PT757058E - Agentes antifungicos peptidos ciclicos - Google Patents

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PT757058E
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Description

-1-
DESCRICÃO "AGENTES ANTIFÚNGICOS PÉPTIDOS CÍCLICOS"
Esta invenção relaciona-se com compostos péptidos cíclicos semi-sintcticos que são úteis como agentes antifungicos e que têm estabilidade e solubilidade em água melhoradas. Em particular, relaciona-se com derivados da classe da equinocandina de péptidos cíclicos; com métodos para o tratamento de infecções fúngicas, e com formulações úteis para esses métodos.
Os compostos proporcionados por esta invenção são compostos semi-sintéticos derivados de péptidos cíclicos que são produzidos por vários microrganismos de cultura. São conhecidos na arte alguns péptidos cíclicos incluindo equinocandina B (A30912A), aculeacina, mulundocandina, esporio-fungina e S31794/F1.
Em geral, estes péptidos cíclicos podem ser caracterizados estruturalmente como um núcleo de hexapéptido cíclico com um grupo amina acilado num dos amino ácidos do núcleo. O grupo amino é tipicamente acilado com um grupo ácido gordo formando uma cadeia lateral para fora do núcleo. Por exemplo, a equinocandina B tem uma cadeia lateral linoleoílo enquanto que a aculeacina tem uma cadeia lateral palmitoílo.
As cadeias laterais de ácidos gordos podem ser removidas do núcleo do péptido cíclico para dar um núcleo amino (por exemplo, um composto de fórmula I, adiante, em que R2 é hidrogénio). O grupo amino pode então ser reacilado para dar compostos semi-sintéticos tais como os reivindicados no presente pedido. -2-
O núcleo da equinocandina B foi reacilado com certas unidades dc cadeia lateral de ocorrência não-natural para proporcionar vários agentes antifungicos (ver, Debono, Pat. U.S. N° Ser. 4,293,489). Entre esses agentes
antifungicos está a cilofungina que é representada por um composto de fórmula I em que Rzt e Rz2 são cada um -CHOHCH3, R23 é metilo; RAl é hidrogénio, R*2, Ryl, Ry2, Ry3, Ry4 e R° é hidroxilo e R2 é p(octiloxi)benzoílo. A WO 96/15142 descreve um processo para a remoção de grupos
b-hidroxilo de compostos contendo b-hidroxilos tais como péptidos cíclicos complexos, péptidos lineares e não-péptidos. A WO 95/08341 descreve compostos antifungicos e anti-pneumoquísticos com um núcleo de Equino-candina B e com uma cadeia lateral polifenileno ligada ao resíduo de di-hidroxiomitina na posição N2 e um éter aminoalquílico no resíduo de di-hidroxiomitina na posição C5. A WO 94/25408 descreve certos compostos amina que têm um núcleo ciclo-hexapeptidilo e que se verificou terem actividade antibiótica. A EP 0561639 descreve derivados acilo da classe Equinocandina de agentes antifungicos péptidos cíclicos e processos para a sua preparação. A presente invenção proporciona um composto de fórmula I:
1 -3-
em que:
Rzl e R*2 são ambos hidrogénio;
Rz3 é hidrogénio ou metilo;
Rxl é hidrogénio; R*2 é hidrogénio;
Ryl, Ry2, Ry3 e Ry4 são independentemente hidroxilo ou hidrogénio; R° é hidroxilo, -OP(0)(OH)2 ou um grupo das fórmulas:
R1 é CrC6 alquilo, fenilo, p-halogeno-fenilo, p-nitrofenilo, benzilo, p-halogeno benzilo ou p-nitro-benzilo; R2 é —c(0)~\ 7—R3 ;
R3c e R3d são independentemente hidrogénio, C-i-C12 alquilo, C2-Cj2 alcinilo, C2 Ci2alcoxi ou -0-(CH2)2-0-(Ci-Ci2 alquilo); ou um seu sal farmaceuticamente aceitável.
Também são proporcionadas formulações farmacêuticas, métodos para inibição da actividade antifungica e métodos para tratamento de infecções fúngicas que utilizam os compostos da invenção.
Tal como aqui utilizado, o termo "C1-C12 alquilo" refere-se a uma cadeia alquilo linear ou ramificada com desde um até doze átomos de carbono. Grupos C1-C12 alquilo típicos incluem metilo, etilo, propilo, isopropilo, butilo, sec-butilo, t-butilo, pentilo, 5-metilpentilo, hexilo, heptilo, 3,3-dimetilheptilo, octilo, 2-metil-octilo, nonilo, decilo, undecilo, dodecilo e outros semelhantes. O termo "C1-C12 alquilo" inclui na sua definição o termo "Ci-Cô alquilo". O termo "halogéneo" refere-se a cloro, flúor, bromo ou iodo. O termo "C2-C12 alcinilo" refere-se a uma cadeia alcinilo linear ou ramificada com desde dois até doze átomos de carbono. Grupos C2-Q2 alcinilo típicos incluem etinilo, 1-propin-l-ilo, l-propin-2-ilo, 1-butin-l-ilo, l-butin-3-ilo, l-pentin-3-ilo, 4-pentin-2-ilo, l-hexin-3-ilo, 3-hexin-l-ilo, 5-metil-3-hexin-l-ilo, 5-octin-l-ilo, 7-octin-l-ilo, 4-decin-l-ilo, 6-decin-l-ilo e outros semelhantes. O termo "C1-C12 alquiltio" refere-se a uma cadeia alquilo linear ou ramificada com desde um até doze átomos de carbono ligada a um átomo de enxofre. Grupos C1-C12 alquiltio típicos incluem metiltio, etiltio, propiltio, isopropiltio, butiltio, 3-metil-heptiltio, octiltio, 5,5-dimetil-hexiltio e outros semelhantes. O termo "C1-C12 alcoxi" refere-se a uma cadeia alquilo linear ou ramificada com desde um até doze átomos de carbono ligada a um átomo de -5-
oxigénio. Grupos C1-C12 alcoxi típicos incluem metoxi, etoxi, propoxi, butoxi, sec-butoxi, pentoxi, 5-metil-hexoxi, heptoxi, octiloxi, deciloxi, dodeciloxi e outros semelhantes. O termo "C1-C12 alquilo" inclui na sua definição o termo "Cr C6 alcoxi". O termo "C3-C12 cicloalquilo" refere-se a uma estrutura anelar hidrocarbonada saturada com desde três até doze átomos de carbono. Grupos C3-C12 cicloalquilo típicos incluem ciclopropilo, ciclobutilo, ciclopentilo, ciclo-hexilo e ciclo-heptilo, ciclooctilo e outros semelhantes. O termo "C3-Ci2 cicloalquilmetilo" refere-se a C3-Ci2 cicloalquilo ligado a um grupo metileno. 0 termo "grupo protector de amino" tal como utilizado na especificação refere-se a substituintes do grupo amino vulgarmente utilizados para bloquear ou proteger a funcionalidade amino enquanto se faz reagir outros grupos funcionais no composto. Exemplos desses grupos protectores de amino incluem grupos formilo, tritilo, ftalimido, tricloroacetilo, cloroacetilo, bromoacetilo, iodoacetilo, ou grupos bloqueadores do tipo uretano tais como benziloxicarbonilo, 4-fenilbenziloxicarbonilo, 2-metilbenzil-oxicarbonilo, 4-metoxibenziloxicarbonilo, 4-fluorobenziloxi-carbonilo, 4-clorobenziloxicarbonilo, 3-clorobenziloxicarboni-lo, 2-clorobenziloxicarbonilo, 2,4-diclorobenziloxicarbonilo, 4-bromobenzilo-xicarbonilo, 3-bromobenziloxicarbonilo, 4-nitro-benziloxicarbonilo, 4-cianoben-ziloxicarbonilo, t-butoxi-carbonilo, 2-(4-xenil)isopropoxicarbonilo, 1,1-difenilet-1 -iloxicarbonilo, 1,1 -difenilprop-1 -iloxicarbonilo, 2-fenilprop-2-iloxicarbonilo, 2-(p-toluil)-prop-2-iloxicarbonilo, ciclo-pentaniloxicarbonilo, 1 -metilciclopen-taniloxicarbonilo, ciclo-hexaniloxicarbonilo, 1-metilciclo-hexaniloxicarbonilo, 2-metilciclo-hexaniloxicarbonilo, 2-(4-toluilsulfonil)-etoxi-carbonilo, 2-(metilsul-fonil)etoxicarbonilo, 2-(trifenilfosfino)-etoxicarbonilo, fluorenilmetoxicarbonilo ("FMOC"), 2-(trimetilsilil)etoxicarbonilo, aliloxicarbonilo, l-(trimetilsililme-til)prop-1 -eniloxicarbonilo, 5-benzisoxalil-metoxicarbonilo, 4-acetoxibenziloxi-carbonilo, 2,2,2-tricloro-etoxicarbonilo, 2-etinil-2-propoxicarbomlo, ciclopropil-metoxicarbonilo, 4-(deciloxi)benziloxicarbonilo, isobomiloxi-carbonilo, 1-pipe-ridiloxicarbonilo e outros semelhantes; benzoílmetilsulfonilo, 2-nitrofenil-sulfcnilo. óxido de difenilfosfina e outros grupos protectores de amino semelhantes. Λ espécie de grupo protector de amino utilizada não é crítica desde que o grupo amino dcrivatizado seja estável nas condições da(s) reacção(ões) subscqucntc(s) noutras posições da molécula intermediária e possa ser removido selectivamente na altura apropriada sem perturbar o resto da molécula incluindo quaisquer (qualquer) outro(s) grupo(s) protector(es) de amino. Grupos protectores de amino preferidos são t-butoxicarbonilo (/- Boc), aliloxicarbonilo e benziloxicarbonilo (CbZ). Exemplos adicionais de grupos referidos pelos termos acima estão descritos por J. W. Barton, "Protective Groups in Organic Chemistry", J. G. W. McOmie, Ed., Plenum Press, Nova Iorque, N.Y., 1973, Capítulo 2, e T. W. Greene, "Protective Groups in Organic Synthesis", John Wiley and Sons, Nova Iorque, N. Y., 1981, Capítulo 7.
O termo "grupo protector de hidroxilo" refere-se a um substituinte de um grupo hidroxilo que é vulgarmente utilizado para bloquear ou proteger a funcionalidade hidroxilo enquanto se realiza reacções noutros grupos funcionais do composto. Exemplos desses grupos protectores de hidroxilo incluem tetra-hidropiranilo, 2-metoxiprop-2-ilo, 1-etoxiet-l-ilo, metoximetilo, β-metoxi-etoximetilo, metiltiometilo, t-butilo, t-amilo, tritilo, 4-metoxitritilo, 4,4'-dimetoxitritilo, 4,4',4"-trimetoxitritilo, benzilo, alilo, trimetilsililo, trimetil-sililetilo, (t-butil)dimetilsililo, e 2,2,2-tricloro-etoxicarbonilo e outros semelhantes. A espécie de grupo protector de hidroxilo utilizada não é crítica desde que O
-7- U
Um /λ* / €s*l 7 grupo hidroxilo derivatizado seja estável nas condições da(s) reacção(ões) subsequente(s) e possa ser removido selectivamente na altura apropriada sem perturbar o resto da molécula. Um grupo protector de hidroxilo preferido é trimetilsililetilo. Exemplos adicionais de grupos protectores de hidroxilo estão descritos em T. W. Greene, "Protective Groups in Organic Synthesis", John Wiley and Sons, Nova Iorque, N. Y., (2a ed., 1991), Capítulos 2 e 3. O termo "hidroxilo protegido" refere-se a um grupo hidroxilo ligado a um dos grupos protectores de hidroxilo referidos acima. 0 termo "inibição", i.e. um método para a inibição de actividade fúngica, inclui parar, atrasar ou obstruir profílaticamente ou impedir o crescimento ou quaisquer características presentes e os resultados da existência de um fungo. 0 termo "fazer contactar", i.e. fazer contactar um composto da invenção com um fungo, inclui a união ou junção, ou toque ostensivo ou tangência mútua de um composto da invenção com um fungo. Contudo, o termo não implica quaisquer limitações adicionais ao processo, tais como por mecanismo de inibição, e os métodos são definidos para abranger o espírito da invenção, que é inibir actividade fúngica pela acção dos compostos e das suas propriedades antifungicas inerentes, ou por outras palavras, os compostos, utilizados nos métodos reivindicados são o agente causal dessa inibição. O termo "sal farmaceuticamente aceitável" tal como aqui utilizado, refere-se a sais dos compostos com a fórmula apresentada acima que são substancialmente não-tóxicos para organismos vivos. Sais farmaceuticamente aceitáveis típicos incluem os sais preparados por reacção dos compostos da -8- \Αλμ
presente invenção com um ácido mineral ou orgânico ou com uma base inorgânica. Esses sais são conhecido como sais de adição de ácido e sais de adição dc base.
Os ácidos vulgarmente utilizados para formar sais de adição de ácido são ácidos minerais tais como ácido clorídrico, bromídrico, iodídrico, sulfúrico, fosfórico e outros semelhantes, e ácidos orgânicos tais como ácido p-toluenossul fónico, metanossulfónico, ácido oxálico, ácido p-bromofenilsulfónico, ácido carbónico, ácido succínico, ácido cítrico, ácido benzóico, ácido acético e outros semelhantes. Exemplos desses sais farmaceuticamente aceitáveis são o sulfato, pirossulfato, bissulfato, sulfito, bissulfito, fosfato, mono-hidrogeno-fosfato, di-hidrogenofosfato, metafosfato, pirofosfato, cloreto, brometo, iodeto, acetato, propionato, decanoato, caprilato, acrilato, formato, isobutirato, caproato, heptanoato, propiolato, oxalato, malonato, succinato, suberato, sebacato, fumarato, maleato, butino-l,4-dioato, hexino-l,6-dioato, benzoato, cloroben-zoato, metilbenzoato, dinitrobenzoato, hidroxibenzoato, metoxibenzoato, ftalato, sulfonato, xilenossulfonato, fenilacetato, fenilpropionato, fenilbutirato, citrato, lactato, γ-hidroxibutirato, glicolato, tartarato, metanossulfonato, propanos-sulfonato, naftaleno-1-sulfonato, naftaleno-2-sulfonato, mandelato e outros semelhantes. Sais de adição de ácido farmaceuticamente aceitáveis preferidos são os formados com ácidos minerais tais como ácido clorídrico e ácido bromídrico, e os formados com ácidos orgânicos tais como ácido maleico e ácido metanossulfónico.
Os sais de adição de base incluem os derivados de bases inorgânicas, tais como hidróxidos, carbonatos, bicarbonatos de amónio ou metais alcalinos ou alcalino-terrosos, c outros semelhantes. Essas bases úteis para a -9-ίΜη
4 J preparação de sais desta invenção incluem assim hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, hidróxido de amónio, carbonato de potássio, carbonato de sódio, bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio, hidróxido de cálcio, carbonato de cálcio, e outros semelhantes. As fornias de sais de sódio e de potássio são particularmente preferidas.
Deve entender-se que o contra-ião particular que faz parte de qualquer sal desta invenção não tem natureza crítica, desde que o sal como um todo seja farmacologicamente aceitável e desde que o contra-ião não confira qualidades indesejadas ao sal como um todo.
Compostos preferidos desta invenção são aqueles compostos de fórmula I em que:
ou um seu sal farmaceuticamente aceitável.
Os compostos de fórmula I podem ser preparados de acordo com o Esquema Reaccional I, como se segue. -10-
ESQUEMA REACCIONAL I
(IB)
C.REACÇÃO RETRO ALDOL
em que: RMt é uma cadeia lateral de pétido cíclico de ocorrência natural; R' é hidrogémo, metilo ou -CH2C(0)NH2; - 12- R" é hidrogénio ou melilu, e
Rzl, R22, Rz3, Rxl, Rxl, R*2, Ryl, Ry2, Ry3, Ry4, R° e R2 são tal como definidos acima. 0 Esquema Reaccional I, acima, é executado por realização das reacções A-C, acima. Uma vez completada uma reacção, o composto intermediário pode ser isolado por procedimentos bem conhecidos na arte, por exemplo, o composto pode ser cristalizado ou precipitado e depois recolhido por filtração, ou o solvente da reacção pode ser removido por extracção, evaporação ou decantação. O composto intermediário pode ser adicionalmente purificado, se desejado, por técnicas correntes tais como cristalização ou precipitação ou cromatografia sobre suportes sólidos tais como sílica gel, alumina e outros semelhantes, antes de se realizar o passo seguinte do esquema reaccional.
Na reacção LA, um péptido cíclico de ocorrência natural de fórmula IA é desacilado utilizando procedimentos conhecidos na arte para dar um núcleo amino de fórmula IB. Esta reacção é tipicamente realizada utilizando desacilação enzimática por exposição do péptido cíclico de ocorrência natural a uma enzima desacilase. A enzima desacilase pode ser obtida do microrganismo Actinoplanes utahensis e utilizada substancialmente tal como descrito nas Patentes U.S. N°s 4,293,482 e 4,304,716, aqui dadas como incorporadas por citação. A enzima desacilase também pode ser obtida da espécie Pseudomonas. A desacilação pode ser realizada utilizando células inteiras de Actinoplanes utahensis ou Pseudomonas ou a sua enzima em bruto ou purificada ou utilizando uma forma imobilizada da enzima. Ver Pedido de Patente Europeia N° 0 460 882 (11 de Dezembro, 1991). Exemplos de péptidos cíclicos de ocorrência natural que podem ser utilizados como materiais de partida incluem aculeacina (cadeia lateral palmitoílo), tetra-hidroequinocandina B (cadeia lateral estearoílo), mulundocandina (cadeia lateral em Ci5 ramificada), L-671,329 (cadeia lateral em -13- u», f
Ci6 ramificada), S 31794/F1 (cadeia lateral tetradecanoílo), espoiiofungina (cadeia lateral em C15 ramificada), FR901379 (cadeia lateral palmitoílo) e outros semelhantes. Um péptido cíclico de ocorrência natural preferido é a equinocandina B (um composto de fórmula IA em que R', R" e R3z são cada um metilo, Rxl, Rx2, RyI, Ry2, Ry3, Ry4 e R° são cada um hidroxilo e R2 é linoleoílo).
Na Rcacção IB, o núcleo amino de fórmula IB é reacilado utilizando procedimentos conhecidos na arte para dar um composto de fórmula IC em que R2 c um grupo acilo tal como aqui definido acima.
Por exemplo, o núcleo amino pode ser acilado por reacção com um halogeneto de acilo adequadamente substituído, preferencialmente na presença de um captador de ácido tal como uma amina terciária, tal como trietilamina. A reacção é tipicamente realizada a uma temperatura desde cerca de -20°C até cerca de 25°C. Solventes típicos para esta reacção incluem solventes apróticos polares tais como dioxano ou dimetilformamida. A escolha do solvente não é crítica desde que o solvente utilizado seja inerte para a reacção em curso e os reagentes sejam suficientemente solubilizados para efectuar a reacção desejada. O núcleo amino também pode ser acilado por reacção com um ácido carboxílico adequadamente substituído, na presença de um agente de acoplamento. Agentes de acoplamento típicos incluem diciclo-hexilcarbodi-imida (DCC), Ν,Ν-carbonildi-imidazole, cloreto bis(2-oxo-3-oxazolidinil)fosfínico (BOP-C1), N-etoxicarbonil-2-etoxi-l,2-di-hidroquinolina (EEDQ), hexafluoro-fosfato de benzotriazol-l-iloxitripirrolidinofosfónio (PyBOP) e outros semelhantes.
Além disso, o núcleo amino pode ser acilado com um éster activado de um ácido carboxílico tal como um éster de um ácido carboxílico de fórmula R2- -14- (Μη COOH e p-nitrofenilo, 2,4,5-triclorofemlo, hidrato de hidroxibeuzotriazole (H0BT.H20), pentafluorofenol, N-hidroxissuccinimida e outros semelhantes. Unidades acilantes preferidas são os ésteres activados do ácido carboxílico R2-COOH tais como o éster 2,4,5-triclorofenílico e o éster de benzotriazole. A reacção é tipicamente realizada durante uma até sessenta e cinco horas a uma temperatura desde cerca de 0°C até cerca de 30°C num solvente aprótico. A reacção está geralmente completa após cerca de vinte e quatro a quarenta e oito horas quando realizada a uma temperatura desde cerca de 15°C até cerca de 30°C. Solventes típicos para esta reacção são tetra-hidrofurano e dimetil-formamida ou uma mistura desses solventes. O núcleo amino é geralmente utilizado em proporções equimolares em relação ao éster activado ou com um ligeiro excesso do núcleo amino.
Na Reacção IC, um ou ambos os grupos b-hidroxilo são removidos selectivamente a partir de um composto de fórmula IC para dar um composto de fórmula I. Especificamente, o composto de fórmula IC é aquecido num solvente aprótico até entre cerca de 50°C e 100°C na presença de pelo menos cerca de cinco equivalentes (preferencialmente pelo menos dez equivalentes) de um reagente promotor de retrol-aldol seleccionado do grupo que consiste em N-óxido de trimetilamina, N-óxido de trietilamina, hidrato de N-óxido de trimetilamina e hidrato de N-óxido de trimetilamina. A reacção é geralmente realizada num tubo selado ou num balão de fundo redondo com um condensador de água durante aproximadamente três a setenta e duas horas. A reacção é preferencialmente realizada a uma temperatura desde cerca de 70°C até cerca de 100°C, preferencialmente a cerca de 70°C. Solventes apróticos típicos incluem dimetilformamida, tetra-hidrofurano, acetonitrilo, sulfóxido de dimetilo e outros semelhantes. Um solvente preferido é o acetonitrilo. Reagentes promotores de retro-aldol preferidos são N-óxido de trimetilamina e hidrato de N-óxido de trimetilamina. O reagente promotor de retro-aldol mais preferido é o hidrato de - 15- - 15- Λ'ή
C N-óxido de trimetilamina. Esta reacção é prcferencialmeute realizada após protecção do hidroxilo aminal (Rxl) do composto de fórmula IC. O grupo protcctor de hidroxilo pode ser removido após remoção do(s) grupo(s) b-hidroxilo, utilizando procedimentos conhecidos na arte. O termo "aldol" indica uma molécula que ao mesmo tempo é um álcool c um aldeído ou cetona em que os grupos funcionais hidroxilo e carbonilo cstào cm átomos de carbono adjacentes como ilustrado adiante. Assim, tal como aqui utilizado, o termo "grupo b-hidroxilo" refere-se a uma unidade álcool incluindo o carbono-b e o grupo funcional hidroxilo que está ligado ao carbono-b de acordo com a estrutura geral seguinte:
> substrato retro-aldol em que: R1 e R2 são independentemente hidrogénio ou metilo; R3 e R4 tomados conjuntamente com os átomos aos quais estão ligados formam um péptido cíclico.
Os compostos em que Rxl é -0-Rxl podem ser preparados a partir dos correspondentes compostos em que Rxl é hidroxilo com um álcool apropriadamente substituído na presença de um ácido para dar um composto de fórmula I em que Rxl é -0-Rxl em que Rxl é Ci-C6 alquilo, benzilo, -(CH2)2Si(CH3)3, -CH2CH=CH2, -(CH2)aCOOH, -(CH2)bNRw,Rw2, -(CH2)cPORw3Rw4 ou -[(CH^jOJrf-fCi-GOalquilo. Os compostos em que Rxl é -0-Rxl são preferencialmente preparados após remoção do(s) gmpo(s) β-hidroxilo. A - 16-
reacção é tipicamente realizada num solvente aprótico polar tal como dioxano ou sulfóxido de dimetilo a uma temperatura desde cerca de 0°C até cerca de 35°C, preferencialmente a cerca da temperatura ambiente. A escolha do solvente não é crítica desde que o solvente utilizado seja inerte à reacção em curso e que os reagentes sejam suficientemente solubilizados para efectuar a reacção desejada. Ácidos preferidos incluem ácido p-toluenossulfónico, ácido clorídrico e ácido canforsulfónico.
Os compostos em que Rxl é -(CH2)bNRwlRw2 em que Rwl e Rw2 são hidrogénio podem ser preparados através de um composto protegido em que Rxl é -(CH2)bNHRa em que Ra é um grupo protector de amino. 0 composto protegido resultante pode ser desprotegido de acordo com procedimentos conhecidos na arte.
Os compostos em que Rxl é -CH2CHOHCH2OH podem ser preparados por hidroxilação de um composto de fórmula I em que Rxl é -CH2CH=CH2 com tetróxido de ósmio na presença de um catalisador a uma temperatura na gama desde cerca de 0°C até cerca de 40°C durante cerca de uma até vinte e quatro horas numa mistura de solventes orgânico/aquoso, por exemplo dioxano/água. Catalisadores adequados incluem N-óxido de N-metilmorfolina (NMO) e outros semelhantes. Solventes típicos adequados para utilização nesta reacção incluem dimetilformamida, tetra-hidrofurano, acetato de etilo, dioxano ou uma mistura destes solventes. A escolha do solvente não é crítica desde que o solvente utilizado seja inerte à reacção em curso e que os reagentes sejam suficientemente solubilizados para efectuar a reacção desejada. A reacção é preferencialmente realizada a uma temperatura na gama desde cerca de 20°C até cerca de 30°C durante cerca de dezoito até vinte e quatro horas.
Os compostos em que R° é hidroxilo podem ser fosforilados por - 17-
reacção com um fosfato de alquilo, fenilo ou benzilo apropriadaiuente substituído para dar um composto em que R° é -0-P(0)0H-0R' em que R1 é CpCô alquilo, fenilo ou benzilo, ou por reacção com um ácido alquil, fenil ou benzil fosfónico apropriadamente substituído para dar um composto em que R° é -0-P(0)0H-R' em que R1 é Ci-C6 alquilo, fenilo ou benzilo, para dar um composto de fórmula I em que R° é um grupo de fórmula -O-P(O)OH-0R* ou -0P(0)0H-R1. Esta reacção é preferencialmente realizada após a remoção do(s) grapo(s) b-hidroxilo. O ácido fosfónico é tipicamente utilizado numa forma activada, por exemplo como um halogeneto fosfónico, preferencialmente um cloreto fosfónico. A reacção é realizada na presença de uma base tal como trimetilsilanolato de lítio (LiOTMS), bis(trimetilsilil)amida de lítio (LHMDS), piridina e outras semelhantes. A reacção é tipicamente realizada durante até uma hora a uma temperatura desde cerca de -30°C até cerca de 0°C num solvente aprótico tal como tetra-hidrofurano e dimetilformamida. A reacção está geralmente completa em cerca de quinze minutos quando realizada nestas condições. 0 reagente fosfato ou fosfonato é geralmente utilizado em proporções equimolares até cerca de um excesso de um mole em relação ao núcleo amino na presença de uma quantidade equimolar ou de um ligeiro excesso da base. A fosforilação do núcleo amino com grupos hidroxilo aminal desprotegidos é tipicamente realizada a temperaturas mais baixas, por exemplo desde cerca de -30°C até cerca de -15°C.
Altemativamente, os compostos em que Rxl é hidroxilo podem ser fosforilados após se proteger primeiro a unidade hidroxilo com um grupo protector de hidroxilo utilizando procedimentos conhecidos na arte. Por exemplo, a reacção é tipicamente realizada por combinação do composto com um grupo protector de hidroxilo adequado na presença de um catalisador a uma temperatura na gama desde cerca de 0°C até cerca de 40°C durante cerca de uma até cinco horas num solvente mutuamente inerte. O grupo protector de hidroxilo é geralmente utilizado numa quantidade na gama desde cerca de proporções equimolares até cerca de um excesso molar de 100 em relação com composto, preferencialmente num grande excesso molar. Catalisadores adequados incluem ácidos fortes tais como ácido p-toluenossulfónico, ácido canforsulfónico (CSA), ácido clorídrico, ácido sulfurico, ácido trifluoroacético e outros semelhantes. Solventes típicos incluem qualquer solvente orgânico tal como dioxano. A escolha do solvente não é crítica desde que o solvente utilizado seja inerte à reacção em curso e que os reagentes sejam suficientemente solubilizados para efectuar a reacção desejada. A reacção é preferencialmente realizada a uma temperatura na gama desde cerca de 20°C até cerca de 30°C durante cerca de duas a quatro horas. O composto protegido é então fosforilado tal como descrito acima. O grupo protector de hidroxilo é então removido de acordo com procedimentos conhecidos na arte para dar o composto fosforilado desejado. Por exemplo, os grupos protectores podem ser removidos por reacção com um ácido de Lewis num solvente orgânico mutuamente inerte tal como cloreto de metileno. Exemplos de ácidos de Lewis incluem brometo de trimetilsililo, eterato de trifluoreto de boro e outros semelhantes. A reacção é tipicamente realizada a uma temperatura desde cerca de 0°C até cerca de 40°C, preferencialmente a uma temperatura desde cerca de 20°C até cerca de 30°C. Um ácido de Lewis preferido é o eterato de trifluoreto de boro.
Os compostos didesoxi são preparados por remoção dos grupos benzílico e hidroxilo aminal (R*2 e Rxl, respectivamente). Os grupos hidroxilo podem ser removidos submetendo o composto não-didesoxi a um ácido forte e a um agente redutor a uma temperatura entre -5°C e 70°C, num solvente adequado. Ácidos fortes típicos incluem ácido tricloroacético, ácido trifluoroacético ou eterato de trifluoreto de boro. Um ácido forte preferido é o ácido trifluoroacético. Agentes redutores típicos incluem cianoboro-hidreto de sódio ou trietilsilano. Solventes adequados incluem cloreto de metileno, clorofórmio ou ácido acético, preferencialmente cloreto de metileno. O ácido forte deve estar presente numa - 19- - 19-
ί/ϋ/ή quantidade desde 2 até 80 mol por mol de substrato, e o agente redutor deve estai presente numa quantidade de 2 até 80 mol por mol de substrato. Este processo permite a remoção selectiva dos grupos hidroxilo aminal e benzílico.
Os péptidos cíclicos utilizados para fazer os compostos da presente invenção podem ser preparados por fermentação de microrganismos conhecidos. Por exemplo, o péptido cíclico de fórmula IB em que R', R" e Rz3 são metilo, e Rxl, Rx2, Ryl, Ry2, Ry3, Ry4 e R° são cada um hidroxilo (núcleo cíclico correspondente a A-30912A) pode ser preparado utilizando o processo pormenorizado em Abbott et al., Pat. U.S. N° Ser. 4,293,482, que aqui é dada como incorporada por citação. O péptido cíclico de fórmula IB em que R', R" e Rz3 são metilo, RxI é hidroxilo, R^ é hidrogénio, e Ryl, Ry2, Ry3, Ry4 e R° são cada um hidroxilo (núcleo cíclico correspondente a A-30912B) pode ser preparado utilizando o procedimento pormenorizado em Abbott et al., Pat. U.S. N° Ser. 4,299,763, que aqui é dada como incorporada por citação. A aculeacina pode ser preparada utilizando o procedimento pormenorizado em Mizuno et al., Pat. U.S. N° Ser. 3,978,210 que aqui é dada como incorporada por citação. O péptido cíclico de fórmula IB em que R' é -CH2C(0)NH2, R" é metilo, Rz3 é hidrogénio, e Rxl, R*2, Ryl, Ry2, Ry3, Ry4 e R° são cada um hidroxilo pode ser preparado por desacilação do péptido cíclico preparado utilizando o procedimento pormenorizado em Chen et al., Pat. U.S. N° Ser. 5,198,421, que aqui é dada como incorporada por citação. •y
Os ácidos precursores R -COOH, utilizados para acilar o núcleo amino de fórmula IB, podem ser obtidos comercialmente ou preparados de acordo com procedimentos conhecidos na arte. Por exemplo, pode fazer-se reagir um reagente ácido fenil borónico ou ácido bifenil borónico apropriadamente substituído com um reagente ácido p-halogenobenzóico na presença de um catalisador tal como tetraquis(trifenilfosfina)paládio e uma base inorgânica tal -20- -20-
(yí4/lsv*· como carbonato de potássio num solvente orgânico mutuamente inerte tal como tolueno a uma temperatura desde cerca de 20°C até à temperatura de refluxo da mistura reaccional para dar os correspondentes ácidos bifenil carboxílicos e ácidos tcrfcnil carboxílicos utilizados para preparar os compostos de fórmula I. A reacção c tipicamente realizada com proporções equimolares do reagente ácido borónico c do reagente ácido p-benzóico, ou um ligeiro excesso molar do reagente ácido p-benzóico em relação ao reagente ácido borónico, e um excesso 1-2 molar da base inorgânica. A reacção está geralmente completa após cerca de quatro até cerca dc dez horas quando realizada à temperatura de refluxo em tolueno. O reagente ácido borónico pode ser preparado por reacção de um reagente halogenofcnilo ou halogenobifenilo apropriadamente substituído com dois equivalentes dc borato de tri-isopropilo na presença de um alquil lítio, por exemplo sec-butil lítio, num solvente mutuamente inerte tal como tetra-hidrofurano. O alquil lítio é tipicamente utilizado num ligeiro excesso molar relativamente ao reagente halogenofenilo ou halogenobifenilo. O alquil lítio é tipicamente combinado com o solvente por adição gota a gota a temperaturas reduzidas (<-70°C) e deixada com agitação durante aproximadamente trinta minutos antes da adição do borato de tri-isopropilo. A reacção é tipicamente realizada inicialmente a uma temperatura desde cerca de -100°C até cerca de -50°C, preferencialmente desde cerca de -75°C até cerca de -85°C durante cerca de trinta minutos até duas horas e depois aquecida até à temperatura ambiente e deixada reagir durante mais uma até três horas. A reacção está geralmente completa em desde vários minutos até cerca de quatro horas. Quando a reacção está substancialmente completa, a unidade de ácido borónico é formada pela adição de um ácido. Um ácido preferido é uma solução 1 N de ácido clorídrico.
Os ácidos carboxílicos, R2-COOH, que têm uma unidade acetileno
-21 -podem ser preparados fazendo reagir um reagente acetileno apropriadamente substituído com um reagente fenilo ou bifenilo apropriadamente substituído de fórmula
em que L é um grupo de saída adequado tal como bromo, iodo, metanossulfonato, toluenossulfonato, trifluorometanossulfonato e outros semelhantes, na presença de um catalisador e preferencialmente na presença de um captador de ácido num solvente mutuamente inerte tal como acetonitrilo. Exemplos de captadores de ácidos incluem trietilamina e piridina, preferencialmente trietilamina. Um catalisador preferido é formado in situ a partir de cloreto de paládio(II), trifenilfosfma e iodeto de cobre(I). A reacção é tipicamente realizada durante trinta minutos até vinte e uma horas a uma temperatura desde cerca da temperatura ambiente até à temperatura de refluxo da mistura reaccional. A reacção está geralmente completa após cerca de duas até cerca de seis horas quando realizada à temperatura de refluxo.
Altemativamente, pode fazer-se reagir um reagente fenilo apropriadamente substituído de fórmulahalogeno—^ ^—L com um reagente acetileno apropriadamente substituído tal como descrito acima para dar, por exemplo, um composto de fórmula
que pode ser acoplado com um reagente ácido fenilborónico tal como descrito acima.
Os Exemplos e Preparações seguintes descrevem adicionalmente como sintetizar os compostos da presente invenção. Os termos ponto de fusão, \ -22- espectros de ressonância magnética nuclear de protão, espectros de massa, espectros no infravermelho, espectros no ultravioleta, análise elementar, cromatografia líquida de alta pressão, e cromatografía em camada fina são abreviados por "p.f.", "RMN", "MS", "IV", "UV", "Análise", "HPLC", e "TLC", rcspcctivamente. Além disso, os máximos de absorção listados para os espectros no IV são apenas os de interesse e não todos os máximos observados.
Exemplo Comparativo 1 A. Preparação do composto de fórmula IC em que R1. R" e R23 são cada um metilo. Rxl e R*2 são cada um hidroxilo. Ryl. Ry2. Ry3 e Ry4 são cada um hidroxilo. R° é hidroxilo e R2 é
O (CH2) 4CH3
Os derivados N-acilo de péptidos cíclicos listados na Tabela 3, adiante foram preparados por dissolução de de 348,1 g (60,2 mmol) do núcleo A30912A (composto de fórmula IB em que R', R" e Rz3 são cada um metilo, Rxl e R*2 são cada um hidroxilo, Ryl, Ry2, Ry3 e Ry4 são cada um hidroxilo, e R° é hidroxilo) e 26,0 g (48,2 mmol) do éster de 2,4,5-triclorofenol do ácido [[(4"-pentiloxi)-l,r:4',r’-terfenil]-4-carboxílico, em 8,5 L de dimetilformamida. A mistura reaccional resultante foi agitada durante aproximadamente 48 horas à temperatura ambiente e o solvente foi então removido sob vácuo para dar um resíduo. Este resíduo foi suspenso em éter, recolhido por filtração, lavado com cloreto de metileno e depois dissolvido em metanol ou numa mistura de acctonitrílo/ógua 1:1 (v/v). A solução resultante foi submetida a HPLC de fase -23- Ι/ίΛη reversa (Ci8; eluente de acetonitrilo aquoso a 20-40% contendo 0,5% de fosfato de amónio monobásico (p/v); 20 mL/min; 230 rnn). Após remoção do núcleo A30912A que não reagiu, o produto desejado foi eluído da coluna usando um eluente de acetonitrilo aquoso. As fracções contendo o produto desejado são combinadas e em seguida reduzidas até à secura sob vácuo para dar o núcleo acilado desejado.
Rendimento: 18 g. MS (FAB): 1140,5103 (M+1). B. Preparação do composto de fórmula IC em que R'. R” e Rz3 são cada um metilo. Rxl e Rx2 são cada um hidrogénio. Ryl. Ry2. Ry3 e Ry4 são cada um Π 7 hidroxilo. R é hidroxilo e R é — V" o (CH2) 4ch3 A uma mistura de 5 g (4,4 mmol) do composto preparado no Exemplo IA e 17 mL de ácido trifluoroacético em 250 mL de cloreto de metileno, adicionou-se 35 mL de trietilsilano. Quando a reacção estava substancialmente completa, tal como indicado por HPLC (Q8, eluente de 55% de acetonitrilo; 2 mL/min; 280 nm; RT (material de partida) = 4,19 min; RT (produto) = 6,40 min), a mistura reaccional foi concentrada sob vácuo para dar um sólido. Este sólido foi suspenso em 100 mL de acetona aquosa a 50% e depois dissolvido por ajustamento do pH da mistura para aproximadamente pH 7. A solução resultante foi vertida num grande volume de água (aproximadamente 1 litro) resultando na precipitação de um sólido branco. Este sólido foi isolado por filtração através de um funil de vidro sintetizado, lavado com éter dietílico e -24-
depois seco sob vácuo a 55°C para dar 3,718 g do composto em epígrafe. O funil foi lavado com metanol para recolher o sólido remanescente, que foi seco sob vácuo para dar mais 0,154 g do composto em epígrafe.
Rendimento: 3,872 g (79%). MS (FAB): m/e 1108,7 (M) HPLC: (eluente de 55% de acetonitrilo; 2 mL/min; 280 nm): RT = 6,43 min.
C. Preparação do composto de fórmula I em que Rzl e Rz2 são cada um hidrogénio. R23 é metilo. Rxl e R*2 são cada um hidrogénio. Ryl. Ry2. Ry3 e Ry4 são cada um hidroxilo. R° é hidroxilo e R2 é
O composto preparado no Exemplo 1B foi dissolvido numa mistura
1:1 de acetonitrilo e dimetilformamida. A esta solução, adicionou-se hidrato de TNO (1,6 g, 14,3 mmol) de uma só vez. A mistura reaccional foi aquecida a 100°C durante 48 horas após o que a mistura foi arrefecida até à temperatura ambiente e concentrada até aproximadamente metade do seu volume original. O resíduo em bruto foi dissolvido com ácido acético e purificado por HPLC preparativa de fase reversa para dar 150 mg de produto final (52%). O hidrato de TNO converteu os dois resíduos de treonina em resíduos de glicina e deixou inalterada a homotirosina tal como confirmado por espectrometria de massa com bombardeamento por átomos rápidos, que confirmou o peso molecular do produto com a fórmula química C54H65N7Oi3: calculada - 1020,1; encontrada -1020,8. (M+H).
Exemplo Comparativo 2
Preparação Alternativa do composto de fórmula I em que Rzl e Rz2 são cada um hidrogénio. Rz3 é metilo. Rxl e Rx2 são cada um hidrogénio. Ryl. Ry2. Ry3 e Ry4 são λ >y cada um hidroxilo. R é hidroxilo e R é
O composto preparado no Exemplo 1B foi dissolvido em 20 mL de uma mistura 1:1 de acetonitrilo e dimetilformamida. A esta solução, adicionou-se di-hidrato de N-óxido de trimetilamina (2,51 g, 22,6 mmol) de uma só vez. A mistura reaccional foi aquecida a 100°C durante 24 horas num tubo selado após o que a mistura foi arrefecida até à temperatura ambiente e concentrada até aproximadamente metade do seu volume original. O resíduo em bruto foi isolado por filtração e depois lavado com dimetilformamoda fria. O filtrado resultante foi seco sob vácuo para dar um resíduo. Este resíduo foi purificado utilizando HPLC de fase reversa (coluna radial de 3x40x10, eluente de 50% de acetonitrilo em água, 60 mL/min, 280 nm) para dar 330 mg de produto final (72%). A espectrometria de massa com bombardeamento por átomos rápidos confirmou o peso molecular do produto com a fórmula química C54H65N7O13: calculada -1020,1; encontrada - 1020,4 (M+H).
Os compostos de fómula I têm actividade antifungica. Por exemplo, os compostos de fórmula I inibem o crescimento de vários fungos infecciosos incluindo Candida spp. tal como C. albicans, C. parapsilosis, C. krusei, C. glabrata, ou C. tropicalis, C. lusitaniae; Torulopus spp. tal como T. glabrata; Aspergillus spp. tal como A. fumigatus\ Histoplasma spp. tal como H. capsulatum\ Crypíococcus spp. tal como C. neoformans\ Blastomyces spp. tal como B. dermatitidis; Fusarium spp., Trichophyton spp., Pseudallescheria boydii, Coccidioides immitis, Sporothrix schenckii e outros semelhantes. A actividade antifúngica de um composto de teste é determinada in vitro obtendo a concentração inibidora mínima (MIC) composto utilizando um ensaio corrente de diluição em agar ou um ensaio de difusão com discos. O composto é então testado in vivo (em murganhos) para determinar a dose eficaz de composto de teste para controlar uma infecção fúngica sistémica.
Em conformidade, o composto preparado no Exemplo 1C foi testado quanto à actividade antifúngica contra C. albicans. A concentração inibidora mínima (MIC) deste composto contra C. albicans era de 0,312 (pg/mL).
Além disso, a dose eficaz do composto preparado no Exemplo 1C, para controlar uma infecção fúngica sistémica (C. albicans) foi testada in vivo (murganhos). A ED50para este composto era >2,5.
Os compostos de fórmula I são activos in vitro e in vivo e são úteis para combater tanto infecções fúngicas sistémicas tais como infecções fúngicas da pele. Em conformidade, a presente invenção proporciona um método para a inibição de actividade fúngica compreendendo fazer contactar um composto de fórmula I, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável, com um fungo. Um método preferido inclui a inibição da actividade de Candida albicans ou de Aspergillus fumigatus. A presente invenção proporciona adicionalmente um método para o tratamento de uma infecção fúngica que compreende a administração de uma quantidade eficaz de um composto de fórmula I, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável, a um hospedeiro necessitado desse tratamento. Um método preferido inclui o tratamento de uma infecção por Candida albicans ou por Aspergillus fumigatus.
LÂ/W -27-
No que respeita à actividade antifúngica, o termo "quantidade eficaz", significa uma quantidade de um composto da presente invenção que é capaz dc inibir a actividade fúngica. A dose administrada variará dependendo de factorcs tais como a natureza e gravidade da infecção, a idade e estado geral de saúde do hospedeiro e a tolerância do hospedeiro ao agente antilungico. O regime particular dc dose analogamente pode variar de acordo com esses factores e pode ser administrado numa dose diária única ou em doses múltiplas durante o dia. O regime pode durar desde cerca de 2-3 dias até cerca de 2-3 semanas ou mais. Uma dose diária típica (administrada numa dose única ou em doses divididas) conterá um nivcl de dosagem de desde cerca de 0,01 mg/kg até cerca de 100 mg/kg dc peso corporal de um composto activo desta invenção. As doses diárias preferidas geral mente serão desde cerca de 0,1 mg/kg até cerca de 60 mg/kg e idealmcntc desde cerca de 2,5 mg/kg até cerca de 40 mg/kg. A presente invenção também proporciona formulações farmacêuticas úteis para administração dos compostos antifungicos da invenção. Em conformidade, a presente invenção também proporciona uma formulação farmacêutica compreendendo um ou mais veículos, diluentes ou excipientes farmaceu-ticamente aceitáveis e um composto de acordo com a reivindicação 1. O princípio activo nessas formulações compreende desde 0,1% até 99,9% em peso da formulação, mais geralmente desde cerca de 10% até cerca de 30% em peso. Por "farmaceuticamente aceitável" significa-se que o veículo, diluente ou excipiente é compatível com os outros componentes da formulação e não é nocivo para quem o recebe.
Um composto de fórmula 1 pode ser administrado parenterica-mente, por exemplo utilizando injecção intramuscular, subcutânea, ou intraperi-toneal, meios orais ou nasais. Para além destes métodos de administração, um composto de fórmula I pode ser aplicado topicamente para infecções da pele.
Para administração parenlérica a formulação compreende um composto de fórmula I e um diluente fisiologicamente aceitável tal como água desionizada, soro fisiológico, dextrose a 5% ou outros diluentes utilizados correntemente. A formulação pode conter um agente solubilizante tal como um polietileno glicol ou polipropileno glicol ou outro agente solubilizante conhecido. Essas formulações podem ser embaladas em frascos estéreis contendo o agente antifúngico e o excipiente numa forma de pó seco ou de pó liofilizado. Antes da utilização, adiciona-se um diluente fisiologicamente aceitável e a solução é retirada por meio de uma seringa para administração ao doente.
As presentes formulações farmacêuticas são preparadas por procedimentos conhecidos utilizando componentes conhecidos e prontamente disponíveis. Na preparação das composições da presente invenção, o princípio activo será geralmente misturado com um veículo, ou diluído num veículo, ou encerrado dentro de um veículo que pode ser na fórmula de uma cápsula, "sachet", papel ou outro recipiente. Quando o veículo serve como diluente, pode ser um material sólido, semi-sólido ou líquido que actua como veículo, excipiente ou meio para o princípio activo. Assim, as composições podem ser na forma de comprimidos, pílulas, pós, pastilhas, "sachets", "cachets", elixires, suspensões, emulsões, soluções, xaropes, aerossóis, (como um sólido ou num meio líquido), pomadas contendo, por exemplo, até 10% em peso do princípio activo, cápsulas de gelatina mole e dura, supositórios, soluções injectáveis estéreis, pós estéreis empacotados e outros semelhantes.
Para administração oral, o composto antifungico é embalado em cápsulas de gelatina ou formado em comprimidos. Esses comprimidos também podem conter um agente ligante, um dispersante ou outros excipientes adequados apropriados para a preparação de comprimidos de tamanho adequado para a dosagem e o composto antifungico particular de fórmula I. Para utilização pediátrica ou geriátrica o composto antifungico pode ser formulado numa -29-
suspensão, solução ou emulsão líquida aromatizada. Uma formulação oral preferida é ácido linoleico, Cremophor RH-60 e água e preferencialmente na quantidade (em volume) de 8% de ácido linoleico, 5% de Cremophor RH-60, 87% de água estéril e um composto de fórmula I numa quantidade desde cerca de 2,5 até cerca de 40 mg/mL.
Para utilização tópica o composto antifungico pode ser formulado num pó seco para aplicação na superfície da pele ou pode ser formulado numa formulação líquida compreendendo um líquido aquoso ou num líquido não-aquoso solubilizantes, e.g. um álcool ou glicol.
Os seguintes exemplos de formulações são apenas ilustrativos e não têm a intenção de limitar o âmbito da invenção por qualquer forma. O termo "princípio activo" significa um composto de fórmula I ou um seu sal farmaceu-ticamente aceitável.
Formulação 1
Prepara-se cápsulas de gelatina dura utilizando os seguintes componentes:
Quantidade (mg/cápsula) 250 200 10 460 mg
Princípio activo Amido, seco Estearato de magnésio Total -30-
J
Formulação 2
Prepara-se um comprimido utilizando os componentes a seguir:
Quantidade fmg/cápsula') 250 200 10 5 665 mg
Princípio activo Celulose, microcristalina Dióxido de silício, micronizado Acido esteárico Total
Os componentes são misturados e sujeitos a compressão para formar comprimidos cada um pesando 665 mg.
Formulação 3
Prepara-se uma solução em aerossol contendo os seguintes componentes:
Peso Princípio activo 0,25 Metanol 25,75 Propulsor 22 (Clorodifluorometano) 74.00
Total 100,00 -31 - -31 -
/ . ΙΑΊη Ο princípio activo é misturado com etanol e a mistura adicionada a uma porção do propulsor 22, arrefecida até -30°C e transferida para um dispositivo de enchimento. A quantidade necessária é alimentada a um recipiente de aço inoxidável e diluída com o restante propulsor. As unidades da válvula são então instalados no recipiente.
Formulação 4
Prepara-se comprimidos, contendo cada um 60 mg de princípio activo, como se segue:
Princípio activo 60 mg Amido 45 mg Celulose microcristalina 35 mg Polivinilpirrolidona (como solução a 10% em água) 4 mg Carboximetil amido de sódio 4,5 mg Estearato de magnésio 0,5 mg Talco 1 mg Total 150 mg O princípio activo, o amido e a celulose são passados através de um crivo de malha U.S. N° 45 e bem misturados. A solução aquosa contendo polivinilpirrolidona é misturada com o pó resultante, e a mistura é então passada através de um crivo de malha U.S. N° 14. Os grânulos assim produzidos são secos a 50°C e passados através de um crivo de malha U.S. N° 18.0 carboximetil amido de sódio, o estearato de magnésio e o talco, previamente passados através -32- /, ί/ΐΑΊή de um crivo de malha U.S. N° 60, são então adicionados aos grânulos que, após mistura, são comprimidos numa máquina para comprimidos para produzir comprimidos cada um pesando 150 mg.
Formulação 5
Prepara-se cápsulas, contendo cada uma 80 mg de princípio activo, como se segue: 80 mg 59 mg 59 mg —2 mg 200 mg
Princípio activo Amido
Celulose microcristalina Estearato de magnésio Total O princípio activo, a celulose, o amido e o esterato de magnésio são misturados, passados através de um crivo de malha U.S. N° 45, e embalados em cápsulas de gelatina dura em quantidades de 200 mg.
Formulação 6
Prepara-se supositórios, contendo cada um 225 mg de princípio activo, como se segue: 225 mg 2000 me 2225 mg
Princípio activo
Glicéridos de ácidos gordos saturados Total -33-
O princípio activo é passado através de um crivo de malha U.S. N° 60 e suspenso nos glicéridos de ácidos gordos saturados previamente fundidos usando o calor mínimo necessário. A mistura é então vertida num molde para supositório com uma capacidade nominal de 2 g e deixada arrefecer.
Formulação 7
Prepara-se suspensões, contendo cada uma 50 mg de princípio activo por dose de 5 mL, como se segue:
Princípio activo 50 mg
Carboximetilcelulose de sódio 50 mg
Xarope 1,25 mL
Solução de ácido benzóico 0,10 mL
Aroma q.v.
Corante q.v.
Agua purificada para o total 5 mL O princípio activo é passado através de um crivo de malha U.S. N° 45 e misturado com a carboximetilcelulose de sódio e o xarope para formar uma pasta homogénea. Dilui-se a solução de ácido benzóico, o aroma e o corante com uma porção de água e adiciona-se, com agitação. Adiciona-se água suficiente para produzir o volume necessário. -34-
Formulacão 8
Prepara-se uma formulação intravenosa como se segue:
Principio activo 100 mg
Soro fisiológico isotónico 1000 mL A solução dos componentes acima referidos geralmente é administrada intravenosamente a um indivíduo a uma velocidade de 1 mL por minuto.
Lisboa, 11 de Janeiro de 2001
LUIS SILVA CARVALHO Agente Oficia! da Propriedade Industrial RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA

Claims (4)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Composto de fórmula I:
    Rzl e Rz2 são ambos hidrogénio; Rz3 é hidrogénio ou metilo; Rxl é hidrogénio; Rx2 é hidrogénio; Ryl, Ry2, Ry3 e Ry4 são independentemente hidroxilo ou hidrogénio; R° é hidroxilo, -0P(0)(0H)2 ou um grupo das fórmulas: 9 0 I OH ou OR1 OH R1 é CrC6 alquilo, fenilo, p-halogeno-fenilo, p-nitrofenilo, benzilo, p-halogeno-benzilo ou p-nitro-benzilo; -2-
    R3c e R3d são independentemente hidrogénio, C1-C12 alquilo, C2-C12 alcinilo, C2-Ci2alcoxi ou -0-(CH2)2-0-(CrCi2 alquilo); ou um seu sal farmaceuticamente aceitável.
  2. 2. Composto de acordo com a reivindicação 1, em que:
    ou um seu sal farmaceuticamente aceitável.
  3. 3. Formulação farmacêutica compreendendo um composto de fórmula I, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável, de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 2, associado a um ou mais veículos, diluentes ou excipientes farmaceuticamente aceitáveis.
  4. 4. Composto de fórmula I, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável, de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 2, para utilização como um fármaco. Lisboa, 11 de Janeiro de 2001 LUIS SILVA CARVALHO Agente Oficial da Propriedade Industria! RUA VICTOR CORDON. 14 ionn nsnnA
PT96305345T 1995-07-25 1996-07-22 Agentes antifungicos peptidos ciclicos PT757058E (pt)

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