PT8434U - Escova de dentes - Google Patents

Description

"ESCOVA DE DENTES"

MEMÓRIA DESCRITIVA

Resumo O presente invento diz respeito a uma escova de dentes que compreende uma cabeça que apresenta uma superfície plana na parte superior. Os tufos de cerdas são dispostos em dois grupos de fiadas, extendendo-se cada fiada transversalmente na cabeça. As fiadas do primeiro e segundo grupo encontram-se dispostas alternadamente ao longo do eixo da cabeça. No primeiro grupo os dois tufos mais afastados lateralmente de cada fiada encontram-se inclinados lateralmente em direcção ao seu lado mais proximo da cabeça, sendo esta inclinação de cerca de 12°. O tufo do meio de cada um do segundo grupo encontra-se disposto substancialmente de uma maneira vertical a partir da cabeça. Os tufos mais afastados lateralmente do segundo grupo encontram-se inclinados lateralmente para o lado de dentro da escova de cerca de 8o. Os tufos definem três grupos funcionais de grupos. A disposição dos tufos é tal que a acção de limpeza é substancialmente independente de qualquer técnica de escovagem particular empregada pelo utilizador.

A 2

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

Esta invenção dis respeito a uma escova de dentes, mais concretamente a uma escova de dentes que tem as cerdas dispostas de modo a retirarem eficientemente a placa dos dentes através da escovagem manual. São conhecidas várias construções de escovas de dentes que utilizam a técnica anterior. Contudo, nenhuma delas apresenta uma disposição dos tufos que execute várias funções de limpeza dos dentes e das gengivas, no que diz respeito ao estilo ou técnica de escovagem. Certos fabricantes de escovas de dentes apresentam nas embalagens das escovas, técnicas específicas de escovagem. No entanto, se o utilizador não prestar atenção a essas técnicas, ou se se esquecer delas, obteem-se resultados de limpeza dos dentes aquém do que será desejável.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

De acordo com a prática desta invenção, os tufos são dispostos ao longo da cabeça da escova em grupos distintos, de preferência em fiadas, desenvolvendo-se estas fiadas no sentido transversal em relação ao eixo longitudinal da cabeça da escova de dentes.

As cerdas dos tufos individuais (cada tufo é constituído por um grupo distinto de cerdas) são fixas a dois tipos de cavidades. As cavidades redondas são consideravelmente espaçadas, de modo a permitirem um movimento independente e desimpedido de cada tufo de cerdas. As cavidades poligonais (normalmente quadradas) ficam perto umas das outras no sentido transversal, a fim de que as pontas das cerdas formem fiadas lineares contínuas. Estas cavidades poligonais podem ter cantos arredondados ou angulares. A utilização de tufos densamente colocados nas construções antecedentes, faz com que os ditos tufos tendam a mover-se 3

tangencialmente, empurrando-se portanto uns aos outros à medida que deslizam pelas superfícies dos dentes. Nesta invenção, o espaçamento entre os tufos é considerável, o que permite que eles se movam desordenadamente à medida que abordam os contornos, muitas vezes irregulares, das aberturas entre os dentes.

Cada um de um primeiro grupo de tufos é fixo geralmente a cavidades redondas e inclui um tufo central ou médio e um par de tufos extremos laterais, cada um dos quais é práticamente perpendicular à superfície da cabeça da escova. Este grupo define cerdas próximas umas das outras, as quais conseguem atingir o interior das cavidades entre os dentes. Os tufos deste grupo permitem que as fibras individuais das cerdas penetrem de modo firme nos espaços situados ao lado uns dos outros, criando leques de pontas de cerdas á medida que limpam as superfícies dos dentes. Por geralmente redonda entende-se uma forma circular ou próxima da forma circular, tal como a forma elíptica.

Cada um de um segundo grupo de tufos é fixo ás cavidades poligonais, de preferência quadradas, mas de preferência ainda rectangulares. De preferência, existem seis ou sete tufos, embora também se possam utilizar cinco ou oito tufos. Cada tufo do segundo grupo estende-se práticamente na perpendicular em relação à superfície da cabeça da escova.

Cada um de um terceito grupo de tufos é fixo a cavidades geralmente redondas, incluindo este grupo aproximadamente catorze tufos posicionados ao longo do perímetro da cabeça da escova de dentes. Aproximadamente seis tufos exteriores, situados de cada lado da linha de centro da cabeça, inclinam-se lateralmente para fora na direcção do lado mais próximo da cabeça da escova de dentes. Dois tufos frontais (na direcção da extremidade livre da cabeça) são inclinados não só lateralmente na direcção 4 dos respectivos lados da cabeça da escova, mas também para a frente. Estes tufos frontais que são inclinados para a frente e para o lado podem também ser considerados como um quarto grupo ou como um subgrupo do terceiro grupo. Os tufos situados no perímetro deste grupo formam um ângulo para fora a partir da linha de centro da cabeça da escova, de tal modo que se projectam para a zona marginal das gengivas, na base das coroas dos dentes. Esta acção dá-se à medida que se aplica a força descendente à cabeça da escova, sendo independente da orientação da cabeça da escova ou seja, se está ou não perpendicular em relação ás superfícies dos dentes. Estes tufos de cerdas situados no perímetro formam um ângulo, de tal modo que não são capazes de se suportarem estruturalmente uns aos outros, à medida que a força horizontal e descendente é aplicada pelo utilizador.

Os tufos de cerdas convencionais orientados na perpendicular, tendem a actuar como séries de colunas e portanto a suportarem as cerdas suspensas à medida que passam sobre os espaços entre os dentes. A reduzida tensão de compressão global suportada por esta configuração angulosa, permite que os tufos individuais de cerdas penetrem nos intervalos entre os dentes, sob as gengivas e juntos uns aos outros, sem que os tufos de cerdas vizinhas os impeçam.

Os tufos angulosos movem-se na direcção do seu ângulo. À medida que se aplica a força horizontal e descendente à cabeça da escova, os tufos de cerdas deslizam sobre as superfícies dos dentes geralmente na direcção ditada pelo ângulo do furo do tufo, no qual as cerdas estão fixas à cabeça da escova, em vez de simplesmente torcerem para trás na direcção oposta à da força que as empurra. A construção desta invenção contempla o movimento multi-direccional das cerdas, durante a actuação uni-direccional da escova. 5 5

Quando as cerdas são forçadas na direcção do seu ângulo, elas saltam para fora das aberturas entre os dentes à medida que se excedem as tensões que as mantêm em posição. Esta acção dinâmica tenderá a retirar a placa para fora dos espaços adjacentes. Os dispositivos convencionais tendem a amontoar a placa nos espaços à medida que os tufos de cerdas escovam sobre os espaços interdentais. A fraca tensão de flexão de tufos individuais de cerdas afastados consideravelmente, permite reduzir a altura das cerdas sem provocar a sensação de aumento da rigidez das cerdas. Das escovas convencionais preparadas com uma altura mais pequena, tem-se de facto a percepção de uma maior rigidez tendendo a provocar traumas na mucosa. A reduzida altura das cerdas permite um espaço livre maior (melhorando assim o alcance dos molares traseiros) entre as superfícies bocais dos dentes e a parte interior da mucosa.

Os tufos de cerdas angulosos vão tendo várias alturas à medida que são deformados, ainda que tenham uma altura uniforme quando fora de uso. As cerdas angulosas projectar-se-ão sobre as pontas das cerdas direitas à medida que as primeiras são forçadas a terem uma orientação perpendicular durante a utilização. Este efeito, provocado pelo maior comprimento da hipotenusa de um trângulo, permite que os tufos angulosos atinjam profundamente as zonas adjacentes e marginais das gengivas, à medida que assumem a orientação perpendicular.

Os tufos de cerdas geralmente redondos são, de preferência, preparadas para terem uma altura maior do que os tufos poligonais. Esta configuração permite que os tufos de cerdas redondos penetrem nos espaços adjacentes, antes das pontas das 6

cerdas dos tufos poligonais entrarem em contacto com as superfícies dos dentes.

As fiadas lineares compactas de tufos poligonais mais pequenos, retiram de modo uniforme a placa dos dentes sem impedirem que os tufos de cerdas adjacentes penetrem nos espaços interdentais.

BREVE DESCRTCÃO DOS DESENHOS A Figura 1 é uma vista parcial em perspectiva de uma escova de dentes formada de acordo com um primeiro conjunto desta invenção. A Figura 2 é uma vista parcial em perspectiva de uma escova de dentes formada de acordo com um segundo conjunto desta invenção.

As Figuras 3 a 6 são vistas de plantas de uma escova de dentes da Figura 1, ilustrando, no que diz respeito ás Figuras 3a a 6a, a função de vários grupos de tufos e o seu contacto com os dentes "T" e as gengivas "G". A Figura 7 é uma vista da planta de uma versão modificada da escova de dentes da Figura 2. A Figura 8 é uma vista da planta de uma modificação da escova de dentes da Figura 7.

DESCRICÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

Fazendo agora referência à Figura 1, o número (10) refere-se na generalidade ã escova de dentes desta invenção e 7 7

inclui uma cabeça (12) que tem uma superfície superior direita (14) e um eixo longitudinal (16). Normalmente a cabeça faz parte integrante de um manipulo (20), em que o eixo longitudinal (16) da cabeça não coincide necessáriamente (como está indicado) com o eixo longitudinal (20) do manipulo, sendo somente mostrada uma parte do manipulo. A construção do manipulo não faz parte da invenção. Quer a cabeça (12) quer o manipulo (20) podem ser fabricados com um material plástico adequado, tal como qualquer um dos normalmente utilizados.

Qualquer um de um primeiro grupo de tufos poligonais é representado pelo número (24), sendo cada grupo definido por um simples tufo comprido (25), tendo cada tufo simples comprido o seu eixo longitudinal orientado no sentido transversal em relação ao eixo (16). Deve-se notar que as cerdas dos tufos (25) são mais pequenas do que as cerdas dos outros grupos. Todos os grupos (24) são paralelos uns aos outros e são perpendiculares ao eixo (16). 0 tufo (25) é designado por cerda em barra ou tufos de cerdas em barra.

Um segundo grupo de tufos geralmente redondos é representado pelo número (26), sendo cada grupo (26) orientado no sentido transversal em relação ao eixo (16). Os dois tufos extremos da fiada (26) são, cada um deles, representados pelo número (30), em que cada um de tais tufos está inclinado para o lado, ou para os contornos laterais, na direcção do respectivo lado da cabeça (12) (perpendicularmente ao eixo (16)), fazendo um ângulo de cerca de 12 graus em relação à vertical. Os restantes três tufos de cada grupo (26), que estão posicionados de modo a ficarem afastados uns dos outros, cada um deles representado pelo número (32) e sendo as cerdas designadas por cerdas adjacentes, são práticamente perpendiculares à superfície (14), i.e. verticais. Cada tufo (30) é afastado lateralmente do tufo (32) 8 8

adjacente mais próximo. De preferência, os tufos (30) e (32) têm o mesmo diâmetro. As cerdas dos tufos (30) são designadas por cerdas das gengivas. Cada grupo (26) é constituído por cerdas adjacentes e por cerdas das gengivas. De preferência, os grupos de tufos redondos estão dispostos em fiadas colocadas transversalmente em relação ao eixo longitudinal da cabeça (12).

Um terceiro grupo (34) é definido por dois tufos (36) geralmente redondos e afastados lateralmente um do outro. Cada tufo (36) está rodado lateralmente na direcção do lado respectivo da cabeça da escova de dentes, fazendo um ângulo de cerca de 30 graus. Cada tufo (36) está também rodado em relação ao plano que o contém, fazendo um ângulo de cerca de 14 graus com a vertical. Deste modo, cada tufo (36) está inclinado para o lado e para a frente na direcção da extremidade livre da cabeça da escova de dentes. Os tufos (36) são designados por cerdas de pontas principais.

Fazendo agora referência à Figura 2 dos desenhos anexos, a construção é a mesma que a mostrada na Figura 1, excepto no que diz respeito aos tufos de cerdas de barras compridas (25), cada uma delas definindo uma fiada (24) , as quais são substituídas pela fiada (240) definida por tufos (242) redondos individuais. As fiadas (240) de tufos (242), tal como os tufos das outras fiadas (26), (24) e (34) da Figura 1, estão alinhadas transversalmente em relação ao eixo (16) e estão afastadas umas das outras segundo a direcção longitudinal. A construção das fiadas (24) da Figura 1 implica a formação, na cabeça (12), de ranhuras transversais relativamente compridas, a fim de se montarem as extremidades inferiores das cerdas que definem cada tufo de cerda em barra (25). Isto pode ser feito manualmente. Se forem utilizadas máquinas automáticas 9 9

normalmente disponíveis para a formação de tais ranhuras compridas, aparecem alguns problemas no enchimento das ranhuras e na manutenção de cada cerda em barra na posição perpendicular pretendida em relação à superfície (14) da cabeça.

Para ultrapassar estes problemas, são formados, na superfície (14) tal como mostrado na Figura 2, os furos de cada uma das fiadas transversais, os quais são geralmente redondos e são afastados uns dos outros mas de modo a ficarem próximos, em vez de se formar a ranhura comprida. Cada um dos tufos (242) redondos é introduzido nesses furos e aí fixado, através de máquinas automáticas de utilização comum. Como resultado obteem--se fiadas (240) práticamente idênticas ás fiadas (24), em que os tufos (242) individuais estão colocados lado a lado, de modo a ficarem próximos uns dos outros.

Verificar-se-á que a disposição das fiadas em ambos os conjuntos é tal que as fiadas (24) e (26) (bem como as fiadas (240) e (26)) alternam ao longo do eixo (16), excepto no caso de duas fiadas (26) que ficam junto à fiada (34) . Portanto, nesta zona da cabeça existem duas fiadas (26), as quais são adjacentes uma à outra segundo o eixo longitudinal (16) da cabeça (12). De preferência, cada um dos tufos das fiadas (26) tem a mesma altura e, como acima referido, a sua altura medida na vertical é maior do que a dos tufos das fiadas (24). Normalmente, a altura das cerdas do primeiro grupo (24) é de cerca de 8.5 mm, enquanto que a altura (medida na vertical) das cerdas dos tufos do segundo e terceiro grupos (26) e (34) é normalmente de cerca de 10.5 mm. Os tufos mais compridos são os do grupo (34), sendo os tufos (30) os mais compridos a seguir àqueles. Contudo, a altura medida na vertical dos tufos (30) e (34) é a mesma que a medida a partir da superfície (14) da cabeça. 0 espaçamento entre as fiadas (24) 10

(240) (26), (30), (32) e (34) é normalmente de cerca de 0.09 polegadas, medida na parte inferior dos tufos.

No conjunto da Figura 1, o espaçamento lateral entre os tufos (32) é de cerca de 0.06 polegadas e o espaçamento lateral entre os tufos (30) de qualquer grupo (26) é de cerca de 0.28 polegadas. 0 comprimento dos tufos simples (25) é de cerca de 0.34 polegadas e a sua espessura é de cerca de 0.06 polegadas. O espaçamento lateral entre os tufos (36) é de cerca de 0.070 polegadas. 0 diâmetro da base dos tufos (36) e (30) está compreendido entre cerca de 0.050 polegadas e cerca de 0.060 polegadas. O diâmetro da base dos tufos (32) é de cerca de 0.040 polegadas.

No conjunto da Figura 2, o espaçamento lateral entre os tufos (32) é de cerca de 0.065 polegadas e o espaçamento lateral entre os tufos (30) de qualquer fiada (26) é de cerca de 0.312 polegadas. O espaçamento lateral entre os tufos (242) é de cerca de 0.065 polegadas e o espaçamento lateral entre os tufos (36) é normalmente de cerca de 0.092 polegadas. O diâmetro da base de todos os tufos está compreendido entre cerca de 0.050 polegadas e cerca de 0.060 polegadas.

Fazendo agora referência ás Figuras 3a 6 e aos seus respectivos complementos, as Figuras 3a a 6a, pode-se ver ilustrada a função específica de limpeza dos tufos do conjunto da Figura 1. Nas Figuras 3 a 6, os vários grupos são realçados pelo tracejado vertical. Nesta descrição, os tufos são descritos e agrupados de acordo com as funções que executam, enquanto que a descrição anterior descreveu os tufos individualmente em relação ás várias fiadas que definem. 11

Nas Figuras 3 e 3a, as cerdas de barras (25) limpam as superfícies inteiras dos dentes com os conjuntos de cerdas centrais, o que aumenta o contacto com os dentes contribuindo assim para a acção de limpeza. O comprimento mais pequeno destas cerdas faz com que elas fiquem em contacto com as superfícies dos dentes, à medida que as cerdas adjacentes (32) mais compridas (tal como mostrado nas Figuras 4 e 4a) penetram nas aberturas entre os dentes. A fim de haver uma melhor visualização, os tufos (32) e (36) são omitidos na Figura 3a. As escovas de dentes convencionais não apresentam uma concentração de dendidade de cerdas ou de densidade de tufos com um grau tão elevado, do que resulta um acção de limpeza inferior ao desejável em todas as superfícies dos dentes.

Nas Figuras 4 e 4a, os tufos de cerdas (32) compridos, centrais e adjacentes atingem as aberturas entre os dentes. Estes tufos de cerdas estão espaçados de modo a permitirem um acesso profundo para limpeza. O tipo de colocação específica destes tufos permite uma acção de limpeza dinâmica e independente. As escovas de dentes convencionais têm cerdas com o mesmo comprimento e a mesma densidade que tendem a suportar-se estruturalmente umas ás outras, actuando como um único bloco, não executando assim a acção dinâmica e independente pretendida para se obter uma limpeza variada.

Na Figura 5 e 5a, as cerdas (30) compridas e flexíveis, alinhadas de cada lado da cabeça (12) da escova de dentes, são inclinadas para fora de modo a escovarem de modo brando a placa dos dentes no bordo das gengivas e da zona entre os dentes. A inclinação para o exterior é intencional, a fim de provocar uma acção controlada das cerdas na zona do bordo da gengiva. As escovas de dentes convencionais têm cerdas verticais cuja flexão não é controlada ou dirigida para o bordo da gengiva. As cerdas 12

verticais convencionais podem danificar o tecido macio das gengivas.

Nas Figuras 6 e 6a, as pontas principais dos tufos de cerdas (36) situados na ponta da cabeça da escova de dentes são inclinadas para a frente, a fim de assegurarem que a acção de limpeza atinja a zona traseira da boca e limpe as zonas entre os dentes. Adicionalmente, elas limpam as superfícies linguais e as superfícies salientes dos dentes frontais. As cerdas verticais limitam o acesso das escovas de dentes convencionais à zona traseira da boca, pelo que a placa se vai acumulando nessa zona.

Portanto, na cabeça (12) existem quatro grupos funcionais de tufos. Existem os grupos de cerdas em barra definidos pelos tufos (25), (242) e (246) para efectuarem a limpeza de todas as superfícies dos lados expostos dos dentes, o grupo de cerdas adjacentes definido pelos tufos (32) para a limpeza das aberturas entre os dentes, o grupo de cerdas dos bordos das gengivas definido pelos tufos (30) para a limpeza dos dentes na zona do bordo das gengivas, e o grupo das cerdas de pontas principais definido pelos tufos (36), os quais asseguram a limpeza dos dentes na zona traseira da boca.

No conjunto da Figura 7, os cinco tufos (242) geralmente redondos de cada uma das fiadas (240) da Figura 2 são substituídos por um maior número de tufos quadrados (246), os quais são de preferência rectangulares. Em todos os outros aspectos, como a configuração cerda/tufo e as dimensões, são idênticas. De preferência, cada tufo quadrado deve ter a mesma área que os furos redondos da cabeça (12), os quais recebem geralmente os tufos (242) redondos da Figura 2. Estes tufos podem também ter uma forma quadrada mas, quando não têm essa forma quadrada, a dimensão mais pequena de cada tufo (246) deverá estar disposta ao 13

longo de cada fiada (240), i.e. na perpendicular em relação ao eixo (16). A alteração da forma da secção transversal do tufo, de geralmente redonda para quadrada, com estas dimensões de cada quadrado, permite sete tufos (246) quadrados em cada fiada em vez de cinco tufos (242) redondos, com um ligeiro aumento do comprimento da fiada. A área da secção transversal de cada tufo (242) redondo é a mesma que a área da secção transversal de cada tufo (246) quadrado, mas a dimensão do tufo ao longo da fiada (240) é mais pequena com o tufo de formato rectangular, o formato preferido, do que resulta um maior número de cerdas na fiada (240) de tufos rectangulares. Outra vantagem do tufo com forma rectangular é que as cerdas em barra (25) da Figura 1 ficam mais próximas do número de cerdas individuais de cada fiada (240) . Nomeadamente, o número de cerdas de cada fiada (240) da Figura 7 é superior ao número de cerdas de cada fiada (240) da Figura 2.

No conjunto da Figura 7, o espaçamento lateral entre os tufos (32) é de cerca de 0.065 polegadas e o espaçamento lateral entre os tufos (30) é de cerca de 0.312 polegadas. O espaçamento lateral entre os tufos (246) é de cerca de 0.054 polegadas e o espaçamento entre os tufos (36) é de cerca de 0.092 polegadas. A dimensão mais pequena de cada tufo rectangular (246) é de cerca de 0.039 polegadas e a sua dimensão maior é de cerca de 0.05 polegadas.

Na Figura 7, a maior dimensão de cada tufo rectangular (246) é paralela ao eixo (16). Se for pretendido, os tufos rectangulares (246) de qualquer fiada (240), ou de todas as fiadas (240), podem ser rodados de 90 graus de modo a que a dimensão maior de cada tufo rectangular seja perpendicular ao eixo (16). Para conservar o espaçamento pretendido entre os tufos ao longo de qualquer fiada (240), pode ser necessário omitir um 14

dos tufos (246), de modo a que qualquer fiada (240) contenha somente seis tufos rectangulares.

Fazendo agora referência ao conjunto da Figura 8, a construção é similar à mostrada na Figura 7, utilizando também tufos poligonais rectangulares. As diferenças dizem respeito ás dimensões dos tufos e ao espaçamento entre eles, a serem fornecidos mais à frente, e àqueles tufos situados na extremidade livre da cabeça, i.e. distantes do manipulo. Nos conjuntos anteriormen-te descritos, junto à extremidade livre da cabeça estão situados dois tufos (36), sendo cada um dos tufos inclinado para fora (na direcção oposta à do manipulo) e lateralmente para fora, na direcção oposta ao centro da cabeça que está situado ao longo do eixo (16). No conjunto da Figura 8, os dois tufos (36) frontais são substituidos pelos três tufos (37), dispostos numa simples fiada transversal (250), a qual é paralela ás fiadas transversais (240). Cada tufo (27) tem o mesmo tamanho. O tufo médio é colocado em posição central em relação à cabeça de tufos (12) , de modo a ficar coincidente com o eixo (16), sendo perpendicular à cabeça da escova de dentes. Os dois tufos extremos (37) são inclinados lateralmente para fora, formando um ângulo de cerca de 12 graus com a vertical. Estes tufos podem também ser inclinados para a frente, à semelhança dos tufos (36) do conjunto da Figura 7. Cada um dos tufos (37) está situado num plano transversal em relação ao eixo (16). Os tufos (37) executam uma função similar à dos tufos (36).

No conjunto da Figura 8, o espaçamento longitudinal (medido ao longo do eixo (16)) entre as fiadas transversais de tufos é de 0.10 polegadas. O espaçamento entre as aberturas de recepção dos tufos da cabeça da escova de dentes, medido ao longo de cada fiada transversal, é de cerca de 0.015 polegadas. O diâmetro das aberturas da cabeça da escova de dentes que recebem 15 os tufos redondos é de cerca de 0.06 polegadas. A dimensão mais pequena de cada tufo rectangular (248) é de cerca de 0.047 polegadas, enquanto que a dimensão maior é de cerca de 0.060 polegadas. Os tufos rectangulares da Figura 8 são, cada um deles, representados pelo número (246).

Na Figura 8, tal como no conjunto da Figura 7, a dimensão mais comprida de cada tufo rectangular é paralela ao eixo (16) . Se for pretendido, os tufos rectangulares (248) de qualquer fiada (240), ou de todas as fiadas (240), podem ser rodados de 90 graus, de modo a que a dimensão mais comprida de cada tufo rectangular (248) seja perpendicular ao eixo (16). Para conservar o espaçamento pretendido entre os tufos ao longo de qualquer fiada (240), pode ser necessário omitir um dos tufos (248) . A cabeça do conjunto da Figura 8 é de cerca de 0.1 polegadas mais comprida do que a cabeça do conjunto da Figura 7, enquanto que a sua largura é de cerca de 0.030 polegadas mais larga. O diâmetro dos tufos (32) e (37) pode ser o mesmo ou pode ser diferente. De preferência, eles têm o mesmo diâmetro.

Lisboa, 1 de Abril de 1991

J. PEREIRA DA CRUZ

Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA VICTOR COROON. 10-A 3." 1200 LISBOA

Claims (1)

1. REIVINDICAÇÕES: Ia - Cabeça de escova de dentes que apresenta um eixo longitudinal e termina numa extremidade livre, tendo a cabeça uma superfície geralmente plana a partir da qual se projectam tufos de cerdas geralmente no sentido de baixo para cima, sendo os tufos dispostos em dois grupos de fiadas paralelas e espaçadas axialmente ao longo do referido eixo longitudinal da cabeça, caracterizada por cada fiada se apresentar colocada de modo tranversal em relação ao referido eixo longitudinal da cabeça, compreendendo os tufos, nas fiadas do primeiro grupo, um número igual de tufos dos quais metade se projectam em sentido oposto segundo uma direcção inclinada lateralmente na direcção do lado mais proximo da cabeça e a outra metade dos tufos projecta-se segundo uma direcção inclinada lateralmente na direcção do seu lado mais proximo da cabeça, compreendendo os tufos do segundo grupo de tufos pelo menos um tufo substancialmente perpendicular à referida superfície plana da cabeça, estando os tufos do segundo grupo, lateralmente mais exteriores, inclinados para o lado de dentro da escova a partir do seu lado mais próximo. 2â - Cabeça de escova de dentes de acordo com a reivindicação 1 caracterizada por o segundo grupo de tufos compreender fiadas simples de três tufos, sendo o tufo do meio colocado substancialmente em ângulos rectos com a referida superfície da cabeça. 3a- Cabeça de escova de dentes, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por cada fiada do primeiro grupo de tufos compreender quatro tufos, inclinando-se o par de tufos mais afastado lateralmente em cada fiada, na mesma direcção. -/-

   4*- Cabeça de escova de dentes, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os tufos de segundo grupo de tufos mais afastados lateralmente se inclinarem lateralmente para dentro com um ângulo de cerca de 8 0 com a vertical. 5a- Cabeça de escova de dentes, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a inclinação dos tufos do primeiro grupo ser de cerca de 12 0 com a vertical. 6a- Cabeça de escova de dentes, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a fiada do segundo grupo de tufos se encontrar situada mais próxima da referida extremidade livre da cabeça. 7 a- Cabeça de escova de dentes, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por as fiadas do primeiro e segundo grupo de tufos alternarem numa posição axial ao longo do eixo longitudinalda cabeça. 8 a- Cabeça de escova de dentes, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os tufos de todas as fiadas terem substancialmente a mesma altura medida verticalmente. 9 a- Cabeça de escova de dentes que apresenta um eixo longitudinal e termina numa extremidade livre, apresentando a cabeça uma superfície a partir da qual se projectam tufos de cerdas geralmente num sentido de baixo para cima, caracterizada por os tufos definirem: (1) uma superfície de cerdas de tufos para efectuar a limpeza das superfícies principais dos dentes, sendo a referida superfície de tufos de cerdas disposta em fiadas longitudinalmente afastadas com os tufos de uma das fiadas inclinados para dentro e os tufos da fiada adjacente inclinados para fora, (2) tufos de cerdas interproximais dispostos em fiadas

   paralelas em relação ao eixo longitudinal da cabeça, sendo os referidos tufos perpendiculares à superfície da cabeça, (3) tufos de cerdas para os bordos das gengivas dispostos em fiadas longitudinalmente afastadas e inclinadas lateralmente para o lado de fora da escova. 10^- cabeça de escova de dentes, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada por os tufos para os bordos das gengivas serem dispostos lateralmente para o lado de fora da escova de todos os outros tufos. 11a- Cabeça de escova de dentes, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada por alguma das superfícies dos tufos de cerdas e dos referidos tufos de cerdas para os bordos das gengivas estarem nas mesmas fiadas. Lisboa, 1 de Abril de 1991

   J. PEREIRA DA CRUZ Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA V1CTOR CORDON, 10 A 3,* 1200 usaoA