ser formada em qualquer localização ao longo do comprimento da haste externa 102, e a haste externa 102 pode incluir qualquer número de janelas nela formadas. Conforme indicado acima, a extremidade proximal 102p da haste externa 102 inclui roscas 110 formadas em uma superfície externa da mesma para engatar as roscas correspondentes 106t formadas em uma porção distai do lúmen interno que se estende através do cabo 106, conforme mostrado na Figura 4D. O engate rosqueado permite que o cabo 106, com a haste interna 104 acoplada a ele, seja avançado distalmente durante o engate rosqueado com a haste externa 102, avançando, assim, uma extremidade distai da haste interna 104 no engate com a bainha, conforme será discutido em mais detalhes abaixo. O rosqueamento do cabo 106 na haste externa 102 também alinhará a extremidade distai da haste interna 104 com a bainha 200 e a haste externa 102, conforme também será discutido em mais detalhes abaixo.

[0080] A extremidade distai 102d da haste externa 102 é mostrada em mais detalhes na Figura 4B e, como mostrado, a extremidade distai 102d afunila para dentro na direção distai e tem recortes em formato de U opostos 103a, 103b formados nela de modo que a extremidade distai 102d inclui o primeiro e o segundo braços opostos ou cavilhas 108a, 108b que se estendem distalmente a partir dela e configu- rados para estenderem-se ao longo de fendas opostas na bainha 200.

[0081] Enquanto as cavilhas 108a, 108b podem ter uma variedade de configurações e recursos, na modalidade ilustrada cada cavilha 108a, 108b está sob a forma de pino ou bastonete alongado que é integralmente formado com a haste externa 102 ou preso de modo fixá-vel à haste externa 102. Cada cavilha 108a, 108b é mostrada tendo uma porção proximal com uma largura que se afunila para dentro e se alargue para fora para formar um par de saliências proximais 114a, 114b, 114c, 114d. Cada cavilha 108a, 108b também tem uma porção distai que tem um formato genericamente alongado com uma seção transversal substancialmente quadrada ou retangular e um diâmetro substancialmente constante, com uma ponta distai arredondada ou afunilada. As saliências proximais 114a, 114b, 114c, 114d nas cavilhas 118a, 118b podem fica em contiguidade com as abas proximais ou superiores 216a, 216b, 216c, 216d na bainha 200 para evitar o movimento proximal da bainha quando encaixada à ferramenta de inserção da bainha 100. Um par de saliências distais 116a, 116b, 116c, 116d é formado em um local distai das saliências proximais 114a, 114b, 114c, 114d em torno de uma porção mediana de cada cavilha 118a, 118b. Cada uma das saliências 116a, 116b, 116c, 116d está sob a forma de uma protuberância que se estende para fora a partir dos lados opostos da cavilha 108a, 108b.

[0082] Quando a bainha 200 é encaixada na ferramenta de inserção de bainha 100, conforme mostrado na Figura 4C, as abas superior e central 216a, 218a na primeira parede lateral 202 e as abas superior e central 216c, 218c da segunda parede lateral 204 engatarão a segunda cavilha 108b entre elas e, apesar de as abas superior e central 216b, 218b não serem mostradas na primeira parede lateral 202 e as abas superior e central 216d, 218d na segunda parede lateral 204 engatarão a primeira cavilha 108a entre elas. Devido à configuração ge- nericamente retangular alongada das abas e das cavilhas sendo engatadas entre elas, a bainha 200 é impedida de girar como uma unidade em relação à ferramenta de inserção da bainha 100.

[0083] Conforme adicional mente mostrado na Figura 4C, a aba superior 216a da primeira parede lateral 202 será montada entre a saliência proximal 114c e a saliência distai 116c na segunda cavilha 108b e a aba superior 216c na segunda parede lateral 204 será montada entre a saliência proximal 114d e a saliência distai 116d na segunda cavilha 108b. Embora não mostrado, na aba superior 216b na primeira parede lateral 202 será montado entre a saliência proximal 114a e a saliência distai 116a na primeira cavilha 108a e uma aba superior 216d na segunda parede lateral 204 será montada entre a saliência proximal 114b e saliência distai 116b na primeira cavilha 108a. Como um resultado, a bainha 200 é impedida de se mover de modo proximal em relação às cavidades 108a, 108b.

[0084] Conforme adicionalmente mostrado na Figura 4C, quando a bainha 200 é encaixada à ferramenta de inserção da bainha 100, as cavilhas 108a, 108b se estenderão por uma distância além da extremidade distai da bainha 200. Tal configuração permite que o tendão seja enrolado em torno da extremidade distai da bainha 200 e recebido entre as cavilhas 108a, 108b e permite que as cavilhas 108a, 108b para guiar a bainha 200 em um orifício do osso.

[0085] Com referência novamente à Figura 4A, a haste interna 104 da ferramenta de inserção da bainha 100 pode também ter uma variedade de configurações, mas está geralmente sob a forma de uma haste alongada tendo uma extremidade proximal 104p que é encaixada ao cabo 106 e uma extremidade distai 104d que se encaixa à bainha 200. A extremidade proximal 104p pode encaixar-se ao cabo 106 usando uma variedade de técnicas, mas em uma modalidade exemplificadora, a extremidade proximal 104p é encaixada de forma fixa, porém com rotação livre, ao cabo 106. Na modalidade ilustrada, a extremidade proximal 104p da haste interna 104 inclui uma fenda formada nela que define dois braços ou dedos 105a, 105b defletíveis. Cada braço ou dedo 105a, 105b tem um flange 107a, 107b sobre a extremidade mais proximal do mesmo. O cabo 106 é configurado para encaixar-se à extremidade proximal 104p da haste interna 104 com o uso de uma disposição de encaixe por pressão. Conforme mostrado na Figura 4D, o lúmen interno que se estende através do cabo 106 tem uma porção situada proximalmente às roscas 106t que inclui uma seção proximal 120p com um diâmetro grande e uma seção média 120d com um diâmetro reduzido, de modo que a etapa 122 seja formada entre eles. O diâmetro da seção média 120d é configurado para receber a haste interna 104 e fazer com que os dedos 105a, 105b na extremidade proximal da haste interna 104 flexionem para dentro quando passa através dela. Uma vez que os flanges 107a, 107b se estendem de maneira proximal além da etapa 122, os dedos 105a, 105b podem se flexionar para fora, para sua posição de descanso, na qual os flanges 107a, 107b engatarão a etapa 122 para impedir a remoção da haste interna 104 do cabo 106. A etapa 122 também irá evitar o movimento distai da haste interna 104 em relação ao cabo 106. O cabo 106 permanecerá livre para girar em relação à haste interna 104, permitindo assim que o cabo 106 seja rosqueado à haste externa 102 com a haste interna 104 acoplada ao mesmo.

[0086] A haste interna 104 também pode incluir recursos de alinhamento formados nela para alinhar a haste interna com a haste externa 102, desse modo alinhando a extremidade distai 104d da haste interna 104 com a bainha 200 acoplada à haste externa 102. Conforme mostrado na Figura 4A, a haste interna 104 inclui protuberâncias alongadas opostas (somente uma protuberância 109 é mostrada) formadas em lados opostos de uma extremidade proximal da mesma. A haste externa 102 inclui recortes ou fendas correspondentes (apenas uma fenda 111 é mostrada) formados em lados opostos da mesma para receber de forma deslizante as protuberâncias 109 nela.

[0087] A extremidade distai da haste interna 104 é mostrada em mais detalhes na Figura 4E e, como mostrado, a extremidade distai tem uma porção de diâmetro reduzido 124 e uma porção de diâmetro aumentada na forma de um flange radial 126 que tem um formato circular. O diâmetro do flange 126 pode ser substancialmente o mesmo do diâmetro da bainha 200, e o flange 126 pode ter uma superfície de extremidade plana voltada distalmente que fica em contiguidade contra a extremidade proximal da bainha 200. A superfície de extremidade pode incluir uma ou mais protuberâncias formadas na mesma para encaixar com a bainha. Conforme mostrado na Figura 3E, a superfície de extremidade inclui uma protuberância central 128 que é configurada para ser recebida entre as paredes laterais da bainha 200. A protuberância central 128 pode, portanto, ter um tamanho e um formato que corresponde geralmente ao tamanho e formato do lúmen interno da bainha 200. Na modalidade ilustrada, a protuberância central 128 tem uma forma de seção transversal geralmente oblonga. A geometria não-circular pode ser vantajosa uma vez que irá evitar a rotação da haste interna 104 em relação à bainha 200.

[0088] A superfície de extremidade da haste interna 104 pode também incluir uma ou mais protuberâncias formadas adjacentes a um perímetro externo da mesma e configurada para se estender ao longo de uma superfície externa de cada parede lateral da bainha. Conforme mostrado na Figura 3E, a superfície de extremidade inclui quatro protuberâncias 130a a d formadas na mesma, com duas protuberâncias 130a, 130b sendo posicionadas em um primeiro lado de modo a se estender ao longo de uma superfície externa da primeira parede lateral 202 da bainha 200, e as outras duas protuberâncias 130c, 130d sendo posicionadas em um segundo lado oposto que se estende ao longo de uma superfície externa da segunda parede lateral 204 da bainha 200. As quatro protuberâncias 130a a 130d têm um comprimento e um diâmetro que são significativamente menores que o comprimento da protuberância central 128, uma vez que a protuberância central se destina a ocupar uma porção substancial do lúmen interno da bainha 200. As quatro protuberâncias 130a a d podem também variar em formato, mas em uma modalidade exemplificadora cada protuberância tem formato transversal genericamente retangular ou quadrado e está configurada para estender-se entre os dentes na fileira mais proximal dos dentes nas paredes laterais da bainha 200. Em particular, conforme mostrado na Figura 4F, duas das protuberâncias 130a, 130b localizadas em um lado da haste interna 104 se estenderão entre o dente central mais proximal 208c e um dente externo 208. Tal posicionamento das protuberâncias 130a, 130b entre os dentes pode, ainda, ajudar a impedir a rotação da haste interna 104 em relação à bainha 200.

[0089] Referindo-se novamente à Figura 1, quando o sistema 10 é montado, a bainha 200 é posicionada na extremidade distai 102d da haste externa 102 de modo que a primeira e a segunda cavilhas 108a, 108b se estendem ao longo das fendas alongadas 200a, 200b na bainha 200 e se estendem além da extremidade distai 200d da bainha 200. A protuberância central 128 na haste interna 104 irá se estender para dentro do lúmen central da bainha 200 e as protuberâncias externas 130a a d na haste interna 104 se estenderão ao redor das paredes laterais externas da bainha 200. As abas superior e inferior 216a a 216d, 218a a 218d na bainha 200 engatarão as cavilhas 108a, 108b de modo a evitar a rotação da bainha 200 ao redor de um eixo que se estende lateralmente através de uma porção média da bainha 200. As abas superiores 216a a d na bainha 200 serão engatadas entre as saliências proximal e distai 116a a 116d nas cavilhas 108a, 108b.

[0090] Ainda com referência à Figura 1, conforme indicado acima o sistema também pode incluir uma ferramenta de inserção de expan-sor 300 para a inserção do expansor 400 através da ferramenta de inserção da bainha 100 e na bainha 200. Em uma modalidade exemplifi-cadora, conforme mostrado na Figura 1, a ferramenta de inserção do expansor 300 está sob a forma de uma chave de fenda tendo uma ponta de condução configurada para estender-se no expansor 400. Em particular, a ferramenta de inserção do expansor 300 tem um cabo 302 e uma haste alongada 304 que se estende distalmente a partir do cabo 302. A extremidade distai da haste alongada 304 inclui uma ponta de condução 306 formada nela para engatar o lúmen 404 no expansor 400. Na modalidade ilustrada, a ponta de condução 306 tem uma configuração hexagonal para se estender para dentro de uma chave de soquete hexagonal correspondente (mostrada na Figura 3B) formada no expansor 400 para permitir, assim, que a ferramenta de inserção do expansor 300 gire o expansor 400. Entretanto, uma pessoa versada na técnica compreenderá que a ponta de condução 306 pode ter qualquer outra configuração, de modo a encaixar-se no interior do lúmen interno do expansor 400 e engata-se de modo giratório ao expansor 400.

[0091] Quando montada, a ferramenta de inserção do expansor 300 se estende através da haste externa 102 da ferramenta de inserção da bainha 100 (com a haste interna 104 sendo removida). A ferramenta de inserção do expansor 300 pode girar livremente em relação à haste externa 102 de forma a rosquear-se ao expansor 400 na bainha 200. As Figuras 5A e 5B ilustram a ferramenta de inserção do expansor 300 posicionada dentro da haste externa 102 da ferramenta de inserção da bainha 100 e para avançar o expansor 400 na bainha 200. Quando o expansor 400 é introduzido na bainha 200, a saliência de retenção (somente uma saliência 219a é mostrada) se engatará às roscas no expansor 400. Tal configuração pode reduzir a probabilidade de desengate intra ou pós-operação entre a bainha e o expansor. Uma vez que o diâmetro do expansor 400 é maior que um diâmetro interno da bainha 200 na posição retraída, o expansor 400 irá fazer com que as paredes laterais 202, 204 da bainha 200 se articulem em torno do pino de articulação e assim se expandir para fora, para dentro do osso. O conjunto, assim, engatará o osso dessa forma ancorando o tendão dentro do orifício do osso. A Figura 6 ilustra uma vista de extremidade proximal da bainha e o expansor na configuração totalmente implantada.

[0092] As Figuras 7 a 10 ilustram outra modalidade de um sistema de tenodese de bíceps 20 que inclui uma ferramenta de inserção de bainha 500 tendo uma bainha expansível 600 acoplado a ela. O sistema 20 pode ser usado com a ferramenta de inserção do expansor descrita acima e, dessa forma, esses componentes não são discutidos em relação a essa modalidade. Nesta modalidade, a bainha 600 tem duas metades separadas e distintas que não são encaixadas, mas que têm barras transversais que são mantidas juntas pela ferramenta de inserção da bainha 500 e que recebem um tendão ao seu redor. A ferramenta de inserção da bainha 500 pode incluir vários recursos para encaixar e interagir com a bainha.

[0093] A bainha 600 é mostrada em mais detalhes nas Figuras 8A a 8B e, conforme mostrado, a bainha 600 tem uma primeira e uma segunda paredes laterais 602, 604 que são configuradas para acoplarem-se, mas não se encaixam mecanicamente, uma à outra. Cada parede lateral 602, 604 tem um formato substancialmente hemicilíndrico com uma superfície côncava interna 602i, 604i configurada para montar o expansor e uma superfície convexa externa com recursos de superfície para engatar o osso formado nela para engatar o osso dentro do orifício do osso. Os recursos da superfície de engate ao osso po- dem ter a mesma configuração como discutido acima com relação à bainha 200 ou podem ter outras configurações. Conforme é mais bem mostrado na Figura 8B, nesta modalidade, cada parede lateral 602, 604 tem três colunas de dentes espaçadas longitudinal mente ao longo da parede lateral entre as extremidades proximal e distai, a saber uma coluna central de dentes 608c, e colunas de dentes dos lados direito e esquerdo 6081, 608r. Cada dente é de formato genericamente retangular, entretanto uma parede lateral voltada para o lado distai 608d de cada dente pode ser disposta em ângulo na direção da extremidade proximal 600p para facilitar a inserção no orifício do osso, e para impedir o movimento proximal da bainha 600 já implantado no orifício do osso.

[0094] Conforme indicado acima, a extremidade distai 600d de cada parede lateral 602, 604 pode incluir uma barra transversal 610a, 610b formada na mesma. Cada barra transversal 610a, 610b pode estender-se substancialmente perpendicular ao eixo longitudinal da bainha 600 e pode ter um comprimento que é substancialmente o mesmo ou com mais preferência maior do que uma largura das paredes laterais da bainha 600. Essa configuração pode permitir que as barras transversais 610a, 610b para ser montado dentro de um entalhe formado nas cavilhas na ferramenta de inserção de bainha 500, discutido abaixo. As barras transversais ilustradas 610a, 610b tem um formato substancialmente cilíndrico com uma superfície interna plana de forma que as barras transversais formarão um cilindro completo quando as paredes laterais 602, 604 são montadas adjacente uma à outra. Um tendão ou ligamento pode ser posicionado ao redor das barras transversais 610a, 610b, e pode se estender ao longo da superfície externa de cada parede lateral 602, 604. Em uso, quando um expansor 400 (mostrado na Figura 1) é inserido na bainha 600, a ferramenta de inserção da bainha 500 manterá as barras transversais 610a, 610b em uma configuração acoplada e, dessa forma, as paredes laterais 602, 604 se articularão ao redor de um eixo longitudinal das barras transversais 610a, 610b para se separarem e engatarem o osso, como será discutido com mais detalhes abaixo.

[0095] Conforme indicado acima, a ferramenta de inserção da bainha 500 nessa modalidade pode incluir vários recursos para encaixe e interagir com a bainha 600. Conforme mostrado em mais detalhes nas Figuras 9A e 9B, a ferramenta de inserção da bainha 500 geralmente inclui uma haste externa 510, uma haste interna 520 configurada para estender-se através da haste externa 510 e um cabo 530 para acoplar às hastes externa e interna 510, 520. A ferramenta de inserção da bainha 500 pode incluir qualquer dos recursos descritos acima com relação à ferramenta de inserção da bainha 100. Em geral, a haste externa 510 é similar à modalidade acima e inclui a primeira e a segunda cavilhas opostas 502, 504 se estendendo distalmente de uma extremidade distai 51 Od da mesma. Uma extremidade proximal 51 Op da haste externa 510 é configurada para se encaixar de modo fixo ao cabo 530, por exemplo, por um encaixe por pressão ou outras técnicas conhecidas, de tal modo que a haste externa 510 e o cabo 530 funcionam como uma unidade. Nesta modalidade, o cabo 530 tem um formato genericamente alongado com um diâmetro externo que aumenta em uma extremidade distai 530d e que se afunila radialmente para fora em direção à extremidade proximal 530p, entretanto o cabo 530 pode entretanto ter uma variedade de formatos e tamanhos.

[0096] As cavilhas 502, 504 estendendo-se a partir da extremidade distai 51 Od da haste externa 510 podem, cada um, ter uma configuração similar às cavilhas descritas acima, entretanto nesta modalidade, cada cavilha 502, 504 inclui um entalhe 502n, 504n formado na extremidade mais distai do mesmo para montar as barras transversais 610a, 610b. Como mostrado, cada entalhe 502n, 504n pode ter um formato genericamente circular que corresponde a um formato de barras transversais 610a, 610b quando encaixado. O comprimento das cavilhas 502, 504 é configurado de modo que as cavilhas 502, 504 irão manter a bainha 600 em uma posição na qual uma extremidade mais proximal 600p da bainha 600 é alinhado com um anteparo 512 formado na extremidade distai 51 Od da haste externa 510. O anteparo 512 é configurado para estar em contiguidade contra a superfície externa do osso quando as cavilhas 502, 504 são posicionadas dentro de um orifício do osso para limitar a inserção da haste externa 510 no orifício do osso. As cavilhas 502, 504 irão, deste modo, posicionar a bainha 600 em uma profundidade desejada dentro do orifício do osso.

[0097] As cavilhas 502, 504 podem incluir outros recursos similares aos descritos acima. Por exemplo, conforme mostrado em mais detalhes na Figura 9B, cada cavilha 502, 504 pode incluir primeira e segunda saliências (apenas duas saliências 506a, 506b na cavilha 502 são mostradas) formadas sobre uma superfície interna da mesma. Conforme mostrado, a primeira saliência 506a está posicionada em no próximo à extremidade proximal da cavilha 502 e pode ser na forma de uma protuberância que é configurada para estender-se entre a fileira de dentes esquerda 608L em cada parede lateral 602, 604 da bainha 600. A segunda saliência 506b está localizada distalmente da primeira saliência 506a, por exemplo, em torno de uma porção mediana da cavilha 502 e pode se estender entre a fileira de dentes direita 608R em cada parede lateral 602, 604 da bainha 600. As saliências 506a, 506b podem funcionar para impedir o movimento distai da bainha 600 em relação à ferramenta de inserção de bainha 500, isto é, para evitar que a bainha 600 caia no orifício do osso. Apesar de a Figura 9B apenas ilustrar as saliências 506a, 506b na primeira cavilha 502, uma pessoa versada na técnica compreenderá que a segunda cavilha 504 pode incluir um conjunto correspondente de saliências.

[0098] A Figura 9B também ilustra o formato da abertura 514 na extremidade distai do lúmen interno na haste externa 510 e localizado na extremidade proximal das cavilhas 502, 504. A abertura 514 tem um formato moldado que se conforma a uma superfície externa da haste interna 520 na extremidade distai, de modo a receber a haste interna 520 através da mesma e manter o eixo interno 520 em alinhamento longitudinal com a bainha 600 durante o avanço da haste interna 520 para dentro da bainha 600. Na modalidade ilustrada, o formato da abertura 514 é circular, entretanto, a abertura pode ter várias configurações.

[0099] A Figura 9B também ilustra várias janelas ou recortes 516 formadas na haste externa 510 adjacente à extremidade distai para possibilitar a visualização no lúmen interno e, em particular, para possibilitar a visualização da haste interna 520, bem como a ferramenta de inserção do expansor quando posicionada dentro da haste externa 510. Uma pessoa versada na técnica irá compreender que a haste externa 510 pode ter qualquer número de janelas ou recortes formados na mesma em vários locais, conforme discutido acima em relação à haste externa 102.

[00100] Conforme indicado acima, a ferramenta de inserção da bainha 500 inclui, também, uma haste interna 520 que é configurada para estender-se através da haste externa 510. Referindo-se novamente à Figura 9A, a haste interna 520 em geral tem um formato cilíndrico alongado com uma extremidade proximal tendo um cabo 522 formado nela e uma extremidade distai tendo um plugue ou ponta distai 524 configurada para estender-se na bainha 600. O cabo 522 pode ter várias configurações, mas, conforme mostrado, o cabo 522 é em geral na forma de disco com uma superfície de extremidade proximal plana para receber uma força a partir de um martelo se necessário. Quando a haste interna 520 é inserida dentro da haste externa 510, o cabo 522 na haste interna 520 estará em contiguidade com a superfície da extremidade proximal do cabo 530 acoplada à haste externa 510, dessa forma limitando uma profundidade de inserção da ponta distai 524 na haste interna 520 na bainha 600.

[00101] Conforme mostrado na Figura 9C, o cabo 522 na haste interna 520 pode incluir uma trava antirrotação 526 formada na mesma e estendendo-se distalmente a partir de uma superfície voltada distal-mente da mesma. A trava antirrotação 526 pode ser configurada para estender-se em uma fenda correspondente ou orifício 532 formado na extremidade proximal do cabo 530 acoplado à haste externa 510 para assim evitar uma rotação da haste interna 520 em relação à haste externa 510. A trava antirrotação 526 e o orifício 532 também facilitam o alinhamento da ponta distai 524 com a bainha 600. Conforme adicionalmente mostrado na Figura 9C, a trava antirrotação 526 pode incluir uma protuberância ou saliência 527 formada nela que é configurada para engatar um detentor correspondente ou orifício 533 que se estende a partir do orifício 532. A saliência 527 e o orifício 533 criam uma detecção por atrito entre o cabo 522 na haste interna 520 e o cabo 520 na haste externa 510.

[00102] A ponta distai 524 da haste interna 520 é mostrada em mais detalhes na Figura 9D e, conforme mostrado, a ponta distai 524 tem uma protuberância 528, similar à protuberância 128 discutida acima com a modalidade anterior. As protuberâncias 528 ilustradas têm uma seção transversal em formato genericamente oval de modo que corresponda a um formato do lúmen interno da bainha 600 quando as paredes laterais 602, 604 são acopladas e a bainha 600 está na configuração fechada.

[00103] Conforme adicional mente mostrado na Figura 9D, a haste interna 520 pode também incluir uma ranhura 529 formada na extremidade distai da mesma e que se estende circunferencialmente em torno da ponta distai 528. A ranhura 529 pode ter um formato e tamanho que corresponde a um formato e tamanho da extremidade proxi-mal de cada parede lateral 602, 604 da bainha 600 de modo que a ranhura 529 é configurada para montar a extremidade proximal de cada parede lateral 602, 604 da bainha 600. Como resultado da ranhura 529, as paredes laterais da haste interna 520 irá se estender ao redor das extremidades proximais das paredes laterais 602, 604 da bainha 600, dessa forma impedindo o movimento (por exemplo, abertura) da bainha 600 quando a haste interna 520 está acoplada à bainha 600. A haste interna 520 manterá, assim, a bainha 600 na posição fechada.

[00104] A Figura 10 ilustra a bainha 600 e a ferramenta de inserção da bainha 500 totalmente montada, com a ponta distai (não mostrada) da haste interna 520 totalmente inserida na bainha 600. Conforme mostrado, as barras transversais 610a, 610b na bainha 600 são montadas dentro dos entalhes 502n, 504n nas extremidades distais das cavilhas 502, 504 e as saliências (apenas duas saliências 506a, 506 são mostradas) nas cavilhas 502, 504 se estendem entre os dentes (saliências 506a, 506b são mostradas estendendo-se entre os dentes direitos 608L) na bainha 600 para evitar que a bainha 600 se mova distalmente em relação às cavilhas 502, 504. A extremidade proximal da bainha 600 é alinhada com o anteparo 512, na extremidade externa 510 e a extremidade proximal de cada parede lateral 602, 604 se estende na ranhura 529 na haste interna 520. A haste interna 520 irá, assim, manter as paredes laterais 602, 604 na posição fechada durante a inserção em um orifício do osso. A ranhura 529 montada na extremidade proximal de cada parede lateral 602, 604 também pode funcionar para aplicar uma força distalmente direcionada na bainha 600 durante a inserção em um orifício do osso de forma a aliviar um pouco da força aplicada às barras transversais 610a, 610b. Uma vez que a bainha 600 é totalmente inserida no orifício do osso, a haste interna 520 pode ser removida da haste externa 510 e a ferramenta de inserção do expansor 300 pode ser avançada através da haste externa 510 para direcionar o expansor 400 na bainha 600 e dessa forma expandir e ancorar a bainha 600 e um tendão posicionado ao redor, dentro do orifício do osso. À medida que a bainha 600 é expandida, as saliências se tornarão desengatadas com os dentes nas paredes laterais da bainha 602, 604, permitindo assim que a haste externa 510 seja subsequentemente removida.

[00105] Os sistemas aqui descritos podem ser usados para implantar uma bainha ou âncora em um osso em várias maneiras diferentes. Um método exemplificador para implantar uma âncora no osso, por exemplo, para realizar uma cirurgia de tenodese do bíceps, é descrito no pedido US n° 14/610.602, depositado em 30 de janeiro de 2015 e intitulado "Biceps Tenodesis Implants and Delivery Tools", aqui incorporada a título de referência em sua totalidade.

[00106] Em um procedimento de tenodese de bíceps, é obtido um tendão do bíceps de maneira adequada e um tamanho do tendão é determinado para permitir que um cirurgião selecione implante e ferramentas adequadamente dimensionados. Adicionalmente, em algumas modalidades, a ferramenta de inserção da bainha 100 ou 500 pode ser usada para dimensionar o tendão pelo uso das cavilhas 108a, 108b ou 502, 504. Ferramentas com tamanhos diferentes podem ter cavilhas ou garfos de tamanhos diferentes. Após dimensionar adequadamente o tendão, o mandril de tamanho adequado pode ser usado para fresar um orifício do osso, por exemplo o úmero. Entretanto, uma pessoa versada na técnica compreenderá que o orifício do osso pode ser formado usando-se qualquer das técnicas e dispositivos de preparação do orifício do osso adequados.

[00107] O diâmetro do orifício do osso pode ser dimensionado para permitir que as cavilhas tenham um tendão posicionado entre elas e ao redor da bainha para ser facilmente inserido nela. Se a bainha 200' é usada, as abas que restringem a profundidade 221a', 221b' na bainha 200' podem evitar a inserção excessiva da bainha no orifício do osso. Em outras modalidades, a haste externa, por exemplo, a haste externa 102 da ferramenta de inserção da bainha 100, pode incluir marcações a laser formadas nele para indicar a inserção. Em ainda outra modalidade, a haste externa, por exemplo, a haste externa 510 da ferramenta de inserção da bainha 500, pode incluir um anteparo 512 formado nele tendo um diâmetro maior em comparação ao orifício do osso, de forma que a haste externa 510 será impedida de entrar no orifício do osso.

[00108] Após um orifício do osso ser preparado no osso, a bainha acoplada a uma extremidade distai da ferramenta de inserção da bainha pode ser posicionada adjacente ao tendão para ser avançada para o orifício do osso. A ferramenta de inserção com a bainha acoplada à mesma pode ser avançada para dentro do orifício do osso e a haste interna, por exemplo, a haste interna 104 ou 520, pode ser removida deixando a haste externa, por exemplo, a haste externa 102 ou a haste 510 no lugar prendendo a bainha dentro do orifício do osso. A ferramenta de inserção do expansor, por exemplo, a ferramenta 300, pode ser avançada com o expansor 400 acoplado a ele através da haste externa e pode ser direcionado para a bainha. Um cirurgião pode prender o cabo acoplado à haste externa da ferramenta de inserção da bainha de forma que o cabo permaneça estacionário enquanto a ferramenta de inserção da bainha é girada. A haste externa da ferramenta de inserção da bainha evitará, assim, a rotação da bainha durante a rotação do expansor na bainha. O expansor fará com que a bainha se expanda, com o expansor da extremidade proximal radialmente para fora por uma distância que é maior do que a extremidade distai. A bainha irá engatar o orifício do osso com o tendão entre os mesmos, an- corando, assim, o tendão dentro do orifício do osso. Deve ser considerado que em algumas modalidades um fio guia e/ou a sutura podem ser adicionalmente usados.

[00109] Uma pessoa versada na técnica compreenderá que os métodos e dispositivos de tenodese do bíceps descritos na presente invenção podem ser usados em uma variedade de procedimentos cirúrgicos para evitar traumas ou lesões a um tendão sendo fixado ao osso através de um orifício do osso. A presente invenção também tem aplicação em cirurgias de reparo de articulação convencionais.

[00110] Os dispositivos aqui descritos podem ser projetados para que sejam descartados após um único uso, ou podem ser projetados para que sejam usados múltiplas vezes. Em qualquer dos casos, entretanto, o dispositivo pode ser recondicionado para reuso após ao menos um uso. O recondicionamento pode incluir qualquer combinação das etapas de desmontagem do dispositivo, seguida de limpeza ou substituição de peças específicas e subsequente remontagem. Em particular, o dispositivo pode ser desmontado e qualquer número de peças ou partes específicas do dispositivo podem ser seletivamente substituídas ou removidas, em qualquer combinação. Mediante a limpeza e/ou substituição de partes específicas, o dispositivo pode ser remontado para uso subsequente na instalação de recondicionamento ou por uma equipe cirúrgica, imediatamente antes de um procedimento cirúrgico. Os versados na técnica entenderão que o recondicionamento de um dispositivo pode usar uma variedade de técnicas para desmontar, limpar/substituir e remontar. O uso de tais técnicas e o dispositivo recondicionado resultante estão dentro do escopo do presente pedido.

[00111] De preferência, a invenção aqui descrita será processada antes da cirurgia. Primeiramente, um instrumento novo ou usado é obtido e, se necessário, limpo. O instrumento pode ser, então, esteriliza- do. Em uma técnica de esterilização, o instrumento é disposto em um recipiente fechado e selado, como uma bolsa plástica ou de TYVEK. O recipiente e o instrumento são, então, colocados em um campo de radiação que pode penetrar no recipiente, como radiação gama, raios X ou elétrons de alta energia. A radiação extermina bactérias no instrumento e no recipiente. O instrumento esterilizado pode ser, então, armazenado em um recipiente estéril. O recipiente vedado mantém o instrumento estéril até que o mesmo seja aberto na unidade médica.

[00112] É preferido que o dispositivo seja esterilizado. Isto pode ser realizado por qualquer número de formas conhecidas daqueles versados na técnica incluindo radiação beta ou gama, oxido de etileno ou vapor.

[00113] Uma pessoa versada na técnica compreenderá outras características e vantagens da invenção com base nas modalidades acima descritas. Consequentemente, a invenção não deve ser limitada pelo que foi particularmente mostrado e descrito, exceto conforme indicado pelas reivindicações anexas. Todas as publicações e referências citadas estão expressamente aqui incorporadas na íntegra, a título de referência.

REIVINDICAÇÕES

Claims

1. Sistema de ancoragem óssea, caracterizado pelo fato de que compreende: uma bainha tendo uma primeira parede lateral com extremidades proximal e distai e uma segunda parede lateral com extremidades proximal e distai, as extremidades distais da primeira e da segunda paredes laterais sendo acopladas uma à outra por um pino de articulação de forma que a primeira e a segunda paredes laterais se articulem uma em relação à outra ao redor do pino de articulação; uma haste alongada tendo uma extremidade distai com uma protuberância central que se estende de forma distai que se estende para dentro da bainha entre a primeira e a segunda paredes laterais, e a extremidade distai tendo pelo menos uma primeira e uma segunda protuberâncias laterais estendendo-se distalmente posicionadas em lados opostos da protuberância central e se estendendo ao longo de lados externos opostos da primeira e da segunda paredes laterais de tal modo que a primeira e a segunda protuberâncias laterais que se estendem distalmente evitam a rotação da primeira e da segunda paredes laterais da bainha sobre o pino de articulação.

2. Sistema de ancoragem óssea, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a protuberância central que se estende distalmente se estende a uma distância além da primeira e da segunda protuberâncias laterais que se estendem distalmente.

3. Sistema de ancoragem óssea, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a protuberância central que se estende distalmente e a primeira e a segunda protuberâncias laterais que se estendem distalmente definem uma fenda que se estende radialmente entre elas de forma que acomoda uma extremidade mais proximal da primeira e da segunda paredes laterais.

4. Sistema de ancoragem óssea, de acordo com a reivindi- cação 1, caracterizado pelo fato de que a protuberância central que se estende distalmente tem um formato em seção transversal oblonga de modo que a protuberância central que se estende distalmente é impedida de girar dentro da primeira e da segunda paredes laterais.

5. Sistema de ancoragem óssea, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de compreender terceira e quarta pro-tuberâncias laterais estendendo-se distalmente posicionadas nos lados opostos da protuberância central e se estendendo ao longo de lados externos opostos da primeira e da segunda paredes laterais.

6. Sistema de ancoragem óssea, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que a primeira e a segunda paredes laterais externas têm, cada uma, uma pluralidade de dentes formados nelas e em que a primeira e a terceira protuberâncias laterais que se estendem distalmente estão posicionadas em lados opostos de um dente formado em uma superfície externa da primeira parede lateral e a segunda e a quarta protuberâncias laterais que se estendem distalmente estão posicionadas nos lados opostos de um dente formado em uma superfície externa da segunda parede lateral.

7. Sistema de ancoragem óssea, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente um cabo unido à extremidade proximal da haste alongada.

8. Sistema de ancoragem óssea, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a haste alongada tem componentes proximais e distais que são rotativamente acoplados um ao outro e o componente proximal é combinado com um cabo.

9. Ferramenta de inserção de âncora no osso, caracterizada pelo fato de que compreende: uma haste externa tendo extremidades proximal e distai e um lúmen interno que se estende pelo menos parcialmente através dela, tendo a extremidade distai primeira e segunda cavilhas que se estendem distalmente a partir dela; e uma haste interna que se estende através do lúmen interno da haste externa, pelo menos uma porção da haste interna sendo acoplada de forma não giratória e livremente deslizável à haste externa, a haste interna tendo uma extremidade distai com uma protube-rância central que se estende distalmente e pelo menos a primeira e a segunda protuberâncias laterais estendendo-se distalmente posicionadas nos lados opostos da protuberância central.

10. Ferramenta de inserção de âncora no osso, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que a haste interna compreende um componente distai que é não rotatório em relação à haste externa e um componente proximal que é acoplado de forma giratória ao componente distai.

11. Ferramenta de inserção de âncora no osso, de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de que os componentes proximal e distai da haste interna são fixados por uma conexão por pressão.

12. Ferramenta de inserção de âncora no osso, de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de que compreende, também, um cabo acoplado à extremidade proximal da haste externa e acoplado ao componente proximal da haste interna.

13. Ferramenta de inserção de âncora no osso, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que a haste interna inclui terceira e quarta protuberâncias laterais que se estendem distalmente nos lados opostos da protuberância central.

14. Sistema de ancoragem do tendão, caracterizado pelo fato de que compreende: um conjunto de ancoragem tendo uma bainha com primeira e segunda paredes laterais que são acopladas em uma extremidade distai por um pino de articulação de modo que a primeira e a segunda paredes laterais são configuradas para articular ao redor do pino de articulação em relação uma à outra; uma ferramenta de inserção incluindo uma haste externa tendo um lúmen interno estendendo-se através dela entre as extremidades proximal e distai da mesma, a extremidade distai tendo primeira e segunda cavilhas estendendo-se dis-talmente a partir dela, e uma haste interna que se estende através do lúmen interno da haste externa e tendo uma extremidade distai configurada para engatar a primeira e a segunda paredes laterais da bainha para evitar o movimento de articulação da primeira e da segunda paredes laterais ao redor do pino de articulação.

15. Sistema de ancoragem do tendão, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que o conjunto de âncora também inclui um expansor configurado para ser recebido dentro da bainha para fazer com que a primeira e a segunda paredes laterais se articulem para longe uma da outra.

16. Sistema de ancoragem de tendão, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que a primeira e a segunda paredes laterais têm, cada uma, pelo menos uma saliência de retenção formada sobre a mesma e configurada para engatar uma extremidade proximal do expansor, quando o expansor é acomodado entre a primeira e a segunda paredes laterais.

17. Sistema de ancoragem de tendão, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que o expansor tem um lúmen interno que se estende através do mesmo com uma barra transversal que se estende através do lúmen interno para o recebimento de uma sutura em torno da mesma.

18. Sistema de ancoragem de tendão, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que a primeira e a segunda paredes laterais incluem, cada uma, pelo menos, uma saliência antir-rotação formada sobre a mesma e configurada para engatar pelo menos uma dentre a primeira e a segunda cavilhas entre as mesmas para evitar a rotação da bainha em relação à haste externa.

19. Sistema de ancoragem de tendão, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que a primeira e a segunda cavilhas incluem fendas proximais nelas formadas que recebem abas formadas nas extremidades proximais das primeira e segunda paredes laterais da bainha e em que as abas se movem para fora das fendas quando a primeira e a segunda paredes laterais da bainha se movem de forma articulada para longe uma da outra.

20. Método cirúrgico, caracterizado pelo fato de compreender: avançar uma bainha em uma perfuração do osso, avançar um expansor na bainha, o expansor fazendo com que a primeira e a segunda paredes laterais da bainha se articulem em relação uma à outra ao redor de um pino de articulação, acoplando as extremidades distais da primeira e da segunda paredes laterais.

21. Método, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado pelo fato de que avançar a bainha compreende a manipulação de uma ferramenta de inserção com a bainha montada em uma extremidade distai da mesma para avançar a bainha em um orifício do osso.

22. Método, de acordo com a reivindicação 21, caracterizado pelo fato de que a ferramenta de inserção tem a primeira e a segunda cavilhas que se estendem entre a primeira e a segunda paredes laterais da bainha, e em que a primeira e a segunda cavilhas podem incluir saliências antirrotação sobre a mesma, que evita a rotação da bainha em relação à primeira e à segunda cavilhas durante o avanço da bainha para o orifício do osso.

23. Método, de acordo com a reivindicação 21, caracteriza- do pelo fato de que a ferramenta de inserção inclui uma haste externa e uma haste interna, a haste interna tendo uma protuberância central que se estende de forma distai, que se estende para dentro da bainha entre a primeira e a segunda paredes laterais, e tendo pelo menos uma primeira e uma segunda protuberâncias laterais estendendo-se distalmente posicionadas em lados opostos da protuberância central e se estendendo ao longo de lados externos opostos da primeira e da segunda paredes laterais de tal modo que a primeira e a segunda protuberâncias laterais que se estendem distalmente evitam a rotação da primeira e da segunda paredes laterais da bainha ao redor do pino de articulação.