BR102016016735A2 - instrumento para segurar, dissecar e/ou coagular tecido biológico - Google Patents

Abstract

em uma ferramenta inventiva (16) para a coagulação e dissecação de tecido biológico é fornecido um apoio oposto (35) que tem pelo menos um rebaixo (37) aberto para o lado de fora e/ou uma ou mais câmaras vazias (63). o rebaixo (37) ou a câmara vazia (63) é configurada de uma tal maneira que o apoio oposto (35) - ao visualizar um segmento seccional transversal pequeno de modo infinitesimal - gera uma curva característica de elasticidade de força/caminho com uma região tal como um patamar ii, v, durante compressão e nova expansão. neste patamar ii, v, o apoio oposto (35) - ao visualizar um contato paralelo idealizado do apoio oposto e do eletrodo de corte - preferivelmente fornece uma força entre 2 n e 4 n. a seção de caminho x na qual a curva característica de elasticidade indica o patamar ii, iv preferivelmente é tão extensa quanto o tecido a ser dissecado é grosso, e está, por exemplo, na faixa de 0,2 a 1,5 mm; preferivelmente, a espessura é de 1 mm, preferivelmente de modo particular de 0,5 mm. como um resultado disto, é alcançado que a força exercida sobre o tecido durante a operação de corte permanece substancialmente constante na região de trabalho efetiva.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "INSTRUMENTO PARA SEGURAR, DISSECAR E/OU COAGULAR TECIDO BIOLÓGICO".

[001] A invenção diz respeito a um instrumento guiado manualmente ou guiado por máquina com o qual tecido biológico pode ser segurado, coagulado e dissecado, ou somente coagulado.

[002] Um instrumento como este que é configurado como tesoura é conhecido tal como no documento US 2004/0049185 A1. O instrumento tem duas seções que são conectadas uma à outra por meio de uma articulação e assim podem ser articuladas uma na direção da outra e uma para longe da outra. As seções são capazes de segurar tecido entre elas. Cada uma das duas seções tem uma seção transversal aproximadamente em forma de U, em que as extremidades dos braços da seção transversal em forma de U formam os eletrodos de coagulação. Estes coagulam tecido segurado entre eles quando as duas seções são conectadas aos terminais de uma fonte de energia elétrica correspondente.

[003] Além do mais, uma das seções compreende um eletrodo de corte que é arranjado centralmente entre os eletrodos de coagulação a fim de se projetar além deles. A seção oposta compreende um apoio oposto de um material elástico no qual pode penetrar o eletrodo de corte enquanto deformando elasticamente o material elástico. Ao fazer assim, o material biológico localizado na frente do eletrodo de corte é prensado contra o eletrodo de corte.

[004] Além disso, o documento US 2005/ 0 171 533 A1 revela um instrumento similar com duas seções, cada uma delas suportando eletrodos de coagulação, e um eletrodo de corte que é arranjado em uma das seções entre dois eletrodos de coagulação. A seção localizada opostamente é provida com uma ranhura para acomodação do eletrodo de corte. No fundo da ranhura é arranjado um isolador de material elástico.

[005] Considerando os instrumentos tendo o projeto mencionado anteriormente a operação de corte do tecido segurado acontece entre o eletrodo de corte e o apoio oposto. Ao fazer assim, é importante que o tecido seja dissecado seguramente e de forma completa por causa do efeito da corrente elétrica chegando do eletrodo de corte, em cujo caso uma ação de corte mecânico do eletrodo de corte não é desejada. Na aplicação prática, a quantidade e/ou espessura, assim como a qualidade, do tecido segurado entre as duas seções estão sujeitas a certas variações. Ainda, apesar destas condições variáveis, um corte limpo do tecido e uma boa coagulação das junções de tecido têm que ser alcançados. A fim de alcançar boa coagulação, o tecido deve ser segurado com força relativamente grande entre os eletrodos de coagulação. Em contraste, uma força claramente inferior é desejada no eletrodo de corte.

[006] Considerando isto, o objetivo da invenção é fornecer um conceito para um instrumento guiado por máquina ou guiado manualmente com o qual as exigências mencionadas possam ser cumpridas.

[007] Este objetivo é alcançado com o instrumento de acordo com a reivindicação 1.

[008] O instrumento compreende uma primeira seção com pelo menos um eletrodo de coagulação e/ou de vedação para a coagulação de material biológico. Arranjados preferivelmente na primeira seção ficam dois primeiros eletrodos de vedação que se estendem a uma distância um do outro e entre os quais um espaço livre é formado. Um suporte de eletrodo de corte preferivelmente isolante eletricamente é arranjado no espaço livre, o dito suporte sustentando o eletrodo de corte. Para assim fazer, o suporte de eletrodo de corte pode ter uma projeção tal como uma parede central se estendendo além dos eletrodos de vedação, a dita projeção suportando o eletrodo de corte na sua extremidade livre.

[009] A segunda seção tem pelo menos um segundo eletrodo de vedação, preferivelmente dois eletrodos de vedação arranjados a uma distância um do outro. No espaço livre existente entre os segundos eletrodos de vedação é arranjado um apoio oposto que, preferivelmente, é feito como um elemento de material elástico pré-fabricado separado. Este apoio oposto tem pelo menos um rebaixo que é aberto para o lado de fora e/ou pelo menos uma câmara vazia. Estes um ou mais rebaixos e/ou câmaras vazias podem ser usados para o ajuste visado da curva característica de elasticidade do apoio oposto. Ao fazer assim, pode ser alcançado que a força exercida pelo apoio oposto na faixa de operação alvo direcionada contra o elemento de corte, ou contra o eletrodo de corte, não fica abaixo de um limite de 1 N a 2 N, por exemplo, durante a operação de corte total e não excede um limite de 3 N ou 4 N e 7 N ou 8 N, respectivamente, por exemplo. No instrumento, o elemento de corte e o apoio oposto são acoplados mecanicamente pela parte de boca. Isto significa que, por meio do arranjo relativo angulado, o apoio oposto é sempre comprimido pelo eletrodo de corte em um tipo de movimento de caminhada, isto é, não, e preferivelmente nunca, comprimido em um modo completamente paralelo. Portanto, ao considerar o comportamento de elasticidade do apoio oposto e, em particular, sua configuração geométrica, faz sentido considerar somente um segmento muito pequeno de modo infinitesimal do apoio oposto. Usando esta consideração em um segmento de apoio oposto, uma característica de força/caminho não linear ao comprimir o apoio oposto pode ser alcançada. Em particular, esta característica de força/caminho pode compreender uma seção com força quase constante. Uma linha reta aplicada a esta seção não cruza o ponto zero do diagrama força/caminho. No caso ideal, uma linha reta como esta se estende quase paralela ao eixo de caminho (abscissas). Portanto, a ca- racterística de força/caminho tem um patamar.

[010] Um ou mais rebaixos e/ou uma ou mais câmaras vazias podem ser fornecidos no apoio oposto. Os rebaixos são abertos na direção do lado de fora, isto é, eles não são encerrados em todos os lados pelo apoio oposto, e ocorrem como abertura na superfície do dito apoio oposto. Preferivelmente, a seção também tem uma abertura que se comunica com o rebaixo do apoio oposto. Deste modo, fluidos gasosos ou líquidos podem escapar intactos do rebaixo quando o apoio oposto é comprimido. Um endurecimento do apoio oposto por causa de fluidos encerrados no rebaixo ou mesmo por causa da coa-gulação de tais fluidos é impedido. Alternativamente, os rebaixos também podem ser arranjados a fim de se estenderem completamente ou parcialmente através da seção transversal do apoio oposto.

[011] Considerando uma modalidade alternativa, é possível configurar as seções com um elemento de fechamento, por exemplo, uma cobertura, em relação aos rebaixos do apoio oposto. Neste caso, os fluidos descritos anteriormente podem continuar a sair do rebaixo do apoio oposto ou o elemento de fechamento é projetado de uma tal maneira que eles podem continuar a sair dos rebaixos do apoio oposto.

[012] O rebaixo aberto de área grande pode permitir a entrada e então a saída novamente de fluidos. O tamanho da abertura impede que, durante operação em fluido (por exemplo, sangue), a compressão e descompressão do apoio oposto causem uma ação de bombeamen-to do fluido. Mesmo se, por causa da energia térmica liberada no instrumento, fluido, por exemplo, sangue, coagular e formar torrões, as aberturas permanecerão não obstruídas na direção do lado de fora de tal maneira que a elasticidade para dentro e para fora continuada não é enfraquecida.

[013] A superfície do apoio oposto que fica localizada oposta ao elemento de corte e que aplica uma força contra o elemento de corte -opcionalmente com o tecido entre eles - é referida como a superfície de suporte de tecido. O rebaixo pode ser formado por uma ranhura voltada para longe da superfície de suporte de tecido ou também por uma fileira de ranhuras curtas separadas umas das outras por paredes transversais. Uma ranhura como esta é delimitada lateralmente por paredes de ranhura que suportam a parte fechada superior do apoio oposto que define a superfície de suporte de tecido. Quando as seções estão sendo fechadas, o eletrodo de corte comprime o apoio oposto, como um resultado do que o rebaixo localizado sob a superfície de suporte de tecido é deformado pelo menos em parte.

[014] Alternativamente ou de forma adicional, um ou mais rebaixos podem ser fornecidos, estes se estendendo através da superfície de suporte de tecido e assim ficando abertos na direção da seção que suporta o eletrodo de corte. Tais rebaixos podem se comunicar com um ou mais rebaixos ou câmaras vazias do apoio oposto no lado traseiro, isto é, voltado para longe da superfície de suporte de tecido. Os rebaixos ou câmaras vazias voltadas para longe da superfície de suporte de tecido são definidas por paredes divergindo para longe da superfície de suporte de tecido. Com esta configuração, é possível alcançar a progressão de linha característica desejada em um modo particularmente fácil e seguro. Ao fazer assim, as paredes do apoio oposto podem (como também em outras modalidades) exibir uma espessura de parede constante na direção para longe da superfície de suporte de tecido.

[015] O rebaixo aberto formado no apoio oposto e voltado para longe da superfície de suporte de tecido pode ter uma ou mais paredes transversais. Tais paredes transversais podem ter uma espessura de parede uniforme ou também compreender uma região de enfraquecimento. A região de enfraquecimento também pode ser omitida e re- presentar um recorte. Ao fazer assim, a parede transversal não mais ocupa a seção transversal total da ranhura. Quando o apoio oposto está sendo comprimido, um colapso parcial do rebaixo pode ocorrer. Com o uso das paredes transversais uma redução da força aplicada ao apoio oposto pode ser impedida por causa do colapso parcial do rebaixo. As paredes transversais reforçam não somente a força de mola total do apoio oposto, mas também geram um componente de força necessário para que o apoio oposto também possa ser restaurado de novo na direção transversal quando pressão é removida. O fornecimento da região de enfraquecimento ou de um recorte nas paredes transversais impede um aumento de força que pode resultar durante a compressão máxima contra o batente e a compressão resultante. Além disso, as paredes transversais também facilitam manuseio e o uso do apoio oposto que - em aplicações práticas - é altamente delicado por causa de as ditas paredes transversais transmitirem para o dito apoio oposto uma estabilidade básica e impedirem um colapso da estrutura total em estado desmontado.

[016] Em estado montado, o apoio oposto é retido no lugar na seção. Para realizar isto, o apoio oposto pode ter projeções laterais na forma de pés que são associados com rebaixos complementares na seção. As projeções se estendendo lateralmente encaixam nos rebaixos da seção e retêm o apoio oposto. Além do mais, um elemento de retenção para fixação do apoio oposto pode ser fornecido. Este elemento de retenção desloca as paredes do apoio oposto tendo os pés uma para longe da outra na direção para fora e assegura o assentamento firme dos pés nos rebaixos.

[017] O material para o apoio oposto preferivelmente é um silicone biocompatível tendo uma dureza de 50 Shore, com o qual a força de mola desejada e progressão de força tal como patamar descrita acima da característica de força/caminho podem ser alcançadas. Se rebaixos se estendendo através da superfície de suporte de tecido forem fornecidos, estes preferivelmente são arranjados em ambos os lados de uma região de impacto de eletrodo de corte em forma de tira da superfície de suporte de tecido. Preferivelmente, uma forma simétrica da seção transversal do apoio oposto é alcançada. Isto se aplica, em particular, quando o eletrodo de corte impacta o apoio oposto no centro. Ao longo da região de impacto de eletrodo de corte da superfície de suporte de tecido é possível arranjar extensões em ambos os lados, as ditas extensões preferivelmente sendo niveladas com a região de impacto de eletrodo de corte no topo. As extensões também podem ficar em contato com o flanco interno da seção e efetuar uma centralização do apoio oposto no estado inoperante, assim como em estado defletido como mola, isto é, estado completamente ou parcialmente comprimido. As extensões podem ser arranjadas na mesma ou em distâncias variáveis e podem ser arranjadas em pares ou não em pares em ambos os lados. Também é possível que a superfície das extensões seja configurada na forma de um canal ou de cunha a fim de aprimorar a função de centralização do elemento de corte. Também é possível que a superfície de suporte de tecido da região de impacto de eletrodo de corte seja parcialmente curvada, em forma de canal ou em forma de cunha a fim de ajudar nesta função de centralização.

[018] Por causa da união preferivelmente plana das extensões com a região de impacto de eletrodo de corte, além disso, é impedido que o elemento de corte deslize lateralmente para fora da região de impacto de eletrodo de corte, tal como pode acontecer no caso de uma deformação assimétrica do apoio oposto. Uma deformação assimétrica como esta também resultaria em um deslocamento lateral do eletrodo de corte. As extensões de suporte assim também estabilizam o eletrodo de corte potencialmente resiliente de forma lateral e impedem que ele incline para fora. Consequentemente, elas também asseguram uma formação simétrica dos espaços de acomodação de tecido imediatamente perto do eletrodo de corte, isto é, entre o eletrodo de corte e os eletrodos de vedação.

[019] Por causa do comportamento desejado do apoio oposto, isto é, o encurvamento das paredes laterais e, tal como ele é, um en-curvamento para dentro do mesmo, uma carga simétrica sobre o apoio oposto pode ser assegurada. Uma carga assimétrica pode resultar de outro modo em uma deformação assimétrica do apoio oposto. Aqui, as extensões de suporte cumprem uma função importante em que elas minimizam uma inclinação lateral para fora, isto é, uma deflexão como mola oblíqua da região de impacto de eletrodo de corte no caso de uma carga assimétrica e assim uma deformação assimétrica. Ao fazer assim, o eletrodo de corte é impedido de deslizar para um lado do apoio oposto. Além disso, o instrumento se torna insensível às forças que podem ocorrer durante uso prático quando, por exemplo, o tecido segurado é submetido a um puxamento lateral.

[020] A seção suportando o eletrodo de corte tem um batente para tecido na extremidade proximal. Este batente para tecido pode ser integrado ao elemento de corte suportando o eletrodo de corte e impedir que - durante o corte do tecido - partes do dito tecido deslizem na direção da articulação conectando as seções atrás do eletrodo de corte do elemento de corte. Ao fazer assim, um efeito de furo puncionado no tecido é impedido e o tecido segurado total também é cortado. Para executar isto, o apoio oposto pode ter uma região de deslizamento na sua extremidade proximal para este batente para tecido que, preferivelmente, tem a forma de um segmento de um círculo que é concêntrico com o eixo de articulação. Alternativamente, o batente para tecido também pode ser uma parte do apoio oposto e deslizar ao longo do elemento de corte. Em qualquer padrão, o lado proximal do apoio oposto é formado de uma tal maneira que ele - independente da posi- ção das seções uma em relação à outra - está sempre nivelado com o batente para tecido.

[021] Com o inventivo instrumento, é possível ajustar uma força de corte de aproximadamente 2 N a 4 N entre o apoio oposto e o eletrodo de corte, a dita força agindo sobre o tecido a ser dissecado quando as seções são fechadas. Como um resultado disto, a força agindo sobre o eletrodo de corte pode ser minimizada. Além do mais, é assegurado que o tecido é dissecado completamente. Uma parte de tecido tal como película entre as partes de tecido dissecado, tal como pode ocorrer na aplicação de técnica anterior, é evitada por causa da garantia de um ajuste preciso da força de corte. Assim, uma parte muito maior da força de fechamento das seções que pode ser de aproximadamente 22 N no centro da seção pode ser utilizada para o processo de vedação. Consequentemente, a força de corte é somente tão grande quanto necessário (aproximadamente de 2 N a 4 N), enquanto que a força existindo nos eletrodos de vedação é tão grande quanto possível. Por causa de sua elasticidade e assim potencial retorno por mola, o apoio oposto aplica somente um pouco mais de força de corte ao tecido entre o apoio oposto e eletrodo de corte do que é necessário para cortar. A força de fechamento restante é então aplicada aos eletrodos de vedação. O processo de fechamento descrito anteriormente do instrumento é aplicável essencialmente de forma independente de se tecido é segurado ou não segurado entre as seções.

[022] Com o uso da dita medida, condições de densidade de corrente favoráveis no eletrodo de corte são criadas. Ao prensar corretamente o tecido contra o eletrodo de corte uma alta densidade de corrente no eletrodo de corte é alcançada, sem dissecar mecanicamente o tecido. A resiliência do apoio oposto assim assegura que, quando o tecido está sendo segurado e manipulado com o par de seções, o tecido - apesar do elemento de corte angular estreito - será traumatizado ou danificado mecanicamente tão pouco quanto possível. Além disso, o apoio oposto age como uma compensação de tolerância que sempre assegura que a maior parte da força de fechamento age sobre os eletrodos de vedação e somente uma parte menor age sobre o eletrodo de corte e o elemento de corte, respectivamente.

[023] Por causa da configuração específica do apoio oposto também existe uma certa mobilidade dada na direção longitudinal de seção que está dentro da faixa dos movimentos causados pela deformação elástica das seções e do elemento de corte. Isto pode ser inferido a partir da descrição resumida do fechamento do instrumento em seguida, onde a força de fechamento aumenta sem tecido entre as seções.

[024] Inicialmente, o elemento de corte contacta a superfície de suporte de tecido do apoio oposto diretamente na extremidade proximal. Se a força continuar a ser aplicada, o apoio oposto é deformado sob o elemento de corte, em cujo caso o elemento de corte e as seções também podem deformar ligeiramente em um modo elástico. Durante fechamento o apoio oposto também é ligeiramente deslocado preferivelmente na direção longitudinal de seção distai.

[025] De forma ideal, o elemento de corte imerge na direção vertical e centralizado para o apoio oposto. A superfície de suporte de tecido do apoio oposto é abaulada para dentro e um rebaixo é formado. As paredes oblíquas do apoio oposto são abauladas para fora na direção dos eletrodos de vedação. Os lados superiores das extensões de suporte do apoio oposto ficam em contato com as superfícies laterais do elemento de corte, centralizando-o assim no instrumento. Ao fazer assim, a espessura e distâncias entre as extensões de suporte são selecionadas de uma tal maneira que os rebaixos existentes entre elas podem agir como espaços de acomodação de tecido. As seções são fechadas completamente quando os eletrodos de vedação das duas seções estão situados um em cima do outro, e a força de fechamento correspondente, por exemplo, de 22 N, está ativa no centro de seção. A fim de compensar as deformações elásticas das seções, estas são formadas de uma tal maneira que os eletrodos de vedação para isso primeiro entram em contato um com o outro na extremidade distai antes de o espaço triangular existente ser fechado gradualmente pela força de fechamento crescente e pela deformação elástica resultante das seções. Os eletrodos de vedação das seções podem ser configurados um em relação ao outro a fim de definir uma folga paralela em uma distância de 0,1 mm, por exemplo. Visto que batentes ou espaça-dores impedindo fechamento adicional não são fornecidos, a folga se torna zero na extremidade distai durante fechamento adicional. Com a força de fechamento crescente, as seções são então deformadas em um modo elástico de maneira crescente, e a folga, em alguma distância a partir da extremidade distai, também se tornará próxima de zero.

[026] Os desenhos mostram algumas modalidades exemplares da invenção, nos quais: [027] A figura 1 é uma ilustração esquemática de um instrumento para segurar, coagular e dissecar tecido biológico, o dito instrumento estando conectado a um dispositivo de fornecimento;

[028] a figura 2 é uma ilustração ampliada em perspectiva da ferramenta do instrumento, tal como na figura 1;

[029] a figura 3 é uma ilustração em perspectiva antes da fixação do apoio oposto, na posição invertida da ferramenta em relação à da figura 2;

[030] a figura 4 mostra a ferramenta tal como na figura 3, com o apoio oposto fixado;

[031] a figura 5 é uma vista em perspectiva, olhando para a superfície de suporte de tecido do apoio oposto;

[032] a figura 6 mostra o apoio oposto tal como na figura 5, olhando para o seu rebaixo de face inferior;

[033] a figura 7 é um desenho esquemático ilustrando o fornecimento de energia elétrica do instrumento;

[034] a figura 8 mostra a característica de força/caminho (curva característica de elasticidade) de um segmento pequeno de modo infinitesimal do apoio oposto da ferramenta tal como nas figuras 2 a 4;

[035] as figuras 9A-9C mostram uma seção transversal da ferramenta em várias posições quando ela está sendo fechada; e [036] a figura 10 é uma ilustração esquematizada em perspectiva de uma modalidade modificada do apoio oposto.

[037] A figura 1 mostra um arranjo 11 que compreende um instrumento 12 para segurar, coagular e dissecar tecido biológico, o dito instrumento estando conectado a um dispositivo de fornecimento 14 por meio de um cabo 13. Tal como mostrado, o instrumento 12 pode ser configurado a fim de ser um instrumento para cirurgia laparoscópi-ca ou ele pode ser configurado de outro modo. Por exemplo, ele pode ser configurado como um instrumento tal como tesoura pretendido para procedimentos cirúrgicos abertos, assim como um instrumento para procedimentos endoscópicos. Além disso, ele pode ter um manipulador 15 para guiamento manual ou também uma conexão para guia-mento por máquina (não ilustrado). Portanto, o instrumento 12 pode ser guiado diretamente por um usuário ou por um robô. Independentemente disso, ele compreende uma ferramenta 16 que é arranjada -na modalidade exemplar tal como na figura 1 - na extremidade distai de uma haste alongada 17 do manipulador 15. A configuração da ferramenta 16 será explicada em seguida.

[038] A ferramenta 16 que está mostrada separadamente na figura 2 compreende - na figura 2 - uma primeira seção (superior) 18 e uma segunda - na figura 2 - seção (inferior) 19 que são conectadas uma à outra em uma articulação 20, de maneira que pelo menos uma das seções 18, 19 pode ser articulada contra a outra seção. Referindo-se à modalidade exemplar tal como na figura 2, a seção inferior é móvel. Alternativamente, ambas as seções 18, 19 ou também somente a seção superior 19 pode ser configurada a fim de ser móvel. Visto que a orientação espacial das seções 18, 19 é uma função da posição do manipulador 15, a seção superior 18 é referida como a primeira seção e a seção inferior 19 é referida como a segunda seção em seguida.

[039] A primeira seção 18 preferivelmente consiste em um material condutivo eletricamente, em particular metal, e tem uma seção transversal em forma de U. Portanto, um espaço intermediário tal como ranhura é formado entre os dois braços 21, 22 que se estendem em uma distância um do outro, no qual um elemento de corte 23 é arranjado. O dito elemento de corte consiste em um material isolante eletricamente, por exemplo, um material plástico ou cerâmico. Na sua forma básica, ele tem uma seção transversal aproximadamente em forma de T. Uma seção de parede central 25 tendo, em seu lado estreito confrontando a outra seção 19, um eletrodo de corte, a dita seção de parede central se estendendo de uma seção de pé tal como uma base inferior 24. Este eletrodo de corte pode ser feito de uma placa de metal que é inserida na seção de parede 25 e retida na mesma. O eletrodo de corte 26 fica exposto somente no lado confrontando a outra seção 19 em sua superfície de corte e não se estende, ou se estende somente por alguns décimos de milímetro, além do lado de face estreita da seção de parede 25.

[040] Os dois braços 21, 22 da seção 19 são formados respectivamente por duas superfícies laterais, um lado estreito e uma superfície de extremidade arranjada transversalmente com relação a este lado estreito. Cada braço 21, 22 compreende uma primeira superfície lateral (interna) e uma segunda superfície lateral (externa). As duas primeiras superfícies laterais (internas) dos braços 21, 22 - juntamente com uma superfície de fundo - criam a forma interna da seção transversal em forma de U da seção, isto é, o lado de dentro da seção. As duas superfícies laterais externas longas - juntamente com uma superfície traseira - criam a forma externa da seção transversal em forma de U da seção. Um plano que é suportado sobre os dois lados estreitos dos braços 21, 22 é arranjado essencialmente paralelo à superfície de corte do eletrodo de corte 26. Os eletrodos de vedação 27, 28 da seção 19 ficam localizados essencialmente no lado estreito em um ângulo - preferivelmente um ângulo agudo - com relação à primeira superfície lateral de um braço 21, 22. A transição de um eletrodo de vedação 27, 28 para a primeira e para a segunda superfície lateral dos braços 21, 22 é arqueada. Ao fazer assim, os raios das duas transições podem ser diferentes um do outro. Preferivelmente, o raio da transição de um eletrodo de vedação 27, 28 para a primeira superfície lateral (interna) é menor - em particular preferivelmente 4 x menor - que o raio da transição de um eletrodo de vedação para a segunda superfície lateral do braço 21, 22. Os eletrodos de vedação 27, 28 que são arranjados no lado estreito do braço se estendem para fora com os raios descritos anteriormente para a primeira e a segunda superfície lateral dos braços 21, 22. A ferramenta 16 compreende pelo menos um eletrodo de vedação 27, entretanto preferivelmente dois de tais primeiros eletrodos de vedação, entre os quais o elemento de corte 23 com o eletrodo de corte 26 é arranjado. A fim de tornar isto mais compreensível, o elemento de corte 23 com o eletrodo de corte 26 e os eletrodos de vedação 27, 28 estão mostrados nas figuras 3 e 4. Tal como está mostrado na figura 2, o elemento de corte 23 pode ser ancorado em um modo de travamento positivo na seção 18, e ser preso, por exemplo, pelas placas de retenção de metal apropriadas 29, 30 contra deslocamento para fora no lado traseiro da seção. Neste caso, o elemento de corte 23 é suportado rigidamente pela primeira seção 18, isto é, su- portado de modo imóvel. Entretanto, um suporte móvel, é possível como uma modificação de cada modalidade. Também, o elemento de corte 23 por si mesmo pode permitir um movimento ou ser configurado a fim de ser resiliente ou elástico.

[041] A segunda seção 19 - similar à primeira seção tal como pode ser inferido da figura 2 - tem uma seção transversal em forma de U com os braços 31, 32, em cujo caso os segundos eletrodos de vedação 33, 34 são arranjados nos lados estreitos dos dois braços 31, 32 da seção transversal em forma de U. Os eletrodos de vedação 33, 34 da segunda seção 19 - na condição fechada do instrumento - são complementares aos eletrodos de vedação 27, 28 da primeira seção, causando assim a formação do ângulo agudo entre os eletrodos de vedação 33, 34 e a segunda superfície lateral. A não ser que indicado, a descrição dos eletrodos de vedação 27, 28 também é aplicável desta maneira aos eletrodos de vedação 33, 34. Cada um dos eletrodos de vedação 33, 34 - assim como dos primeiros eletrodos de vedação 27, 28 - pode ser provido com uma fileira de campos isolantes, em que os campos isolantes dos primeiros eletrodos de vedação 27, 28 são deslocados em relação aos campos isolantes dos segundos eletrodos de vedação 33, 34 na direção longitudinal dos eletrodos de tal maneira que um curto-circuito elétrico é impossibilitado no caso de as seções 18, 19 serem tocadas.

[042] Entre os dois braços 31, 32 da segunda seção 19 é formado um espaço livre tal como ranhura no qual é arranjado um apoio oposto 35 que, preferivelmente, é fabricado como um elemento separado. O apoio oposto 35 está mostrado separadamente e ampliado nas figuras 5 e 6. Preferivelmente, ele é feito de um material elástico tal como, por exemplo, um elastômero, silicone, borracha de silicone, borracha ou coisa parecida. No seu lado confrontando o eletrodo de corte 26, o apoio oposto 25 tem uma superfície de suporte de tecido plana ou ligeiramente curvada 36. Quando o apoio oposto não está comprimido, a superfície de suporte de tecido 36 fica arranjada a fim de ser essencialmente paralela a um plano localizado sobre os lados estreitos dos braços 31, 32. A superfície de suporte de tecido 36 tem uma região de impacto de eletrodo de corte em forma de tira central 54 que fica diretamente oposta ao eletrodo de corte 26 e é contactada pelo eletrodo de corte 26 durante o fechamento articulado da ferramenta 16.

[043] O apoio oposto 35 preferivelmente é feito em peça única, por exemplo, como uma parte moldada por injeção, moldada por transferência, prensada ou sinterizada, isto é, ele consiste em um material uniforme sem junções. Preferivelmente, ele tem no seu lado voltado para longe da superfície de suporte de tecido 36 um rebaixo 37 (figura 6) que se estende através de uma superfície de base 38 do apoio oposto 35 e assim é aberto para o lado de fora. Tal como pode ser inferido da figura 6, o rebaixo 37 pode ser uma ranhura alongada ou coisa parecida que é dividida em câmaras pelas paredes transversais 39, 40, 41, 42, 43. As paredes transversais 39, 40, 41, 42, 43 podem ser arranjadas em distâncias iguais ou diferentes umas em relação às outras. Elas podem ser arranjadas em um ângulo reto em relação à superfície de base principal 38 ou podem mesmo ser inclinadas com relação a isto.

[044] As paredes transversais 39, 40, 41, 42, 43 podem ter uma seção que é enfraquecida, isto é, exibindo uma espessura de parede menor. Também é possível, tal como ilustrado, prover as paredes transversais 39 a 43 no lado inferior com um recorte preferivelmente arqueado tal como uma boca 39a, 40a, 41a, 42a, 43a, respectivamente. Por meio do tamanho e da forma do recorte 39a, 40a, 41a, 42a, 43a é possível definir especificamente as paredes transversais 39 a 43 e assim afetar a resiliência total do apoio oposto 35. Também é possí- vel arranjar as paredes transversais 39 a 43 em um ângulo reto com relação à superfície de base 38 ou também inclinadas com relação a isto. Com isto e com o tamanho e forma dos recortes 39a, 40a, 41a, 42a, 43a é possível controlar não somente a resiliência total, mas também a forma da curva característica de elasticidade e a deformação alcançáveis.

[045] O rebaixo 37 é delimitado lateralmente na direção longitudinal pelas paredes 44, 45 que, juntamente com uma seção de fechamento 46 suportando a superfície de suporte de tecido 36, definem uma seção trapezoidal da ranhura ou recorte 37. Ao mesmo tempo, a seção de fechamento 46 forma a parte de fundo do rebaixo tal como ranhura 37. As partes das paredes laterais 44, 45 delimitando a parte trapezoidal do rebaixo 37 são inclinadas, preferivelmente uma na direção da outra, e têm uma seção transversal reta, tal como mostrado na figura 7. Referindo-se à modalidade exemplar de acordo com a figura 7, as paredes laterais têm uma seção transversal constante. A forma seccional transversal afeta a curva característica de elasticidade do apoio oposto 35 e é capaz de ter outras formas para satisfazer exigências específicas.

[046] Além disso, as paredes laterais 44, 45 podem ter seções se estendendo paralelas umas às outras, as ditas seções tendo os pés 47, 48 para fixar o apoio oposto 35 na seção 19. Rebaixos complementares são fornecidos na seção 19 para os pés 47, 48, os ditos rebaixos acomodando os pés 47, 48 a fim de prender os mesmos.

[047] Alternativamente, o apoio oposto 35 também pode ser feito de um componente composto de silicone/metal. Ao fazer assim, outros dispositivos de fixação a não serem os pés 47, 48 descritos anteriormente podem ser fornecidos. Estes dispositivos de fixação podem ser feitos de um material que é diferente do material elástico que define a curva característica de elasticidade do apoio oposto. Apesar disso, o apoio oposto pode ser considerado como um componente de peça única. Se o apoio oposto 35 compreender dispositivos de fixação de um outro tipo, os rebaixos descritos anteriormente na seção 19 podem ter uma configuração diferente ou podem estar completamente ausentes.

[048] Além do rebaixo 37, o apoio oposto 35 pode ter rebaixos adicionais. Por exemplo, os rebaixos 49, 50, 51, etc. podem ser formados no lado do apoio oposto 35 voltado para longe da superfície de base 38. Tais rebaixos 49 a 51 podem ser configurados a fim de se estender através da superfície de suporte de tecido 36 e serem arranjados a fim de se estender como uma fileira em ambos os lados do apoio oposto 35 ao longo de seu comprimento total. Entre dois rebaixos vizinhos 49, 51 e 50, 52, respectivamente, as extensões de centralização 52, 53 podem ser formadas, as ditas extensões preferivelmente sendo dimensionadas de uma tal maneira que elas - no estado inicial na condição não deformada - ficam em contato com o flanco interno dos respectivos braços 31, 32 da seção 19. No lado superior, as extensões de centralização 52, 53, assim como as extensões de centralização fornecidas entre os rebaixos adicionais, são niveladas com a superfície de suporte de tecido 36. As extensões de centralização 52, 53 têm uma dupla função de centralização: no estado não carregado elas centralizam o apoio oposto 35 entre os eletrodos de vedação 33, 34 (figuras 7 e 9A), e no estado fechado da ferramenta 16 elas centralizam o apoio oposto 35 em relação ao elemento de corte 23 (figura 9C). Também é possível que as extensões de centralização 52, 53 sejam arredondadas ou oblíquas na direção dos braços 31, 32 a fim de formar assim mais espaço para a acomodação de tecido dentro das seções 18, 19 fechadas, sem mudar significativamente as funções de centralização descritas anteriormente.

[049] Consequentemente, a superfície de suporte de tecido 36 consiste na região de impacto de eletrodo de corte em forma de tira estreita 54 que se estende ao longo do comprimento do apoio oposto 35 e dos lados superiores das extensões de centralização 52, 53 localizadas em ambos os lados. Entre as extensões de centralização 52, 53, entre outras coisas, existem respectivamente pares arranjados de rebaixos que correspondem aos rebaixos 49 a 51 e que podem ter uma seção transversal triangular.

[050] O apoio oposto 35 que foi descrito até agora é assentado em um modo de travamento positivo na seção 19 tal como pode ser inferido da figura 7. Para fixação do mesmo, os elementos de retenção 55, 56, 57 mostrados nas figuras 3 e 4 podem ser usados, os ditos elementos de retenção estando em contato com o lado traseiro da seção 19 e se estendendo por meio das abas apropriadas 58, 59 através de recessos fornecidos na seção 19 a fim de fixar o apoio oposto 35. A figura 3 ilustra os elementos de retenção 55, 56, 57 antes da fixação, e as figuras 4 e 7 após a fixação. A figura 7 mostra as duas abas 58, 59 do elemento de retenção 57 como um exemplo do estado fixado.

[051] De acordo com a ilustração da figura 2, o apoio oposto 35 e o elemento de corte 23 também formam um batente para tecido. Para isto, o elemento de corte 23 preferivelmente tem uma projeção de batente para tecido com uma superfície de suporte de tecido 60 que, preferivelmente, segue um arco de um círculo que é concêntrico ao eixo de articulação. A superfície correspondente do apoio oposto 35 na extremidade proximal tem uma superfície oposta de casamento de forma complementar que, preferivelmente, fica em contato sem folga com a superfície de batente para tecido 60.

[052] A fiação elétrica da ferramenta 16 está mostrada na figura 7. Uma fonte de energia elétrica adequada, por exemplo, na forma de um gerador HF 61, fornece energia elétrica, por exemplo, na forma de tensão CA de várias centenas de kHz. Esta tensão pode ser aplicada diretamente às seções 18, 19, por exemplo, e assim se tornarem ativas entre os primeiros eletrodos de vedação 27, 28 e os segundos eletrodos de vedação 33, 34. Um transformador 62 fornecido pelo gerador HF 61 pode ser usado para elevar a tensão HF e alimentar o eletrodo de corte 26.

[053] O instrumento 12 e, em particular, a ferramenta 16 operam tal como indicado a seguir.

[054] Em seguida, uma seção transversal exemplar da parte de boca que fecha tal como uma articulação será considerada. No estado aberto ou no estado fechado sem força da seção transversal visualizada, a ferramenta 16 está no estado tal como nas figuras 7 e 9A. O eletrodo de corte 26 está em contato com a superfície de suporte de tecido 36 sem força e mantém uma distância da dita superfície. Tecido segurado entre as seções 18, 19 seria deformado de modo mínimo ou não deformado nesta seção transversal.

[055] Se, na seção transversal visualizada, as seções 18, 19 forem agora deslocadas adicionalmente uma na direção da outra - tal como está mostrado sem tecido segurado na figura 9B - os primeiros eletrodos de vedação 27, 28 se aproximam dos segundos eletrodos de vedação 33, 34. Tecido segurado entre eles é apertado conjuntamente e deformado. Além disso, corrente é aplicada ao tecido e ele é assim cortado e coagulado. Ao fazer assim, o apoio oposto 35 assegura por causa de sua elasticidade que, apesar da contração de tecido, existe sempre tecido em contato com o eletrodo de corte até que o dito tecido seja completamente cortado.

[056] Se não existir tecido entre as seções, o eletrodo de corte 26 aperta contra a superfície de suporte de tecido 36 e deforma o apoio oposto 35. Enquanto isto acontece, a força direcionada pelo apoio oposto 35 contra o eletrodo de corte 26 aumenta gradualmente, tal como está ilustrado na figura 8, em uma primeira seção I da curva re- presentada a fim de então alcançar um patamar na seção II. Esta ilustração do diagrama de acordo com a figura 8 diz respeito a um segmento seccional transversal pequeno de modo infinitesimal das seções do instrumento. As forças indicadas no diagrama dizem respeito ao comprimento total do elemento de apoio oposto, sobre os valores extrapolados (por exemplo, somados) sobre todos os elementos infinite-simais. Alternativamente, esta característica também pode ser determinada em que a primeira seção e a segunda seção são deslocadas uma na direção da outra (fechadas) em uma direção paralela.

[057] Quando as seções 18, 19 continuam a ser deslocadas para serem juntadas na seção transversal visualizada, o apoio oposto 35 é deformado tal como mostrado na figura 9C. As extensões 52, 53 são elevadas para fora de contato com os lados internos dos braços 31, 32 e entram em contato com as superfícies laterais da seção de parede 25. Ao fazer assim, as paredes laterais 44, 45 curvam de modo crescente tal como está mostrado por meio de uma comparação das figuras 9A a 9C, e a parede transversal 39 é deslocada correspondentemente para baixo. Finalmente, as seções são deslocadas uma para a outra, ou os eletrodos de vedação 27, 28 e 33, 34 e a parte de boca são fechados. Começando neste ponto, nenhuma compressão adicional do apoio oposto não ocorre, a não ser que ainda exista tecido na parte de boca. Neste caso, uma parte do apoio oposto 35, por exemplo, a parede transversal 39, pode entrar em contato com pelo menos uma das placas de retenção de metal 55 a 57. Como um resultado, um aumento de força III pode ser observado após passar pelo patamar II na figura 8.

[058] Enquanto o tecido está sendo cortado ou quando a parte de boca fechada é reaberta, o apoio oposto 35 deformado se elevará de novo. A força de restauração do apoio oposto 35 na seção transversal visualizada diminui de novo; ver a curva IV. Assim que todas as partes do apoio oposto 35 que são suportadas pelas placas de retenção de metal 55 a 57 são elevadas de novo, uma deformação com força relativamente constante ocorre, correspondendo assim à progressão de curva V. A força aplicada pelo apoio oposto 35 contra o eletrodo de corte 26 nesta região de patamar de restauração V estaria - ao visualizar um fechamento paralelo idealizado - na faixa de 2 N a 4 N no centro de seção. Uma histerese pode ocorrer por causa da perda de energia no material elástico na progressão de força/caminho.

[059] Se, enquanto as partes de boca estão sendo fechadas, ainda existir tecido para ser cortado presente entre o eletrodo de corte 26 e a superfície de suporte de tecido 36, o apoio oposto 35 já se deformará antes de o eletrodo de corte 26 entrar em contato com a superfície de suporte de tecido 36. Se ativação for iniciada, os processos de corte e de vedação ocorrem ao mesmo tempo. Durante os processos de corte e de vedação movimentos de tecido diferentes ocorrem em pontos diferentes. Se o tecido a ser cortado ceder gradualmente por causa da operação de corte, a superfície de suporte de tecido 36 se aproxima do eletrodo de corte 26 cada vez mais. Neste ponto a força de restauração do apoio oposto 35 especifica a força de corte e assegura essencialmente o movimento de corte. Com as seções 18, 19 fechadas - com ou sem tecido - o apoio oposto 35 fica completamente dentro do molde externo da parte de boca que está sendo formada pelas seções 18, 19. Com a parte de boca fechada, o apoio oposto não se estende além dos lados externos de seção em nenhum ponto. Com as seções 18, 19 fechadas, o apoio oposto não se estende - no estado afrouxado nem no comprimido - além da superfície traseira da seção 19 na qual o dito apoio oposto está retido.

[060] Em contraste, a força de fechamento total aplicada às seções 18, 19 é consideravelmente maior que a força entre o apoio oposto 35 e o eletrodo de corte 26 e pode ser, por exemplo, de 10 N a 30 N, por exemplo, de 22 N, no centro da seção. Independentemente disso, o apoio oposto 35 estabelece uma força de 2 N a 8 N sobre o eletrodo de corte 26, de maneira que a força residual entre os eletrodos de vedação 27, 33 e 28, 34, respectivamente, se torna efetiva. Neste modo é possível executar duas coisas: uma vedação e coagula-ção seguras por causa de forças maiores e um corte limpo executado essencialmente de forma puramente elétrica. Os valores mencionados anteriormente da força de fechamento são uma função do projeto, em particular do tamanho das seções do instrumento cirúrgico. Condições geométricas mudadas, por exemplo, para aplicações cirúrgicas abertas ou controladas por máquina podem resultar em valores de força de fechamento diferentes.

[061] Em vez de o rebaixo aberto 37, o apoio oposto 35 também pode ter uma câmara vazia 63, tal como mostrado na figura 10. Além do mais, os rebaixos 49 a 51 podem ser fornecidos. Entretanto, tais rebaixos podem ser omitidos. A câmara vazia 63 pode ser redonda, trapezoidal, retangular, em forma de estrela ou ser configurada em formas similares.

[062] Em vez de uma única câmara grande, também é possível fornecer uma pluralidade de câmaras pequenas em que, por exemplo, o corpo do apoio oposto 35 de uma maneira geral, ou em zonas, é configurado como uma espuma de células abertas ou de células fechadas.

[063] Em uma ferramenta inventiva 16 para a coagulação e dissecação de tecido biológico é fornecido um apoio oposto 35 que tem pelo menos um rebaixo 37 aberto para o lado de fora e/ou uma ou mais câmaras vazias 63. O rebaixo 37 ou a câmara vazia 63 é configurada de uma tal maneira que o apoio oposto 35 - ao visualizar um segmento seccional transversal pequeno de modo infinitesimal - gera uma curva característica de elasticidade de força/caminho com uma região tal como um patamar II, V, durante compressão e nova expansão. Neste patamar II, V, o apoio oposto 35 - ao visualizar um contato paralelo idealizado do apoio oposto e do eletrodo de corte - preferivelmente fornece uma força entre 2 N e 4 N. A seção de caminho x na qual a curva característica de elasticidade indica o patamar II, IV preferivelmente é tão extensa quanto o tecido a ser dissecado é grosso, e está, por exemplo, na faixa de 0,2 a 1,5 mm; preferivelmente a espessura é de 1 mm, preferivelmente de modo particular de 0,5 mm. Como um resultado disto, é alcançado que a força exercida sobre o tecido durante a operação de corte permanece substancialmente constante na região de trabalho efetiva.

Lista de Símbolos de Referência: REIVINDICAÇÕES

Claims (15)

1. Instrumento (12) para segurar, coagular e dissecar tecido biológico, compreendendo uma primeira seção (18) na qual é fornecido pelo menos um eletrodo de vedação (27, 28), compreendendo uma segunda seção (19) na qual é fornecido pelo menos um segundo eletrodo de vedação (33, 34), em que pelo menos uma das seções (18, 19) é arranjada de modo móvel a fim de deslocar as seções (18, 19) uma na direção da outra e uma para longe da outra, e compreendendo um eletrodo de corte (26) que é arranjado em uma das seções (18, 19), compreendendo um apoio oposto (35) que é arranjado em uma das seções (18, 19) e é feito de um material elástico e tem uma superfície de suporte de tecido (36) confrontando o eletrodo de corte (26), caracterizado pelo fato de que o apoio oposto (35) tem pelo menos um rebaixo (37, 49 -51) que é aberto para o lado de fora e/ou pelo menos uma câmara vazia (63).

2. Instrumento de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o rebaixo (37) é configurado como uma ranhura voltada para longe da superfície de suporte de tecido (36).

3. Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o rebaixo (37) é arranjado a fim de se estender totalmente ou parcialmente através da seção transversal do apoio oposto.

4. Instrumento de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que a ranhura tem uma seção transversal que afunila na direção de seu fundo (46).

5. Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindica- ções anteriores, caracterizado pelo fato de que pelo menos uma parede transversal (39 - 43) é arranjada dentro da ranhura.

6. Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o apoio oposto (35) tem pés se projetando lateralmente (47, 48) que são associados com rebaixos complementares na seção (18, 19).

7. Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a seção (19) suportando o apoio oposto (35) tem um recesso voltado para longe do apoio oposto (35), onde pelo menos um elemento de retenção (55 - 57) é arranjado para a fixação do apoio oposto (35).

8. Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o apoio oposto (35), no estado afrouxado ou comprimido com as seções (18, 19) fechadas, não se estende além do rebaixo da seção (19) voltado para longe do apoio oposto (35).

9. Instrumento de acordo com as reivindicações 8 e 7, caracterizado pelo fato de que o elemento de retenção (55 - 57) tem abas (58, 59) que são arranjadas a fim de se estender para dentro do pelo menos um rebaixo (37) do apoio oposto (35) a fim de reter os pés laterais (47, 48) dentro dos rebaixos complementares.

10. Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que pelo menos um rebaixo (49 - 51) do apoio oposto (35) é arranjado a fim de se estender através da superfície de suporte de tecido (36).

11. Instrumento de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que o rebaixo (49 - 51) é arranjado fora de uma região de impacto de eletrodo de corte (54) da superfície de suporte de tecido (36) sobre a qual fica situado o eletrodo de corte com as seções (18, 19) fechadas, em cujo caso os rebaixos (49 - 51) preferivelmente são arranjados em ambos os lados da região de impacto de eletrodo de corte (54).

12. Instrumento de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que vários rebaixos (49 - 51) são arranjados ao longo de um lado da região de impacto de eletrodo de corte (54) e são separados uns dos outros por extensões de centralização (52, 53).

13. Instrumento de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que as extensões de centralização (52, 53) são configuradas a fim de ficarem em contato com as superfícies laterais de uma ranhura formada na seção (19).

14. Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o apoio oposto (35) -ao visualizar um segmento seccional transversal pequeno de modo infinitesimal - tem uma curva característica de elasticidade não linear com um patamar.

15. Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o material elástico é um material do grupo compreendendo os silicones.