PT83928B

PT83928B - Canhao de fechadura com chave permutavel

Info

Publication number: PT83928B
Application number: PT83928A
Authority: PT
Original assignee: Rielda Serrature Srl
Priority date: 1985-12-19
Filing date: 1986-12-15
Publication date: 1991-03-20
Also published as: MX159871A; FI84288B; NZ218319A; IE863308L; DK164523C; CA1272039A; DK164523B; DE3671775D1; US4712399A; ZA868734B; FI84288C; NO864441D0; EP0226252A3; EP0226252A2; BR8606091A; DK561486D0; DK561486A; JPS62156483A; ATE53426T1; GR3000533T3

Description

MEMÓRIA DESCRITIVA

presente invento refere-se a um canhão de fechadura com chave permutável.

Os canhões de fechadura com chave permutável já são conhecidos, e necessitam, para que se efectue a troca da chave, de que se utilize uma chave de troca auxiliar adicional, ou uma chave parcialmente diferente da que serviu anteriormente para accionar a fechadura, ou mesmo de outro dispositivo de troca diferente de uma chave. Nestes canhões, a operação de mudar a chave faz-se com alguma dificuldade, o que as torna menos aceitáveis pelos utilizadores; por outro lado, estes canhões não podem ser associadas a muitos tipos diferentes de chaves, e, portanto, só podem ser utilizados com um número limitado de diversas chaves possíveis, o que diminui a sua segurança.

As suas dimensões globais não correspondem às dos canhões usuais, porque dificilmente podem substituir os canhões normais já existentes. Além disso, a sua construção é delicada e só dificilmente pode ser efectuada à máquina.

objecto do presente invento é proporcionar um canhão de fechadura do tipo que tem uma chave permutável, isto é, um canhão de fechadura que permite, por razões de segurança, desligar uma chave do respectivo canhão e codificá-lo de maneira diferente de modo a fazer corresponder ao canhão uma chave diferente, canhão este no qual as manipulações necessárias para mudar a chave são de máxima simplicidade, e, portanto, podem ser executadas por toda a gente; e na qual é possível utilizar um grande número de diferentes chaves, isto é, todas as chaves que podem ser feitas para aquele canhão, conforme a configuração e o número dos elementos móveis proporcionados no canhão,

E também objecto do presente invento adaptar vários canhões de fechadura a uma só chave para abertura, assim como permitir a substituição fácil de canhões de fechadura de produção industrial corrente por canhões de fechadura com chave permutável.

Estes objectos atingem-se, de acordo com o invento, por meio de um canhão de fechadura com chave permutável, o qual

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-3compreende um estator com uma cavidade para um cilindro rotativo, pelo menos uma fenda longitudinal na referida cavidade, e uma série de encaixes que se podem prolongar num ou em ambos os lados da cavidade do estator e podem conter eventualmente contra-picoletes e as molas respectivas; um cilindro rotativo com uma fenda para entrada da chave, uma série de primeiros encaixes que interceptam a referida fenda para entrada de chave e uma série de segundos encaixes, que passam eventualmente através do cilindro e se prolongam paralelamente aos referidos primeiros encaixes, assim como uma primeira e uma segunda fendas que se prolongam perpendicularmente aos referidos suportes e paralelamente ao eixo do cilindro; uma série de corrediças intercaladas com mobilidade longitudinal e transversal nos referidos primeiros suportes do cilindro, a fim de cooperar com os entalhes de uma chave introduzida na referida fenda para entrada de chave, tendo cada corrediça saliências num lado, e, no lado oposto, um elemento para união deslizante, e com uma mola associada: uma série de picoletes adaptados numa ou em ambas as suas extremidades ao contorno do cilindro, intercalados deslizantemente nos referidos segundos encaixes do cilindro, correspondentes aos referidos encaixes do estator e com uma série de primeiros recortes voltados para as referidas saliências das corrediças e com pelo menos um segundo recorte voltado para o lado oposto às referidas corrediças; uma barra de paragem, inserida na referida primeira fenda ortogonal do cilindro, com saliências voltadas para o referido segundo recorte dos picoletes e com uma saliência contínua voltada para o lado oposto e apropriada para cooperar com a referida ranhura do estator, e associada com molas que a forçam para o exterior; e uma barra de translação, inserida na referida fenda ortogonal do cilindro, com elementos para união deslizante apropriados para se unirem com os referidos elementos para união deslizante das corrediças, e com uma saliência contínua voltada para o lado oposto e apropriada para cooperar com a referida ranhura do estator, e associada com molas que a forçam para o exterior; estando os referidos componentes coordenados de maneira que as referidas sa65 545

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-4liências da barra de paragem entrem nos referidos segundos recortes dos picoletes quando a saliência continua da barra de paragem não está alinhada com a referida ranhura do estator, e saiam dos referidos recortes quando a referida ranhura permite que a barra de paragem se desloque para o exterior, enquanto as referidas corrediças entram em recortes correspondentes dos picoletes quando a saliência contínua da barra de translação não está alinhada com a referida fenda do estator, e saem daqueles recortes quando a referida fenda permite que a barra de translação se desloque para o exterior, deslocando por este meio as corrediças devido à acção das uniões deslizantes correspondentes.

Devido a estas características, sempre que o cilindro rotativo efectua um número ímpar de meias voltas a partir da posição inicial, a referida barra de translação atinge uma posição alinhada com a referida ranhura do estator; é depois deslocada pelas suas molas para o exterior e desloca as corrediças que estão unidas com a barra de translação por meio de uniões deslizantes. Devido a esta deslocação transversal, as corrediças saem dos picoletes, e, na posição assim atingida, permitem a retirada da chave e a sua substituição por uma chave diferente. Quando se prossegue a rotação do cilindro, a barra de translação volta a ser deslocada para o interior, faz com que as corrediças voltem a entrar nos picoletes, os quais, entretanto, foram retidos nas suas posições pela barra de paragem, e originam assim uma nova codificação do canhão de acordo com a nova chave.

As características do objecto do presente invento são compatíveis com as necessidades de operações racionais e mecanizáveis de montagem do canhão e de um armazenamento económico deste, e asseguram ao utilizador uma facilidade máxima na execução das operações inerentes na nova codificação do canhão, isto é, na mudança da sua chave. Assim, é fácil adaptar a uma só chave os diversos canhões de fechaduras pertencentes ao mesmo prédio. Além disso, o canhão de fechadura de acordo com o presente invento pode ser fabricado em dimensões globais correspondentes às de um canhão de fechadura convencional, facilitando desta

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-5maneira a substituição dos canhões de fechaduras existente.

Estas e outras caracteristicas e vantagens do canhão de fechadura de acordo com o presente invento tornar-se-ão mais claramente evidentes com a descrição que se segue de uma forma de realização, feita como exemplo não limitativo, representada esquematicamente nos desenhos anexos, nos quais:

A figura 1 é uma vista de frente de uma primeira forma de realização de um canhão de fechadura de acordo com o presente invento, na qual se retirou uma porção da cabeça do cilindro;

A figura 2 é uma vista em corte transversal do canhão de fechadura de acordo com a figura 1, representada em estado de repouso, com a chave retirada do canhão de fechadura;

As figuras 3 ^a 7 representam vistas em corte transversal do canhão de fechadura, análogas à da figura 3» em diversos estados que ocorrem durante o processo de mudar a chave e alterar o canhão de fechadura para uma nova codificação;

A figura 8 é uma vista em corte transversal do canhão de fechadura, análogo ao da figura 3, tendo agora o canhão de fechadura uma codificação nova;

A figura 9 θ uma vista lateral que mostra apenas o rotor do canhão de fechadura de acordo com as figuras anteriores, vis to do topo de acordo com a figura 2;

As figuras 10 a 12 são outras vistas laterais do rotor de acordo com a figura 9, rodadas de cada vez 90° da direita para a esquerda de acordo com a figura 2;

As figuras 13 a 15 sao tres translação;

As figuras 16 a 18 são três paragem;

As figuras 19 a 21 são três contra-pi coletes contidos no est;

As figuras 22 a 24 são três vistas ortogonais da barra de vistas ortogonais da barra de vistas ortogonais de um dos .tor da fechadura;

vistas ortogonais das corrediças destinadas a cooperar com os entalhes da chave;

As figuras 25 a 27 são três vistas ortogonais dos picoletes, destinadas a cooperar com os contra-picoletes, com as corrediças e com a barra de paragem; e c>5 54-5

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-6A figura 28 representa uma vista em corte transversal, a~ nálogo à figura 3, de outra forma de realização de um canhão de fechadura de acordo com 0 presente invento.

canhão de fechadura com chave permutável representado nas figuras 1 a 27 é formado por um estator 1 que tem uma cavidade 2 na qual está montado rotativamente um rotor que compreende um cilindro rotativo 8 e uma cabeça 9. Na parede da cavidade 2 do estator 1 há pelo menos uma ranhura de paragem longitudinal 3· Perpendicularmente à cavidade 2, há no estator diversos encaixes 4 para contra-picoletes 5? que são impelidos para o cilindro 8 por molas 6 assentes em buchas 7 que tapam as extremidades dos encaixes 4. Cada contra-picolete 5 tem uma porção de superfície cilíndrica côncava 5' que, numa posição previamente determinada do contra-picoléte 5? fica alinhada com a superfície de aba do cilindro 8 (e, portanto, permite a rotação livre do cilindro). Os contra-picoletes 5 podem ser todos iguai forma e dimensões exteriores do estator do canhão de fechadura de acordo com 0 presente invento podem ser iguais ès dos canhões de fechadura vulgares, a fim de permitir uma substituição fácil de um canhão vulgar por um canhão de acordo com o invento.

No cilindro rotativo 8 e na sua cabeça 9 está formada uma fenda longitudinal 10 para a entrada de chave. A fenda 10 está representada, por uma questão de simplicidade, com paredes planas e paralelas, mas deve entender-se que pode ter qualquer dos perfis que venham a ser considerados para as chaves. 0 cilindro 8, na sua extremidade posterior, tem uma cavidade transversal 11 por meio da qual pode ser ligado a qualquer mecanismo conhecido destinado a ser accionado pelo canhão, por exemplo um mecanismo para a retracção de trincos, que pode ser accionado fazendo rodar o cilindro 8 por meio de uma chave apropriada introduzida na fenda 10.

cilindro 8 tem duas fendas 12 e 13 laterais diametralmente opostas, paralelas ao eixo do cilindro 8 e perpendiculares à fenda 10 para entrada de chave, que se destinam a receber respectivamente uma barra de paragem e uma barra de trans-

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-7· lação. Além disso, no cilindro 8 há encaixes 14 e 15 ortogonais ao eixo do cilindro 8 e às fendas 12 e 13; os encaixes 14 interceptam a fenda 10 para entrada de chave e destinam-se a receber corrediças que cooperam com os entalhes da chave, enquanto que os suportes 15 se destinam a receber picoletes que cooperam com as referidas corrediças, com os contra-picoletes 5 colocados dentro do estator do canhão e com a barra de paragem. As referidas fendas e os encaixes formados no cilindro 8 são separados parcialmente por paredes. Uma tampa 16 destina-se a tapar as extremidades dos encaixes 14 formados no cilindro 8.

Em cada encaixe 15 do cilindro 8 está intercalado um picolete 17 correspondente a um dos contra-picoletes 5 do estator 1. Cada picolete 17 tem uma porção 17’ de superfície cilíndrica convexa, complementar da superfície côncava 5' do contra-picolete 5, ^e» na face exterior, tem uma pluralidade de recortes pouco fundos 18 e um recorte 19 mais fundo, e, na face interior, uma pluralidade análoga de recortes 20. Os recortes 18 a 20 podem ser, por exemplo, cónicos, diédricos, ou ogivais ou forma análoga. 0 recorte mais fundo 19 está situado numa posição alinhada com a fenda 12 do cilindro 8 quando a superfície 17' está alinhada com a superfície de aba do cilindro 8, e é o único recorte entre os recortes 18-19 que tem uma função operacional; os restantes recortes 18 têm uma função de simulação destinada a dificultar acções destinadas a descodificar a codificação da fechadura. Embora recortes 18 pouco profundos sejam suficientes para os fins de simulação, os recortes 18, por uma questão de conveniência de fabricação, também podem ser feitos mais fundos, como o recorte 19, e, neste caso, os recortes 18 e 19 são iguais. Os picoletes 17 podem ser todos iguais.

Em cada encaixe 14 do cilindro 8 está intercalada uma corrediça 21 que tem num dos seus flancos uma ou mais saliências 22, por exemplo cónicas ou com a forma de uma ponta de cinzel ou ogivais, apropriadas para entrar nos recortes 20 dos picoletes 17, estando no flanco oposto da corrediça 21, formada uma ranhura 23 para união deslizante, por exemplo com a forma de um malhete. Cada corrediça 21 está introduzida deslizantemente

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no suporte 14 correspondente e é impelida para o exterior por uma mola 24 que assenta na tampa 16; além disso, cada corrediça 21 está montada com alguma folga no encaixe 14, a fim de poder deslocar-se transversalmente entre duas posições, numa das quais as suas saliências 22 estão unidas com os recortes 20 do picolete 17 correspondente, enquanto que na outra posição as saliências 22 estão desunidas. As corrediças 21 podem ser todas iguais.

Na fenda 12 do cilindro 8 está intercalada uma barra de paragem 25 que, para cada picolete 17, tem uma ou mais saliências 26, por exemplo cónicas ou com a forma de uma ponta de cinzel ou ogivais, que são apropriadas para entrar nos recortes 18 ou 19 dos picoletes 17. Esta união torna-se possível devido a furos 12’ abertos na parede que separa a fenda 12 dos encaixes 15. No lado oposto às saliências 26, a barra de paragem 25 tem uma saliência de paragem 27 apropriada para penetrar na ranhura de paragem 3 do estator 1. Finalmente, a barra de paragem 25 tem alguns encaixes 28 para molas (não representadas) destinadas a impeli-los elasticamente para o exterior da fenda 12 onde se encontra a barra de paragem 25. No entanto, os encaixes 28 para molas também podem ser colocados no cilindro 8, em vez de na barra de paragem 25.

Na fenda 13 está intercalada uma barra de translação 29 que tem no lado exterior uma saliência 30 análoga à saliência de paragem 27 da barra de paragem 25· a barra de translação 29 tem no lado interior saliências 31 para união deslizante, em número igual ao número de corrediaça 21. As saliências 31 podem ter a forma de um malhete (representada), por exemplo, ou com uma borda extrema expandida circularmente, e destinam-se a entrar nas ranhuras 23 para união deslizante das corrediças 21, que têm forma complementar. Esta união torna-se possível devido às fendas 13’, feitas na parede que separa a fenda 13 dos encaixes 14 do cilindro 8, fendas através das quais as saliências 31 para união deslizante se prolongam nos encaixes 14. as saliências 31 também podem ter uma altura maior que a da barra de translação 29, a fim de obter uma orientação mais efectiva, conforme está representado em linha tracejada

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-9em 31’ na figura 14. Por outro lado, a barra de translação 29 tem alguns encaixes 32 para molas (não representadas) destinadas a impeli-las elasticamente em direcção ao exterior da fenda 13 que contém a barra de translação 29. No entanto, os encaixes 32 para molas também podem ser colocados no cilindro 8, em vez de na barra de translação 29.

Os furos 12’ e as fendas 13’ enfraquecem muito pouco o cilindro 8, e, portanto, s§o particularmente apropriadas quando o cilindro é feito de um metal que tem pouca resistência. Quando o cilindro 8, pelo contrário, é feito de um metal com grande resistência, por exemplo aço inoxidável, os furos 12’ e as fendas 13’ podem ser substituídos por fresagens mais compridas 13'', conforme representado em linha tracejada, para apenas uma posição, nas figuras 10 a 12. Isto permite simplificar a fabricação do cilindro 8.

A estrutura descrita anteriormente, embora possa parecer complicada, é apropriada, para ser montada de maneira muito racional e mecanizável. Uma vez os picoletes 17 inseridos nos encaixes 15 do cilindro 8, com as superfícies convexas 17', em correspondência com a superfície de aba do cilindro, a inserção da barra de paragem 25 (cujas saliências entram nos recortes 19 dos picoletes 17) imobiliza todos os picoletes nas suas posições Em seguida insere-se a barra de translação 29, mas não profundamente, na fenda 13, de maneira que os seus elementos 31 para união deslizante se prolongam no interior dos encaixes 14, e dentro destes são intercalados as corrediças 21, unindo por este meio os elementos 31-23 em união deslizante, em seguida inserem-se as molas 24, e, finalmente, os encaixes 14 são obstruídos por meio de tampa 16. Seguidamente, inserindo profundamente a barra de translação 29, as saliências 22 das corrediças 21 são unidas aos recortes 20 dos picoletes 17; assim, todas as peças móveis se mantêm imobilizadas enquanto as barras 25 e 29 estiverem inseridas profundamente nas fendas respectivas, por meios de retenção apropriados, contra a acção das suas molas. Neste estado, não há nada saliente em relação à superfície de aba do cilindro 8, e, portanto, este pode ser introduzi-

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-ίοdo no estator 1, e a parede da cavidade deste substitui então os meios de retenção que anteriormente mantinham nas suas posições as barras 25 e 29. 0 cilindro 8 pode ser depois fixado axialmente no interior do estator, sem dificultar a rotação deste, de qualquer das maneiras conhecidas, por exemplo por meio de um anel elástico. Finalmente, completa-se o canhão introduzindo no estator 1 os contra-picoletes 5, as molas 6 e os tampões 7 respectivos. Conforme se pode observar, estas fases podem ser executadas mesmo por meios mecânicos, especialmente porque não incluem nenhuma escolha de peças correspondentes a uma codificação especifica da fechadura, visto que os contra-picoletes, assim como os picoletes e as corrediças, são todos iguais uns aos outros. De facto, o canhão preparado desta maneira não tem qualquer codificação e pode ser accionado por uma chave lisa ou por qualquer instrumento inserido na fenda para entrada de chave 10 sem deslocar as corrediças 21. 0 canhão será codificado sucessivamente, conforme será explicado adiante, mas, entretanto, pode ser armazenado sem referência a chaves correspondentes, obtendo assim mais uma vantagem em organização e economia. Finalmente, o canhão será instalado, e, se se desejar, ainda pode ser utilizada com uma chave lisa; este procedimento permite, entre outras coisas, utilizar uma só chave lisa para todos os canhões das fechaduras de um edifício enquanto este se encontra na fase de acabamento. Só quando o utilizador toma posse da propriedade se deve codificar o canhão da fechadura com uma chave escolhida pelo próprio utilizador, chave esta que nunca esteve antes na posse de qualquer outra pessoa, e que, se se desejar, pode ser igual para todos os canhões das fechaduras pertencentes ao mesmo edifício.

Com referência particular às figuras 2 a 8 dos desenhos, vai explicar-se agora o manejo do canhão descrito anteriormente, em particular relativamente às fase que são necessárias para a sua recodificação quando se muda a chave associada; como é evidente, as mesmas fases servem também para a primeira codificação da fechadura.

A figura 2 representa uma vista em corte do canhão, codifi-

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-11cado de qualquer maneira e em condições de repouso, isto é, com a chave retirada da fenda 10. Nestas condições, os contra-picoletes 5 do estator 1, impelidos pelas molas 6, entram parcialmente nos encaixes 15 do cilindro 8, imobilizando assim o cilindro. A barra de paragem 25 não imobiliza os picoletes 17 porque, sob a acção das suas molas, entra com a sua saliência 27 na fenda longitudinal 3 do estator, soltando assim as saliências 26 dos furos 19 dos picoletes 17: estes picoletes são levantados pelas corrediças 21, as quais engatam os picoletes por intermédio das saliências 22 e os recortes 20 e são impelidas pelas molas 24. 0 cilindro 8 não pode rodar: o canhão está trancado.

Com referência à figura 3, se uma chave K for inserida em todo o seu comprimento na fenda 10 do canhão, esta acção provoca uma deslocação vertical das corrediças 21 contra a acção das molas 24, conforme a altura dos dentes da chave; seguidamente, as corrediças 21 assentam contra o entalhe da chave, tomando por este meio uma posição específica e deslocando os picoletes

17. Se as posições assim atingidas pelas peças móveis corresponderem àcodificação da fechadura, isto é, se a chave inserida K for exactamente aquela que está associada com o canhão, os picoletes 17, ao impelirem os contra-picoletes 5? tomam uma posição na qual as suas superfícies convexas 17’ correspondem à aba do cilindro 8 e os seus recortes 19 estão em frente das saliências 26 da barra de paragem 25. 0 cilindro 8, que já não está imobilizado pelos contra-picoletes 5, pode então ser rodado por meio da chave K (figura 4). No inicio desta rotação, a barra de paragem 25 é impelida para o interior devido à cooperação da sua saliência 27 com a ranhura longitudinal 3 do estator, e as suas saliências 26 entram nos recortes 19 dos picoletes 17, trancando por este meio os picoletes juntamente com as corrediças 21 nas suas posições, e impedindo assim a extracção da chave. Nestas condições, o cilindro 8 pode ser rodado em uma ou mais voltas completas para accionar a fechadura, da maneira usual, e seguidamente a barra de paragem 25, que volta a encontrar a ranhura 3 diante da sua saliência 27, volta a des65 54-5

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-12locar-se para o exterior, deixando por este meio livre os picoletes 17 juntamente com as corrediças 21, pelo que se pode extrair a chave.

No entanto, cada vez que o cilindro 8 completa um número impar de meias voltas a contar da posição de partida (figura 5)₅a barra de translação 29 encontra a ranhura 3 do estator diante da sua própria saliência 3θ, θ, ao ser impelida pelas suas próprias molas, desloca-se para o exterior. Com este movimento, a barra desloca transversalmente também as corrediças 21, visto que os elementos 23 para união deslizante destas corrediças estão unidos com os elementos 31 para união deslizante da barra de translação 3θ· ^Era consequência disto, as saliências 22 das corrediças 21 saem dos recortes 20 dos picoletes 17, os quais, no entanto, são mantidos estacionárias pela acção da barra de paragem 25.

A posição que foi agora descrita é uma posição na qual é possível trocar a chave. De facto, as corrediças 21, visto estarem soltas dos picoletes 17, recuperaram a sua mobilidade, e já não retêm a chave K, que pode ser extraída (figura 6). Todas as corrediças 21 são então impelidas para o fim do seu curso pela acção das molas 24, e se neste ponto o cilindro fosse ainda obrigado a rodar sem chave, o canhão voltaria a um estado não codificado, e poderia ser accionado por meio de uma chave lisa. Se, pelo contrário, se introduzir uma nova chave K' na fenda 10 (figura 7), cada corrediça 21 ocupará uma nova posição correspondente à série de entalhes da nova chave K'. Seguidamente, fazendo o cilindro 8 rodar por meio da nova chave K¹, a barra de translação 29 θ impelida para o interior devido à cooperação entre a sua saliência 30 e a ranhura 3 do estator, e impele as corrediças 21, fazendo-as assim unir-se por meio das suas saliências 22 com alguns recortes de picoletes 17, mas não os mesmos recortes em que entraram as saliências 22 antes da troca da chave, e o canhão continuará então o seu funcionamento normal, agora codificado para a nova chave K'. 0 canhão ficará então codificado desta maneira quando a chave K’ for extraída (figura 8). A comparação das figuras 8 e 2 mostra que, de-

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-13vido à diferente codificação do canhão, as posições relativas das corrediças 21 e dos picoletes 17 correspondentes foram modificadas.

Portanto, conforme se pode observar, no canhão descrito anteriormente a operação de troca da chave atinge a simplicidade máxima concebível, pois consiste simplesmente na extracção da chave antiga e na sua inserção de numa nova chave, sendo as fases efectuadas quando o canhão está numa posição particular, isto é, com a chave rodada 180° em relação à posição normal de extracção. Essa simplicidade pode mesmo ser considerada excessiva, e, neste caso, podem tomar-se medidas para impedir qualquer troca não desejada da chave, mas essas medidas podem ser facilmente adaptadas para quaisquer necessidades práticas, visto que não são impostas por caracteristicas do próprio canhão. Em particular, qualquer meio que impeça temporariamente a deslocação da barra de translação 29 para o exterior pode ser utilizado para impedir a troca da chave até que esse meio seja previamente neutralizado.

E também possível proporcionar, para o manejo da barra de translação 29, uma ou mais ranhuras no estator, diferentes daquelas com que a barra de paragem 25 coopera, obtendo assim, para a troca da chave, posições diferentes da posição descrita anteriormente. as posições que permitem a troca da chave podem ser uma ou mais. Em casos particulares, a posição que permite a troca da chave pode também ser correspondente à posição de abertura do canhão.

Embora os elementos para união deslizante descritos na presente sejam constituídos por saliências 31 na barra de translação 29 e por ranhuras 23 nas corrediças 21, deve entender-se que esta disposição pode ser invertida. Também os elementos de união deslizante descritos com a configuração de malhete podem ter a forma de T ou ter qualquer outro perfil apropriado.

Até este ponto, o invento foi descrito com referencia a um canhão no qual os encaixes do estator se prolongam apenas num lado e têm contra-picoletes e molas respectivas, mas deve entender-se que o invento também é válido para o tipo de canhões em

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-14que os encaixes do estator se prolongam nos dois lados em relação ao cilindro, e neste caso podem mesmo não ter, num ou em ambos os lados, quaisquer contra-picoletes e molas respectivas; os suportes para os picoletes passam então através do cilindro, e os picoletes inseridos neste devem conformar-se, em ambas as suas extremidades, com o contorno do cilindro nas posições de abertura e de troca da chave.

Uma disposição deste género está representada na figura

28. Neste caso, o estator 1” tem uma espessura correspondente ao curso dos picoletes 17, e pode ser aproximadamente cilíndri co. Os picoletes 17, em ambas as extremidades, têm superfícies que, na posição de abertura (representada na figura 28), se adaptam ao contorno do cilindro rotativo. Os encaixes 4 do estator 1 prolongam-se em ambos os lados do cilindro 8, e não têm contra-picoletes e molas. Os outros componentes incluídos no cilindro 8 são iguais aos que já foram descritos, assim como igual é o seu manejo, e, portanto, não voltarão a ser descritos na presente.

A figura 28 representa também uma esfera 33 que tem uma mola de pressão 34 assente contra uma tampa 35, estando estas peças inseridas no estator 1 numa posição alinhada com a extremidade interior da chave K quando o canhão está na posição que permite a troca da chave (cf. também a figura 9). A esfera 33 entra no cilindro 8 (impedindo assim a sua rotação) se a chave não tiver sido completamente introduzida na fenda para entrada de chave, impedindo assim qualquer possibilidade de codificação errada do canhão devida a incompleta inserção da chave.

Outro conjunto análogo de uma esfera e mola pode ser proporcionado em 36 (figura 9), na extremidade exterior do palhetão de chave. Esta esfera impede a extracção da chave, quando o cilindro está na posição que permite a troca da chave, se a chave tiver um recorte alinhado com .a esfera 36. Portanto, é possível proporcionar chaves que têm um recorte assim alinhado, que não permitem que se altere a codificação do canhão, ao passo que outras chaves, que não têm um recorte desse género, per65 54-5

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-15mitem que se altere a codificação.

Estas últimas chaves só podem, portanto, ser entregues a pessoas especificas autorizadas a alterar a codificação, enquanto que qualquer outra pessoa, que tenha uma chave apropriada para abrir o canhão, não pode modificar a codificação deste.

A presente invenção pode ser aplicada tanto a canhões de fechaduras para portas em edificios e análogos como a canhões de fechaduras para receptáculos de segurança, armários blindados e análogos.

Claims

-REIVINDICAÇÕESI^a. - Canhão de fechadura com chave permutável, caracterizado pelo facto de compreender um estator com uma cavidade para um cilindro rotativo, pelo menos uma ranhura longitudinal na referida cavidade, e uma série de encaixes que se podem prolongar num ou ambos os lados da cavidade ao estator e pode eventualmente conter contra-picoletes e molas respectivas; um cilindro rotativo com uma fenda para entrada de chave, uma série de primeiros encaixes que interceptam a referida fenda para entrada de chave e uma série de segundos encaixes que passam eventualmente através do cilindro, prolongando-se paralelamente aos referidos primeiros encaixes, assim como uma primeira e uma segunda fenda que se prolongam ortogonalmente aos referidos encaixes e paralelamente ao eixo do cilindro; uma série de corrediças introduzidas com mobilidade longitudinal e transversal nos referidos primeiros encaixes do cilindro a fim de cooperar com os entalhes de uma chave introduzida na referida fenda para entrada de chave, tendo cada corrediça saliências num lado, e, no lado oposto, um elemento para união deslizante, e tendo uma mola associada; uma série de picoletes adaptados numa ou em ambas as suas extremidades ao contorno do cilindro, introduzidos deslizantemente nos referidos segundos encaixes do cilindro, correspondentes

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Ref: 61.011 aos referidos encaixes do estator e com uma série de primeiros recortes voltados para as referidas saliências das corrediças e com pelo menos um segundo recorte voltado para o lado oposto às referidas corrediças; uma barra de paragem, introduzida na referida primeira fenda ortogonal do cilindro, com saliências voltadas para o referido segundo recorte dos picoletes e com uma saliência contínua virada para o .lado oposto e apropriada para cooperar com a referida ranhura do estator, e associada com molas que a forçam em direcção ao exterior; e uma barra de translação, introduzida na referida segunda fenda ortogonal do cilindro, com elementos para união deslizante apropriados para unir os referidos elementos para união deslizante das corrediças, e com uma saliência continua virada para o lado oposto e apropriada para cooperar com a referida ranhura do estator, e associada com molas que a forçam em direcção ao exterior; es tando os referidos componentes coordenados de maneira que as referidas saliências da barra de paragem se engatam aos refe ridos segundos recortes dos picoletes quando a saliência continua da barra de paragem não está alinhada com a referida ra nhura do estator, e se desengatam dos mesmos quando a referida ranhura permite que a barra de paragem se desloque em direcção ao exterior, enquanto que as referidas corrediças se engatam a recortes correspondentes dos picoletes quando a saliência continua da barra de translação não está alinhada com a referida ranhura do estator, e se desengatam dos mesmos quando a referida ranhura permite que a barra de translação se desloque em direcção ao exterior, deslocando por este meio as corrediças sob a acção das uniões deslizantes respectivas; pelo que a referida barra de translação, quando atinge uma posição na qual está alinhada com a referida ranhura do estator, se desloca em direcção ao exterior fazendo deslocar as corrediças, desengatando assim estas corrediças dos picoletes e permitindo, nessa posição, a substituição da chave com a consequente diferente codificação da fechadura.
2*. - Canhão de fechadura de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto dos referidos picoletes, no lado vol65 545

Ref: 61,011

-17tado para a barra de paragem, terem um recorte accionador e uma série de recortes de simulação,
3®, - Canhão de fechadura de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de as referidas saliências das corrediças e da barra de paragem serem sensivelmente cónicas ou ogivais ou terem forma análoga a uma ponta de cinzel, e os referidos recortes que cooperam com as referidas saliências serem cónicos ou ogivais, ou terem a forma de diedro.
4®. - Canhão de fechadura de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de os referidos elementos para união desilzante terem forma, aproximadamente igual à de um malhete ou com uma borda extrema expandida circularmente.
5®. - Canhão de fechadura de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de compreender também uma esfera ou peça análoga, cora uma mola de pressão, que tranca o cilindro pelo menos na posição de mudança de chave, até uma chave ter sido completamente introduzida na fenda para entrada de chave.
6®. - Canhão de fechadura de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de compreender também uma esfera ou peça análoga, com uma mola de pressão, que impede a extracção para mudança de qualquer chave que tenha um recorte correspondente.