PT763139E - Agentes para engraxamento de couros e peles - Google Patents

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PT763139E
PT763139E PT95920858T PT95920858T PT763139E PT 763139 E PT763139 E PT 763139E PT 95920858 T PT95920858 T PT 95920858T PT 95920858 T PT95920858 T PT 95920858T PT 763139 E PT763139 E PT 763139E
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    • C14SKINS; HIDES; PELTS; LEATHER
    • C14CCHEMICAL TREATMENT OF HIDES, SKINS OR LEATHER, e.g. TANNING, IMPREGNATING, FINISHING; APPARATUS THEREFOR; COMPOSITIONS FOR TANNING
    • C14C9/00Impregnating leather for preserving, waterproofing, making resistant to heat or similar purposes
    • C14C9/02Impregnating leather for preserving, waterproofing, making resistant to heat or similar purposes using fatty or oily materials, e.g. fat liquoring

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Description

DESCRIÇÃO "AGENTES PARA ENGRAXAMENTO DE COUROS E PELES" Âmbito da invenção A invenção refere agentes de engraxamento de peles e couros com um conteúdo em tensoactivos seleccionados, bem como a sua utilização para produção do agente.
Estado da Técnica
Juntamente com os tanantes, os agentes de engraxamento são os agentes auxiliares mais importantes, para influenciar o carácter dos couros. A acção dos agentes de engorduramento ocorre por uma lubrificação isoladora de fibras e por uma impermeabilização.
Por envolvimento das fibras do couro com uma película gorda, reduz-se a fricção reciproca e, consequentemente, melhora-se a ductilidade e a elasticidade do tecido. Isto tem efeitos positivos na resistência à tracção do couro e uma vez que num material elástico muitas fibras orientam-se, submetidas a esforços de tracção, na direcção de tracção e oferecem uma maior resistência à ruptura que as mesmas fibras num material frágil. Através de uma impermeabilização obtém-se além disso, efeitos de curtimento que ela está ligada com uma eliminação de água da pele.
Como agentes de engorduramento utilizam-se, em geral, todos os óleos, gorduras e ceras, animais e vegetais e ainda os produtos de hidrólise, produtos de sulfitização, produtos de oxidação, produtos de endurecimento sintetizados por transformação química e, finalmente, agentes de engorduramento minerais. Individualmente, > As gorduras e óleos saponificáveis bem como as ceras e resinas naturais pertencem aos ésteres. Por óleos e gorduras, o especialista de peles, designa aqui ésteres de glicerina e ácidos gordos, que são sólidos ou líquidos à temperatura Τ 2 Τ 2
ambiente. Para engorduramento da pele destacam-se, do grupo das gorduras animais, especialmente óleo de baleia, óleo de peixe, cebo de vaca e óleo de pé de vaca, do grupo das gorduras vegetais, óleo de rícino, óleo de colza e óleo de linhaça. Nas ceras e resinas, os ácidos gordos são esterificados com alcoóis de elevada molecularidade em vez de glicerina. Exemplos para ceras são cera de abelha, cera da China, cera de caianuba, cera de lanolina; para as resinas mois importantes contam colofónio, óleo da russia e goma laca.
Por transformação química de gorduras vegetais e animais obtém-se produtos solúveis em água e, para além disso, possuem em diferentes graus, acção emulcionante de gorduras insolúveis em água. São conhecidos os óleos sulfitizados solúveis em água de diferentes tipos , que por oxidação de diversos óleos de peixe que são designados por dégras ou moellon, ainda os sabões que resultam da decomposição por hidrólise de gorduras naturais, gorduras endurecidas bem como, finalmente, ácidos gordos livres como o ácido esteárico como gordura para secar em estufa. A maioria das gorduras animais ou vegetais apresentam uma determinada afinidade para as substâncias do couro, que aumenta consideravelmente por introdução ou colocação a descoberto de grupos hidrófilos.
Importantes para a produção de couros são outros agentes de engraxamento minerais. Estes hidrocarbonetos têm propriedades semelhantes a algumas gorduras e óleos naturais, não se deixando, no entanto, esterificar. Trata-se de fraeções de destilados do petróleo, que na forma líquida são designados óleos minerais, na forma pastosa, vaselinas e, na forma sólida, parafinas.
Em muitos casos, formam-se, no entanto, ao longo do tempo, manchas indesejadas na superfície dos couros curtidos e engordurados, que são designadas como eczemas gordas. As eczemas gordas ocorrem principalmente em couros curtidos com crómio após um armazenamento curto ou prolongado, como um revestimento branco, frequentemente velado, que reveste apenas locais isolados ou também reveste toda a superfície do couro. A eczema para ser reconduzida à saída de substâncias sólidas do couro. Ela pode causada pelas gorduras naturais presentes no couro ou por gorduras, que foram incorporadas inicialmente, no decurso do engorduramento. 3
As misturas gordas utilizadas para engorduramento das peles tendem especialmente então para a formação de eczemas, quando elas contêm muitos ácidos gordos livres. Os ácidos gordos livres apresentam, em geral, um ponto de fusão mais elevado que o seu glicerído. A decomposição hidrolítica de gorduras durante o armazenamento da pele aumenta correspondentemente o perigo do surgimento de eczemas gordas. Sabões e gorduras macias são decompostos nos couros de crómio por libertação de ácidos gordos, especialmente nos couros de crómio, em que os ácidos foram insuficientemente removidos. Óleos e gorduras sulfitizados apresentam uma tendência fortemente diferente para formação de eczemas gordas, a tendência para eczemas reduz-se, em geral, para tempos de vida maiores [Compare-se J. Int. Soc. Leath. Trad. Chem. 47 379 (1952)]. Eczemas do couro surgem também, mais facilmente quanto mais substâncias gordas tendentes a formar eczemas o couro contiver. Para o alcance e a composição dos eczemas são determinantes as quantidades, composições e condição das misturas gordas de gordura natural e gorduras macias presentes na pele. Couro estruturado mais suavemente tem menor tendência para a formação de eczemas que couros com textura fibrosa mais densa. As eczemas gordas são observadas mais frequentemente a temperaturas mais baixas que temperaturas exteriores mais quentes. As eczemas gordas cristalinas desenvolvem-se nos buracos dos pelos e canais drusiformes, em que, primeiro se formam pequenos cristais no fundo que, gradualmente, preenchem todo o poro do cabelo como cristais de gordura maiores, brotam para fora da pele e que se enredam para formar um filme cristalino espesso. Todas as gorduras, que contêm derivados de estearina ou palmitina, podem ocasionar eczemas gordos cristalinos, com o aumento da concentração o perigo de formação de eczema aumenta. [Ledertechn. Rundsch. 1 (1949)]. Em especial, as chamadas gorduras neutras, isto é, as substâncias adequadas para engorduramento de couros, que não contêm qualquer grupo iónico na molécula, por exemplo, gorduras, ceras e hidrocarbonetos, tendem para a formação de eczemas gordas. Especialmente critico são aqui as gorduras neutras que representam derivados de estearina e/ou palmitina, como também os correspondentes triglicerídos ou os ácidos gordos livres. 4 / ί y· <!
Uma vez que no processamento dos couros, no entanto, após a cortição das peles é quase obrigatoriamente necessário, mesmo assim, um passo de processo de engorduramento para alcançar as propriedades desejadas do produto, tomou-se na prática usual, trabalhar com agentes de engorduramento sintéticos especiais, cuja tendência para formação de eczemas gordos é pequena.
Deste ponto de vista, uma classe de agentes de engorduramento normalmente utilizados são compostos halogenados como os hidrocarbonetos clorados. Os requisitos ecológicos e toxicológicos crescentes em agentes que perturbam o ambiente, ou seja com aqueles que o utilizador contacta, tomam no entanto, esta classe de substâncias crescentemente não atractiva. Normalmente utilizam-se tensoactivos aniónicos para engorduramento de couros. Assim, por exemplo do memorial da patente europeia EP 0247509 BI (Stockhausen) são conhecidos produtos de decomposição do ácido sulfurico ou oleum, com gorduras e óleos insaturados, alcoxilados bem como, eventualmente, epoxidados. Juntamente com a decomposição com oleum, ácido sulfurico ou trióxido de enxofre gasoso, para a hidrofílização de gorduras, considera-se especialmente também a sulfitização, isto é, a acumulação de hidrogenossulfito em compostos insaturados. Assim, neste contexto é referido, por A. Kuntzel, a sulfitização de óleo de fígado de bacalhau [Leder 8, 5 (1957)] bem como por M. Mikula, a sulfitização de butilésteres de ácidos gordos insaturados [Leder, Schuh, Lederwaren 21, 282 (1986)]. Do requerimento de patente alemã DE-A1 4223704 (Henkel) são ainda conhecidos agentes de engorduramento não iónicos, com um conteúdo em ésteres de ácido óleico e éteres de dialquilo. Além disso, refere-se o requerimento de patente europeia EP 0247490 AI que descreve substâncias gordas sulfitizadas. Objecto da EP 0353704 AI são finalmente produtos de sulfitização de alquilésteres inferiores de ácidos gordos oxalquilados. A aplicação de agentes de engorduramento aniónicos não é, no entanto, isenta de problemas. Uma desvantagem essencial consiste em que por utilização, um grande número destes agentes, tendem para formação de eczemas gordos. Além disso, a sua decomposição biológica não é sempre satisfatória. Os óleos sulfitizados são 5
/ s
J viscosos, na gama de um conteúdo de substâncias activas elevado, e deixam-se %Í
V assim, frequeiiteiiienle, doseai dificilmente; finalmente, a sua qualidade de cor é frequentemente pouco satisfatória. A complexa tarefa da invenção consistia assim, em desenvolver novos agentes de cngorduramcnto para couros c peles, à base de tcnsoactivos aniónicos que se distinguem por características ecológicas e de aplicação técnica melhoradas, como por exemplo, um toque mais agradável e menor tendência para manchas de gordura. As substâncias aplicadas devem ainda apresentar, face às substâncias gordas sulfatadas ou sulfitizadas conhecidas, uma qualidade de cor melhorada e vantagens na manipulação, especialmente atendendo à produção de produtos líquidos, de baixa viscosidade.
Descrição da invenção
Objecto da invenção são agentes para engorduramento de couros e peles com um conteúdo de 1 até 30% em peso de produtos de sulfitização de Ci-Cg-alquilésteres de ácidos gordos insaturados na forma dos seus sais alcalinos, sais alcalino-terrosos, sais de amónio, sais de alquilamónio, sais de alcanolamónio ou sais de glucamónio.
Surpreendentemente, foi descoberto que os produtos de sulfitização de alquilésteres inferiores de ácidos gordos de acordo com a invenção não são apenas completamente degradáveis biologicamente, mas também, em comparação com outros agentes de engorduramento aniónicos conhecidos, apresenta uma tendência significativamente menor para formação de eczemas gordas. Para além disso, proporcionam aos couros uma capacidade de engorduramento ou maleablidade melhoradas, um tacto agradável bem como uma maior impermeabilização. Os produtos de sulfitização muito concentrados são também pouco viscosos e deixam-se, assim, processar facilmente em formulações aquosas líquidas. Em comparação, por exemplo, com óleos diésteres sulfatados, caracterizam-se finalmente, adicionalmente ainda por uma qualidade de cor melhorada. 6 6 / &
Produtos de sulfitização
Os produtos de sulfitização de alquilésleres inferiores de ácidos gordos representam substâncias conhecidas, que podem ser obtidos de acordo com os métodos apropriados da química orgânica preparativa. Um processo para a sua produção, consiste por exemplo, na reacção de alquilésteres inferiores de ácidos gordos imalurados como por exemplo, esteres técnicos de ácido ólcico com trióxido dc enxofre gasoso e seguidamente neutralizar o produto de sulfonização bruto com uma base e, simultaneamente, hidrolizar produtos intermediários cíclicos como por exemplo, sul tonas. [DE 3803912 AI (Henkel)]. Na sulfonação trata-se de uma adição electróíila da molécula de SO3 à dupla ligação. No decurso da neutralização ou hidrólise, formam-se misturas de isómeros de hidroxi-sulfonatos e alquenossulfonatos. Um resumo disto foi publicado por A. Behler et al, em C.R. CESIO, Welttensidkongress Paris, Vol. Π pág. 14 (1988). Numa forma de proceder preferida da invenção os produtos de sulfitização são produzidos, no entanto, por adição de oleum aos ésteres insaturados mencionados. Desta forma, obtêm-se misturas de sulfatos e sulfonatos. Utilizam-se, de preferência, produtos de sulfitização de alquilésteres de ácidos gordos insaturados de fórmula (I), R‘CO-OR2 em que R‘CO representa um radial acilo insaturado com 16 até 24 átomos de carbono e 1,2,3,4 e/ou 5 ligações duplas e R2 representa um radical alquilo linear ou ramificado com 1 até 8 átomos de carbono. Exemplos típicos representam produtos de sulfitização de ésteres de metanol, etanol, butanol, octanol e, especialmente, 2-etil-hexanol com ácido palmóleico, ácido óleico, ácido elaidico, ácido petroselínico, ácido linólico, ácido linolénico, ácido elaeo-esteárico, ácido gadóleico, ácido behénico e ácido clupanodoico, bem como respectivas misturas técnicas na forma dos seus sais de sódio, sais de potássio e/ou sais de amónio.
Juntamente com os ácidos gordos insaturados puros, os produtos de sulfitização também podem conter, como componentes, cortes técnicos de ácidos gordos com proporção insaturada preponderante, como por exemplo, ácido gordo de óleo de colza, ácido gordo 7
f / y . r de girassol, e/ou ácido de óleo de azeitona. Preferencialmente, utilizam-se produtos de sulfitizaçâo dc 2-etilhexilcster de ácido óleico cspecialmente à base de ácido gordo de óleo de azeitona na forma do sal de sódio.
Sulfitizaçâo A sulfitizaçâo dos alquilcstcrcs inferiores dc ácidos gordos pode ocorrer da forma conhecida para os alquilésteres inferiores de ácidos gordos saturados [J. Falbe, (ed.) “Surfactants in the Consumer Products”, Springer Verlag, Berlin-Heidelberg, 1987, pág. 61] em que. são preferidos reactores que operam segundo o princípio de Fallfilm. Como agentes dc sulfitizaçâo consideram-se ácido sulfurico, oleum, ácido clorossul fónico, bem como trióxido de enxofre gasoso. Por fim, utiliza-se diluído normalmente com um gás inerte, de preferência ar ou azoto, e numa forma de mistura gasosa, que contem o agente de sulfitizaçâo numa concentração de 1 até 8, de preferência 2 até 5% em volume. A proporção molar de éster para agente sulfitizante pode ser, no caso do ácido clorossulfónico ou trióxido de enxofre, 1:0,95 até 1:1,3 e, de preferência, 1:1,0 até 1:1,15. Se for utilizado ácido sulfurico ou oleum, como agente de sulfitizaçâo, é vantajoso utilizá-los em excesso, isto é, numa proporção molar de 1:0,1 até 1:0,95 e especialmente 1:0,25 até 1:0,8. Normalmente, a sulfitizaçâo é realizada a temperaturas de 15 até 90°C. Considerando a viscosidade da substância aplicada por um lado e a qualidade de cor do produto de sulfitizaçâo resultante, demonstrou-se óptimo, realizar a reacção a uma temperatura de 20 até 30°C.
Neutralização
Os produtos de sulfitizaçâo ácidos resultantes da sulfitizaçâo são misturados com bases aquosas, neutralizados e ajustados a um valor de pH de 6,5 até 8,5. Como bases para a neutralização consideram-se hidróxidos de metais alcalinos como hidróxido de sódio, hidróxido de potássio e hidróxido de lítio, óxidos de metais alcalino- ferrosos e hidróxidos de metais alcalino-terrosos como óxido de magnésio e hidróxido de magnésio, óxido de cálcio e hidróxido de cálcio, amoníaco, mono-C2-4-alcanolaminas, di-C2-4-alcanolaminas e tri-C2-4-alcanolaminas, por exemplo mono-etanolamina, dietanolamina e trietanolamina, bem como Ci-4-alquilaminas primárias, secundárias ou terciárias, bem como glucaminas. As bases de neutralização alcançam aqui, para δ utilização, de preferência na forma de soluções aquosas, 5 até 55% em peso, em que são preferidas soluções aquosas de hidróxido de sódio 5 alé 25% em peso.
Branqueamento e conservação
Após a neutralização, os produtos de sulfitização podem ser branqueados, numa forma em Si conhecida, por adição de soluções de pcróxido de hidrogénio ou de hipodorito dc sódio. Neste caso, utilizam-se referido ao conteúdo em sólidos na solução de produtos de sulfitização 0,2 até 2% em peso de peróxido de hidrogénio, calculado como 100% de substância, ou quantidades correspondentes de hipodorito de sódio. O valor de pH das soluções pode ser mantido constante por utilização de tampões apropriados, por exemplo, fosfato de sódio ou ácido cítrico. Para estabilização contra ataque de bactérias, é ainda aconselhável uma conservação, por exemplo, com soluções de formaldeído, p-hidroxibenzoato, ácido sórbico ou outros agentes de conservação conheddos.
Co-tensoactivos
Os produtos de sulfitização de acordo com a invenção podem ser utilizados sozinhos, no entanto, de preferência com outros tensoactivos aniónicos, não aniónicos, anfóteros ou tensoactivos de iões anfóteros e - limitado - também tensoactivos catiónicos. Exemplos típicos para tensoactivos aniónicos são sulfonatos de alquilbenzeno, sulfonatos de alcano, sulfonatos de olefmas, sulfonatos de alquiléteres, éterssulfonatos de glicerina, a-metilésterssulfonato, ácidos sulfogordos, sulfatos de alquilo, éterssulfatos de alcoóis gordos, érterssulfato de glicerina, éterssulfato misto de hidróxilo, (éter)ssulfato de monoglicérido, (éter)sulfato de amidas de ácido gordos, mono-alquil-sulfosuccínato, di-alquil-sulfosuccínato, mono-alquil-sulfosuccínamato e di-alquil-sulfosuccínamato, sulfotriglicérido, sabões de amidas, ácidos étercarboxílicos, e respectivos sais, isotionatos de ácidos gordos, sarcosinatos de ácidos gordos, taurídas de ácidos gordos, lactilato de acilo, sulfatos de alquil-oligoglucósidos e (éter)fosfatos de alquilo. Enquanto os tensoactivos aniónicos contêm cadeias poliglicoléter, eles podem apresentar uma distribuição homóloga convencional, de preferência, no entanto, uma distribuição homóloga restrita. Exemplos típicos para tensoactivos não iónicos são poliglicoléteres de alcoóis gordos, poliglicoléteres de alquilfenóis, poliglicolésteres de ácidos gordos, poliglicoléteres de amidas de ácidos gordos, poliglicoléteres de aminas 9 gordas, triglicéridos alcoxilados, oligoglicósidos de alquilo(alqueno) N-alquil-glucamidas de ácidos gordos, ésteres de ácidos poliolefinicos gordos, ésteres de açucares, ésteres de sorbitano e polisorbatos. Caso os tensoactivos não iónicos contenham cadeias poliglicoléter, podem apresentar uma distribuição homóloga convencional, de preferência, no entanto, uma distribuição homóloga restrita. Exemplos tipicos para tensoactivos anfóteros ou tensoactivos com iões anfóteros, são alquilbetaínas alquilamidobetaínas, aminoproprionatos, aminoglicinatos, imidazolinobetaínas, e sulfobetaínas. Exemplos típicos de tensoactivos catiónicos com os quais os produtos de sulíitização aniónicos são toleráveis e não formam sais insolúveis são esterquats, especialmente os que se disponibilizam através de unidades de óxido de etileno na molécula. Nos tensoactivos conhecidos trata-se, exclusivamente de compostos conhecidos. Com respeito a estrutura e produção destas substâncias remete-se por exemplo, para os trabalhos de revisão J. Falbe, (ed.) “Surfactants in the Consumer Products”, Springer Verlag Berlin-Heidelberg, 1987, pág.54 — 124, J. Falbe, (ed.) “Katalisatoren, Tenside und Mineralõladditive”, Thieme Verlag, Sttutgart, 1978, pág.123 - 217..
Agentes de engorduramento
Os agentes de engorduramento podem conter, juntamente com os produtos de sulíitização e outros tensoactivos, outras substâncias auxiliares e aditivos. Normalmente, a proporção de produtos de sulíitização nos agentes de acordo com a invenção é de 15 até 90 e de preferência, 20 até 80% em peso referido ao agente. Em regra, os agentes são doseados de forma que por lkg de couro ou pele (calculado como peso quando dobrado 20 até 1000, de preferência 30 até 80g do agente.
Aplicabilidade industrial
Os produtos de sulíitização de alquilésteres inferiores de ácidos gordos, como componentes de agentes de engorduramento de couros e peles, conferem uma untabilidade e flexibilidade melhoradas, um toque mais agradável e uma impermeabilidade aumentada. Uma vantagem especial situa-se em que os produtos de sulíitização mesmo muito concentrados têm baixa viscosidade e, correspondentemente, deixam-se processar facilmente em formulações líquidas. Em comparação com outros 10 agentes de engorduramento aniónicos conhecidos mostram ainda uma tendência significalivainenle menor para formação de eczemas de gordura. Pela aplicação dos agentes de acordo com a invenção não existem colorações para a igualdade de brilho. Um outro objecto da invenção refere-se assim à utilização dos produtos de sulfitização mencionados como tensoactivos aniónicos para engorduramento de couros e peles. 11 /
Exemplos
Exemplo de produção Hl
Num reactor de sulfitização de 1L com manta de arrefecimento colocaram-se 250g (0,7mole) de 2-etilhexiléster de ácido óleico técnico (à base de ácido gordo de azeite com uma proporção cm ácido ólcico dc ccrca dc 70% cm peso) c misturou-sc, a uma temperatura de 31 até 33°C, em porções, com 44g de oleum (20% em peso de SO3). Submeteu-se a mistura a uma reacção, durante um intervalo de tempo de 90 minutos, a 30°C e, então neutralizou-se por adição de uma mistura de 43g de amoníaco em 89g de água, a cerca de 55°C. A mistura resultante foi deixada repousar durante a noite, depois da qual se verificou uma separação de fases. Seguidamente, separou-se a fase aquosa formada contendo sulfato de amónio e rejeitou-se. Ajustou-se o valor de pH da fase orgânica valiosa a 7,5. O 2-etilhexil-ésterssulfonato sulfato do ácido óleico apresentava a seguinte composição: tensoactivo aniónico: 42,3% em peso, proporção não sulfitizada: 42,0% em peso, sulfato de sódio: 3,8% em peso, água: 11,9% em peso. O conteúdo em tensoactivo aniónico (WAS) bem como a proporção não sulfitizada (US) foram determinados pelo método unitário da DGF, Sttutgart 1950-1984, Η-ΙΠ-10 e G-II-6b.
Exemplo de produção H2
Num reactor .e sulfitização de 1L com manta de arrefecimento colocaram-se 362g (Imole) de 2 ilhexiléster de ácido óleico técnico (à base de ácido gordo de azeite) e misturou-se 25°C, com 88g (1,Imole) de trióxido de enxofre gasoso. O trióxido de enxofre foi * jarado de uma quantidade correspondente de oleum 65% em peso, diluído a uma concentração de 3% em volume e misturado com o produto de partida num período de 15 minutos. Após a sulfitização, a mistura reaccional ácida foi neutralizada, em porções, com uma solução aquosa básica a 10% agitada, mantendo um valor de pH na gama de 7 e assim neutralizada. O 2-etilhexil-ésterssulfonato do ácido óleico resultante apresentava a seguinte composição: tensoactivo aniónico: 26,3% em peso, proporção não sulfitizada: 3,5% em peso, sulfato de sódio: 1,1% em peso, água: 69,1% em peso. 12
Exemplo 1. Produção de roupa de couro de carneiro. Lavou-se primeiro Wet Blue_: Material c seguidamente rccurtiu-sc. Os dados dc quantidades aplicadas c tempos de duração dos passos do processo estão resumidos na tabela 1. Obteve-se uma pele macia, com acabamento cheio, avolumado e tingimento uniforme e aromático.
Tabela 1:
Preparação de roupas de couro de carneiro (dados percentuais referidos ao peso quando dobrado)
Processo Adição de Quantidade % em peso Duração minutos Lavagem Agua (40°C) 200 10 Novo banho Lavagem Agua (40°C) 100 40 Formiato de sódio 1 Bicarbonato de sódio 1 Acrilato de tanino 3 Banho enxaguador Recurtimento Agua (50°C) 100 30 Tingimento Produtos de condensação de naftalina 2 Corante 3 30 Emulsão de lecitina 3 40 Ésterssulfonato de acordo com Hl 2 40 Óleo diéster sulfatado 2 40 Acrilato de tanino 3 60 Ácido fórmico 2 15 Banho de enxaguamento (50°C) 1
Exemplo 2. Produção de couro de mobiliário. Lavou-se, recurtiu-se, neutralizou-se, tingiu-se e engordurou-se Wet Blue Material. Os dados de quantidades aplicadas e tempos de duração dos passos do processo estão resumidos na tabela 2. Obtiveram-se couros de mobiliário, suaves como tecido, moles, ligeiramente gordurosos. 13
Tabela 2:
Produção dc couros dc mobiliário (dados percentuais referidos ao peso quando dobrado)
Processo Adição de Quantidade Duração % em peso minutos Lavagem Agua(40°C) 200 10 Novo banho Recurtimento Agua (45°C) 100 45 Sulfato de crómio (sol a 33%) 2 Produtos de condensação de fenol 2 Aluminossilicato de sódio 1 Banho de enxaguamento (40°C) Neutralização Agua (40°C) 100 60 Bicarbonato de sódio 2 Novo banho Tingimento e engorduramento Àgua (50°C) 100 15 Produtos de condensação de naftalina 2 Amoníaco 1 Corante 3 45 Emulsão de lecitina 2 45 Esterssulfonato de acordo com Hl 5 Óleo diéster sulfurado 4 Acido fórmico 1 15 Ácido fórmico 2 30 Banho de enxaguamento (40°C)
Exemplo 3. Produção de veludo de vaca. Brochou-se e tingiu-se couro com crosta. Os dados de quantidades aplicadas e tempos de duração dos passos do processo estão resumidos na tabela 3. Obtiveram-se fibras de couro aveludadas, sedosas, com coloração brilhante e um bonito efeito de impressão.
Tabela 3:
Produção de veludo de vaca (dados percentuais referidos ao peso quando dobrado)
Processo Adição de Quantidade Duração % em peso minutos Brochagem Sulfato de alquilo 1 240 Amoníaco 1 Tingimento Água (60°C) 3ϋϋ S0 Produtos de condensação de fenol 2 Amoníaco 1 Corante 7 Acido fórmico 4 45 Esterssulfonato de acordo com Hl 2,5 30 Ranho de enxaguamento 14
Exemplo 4. Produção de cabedal de vaca. Lavou-se, neutralizou-se, lavou-se novamcntc c rccurtiu-sc Blcu Wct Material. Os dados de quantidades aplicadas c tempos de duração dos passos do processo estão resumidos na tabela 4. Obteve-se um couro muito suave, com bom volume e coloração brilhante, uniforme.
Tabela Ί:
Produção de peles de móveis (dados percentuais referidos ao peso quando dobrado)
Processo Adição de Quantidade % em peso Duração minutos Lavagem Agua(40°C) 200 10 Novo banho Neutralização Agua (40°C) 100 15 Formiato de sódio 0,5 Aluminossilicato de sódio 0,5 Lavagem Agua(60°C) 100 10 Novo banho Recurtimcnto Agua (60°C) 100 15 Produtos de condensação de naftalina 2 Corante 1 15 Acrilato de tanino 2 15 Produtos de condensação de fenol 3 30 Esterssulfonatol; 3 45 Ésterssulfonato de acordo com Hl 3 Acido fórmico 0,5 15 1) Produtos de decomposição de, em média, 1 mole de trióxido de enxofre com um éster do ácido trimetilolpropantriólico na forma do sal de amónio.
Exemplos comparativos VI a V4. Repetiram-se os exemplos 1 até 4 , utilizando, no entanto em vez do 2-etilhexilésterssulfonato do ácido óleico, um óleo diéster comercial. Os couros resultantes apresentavam um toque significativamente mais duro e uma flexibilidade inferior. Além disso, observou-se uma coloração heterogénea.
Lisboa, 2 8 Dcí, ZQÔi
Maria Silvina Ferreira ADVOGADA
Aqente Oficial de Propriedade Industrial R. Castilho. 50 - 5? - 1250 - 071 LISBOA Tel. 21 38150 50 - Fax. 21383 11 50

Claims (4)

1 1
V..-· REIVINDICA ÇÕES 1. Agentes para engorduramento de couros e peles com um conteúdo de 1 até 30 % em peso de produtos de sulfonação de ésteres de Ci-Cg-alquilos de ácidos gordos insaturados na sua forma de sais alcalinos, sais alcalino-terrosos, sais de amónio, sais dc alquilamónio, sais dc alcanolamónio ou saÍ3 dc glucamónio.
2. Agentes de acordo com a reivindicação 1 caracterizados pelo facto de conterem, como produtos de sulfitação, alquilésteres de ácidos gordos insaturados de fórmula (I) rZ-CO-OR2 (I) em que R'CO representa um radical acilo insaturado com 16 até 24 átomos de carbono e 1, 2, 3, 4 e/ou 5 duplas ligações e R2 representa um radical alquilo linear ou ramificado com 1 até 8 átomos de carbono.
3. Agentes de acordo com a reivindicação 1 caracterizados pelo facto de conterem produtos de sulfitação do 2-etil-hexiléster do ácido óleico.
4. Utilização de produtos de sulfitação de acordo com as reivindicações 1 a 3 como tensoactivos aniónicos para produção de agentes de engorduramento de couros e peles. m Lisboa, 4
Maria Siivxna Kerreirc. ADVOGADA Agente Oficial de Propriedade industrial R. Castilho, 50-5?- 1250 - 071 LISBOA
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