PT83597B

PT83597B - Processo de preparacao de um artigo moldado a partir de material termoendurecivel e de um revestimento, mascara e recinto com mascara para este fim

Info

Publication number: PT83597B
Application number: PT83597A
Authority: PT
Original assignee: Dsm Resins Bv
Priority date: 1985-10-24
Filing date: 1986-10-21
Publication date: 1993-03-31
Also published as: PT83597A; FI864304A0; FI864304A; JPH0639110B2; ATE51796T1; NL8502909A; EP0223278A1; JPS62101409A; DE3670232D1; ES2015258B3; NO864246D0; NO864246L; EP0223278B1; CA1277830C

Description

A presente invenção refere-se a um processo para a preparação de um artigo moldado que compreende material termoendurecivel com um revestimento, por meio da aplicação de partículas que compre endem material termoendurecível como material de revestimento sobre um molde aquecido, molde que é parcialmente coberto com um máscara, retirada da máscara do molde, aplicação de um composto de moldagem dentro do molde, fecho do molde e aplicação de pressão a fim de fazer a cura do composto e revestimento adicional.

A invenção refere-se também a uma máscara apropriada para o referido processo.

Emprega-se um revestimento deste género para proporcionar materiais termoendurecíveis, em particular artigos moldados de poliéster, com uma superfície forte de aspecto agradável. Começa-se por aplicar uma camada de partículas não curadas sobre um molde aquecido. As partículas podem ser sólidas ou liquidas. Forma-se uma corrente de pó devido ao calor do molde. A camada resultante endurece para formar uma camada suficientemente dura para poder suportar as forças de corte geradas na aplicação de um composto, por exemplo um composto de moldagem em folha, a granel ou em pasta. Estes compostos são conhecidos pelos técnicos da especialidade e compreendem em geral uma ou mais resinas termo enciurecíveis coíbo poliéster não saturado, melaminaformaldeído, fenolformaldeído e outros materiais de enchimen to como fibras de vidro e carbonato de cálcio.

material de revestimento com a forma de partículas é aplicado em geral por pulverização por um autómato, em particular pulverização electroestática. Nem todo o molde é revestido (em particular, as bordas não são revestidas), e é por isso que em geral se colocauma folha de contraplacado de madeira sobre a parte na qual se não deve aplicar revestimento. 0 processo aqui descrito não pode ser utiliza do se o material de revestimento tiver de ser aplicado de maneira in teiramente automática, em particular porque a máscara será contaminada

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com o correr do tempo.

Na PE-A-116843 descreve-se uma solução para este problema: o molde é coberto com uma máscara constituída por uma blindagem delgada que não toca no molde. Através da ranhura resultante, pode insuflar-se ar. No entanto, esta solução só é parcialmente satisfatória. Com o correr do tempo, a blindagem aquece, e devido a isso, o pó adere e cura sobre a blindagem e o liquido e/ou pó fundido cura sobre a blindagem. Observou-se também que devido â ranhura relativamente larga (0,5-1,2 mm), a linha de demarcação nas bordas do revestimento não é muito afiada.

Isto agora evita-se porque o processo para a preparação de um artigo moldado que compreende material termoendurecível com um re vestimento por meio da aplicação de partículas que compreendem material termoendurecível como material de revestimento sobre um molde aquecido, molde que é coberto parcialmente com uma máscara, retirada da máscara do molde, aplicação de uni composto de moldagem no molde, fecho do molde e aplicação de pressão a fim de curar o composto e o revestimento adicional, é caracterizado pelo facto de a máscara ser constituída essencialmente por material condutor de calor que é arrefecido por um agente refrigerante.

Na NL-A-6913073 descreve-se um dispositivo que apresenta uma máscara arrefecida que é aplicado pelos pós de fabrico que se podem fundir. No entanto, o dispositivo só pode ser utilizado para pós termoplásticos de fabrico, porque a máscara está unida ao molde de maneira que não pode ser separada deste. Portanto, não se podem apl_i car compostos de moldagem que têm de ser curados sobre pressão. Isto quer dizer que um artigo moldado a partir de um material termoendurecível não pode ser preparado com um dispositivo de acordo com a NL-A-6513073.

Preferivelmente, na linha de demarcação entre as porções do molde a revestir e cobrir, a máscara de acordo com a presente invenção não toca completamente no molde, mas deixa uma ranhura de 0,001 a 1 mm, preferivelmente 0,01 a 0,4 particularmente cerca de 0,1 aits.

Numa forma de realização especial, pode manter-se uma corren te de gás através desta ranhura a partir da máscara para a cavidade do molde, mas isto não é necessário. Através da ranhura delgada é dificil entrar material de revestimento, devido em parte também ao efeito Faraday (o molde e a máscara estão ambos ligados à terra).

A máscara apropriada para este processo é caracterizada pelo facto de ser constituída por material condutor de calor e ter um anel refrigerante çue não está em comunicação aberta com o molde.

Utilizando esta máscara no processo descrito acima, a contaminação da máscara é agora evitada, pelo que a máscara pode ser utilizada durante muito tempo. Consegue-se isto em. particular arrefecendo a máscara de maneira que o revestimento desta não se funda ou cure. 0 ponto mais sensível sob este aspecto é a linha de demarcação entre a máscara e o molde. Observar-se-á depois que é vantajoso que a máscara não toque no molde, mas deixe uma fenda. A partir dos cxer pios, contudo, verificar-se-á que isto não e necessário. Se a másca ra for arrefecida suficientemente, a temperatura da máscara na linha de demarcação será também inferior à temperatura de fusão do pô₀

G material condutor de calor é preferivelmente de metal, em particular de alumínio, por ser leve e bom condutor. No entanto, o aço é mais barato e erii muitos cases é também apropriado.

C agente refrigerante é preferivelmente água, porque é barata e tem uma boa transferência de calor. No entanto, o fréon, por exemplo, é também um refrigerante muito apropriado se a máscara for muito pesada.

Pode conceber-se de maneira muito rigorosa uma máscara de me tal que melhora as operações do processo e o rigor deste. 0 rigor do processo pode ser ainda melhorado aplicando na máscara pernos de guia ou aberturas, complementares das do elemento de molde. Isto de fine normalmente a posição da máscara em relação ao molde em 0,1 mm. Nas, se o espaço escolhido entre a máscara e o molde for inferior a 0,3 mm, o revestimento também pode ser aplicado com maior exactidão. Isto é importante, particularmente em processos de moldagem por in

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jecção.

A fim de trabalhar em condições de completa limpeza, é também vantajoso incorporar a máscara num recinto com uiaa saída e uma abertura para o braço de pulverização de um autómato. É também possível utilizar uma ou mais pistolas pulverizadoras montadas permanen temente num recinto. 0 recinto pode então ser mantido fechado de ma neira praticamente completa.

Se se aplicar uma corrente de gás a partir da máscara para a cavidade do molde, utilizar-se-á de preferência o ar por razões práticas.

As partículas carregadas electroestaticamente cairãc/também sobre a máscara de metal ligada â terra e serão fixadas. Como nem se fundem - no caso de pó - nem curam - no caso de sólido ou líquido - podem ser facilmente sacudidas ou aspiradas da máscara, se se dese jar, ou a máscara pode ser limpa de outra maneira.

As partículas que têm de formar o revestimento são pulveriza das na forma de líquido ou na de um pó. Preferivelmente, aplica-se um pó. ste pó, particulariaente apropriado para artigos moldados de poliéster, contém, por exemplo, poliéster, prepolímero de ftalato de dialilo, isocianeto de trialilo, um catalisador, inibidores e corantes, mas a aplicação não lhe está limitada.

aspecto geral será esclarecido nas formas de realização do processo descritas a seguir, sem carácter limitativo.

EAlSL-PíiO 1

Kura exemplo simples e esquemático (Figura 1), propovciona-sc· um molde aquecido 1 com um recinto 2 que tem uma máscara de cobertura num lado. A máscara de cobertura 3 tem os pernos de guia 4 e 4’. Sobre a porção exposta do molde, que nesta figura está representada com dimensões muito pequenas, podo pulverizar-se revestimento em pó por meio de uma pistola pulverizadora aplicada no braço de ® autóma to através da abertura 5 do recipiente 2, após o que, devido ao calor, o pó circulará e curará para formar wa revestimento. A máscara de

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3675 PT cobertura 3 é arrefecida por um agente refrigerante que circula atra vés do espaço 6 e 6’ por meio de uma bomba através da entrada e saída 7 e 8. Se se desejar, pode manter-se uma corrente de ar a partir da cavidade 9 e 9’ através da ranhura 10 e 10* entre a máscara 3 e o molde 1. 0- ar é fornecido depois através dos tubos 11 e 11'» Nas cavidades, podem existir dispositivos para que a corrente de ar pas se com regularidade para o interior do molde. As partículas que caem sobre a máscara 3 podem ser expulsas por aspiração através do tubo 12.

Elimina-se assim a contaminação do equipamento e do local de trabalho. Depois da aplicação do revestimento, pode retirar-se todo o recipien te 2, podendo utilizar-se também um autómato, após o que se pode colocar no molde um composto de moldagem em folha e o todo ser moldado e curado. 0 pó que fica na máscara, sera ser fundido ou curado, é retirado da máscara durante a moldagem do composto, por exemplo por meio de sucção ou escovagem.

EXEMPLO II

As medições seguintes mostraram que depois de algum tempo a máscara continuava a estar suficientemente fria para o revestimento não se fundir ou curar.

Arrefeceu-se usa máscara de acordo com a Figura 2 com água a 12°C e colocou-se sobre ou acima de um molde a uma temperatura de 150°C. Não se aplicou nenhuma corrente de ar. Depois de meia hora, mediu-se a temperatura com o par ternoeléctrico. Os resultados estão indicados no Quadro 1.

QUADRO 1

Ranhura Temperatura

0,0	SE	3C^e3
0,1	mm	153ΰ
0,2	mm	12,5
0,4	rma	1 ^Γ;ο^ζ'
1,0	mm	12 o

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Visto que o pó de revestimento amolece a cerca de 40°C, a tem peratura de 3G°C (coe uma ranhura” de C,0 mm) é ainda suficientemen te baixa para impedii’ a fusão.

EXEMPLO III

Aplicou-se uma máscara de cobertura rectangular como a utili zada no exemplo II, num recinto igual ao do exemplo I. A ranhura 10 era de 0,01 e C,lffim de largura e não se aplicou nenhum ar comprimido. Depois de trinta ciclos, observou-se que nenhum pó se tinha fundido ou curado sobre a máscara. No entanto, observou-se que era vantajoso a máscara ser limpa por meio de vácuo com um aspirador de vácuo pequeno num local apropriado durante a moldagem do composto. Se não se fizesse isto, cairia pó sobre o molde quando o recinto fosse col£ cado sobre o molde, o que provocaria a formação de uma irregularida de local do revestimento.

Experiência comparativa A

Utilizou-se uma blindagem de alumínio, madeira ou teflon como máscara de cobertura. Aplicaram-se uma ranhura de 1 mm e uma cor rente de ar. Observou-se imediatamente que o revestimento fundia so bre a blindagem. Observou-se que sobre madeira e teflon a adesão do revestimento em pó era um pouco menor, mas uma máscara destes materi ais não pode ser feita com uma grande exactidão.

Experiência comparativa D

Utilizou-se uma jirotecção de madeira como máscara de coberta ra num recinto conforme descrito no exemplo I, enquanto se aplicava uma corrente de ar, com uma ranhura de 1 mm. Durante a moldagem do composto, a protecção foi sempre limpa por vácuo por meio de um aspi rador de vácuo pequeno. Depois de trinta ciclos, observou-se que ha via um revestimento de cerca de 1 mm sobre a protecção.

Claims

REIVINDICAÇÕES ja

- I^Jrocesso para a preparação de um artigo moldado que com preende material termoendurecivel com um revestimento, por meio da aplicação de partículas, que compreendera material termoendurecivel como material de revestimente, sobre um molde aquecido, molde que es tá parcialmente coberto com uma máscara, retirada da máscara do de, aplicação de uia composto de moldagem dentro do molde, fecho moldee aplicação de pressão a fira de fazer a cura do composto e vestimento adicional, caracterizado pelo facto de a máscara ser tituída essencialmente por material condutor de calor que é arrefeci, do por meio de um agente refrigerante.

moldo recons nhura
2S, - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de na linha de demarcação entre as porções de molde a revestir e a cobrir, a máscara não tocar no molde, mas formar uma ra com uma largura de 0,001-1 mm.
3G. - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 caracterizado pelo facto de ser mantida uma corrente de gás a pelo menos durante o tem ou 2, partir da máscara para a cavidade do molde, po em que o revestimento está a ser aplicado ao molde
4£. - Processo de acordo a 3, caracterizado pelo facto de com qualquer das reivindicações 1 a ranhura ter a largura de 0,01-0,411®!.
5&. - Processo de acordo a 4, caracterizado pelo facto do com qualquer das reivindicações 1 material condutor de calor ser metal.
6&. - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a

5, caracterizado pelo facto do material condutor de calor ser aluaú nio ou aço.

a 6, caracterizado pelo facto do
8&. - Processo de acordo a 7, caracterizado pele facto do coia qualquer das reivindicações 1 agente refrigerante sei’ água.

com qualquer das reivindicações 1 gás para a corrente de gás ser ar.

95. - Máscara apropriada para o processo de acordo com qual65 459

3675 PT quer das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo facto de ter ue anel refrigerante que não está em comunicação aberta com o molde e um espa ço através do qual pode ser mantida uma corrente de gás entre a máscara e o molde.
10'-. - Máscara de acordo com a reivindicação 9, caracteriza da pelo facto de ter pernos ou cavidades de guia complementares da porção de molde.

113. ~ Recinto, caracterizado pelo facto de ter uma máscara de acordo com qualquer das reivindicações 9 e 10, um escape e uma aber tura para o braço de um autómato.