PT706969E - Ascensor com cabina montada num chassis numa disposicao posterior - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "ASCENSOR COM CABINA MONTADA NUM CHASSIS NUMA DISPOSIÇÃO POSTERIOR" O presente invento compreende um ascensor com uma cabina que é guiada numa disposição posterior montada num chassis, de acordo com o conceito da reivindicação 1. O documento DE 4131668 Cl descreve um ascensor deste tipo cujo cabo de tracção abrange uma polia fixa, colocada sobre o chassis e outra livre, colocada sobre o contrapeso, e a extremidade livre do cabo de tracção inserindo-se numa lança ou numa longarina da cabina. Os cabos de tracção passam na vertical, entre as polias e os pontos de fixação; contudo, os eixos das polias fixas formam um ângulo em relação às polias colocadas sobre o contrapeso, de modo que a fixação dos cabos à cabina fica fora do plano do chassis, na zona do poço e está deslocada em relação ao plano central vertical da cabina. Quando a cabina se encontra vazia ou carregada uniformemente, ocorre uma força, que procura bloquear a cabina. Os cabos de tracção paralelos, também são desviados do seu plano comum, o que provoca diferentes tensões nos cabos ao longo de todo o curso da cabina. A longarina, por meio da qual as extremidades do cabo se encontram fixados à cabina localiza-se entre a cabina e o chassis e reduz, desse modo, a profundidade útil da cabina. O presente invento pretende criar uma cabina, que permita que os cabos ataquem simetricamente a cabina e que todos os componentes de -2- accionamento e da suspensão da cabina fiquem localizados dentro da zona de profundidade ocupada pelo chassis. A solução desta tarefa obedece às premissas apresentadas na reivindicação 1. Nas restantes reivindicações fazem-se a descrição de configurações importantes.

De acordo com as sugestões do presente invento, cada metade dos cabos de tracção é passada no chassis, à direita e à esquerda, atacando uma peça de guia da cabina, que passa pela peça plana do chassis, ou numa das consolas que suportam a cabina. A área do poço do ascensor que não é ocupada pelo chassis, encontra-se livre de componentes, de modo que o espaço livre sobre a cabina na altura máxima, requer o menor espaço possível. A quantidade de voltas de cabo consumidoras de energia é a habitual nestes casos, correspondendo duas polias para cada cabo, sendo que só os cabos para um ataque simétrico de força são distribuídos pelos dois lados externos da peça de guia. A configuração do cabo de tracção do presente invento é própria para o accionamento por êmbolo, com o qual o contrapeso é puxado para baixo por um êmbolo hidráulico, para deslocar a cabina para cima, enquanto que o movimento descendente da cabina é efectuado pelo próprio peso, dimensionado sufi cientemente maior do que o peso do contrapeso. Contudo, o invento pode ser aplicado também noutros tipos de accionamento.

Seguidamente, esclarece-se o invento com base num exemplo e num desenho. Neste, é mostrado:

Fig. 1 uma vista esquemática de frente do ascensor; -3-

Fig. 2 uma vista do chassis, de cima.

De acordo com o presente invento, o ascensor destina-se a ser instalado no poço 1 do ascensor de um edifício. Devido ao tipo específico do elemento de guia, a cabina é acessível por três lados. Na fig. 1 sugere-se na parede do lado direito do poço em 2 e 3, aberturas destinadas às portas laterais; aberturas semelhantes podem também ser configuradas na parede do lado direito e frontal. Na fig. 1 encontram-se representados somente 2 pisos para melhor visualização, nos quais a construção, de acordo com o invento, não está limitada.

Na parede posterior do poço 1 encontra-se fixado um chassis 4, no qual a cabina e o contrapeso são guiados. O chassis 4, consiste de uma viga 5 inferior, uma viga 6 superior e as guias de guiamento vertical 7 e 8, à direita e à esquerda. Não estão representados ou identificados no desenho quaisquer outros elementos de reforço ou de estabilização.

No chassis encontra-se guiada uma consola 9 na vertical, sobre cuja parte inferior, que se salienta encontra-se apoiada e fixa uma cabina, que está representada a tracejado na fig. 1 para melhor visualização. O chassis 4 e a consola 9 podem constituir um semiconjunto, que pode ser instalado inteiro no poço de ascensor existente ou, tratando-se de grandes alturas, a instalação poderá ser feita por componentes ajustáveis. A consola 9 consiste de uma moldura vertical que forma uma peça de guiamento; instalados na moldura estão peças adicionais, que se salientam na parte posterior do chassis 4 e que são guiadas nas guias 7 e 8. Na fig. 2 encontra-se referenciada com o 11 a peça adicional superior direita e com 12 a peça adicional esquerda. -4-

No chassis 4 encontram-se, também, mais duas guias 13 e 14 dispostos a uma distância umas das outras menor do que a das guias 7 e 8. As guias 13 e 14 servem de guiamento ao contrapeso 15. O movimento oposto da consola 9 com a cabina 10 e o contrapeso 15 processa-se por meio de um cabo de tracção. O cabo de tracção consiste, no exemplo aqui descrito, de quatro cabos individuais, podendo contudo ser constituído por mais ou menos cabos. Apenas é necessário que seja um número par de cabos.

Ao cabo de tracção pertencem ainda quatro polias, em que cada uma funciona com um par de cabos possuindo, por isso, dois gomes.

Sobre a viga superior 6 do chassis 4 encontra-se uma polia da direita 16 rodando em tomo de um eixo 17 e uma polia da esquerda 18 rodando em tomo de um eixo 19. Os eixos 17 e 19 são paralelos entre si, sendo que a sua distância e os diâmetros das rolete polias 16 e 18 estão dimensionados de tal ordem, que as polias não se sobrepõem. Como se verifica na fig. 2 as polias 16 e 18 estão desalinhadas entre si no sentido de profundidade do poço 1. Duas outras polias 20 e 21 estão apoiadas sobre o lado superior do contrapeso 15, num eixo comum 22, rodando livre e independentemente uma da outra. O eixo 22 é paralelo aos eixos 17 e 19 e as polias 20 e 21 estão dispostas de forma a que a polia (anterior) 20 se encontre num plano com a polia 18 esquerda sobre a viga 6 e a polia (posterior) 21 num plano com a polia 16 do lado direito.

Na viga superior 6 encontram-se sob as polias 16 e 18 as flanges 23 e 24 nas quais se encontram fixadas as extremidades de cada cabo. A partir daí, os cabos têm o curso seguinte: -5-

Os cabos 25a, 25b fixados à flange 23 seguem para a polia 20 que se encontra sobre o contrapeso 15, à frente e envolvem a polia na zona inferior, num ângulo de cerca de 180°, da direita para a esquerda. A partir da polia 20 os cabos 25a e 25b correm paralelamente para a polia superior esquerda 18, através da qual são guiadas da direita para a esquerda. Seguidamente, os cabos 25a, 25b descem até à peça 12 da consola 9 e são lá fixados. O outro par de cabos 26a e 26b segue um curso correspondentemente simétrico desde a flange 24, polias 21 e 16 até à peça 11.

Do ponto de vista físico, este sistema trata-se de uma talha com duas roldanas, uma livre e outra fixa, das quais a roldana livre absorve, a meio curso, o dobro da carga. Para obtenção de um equilíbrio estático de forças deveria, consequentemente, o contrapeso 15 ter o dobro do peso da consola 9 com a cabina 10.

No exemplo descrito neste trabalho, o contrapeso é, porém, mais leve do que seria necessário para compensação do peso da cabina vazia, afim de que, no accionamento, pudesse ser aplicado o conhecido princípio do êmbolo de tracção. Neste caso, encontra-se instalado verticalmente, sob o contrapeso 15, um cilindro hidráulico 27, cuja haste do êmbolo 28 só pode ser alimentada com pressão, no sentido de descida. Para subida do ascensor, o cilindro hidráulico 27 é alimentado com pressão, de modo a que o contrapeso 15 seja puxado para baixo e a cabina 10 deslocada para cima num curso duplo. Na marcha descendente, o cilindro hidráulico 27 é aliviado da carga e a cabina desloca-se para baixo sob a acção do seu próprio peso, sendo que a regulação da velocidade e da carga é efectuada através da válvula de descarga do cilindro hidráulico 27. -6-

Também se pode utilizar outra espécie de accionamento, como seja, p. ex. um accionamento por motor nas polias 16, 18 ou 20, 21 em sentido inverso. Também é possível aplicar no contrapeso 15 um accionamento por veio ou por cremalheira.

Como se verifica no desenho, os cabos 25a, 25b e 26a e 26b atacam simetricamente nas laterais da consola que suporta a cabina 10, de modo que, mesmo com carga desigual da cabina, não ocorrem forças bloqueadoras laterais. Os cabos movimentam-se por toda a sua extensão e por toda a amplitude do seu movimento, paralelos uns aos outros, e num plano, dentro do espaço tomado pelo chassis 4, sendo que o espaço restante do poço pode ser utilizado sem restrições pela cabina.

Listagem de identificação dos componentes 1 Poço do ascensor 2 Abertura da porta 3 Abertura da porta 4 Chassis 5 Viga inferior 6 Viga superior 7 Guia da direita 8 Guia da esquerda 9 Consola 10 Cabina 11 Peça acessória da direita -7- 12 Peça acessória esquerda 13 Guia direita 14 Guia esquerda 15 Contrapeso 16 Polia direita 17 Eixo 18 Polia esquerda 19 Eixo 20 Polia 21 Polia 22 Eixo 23 Flange 24 Flange 25a, b Cabos 26a, b Cabos 27 Cilindro hidráulico 28 Haste do êmbolo

Lisboa, 11 de Setembro de 2000

JORGE CRUZ Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA

Claims (9)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Ascensor com uma cabina (10) guiado num chassis, um contrapeso (15) guiado entre as guias (7, 8) da cabina e um sistema de tracção, cujos cabos (25a, 25b, 26a, 26b) são fixados numa extremidade no espaço superior do poço do ascensor (1), passando numa polia colocada sobre o contrapeso e atacando com a outra extremidade uma peça de guia da cabina, caracterizado por se encontrarem, sobre o contrapeso (15) duas polias com o mesmo eixo (20, 21) e na viga superior (6) duas polias (16, 18) de eixo paralelo, de modo que o mesmo número de cabos é guiado na polia sobre o contrapeso e na viga e que as extremidade do cabo que atacam na peça de guia da cabina estão fixadas simetricamente às extremidades laterais da peça de guia, no plano longitudinal central da cabina (10)
2. 2. Ascensor de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado por a cabina (10) se encontrar colocada sobre uma consola (9) guiada no chassis (4) e por as extremidades dos cabos se encontrarem fixadas à peça de guia (11, 12) da consola, que passa no chassis.
3. 3. Ascensor de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por todos os cabos do sistema de tracção passarem num plano dentro do chassis (4). -2-
4. 4. Ascensor, de acordo com as reivindicações 1 a 3, caracterizado por os cabos da zona superior do poço (1) estarem fixados, sob as polias, à viga (6) que suporta as polias (16,18).
5. 5. Ascensor, de acordo com a reivindicação precedente, 4, caracterizado por, a partir do lado da cabina (10), visto a partir do chassis (4), os cabos (25a e 25b), fixados na viga transversal superior (6), passam da direita para a esquerda em volta da roldana (20), sobre o contrapeso (15), passando daí, através da roldana esquerda (18), sobre a viga (6), passando da direita para a esquerda e, depois, para baixo, por uma saliência (12) na extremidade esquerda da guia, à qual estão fixadas as suas outras extremidades, e que os cabos (26a, 26b) fixados sob a roldana esquerda (18), sobre a viga (6) têm um curso correspondentemente simétrico.
6. 6. Ascensor, de acordo com as reivindicações precedentes 1 a 5, caracterizado por as roldanas (16, 18) sobre a viga superior (6) apresentarem um diâmetro e uma distância entre eixos, que não se sobrepõem.
7. 7. Ascensor, de acordo com as reivindicações 1 a 6, caracterizado por o contrapeso (15) ter menos do dobro do peso da cabina (10) e, possivelmente, a consola (9) e que a haste do êmbolo (28) de um cilindro hidráulico (27) ataca o contrapeso por baixo.
8. 8. Ascensor, de acordo com uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por estar previsto um accionamento que move em sentido oposto as roldanas (16,18) colocadas sobre a viga (6). -3-
9. 9. Ascensor, de acordo com as reivindicações 1 a 6, caracterizado por as roldanas (20,21) sobre o contrapeso (15) serem accionadas. Lisboa, 11 de Setembro de 2000 V JORGE CRUZ Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA