BR102014001113B1

BR102014001113B1 - método para preparar uma embalagem para refeição pronta esterilizada

Info

Publication number: BR102014001113B1
Application number: BR102014001113-7A
Authority: BR
Inventors: Michele Amigoni; Andrea Bordini; Giancarlo Tedeschi; Pierluigi Azzali
Original assignee: Barilla G.E.R. Fratelli S.P.A
Priority date: 2013-01-17
Filing date: 2014-01-16
Publication date: 2020-12-29
Also published as: CA2837743C; AU2014200120B2; JP2014158462A; DK2757046T3; RU2656206C2; EP2757046B1; JP6378879B2; MX2014000786A; BR102014001113A2; MX350770B; CA2837743A1; CN103935634B; PT2757046E; AU2014200120A1; CY1116390T1; EP2757046A1; HRP20150364T1; ES2538678T3; CN103935634A; SI2757046T1

Abstract

MÉTODO PARA PREPARAR UMA EMBALAGEM PARA REFEIÇÃO PRONTA ESTERILIZADA A presente invenção se refere a um método para preparar uma embalagem para refeição pronta esterilizada, que compreende as etapas de: proporcionar (100) um recipiente principal que define um volume principal destinado a acomodar um produto alimentar principal, e que tem uma primeira abertura na parte superior circundada por uma primeira borda plana; proporcionar (200) pelo menos um recipiente secundário que define um volume secundário e que tem uma segunda abertura na parte superior circundada por uma segunda borda plana; introduzir (300) o dito recipiente secundário dentro do recipiente principal, de modo que a dita primeira borda e a dita segunda borda sejam niveladas; introduzir (400) pelo menos um produto alimentar secundário dentro do volume secundário; introduzir (500) pelo menos um produto alimentar principal dentro do volume principal; produzir (600), por meio de uma primeira cabeça de selagem que faz face com a primeira borda, a vedação perimetral entre uma película de cobertura, disposta para cobrir as ditas primeira e segunda aberturas (2b; 2b', 3b; 3b'), e a dita primeira borda; produzir (700), por meio de uma segunda cabeça de selagem que faz face com a segunda borda e fisicamente distinta da primeira cabeça de selagem, uma vedação (...).

Description

CAMPO DA INVENÇÃO

[001] A presente invenção se refere a um método para preparar uma embalagem para refeição pronta e, em particular, para preparar uma embalagem do tipo que pode ser aquecida em um forno micro-ondas, que compreende pelo menos dois produtos alimentares esterilizados separados a serem misturados antes de seu consumo.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[002] A fim de atender as necessidades relacionadas à disponibilidade limitada de tempo para uma grande parte de consumidores, o campo industrial em questão produz e vende diversos tipos de produtos alimentares prontos para o consumo, na maioria dos casos aquecidos em micro-ondas. Tais produtos geralmente são referidos como “pronto para aquecer” ou “pronto para comer” (dependendo se tais refeições prontas requerem aquecimento em um forno micro-ondas).

[003] Entre os diversos tipos de refeições prontas, alguns compreendem dois componentes alimentícios separados a serem misturados antes do consumo. Geralmente, um entre tais componentes tem uma consistência líquida ou semilíquida e serve como um condimento para o outro. Os dois componentes, por exemplo, podem ser compostos de massa e um molho a ser misturado a esta ou por cereais e creme condimento para o primeiro.

[004] As embalagens de refeições prontas do tipo mencionado acima, em alguns casos, compreendem uma única bandeja dividida em dois compartimentos, destinada aos dois componentes separados, e coberta com uma película de cobertura.

[005] Uma embalagem deste tipo permite a esterilização dos produtos alimentares após a embalagem. Na realidade, a separação física dos dois componentes impede a passagem de umidade em direção à parte não líquida, impede a deterioração de suas propriedades organolépticas.

[006] Entretanto, a fim de impedir que a esterilização deteriore a qualidade dos produtos alimentares, a limitação do volume livre presente entre os últimos e a película de proteção superior, isto é, a minimização do autodenominado “espaço livre”, é de fundamental importância. Esta necessidade de embalagem se transforma em uma desvantagem da solução descrita. Na realidade, a fim de atender os requisitos de espaço livre, os dois compartimentos da bandeja são preenchidos com os produtos até a borda, e não existe absolutamente nenhum espaço suficiente para misturar os dois componentes. Portanto, o consumidor é forçado a despejar os dois produtos em um prato separado levando, portanto, à inconveniência devido à necessidade de encontrar e lavar tais louças suplementares.

[007] As soluções de embalagem alternativas, destinadas a solucionar o problema mencionado acima, proporcionam o uso de uma bandeja, sem compartimentos, na qual os dois componentes são pré- misturados. Entretanto, em tal caso, a esterilização realizada nos produtos não separados, corre o risco de prejudicar a qualidade do alimento.

[008] Uma solução alternativa emprega pacotes separados para os dois componentes e um recipiente rígido para mistura e consumo; entretanto, a produção e os custos de embalagem, neste caso, aumentam consideravelmente.

[009] O uso de um recipiente principal equipado com um recipiente secundário aninhado neste é previsto por uma última solução. Um dos dois componentes alimentícios, deste modo, preenche o recipiente secundário, enquanto o outro é introduzido no volume do recipiente principal deixado livre pelo recipiente secundário. A embalagem pode ser completamente preenchida, a fim de minimizar o espaço livre, após isto, a mesma é vedada por uma película de cobertura e esterilizada em uma autoclave. No momento do consumo, a película de cobertura é removida e o recipiente secundário é extraído, proporcionando um volume adicional para a mistura dos componentes dentro do recipiente principal.

[010] Esta última solução, apesar de atender substancialmente os requisitos atuais do campo, todavia apresenta algumas desvantagens que ainda precisam ser solucionadas, principalmente ligadas à fixação da película de cobertura.

[011] A fixação da película de cobertura é tipicamente obtida por selagem a quente, realizada pela condução através de uma cabeça de selagem aquecida que é abaixada no topo da película, exercendo uma determinada pressão por um determinado tempo de permanência.

[012] A vedação realizada, deste modo, certamente deve assegurar as características de resistência e estanqueidade suficientemente altas, ambas devido à esterilização em uma autoclave e a conservação subsequente do produto. A alta resistência da vedação, entretanto, impede substancialmente a remoção da película pelo consumidor final; em particular, é extremamente difícil separar a película da boca superior do recipiente secundário.

[013] A fim de remover a película, o consumidor agarra uma aba desta, aplicando uma força para cima, enquanto com a outra mão ele segura o recipiente principal. A possibilidade de aplicar duas ações opostas tornar substancialmente mais fácil a abertura da vedação perimetral que engata o recipiente principal. O recipiente secundário, entretanto, não é integral ao recipiente principal, nem é facilmente acessível ao consumidor que deseja exercer uma ação de retenção contra o mesmo. Tal recipiente, deste modo, tende a ser puxado durante o levantamento da película, sem se separar ou separando-se apenas parcialmente da própria película. Como um resultado, existe um obstáculo importuno para a abertura completa da embalagem, assim como, o risco de derrubar o conteúdo para fora do recipiente secundário durante a operação.

[014] Também, deve-se notar que para produzir uma vedação suficientemente resistente para os requisitos de esterilização em uma autoclave, é necessário aplicar uma pressão de vedação relativamente alta, de maneira indicativa, em torno de 10 bar. O perímetro externo da embalagem pode ser produzido projetando-se para fora, a fim de ser suportado por um contramolde adequado durante tais operações de vedação. Entretanto, não é possível usar a mesma provisão para as porções internas, isto é, aquelas não periféricas em relação à embalagem do recipiente secundário. Em tais porções, a pressão da cabeça de selagem, deste modo, é descarregada sobre a parede de plástico abaixo, e corre o risco de causar dano à mesma.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

[015] Portanto, o problema da técnica no qual a presente invenção se baseia consiste no fato de proporcionar um método para preparar uma embalagem para refeição pronta esterilizada, do tipo que compreende dois recipientes aninhados dentro de um outro para conter dois produtos alimentares vedados na parte superior por uma única película protetora, que permite que a desvantagens do estado da técnica descrita acima seja superada.

[016] O problema da técnica mencionado acima é solucionado por um método para preparar uma embalagem para refeição pronta esterilizada, que compreende as etapas de: proporcionar um recipiente principal que define um volume principal destinado a acomodar um produto alimentar principal, e que tem uma primeira abertura na parte superior circundada por uma primeira borda plana; proporcionar pelo menos um recipiente secundário que define um volume secundário e que tem uma segunda abertura na parte superior circundada por uma segunda borda plana; introduzir o dito recipiente secundário dentro do recipiente principal, de modo que a dita primeira borda e a dita segunda borda sejam niveladas; introduzir pelo menos um produto alimentar secundário dentro do volume secundário; introduzir pelo menos um produto alimentar principal dentro do volume principal; produzir, por meio de uma primeira cabeça de selagem que faz face com a primeira borda, uma vedação perimetral entre uma película de cobertura, disposta para cobrir as ditas primeira e segunda aberturas, e a dita primeira borda; produzir, por meio de uma segunda cabeça de selagem que faz face com a segunda borda e fisicamente distinta da primeira cabeça de selagem, uma vedação interna entre a película de cobertura e a segunda borda.

[017] Um técnico no assunto irá entender como a separação da etapa de vedação, convencionalmente realizada por meio de uma única cabeça de selagem, torna vantajosamente possível modular de maneira separada as características de resistência e estanqueidade da vedação perimetral e externa.

[018] Na verdade, o proprietário observou como a característica de alta resistência requerida para a vedação externa não é estritamente necessária na vedação interna, submetida a tensões mecânicas inferiores. Deste modo, é possível produzir uma vedação interna que é menos resistente, solucionando as desvantagens descritas acima com referência aos métodos do estado da técnica, isto é, a dificuldade de remover a película de cobertura e o risco de danificar a estrutura da embalagem durante a vedação.

[019] Na produção da vedação perimetral, a primeira cabeça de selagem aplicar uma primeira pressão acima da película de cobertura; na produção da vedação interna a segunda cabeça de selagem aplica uma segunda pressão acima da película de cobertura. A dita primeira pressão é preferivelmente maior que a dita segunda pressão, a fim de produzir as duas vedações com resistência diferenciada, de acordo com os requisitos anteriormente descritos.

[020] Em particular, a primeira pressão é preferencialmente maior que 5 bar, ainda mais preferencialmente, compreendida entre 8 e 10 bar; a segunda pressão, por outro lado, é preferencialmente menor que 5 bar, ainda mais preferencialmente, compreendida entre 2 e 3 bar.

[021] A primeira pressão pode ser aplicada, por exemplo, por meio de um atuador mecânico, proporcionado, por exemplo, para vedar dez embalagens de uma vez com uma força de 45 kN.

[022] A segunda pressão pode ser aplicada, por exemplo, por meio de atuadores pneumáticos proporcionados para atuar em seis embalagens de uma vez, aplicando uma pressão que varia entre 2 e 3 bar.

[023] Novamente, a fim de diferenciar a vedação interna da vedação perimetral, é possível aplicar dois tempos de permanência diferentes para as duas cabeças de selagem diferentes. Em particular, o tempo de permanência da primeira cabeça de selagem na produção da vedação perimetral pode ser maior que o tempo de permanência da segunda cabeça de selagem na produção da vedação interna.

[024] Por exemplo, o tempo de permanência da primeira cabeça de selagem pode ser maior que 0,8 s (por exemplo, igual a 1 s) e o tempo de permanência da segunda cabeça de selagem pode ser menor que 0,8 s (por exemplo, igual a 0,6 s).

[025] Na produção das vedações perimetral e interna, as temperaturas das primeira e segunda cabeças de selagem podem ser maiores que uma temperatura de fusão da película de cobertura, a fim de produzir uma selagem térmica. Em particular, a selagem térmica é produzida através do aquecimento das cabeças de selagem, que promove um aquecimento da porção de interface entre a película de cobertura e as bordas superiores dos recipientes.

[026] A película de cobertura pode ser pelo menos parcialmente feita (na interface com os recipientes) de material plástico, por exemplo, esta pode compreender pelo menos uma camada interna de polipropileno, e as temperaturas das primeira e segunda cabeças de selagem podem ser compreendidas entre 180°C e 220°C. Uma temperatura ligeiramente mais alta pode ser selecionada para a primeira cabeça de selagem que forma a vedação perimetral: tal cabeça pode ser, por exemplo, aquecida até 200°C, considerando que a segunda cabeça seja aquecida até 195°C.

[027] A primeira cabeça de selagem define um primeiro perfil de vedação, considerando que a segunda cabeça de selagem defina um segundo perfil de vedação. De preferência, ambos os perfis de vedação são perfis fechados.

[028] Graças a tal provisão, a vedação perimetral mais resistente assegura a estanqueidade da embalagem em relação ao exterior, considerando que a vedação interna forme de maneira independente uma vedação interna para separar os dois alimentos, o que, em particular, impede migrações de umidade durante uma possível esterilização em uma autoclave.

[029] Em particular, o primeiro perfil de vedação pode seguir a dita primeira borda, sem envolver a segunda borda; de maneira similar, o segundo perfil de vedação irá seguir o caminho periférico da segunda borda.

[030] A etapa de proporcionar um recipiente principal pode compreender vantajosamente uma etapa de termoformação do recipiente principal em polipropileno com barreira de EVOH coextrusada; a etapa de proporcionar o recipiente secundário, por outro lado, pode compreender uma etapa de moldagem por injeção do recipiente secundário in polipropileno.

[031] A dita primeira borda pode ser vantajosamente produzida projetando-se para fora em relação à embalagem para refeição pronta, a dita etapa de produção da vedação perimetral que envolve a aplicação de um contramolde embaixo da dita primeira borda.

[032] Esta última provisão torna possível, em particular, descarregar as altas pressões de vedação aplicadas pela primeira cabeça de selagem.

[033] A dita etapa de produção da vedação perimetral e a dita etapa de produção da vedação interna são preferencialmente realizadas em dois tempos distintos; em particular, é preferível produzir a vedação interna em um tempo posterior em relação à vedação perimetral.

[034] O método, de acordo com a presente invenção, também pode compreender uma etapa de esterilização da embalagem para refeição pronta em uma autoclave após as etapas de produção da vedação perimetral e da vedação interna.

[035] O método, de acordo com a presente invenção, pode usar uma ou mais estações de selagem para realizar as vedações perimetral e interna. Tais estações podem compreender, em particular, pelo menos uma primeira cabeça de selagem e pelo menos uma segunda cabeça de selagem que são distintas umas das outras, respectivamente dispostas para produzir a dita vedação perimetral e dita vedação interna.

[036] De preferência, existe uma primeira estação de selagem equipada com a primeira cabeça de selagem e uma segunda estação de selagem equipada com a segunda cabeça de selagem.

[037] As características e vantagens adicionais devem ser mais claras a partir da descrição detalhada, posteriormente delineadas no presente documento, de algumas realizações preferidas, porém, não exclusivas da presente descoberta, com referência às Figuras em anexo proporcionadas para propósitos exemplificativos e não limitativos.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[038] A Figura 1 é uma vista em perspectiva de uma primeira variante de uma embalagem produzida com o método, de acordo com a presente descoberta.

[039] A Figura 2 é uma vista em perspectiva de um recipiente principal e de um recipiente secundário que formam a embalagem da Figura 1, separados uns dos outros.

[040] A Figura 3 é uma vista em perspectiva de uma segunda variante de uma embalagem produzida com o método, de acordo com a presente descoberta.

[041] A Figura 4 é uma vista em perspectiva da embalagem da Figura 3 sem seu conteúdo e sua película de cobertura.

[042] A Figura 5 é uma vista a partir de cima de um recipiente principal que forma a embalagem da Figura 3.

[043] A Figura 6 é uma vista a partir de cima de um recipiente secundário que forma a embalagem da Figura 3.

[044] A Figura 7 é uma vista em perspectiva da embalagem da Figura 3, na qual dois perfis de vedação em relação ao método, de acordo com a presente invenção, são realçados.

[045] A Figura 8 representa um fluxograma do método para preparar a embalagem de acordo com a presente invenção.

[046] A Figura 9 representa o processo de embalagem para realizar o método de preparação, de acordo com a presente invenção.

DESCRIÇÃO DE REALIZAÇÕES DA INVENÇÃO

[047] Com referência às Figuras em anexo 1 a 6, as referências numéricas 1 e 1’ identificam respectivamente uma primeira e uma segunda variante de uma embalagem para refeição pronta esterilizada, ambas as quais podem ser preparadas com o método, de acordo com a presente invenção.

[048] De preferência, as embalagens 1; 1’ são do tipo destinado a ser aquecido em um forno micro-ondas.

[049] Ambas as embalagens 1; 1’ compreendem: um recipiente principal 2; 2’, que define um volume principal 2a; 2a’ e que tem uma primeira abertura 2b; 2b’ na parte superior; um produto alimentar principal 20 (não visível nas representações que se referem à segunda variante) contido pelo menos dentro de parte do dito volume principal 2a; 2a’; pelo menos um recipiente secundário 3; 3’, que define um volume secundário 3a; 3a’ e que tem uma segunda abertura 3b; 3b’ na parte superior; pelo menos um produto alimentar secundário 30; 30’, contido pelo menos dentro de parte do dito volume secundário 3a; 3a’; uma película de cobertura removível 4; 4’ disposta para obstruir a dita primeira abertura 2b; 2b’ e a segunda abertura 3b; 3b’.

[050] O produto alimentar principal pode consistir, por exemplo, em massa, arroz ou outros cereais; o produto alimentar secundário 30; 30’, novamente como um exemplo, pode ser um molho, um creme vegetal ou outros condimentos similares. Tal produto alimentar secundário 30; 30’ tem, de preferência, uma consistência líquida ou semilíquida. Por outro lado, as realizações alternativas da presente invenção podem proporcionar um produto alimentar principal do tipo líquido com um produto alimentar secundário 30; 30’ que tem uma consistência sólida, ou ambos os produtos podem ser líquidos ou sólidos.

[051] Os produtos alimentares principais e secundários, pelas razões ligadas à minimização do espaço livre descrito acima, ocupam de preferência, pelo menos 80% do volume livre disponível.

[052] Na presente descrição, o termo volume livre é usado para indicar o volume dentro do recipiente disponível a ser ocupado por um produto, delimitado na parte superior por um plano que se situa na abertura antes da esterilização.

[053] O recipiente secundário 3; 3’ é associado de uma maneira removível dentro do recipiente principal 2; 2’, de tal maneira que ocupe parte do volume principal 2a; 2a’ e reduza o volume livre disponível para o produto alimentar principal a uma porção do dito volume principal 2a; 2a’.

[054] Em particular, o recipiente secundário 3; 3’ ocupa, de preferência, uma porção lateral do recipiente principal 2; 2’.

[055] O recipiente principal 2; 2’ e o recipiente secundário 3; 3’ compreendem respectivamente uma primeira parede inferior 2g; 2g’ e uma segunda parede inferior 3g; 3g’. Tais paredes 2g; 2g’, 3g; 3g’ são preferencialmente planas, de tal maneira que sirvam como bases de suporte para os dois recipientes 2; 2’, 3; 3’. De preferência, a segunda parede inferior 3g; 3g’ se situa na primeira parede inferior 2g; 2g’ quando o segundo recipiente 3; 3’ for associado ao primeiro recipiente 2; 2’. Em ambas as variantes representadas aqui, a primeira parede inferior 2g; 2g’ tem um contorno elíptico, considerando que a segunda parede inferior 3g; 3g’ defina uma porção de elipse.

[056] O recipiente principal 2; 2’ compreende uma primeira borda 2d; 2d’ que se desenvolve ao longo da periferia da primeira abertura 2b; 2b’ e o recipiente secundário 3; 3’ compreende uma segunda borda 3d; 3d’ que se desenvolve ao longo da periferia da segunda abertura 3b; 3b’. Quando a embalagem 1; 1’ for fechada, a primeira e a segunda borda 2d; 2d’, 3d; 3d’ são coplanares e ficam em contato direto com a película de cobertura 4; 4’, que é integralmente associada a ambas.

[057] A película de cobertura 4; 4’, feita de material plástico, deste modo, cobre totalmente a porção superior da embalagem 1; 1’. Esta pode ser transparente, conforme ilustrado com referência à primeira variante, ou opaca, conforme ilustrado com referência à segunda variante. Neste último caso, vale a pena notar a presença de uma janela transparente 4a’ para acesso visual ao produto alimentar secundário 30’.

[058] As bordas 2d; 2d’, 3d; 3d’ são unidas às respectivas paredes inferiores 2g; 2g’, 3g; 3g’ por meio das respectivas paredes laterais 2h; 2h’, 3h; 3h’. As paredes laterais 2h; 2h’, 3h; 3h’ têm uma concavidade que faz face para cima; apenas na segunda variante de tais paredes 2h’, 3h’ também tem substancialmente seções planas nos vértices da elipse, em todo caso, equipadas com uma ligeira inclinação em relação à vertical, a fim de facilitar a inserção do segundo recipiente 3’ dentro do primeiro 2’. As bordas 2d; 2d’, 3d; 3d’ se desenvolvem externamente projetando-se em relação ao restante dos recipientes aos quais elas pertencem e, em particular, projetando-se em relação às paredes laterais 2h; 2h’, 3h; 3h’.

[059] A fim de limitar a posição do recipiente secundário 3; 3’ em relação ao recipiente principal 2; 2’ retendo o mesmo, tal recipiente secundário 3; 3’ é acomodado de uma maneira acoplada dentro do recipiente principal 2; 2’ em uma zona predefinida do último.

[060] A primeira borda 2d; 2d’ do recipiente principal 2; 2’ da embalagem 1; 1’ suporta, para o propósito, um sulco 2c; 2c’ em tal zona predefinida do recipiente principal 2; 2’, destinado a acomodar o recipiente secundário 3; 3’ e manter o mesmo em uma posição predefinida. O sulco 2c, que se desenvolve internamente ao longo da primeira borda 2d; 2d’, acomoda e suporta a porção externa pelo menos de parte da segunda borda 3d; 3d’ de tal maneira que a primeira e a segunda borda 2d; 2d’, 3d; 3d’ sejam coplanares, conforme descrito acima. O sulco 2c; 2c’ tem vantajosamente duas superfícies de apoio vertical 2f; 2f’que impedem que o recipiente secundário 3; 3’ deslize em direção ao centro do recipiente principal 2; 2’.

[061] Na segunda variante ilustrada nas Figuras 3 a 6, a embalagem também compreende, novamente, a fim de definir um acoplamento mútuo exclusivo entre os dois recipientes 2’, 3’, um canal periférico 2i’ que circunda a parede inferior elíptica 2g’ do recipiente principal 2’. Tal canal é destinado a acomodar uma protuberância correspondente 3i’ que se projeta abaixo da parede inferior do recipiente secundário 3’.

[062] As realizações alternativas podem proporcionar soluções alternativas para impedir o deslizamento relativo entre os dois recipientes aninhados.

[063] Na primeira realização variante, o recipiente secundário 3 tem, na periferia da segunda abertura 3a, um bico 3c adaptado para facilitar o despejamento do produto alimentar secundário 30 no recipiente principal 2. O bico 3c é definido, em particular, por uma tendência côncava em direção ao interior do perfil periférico interno da segunda abertura 3b.

[064] Tal recurso não é replicado na segunda variante, onde, em vez disso, o perfil periférico interno correspondente 3c’ da segunda abertura 3b’ tem uma concavidade que faz face para fora. Tal provisão permite maior rigidez estrutural do elemento, submetido a altas pressões de vedação durante a aplicação da película de cobertura 4’.

[065] Novamente com referência à segunda variante, deve-se notar que, sob o dito perfil periférico interno 3c’, a parede lateral 3h’ do recipiente secundário 3’ é substancialmente vertical e tem uma pluralidade de nervuras de reforço 3j’, também vertical. Tal recurso contribui para descarregar as pressões de vedação aplicadas no topo do recipiente secundário 3’.

[066] Em ambas as realizações variantes, a segunda borda 3d; 3d’ compreende, de preferência, oposta ao perfil periférico interno, uma tira de retenção 3e; 3e’, que se estende projetando-se em relação à porção adjacente da segunda borda 3d; 3d’. A tira de retenção 3e; 3e’ facilita a preensão do recipiente secundário 3; 3’, proporcionando, em particular, um ponto de retenção longe do produto alimentar secundário quando este atinge uma temperatura, tal como, para impedir sua manipulação direita.

[067] Em particular, a tira de retenção 3e; 3e’ é pelo menos parcialmente acomodada no sulco 2c; 2c’.

[068] Na primeira variante, a porção acomodada da tira 3e tem um perfil periférico que tem um declive rebaixado 3m. Tal perfil periférico, quando os dois recipientes forem associados, é adjacente a uma superfície lateral do sulco 2c e é longe da última a partir da última direita no declive rebaixado 3m. Tal rebaixo tem um formato e tamanho adaptados para permitir a introdução de um dedo de um consumidor entre o perfil periférico e a superfície lateral do sulco 2c, a fim de permitir que a tira 3e seja facilmente segurada.

[069] Na segunda variante, novamente, a fim de facilitar a preensão da tira 3e’, o sulco 2c’ tem uma impressão 2m’, que permite a introdução de um dedo ao redor e abaixo da tira 3e’. A tira 3e’ tem um formato retangular com um orifício central para facilitar sua preensão.

[070] Na primeira variante, o recipiente principal 2 tem uma extensão longitudinal e compreende, em suas extremidades opostas, duas saliências conformadas 2e adaptadas para facilitar sua retenção. O sulco 2c, que define a posição do recipiente secundário 3, é vantajosamente disposto em uma de tais saliências conformadas 2e; portanto, as superfícies de apoio 2f são transversais ao desenvolvimento do recipiente principal.

[071] Na segunda variante, o recipiente principal 2’ tem um perfil substancialmente elíptico com a exceção de uma orelha triangular 2k’, disposta em um ponto intermediário entre duas vértices sucessivas do perfil; em particular, tal ponto é disposto ao longo da porção do recipiente principal 2’ que acomoda o recipiente secundário 3’.

[072] A orelha triangular 2k’ atua vantajosamente como uma aba de preensão para a película de cobertura 4’ durante a abertura da embalagem 1’. Dada sua posição, a mesma promove uma remoção da película de cobertura 4’ de acordo com uma diagonal que é oblíqua em relação aos eixos da embalagem 1’, a fim de ter uma abertura frontal que é desalinhada em relação ao perfil periférico interno 3c’ que requer menos esforço a partir do consumidor engajado em remover a película.

[073] Novamente para promover as operações de abertura, na segunda variante a segunda borda 3d’ compreende, na orelha triangular 2k’, uma porção áspera 3l’ (definida, neste caso, por um disco com cavidades) destinado a facilitar a primeira separação da película de cobertura 4’ em relação à embalagem secundária 3’.

[074] Os materiais usados para produzir o recipiente principal 2; 2’, o recipiente secundário 3; 3’ e a película de cobertura 4; 4’ são, de preferência, todos especificamente destinados a ser inseridos em um forno micro-ondas em operação, sem deteriorar a qualidade organoléptica dos produtos alimentares que eles contêm. Em particular, eles são preferencialmente feitos com plásticos adequados ao uso em fornos micro- ondas.

[075] Em particular, o recipiente principal 2; 2’ é preferencialmente feito do polipropileno termoformado com barreira de EVOH coextrusada, apenas como uma película de cobertura 4; 4’ é preferencialmente uma película de barreira de PP/EVOH/PP. O recipiente secundário 3; 3’, por outro lado, é preferencialmente feito de polipropileno através de moldagem por injeção, um processo que permite maior precisão necessária, por exemplo, para efetuar as nervuras 3j’ da segunda variante.

[076] A fim de realçar a facilidade de uso das embalagens 1; 1’ descritas acima por um consumidor final, examina-se as operações que ele realiza no momento do consumo.

[077] Em primeiro lugar, se necessário, ele cuida do aquecimento ou cozimento do conteúdo da embalagem 1; 1’, de preferência, em um forno micro-ondas. De maneira preliminar, de acordo com o tipo de produtos alimentares presentes, ele pode ou não remover ou perfurar o meio de cobertura 4; 4’; além disso, pode ser requerido adicionar água dentro do volume principal 2a; 2a’ ou do volume secundário 3a; 3a’.

[078] Se o volume secundário 3a; 3a’ contiver um produto com consistência líquida como um molho, o meio de cobertura 4; 4’ será, de preferência, parcialmente removido, a fim de permitir que o vapor escape logo a partir da segunda abertura 3b; 3b’.

[079] Uma vez que a embalagem 1; 1’ foi aquecida, ou antes da introdução no forno, o consumidor realiza a mistura dos dois produtos alimentares. Nesta etapa, ele introduz um dedo no declive rebaixado 3m ou na impressão 2m’, agarra a tira de retenção 3e; 3e’ e extrai o recipiente secundário 3; 3’ do recipiente principal 2; 2’. Consequentemente, o produto alimentar principal distribui em todo o volume principal 2a; 2a’, agora completamente disponível. Neste ponto, inclinando-se o recipiente secundário 3; 3’, o consumidor despeja (possivelmente através do bico 3c) o produto alimentar secundário 30; 30’ dentro de tal volume principal 2a; 2a’, onde ele pode mistura facilmente e consumir o alimento preparado.

[080] Com referência à Figura 8, agora se passa a descrever o método de preparação, de acordo com a presente invenção, que torna possível produzir uma embalagem para refeição pronta esterilizada 1; 1’ de acordo com uma das variantes anteriormente descritas puramente como um exemplo.

[081] A fim de produzir as etapas subsequentes do método de maneira mais inteligível, elas são posteriormente ilustradas com referência a uma linha de embalagem 910, do tipo mostrado na Figura 9.

[082] O método realiza preliminarmente uma etapa de produzir 100 o recipiente principal 2; 2’ e uma etapa 200 de produzir o recipiente secundário 3; 3’. Conforme anteriormente estabelecido, o recipiente principal 2; 2’ é preferencialmente feito por termoformação em polipropileno com barreira de EVOH, considerando que o recipiente secundário 3; 3’ seja preferencialmente feito por moldagem por injeção novamente a partir do polipropileno.

[083] Em uma extremidade a montante da linha de embalagem 910 existe uma estação de alimentação 920 para os recipientes principais 2; 2’, que são direcionados em uma correia transportadora linear em direção às estações de processamento sucessivas.

[084] A jusante da estação de alimentação 920 existe uma estação de introdução 930 do recipiente secundário 3; 3’, em que uma etapa de introdução 300 do recipiente secundário 3; 3’ dentro do recipiente principal 2; 2’ direcionado na correia transportadora é realizada.

[085] Tal etapa de introdução 300 pode ser realizada manualmente por trabalhadores especiais, conforme ilustrado na Figura em anexo 9; de maneira alternativa, pode existir um meio de posicionamento automático do recipiente secundário 3; 3’ no recipiente principal 2; 2’.

[086] O recipiente secundário 3; 3’ é introduzido em sua posição aninhada correta dentro do recipiente principal 2; 2’, conforme anteriormente descrito com referência às embalagens 1; 1’. Em particular, deve-se notar que o recipiente secundário 3; 3’ é preferencialmente introduzido em uma porção lateral do volume principal 2a; 2a’ e, além disso, a primeira borda 2d; 2d’ e a segunda borda 3d; 3d’ são niveladas.

[087] Os dois recipientes montados 2; 2’, 3; 3’, então, são conduzidos até uma primeira estação de preenchimento subsequente 940, na qual uma etapa de introduzir 400 pelo menos um produto alimentar secundário 30; 30’ dentro do volume secundário 3a; 3a’ é realizada.

[088] O produto alimentar secundário 30; 30’, conforme anteriormente discutido, é preferencialmente representado por um molho ou outro alimento com consistência líquida ou semilíquida, de modo que a primeira estação de preenchimento 940 possa compreender vantajosamente um bocal de dispensação para distribuir tal produto.

[089] Nesta etapa, o produto alimentar secundário 30; 30’ é introduzido em uma quantidade, de modo a ocupar pelo menos 80% do volume secundário 3a; 3a’ disponível; em geral, o espaço livre é preferencialmente tão reduzido quanto possível em vista da esterilização subsequente em uma autoclave.

[090] Uma vez que o recipiente secundário 3, 3’ foi preenchido, os recipientes montados 2; 2’, 3; 3’ são conduzidos até uma segunda estação de preenchimento 950, na qual uma etapa de introduzir 500 pelo menos um produto alimentar principal dentro do volume principal 2a; 2a’ é realizada.

[091] O produto alimentar principal, conforme anteriormente discutido, é preferencialmente representado por uma massa ou outro alimento com consistência sólida, de modo que a primeira estação de preenchimento 950 possa compreender vantajosamente um dispensador de gravidade ou uma cabeça robótica para distribuir tal produto.

[092] Nesta etapa, o produto alimentar secundário 30; 30’ é introduzido em uma quantidade, de modo a ocupar pelo menos 80% do volume livre disponível no recipiente principal 2; 2’ após a introdução do recipiente secundário 3; 3’; em geral, o espaço livre é preferencialmente tão reduzido quanto possível em vista da esterilização subsequente em uma autoclave.

[093] Uma vez que o preenchimento foi concluído, a embalagem 1; 1’ é conduzida até uma primeira estação de selagem 960 para a aplicação da película de cobertura 4; 4’.

[094] A primeira estação de selagem 960 compreende uma primeira cabeça de selagem por meio da qual uma etapa de produzir 600 uma vedação perimetral entre a película de cobertura 4; 4’ e a primeira borda 2d; 2d’ da embalagem 1; 1’ é realizada.

[095] Deve-se notar que, para realizar a vedação perimetral, a película de cobertura 4; 4’ deve ser disposta para cobrir as ditas primeira e segunda aberturas 2b; 2b’, 3b; 3b’. Tal operação pode ser realizada preliminarmente à operação da primeira cabeça de selagem ou simultaneamente a esta; o mesmo corte do tamanho da película de cobertura 4; 4’ acima do perímetro superior da embalagem 1; 1’ pode ser realizado em conjunção com a redução da primeira cabeça de selagem.

[096] A vedação perimetral segue um primeiro perfil de vedação fechado 80, visível na Figura 7, que engata somente a primeira borda 2d; 2d’ da embalagem 1; 1’. Em outras palavras, a primeira cabeça de selagem não pressiona em nenhuma parte do recipiente secundário 3; 3’ enquanto a vedação perimetral está sendo realizada. A vedação perimetral segue o perímetro externo da embalagem a ser coberta; nas variantes da embalagem 1; 1’ exemplificada na presente descrição esta tem, em particular, um primeiro perfil de vedação 80 que é substancialmente elíptico.

[097] A vedação perimetral é uma selagem térmica feita na interface entre o material plástico da primeira borda 2d; 2d’ e um material plástico que define a camada mais interna da película de cobertura 4; 4’, que pode ser feita, por exemplo, de polipropileno.

[098] A selagem a quente é realizada por condução através do aquecimento da primeira cabeça de selagem, que se situa acima da película de cobertura 4; 4’. Deve-se notar que um contramolde adequado pode ser previsto embaixo da primeira borda 2d, 2d’ durante a operação de vedação para descarregar as altas pressões aplicadas.

[099] Em uma realização preferida do método, ao realizar a vedação perimetral da primeira cabeça de selagem, aquecida a uma primeira temperatura θ1 igual a 200°C, aplica uma força igual a cerca de 45 kN por um tempo de permanência T1 igual a 1s. Em particular, a força de 45 kN é transmitida por meio de um atuador mecânico, e é distribuída ao longo de dez embalagens que são simultaneamente vedadas na primeira estação de selagem 960. Dada uma área de contato do primeiro perfil de vedação 80 que pode ser estimada em cerca de 50 cm2para cada embalagem, a primeira pressão de vedação P1 resultante é de cerca de 9 bar.

[0100] Os valores proposto acima, embora puramente exemplificativos, asseguram uma alta resistência da vedação perimetral compatível com as operações de esterilização subsequentes em uma autoclave.

[0101] Uma vez que a vedação perimetral é concluída, a embalagem 1; 1’ é conduzida até uma segunda estação de selagem 970.

[0102] A segunda estação de selagem 970 compreende uma segunda cabeça de selagem por meio da qual uma etapa de produzir 700 uma vedação interna entre a película de cobertura 4; 4’ e a segunda borda 3d; 3d’ da embalagem 1; 1’ é realizada.

[0103] A vedação interna segue um segundo perfil de vedação fechado 90, visível na Figura 7, que engata somente a segunda borda 3d; 3d’ do recipiente secundário 3; 3’. A vedação interna segue o perímetro externo do recipiente secundário 3; 3’; nas variantes da embalagem 1; 1’ exemplificadas na presente descrição, esta tem, em particular, um segundo perfil de vedação 90 que envolve uma porção de elipse. Deve-se notar que o segundo perfil de vedação 90 separa completamente o produto alimentar secundário 30; 30’ em relação ao produto alimentar principal 20.

[0104] A vedação perimetral é uma selagem térmica feita na interface entre os dois materiais plásticos da segunda borda 3d; 3d’ e da camada interna da película de cobertura 4; 4’. A selagem térmica é feita pela condução através do aquecimento da segunda cabeça de selagem, que se situa ao longo da película de cobertura 4; 4’. Deve-se notar que, na segunda variante da embalagem 1’, as pressões aplicadas durante a vedação podem ser descarregadas sobre as nervuras de reforço 3j’.

[0105] Em uma realização preferida do método, na realização da vedação interna a segunda cabeça de selagem, aquecida a uma segunda temperatura θ2 igual a 195°C, aplica uma segunda pressão P2 igual a 2,5 bar por um tempo de permanência T2 igual a 0,6 s.

[0106] A segunda estação de selagem 970 compreende, em particular, atuadores pneumáticos controlados por pressão para realiza a vedação interna em seis embalagens de uma vez.

[0107] Os valores propostos acima, embora puramente exemplificativos, asseguram uma vedação suficiente da vedação interna para evitar migrações de vapor entre os compartimentos internos durante as operações de esterilização subsequentes em uma autoclave.

[0108] Além disso, o método compreende uma etapa de esterilização da embalagem para refeição pronta 1; 1’ que sai da linha de embalagem 910 em uma autoclave. A esterilização, conforme anteriormente discutido, efetua a redução do espaço livre essencial na preparação da embalagem 1; 1’.

[0109] A película de cobertura 4; 4’ delimita superiormente todo o volume livre disponível para os produtos alimentares contidos nos recipientes. Na prática, ao ocupar pelo menos 80%, de preferência, 90% do volume livre dos dois recipientes, permanece um espaço livre compreendido entre o nível superior do produto alimentar e a película de cobertura 4; 4’ de não mais que 10-20% de tal volume livre.

[0110] Uma vantagem da invenção é a facilidade extrema de abertura da embalagem realizada com o método descrito acima.

[0111] Outra vantagem deriva das características excelentes de resistência e estanqueidade em relação ao perímetro externo da embalagem.

[0112] Outra vantagem da invenção é a simplicidade e os baixos custos de fabricação da embalagem.

[0113] Outra vantagem da invenção deriva da fácil manipulação dos elementos que formam a embalagem durante as etapas de introdução no forno micro-ondas da descoberta e da mistura dos produtos alimentares que esta compreende.

[0114] Uma vantagem adicional da invenção se refere à possibilidade de aquecer a embalagem, de acordo com a descoberta, em um forno micro-ondas sem deterioração das qualidades organolépticas dos produtos alimentares que formam a mesma.

[0115] Obviamente, a descoberta descrita acima pode ser submetida a inúmeras modificações e variantes - por um técnico no assunto com o objetivo de atender os requisitos possíveis e específicos- todos que se encontram dentro do escopo de proteção da invenção, conforme definido pelas reivindicações a seguir.

Claims

1. MÉTODO PARA PREPARAR UMA EMBALAGEM PARA REFEIÇÃO PRONTA ESTERILIZADA (1; 1’), caracterizado por compreender as etapas de: proporcionar (100) um recipiente principal (2; 2’) que define um volume principal (2a; 2a’) destinado a acomodar um produto alimentar principal (20), e que tem uma primeira abertura (2b; 2b’) na parte superior circundada por uma primeira borda plana (2d; 2d’); proporcionar (200) pelo menos um recipiente secundário (3; 3’) que define um volume secundário (3a; 3a’) e que tem uma segunda abertura (3b; 3b’) na parte superior circundada por a segunda borda plana (3d; 3d’); introduzir (300) o recipiente secundário (3; 3’) dentro do recipiente principal (2; 2’), de modo que a primeira borda (2d; 2d’) e a segunda borda (3d; 3d’) sejam niveladas; introduzir (400) pelo menos um produto alimentar secundário (30; 30’) dentro do volume secundário (3a; 3a’); introduzir (500) pelo menos um produto alimentar principal (20; 20’) dentro do volume principal (2a; 2a’); produzir (600), por meio de uma primeira cabeça de selagem que faz face com a primeira borda (2d; 2d’), uma vedação perimetral entre uma película de cobertura (4; 4’), disposta para cobrir as primeira e segunda aberturas (2b; 2b’, 3b; 3b’), e a primeira borda (2d; 2d’); produzir (700), por meio de uma segunda cabeça de selagem que faz face com a segunda borda (3d; 3d’) e fisicamente distinta da primeira cabeça de selagem, uma vedação interna entre a película de cobertura (4; 4’) e a segunda borda (3d; 3d’).

2. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por, ao produzir (600) a vedação perimetral, a primeira cabeça de selagem aplicar uma primeira pressão (P1) acima da película de cobertura (4); ao produzir (700) a vedação interna da segunda cabeça de selagem, aplicar uma segunda pressão (P2) acima da película de cobertura (4); sendo que a primeira pressão (P1) é maior que a segunda pressão (P2).

3. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pela segunda pressão (P2) ser menor que 500 kPa (5 bar).

4. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 3, caracterizado pela primeira pressão (P1) ser maior que 500 kPa (5 bar).

5. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo tempo de permanência (T1) da primeira cabeça de selagem na produção (600) da vedação perimetral ser maior que o tempo de permanência (T2) da segunda cabeça de selagem na produção da vedação interna (700).

6. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo tempo de permanência (T1) da primeira cabeça de selagem ser maior que 0,8 s e pelo tempo de permanência (T2) da segunda cabeça de selagem ser menor que 0,8 s.

7. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por, ao produzir (600, 700) as vedações perimetral e interna, as temperaturas (θ1, θ1) das primeira e segunda cabeças de selagem se encontrarem acima de uma temperatura de fusão da película de cobertura (4; 4’), a fim de produzir uma selagem a quente.

8. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pela película de cobertura (4; 4’) ser feita de material plástico e pelas temperaturas (θ1, θ1) das primeiras e segundas cabeças de selagem serem compreendidas entre 180°C e 220°C.

9. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pela primeira cabeça de selagem definir um primeiro perfil de vedação (80) e pela segunda cabeça de selagem definir um segundo perfil de vedação (90), sendo que ambos os perfis de vedação (80, 90) são perfis fechados.

10. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo primeiro perfil de vedação (80) seguir a primeira borda (2d; 2d’) sem envolver a segunda borda (3d; 3d’).

11. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pela etapa de proporcionar (100) um recipiente principal (2; 2’) compreender uma etapa de termoformar o recipiente principal (2; 2’) em polipropileno com barreira de EVOH coextrusada.

12. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pela primeira borda (2d; 2d’) ser feita projetando-se em direção à parte externa em relação à embalagem para refeição pronta (1; 1’), a etapa de produzir (600) a vedação perimetral envolve a aplicação de um contramolde embaixo da primeira borda (2d; 2d’).

13. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado pela etapa de produzir (600) a vedação perimetral e pela etapa de produzir (700) a vedação interna serem efetuadas em dois tempos distintos.

14. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado por também compreender uma etapa de esterilização da embalagem para refeição pronta (1; 1’) em uma autoclave após as etapas de produzir (600, 700) a vedação perimetral e a vedação interna.

15. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pelas etapas de produzir uma vedação perimétrica e interna serem realizadas por meio de uma ou mais estações de selagem (960, 970) que compreendem pelo menos uma primeira cabeça de selagem e pelo menos uma segunda cabeça de selagem que são distintas umas das outras, respectivamente dispostas para produzir a vedação perimetral e a vedação interna.