PT99753A - Processo de producao de uma composicao explosiva aquosa contendo bolhas de gas geradas quimicamente,contendo uma proteina, em particular proteina de guar - Google Patents
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Description
MEMÓRIA DESCRITIVA 73 452 JFF/D 2994
Antecedentes do Invento O presente invento refere-se a um processo de produção de composições explosivas aquosas contendo bolhas de gás geradas quimicamente, por incorporação na composição de tuna quantidade de uma proteína para estabilizar as bolhas de gás contra a migração e a aglomeração.
Em muitas composições explosivas aquosas é necessário proporcionar meios para criarem espaços vazios, de forma a tornar o explosivo suficientemente sensível à detonação por meio de iniciadores ou cargas de reforço convencionais. Ao longo dos anos, utilizaram-se vários sistemas para proporcionar o grau de criação de espaço vazio necessário no produto final. As técnicas variaram desde a gaseificação química ou aprisionamento mecânico do ar, até à adição de partículas contendo espaço vazio à mistura. Exemplos destas últimas são a Perlite e os microbalões de vidro ou plástico. Quando se utiliza a gaseificação química e o aprisionamento mecânico do ar, a coalescência das bolhas muito pequenas em bolhas de maiores dimensões tem um efeito dessensibilizador significativo e, quando este método era utilizado no passado, uma das técnicas consistia em solidificar parcial ou totalmente a massa, imediatamente após a gaseificação, para assegurar uma mínima migração e aglomeração das bolhas de gás. Uma área de interesse particular é a dos explosivos de gel aquoso, nos quais é desejável proporcionar meios de estabilização dos espaços vazios contra a migração e aglomeração.
As patentes seguidamente referidas indicam a importância da inclusão de pequenas bolhas de gás nas composições explosivas. A Patente dos EUA n8 3 400 026 de E I Du Pont De Nemours & Company, descreve uma composição explosiva contendo água, contendo um sal oxidante inorgânico, um combustível, um espessante e água e um material proteico que seja solúvel na composição explosiva aquosa a pH 3 a 10 e, preferivelmente, transformável em espuma na composição. A composição explosiva contendo este material proteico, torna-se macia e flexível e
73 452 JFF/D 2994 -3-consequentemente, sensível à detonação por meio de um iniciador a baixas temperaturas. É desejável que o material proteico seja transformável em espuma, de forma que o resultado seja a incorporação de pequenas bolhas gasosas na estrutura do gel, quando a mistura é suficientemente agitada, proporcionando assim maior sensibilidade à composição explosiva. Deve entender-se que o material proteico é qualquer proteína ou derivado de proteína, tal como os obtidos por hidrólise, amidação, acilação ou outra reacção química aplicada a uma proteína. Os materiais proteicos representativos que podem ser usados na composição explosiva incluem proteínas, proteínas conjugadas e derivados de proteínas, isto é, proteínas derivadas, nomeadamente produtos formados por acção de calor ou outras forças físicas ou por agentes hidrolíticos, tais como proteínas desnaturadas ou péptidos. As proteínas preferidas são as albuminas tais como a ovalbumina e lactalbumina, as globulinas tais como a ovoglobulina e a lactoglobulina, as proteínas conjugadas tais como glicoproteína mucina, os derivados de proteína tais como a proteína de leite parcialmente hidrolisada e os derivados extraídos de colagénio. A Patente dos EUA na 3 678 140 de E I Du Pont De Nemours & Company, descreve a passagem de um agente explosivo incluindo água e contendo uma proteína espessada, através de uma pluralidade de orifícios a uma pressão de cerca de 276 a 1103 JcPa para criar um vácuo na área através da qual o agente explosivo abandona o orifício, a incorporação de ar ou outro gás no agente explosivo e, em seguida, a redução de velocidade do agente explosivo para proporcionar um produto sob a forma de espuma. O material proteico contido no explosivo é qualquer proteína ou derivado de proteína, como descrito na Patente dos EUA na 3 400 026. A quantidade de material proteico no agente explosivo a formar, pode variar dentro de uma larga gama, sendo geralmente de cerca de 0,01% a 10% em peso de material proteico. A Patente dos EUA na 3 582 411 de Ireco Chemicals, descreve o uso de um agente promotor de espuma numa lama explosiva que é significativamente eficaz para aprisionar minúsculas bolhas de gás produzidas pela mistura íntima de uma solução líquida com um
73 452 JFF/D 2994 -4— gás. O agente promotor de espuma contido no explosivo pode conter uma pequena quantidade de espessante formador de gel, um formador de espuma à base de água salgada ou uma goma promotora de espuma tal como goma de guar, à qual foram adicionados grupos hidroxilo por algum tipo de tratamento. A Patente dos EUA na 3 886 010, de Ireco Chemicals, descreve uma composição explosiva do tipo gel aquoso ou lama, empregando um agente gaseificante de nitrito decomponível e contendo um sal oxidante, combustível, água e um espessante, bem como tio-ureia que é usada para acelerar a decomposição do agente gaseificante de nitrito, estabilizando simultaneamente a eficácia espessante do espessante galactomanano. Ê desejável que o explosivo de gel aquoso contenha bolhas de gás, uniformemente distribuídas, com um tamanho médio (diâmetro) na gama de 10-40 micron e que tenha bolhas de tamanho relativamente uniforme. Verificou-se que o aprisionamento mecânico de ar não resulta na estrutura de bolhas finas desejada, requerida para originar uma sensibilidade óptima. No entanto, o tamanho óptimo das bolhas e a distribuição desejada podem ser conseguidos seleccionando o pH e o teor em catalisador apropriados, controlando assim a velocidade da reacção de gaseificação química. Uma vez geradas, as bolhas de tamanho óptimo têm de ser estabilizadas contra a migração ou aglomeração. É frequentemente necessário que as bolhas de gás sejam suficientemente estabilizadas, de forma que nem a agitação prolongada da mistura explosiva, nem o repouso prolongado antes de reticulação, resultem na perda da dispersão óptima das bolhas. A configuração exacta do agregado de bolhas requerida, varia com cada formulação explosiva e com a função e a aplicação requerida do explosivo. 0 teor total em bolhas é inversamente proporcional à densidade de uma formulação particular. A necessidade de uma maior sensibilidade à detonação, pode usualmente ser satisfeita por uma menor densidade de formulação. No entanto, sem uma estabilização adequada, a menor densidade (isto é maior quantidade de bolhas de gás) encoraja usualmente a -5 73 452 JFF/D 2994 aglomeração indesejável das bolhas como consequência da sua proximidade umas com as outras, reduzindo portanto a sensibilidade. Assim, a estabilização eficaz é necessária para uma sensibilidade óptima.
Deverá notar-se que o uso de nitrato de monometilamónio (NM-MA) aumenta a tendência para a migração e aglomeração das bolhas de gás. 0 uso de material proteico em composições explosivas incluindo NMMA, sem a utilização de um agente gaseificante, permite a incorporação de bolhas de gás muito pequenas, no entanto, o uso de um agitador de turbina comum não permite uma incorporação suficiente de gás para uma sensibilidade à detonação, não limitada em pequenos diâmetros e a baixas temperaturas. Em alternativa, o uso de um agente gaseificante de nitrito, na ausência de material proteico, origina uma incorporação suficiente de gás e pode mesmo alcançar a densidade correcta, mas não impede a aglomeração e migração das referidas bolhas e a sensibilidade requerida não é alcançada, a densidade também aumenta com o tempo a menos que a composição seja imediatamente reticulada, perdendo assim sensibilidade com o tempo. 0 uso de uma goma de guar modificada com grupos hidroxilo, com ou sem o uso de um agente gaseificante de nitrito, permite uma incorporação de gás suficiente para alcançar a densidade desejada, mas também não impede suficientemente a aglomeração e migração das referidas bolhas, com o tempo, para alcançar a sensibilidade à detonação, nas condições desejadas.
Assim, a arte anterior ensinou que se pode incorporar um agente promotor de espuma ou um material proteico numa composição explosiva aquosa, para aprisionar e reter bolhas de gás produzidas por agitação ou mistura de composição explosiva ou duma solução dessa composição. A arte anterior ensinou também a utilização de um agente gaseificante de nitrito e de uma tio-ureia para o arejamento de uma lama explosiva. Constitui um objectivo do presente invento proporcionar uma composição explosiva aquosa que contenha um agente químico gaseificante, bem como uma quantidade de uma proteína para estabilizar bolhas de gás, formadas pelo agente químico gaseificante, contra a migração
-6- 73 452 JFF/D 2994 e aglomeração.
SUMÁRIO DO INVENTO
De acordo com um primeiro aspecto do invento, proporciona-se um processo de produção de uma composição explosiva aquosa contendo bolhas de gás geradas quimicamente, por incorporação de uma quantidade de uma proteína para estabilizar as bolhas de gás contra a migração e aglomeração. A composição explosiva aquosa pode ser uma composição explosiva de gel aquoso.
Assim, de acordo com um segundo aspecto do invento, proporciona-se uma composição explosiva de gel aquoso, que compreende um ou mais sais oxidantes, pelo menos parcialmente dissolvidos em água, um combustível e um espessante e que contém bolhas de gás geradas quimicamente, caracterizado por incluir 0,03 a 0,5%, em peso da composição, de uma proteína. A proteína ê preferivelmente uma proteína desnaturada, mais preferivelmente uma proteína desnaturada vegetal. Mais preferivelmente, o espessante é uma goma de feijão por exemplo goma de guar e a proteína é uma proteína de feijão, por exemplo proteína de guar.
Preferivelmente, a composição explosiva de gel aquoso, de acordo com o invento, contém 12% ou mais, mais preferivelmente 15% ou mais, em peso da composição, de nitrato de monometilamónio (NMMA) e, como um agente químico gaseificante, nitrito de sódio e tio-ureia como catalisador. Verificou-se que a adição de uma quantidade de uma proteína a essa composição, estabiliza as bolhas de gás geradas pelo agente químico gaseificante, contra a migração e aglomeração, de forma suficiente para tornar a composição sensível à detonação por um detonador comum (força nB 6), não confinado, em diâmetros desde 15 mm, a temperaturas desde 0°c. 73 452 JFF/D 2994 -7-
DESCRIÇÃO DAS CONCRETIZAÇÕES O invento refere-se ao processo de produção de uma composição explosiva aquosa incorporando uma proteína para estabilizar bolhas de gás, geradas quimicamente, contidas na composição, contra a migração e aglomeração, de forma que a composição seja sensível à detonação usando um detonador comum (Ns 6). A composição explosiva aquosa pode ser uma composição explosiva de gel aquoso, consistindo num ou mais sais oxidantes, parcial ou totalmente dissolvidos em água, num ou mais combustíveis e num espessante, bem como noutros ingredientes opcionais, tais como combustível metálico, por exemplo pigmento "Flake" alumínio ou um sal halogeneto, bem como numa pluralidade de bolhas de gás. O sal, ou sais, oxidante(s), compreendendo usualmente cerca de 30 a 90% em peso de composição total, pode ser qualquer um dos sais usados convencionalmente em composições explosivas de gel aquoso, tais como nitratos ou percloratos de metal alcalino, metal alcalino-terroso ou amónio, ou misturas de dois ou mais destes . O combustível pode ser por exemplo os sais nitrato ou perclorato de aminas. Outros exemplos são os álcoois, glicóis, glicerois e semelhantes. 0 espessante pode ser qualquer espessante usado convencionalmente em composições explosivas de gel aquoso, tais como goma de guar, goma de alfarroba, poliacrilamida ou goma de xantana. A composição explosiva de gel aquoso pode também conter ingredientes adicionais, tais como combustível metálico, por exemplo alumínio atomizado ou pigmento "Flake" alumínio, um sal halogeneto, hidratos de carbono, borracha moída, pó de carvão e semelhantes. A composição explosiva de gel aquoso contém também reagentes com o fim de gerarem bolhas de gás "in situ", tais como bicarbo- 73 452 JFF/D 2994 -8-
nato de sódio, peróxido de hidrogénio ou, preferivelmente, nitri-to de sódio. Pode ser desejável adicionar um catalisador para a reacção química de gaseificação, tal como ureia ou, preferivelmente , tio-ureia. A composição explosiva de gel aquoso de acordo com o invento, é caracterizada por incluir também 0,03% a 0,5% em peso da composição, de uma proteína que pode ser qualquer proteína ou derivado de proteína, tal como os obtidos por hidrólise, amidação, acilação ou outra reacção química aplicada a uma proteína. A proteína que pode ser usada na composição explosiva de acordo com o invento incluí proteínas simples, proteínas conjugadas e derivados de proteína, tais como proteínas desnaturadas. Podem usar-se proteínas animais e vegetais, por exemplo clara de ovo, proteína de soja ou proteína de guar. A composição explosiva de gel aquoso, preferida de acordo com o invento, inclui goma de guar como o espessante e proteína de guar, preferivelmente proteína de guar desnaturada, numa quantidade de 0,03% ou mais em peso da composição total.
Também preferivelmente, a composição explosiva de gel aquoso, de acordo com o invento, contém 12% ou mais, preferivelmente 15% ou mais em peso da composição, de NMMA, bem como nitrito de sódio como agente gaseificante e tio-ureia como catalisador. A presença da proteína nesta composição estabiliza as bolhas de gás contra a migração e aglomeração de forma eficaz para tornar a composição sensível à detonação por um detonador comum (força nB 6), não confinado, em diâmetros tão pequenos como 15 mm, a temperaturas tão baixas como 0°c. Isto acontece, apesar de o uso de NMMA aumentar a tendência para a migração e aglomeração das bolhas de gás. Com o uso de um agente de gaseificação química e de uma proteína, uma grande quantidade de bolhas gasosas muito pequenas é não só aprisionada na composição explosiva de gel aquoso, como e' estabilizada de forma que a composição explosiva retenha a sensibilidade, mesmo se mantida sem reticulação durante períodos prolongados, mesmo superiores a 24 horas. Não há necessidade de recorrer a técnicas ou equipamentos especiais de 73 452 JFF/D 2994 -9-
mistura para originar uma sensibilização eficaz ef pode ser usado qualquer misturador que combine adequadamente os reagentes, por exemplo, um misturador de turbina comum. A composição explosiva de gel aquoso pode também conter um agente de reticulação. A composição explosiva de gel aquoso pode ser preparada como se segue: 0 sal, ou sais, oxidante(s) e qualquer combustível solúvel são parcial ou totalmente dissolvidos em água e carregados num misturador adequado. 0 catalisador da reacção química de gaseificação e quaisquer ingredientes adicionais, por exemplo outros combustíveis, são adicionados ao misturador e agitados. 0 espessante e a proteína são adicionados à mistura e a massa é deixada para desenvolver uma viscosidade adequada. Se se desejar, podem adicionar-se à mistura, nesta altura, ingredientes adicionais tais como pigmento "Flake" alumínio, e/ou um sal halogeneto. Seguidamente, adiciona-se à mistura um agente gaseificante ou uma solução deste, para a geração de bolhas de gás "in situ", seguida pela adição de um agente de reticulação.
Apresentam-se seguidamente, exemplos de composições explosivas de gel aquoso, de acordo com o invento.
Preparam-se várias composições explosivas contendo os componentes apresentados nas seguintes Tabelas 1 e 2. -10-JFF/D 2994 TABELA 1 Γ Formulação na i- 1 1 __1_ 2 3 — 4 5 1 Nitrato de amónio 1 | 46,51 I 50,47 53,25 39,89 41,76 Nitrato de sódio 1 | 6,0 I 7,35 4,8 10,1 13,0 Nitrato de monome-tilamónio 1 1 | 28,95 I 24,18 22,46 23,62 27,3 Alumínio atomizado 1 | 2,84 I 1,7 3,2 0,0 0,0 Pigmento "Flake" Alumínio 1 1 I 0,0 I 0,7 0,7 1,5 0,0 Borracha moída 1 | o,o I 0,91 1,0 0,8 1,4 Ácido adípico 1 | 0,2 I 0,1 0,1 0,2 0,2 Tio-ureia 1 | 0,12 _ 0,12 0,12 0,12 0,12 Goma de guar 1 | 1,2 _1_ 1,0 1,0 1,0 1,2 Proteína de guar 1 1 0,06 I 0,06 0,06 0,06 0,06 Cloreto de potássio 1 I 0,0 1 0,0 0,0 12,0 0,0 Cloreto de sódio 1 I o,o I 0,0 0,0 0,0 3,0 Nitrito de sódio 1 1 0,06 | 0,03 0,03 0,05 0,08 Ácido esteárico 1 1 0,00 I 0,04 0,04 0,04 0,00 Água 1 |14,06 I 13,38 13,28 10,66 11,88 Densidade (gcm”3) 1 | 1,06 I 1,20 1,20 1,15 1,00 Formulação nE 1 1 1 I 2 3 4 5 L Diâmetro crítico 1 I 25 1 25 j_ 25 J_ 29 J_ 29 J_
73 452 JFF/D 2994 -11- TABELA 2 Γ Formulação na 1 1 6 I 7 8 — 9 10 Ί Nitrato de amónio 1 124,00 I 53,11 59,23 43,6 48,7 Nitrato de sódio 1 | 26,9 I 7,20 7,0 10,0 6,4 Nitrato de monome-tilamónio 1 ! |26,60 1 23,51 17,85 23,51 24,92 Alumínio atomizado 1 |10,00 _ 1,0 2,02 0,0 3,0 Pigmento "Flake" Alumínio 1 1 | 0,0 I 0,7 0,0 1,5 1,5 Borracha moída 1 I 0,0 I 1,20 2,09 1,0 0,0 Ácido adipico 1 | 0,2 __1_ 0,1 0,15 0,2 0,2 Tio-ureia 1 | 0,13 I _____ 0,13 0,13 0,13 0,13 Goma de guar 1 | 1,0 1 1,0 0,7 1/0 1,0 Proteína de guar 1 1 0,06 I 0,06 0,04 0,06 0,06 Carbonato de cálcio 1 1 0,36 _1_ 0,36 0,36 0,36 0,36 Cloreto de sódio 1 I 0,0 I 0,0 0,0 7,0 0,0 Formulação na 1 1 6 7 8 9 10 Nitrito de sódio 1 1 0,02 I 0,02 0,04 0,03 0,09 Ácido esteárico 1 | ο,οο I 0,04 0,00 0,04 0,04 Água 1 |10,69 I 11,57 10,35 11,51 13,6 Densidade (gcm-3) 1 | 1,30 I 1,20 1,20 1,15 0,95 I Diâmetro crítico 1 1 50 1 25 J_ 80 J_ 29 1 15 1 _!
73 452 JFF/D 2994 -12- o diâmetro crítico é o diâmetro crítico para detonação a 0°c com um detonador nB 6 em mm.
Todas as formulações contêm 0,01%, em peso da formulação, de um agente reticulante, cujo componente activo è o piroantimonato de potássio.
As formulações foram preparadas como se segue:
Num misturador de turbina, colocaram-se o nitrato de amónio e o nitrato de monometilamónio, ambos sob a forma de solução. A tio-ureia e o ácido esteárico, nos casos em que estão presentes, foram adicionados e a massa total foi agitada com arrefecimento. A uma temperatura adequada, a goma de guar, a proteína de guar e o ácido adípico, previamente misturados com o nitrato de sódio ou com nitrato de amónio sólido, foram então adicionados. Após deixar passar o tempo suficiente para ocorrer o espessamento do guar, adicionaram-se o pigmento "Flake" alumínio e o nitrito de sódio, seguidos da borracha moída e do alumínio atomizado. Adicionou-se então (nos casos em que foi utilizado) o cloreto de sódio. 0 carbonato de cálcio, nos casos em que esteve presente, foi adicionado seguido pelo agente reticulante (piroantimonato de potássio). Após estes ingredientes serem cuidadosamente misturados, o produto foi embalado em tubo de plástico.
As formulações na 1 a 10, estabelecidas acima, contêm todas proteína de guar como material proteico. Prepararam-se também várias composições explosivas contendo outros tipos de proteína e os componentes dessas composições estão representados nas Tabelas 3 e 4, seguintes. (segue Tabela 3) 73 452 JFF/D 2994 -13- T ABE LA 3 Γ Formulação na 1 | li I 12 1 Nitrato de amónio 1 |46/51 _I_ 46,51 Nitrato de sódio 1 | 6/0 1 6,0 Nitrato de monome-tilamónio 1 1 |28/95 I 28,95 Alumínio atomizado 1 | 2,84 I 2,84 Pigmento "Flake" Alumínio 1 1 I 0/0 1 0,0 Borracha moída 1 | 0,0 I 0,0 Ácido adipico 1 | 0,2 I 0,2 Tio-ureia 1 | 0,12 I 0,12 Goma de guar 1 | 1,2 I 1,2 Proteína de guar 1 | 0,2 I 0,2 Formulação ns 1 1 11 _l_ 12 1 Proteína de clara ovo| 0,2 __1 0,2 Cloreto de potássio | 0,0 I 0,0 Cloreto de sódio 1 | o,o I 0,0 Nitrito de sódio 1 j 0,06 1 0,06 Água 1 |14,06 1 14,06 Densidade (gcm“3) I | 1,04 | 1,04 L Diâmetro crítico 1 1 32 _J_ 32 J_ _1
73 452 JFF/D 2994 -14- TABELA 4 Γ Formulação n2 1 | 13 J_ 14 1 Nitrato de amónio m co «tf 39,0 Nitrato de sódio 1 | 5,5 I ! O 1 o 1 H Nitrato de monome-tilamónio 1 1 (28,63 I 34,8 Alumínio atomizado 1 | 1,8 _l_ o o Pigmento "Flake" Alumínio o >·» o o __° Formulação n2 1 1 13 I 14 Borracha moída 1 I 0,0 1 0,0 Ácido adipico 1 | 0,2 | 0,3 Tio-ureia 1 | 0,12 1 o H Goma de guar 1 | 1,2 _ 0,4 1 Proteína de clara ovo| 0,2 ___1_ 0,25 Poliacrilamida 1 | 0,0 I 0,6 Carbonato de cálcio 1 I 0,0 1 0,0 Nitrito de sódio vo o «k o 0,03 Água 1 |13,79 1 14,50 Densidade (gcm“3) 1 | 1,04 I 1,15 L Diâmetro crítico 1 | 25 1 32 1 _l
73 452 JFF/D 2994 -15-
As formulações 11, 13 e 14 continham proteína de clara de ovo em pó ou albumina, enquanto que a formulação 12 continha proteína de clara de ovo fresco.
Todas as formulações contêm 0,01%, em peso da formulação, de um agente reticulante, cujo componente activo é o piroantimonato de potássio.
As formulações foram preparadas como descrito acima. É importante salientar que todas as formulações l a 14 puderam ser deixadas durante mais de vinte e quatro horas num estado não reticulado, sem que se verificasse qualquer migração aparente de bolhas de gás. Isto foi posto em evidência pelo facto de as formulações reterem a densidade e sensibilidade desejadas.
Claims (13)
- -16- 73 452 JFF/D 2994 ·><; ta. 4É REIVINDICAÇÕES 1 - Processo de produção de uma composição explosiva aquosa contendo bolhas de gás geradas quimicamente, caracterizado por se adicionar à composição 0,03 a 0,5% em peso da composição de uma proteína que estabilize as bolhas de gás contra a migração e a aglomeração.
- 2 - Processo de produção de uma composição explosiva de gel aquoso que compreende um ou mais sais oxidantes, pelo menos parcialmente dissolvidos em água, um combustível e um espessante e que contém bolhas de gás geradas por um agente de gaseificação químico, e 0,03 a 0,05%, em peso da composição de uma proteína que estabilize as bolhas de gás contra a migração e a aglomeração, caracterizado por compreender os passos de: (a) dissolver parcial ou completamente, em água, um ou mais sais oxidantes e qualquer combustível solúvel; (b) adicionar qualquer outro combustível e misturar? (c) adicionar o espessante e a proteína; e (d) adicionar o gás gaseificante e permitir a produção de bolhas de gás, para formar a composição.
- 3 - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 ou 2, caracterizado por a proteína ser uma proteína desnaturada.
- 4 - Processo de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por a proteína desnaturada ser uma proteína vegetal desnaturada.
- 5 - Processo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por o espessante ser uma goma de feijão e a proteína ser uma proteína de feijão.
- 6 - Processo de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por a goma de feijão ser goma de gúar e a proteína de feijão ser proteína de gúar.
- 7 - Processo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por a proteína de gúar ser proteína de gúar desnaturada. 73 452 JFF/D 2994 -17-
- 8 - Processo de produção de uma composição explosiva de gel aquoso que compreende um ou mais sais oxidantes, pelo menos parcialmente dissolvidos em água, 12% ou mais, em peso da composição, de nitrato de monometilamónio, opcionalmente outro combustível, um espessante, nitrito de sódio, como agente de gaseificação químico, para gerar bolhas de gás, e tioureia, como catalisador para o nitrito de sódio e 0,03 a 0,05%, em peso da composição de uma proteína, caracterizado por compreender os passos de: (i) dissolver parcial ou completamente, em água, tom ou mais sais oxidantes, o nitrato de monometilamónio e qualquer outro combustível solúvel; (ii) adicionar qualquer outro combustível e a tioureia e misturar ? (iii) adicionar o espessante e a proteína? e (iv) adicionar o nitrito de sódio e permitir a produção de bolhas de gás, para formar a composição.
- 9 - Processo de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por a composição obtida conter 15% ou mais, em peso da composição, de nitrato de monoetanolamina.
- 10 - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 8 ou 9, caracterizado por a proteína ser uma proteína desnaturada.
- 11 - Processo de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por a proteína desnaturada ser uma proteína vegetal desnaturada.
- 12 - Processo de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por o espessante ser uma goma de feijão e a proteína ser uma proteína de feijão.
- 13 - Processo de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por a goma de feijão ser goma de gúar e a proteína de feijão ser proteína de gúar. 73 452 JFF/D 2994 -18- Lisboa, & 07. 1991 Por DANTEX EXPLOSIVES (PROPRIETARY) LIMITED =0 AGENTE OFICIAL=
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