PT91861A - Sola interior para sapato - Google Patents
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Description
ι .1
LOHMANN GmbH & Co, KG "SOLA INTERIOR PARA SAPATO" A presente invenção dtz respeito a uma sola interior de sapato feita de um material de um velo de fibras contendo um ageji te aglomerante e no qual estão contidas microsferas compactas, A sola interna constitui uma parte importante de um sapa^ to, A sola interna são fixadas a sola de desgaste e a parte supe rtor do sapato. Essa sola i raras vezes ainda de couro, sendo usjj almente de material de celulose ou de fibras fixadas com um agl£ merante, no qual se aplica a sola de desgaste, por costura, agrjí famento ou colagem. Utiliza-se sobretudo o processo de aplicação de um material na sola de desgaste por injecção ou aplicação de um material de espuma. Especialmente para os sapatos para usar nos tempos livres e para os sapatos desportivos, exigem-se solas interiores dos sapatos leves e que tem de ser impermeáveis ao m£ teria! de espuma ou de injecção,
Neste ultimo processo surgem inconvenientes nas solas iji teriores de sapatos tradicionais, 0 material plástico liquido p£ ra aplicar como espuma ou por injecção penetra, em especial no caso dos materiais leves para a sola interior, através dos mesmos provocando na face oposta protuberâncias e irregularidades que anulam o conforto de utilização,
Estes materiais das solas interiores tem de ter uma espejs sura duas vezes e meia a três vezes maior, o que equivale a um peso especifico por unidade de área correspondentemente ate tres vezes mais, a fim de garantir uma impermeabilidade ao material injectado ou espumado,
Na publicação DE 3 231 971 descreve-se a fabricação de uma segunda sola do sapato de material em fibras, no qual sé incluem microsferas de termoplástico ocas, 0 problema da penetração da sola de desgaste sobre a qual se faz a fnjecção ou se aplica a espuma pela sola interior tradi_ cional não foi detectado na patente de invenção DE-OS 32 31 971, Apenas se chama a atenção para um suposto melhor isolamento térmico e um melhor apoio do pê devidos ã segunda sola de acordo com a invenção, 0 inconveniente do processo de fabricação das microsferas ocas de termoplHstico ê o seu peso elevado, A fabricação so é pos sTvel nas máquinas mais modernas, com um controlo muito preciso das temperaturas, visto que, para temperaturas demasiado baixas, não se formam as microsferas ocas e, para as temperaturas demasiado elevadas, elas rebentam, 0 objecto da presente invenção consiste em proporcionar uma sola interior de sapato que seja muito leve, muito flexivel, pouco dilatãvel, sobretudo impermeável ao material injectado ou espumado sobre a mesma e que não apresente os citados inconvenientes do estado actual da técnica.
Segundo a presente invenção, este problema resolve-se com uma sola interior de sapato de um material de velo de fibras con tendo um aglomerante com microsferas nele alojadas, sendo as microsferas compactas e introduzidas no material de fibras com aglo merante numa quantidade tal que a sola interior de sapato fique impermeável ao material plástico aplicado por injecção ou sob a forma de espuma.
De acordo com uma forma de realização, as microsferas usia das tem um diâmetro de 0,040. a 0,500 mm. De acordo com uma outra forma de realização preferida, as microsferas podem ser substan-cialmente mais compactas, com um diâmetro cerca de 10 vezes menor, ou seja, na gama dos 5 a 15 nanometros, A quantidade de microsferas usadas e escolhida de modo tal que se obtenha uma densidade global da sola interior, quando se aplica o' material plástico por injecção ou sob a forma de espuma, para a fixação da sola de desgaste a sola interior do sapjj to. Para isso, são suficientes, conforme o material das esferas, de 2 a 2Q%, relativamente ao material de fibras, como regra geral, 0 material de velo de fibras, jã conhecido, pode ser fe_i to de fibras naturais ou fibras regeneradas, preferindo-se as fi firas- de poliester, A percentagem de fibras do material de velo de fibras com um aglomerante situa-se convenientemente na gama dos 30 a 60¾.
Como bas-e para o velo de fibras serve vantajosamente um tecido, 0 velo de fibras § ligado com esta base, em regra, mecanicamente -4- por agulhagem. Como Base do velo de fibras e vantajosamente usado um tecido de polipropileno, 0 tecido provoca uma dilatação reduzida, a qual actua fa voravelmente na estabilidade da forma e no processamento da sola interior,
As microsferas são de preferência de material inorgânico, podendo ser de origem sintética ou natural. Exemplos preferidos são microsferas com um diâmetro de Q,Q4 a Q,Q8 mm, Para as micros feras com diâmetros na gama dos nanÕmetros, mostrou-se ser particularmente vantajoso o dtoxido de silício com uma densidade de 3 cerca de 1,0 a 1,2 g/cm , Sao igualmente apropriados os oxidos metálicos ou as suas misturas, Bem como sais orgânicos e inorgânicos soluveis na agua.
Por meio do aglomerante, constituído por exemplo por la-tices a base de esteres do acido acrílico, acrtlonitrilo-butadie no, estireno-Butadieno ou das suas misturas, as microsferas com pactas são introduzidas nos espaços intercalares do material de velo de fibras, 0 aglomerante deposita-se normalmente nos pontos de cruzamento das fibras e não nos espaços ocos envolvidos pelas fibras.
Mas as microsferas situam-se nos espaços ocos do velo de fibras e constituem, tal como os pontos de cruzamento das fibras, pontos de ancoragem adicionais para o aglomerante, Entre as microsferas e as fibras estende-se como que uma espécie de vela, que e constituída por látex e impermeabiliza a sola interior a δ ύτη ponto tal que a permeabilidade ao ar é tão pequena como 61 2 1/m /s, ficando a sola interior impermeável ao material injecta-do ou espumado na mesma. Os espaços ocos de novo formados pela referida vela, agora espaços ocos maís pequenos, contribuem também para o isolamento do frio e do calor, para a Baixa densidade, e portanto pequeno peso, e para a elevada flexibi1 idade, no caso de se escolher um aglomerante apropriado, Por meio das mfcrosfe-ras particularmente compactas, com diâmetros de 5 a 50 nanometros, podem preencher-se completamente os espaços ocos no velo de fibras, de modo que se obtém de maneira simples as impermeabilidades ao ar desejadas. Aumenta-se também o efeito de impermeabilidade visto que o material aglomerante usado se liga com as micro^ feras para se obter um material compésíto quase como uma folha.
As microsferas podem ser obtidas na firma Potters-Ballo-tini, com sede em Kírcftheim-Bolanden, com a designação comercial de Microsferas Ballotini,
Dtoxído de silTcio sob. a forma de esferas com um diâmetro 3 de 5 a 60 nanometros e uma densidade de 1,Q a 1,2 g/cm existe no mercado com a designação comercial AEROSIL, fabricado pela DEGUSSA,
As vantagens das microsferas relativamente âs microsferas ocas· descritas na patente de invenção DE 3 231 971 referem-se ao preço e a facilidade de processamento. São ate 12,5 vezes mais baratas e, no processamento, independentes· da temperatura,
Como a sola interior do sapato estã em contacto Tntimo com os pés suados do homem, é muito vantajoso para a higiene e 6-j para a saíide que a referida sola esteja dotada com um agente bactericida. Os bactericídas são introduzidos no aglomerante ou nas fibras da sola interior.
Para a obtenção de condições climáticas no interior do sapato são utilizados meios absorventes da humidade introduzidos na sola interior. Estas condições conseguem-se por meio do aglomerante hidrofilo e a introdução de fibras de lã celulares no v£ lo de fibras,
Descreve-se agora a presente invenção com mais pormenor, nos exeplos seguintes:
Exemplo 1 A sola interior do sapato (1) Õ constituída por um velo de fibras agulhado-(2}, que e ligado por agulhagem a um tecido de fitinhas de polipropileno (31, As microsferas são primeiramen te juntas a um lãtex aquoso de NBR ou SBR, mediante agitação. De pois, o velo de fibras ê impregnado com a mistura do aglomerante e das microsferas, seca-se e vulcaniza-se, Nos espaços vazios do velo de fibras ficam as microsferas com um diâmetro de 0,04 a Q,Q8 mm (4]_, formando pontos de ancoragem adicionais para o aglo merante (5}, A referencia (6J. indica uma zona do velo de fibras (2)' ampliada. 'V.
Exemplo 2
Nos espaços Intermédios do velo de fibras Igual ao do exemplo 1 depositaram-se mlcrosferas [41 de dfÕxtdo de silTcio com grãos com as dimensões de 10 a 2Q nanómetros, juntamente com um aglomerante, 0 Si02 liga-se com o aglomerante, ficando em sus pensão, para formar um compósito em forma de folha [látex de NBR ou SBR1, de modo que não se.mediu qualquer permeabilidade ao ar sob uma pressão de 20 mm de coluna de agua. Da Baixa densidade do $|02 resulta um peso reduzido da sola interior do sapato,
Claims (15)
- -8- REIVINDICAÇÕES 1. -. Sola interior para sapato feita de um material de fibras com um teor de pelo menos 1 %, em peso, de microsferas incorporadas, caracterizada por, como microsferas,.se incorporarem microsferas compactas, numa quantidade tal que a sola interior para sapato fique impermeável ao material plástico aplicado sob a forma de espuma ou por injecção.
- 2. - Sola interior para sapato de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por conter microsferas compactas com um diâmetro de 0,040 a 0,500 mm.
- 3. - Sola interior para sapato de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por conter microsferas compactas com um diâmetro de 5 a 50 nm. 4.- Sola interior para sapato de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizada por as microsferas compactas estarem contidas numa quantidade de 2 a 20 %, em peso.
- 5. - Sola interior para-sapato de acordo com as reivindicações 1 a 4, caracterizada por apresentar um tipo de fibras do grupo das fibras sintéticas, naturais e regeneradas.
- 6. - Sola interior para sapato de acordo com as reivindica ções 1 a 5, caracterizada por a fracção de fibras ser de 30 % a 60 %, em peso. *
- 7. - Sola interior para sapato de acordo com as reivindicações 1 a 6, caracterizada por a fracção de fibras ser constituída por poliéster.
- 8. - Sola interior para sapato de acordo com as reivindicações 1 a 7, caracterizada por o material de fibras estar ligado mecanicamente com um tecido.
- 9. - Sola interior para sapato de acordo com as reivindicações 1 a 8, caracterizada por o tecido ser constituído por um te eido de fitinhas de polipropileno.
- 10. - Sola interior para sapato de acordo com as reivindicações 1 a 9, caracterizada por as microsferas serem feitas de um-10- material inorgânico.
- 11. - Sola interior para sapato de acordo com as reivindicações 1 a 10, caracterizada por as microsferas serem feitas de material sintético ou natural.
- 12. - Sola interior para sapato de acordo com as reivindicações 1 a 11, caracterizada por as microsferas serem feitas de vidro.
- 13. - Sola interior para sapato de acordo com as reivindicações 1 a 11, caracterizada por as microsferas serem feitas de diõxido de silício.
- 14. - Sola interior para sapato de acordo com as reivindicações 1 a 13, caracterizada por a sua permeabilidade ao ar ser inferior a 61 l/m2/s para uma pressão de 20 mm de coluna de água.
- 15. - Sola interior para sapato de acordo com as reivindicações 1 a 14, caracterizada por a sola apresentar um produto bacte-ricida.
- 16.- Sola interior para sapato de acordo com as reivindicações 1 a 15, caracterizada por a sola apresentar um produto absorvente da humidade, O Agente Oficial da Propriedade Industrial Lisboa, 29 de Setembro de 1989
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