BR102021026819A2

BR102021026819A2 - Instrumento de corte

Info

Publication number: BR102021026819A2
Application number: BR102021026819-0A
Authority: BR
Inventors: David Loeser
Original assignee: Erbe Elektromedizin Gmbh
Priority date: 2021-01-12
Filing date: 2021-12-30
Publication date: 2022-07-19
Also published as: US20220218408A1; EP4026507A1; JP2022108265A; CN114762620A; KR20220102119A

Abstract

INSTRUMENTO DE CORTE. A presente invenção refere-se a um instrumento inventivo (10), preferencialmente utilizável para fusão e corte de tecidos, munido de um suporte auxiliar (22) configurado como membrana fina e atribuído a um eletrodo de corte (17), disposto entre dois pares de eletrodos. A membrana fina é estendida em uma estrutura (25) na qual é mantida com a sua superfície circunferencial por uma substância ligante. A superfície circunferencial se estende em um ângulo preferencialmente reto em relação aos eletrodos de coagulação (28, 29) formados pelo lado superior da estrutura. Portanto, a força de compressão aplicada pela membrana, com a qual o tecido biológico (32) é pressionado contra o eletrodo de corte (17), é criada principalmente pela tensão de tração presente na membrana.

Description

INSTRUMENTO DE CORTE

[0001] A presente invenção refere-se a um instrumento eletrocirúr-gico que é configurado e adequado para corte ou fusão de tecidos ou para coagulação de tecidos, especialmente combinado com corte de tecido.

[0002] O documento JP 2004180843A descreve um instrumento de coagulação e corte de tecido com duas garras do tipo pinça que são móveis uma em relação à outra e entre as quais o tecido pode ser preso. As duas garras podem receber uma corrente para coagular o tecido preso entre elas. Além disso, uma das garras é composta por um elemento de corte ao qual é atribuído um suporte auxiliar elástico disposto na outra garra. São propostas configurações diferentes para o suporte auxiliar. Por exemplo, o suporte auxiliar elástico pode ter uma seção transversal quadrada e maciça, uma seção transversal oca ou uma seção transversal escalonada no formato de um T plano e pode ser inserido em uma ranhura com abertura descendente da garra inferior. Esse suporte auxiliar inclui uma seção superior mais larga virada para o elemento de corte e uma seção mais estreita que se estende até a ranhura. Durante o fechamento da garra, o suporte auxiliar deforma-se na ranhura. Enquanto a seção central do suporte auxiliar não se encosta em nenhum lugar, suas bordas são retidas e apoiadas em degraus que se estendem ao longo da ranhura central.

[0003] Um instrumento de coagulação e corte com um suporte auxiliar elástico é conhecido a partir do documento US 2004/0049185 A1. O suporte auxiliar é composto por uma seção transversal aproximadamente quadrada e é apoiado no lado oposto ao eletrodo de corte entre as duas pernas de uma garra que estão separadas e configuradas na forma de U. Os flancos do suporte auxiliar estão expostos.

[0004] O documento US 2009/0234355 A1 descreve um instrumento de coagulação e corte com um eletrodo de corte instalado em uma garra e um suporte auxiliar apoiado de forma móvel, disposto na outra garra. Este último é apoiado de forma resiliente para evitar a entrada do eletrodo de corte.

[0005] Outros exemplos de instrumentos eletrocirúrgicos com eletrodos de coagulação, eletrodos de corte e suportes auxiliares atribuídos aos eletrodos de corte podem ser extraídos da EP 1 632 192 A1 e da EP 2 754 403 A2.

[0006] Os requisitos relativos aos instrumentos de coagulação e corte aumentam em múltiplos aspectos. Existem tendências de miniatu-rização, bem como requisitos de confiabilidade e precisão de fabricação.

[0007] Partindo desse contexto, a presente invenção tem como objetivo fornecer um instrumento com pelo menos um desses aspectos aprimorado.

[0008] O instrumento da invenção de acordo com a reivindicação 1 está em conformidade com o objetivo a seguir:

[0009] O instrumento de acordo com a invenção inclui um eletrodo de corte em uma garra e um suporte auxiliar elástico na outra garra oposta. O suporte auxiliar é mantido em uma estrutura fornecida por uma respectiva garra ou por um componente separado. O suporte auxiliar é composto por uma superfície circunferencial que está conectada a uma estrutura de forma resistente à tensão. A estrutura fixa o suporte auxiliar em pelo menos dois lados opostos. De preferência, a estrutura circunda o suporte auxiliar em três lados, ou seja, nos seus dois flancos e na extremidade distal. O suporte auxiliar é conectado à estrutura pelo menos nos seus dois lados ou flancos longitudinais e, opcionalmente, também na sua extremidade distal. Nesse último caso, o suporte auxiliar fecha completamente a estrutura e não permite que o material entre na área abaixo do suporte auxiliar. No entanto, também é possível deixar a membrana livre na sua extremidade distal e/ou na sua extremidade proximal, ou seja, desconectada da estrutura.

[0010] A estrutura é composta por uma superfície virada para o suporte auxiliar conectado à superfície circunferencial do suporte auxiliar. A conexão é resistente à tensão, ou seja, a força de tensão da borda do suporte auxiliar em direção ao centro não libera o suporte auxiliar da estrutura. A conexão, preferencialmente, não tem folgas, ou seja, a superfície circunferencial do suporte auxiliar está totalmente conectada à estrutura de modo bidimensional. De preferência, em caso de carga ten-sional, nenhuma parte do suporte auxiliar se desprende da estrutura. Pode ser criada uma força de tração para que o eletrodo de corte e, quando adequado, o tecido biológico presente entre o eletrodo de corte e o suporte auxiliar, pressione este último durante o fechamento da garra, deslocando da sua posição de repouso e o esticando. Portanto, o suporte auxiliar é preferencialmente flexível, para que sua deformação crie tensões principalmente de tração, razão pela qual o suporte auxiliar também é chamado de "membrana". No caso preferido, o suporte auxiliar é configurado de modo que esteja na chamada condição de membrana. Em outras palavras, em relação às tensões mecânicas no estado sem carga com garras abertas e, de preferência, também no estado carregado com as garras fechadas, as tensões de tração presentes no material do suporte auxiliar são pelo menos aproximadamente iguais em todos os lugares.

[0011] A conexão resistente à tração entre o suporte auxiliar e a estrutura é, de preferência, obtida por uma substância ligante, conforme adequado, exclusivamente por uma substância ligante. Ela pode ser obtida de forma simples, em que uma membrana é criada em um processo de moldagem por ejeção no qual a estrutura faz parte da matriz de moldagem por injeção, ou seja, limita o fluxo de material do suporte auxiliar ainda líquido em sua superfície circunferencial. De preferência, a estrutura é feita de metal e o suporte auxiliar é feito de plástico flexível, por exemplo, plástico de silicone. A aderência entre a superfície circunferencial da membrana e a estrutura pode ser aumentada pela criação de um design respectivo para a superfície da estrutura virada para a membrana, por exemplo, por meio de desbaste. Além disso, a superfície da estrutura pode ser ativada por inteiro ou em seções para melhorar a aderência do suporte auxiliar. Para tanto, a superfície pode ser localmente ou totalmente submetida a um processo de revestimento CVD ou PVD. Se a estrutura for uma peça perfurada, as irregularidades em sua superfície criadas durante a perfuração poderão ser usadas para melhorar a aderência entre a estrutura e a membrana.

[0012] A conexão resistente à tração entre o suporte auxiliar e a estrutura pode ser suportada por um encaixe entre o suporte auxiliar e a estrutura, por exemplo, no caso de a estrutura incluir estruturas de encaixe ao longo da superfície virada para o suporte auxiliar, tal como aberturas, cortes ou similares.

[0013] De preferência, o suporte auxiliar é mantido na estrutura sem suporte. Em particular, ele não se encosta em nenhuma superfície virada para o lado oposto ao sentido de entrada do eletrodo de corte. Em outras palavras, a superfície superior livre virada para o eletrodo de corte é tão grande quanto a superfície inferior livre do suporte auxiliar virada para longe do eletrodo de corte. Como resultado desse arranjo, o tecido biológico mantido entre as garras é pressionado de maneira particularmente suave e uniforme contra o eletrodo de corte, de modo que o tecido mantido entre o eletrodo de corte e o suporte auxiliar seja cortado eletricamente, porém não mecanicamente. O processo de separação é exclusivamente elétrico. Tal resultado pode ser obtido tanto em configurações grandes do instrumento como em pequenas.

[0014] De preferência, o suporte auxiliar é composto por um plástico com isolamento elétrico, tal como silicone. No entanto, ele também pode ser feito de um plástico do tipo condutor elétrico intrínseco ou extrínseco, ou seja, por meio da incorporação de substâncias ou partículas condutoras de eletricidade. Dessa forma, pode ser criado um efeito térmico adicional durante o fluxo de corrente através do tecido.

[0015] De preferência, o suporte auxiliar é composto por dois flancos dispostos a uma distância constante um do outro. No entanto, a distância também pode diminuir na direção distal.

[0016] A espessura da seção central do suporte auxiliar que entra em contato com o eletrodo de corte em condições fechadas pode ser tão grande quanto a espessura da borda do suporte auxiliar. De preferência, a espessura da seção central é ainda menor que a da borda do suporte auxiliar. Com essa configuração, a principal vantagem da invenção é obtida. Durante o fechamento do instrumento, o suporte auxiliar sofre preferencialmente mais alongamento do que compressão ou flexão, como era frequentemente o caso na técnica anterior. Portanto, o suporte auxiliar do tipo membrana também pode adaptar-se bem a um tecido não homogêneo e mantê-lo em contato suave com o eletrodo de corte. No entanto, também é possível fazer com que a espessura do suporte auxiliar no centro abaixo do eletrodo de corte seja maior do que na extremidade (no flanco ou na superfície circunferencial).

[0017] Na posição de repouso, o suporte auxiliar pode ser arqueado para perto ou para longe do eletrodo de corte. Dessa forma, é possível ajustar diferentes caraterísticas elásticas para a obtenção do progresso desejado da força de pressão do tecido contra o eletrodo de corte durante a compressão, ou seja, durante o fechamento do instrumento.

[0018] Em uma modalidade vantajosa, as extremidades do suporte auxiliar estão niveladas com a estrutura no seu lado superior, bem como no seu lado inferior. Tal configuração simplifica a produção do instrumento, especialmente a criação do suporte auxiliar na estrutura.

[0019] O suporte auxiliar pode incluir uma ou várias seções que se estendem sobre a estrutura. De preferência, tal seção ou seções estão dispostas pelo menos na extremidade distal do suporte auxiliar ou na garra que as compreende. Essas seções podem servir como espaçado-res das garras e evitar que elas entrem em contato direto durante o fechamento. No entanto, além dessas seções, é vantajoso que o suporte auxiliar separado delas esteja nivelado com a estrutura nos lados superior e inferior.

[0020] Mais detalhes das modalidades vantajosas da invenção são derivados dos desenhos, da descrição associada, bem como das reivindicações em anexo. Nos desenhos em anexo:

[0021] a Figura 1 mostra o instrumento da invenção no estado fechado,

[0022] a Figura 2 é uma vista em seção transversal das garras superior e inferior do instrumento no estado aberto, de acordo com a Figura 1,

[0023] a Figura 3 é uma vista em seção transversal do instrumento, de acordo com as Figuras 1 e 2, no estado fechado e sem tecido,

[0024] a Figura 4 é uma vista em seção transversal do instrumento, de acordo com a Figura 3, com tecido entre as garras,

[0025] a Figura 5 é uma vista em seção transversal de uma modalidade modificada do instrumento no estado ligeiramente aberto,

[0026] a Figura 6 é uma vista em seção transversal de outra modalidade modificada do instrumento da invenção com as garras ligeiramente abertas,

[0027] a Figura 7 é uma vista parcialmente em perspectiva da garra inferior do instrumento de acordo com a Figura 6 e

[0028] a Figura 8 mostra uma matriz de moldagem por injeção de plástico para fabricar o suporte auxiliar do instrumento de acordo com as Figuras 1 a 5.

[0029] A Figura 1 ilustra um instrumento que está configurado para a fusão e corte de tecidos. O instrumento pode ser do tipo para uso em cirurgias abertas, um instrumento para uso laparoscópico ou um instrumento para uso endoscópico. O instrumento 10 é composto por garras 12, 13 que, por exemplo, são mantidas sobre uma haste flexível 11 ou uma haste rígida, em que pelo menos uma das garras, nesta modalidade a garra superior 12, é articulada para poder se aproximar e afastar da outra garra, neste exemplo, a garra inferior 13. O movimento pivo-tante em torno do eixo da dobradiça A é controlado por um mecanismo não ilustrado que se estende através da haste 11.

[0030] Como alternativa, o instrumento 10 também pode incluir duas garras apoiadas de modo articulado que se aproximam e se afastam uma da outra.

[0031] A Figura 2 ilustra a seção transversal do instrumento 10 de acordo com a Figura 1, cortado ao longo da linha II-II mostrada na Figura 1. Por exemplo, a garra superior 12 pode ser feita de uma peça metálica 14 com seção transversal em formato de U e sem revestimento ou com isolamento elétrico no exterior, cujas faces das pernas 5 servem como eletrodos de coagulação 15, 16. Os eletrodos de coagulação 15, 16 podem ter continuamente o formato de tira ou podem ser interrompidos por seções isolantes. Em vez de uma peça metálica 14, a garra superior 12 também pode incluir outra peça feita, por exemplo, de um material não condutor, tal como plástico, para que os eletrodos de coagulação 15, 16 sejam incorporados, por exemplo, na forma de chapas.

[0032] A garra superior 12 tem um eletrodo de corte 17 que é, por exemplo, feito de uma tira de chapa metálica fina. De preferência, o eletrodo de corte 17 é mantido em um corpo isolante 18 centralizado aproximadamente entre os eletrodos de coagulação 15, 16. O eletrodo de corte 17 é preferencialmente colocado na extensão 19 do corpo de isolamento 18 de modo que os dois lados planos do eletrodo de corte 17 estejam isolados. Entre a extensão 19 e as pernas da garra superior 12 que suportam os eletrodos de coagulação 15, 16, são criadas folgas 20, 21 que servem para o posicionamento do tecido.

[0033] A garra inferior 13 é composta por um suporte auxiliar 22 que serve para manter o tecido biológico no eletrodo de corte 17 durante um processo de corte. O suporte auxiliar 22 é um corpo flexível feito, por exemplo, de silicone, cuja espessura DM medida em sua seção central 23, particularmente na extensão do eletrodo de corte 17, é inferior à largura B medida transversalmente. O suporte auxiliar 22 é feito de material sólido. De preferência, sem espaços ocos.

[0034] Na lateral, o suporte auxiliar 22 une uma estrutura 25 à sua superfície circunferencial 24 e está conectado a ela de forma resistente à tensão, de preferência, por substâncias ligantes, por exemplo, por meio de sobremoldagem ou colagem. De preferência, a superfície circunferencial 24 não é estruturada, ou seja, é lisa, exceto por marcas de processamento, tais como superfícies de perfuração ou fratura. No entanto, ela também pode ser estruturada de modo a apoiar a conexão por substância entre o suporte auxiliar 22 e a estrutura 25, por exemplo, por meio do ajuste de forma.

[0035] De preferência, o suporte auxiliar 22 tem uma espessura Dr na extremidade adjacente à superfície circunferencial 24 que é pelo menos tão grande quanto a espessura DM na seção central 23. Além disso, a espessura Dr corresponde à espessura da estrutura 25, conforme medida na mesma direção, de modo que o suporte auxiliar 22 seja nivelado com a estrutura 25, tanto no lado superior 26 como no lado inferior 27.

[0036] A estrutura 25 é feita preferencialmente de metal, para que seu lado superior forme os eletrodos de coagulação 28, 29. Esses eletrodos de coagulação podem transitar entre si na extremidade distal da garra respectiva 12 ou 13.

[0037] A unidade composta pelo suporte auxiliar 22 e pela estrutura 25 pode ser fabricada em um processo de moldagem por injeção, no qual uma estrutura pré-fabricada 25 é inserida em uma respectiva matriz de moldagem por injeção, na qual é introduzido o material plástico do suporte auxiliar 22, de modo a estabelecer uma conexão firme com a estrutura 25 na superfície circunferencial 24. A unidade criada dessa forma está conectada à parte restante de suporte de carga da garra inferior 13 que, nesta modalidade, é feita de uma peça metálica em formato de U 30. Ela pode ser desprovida de revestimento ou eletricamente isolada, por exemplo, munida de um revestimento de plástico, no lado exterior. A estrutura 25 também pode ser desprovida de revestimento, isto é, eletricamente condutora, ou como alternativa, munida de um isolamento no lado virado para fora. A estrutura 25 pode ser eletricamente conectada à peça metálica 30 de forma condutora ou pode ser isolada em relação a ela. Pode haver uma folga entre o suporte auxiliar 22 e a peça metálica 30, que pode estar separada do meio ambiente ou conectada a ele por aberturas adequadas.

[0038] A Figura 3 ilustra o instrumento 10 no estado fechado. Os eletrodos 15, 28 se tocam ou são mantidos a uma pequena distância um do outro por espaçadores não ilustrados. O mesmo se aplica aos eletrodos de coagulação 16, 29. O eletrodo de corte 17 se assenta no suporte auxiliar 22 e o empurra para a folga de 31 sem que o lado inferior 27 do suporte auxiliar 22 entre em contato com a peça metálica 30 ou com qualquer outra peça que esteja presente na folga de 31. Por ter uma seção transversal estreita, ou seja, por ter uma espessura Dm significativamente inferior à largura B, o suporte auxiliar 22 se encontra substancialmente sujeito à tensão durante a deformação ilustrada na Figura 3, na qual é mostrado esticado. Da mesma forma, a conexão entre a sua superfície circunferencial 24 e a estrutura 25 está substancialmente sujeita à tensão.

[0039] O instrumento 10 funciona da maneira descrita a seguir:

[0040] Conforme ilustrado na Figura 4, para o tratamento do tecido biológico 32, primeiro, ele é retido entre as garras 12, 13. O tecido biológico 32 pode ser tecido de órgãos, um vaso sanguíneo ou outro tecido. As garras 12, 13 se aproximam uma da outra, agarrando o tecido 32. Ao mesmo tempo ou na sequência, os eletrodos de coagulação 15, 28, 16, 29 recebem tensão de coagulação e o eletrodo de corte 17 recebe tensão de corte. Conforme ilustrado na Figura 2, o suporte auxiliar 22 se desvia do eletrodo de corte 17 durante o fechamento do instrumento 10 e é tensionado desse modo. No entanto, o suporte auxiliar empurra o tecido 32 contra o eletrodo de corte 17. O tecido biológico 32 pode entrar nas folgas 20, 21 em ambos os lados da extensão 19. Os eletrodos de coagulação 15, 28 e 16, 29 coagulam o tecido mantido entre eles e o funde (caso ele seja um vaso), ou seja, fecha-o nesses locais. O tecido que recebe uma respectiva tensão de corte superior do eletrodo de corte 17 se encolhe e se separa, sendo que o suporte auxiliar 22 segura o tecido encolhido no eletrodo de corte 17.

[0041] Modificações são possíveis na invenção descrita até o momento. Por exemplo, conforme ilustrado na Figura 5, o suporte auxiliar 22 pode ter uma cúpula convexa voltada para o eletrodo de corte 17. Como resultado, primeiro a cúpula do suporte auxiliar 22 tem de ser superada para que o instrumento 10 possa ser fechado, o que pode causar um determinado efeito de estalo. Como alternativa, o suporte auxiliar 22 também pode ser completamente plano. Além disso, a descrição das Figuras de 1 a 4 aplica-se de modo correspondente à modalidade do instrumento 10 de acordo com a Figura 5.

[0042] O suporte auxiliar 22 também pode ser plano ou côncavo, como nas modalidades de acordo com as Figuras de 1 a 4, ou seja, configurado no formato de uma cúpula voltada para longe do eletrodo de corte 17. Com o progresso da espessura do centro 23 em direção à extremidade do suporte auxiliar 22, bem como as caraterísticas elásticas desejadas da cúpula, a progressão da força do percurso pode ser obtida durante o fechamento do instrumento 10.

[0043] Em todas as modalidades descritas acima, o suporte auxiliar 22 pode incluir extensões 33, 34, 35 que se projetam sobre a estrutura 25 e, assim, evitam o contato direto dos eletrodos de coagulação 15, 16 com os eletrodos de coagulação 28, 29. Além disso, o suporte auxiliar 22 desta modalidade, de preferência, se encontra nivelado com a estrutura 25 no seu lado superior 26, bem como no seu lado inferior 27.

[0044] A fabricação do suporte auxiliar 22 é ilustrada com referência à Figura 8. Para tanto, é fornecida uma matriz de moldagem por injeção de plástico 36 composta por uma metade superior 37 e uma metade inferior 38 entre as quais se forma uma gravação 39 que define a forma do suporte auxiliar a ser produzido. A Figura 8 ilustra uma gravação 39 em uma projeção com elevação central 40, que reduz a espessura do suporte auxiliar 22 a ser criado na seção central.

[0045] Para a fabricação do suporte auxiliar 22, a estrutura 25 é inserida na gravação 39 enquanto a matriz de moldagem por injeção de plástico 36 está aberta e a matriz de moldagem por injeção 36 é fechada. Em seguida, um plástico em estado líquido é despejado na gravação 39 de modo a preencher totalmente o espaço fornecido e entrar em contato com o interior da estrutura 25 aderindo-se a ela. Após a cura do plástico, a matriz de moldagem por injeção de plástico 36 pode ser aberta e o suporte auxiliar 22, removido.

[0046] No instrumento 10 da invenção, que é preferencialmente utilizável para fusão e corte de tecidos, o suporte auxiliar 22 configurado como uma membrana fina é atribuído a um eletrodo de corte 17 disposto entre dois pares de eletrodos. A membrana fina é estendida em uma estrutura 25 na qual é mantida no lugar com a sua superfície circunfe-rencial por uma substância ligante. A superfície circunferencial se estende em um ângulo preferencialmente reto em relação aos eletrodos de coagulação 28, 29 formados no lado superior da estrutura. Portanto, a força de prensagem aplicada pela membrana, com a qual o tecido biológico 32 é pressionado contra o eletrodo de corte 17, é criada principalmente pela tensão de tração presente na membrana.
LISTAGEM DE REFERÊNCIA
5 face da perna da peça metálica 14
10 instrumento
11 haste
12 garra superior
13 garra inferior
14 peça metálica
15, 16 eletrodos de coagulação da garra superior 12
17 eletrodo de corte
18 corpo isolante
19 extensão do corpo isolante
20, 21 folgas
22 suporte auxiliar
23 seção central do suporte auxiliar 22
24 superfície circunferencial do suporte auxiliar
25 estrutura
26 parte superior do suporte auxiliar 22
27 parte inferior do suporte auxiliar
28, 29 eletrodos de coagulação da garra inferior 13
30 peça metálica
31 folga
32 tecido biológico
33 - 35 extensões
36 matriz de moldagem por injeção de plástico
37 metade superior da matriz
38 metade inferior da matriz
39 gravação
40 projeção
A eixo da dobradiça
DM Espessura medida na seção central do suporte auxiliar
DR Espessura da borda do suporte auxiliar

Claims

Instrumento (10), particularmente para o corte ou para fusão de tecidos ou coagulação combinadas e corte de tecidos,
com duas garras (12, 13), pelo menos uma delas apoiada de maneira a se mover para perto e para longe da outra,
com um eletrodo de corte (17) disposto em uma das garras (12),
com um suporte auxiliar elástico (22) atribuído ao eletrodo de corte (17), disposto na outra garra (13) e mantido sobre uma estrutura (25) em contato com a sua superfície circunferencial (24),
caracterizado pelo fato de que o suporte auxiliar (22) é conectado por sua superfície circunferencial (24) à estrutura (25) de forma resistente à tração.
Instrumento de acordo com a reivindicação 1, caraterizado pelo fato de que o suporte auxiliar (22) é mantido sem apoio na estrutura (25).
Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caraterizado pelo fato de que o suporte auxiliar (22) é conectado à estrutura (25) por uma substância ligante.
Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caraterizado pelo fato de que o suporte auxiliar (22) é uma membrana plástica, cuja espessura (Dm) na seção central (23), medida na direção de movimento de pelo menos uma garra móvel (12) na qual o eletrodo de corte (17) é colocado durante o funcionamento, é tão grande quanto a superfície circunferencial (24).
Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caraterizado pelo fato de que o suporte auxiliar (22) é uma membrana plástica, cuja espessura (Dm) na seção central (23), medida na direção de movimento de pelo menos uma garra móvel (12) na qual o eletrodo de corte (17) é colocado durante o funcionamento, é inferior à de todos os outros locais.
Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caraterizado pelo fato de que o suporte auxiliar (22) é uma membrana plástica, cuja espessura (Dm) na seção central (23), medida na direção de movimento de pelo menos uma garra móvel (12) na qual o eletrodo de corte (17) é colocado durante o funcionamento, é maior que em todos os outros locais.
Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caraterizado pelo fato de que o suporte auxiliar (22) tem o formato de uma cúpula côncava ou convexa, em posição de repouso, no lado virado para o eletrodo de corte (17).
Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caraterizado pelo fato de que o suporte auxiliar (22) é configurado e disposto na abertura limitada pela estrutura (25) de modo a fechar completamente a abertura.
Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caraterizado pelo fato de que o suporte auxiliar (22) está configurado para ser nivelado com a estrutura (25) no seu lado superior (26), bem como no lado inferior (27).
Instrumento de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caraterizado pelo fato de que o suporte auxiliar (22) inclui uma seção (33, 34, 35) que se estende sobre a estrutura (25).
Instrumento de acordo com a reivindicação 10, caraterizado pelo fato de que a seção (34) está disposta na extremidade distal da garra (13) com o suporte auxiliar (22).
Método de fabricação de um suporte auxiliar para um instrumento como definido na reivindicação 1, caracterizado por incluir as seguintes etapas:
fornecer uma matriz de moldagem por injeção de plástico (36) com uma gravação (39) para a estrutura (25), dispor a estrutura (25) na gravação (39), introduzir o plástico na gravação (39), de modo que ele entre em contato e se ligue de modo aderente à estrutura (25),
solidificar o plástico de modo a formar o suporte auxiliar (22) juntamente com a estrutura (25), e
abrir a matriz de moldagem por injeção (36) e remover o suporte auxiliar (22).