PT806356E

PT806356E - Processo e aparelho para a desoxigenacao e para a embalagem de alimentos

Info

Publication number: PT806356E
Application number: PT96201130T
Authority: PT
Inventors: Elisabeth Sjoberg
Original assignee: Nestle Sa
Priority date: 1996-05-07
Filing date: 1996-05-07
Publication date: 2001-03-30
Also published as: AU729825B2; AU2004597A; DE69611080T2; EP0806356B1; CA2203684C; GR3035439T3; EP0806356A1; AR007045A1; DK0806356T3; MX9703262A; US6123969A; ES2153073T3; JPH1045112A; ATE197783T1; DE69611080D1; BR9703062A; CA2203684A1; SI0806356T1

Description

S06356

DESCRIÇÃO "PROCESSO E APARELHO PARA A DESOXIGENAÇÃO E PARA A EMBALAGEM DE ALIMENTOS" A presente invenção re.fere-se a um processo e a um aparelho para a desoxigenação de um produto alimentar e para a sua embalagem. 0 aparelho e o processo de acordo com a presente invenção são particularmente apropriados para a desoxigenação e o empacotamento continuo de produtos sensíveis ao oxigénio, tais como os produtos de massa, produtos alimentícios dobrados ou produtos com estrutura complexa que incluem ar. A invenção refere-se também a uma embalagem de alimentos desoxigenada.

Para o armazenamento de produtos alimentícios vedados em embalagens, o nível de oxigénio na embalagem pode ser determinativo da duração do produto. É em particular esse o caso dos produtos sensíveis ao oxigénio, tais como produtos de massa frescos ou não cozinhados, produtos de carne, etc. Portanto, o desprendimento de oxigénio na embalagem diminui a vida do produto. Tal libertação de oxigénio pode muitas vezes ser observada pela sua inflação da embalagem.

Para diminuir o oxigénio no interior de uma embalagem, é conhecido lavar, com um gás, a embalagem que contém o produto, antes da sua vedação. Quando se embalam produtos pulverizados, é conhecida a lavagem do produto com um gás, 1 imediatamente antes da embalagem. Deste modo, substitui-se a atmosfera, no espaço superior acima è em torno do produto, por um gás apropriado, tal como azoto e dióxido de carbono.

Este tipo de substituição da atmosfera numa embalagem de alimentos que contém um produto tem no entanto o inconveniente de que o oxigénio no produto será libertado algumas horas depois da embalagem do produto, com o efeito indesejável do oxigénio, como atrás se discutiu.

Este problema é importante quando se embalam produtos à base de massa, como resultado do nivel do teor de oxigénio no produto e da sua libertação. Os produtos alimentícios com uma estrutura complicada ou os produtos dobrados que fecham bolsas encapsuladas de ar, dão também oxigénio adicional ao interior da embalagem.

As máquinas de embalar da técnica anterior visam reduzir o nível de oxigénio na embalagem sujeitando a embalagem que contém o produto ao vácuo, seguindo-se possivelmente uma lavagem subsequente da embalagem e do produto, com um gás apropriado. Por exemplo, a evacuação da atmosfera dos sacos que contêm produtos pode fazer-se numa máquina de embalagem contínua, antes da selagem dos sacos. Numa máquina de embalagem contínua, os sacos formam-se em torno de um mandril, a partir de uma bobina de folha, e são soldados para obter os sacos. Devido à evacuação da atmosfera, o saco é aspirado estreitamente contra o produto e cria uma embalagem de "vácuo" do produto. A evacuação de todas as embalagens reduz de maneira considerável a capacidade de embalagem da máquina, sendo portanto usada geralmente apenas para os itens de maior dimensão, por exemplo bifes. Este processo de 2

embalagem tem portanto sido considerado pouco apropriado para muitos fins, devido à capacidade relativamente baixa de, no máximo, 8 a 10 ciclos de embalagem por minuto. 0 principio da evacuação é também usado em máquinas de embalagem por termoformação, tais como uma Multivac®, nas quais se formam bandejas a partir de uma folha de plástico inferior. As bandejas são cheias com os produtos alimentícios e depois é evacuada a atmosfera em torno da bandeja com o produto nelas contido. Imediatamente a seguir à evacuação, lavam-se com um gás a bandeja e o produto e sela-se a bandeja com uma folha de plástico superior.

As embalagens do tipo Multivac® exigem grandes quantidades de material de embalagem. Por exemplo, a espessura do material de base da embalagem do Multivac® é de cerca de 500 μιη, enquanto que a folha usada para a embalagem contínua é de cerca de 80 μιη. Portanto, o processo de embalagem Multivac® é não só mais caro como também inconveniente do ponto de vista ambiental.

Por conseguinte, o objectivo da presente invenção consiste em proporcionar um processo e um aparelho de elevada velocidade para a embalagem de produtos alimentícios, em especial de produtos alimentícios sensíveis ao oxigénio e produtos em elevado teor de oxigénio. Assim, uma forma de realização da presente invenção refere-se a um processo e um aparelho de embalagem contínua, que. pode operar com uma velocidade média de 80 ciclos de embalagem por minuto. Os referidos processo e aparelho proporcionam embalagens com baixo teor de oxigénio e permitem uma redução da quantidade de material de embalagem usado. Vantajosamente, o processo e 3

Γ\ I ι V*. Λ

ο aparelho de acordo com a invenção podem também ser usados para produtos com uma estrutura complexa, dobrados ou enrolados, que podem encapsular bolsas de ar. Além disso, a presente invenção proporciona uma embalagem de alimentos desoxigenadas, fácil de abrir. A patente GB 2 086 834 refere-se a um aparelho e a um processo para a embalagem de material em partículas, numa atmosfera inerte, em recipientes rígidos ou semi-rígidos. O processo inclui o passo de purgar o oxigénio de pós, suj eitando-os primeiramente a um ambiente evacuado e finalmente a um ambiente de um gás inerte; depois o enchimento do recipiente com o produto, evacuando o recipiente e interrompendo o vazio parcial para introduzir um gás inerte; e fechando hermeticamente o recipiente, por um fecho, tal como uma tampa. 0 processo exige meios de transporte e de armazenamento adaptados para produtos em pó, que são completamente diferentes dos propostos para os produtos discretos sensíveis ao ar tratados pela invenção. A patente US-A-4 997 664 refere-se ao processo contínuo para a formação de embalagens seladas hermeticamente, que foram imediatamente purgadas de ar, por uma lavagem múltipla das embalagens com gás inerte, para manter o produto alimentício num estado fresco. A operação de lavagem por gás é efectuada directamente no interior do recipiente. O aparelho é relativamente compacto, visto que a instalação de lavagem com o gás é contígua ao dispositivo de vedação. Portanto, o sistema tem uma flexibilidade relativamente pequena e tem de funcionar continuamente.

Portanto, a presente invenção refere-se a um processo 4

para a desoxigenação de um produto alimentício e à sua embalagem, que compreende: A provisão de um ou mais produtos susceptíveis de ser embalados, individualmente ou em grupos, como produtos não fluentes; 0 fornecimento dos referidos um ou mais produtos a uma câmara de evacuação; A aplicação de vácuo à referida câmara para a desoxigenação da câmara e do produto ou produtos; A injecçâo de gás de protecção para o interior da referida câmara, para substituir pelo menos parte do oxigénio evacuado do referido produto e da câmara, pelo gás de protecção; e A transferência do produto para uma unidade de embalagem empacotamento, separada da câmara de evacuação e o seu acondicionamento numa embalagem substancialmente flexível. A presente invenção proporciona um processo para embalagem de produtos alimentícios, que tornam a capacidade da unidade de embalagem independente da capacidade do processo de desoxigenação. Por conseguinte, de acordo com a presente invenção, é possível fornecer produtos desoxigenados à unidade de embalagem com um caudal que se adapta à velocidade de ciclos de embalagem da unidade de embalagem. Este processo de desoxigenação separada permite embalar produtos sensíveis ao oxigénio em máquinas de embalagem de grande velocidade, tais como uma máquina de embalagem 5 contínua genericamente com 80 ciclos de embalagem por minuto.

Por conseguinte, é preferível que os produtos sejam fornecidos à câmara de evacuação por doses de produtos e transferidos para a unidade de embalagem, enquanto os produtos são embalados individualmente ou por grupos, enquanto a parte restante è deixada em espera fora da unidade de embalagem. Isso pode ser feito convenientemente de modo que a transferência dos produtos para o interior da unidade de embalagem seja tal que a introdução dos produtos, individualmente ou em grupos, se adapte aos ciclos de embalagem da referida unidade de embalagem.

Neste contexto, um gás de protecção é um gás inerte, sendo o azoto e o dióxido de carbono os mais comuns. A evacuação apropriada dependerá da estrutura dos produtos a embalar. Para produtos de massa, é apropriado um tratamento de evacuação ou de vácuo a 70 - 80% (sendo 100% o vácuo), de preferência a cerca de 75%. Para produtos de carne, tal como presunto às fatias, pode ser desejável uma evacuação de 90% ou mais. A evacuação da câmara é convenientemente feita por uma bomba de vácuo.

Além disso, de acordo com a invenção verificou-se, de maneira surpreendente, que desoxigenando o produto por retirada do ar do mesmo e a substituição subsequente do oxigénio evacuado por um gás de protecção, é possível sujeitar um tal produto modificado à atmosfera normal durante um intervalo de tempo limitado, sem que o gás se difunda e aumente substancialmente o nível de oxigénio. Por exemplo, para os produtos de massa fresca ou não cozinhada, um tempo de repouso a atmosfera normal pode ser por exemplo de 1 a 4 6

minutos.

Portanto, é possível transferir os produtos na referida carga, para o interior da unidade de embalagem, fornecendo um ou mais produtos, individualmente ou por grupos, para o interior da unidade de embalagem, enquanto se deixa a parte restante da carga em espera fora da unidade de embalagem. Para os produtos que tenham uma boa retentividade do gás, por exemplo produtos à base de massa, ver o exemplo mais adiante, os produtos podem repousar enquanto esperam a sua vez para serem embalados ou transferidos para a unidade de embalagem na atmosfera normal.

Para produtos alimentícios nos quais o gás de protecção tende a difundir-se do produto, a seguir à exposição final do gás, de modo que deixam de novo espaço para o oxigénio com uma velocidade tão elevada que a velocidade da unidade de embalagem não é suficiente para reter o nível desejado de desoxigenação do produto, pode ser desejável proteger os produtos com uma atmosfera modificada enquanto esperam antes da unidade de embalagem ou durante a transição. Essas precauções podem ser tomadas, por exemplo, fazendo passar os produtos através de um túnel com uma atmosfera modificada.

Isso pode ser adequado para produtos tais como produtos de carne.

Neste processo, é preferido que os produtos, individualmente ou em grupos, sejam introduzidos em embalagens com uma ou mais aberturas, através das quais se injecta ou faz passar o gás de protecção, antes de as selar. Vantajosamente, isso é feito de modo a substituir substancialmente todo o ar na embalagem. Numa forma de 7

realização de invenção, o produto ou produtos são embalados em embalagens que têm uma abertura ou boca, para receber quer o produto ou produtos, quer o gás de protecção, e através das quais pode escapar-se o ar na embalagem. 0 gás de protecção pode ser injectado enquanto o produto ou produtos são introduzidos na embalagem. No entanto, pode ser vantajoso permitir que o gás de protecção passe através da embalagem até esta ser vedada.

Convenientemente, os produtos são introduzidos, individualmente ou em grupos, no interior de um tubo, fechado numa extremidade e formado a partir de uma bobina de material de folha, por exemplo folha de plástico flexível, que é soldada ou selada ao longo de uma costura longitudinal, que corre na direcção do processamento. Essas embalagens podem ser produzidas numa máquina de embalagem continua convencional. Numa tal máquina, os produtos são normalmente introduzidos através de um mandril em torno do qual se modela o tubo. Ver mais adiante a continuação da discussão relativamente ao aparelho de acordo com a invenção.

Um outro processo de acordo com a invenção refere-se à desoxigenação de um produto alimentício. 0 referido processo compreende o fornecimento de um ou mais produtos a uma câmara de evacuação, a evacuação do oxigénio da referida câmara para a desoxigenação da câmara e o produto ou produtos, a injecção de gás de protecção para o interior da referida câmara, para substituir pelo menos uma parte do oxigénio evacuado do referido produto e da câmara por gás de protecção. Os produtos tratados de acordo com este processo podem ser armazenados, por exemplo numa atmosfera modificada, em doses 8

e depois embalados.

Num segundo aspecto, a invenção refere-se a um aparelho para a desoxidação de um produto alimentício, que compreende: uma câmara de evacuação, que compreende um meio para a evacuação do oxigénio da referida câmara, para desoxigenação da referida câmara e do produto ou produtos na mesma; meios de injecção, para injectar gás de protecção para o interior da referida câmara, para substituir pelo menos parte do oxigénio evacuado da câmara e o produto ou os produtos, meios de transporte, para transportar o produto ou os produtos para e de uma câmara de evacuação, e transferência dos produtos para o interior da unidade de embalagem.

Numa forma de realização preferida da invenção, os meios de transporte estão adaptados para fazer avançar lotes de produtos, para e da câmara de evacuação, e transferir os produtos individualmente ou em grupos, para a unidade de embalagem, enquanto permite que a parte restante de um lote de produto tratado aguarde no exterior da unidade de embalagem. Isso permite uma alimentação contínua e a embalagem a grande velocidade dos produtos, como atrás se discutiu.

Os meios transportadores e a câmara de evacuação podem ser unidades separadas. No entanto, pode preferir-se que o aparelho compreenda também a unidade de embalagem.

Num outro aspecto, a invenção refere-se a uma embalagem 9 Γ',

de alimentos desoxigenados, que compreende um saco flexível, que compreende um produto desoxigenado, no qual pelo menos uma parte do oxigénio no produto foi substituído por gás de protecção, e um espaço superior que compreende um gás de protecção e no qual o referido saco flexível não é aspirado contra o produto. Esta embalagem de alimentos vence as dificuldades conhecidas em ligação com a abertura de produtos embalados no vácuo, devidas ao material de embalagem se encostar estreitamente ao produto. A embalagem de alimentos da presente invenção permite a abertura e o acesso fáceis ao produto alimentício, por simples perfuração do saco. Como atrás se mencionou, a embalagem é também desejável de um ponto de vista dos custos e do ambiente. A embalagem de alimentos pode ser fabricada de acordo com o processo e com o aparelho da presente invenção.

Deve compreender-se que a presente invenção não se limita à diminuição do nível de oxigénio nas embalagens de alimentos. 0 processo e o aparelho podem também ser adaptados para delimitar o efeito de outros gases indesejáveis nas embalagens de alimentos.

Vai agora descrever-se a invenção com mais pormenor, com referência aos desenhos anexos, que ilustram uma forma de realização preferida do aparelho e do processo da invenção, apenas a título de exemplo e cujas figuras representam: A fig. 1, uma ilustração esquemática de um aparelho de acordo com a invenção, que realiza o processo de acordo com a invenção; e A fig. 2, uma ilustração esquemática de uma unidade de 10

embalagem em continuo. A fig. 1 representa um aparelho (10) para a desoxigenação e embalagem de um produto alimentício. O aparelho (10) compreende meios transportadores, na forma de um transformador de alimentação (11), que fornece uma dose de produtos enrolados (13) para o interior de uma câmara de evacuação (12). Na referida câmara (12), retira-se o ar da câmara por meio de uma fonte de vácuo, não representada nos desenhos, que reduz a pressão na referida câmara e desoxigena a câmara (12) e os produtos (13). O aparelho (10) compreende também meios de injecção, para injectar gás de protecção para o interior da referida câmara (12). Um segundo transportador (14) transfere os produtos enrolados (13) da câmara (12) para uma posição de espera (15), onde os produtos (13) fazem uma pausa, até serem transferidos para a unidade de embalagem. A evacuação da câmara (12) e o número de produtos na mesma são de preferência ajustados de modo que os produtos sejam fornecidos num fluxo contínuo à unidade de embalagem.

Uma unidade de embalagem apropriada pode ser uma unidade de embalagem em contínuo, tal como uma unidade ilustrada na fig. 2. Uma tal unidade de embalagem em contínuo (16) pode ser de tipo convencional. A máquina aqui ilustrada é do tipo horizontal, mas podem também usar-se máquinas de embalagem verticais, se forem apropriadas para o produto a embalar. A unidade de embalagem em continuo (16) embrulha individualmente os produtos fornecidos por um transportador (28) . A referida unidade de embalagem (16) compreende um mandril (17), em torno do qual se forma uma embalagem tabular (18), com uma costura longitudinal (19), por meio das 11

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Ph ferramentas de vedação rotativas (27),a partir de material em folha (21), que é fornecido a partir de uma bobina (20). A embalagem tubular (18) é fechada nas duas extremidades (22) e (23), por meio de ferramentas de vedação (29), que formam costuras (25) e (24), que se estendem perpendicularmente à referida costura longitudinal (19).

Para a lavagem de embalagem, com um gás de protecção, durante ou depois da introdução do produto ou produtos nela contidos, a unidade de embalagem em continuo compreende meios injectores, que incluem uma lanceta injectora (26), que injecta o gás de protecção no interior da embalagem (18). A lanceta, em utilização é projectada para o interior do tubo ou película, acima do produto, soprando assim gás para o interior da embalagem (18) e forçando o ar para fora, num sentido oposto ao da injecção.

Proporciona-se uma ilustração da invenção, a título de exemplo: fez-se a evacuação de um lote de produtos de massa de "pizza" enrolada, até 75%, e depois fez-se a lavagem com gás de protecção: CO2 e n2 50/50. Transferiram-se depois os produtos para a unidade de embalagem em contínuo, onde descansaram, no exterior, na atmosfera normal. Embalaram-se e vedaram-se uns após outros os produtos de massa enrolados, enquanto se lavavam com o mesmo gás de protecção, atrás mencionado.

Após 24 horas, analisou-se o espaço superior das embalagens. O valor do oxigénio restante era 0,2%. Embalagens análogas de produtos de massa enrolada, que não tinham sido sujeitos à evacuação, tinham até 1%. Como comparação, uma embalagem com massa fresca não deve ter uma percentagem de 12 oxigénio superior a 0,5%, se a embalagem tiver de ser armazenada refrigerada durante 4 a 5 semanas. Segue-se que as amostras não evacuadas deram um resultado insatisfatórios para os fins presentes.

Lisboa, 11 de Dezembro de 2000 ^AGENTEOFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

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Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Processo para a desoxigenação de um produto alimentício e para embalagem do mesmo, que compreende: a provisão de um ou mais produtos, capazes de serem embalados individualmente ou em grupos, como produtos não fluentes; fornecimento dos referidos um ou mais produtos a uma câmara de evacuação; aplicação de vácuo à referida câmara, para a desoxigenação da câmara e do produto ou produtos; injecção de gás de protecção no interior da referida câmara, para substituir pelo menos parte do oxigénio evacuado do referido produto e da câmara por um gás de protecção, e transferência do produto para uma unidade de embalagem, separada da câmara de evacuação, e acondicionamento do mesmo numa embalagem substancialmente flexível.
2. Processo de acordo com a reivindicação 1, no qual os produtos são fornecidos à câmara de evacuação em lotes de produtos, sendo o referido lote transferido para a unidade de embalagem, enquanto os produtos são embalados individualmente ou em grupos, deixando-se a parte restante o lote fazer uma pausa no exterior da unidade de embalagem.
3. Processo de acordo com as reivindicações 1 a 2, no qual a transferência dos produtos para o interior da unidade de 1

embalagem é tal que a introdução dos produtos, individualmente ou em grupos, se adapta aos ciclos de embalagem da referida unidade de embalagem.
4. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 3, no qual o produto ou os produtos são sujeitos à atmosfera normal durante a transferência da câmara de evacuação.
5. Processo de acordo com as reivindicações 1 e 3, no qual o produto ou produtos, quando estão a ser transferidos da câmara de evacuação são transferidos através de uma atmosfera modificada.
6. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, no qual os produtos, individualmente ou em grupo, são introduzidos em embalagens que têm uma ou mais aberturas, através das quais se injecta o gás de protecção antes de a embalagem ser selada.
7. Processo de acordo com a reivindicação 6, no qual o gás de protecção substitui substancialmente todo o ar na embalagem.
8. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 6 e 7, no qual o gás de protecção e o produto ou produtos são introduzidos através da mesma abertura da embalagem.
9. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 6 e 8, no qual o gás de protecção é injectado enquanto o produto ou produtos são introduzidos na embalagem.
10. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 9, 2 7 7

jT no qual os produtos, individualmente ou em grupo, são introduzidos no interior de um tubo, fechado numa extremidade e formado a partir de uma bobina de material em folha.
11. Processo para a desoxigenação de um produto alimentício de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, no qual a transferência compreende a permissão de pelo menos uma parte do produto tratado fazer uma pausa antes de ser depois embalado.
12. Aparelho para a desoxigenação de um produto alimentar que compreende: uma câmara de evacuação, que compreende um meio para a evacuação do oxigénio da referida câmara para a desoxigenação da referida câmara e do produto nela contido; meios de injecção, para injectar gás de protecção no interior da câmara referida, para substituir pelo menos parte do oxigénio evacuado da câmara e do produto ou produtos; meios transportadores para transportar o produto ou produtos para e da câmara de evacuação; uma unidade de embalagem, separada da câmara de evacuação de modo a tornar a capacidade da unidade de embalagem independente da capacidade da câmara de evacuação; estando a unidade de embalagem adaptada para embalar o produto, individualmente ou em grupos, numa embalagem substancialmente flexível.
13. Aparelho de acordo com a reivindicação 12, no qual os meios transportadores estão adaptados para fazer avançar 3 lotes de produtos para e da câmara de evacuação e transferir os produtos, individualmente ou em grupos, para a unidade de embalagem, enquanto permite que a parte restante do lote de produto tratado fazer uma pausa no exterior da unidade de embalagem.
14. Aparelho de acordo com as reivindicações 12 ou 13, no qual a uhidade de embalagem é uma unidade de embalagem em continuo (flow-wrap), para a embalagem de produtos individualmente ou em grupos, compreendendo a referida unidade de embalagem um mandril, em torno do qual se formam embalagens ou sacos tubulares a partir de um material em folha.
15. Aparelho de acordo com qualquer das reivindicações 12, 13 ou 14, no qual a unidade de embalagem é provida de meios injectores para injectar gás do interior da embalagem. Lisboa, 11 de Dezembro de 2000

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