BR102014025392A2

BR102014025392A2 - Almofada guia e cabeçote de corte para uma ferramenta de corte

Info

Publication number: BR102014025392A2
Application number: BR102014025392-0A
Authority: BR
Inventors: Van Doorn Eva; Hansson Per
Original assignee: Sandvik Intellectual Property Ab
Priority date: 2013-10-16
Filing date: 2014-10-10
Publication date: 2018-04-24
Also published as: JP2015077679A; US20150104267A1; US9862035B2; CN104551124A; RU2014139645A; KR20150044405A; EP2862655A1

Abstract

almofada guia e cabeçote de corte para uma ferramenta de corte a presente invenção está correlacionada a uma almofada guia para uma ferramenta de corte, a almofada guia (6) sendo formada com pelo menos uma superfície deslizante (13), que é convexamente curva em um plano perpendicular a um eixo longitudinal (8) da almofada guia, cada superfície deslizante compreendendo duas subsuperfícies deslizantes convexamente curvas (13'), separadas por uma formação transportadora de fluido (20) tendo uma extensão longitudinal numa direção paralela ao eixo longitudinal. a formação transportadora de fluido (20) é aplainada ou apresenta um formato convexamente curvo numa direção perpendicular ao eixo longitudinal (8), tendo um raio (r2) de curvatura maior que o raio (r1) da superfície deslizante (13) .

Description

(54) Título: ALMOFADA GUIA E CABEÇOTE DE CORTE PARA UMA FERRAMENTA DE CORTE (51) Int. Cl.: B23B 27/00 (30) Prioridade Unionista: 16/10/2013 EP 13 188 908.1 (73) Titular(es): SANDVIK INTELLECTUAL PROPERTY AB (72) Inventor(es): VAN DOORN, EVA; HANSSON, PER (74) Procurador(es): MAGNUS ASPEBY / CLÁUDIO SZABAS (57) Resumo: ALMOFADA GUIA E CABEÇOTE DE CORTE PARA UMA FERRAMENTA DE CORTE A presente invenção está correlacionada a uma almofada guia para uma ferramenta de corte, a almofada guia (6) sendo formada com pelo menos uma superfície deslizante (13), que é convexamente curva em um plano perpendicular a um eixo longitudinal (8) da almofada guia, cada superfície deslizante compreendendo duas subsuperfícies deslizantes convexamente curvas (13'), separadas por uma formação transportadora de fluido (20) tendo uma extensão longitudinal numa direção paralela ao eixo longitudinal. A formação transportadora de fluido (20) é aplainada ou apresenta um formato convexamente curvo numa direção perpendicular ao eixo longitudinal (8), tendo um raio (R2) de curvatura maior que o raio (Rl) da superfície deslizante (13).

__

1/20

ALMOFADA GUIA E CABEÇOTE DE CORTE PARA UMA FERRAMENTA DE

CORTE

Campo da Invenção [001] A presente invenção está correlacionada a uma almofada guia para uma ferramenta de corte, a almofada guia sendo formada com pelo menos uma superfície deslizante, a qual é convexamente curva quando visualizada em um plano perpendicular a um eixo longitudinal da almofada guia, cada superfície deslizante compreendendo duas subsuperfícies deslizantes convexamente curvas, separadas por uma formação transportadora de fluido tendo uma extensão longitudinal numa direção paralela ao eixo longitudinal.

[002] A invenção também se refere a um cabeçote de corte compreendendo essa almofada guia.

Antecedentes da Invenção [003] As almofadas guias são usadas durante a usinagem por corte em metais e outros materiais duros em, por exemplo, cabeçotes de corte de ferramentas de perfuração de furo profundo, a fim de impedir o desgaste do cabeçote de corte e orientar a ferramenta de perfuração durante o processo de perfuração, desse modo, mantendo o cabeçote de corte ao longo de uma linha de eixo reto, para criar uma abertura de furo, que seja reta, com a maior precisão possível. Para tal fim, pelo menos duas almofadas guias são montadas em um respectivo assento, sobre um perímetro externo ou superfície envoltória do cabeçote de corte por meio de, por

2/20 exemplo, aparafusamento, aperto ou soldagem. Uma superfície deslizante da almofada guia que se opõe externamente e se apoia contra a abertura de furo periférica é normalmente formada com uma seção transversal parcialmente circular, tendo o mesmo ou um pouco menor raio de curvatura que do raio da abertura de furo.

[004] Durante o processo de perfuração, a almofada guia é exposta a altas temperaturas devido ao atrito contra a parede do furo que, em combinação com a alta pressão contra a parede do furo, faz com que as almofadas guias se submetam ao desgaste, proporcionando a formação de fissuras. A fim de reduzir a tendência de desgaste e formação de fissuras, é uma prática comum prover um fluido de resfriamento e lubrificação que é alimentado através dos canais, dentro da ferramenta de perfuração, dentro da abertura de furo. Entretanto, o fluido de resfriamento/lubrificação, frequentemente, pode não alcançar com suficiente proporção toda a zona de contato entre a almofada guia e a parede do furo, o que torna os procedimentos de resfriamento/lubrificação insuficientes, de modo que o desgaste e formação de fissuras serão ainda consideráveis.

[005] Na Patente US 2013/0051944 são divulgadas diversas almofadas guias, que, nas modalidades de acordo com as figuras 5 a 8, são providas de múltiplas fendas de lubrificação, de diferentes padrões, na superfície deslizante. Isso irá melhorar o resfriamento e a lubrificação das zonas de contato entre a almofada guia e a

3/20 parede do furo, uma vez que o fluido de resfriamento/lubrifícação pode ser alimentado de modo mais fácil a cada zona de contato. Entretanto, infelizmente, as fendas de lubrificação também irão formar impressões de fratura ou concentrações de esforços, que, por sua vez, irão promover a formação de fissuras.

Resumo da Invenção [006] Um objetivo da presente invenção é proporcionar uma almofada guia para uma ferramenta de corte tendo uma formação transportadora de fluido na superfície deslizante que é melhorada em relação às almofadas guias de acordo com o estado da técnica, pelo que a formação transportadora de fluido não enfraquece a almofada guia, comparativamente, na mesma proporção das almofadas guias do estado da técnica que apresentam uma formação transportadora de fluido. Assim, pelo menos esse objetivo é alcançado por uma almofada guia, conforme descrito na reivindicação 1.

[007] Consequentemente, o fundamento da invenção consiste do critério de que esse objetivo pode ser alcançado através da produção da formação transportadora de fluido na forma de uma superfície aplainada, ou de uma superfície convexamente curva, tendo um raio de curvatura maior que da superfície deslizante, em que a formação transportadora de fluido se estende na metade e em paralelo ao eixo longitudinal da almofada guia, sendo formada como um chanfro da superfície deslizante da almofada guia, de modo que a superfície deslizante seja dividida em duas i/20 subsuperfícies deslizantes. A formação transportadora de fluido é suavemente fundida com as subsuperficies deslizantes, sem que haja formação de fendas de solicitação de esforços, como nos dispositivos do estado da técnica. 0 termo suavemente fundida no presente contexto significa que o ângulo entre a superfície aplainada ou ligeiramente convexamente curva da formação transportadora de fluido e cada das subsuperfícies deslizantes durante a transição pode variar entre 90-180°, preferivelmente, entre 135-175°. A transição em si pode se apresentar na forma de uma aresta mais aguda. Desse modo, a formação transportadora de fluido não irá enfraquecer e elevar as tensões na mesma proporção se a dita formação transportadora de fluido for produzida como uma fenda, conforme o estado da técnica, ao mesmo tempo em que a capacidade de transporte de fluido pode ser tornada suficíentemente grande, a fim de suprir as superfícies de contato nas subsuperfícies deslizantes, as quais durante a usinagem estarão em contato com o material a ser usinado, com suficientes quantidades de fluido de resfriamento e lubrificação. Como uma modalidade alternativa, a transição entre a formação transportadora de fluido e cada das subsuperfícies deslizantes pode ser feita, adicionalmente, numa forma arredondada para fora. Entretanto, normalmente, é preferido que a aresta seja feita de modo diferente e bem definida, mediante simples usinagem da superfície transportadora de fluido dentro da almofada guia, por razões de simplificação de fabricação. Por outro lado, uma vantagem de se dispor de uma aresta

5/20 arredondada é que o fluido de resfriamento pode circular mais facilmente a partir da superfície transportadora de fluido para as subsuperfícies deslizantes e, assim, intensificar o resfriamento.

[008] Conforme indicado na reivindicação 1, a formação transportadora de fluido pode ser formada como uma superfície aplainada ou como uma superfície convexamente curva, tendo um raio de curvatura maior, relativamente à superfície deslizante. Uma vantagem de se ter a formação transportadora de fluido aplainada é que a mesma pode ser formada de uma maneira bastante simples e econômica. Uma vantagem de se ter a formação transportadora de fluido convexamente curva é que a mesma enfraquece a almofada guia em uma menor proporção do que uma formação transportadora de fluido aplainada. Além disso, uma almofada guia com uma superfície transportadora de fluido aplainada pode ser produzida com uma menor largura, se comparado com uma almofada guia tendo uma formação transportadora de fluido convexamente curva e, ainda assim, terá a mesma capacidade de transporte de fluido. Além disso, uma formação transportadora de fluido aplainada é de produção um pouco mais fácil e, consequentemente, menos dispendiosa, do que uma formação transportadora de fluido aplainada convexamente curva.

[009] Dentro dessa ideía global da invenção, uma almofada guia de acordo com a invenção pode ser formada ou projetada de diversas diferentes maneiras. Nas modalidades da invenção descritas e ilustradas a seguir, a almofada guia é

6/20 intercambiável quatro vezes, isto é, ela compreende quatro superfícies deslizantes ou, no total, oito subsuperfícies deslizantes, que, em sequência, podem ser posicionadas numa posição ativa para deslizamento contra a parede do furo e para orientar a ferramenta de perfuração. Isso é obtido pelo fato de que a almofada guia compreende duas superfícies principais opostas, cada uma apresentando duas superfícies deslizantes, isto é, um total de quatro subsuperfícies deslizantes por superfície principal, em que existe uma superfície deslizante em cada porção terminal relativamente ao eixo longitudinal da almofada guia. Ao girar a almofada guia, opcionalmente, no plano mediano ou em torno do eixo longitudinal, é consequentemente possível colocar uma arbitrária das superfícies deslizantes numa posição para deslizamento e disposição contra a parede do furo. Entretanto, deverá ser entendido que a almofada guia, logicamente, pode também ser provida de apenas duas superfícies deslizantes sobre somente uma das superfícies principais, ou mesmo somente uma única superfície deslizante.

[010] Nas modalidades seguintes, as superfícies deslizantes da almofada guia são ilustradas como tendo o mesmo raio de curvatura da abertura de furo. Entretanto, as superfícies deslizantes podem também apresentar um raio de curvatura menor que a curvatura da abertura de furo. As superfícies deslizantes não devem apresentar um raio de curvatura maior que o raio de curvatura da abertura de furo, pelo fato de que isso poderá fazer com que as superfícies deslizantes se

7/20 mantenham contra a parede do furo somente com seus pontos de cantos externos, o que poderá provocar um rápido desgaste da almofada guia e também possível arranhamento da parede do furo. De fato, as superfícies deslizantes não precisam ser formadas com uma curvatura parcial circular, ao invés disso, podem ser curvas de qualquer modo adequado, e as subsuperfícies deslizantes individuais não precisam ter a mesma curvatura ou o mesmo centro de curvatura.

Breve Descrição dos Desenhos [011] As modalidades exemplificativas da invenção serão descritas a seguir fazendo-se referência aos desenhos anexos, nos quais:

- a figura 1 é uma vista em perspectiva de uma ferramenta de corte, na forma de um cabeçote de corte para perfuração de furo profundo, o qual é provido de duas almofadas guias de acordo com a invenção, das quais uma é mostrada destacada do cabeçote de corte;

- a figura 2 é uma vista frontal do cabeçote de corte, de acordo com o mostrado na figura 1;

- a figura 3 é uma seção transversal através de uma peça de trabalho, mostrando ainda uma abertura de furo sendo perfurada por meio de um cabeçote de corte, de acordo com o mostrado nas figuras 2 e 3;

- a figura 4 é uma seção longitudinal ao longo da linha IVIV mostrada na figura 3;

- as figuras 5 a 9 representam uma vista em perspectiva, uma vista tomada de cima de uma superfície principal, uma

8/20 vista lateral, uma seção longitudinal e uma vista de extremidade, respectivamente, de uma primeira modalidade de uma almofada guia, de acordo com a invenção;

- a figura 10 é uma vista em seção transversal ampliada, através de uma porção de uma almofada guia de acordo com o mostrado nas figuras 5-9, sendo posicionada dentro de uma abertura de furo de uma peça de trabalho, durante a perfuração do furo;

- a figura 11 é uma vista em seção transversal ampliada, de acordo com a figura 10, de uma segunda modalidade de uma almofada guia de acordo com a invenção;

- a figura 12a é uma vista em seção transversal de uma almofada guia e de uma porção de assento de um cabeçote de corte, em um estágio desconectado;

- a figura 12b é uma vista em seção transversal, de acordo com a figura 12a, com a almofada guia sendo montada no assento do cabeçote de corte e se apoiando e deslizando sobre uma parede de furo de uma peça de trabalho, durante a perfuração de um furo na mesma;

- a figura 13 é uma vista em perspectiva de uma terceira modalidade de uma almofada guia, de acordo com a presente invenção; e

- a figura 14 é uma vista em seção transversal através de uma almofada guia, ilustrando a localização das superfícies de apoio em relação a um círculo imaginário e a um plano mediano.

Descrição Detalhada de Modalidades da Invenção

9/20 [012] Primeiramente, é feita referência às figuras 1 e 2, que ilustram uma ferramenta de corte na forma de um cabeçote de corte (1) para uma ferramenta de perfuração, numa vista em perspectiva e vista frontal, respectivamente. 0 cabeçote de corte se encontra em uma extremidade dianteira provida de pastilhas de corte (2), e na extremidade traseira com uma rosca externa (3) . 0 cabeçote de corte é adaptado, por meio da rosca externa, para ser fixado a um tubo de perfuração (não mostrado), que pode ser suportado por um adequado dispositivo de suporte.

[013] Conforme melhor observado a partir das figuras 2 e 3, das quais a última mostra uma seção transversal através de uma peça de trabalho (4) e a extremidade dianteira do cabeçote de corte (1) durante a perfuração, o cabeçote de corte compreende três pastilhas de corte (2), que são posicionadas de modo a que suas respectivas arestas de corte sejam posicionadas ao longo de uma linha reta, através de um eixo de rotação (14) do cabeçote de corte, com duas pastilhas de corte posicionadas principalmente sobre um lado do eixo de rotação, e uma sobre o outro lado que se opõe na direção contrária. Durante a rotação do cabeçote de corte em relação à peça de trabalho, na direção de uma seta (Rot), as pastilhas de corte (2) irão cortar e remover aparas ou cavacos da peça de trabalho, de modo que seja formada uma abertura de furo (5) na peça de trabalho. A disposição das pastilhas de corte, com as duas pastilhas de corte sobre um lado do eixo de rotação e a outra pastilha de corte sobre o outro lado e se opondo na direção

10/20 contrária fará com que o cabeçote de corte seja atuado por uma força resultante dirigida, aproximadamente, conforme ilustrado por uma seta (R) (conforme visto na figura 2). Ά fim de equilibrar e absorver a força resultante (R) , uma almofada guia (6) é posicionada sobre cada lado da força resultante (R) , sendo cuidadosamente montada, de modo que uma superfície de contato dianteira externa de cada almofada guia se apoie e deslize sobre a superfície interna da parede do furo (7). Desse modo, é garantido que o cabeçote de corte não irá se desgastar contra a parede do furo. Em vez disso, as pequenas intercambiáveis e permutáveis almofadas guias (6) serão submetidas, substancialmente, a todo o desgaste contra a parede do furo, além de orientar e centralizar o cabeçote de corte, garantindo que o cabeçote de corte irá seguir uma linha reta durante a perfuração.

[014] As figuras 5 a 9 ilustram em detalhes o projeto de uma modalidade de uma almofada guia (6), de acordo com a invenção. A almofada guia, geralmente, apresenta a forma de um paralelepípedo, que apresenta um eixo longitudinal (8) e compreende duas superfícies principais opostas (9), duas superfícies laterais longitudinais opostas (10) e duas superfícies terminais opostas (11). A almofada guia ilustrada é simétrica em relação a um plano mediano (12) e é intercambiável quatro vezes, isto é, ela compreende quatro superfícies deslizantes (13), duas em cada superfície principal, que, em sequência, podem ser colocadas em posição para se situar e deslizar contra a

11/20 parede do furo mediante rotação da almofada guia, por um lado, girando a almofada guia no plano mediano (12) e, por outro lado, a almofada guia sendo girada em torno de seu eixo longitudinal (8), de modo a expor a outra superfície principal na direção da parede do furo durante a perfuração. As superfícies deslizantes são convexamente curvas, quando visualizado em um plano perpendicular ao eixo longitudinal, em que o raio da curvatura é igual ou menor que o raio da curvatura dos furos para os quais elas são adaptadas de serem usadas. A fim de garantir que apenas uma das superfícies deslizantes (13) em cada superfície principal da almofada guia é submetida ao desgaste no curso do tempo, a almofada guia é montada no cabeçote de corte com uma pequena inclinação de seu eixo longitudinal (8) em relação a um eixo longitudinal (14) do cabeçote de corte, conforme ilustrado na seção longitudinal da figura 4. Desse modo, um pequeno espaçamento (15) é estabelecido entre a parede do furo e a superfície deslizante traseira da almofada guia, e somente a extremidade dianteira da superfície deslizante dianteira (13) se dispõe em contato com a parede do furo.

[015] Durante a perfuração por meio da ferramenta de perfuração, um fluido de resfriamento e lubrificação, tal como, óleo, água ou gás, é proporcionado à abertura de furo (5) , de modo que o fluido seja trazido para circular em volta do perímetro do cabeçote de corte (1), de modo a resfriar e lubrificar as pastilhas de corte (2) durante o corte, mas, também, para resfriamento e lubrificação das

12/20 almofadas guias (6), que correm o risco de serem superaquecidas com subsequente excesso de desgaste e formação de fissuras, devido ao calor de atrito gerado, na medida em que as ditas almofadas guias se mantêm e deslizam contra a parede do furo (7), durante a perfuração. 0 fluido de resfriamento e lubrificação circula substancialmente ao longo de todo o perímetro do cabeçote de corte, uma vez que somente as superfícies deslizantes das almofadas guias se dispõem e deslizam contra a parede do furo, de modo que um pequeno espaçamento (16) é formado entre o restante do cabeçote de corte e a parede do furo, conforme pode ser melhor observado nas figuras 3 e 4. Entretanto, também são formados primeiro e segundo dutos de resfriamento (17) na direção do eixo longitudinal (14), ao longo da superfície envoltória do cabeçote de corte, para garantir um fluxo suficientemente grande do fluido de resfriamento e lubrificação para a extremidade de corte. A fim de possibilitar uma subsequente descarga do fluido juntamente com os cavacos produzidos durante a perfuração, o cabeçote de corte é provido de primeira e segunda aberturas (18) e um canal interno (19), que está em comunicação fluida com um furo interno do tubo de perfuração. A primeira abertura (18) é posicionada na área em frente das duas partilhas de corte (2) sobre um lado do eixo de rotação, e a segunda abertura na área em frente da única pastilha de corte no outro lado do eixo de rotação. Durante a operação de perfuração com o cabeçote de corte, o fluido de resfriamento e lubrificação é alimentado sob pressão dentro

13/20 da abertura de furo e circula ao longo do perímetro externo do cabeçote de corte, na direção da extremidade dianteira do cabeçote de corte, na base da abertura de furo. Neste ponto, o fluido de resfriamento e lubrificação circula na direção interna do eixo de rotação (14), passa pelas pastilhas de corte (2) e lava os cavacos, depois, circula dentro das primeira e segunda aberturas (18) e através do canal interno (19) e distante do cabeçote de corte. Conforme pode ser observado das figuras 2 e 3, os primeiro e segundo dutos de resfriamento (17), quando visualizados na direção de rotação (Rot) , são localizados na área em frente das respectivas almofadas guias (6), que faz com que uma grande quantidade do fluido de resfriamento seja disponível na frente das almofadas guias e seja forçada dentro da zona de contato entre cada almofada guia e a parede de furo durante a rotação.

[016] A fim de melhorar o resfriamento e a lubrificação das almofadas guias, cada uma delas é formada com uma formação transportadora de fluido (20) em cada superfície deslizante (13). A formação transportadora de fluido (20) apresenta uma extensão longitudinal numa direção do eixo longitudinal (8), que, por sua vez, é praticamente paralela ao eixo de rotação (14) do cabeçote de corte. Consequentemente, cada formação transportadora de fluido separa a associada superfície deslizante dentro de duas subsuperfícies deslizantes (13^z). De acordo com a invenção, a formação transportadora de fluido (20) é aplainada ou apresenta um formato convexamente curvo, quando visualizado em um plano

14/20 perpendicular ao eixo longitudinal da almofada guia, e a formação transportadora de fluido apresenta um raio de curvatura maior que da superfície deslizante (13) . A formação transportadora de fluido (20) é visível pelas vistas e seção longitudinal apresentadas nas figuras 5 a 9 de uma modalidade de uma almofada guia de acordo com a invenção, tendo uma formação transportadora de fluido aplainada, sendo também ilustrada nas esquemáticas seções transversais apresentadas na figura 10, que ilustra uma almofada guia (6) tendo uma formação transportadora de fluido aplainada (20), e na figura 11, é mostrada uma almofada guia tendo uma formação transportadora de fluido convexamente curva (20), tendo um raio (R2) maior que o raio (Rl) das subsuperfícíes adjacentes (13'), formando a superfície deslizante (13). As seções transversais das figuras 10 e 11 são apresentadas com raios (Rl) e (R2) exagerados, a fim de mais claramente ilustrar a relação mútua entre as subsuperfícies deslizantes (13') e a formação transportadora de fluido (20) da almofada guia e a parede do furo (7) da peça de trabalho (4). Conforme é evidente das figuras, devido ao modelo da almofada guia, será formado um espaçamento estreito (21) entre a formação transportadora de fluído (20) e a parede do furo (7), em cujo espaçamento o fluido de resfriamento e lubrificação pode circular para a zona de contato, entre as subsuperfícies deslizantes (13') e a parede do furo (7), durante a rotação da almofada guia junto com o cabeçote de corte. Pelo fato de os raios (Rl) e (R2) se apresentarem de

15/20 modo exagerado nas figuras, os espaçamentos (21) entre as formações transportadoras de fluido e a parede do furo, na realidade, serão mais estreitos que os ilustrados, mas, na maioria dos casos, isto é suficiente, se o espaçamento for de pelo menos 0,1-0,05 mm na extremidade dianteira de uma zona de contato não desgastada das superfícies deslizantes, possibilitando levar suficientes quantidades de fluido de resfriamento e lubrificação para a zona de contato. Além disso, a formação transportadora de fluido (20) apresenta uma largura menor que metade da largura da almofada guia. Desse modo, é garantido um suficiente contato entre a almofada guia e a parede do furo.

[017] Conforme é evidente das apresentações das figuras 4, 5, 7 e 8, a almofada guia apresenta uma espessura um pouco menor na porção intermediária (22) em torno de um furo de montagem (23) para um parafuso (24), assim como, nas superfícies laterais (10), do que em cada extremidade das superfícies deslizantes (13) nas superfícies terminais (11). Desse modo, é fácil para o fluido de resfriamento e lubrificação circular entre a almofada guia e a parede do furo na porção intermediária e, depois, acompanhar a formação transportadora de fluido (20) na direção longitudinal da almofada guia, se dirigindo para a extremidade de corte para resfriamento e lubrificação da superfície de contato de cada subsuperfície deslizante. A fim de facilitar a inserção e retração do cabeçote de corte (1) para dentro e para fora de um furo numa peça de trabalho, as extremidades da almofada guia são providas de

16/20 uma primeira superfície de transição (32) entre cada subsuperfície deslizante (13') e a superfície terminal (11) , assim como, de uma segunda superfície de transição (33) entre a formação transportadora de fluido (20) e a superfície terminal. As superfícies de transição (32), (33) podem ser formadas como chanfros, conforme ilustrado nos desenhos, mas, também, podem apresentar outros formatos. Assim, por exemplo, podem ser formadas de modo arredondado tendo um raio adequado. Consequentemente, a almofada guia será um pouco mais afunilada na direção da superfície terminal (11) e nem as subsuperfícies deslizantes (13') ou a formação transportadora de fluído (20) irão se estender para fora da superfície terminal.

[018] Quando a perfuração é iniciada com uma subsuperfície deslizante nova e não desgastada, o contato entre a almofada guia (6) e a parede do furo, devido à inclinação da almofada guia em elação ao eixo de rotação (14), terá, primeiramente, a forma de um simples pequeno ponto de contato, no caso de os raios das subsuperf ícies serem menores que o raio do furo, ou de uma linha curva, no caso de os raios das subsuperfícies serem iguais ao raio do furo. Entretanto, logo após colocar em operação uma superfície deslizante nova, a superfície de contato em cada subsuperfície (13') irá começar a se propagar, devido ao incipiente desgaste da almofada guia e depois de algum tempo, terá o formato conforme mostrado nas áreas (25) , apresentado com linhas simuladas na figura 6, que será o aspecto da mesma no caso de as subsuperfícies deslizantes

17/20 guia ter principais opostas é terem um raio de curvatura um pouco menor que o raio da abertura do furo.

[019] As modalidades da almofada guia conforme aqui divulgadas são intercambiáveis quatro vezes, por terem duas superfícies principais opostas, cada uma delas tendo duas superfícies deslizantes (13) localizadas numa respectiva extremidade da almofada guia. Um problema de uma almofada superfícies deslizantes sobre superfícies que quando as superfícies as superfícies deslizantes sobre uma primeira superfície principal são desgastadas e a almofada guia é girada para colocar uma superfície deslizante sobre a superfície principal oposta na posição de se apoiar e deslizar contra a parede do furo, as superfícies deslizantes sobre a primeira superfície principal que não foram deformadas devido ao desgaste, não poderão servir como superfícies de apoio para sustentar e suportar a almofada guia numa posição correta, dentro de estreitas tolerâncias em relação ao cabeçote de corte.

[020] Para superar esse problema, a almofada guia, conforme melhor observado nas figuras 12a e 12b, é provida de duas superfícies de apoio (26), ao longo de cada superfície lateral longitudinal da almofada guia, as quais sai localizadas em um respectivo lado e se defrontam distantes do plano mediano (12), e apresentam pelo menos alguma extensão na direção em paralelo ao eixo longitudinal (8). As superfícies de apoio (26) podem se estender ao longo de toda a extensão longitudinal ou partes do dito eixo,

18/20 preferivelmente, as superfícies de apoio apresentam alguma extensão próxima da extremidade da almofada guia para proporcionar suficiente suporte para a porção deslizante da superfície deslizante (13) durante a perfuração.

[021] As superfícies de apoio (26) e a superfície da formação transportadora de fluido (20) sobre o mesmo lado do plano mediano (12) são, além disso, localizadas entre o plano mediano (12) e um arco de círculo imaginário tendo o menor raio de curvatura que, simultaneamente, pode contatar tangencialmente um ponto de contato arbitrário em cada das subsuperfícies deslizantes (13'), isto é, um arco de círculo tendo a mesma tangente que das subsuperfícies deslizantes nos pontos de contato. Em outras palavras, as superfícies de apoio (26) e a superfície da formação transportadora de fluido são localizadas dentro de um arco de círculo imaginário que se encontra em contato tangencial com dois pontos de contato arbitrários nas subsuperfícies deslizantes (13'), onde um ponto de contato é localizado em uma respectiva subsuperfície deslizante. Deve ser observado que no caso de as subsuperf ícies deslizantes serem parcialmente circulares e terem o mesmo centro e raio de curvatura, o arco de círculo imaginário terá o mesmo raio de curvatura que das subsuperfícies deslizantes.

[022] Na figura 14 é ilustrada uma modalidade alternativa em que cada subsuperfície deslizante (13') é composta de duas superfícies parciais circulares tendo diferentes raios de curvatura, isto é, uma superfície interna parcial circular (34) com um raio de curvatura comparativamente

19/20 grande, e uma superfície externa parcialmente circular (35) tendo um raio de curvatura menor. Um arco de círculo imaginário (36) tendo o menor raio de curvatura que, simultaneamente, pode contatar tangencialmente cada das subsuperfícies deslizantes (13' ) em pontos de contato arbitrários (37) é ilustrado na figura. Isto é, o arco de círculo imaginário (36) apresenta a mesma tangente (38) que a superfície parcial circular em cada ponto de contato (37). Conforme é evidente do desenho, as superfícies de apoio (26) são localizadas entre o arco de círculo imaginário (36) e o plano mediano (12) e serão, consequentemente, protegidas do desgaste, quando as subsuperfícies deslizantes no mesmo lado do plano mediano se mantiverem e deslizarem contra uma parede do furo de uma peça de trabalho.

[023] Com uma almofada guia formada dessa maneira, não existe risco de as superfícies de apoio (26) serem desgastadas através do deslizamento contra a parede do furo, quando as mesmas foram giradas e se defrontarem entre si. Consequentemente, a almofada guia poderá sempre ser suportada numa posição correta ao longo de suas superfícies laterais longitudinais contra as segundas formações de suporte (27) ao longo de superfícies laterais longitudinais opostas de um assento (28), na forma de um recesso no cabeçote de corte, cujas formações de suporte se nivelam e se apoiam contra as superfícies de apoio (26) em um lado do plano mediano (12), quando a almofada guia é montada no assento. Além disso, a almofada guia pode ser suportada na

20/20 parte intermediária, ao longo de seu eixo longitudinal (8), permitindo à formação transportadora de fluido (20) se dispor contra um plano ou, de outro modo, contra uma superfície de base modelada adequadamente, ou contra a primeira formação de suporte (29) do recesso de assento (28) para a almofada guia, uma vez que também a formação transportadora de fluido (20) é protegida, quando a mesma é girada na direção da parede do furo.

[024] A figura 13 ilustra uma modalidade alternativa de uma almofada guia de acordo com a invenção, em que cada formação transportadora de fluido é formada como uma combinação de uma formação transportadora de fluido aplainada (20) nas extremidades da almofada guia, e um recesso no formato de canal (30), que se estende na direção axial a partir de um recesso de forma vazada (31) , na porção intermediária (22) da almofada guia e que é terminado antes de alcançar a extremidade da superfície transportadora de fluido na extremidade da almofada guia. 0 recesso no formato de canal (30) é formado com uma grande largura na porção intermediária, se afunilando na direção da superfície terminal. Com uma formação transportadora de fluido sendo formada desse modo, é possível levar uma quantidade comparatívamente grande de fluido de resfriamento e lubrificação para a zona de contato entre a almofada guia e a parede do furo.

Ι/l

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Almofada guia para uma ferramenta de corte, a almofada guia (6) sendo formada com pelo menos uma superfície deslizante (13), que é convexamente curva quando visualizada em um plano perpendicular a um eixo longitudinal (8) da almofada guia, cada superfície deslizante compreendendo duas subsuperfícies deslizantes convexamente curvas (13'), separadas por uma formação transportadora de fluido (20) tendo uma extensão longitudinal numa direção paralela ao eixo longitudinal, caracterizada pelo fato de que a formação transportadora de fluido (20) é aplainada ou apresenta um formato convexamente curvo quando visualizado em um plano perpendicular ao eixo longitudinal (8), tendo um raio (R2) de curvatura maior que o raio (Rl) da superfície deslizante (13) .
2. Almofada guia, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a formação transportadora de fluido (20) é suavemente fundida com as subsuperfícies deslizantes (13').
3. Almofada guia, de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que a almofada guia (6) é formada com duas superfícies principais (9) localizadas de modo oposto simetricamente formadas, a almofada guia compreendendo ainda duas superfícies laterais longitudinais

2/4 (10) e quatro superfícies deslizantes (13), duas em cada superfície principal, que são localizadas em sequência ao longo do eixo longitudinal (8) da almofada guia, em que a almofada guia compreende também duas superfícies de apoio (26) ao longo de cada superfície lateral longitudinal (10) da dita almofada guia, as quais são localizadas sobre um respectivo lado e se defrontam distantes de um plano mediano (12) disposto no meio das superfícies principais, e tendo pelo menos alguma extensão na direção do eixo longitudinal (8), em que as superfícies de apoio e uma superfície de base da formação de transporte de fluido (20) em ambos os lados do plano mediano são localizadas entre o plano mediano e um arco de círculo imaginário (36), tendo o menor raio de curvatura que, simultaneamente, pode tangencialmente contatar cada das subsuperfícies (13') em pontos arbitrários (37) .
4. Almofada guia, de acordo com quaisquer das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que um recesso no formato de canal (30) é formado na superfície deslizante (13), se estendendo na direção do eixo longitudinal (8) de uma porção intermediária (22) da almofada guia (6), e terminando antes de alcançar a extremidade da superfície deslizante em uma superfície terminal (11) da almofada guia.
5. Almofada guia, de acordo com quaisquer das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que a

3/4 almofada guia (6) apresenta uma espessura menor em uma porção intermediária (22) do que na extremidade das superfícies deslizantes, nas suas superfícies terminais (11) 6. Almofada guia, de acordo com quaisquer das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que a formação transportadora de fluido (20) apresenta uma largura numa direção paralela ao plano mediano (12) e perpendicular ao eixo longitudinal (8), que é menor que a metade da largura da almofada guia.

7. Almofada guia, de acordo com quaisquer das reivindicações 4-6, caracterizada pelo fato de que a almofada guia é formada com uma primeira superfície de transição (32) entre a superfície deslizante (13) e a superfície terminal (11), de modo que a almofada guia se apresenta afunilada na direção da superfície terminal.

8. Almofada guia, de acordo com quaisquer das reivindicações 4-7, caracterizada pelo fato de que a almofada guia é formada com uma segunda superfície de transição (33) entre a formação transportadora de fluido (20) e a superfície terminal (11), de modo que a almofada guia se apresenta afunilada na direção da superfície terminal.

4/4

9. Cabeçote de corte para uma ferramenta de corte, caracterizado pelo fato de compreender uma almofada guia (6) , de acordo com quaisquer das reivindicações anteriores.

10. Cabeçote de corte, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que a almofada guia (6) é montada no cabeçote de corte com uma pequena inclinação de seu eixo longitudinal (8), em relação a um eixo longitudinal (14} do cabeçote de corte.

11. Cabeçote de corte, de acordo com as reivindicações 9 ou 10, caracterizado pelo fato de que uma superfície envoltória do cabeçote de corte compreende um duto de resfriamento (17) na direção do eixo longitudinal (14), que, conforme visualizado numa direção de rotação (Rot) do cabeçote de corte, está localizado numa área dianteira da almofada guia (6).

1/6

2/6

IV

4/6

Fig 10

Fig 11

5/6

Fig 12a

Fig 13
6/6

Fig 14

Vi