PT699494E

PT699494E - Ferramenta

Info

Publication number: PT699494E
Application number: PT95112847T
Authority: PT
Original assignee: Mapal Fab Praezision
Priority date: 1994-09-01
Filing date: 1995-08-16
Publication date: 2000-06-30
Also published as: EP0699494B1; JP3549638B2; TW272954B; CA2156334A1; CZ222495A3; JPH0885034A; DE4431149C2; KR100377849B1; HUT72768A; DK0699494T3; HU220801B1; KR960010172A; HU9502563D0; BR9503883A; DE59507835D1; ATE189869T1; RU2139169C1; EP0699494A1; CZ287641B6; CA2156334C

Description

r DESCRIÇÃO "FERRAMENTA" A invenção refere-se a uma ferramenta, em especial uma ferramenta para o trabalho de precisão de metal, com arranque de apara, com duas ferramentas parciais, introduzidas uma na outra, de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1; ver US-A 5 044 841.

As ferramentas do tipo aqui mencionado são designados como "Feed-out System". Apresenta uma ferramenta situada exteriormente, também chamada cabeça da ferramenta, em cujo interior é colocado axialmente, em especial na direcçâo do eixo de rotação das duas partes da ferramenta, uma ferramenta parcial, designada por ferramenta interior, que pode deslizar no interior da ferramenta exterior. A cabeça da ferramenta é accionada por um eixo especial, em cujo interior se prevê um eixo interior para o accionamento da ferramenta interior. O eixo interior pode deslocar-se axialmente na direcçâo do eixo de rotação, de modo que a ferramenta interior pode deslocar-se em relação à cabeça da ferramenta. Os eixos previstos para estes "Feed-out-Systems" são de construção muito dispendiosa e caracterizam-se por ter um grande comprimento. Portanto, o custo destes eixos é muito elevado. Exigem portanto construções muito caras das máquinas-ferramentas onde tais "Feed-out systems" devem ser utilizados. Um outro inconveniente gravoso destes sistemas é que as ferramentas dos sistemas "Feed-out" deste tipo só podem ser substituídos manualmente, de modo que são necessários tempos longos para a substituição, o que é pouco económico. 1 t

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Pelo contrário, o objectivo da presente invenção consiste em proporcionar uma ferramenta do tipo aqui mencionado, que apresenta uma construção substancialmente mais simples e possível de ser utilizada em estações de processamento automático.

Este problema é resolvido, numa ferramenta do tipo mencionado na introdução por meio das caracteristicas definidas na reivindicação 1. Equipando-se as ferramentas parciais com uniões de acoplamento, que tornam possível a substituição automática da ferramenta, a ferramenta constituída pelas duas partes de ferramenta, pode ser utilizada universalmente, visto que não são necessários passos de trabalho para a substituição. Diversas ferramentas deste tipo podem ser utilizados tanto com trens de transferência como em estações de trabalho automáticas.

Devido ao ajuste sem folgas das duas partes da ferramenta, garante-se que as forças de accionamento que actuam na ferramenta exterior, ou cabeça da ferramenta, são transmitidas à ferramenta situada no interior, ou ferramenta interior. Isto é, o accionamento da ferramenta situada no interior, ou ferramenta interior. Isto é, o accionamento da ferramenta situada no interior é garantido directamente pela ferramenta situada no exterior, de modo que os eixos especiais, como os que eram necessários nos "feed-out-systems" conhecidos, já não são um requisito prévio para a utilização destas ferramentas. É preferido um exemplo de realização da ferramenta no qual o ajuste sem folga entre as partes da ferramenta é realizado por meio de uma cunha múltipla, que é caracterizada por serem possíveis deslocamentos da ferramenta interior, sem inclinação. \ 2 t Γ

Uma outra forma de realização preferida da ferramenta é caracterizada por a ferramenta interior estar ligada a um accionamento que atravessa o eixo de suporte da ferramenta exterior, que torna possível um movimento axial da ferramenta situada no interior, dentro da ferramenta situada no exterior. É particularmente vantajoso que seja utilizado, para o accionamento que provoca um movimento axial da ferramenta situada no interior, um cilindro hidráulico convencional, de modo que seja possível uma realização económica desta forma de realização.

Além disso, é preferido um exemplo de realização da ferramenta no qual o accionamento que provoca o movimento axial da ferramenta situada no interior possa ser posto em rotação e que rode no mesmo sentido e com a mesma velocidade periférica que a ferramenta situada no interior. Evitando-se desse modo forças de atrito entre o accionamento e a ferramenta situada no interior, reduzindo-se além disso o desgaste da união de acoplamento para a ferramenta situada no interior, a um mínimo.

Além disso, de preferência numa forma de realização da ferramenta, a ferramenta interior deve poder acoplar-se com uma alimentação de um meio refrigerante. Garante-se desse modo que a ferramenta pode ser utilizada nos processos de trabalho convencionais.

Prefere-se de maneira particular uma forma de realização da ferramenta, na qual a alimentação do meio refrigerante pode ser ligada e desligada automaticamente. Obtém-se desse modo a possibilidade de substituir a ferramenta, com as duas partes de ferramenta introduzidas uma na outra, de maneira automática. É particularmente preferida uma forma de realização da ferramenta, na qual a alimentação do meio refrigerante possa 3 Γ L-Ci combinar-se com o accionamento que provoca o movimento axial da ferramenta colocada no interior. Isto é, o accionamento é feito como um veio oco, através do qual é conduzido o meio refrigerante. Uma tal forma de realização caracteriza-se por ter uma construção particularmente pequena e compacta.

Outras caracteristicas de aperfeiçoamento da ferramenta resultam das reivindicações secundárias.

Descrevem-se a fazendo referência representam: seguir a invenção , com mais pormenor, aos desenhos anexos, cujas figuras A fig. 1, uma esquema de principio da ferramenta, com peças de uma alimentação do meio refrigerante, bem como um dispositivo hidráulico que produz o movimento axial da ferramenta situada no interior; A fig. 2, um esquema de principio da ferramenta, com a ferramenta situada no interior introduzida; e A fig. realização de 3, uma vista de uma ferramenta. lado de um outro exemplo de A fig. 1 mostra uma ferramenta .(1), em corte parcial, com duas partes da ferramenta introduzidas uma na outra, das quais a ferramenta situada no exterior, no seguimento designada como cabeça (3) da ferramenta e a ferramenta interior, no seguimento designada por ferramenta interior (5) . A cabeça da ferramenta (3) mostra um furo (9), com o seu eixo médio ou eixo de rotação (7) coincidentes, e que serve para a recepção da ferramenta interior (5) . 0 furo (9) atravessa a cabeça da ferramenta (3) em todo o seu comprimento. No furo (9), na zona do lado de topo (11) da cabeça' da ferramenta (3) , está enfiada um casquilho, de 4 V f u

preferência um casquilho de guia de alta velocidade, cujo diâmetro exterior é substancialmente igual ao diâmetro interior do furo (9) e cujo diâmetro interior se adapta ao diâmetro exterior da ferramenta interior (5), de modo tal que esta última é guiada e suportada pelo casquilho (13) de maneira óptima, mesmo para velocidades de rotação elevadas. 0 casquilho (13) serve-se em especial para impedir um movimento de desvio lateral da ferramenta interior (5). A ferramenta interior (5) pode, por exemplo, ser formada como um mandril e dotada na sua ponta dianteira com pelo menos uma lâmina de faca e eventualmente réguas de guia correspondentes. Pode servir, por exemplo, para o trabalho interior de guias de válvulas e sedes de válvula nas cabeças dos cilindros de um motor de combustão. 0 casquilho (13) é formado de modo tal que a ferramenta interior (5) pode deslocar-se completamente para dentro do interior da cabeça (3) da ferramenta. A ferramenta interior está aqui representada na sua posição completamente saida da cabeça (3) da ferramenta. Ã ferramenta interior (5) está provida de um elemento de accionamento (15), que está encaixado na superfície interior do furo na cabeça (3) da ferramenta com um ajuste sem folga. Deste modo, transmite-se um movimento de rotação da cabeça (3) da ferramenta, isto é, não há qualquer necessidade de um accionamento separado da ferramenta interior (5), em especial de um eixo interior, que era necessário nos sistemas "Feed-out do tipo convencional. É particularmente preferido um elemento de accionamento (15) formado como um veio, com uma cunha múltipla, visto que uma estrutura desse género impede com segurança um acunhamento e/ou uma inclinação da ferramenta interior (5) no interior da cabeça da ferramenta (3), quando do movimento axial. 5 ^ L~^ ^

Na sua extremidade traseira, a ferramenta interior 5 está equipada com um dispositivo de acoplamento, aqui formado como um bico de encaixar (17). 0 bico de encaixar é formado de modo tal que pode acoplar-se um accionamento que produz um movimento axial da ferramenta interior (5) , que pode simultaneamente conduzir-se um produto refrigerante ou lubrificante num canal interior, aqui não representado, da ferramenta interior (5). A cabeça da ferramenta (3) pode ter uma configuração qualquer. Aqui podem ver-se, por exemplo, lâminas de faca (21), retidas na superfície periférica da cabeça da ferramenta (3) por meio de garras de fixação apropriadas. As lâminas de faca (21) podem também prever-se no lado de topo (11) da cabeça da ferramenta, cujos contornos exteriores podem de resto ser quaisquer.

No lado oposto ao lado de topo (11), a cabeça (3) da ferramenta está dotada com uma haste de fixação usual, aqui com uma haste oca (23), que estreita no sentido da superfície de topo (25) . A haste oca (23) é limitada por um aro de encosto usual. 0 bico de encaixe (17) está situado no interior da haste oca (23), sendo portanto acessível a um elemento de acoplamento (27), aqui formado como acoplamento de fecho rápido e apresenta um anel de acoplamento (29) que pode deslocar-se na direcção do eixo de rotação (7). A haste oca (23) é formada como nas ferramentas tradicionais e pode ser agarrada por um dispositivo de fixação (31) conhecido, aqui apenas indicado. O elemento de acoplamento (27) está colocado na extremidade de um dispositivo de accionamento (33), que pode 6

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L-Cj .. ^ deslocar- -se na direcção axial , isto é, na direcção do eixo de rotação (7) e que está, por exemplo, ligado com um cilindro hidráulico (35), com ajuste forçado, o qual é aqui apenas indicado, e condutas de saída e de entrada correspondentes (37) . O dispositivo de accionamento (33) serve para o deslocamento axial da ferramenta interior (5) na cabeça (3) da ferramenta. Na representação de acordo com a fig.l, são desacoplados o elemento de acoplamento (27) do bico de encaixe e a ferramenta (1) do dispositivo de fixação (41). O dispositivo de accionamento (33) está dotado, em qualquer ponto, com batentes (39), de preferência ajustáveis, que servem para a limitação do movimento axial do dispositivo de accionamento e têm a seu cargo obter um movimento axial definido do dispositivo de accionamento (33) . 0 batente da esquerda pode, por exemplo, limitar o movimento do dispositivo de accionamento (33) para fora, para a esquerda; o batente da direita pode servir para limitar o movimento do dispositivo de accionamento (33) para a direita. 0 batente da direita pode também servir para deslocar o dispositivo de accionamento (33) para além de uma posição final pré-determinada um pouco para a direita, a fim de deslocar o anel de acoplamento (29) para uma posição de desbloqueio, de modo que o bico de encaixe (17) se liberte para uma mudança automática da ferramenta (1) . Para isso, pode prever-se também eventualmente um terceiro batente, aqui não representado. Os batentes podem aqui explorados mecanicamente, ou colaborarem com sensores apropriados, que comandam o dispositivo de accionamento (33) ou o cilindro hidráulico (35), através de um dispositivo de comando.

De preferência, o dispositivo de accionamento (33) é acoplado com um comando do dispositivo de fixação (31), de modo que, no caso de uma libertação da haste oca (23) da cabeça (3) da ferramenta, também se verifique a libertação do bico de 7

V Γ encaixe (17) pelo elemento de acoplamento (27). É deste modo possível uma substituição automática da ferramenta (1), na qual tanto a cabeça (3) da ferramenta como a ferramenta interior (5) podem desacoplar-se e substituir-se automaticamente.

Depois da retirada da ferramenta (1) do dispositivo de fixação (31), pode substituir-se apenas a cabeça da ferramenta, por exemplo com um outro contorno exterior, diferente do da fig.l. É também possível introduzir na cabeça (3) da ferramenta, ferramentas interiores (5) formadas de maneira diferente. Eventualmente terá também de substituir-se o casquilho (13), para garantir a concordância como diâmetro exterior da ferramenta interior.

No caso de uma substituição da ferramenta (1) pode proteger-se a ferramenta interior (5) quanto à sua saída da cabeça da ferramenta (3), por exemplo por um anel toroidal, uma cavilha saliente para a trajectória do elemento de accionamento (15) ou uma esfera de fixação, com mola. A fig. 1 mostra que o dispositivo de accionamento (33) apresenta pelo menos um apoio radial (34), que torna possível um deslocamento axial do dispositivo de accionamento (33). Adicionalmente, previu-se uma passagem rotativa (41), que é penetrada pelo dispositivo de accionamento (33) e possibilita a introdução de uma alimentação de um meio de lavagem e refrigeração, através de uma conduta (43). 0 meio de lavagem e arrefecimento é conduzido através do dispositivo de accionamento (33) para a ferramenta (1), aí introduzido no interior da ferramenta interior (5) e alimentada de uma maneira conhecida, na qual a ferramenta (1) trabalha uma peça em curso de fabrico. 8 V Γ u

A fig.2 mostra a cabeça (3) da ferramenta descrita com referência à fig.l, que aliás aqui está introduzida no dispositivo de fixação (31) . Também a ferramenta interior (5) está ligada com o elemento de acoplamento (33). As mesmas peças têm as mesmas referências, de modo que pode recorrer-se a fig.l.

Quando da fixação da ferramenta (1) no dispositivo de fixação (31), dispositivos de fixação convencionais, prendem--se, de uma maneira conhecida, no interior da haste oca (23) , estabelecendo desse modo uma ligação segura entre a ferramenta (1) e o dispositivo de fixação (31). 0 dispositivo de fixação pode fazer de um eixo da ferramenta tradicional. A ferramenta interior (5), na representação da fig.2, foi deslocado completamente para a sua posição recolhida, na qual o dispositivo de accionamento (33) foi deslocado, pelo cilindro hidráulico representado na fig. 1, completamente para a esquerda. Com o deslocamento axial da ferramenta interior (5), a alimentação do meio de arrefecimento e de lavagem não é interrompida através do dispositivo de accionamento (33). Isso aliás, quando se desejar, pode ser realizado de maneira apropriada.

Também na posição recolhida, a ferramenta interior (5) está ajustada sem folga à cabeça da ferramenta (3), isto é, os movimentos de rotação que são transmitidos por meio do dispositivo de fixação (31) à cabeça da ferramenta (3), provocam um accionamento directo da ferramenta interior (5) , através do elemento de accionamento (15). A fig.3 mostra, numa vista de lado, um outro exemplo de realização de uma ferramenta (10), que é constituída por duas partes de ferramenta situadas uma no interior da outra, 9 p L-Ci ^^ designadamente uma cabeça da ferramenta situadas uma no interior da outra, designadamente uma cabeça da ferramenta (30) situada exteriormente e uma ferramenta interior (50) , situada no interior. A cabeça da ferramenta (30) e a ferramenta interior (50) têm uma construção em principio igual à cabeça da ferramenta (3) ou, respectivamente à ferramenta interior (5), representadas nas fig. 1 e 2, sendo em especial a ferramenta interior (50) accionada directamente pela cabeça da ferramenta (30), visto que sê assegura no interior da cabeça da ferramenta (30) um ajuste sem folga com a ferramenta interior (50).

No lado exterior da cabeça da ferramenta (30) , cujo lado dianteiro é arredondado, encontra-se uma lâmina de faca (121), que é retida por uma garra de fixação apropriada. A ferramenta interior (50) é aqui construída como ferramenta escalonada e apresenta no seu lado dianteiro, por exemplo, um mandril (51) e está provida na sua zona que se segue ao Mandril, que apresenta um diâmetro maior, uma lâmina de facas (53) retida por uma garra de fixação (55) apropriada. A secção seguinte da ferramenta interior (50) apresenta de novo um maior diâmetro exterior e está dotada, por sua vez, com uma lâmina de faca (54), que é retida por uma garra de fixação (57) . A configuração tanto da cabeça (30) da ferramenta como da ferramenta interior (50) é aqui descrita apenas a título de exemplo; pode escolher-se uma outra qualquer. No caso um diâmetro exterior maior da ferramenta interior (50) é necessário um furo correspondentemente maior, no interior da cabeça (30) da ferramenta, e uma adaptação correspondente do casquilho (13) . É também concebível que o furo interior na 10 ' L-Ci cabeça da ferramenta apresente um dimensionamento constante, para diferentes ferramentas interiores e que apenas tenha que utilizar-se casquilhos diferentes com diâmetros interiores diferentes, adaptados a cada uma das ferramentas interiores correspondente. Em qualquer dos casos, é essencial que o accionamento da ferramenta interior se faça directamente devido ao ajuste sem folga - por um movimento de rotação da cabeça da ferramenta. A cabeça (30) da ferramenta apresenta na sua extremidade da esquerda, por exemplo, uma haste oca (23) a que se segue um anel de encosto (26) . A seguir descreve-se em pormenor o funcionamento da ferramenta que actua como sistema "feed-out".

No caso de processamento de furos, em especial no caso do processamento de furos profundos com diâmetro pequenos (8,6,5 mm), como sucede, por exemplo, nas guias de válvulas, surge o problema de ter de se usar uma ferramenta de processamento interior muito comprida que, quando da primeira introdução no furo a processar, facilmente se desvie da posição teórica, de modo que não possa obter-se a dimensão e a qualidade do furo desejada. Para evitar este inconveniente, os furos deste género são muitas vezes trabalhados, num passo de trabalho prévio, com um denominado piloto, sendo apenas uma primeira secção do furo sujeita a um tratamento interior. Neste furo trabalhado previamente, pode então introduzir-se, no passo seguinte do tratamento, a ferramenta de trabalho interior a utilizar finalmente sem se verificarem os desvios indesejados. É portanto necessário utilizar duas ferramentas diferentes.

Na ferramenta aqui descrita, a cabeça (3,30) de ferramenta é actuada, através do dispositivo de fixação (31), com uma 11 força de accionamento e posta em rotação. A ferramenta interior (5,50) encontra-se na sua posição completamente recolhida. Nesta posição, a ferramenta (1,10) é conduzida para o furo a trabalhar. É possível que, na forma de realização da cabeça (30) da ferramenta, como se representa na fig. 3, efectuar um primeiro trabalho da superfície da peça em curso de fabrico. Então, no caso de se desejar, a cabeça da ferramenta é um pouco recolhida e desloca-se a ferramenta interior (5,50), com o auxilio do dispositivo de accionamento (33), axialmente para fora, no sentido da peça em curso de fabrico a trabalhar. Então, a ponta dianteira da ferramenta interior (5,50) chega a introduzir-se no furo a trabalhar. Mas como a ferramenta interior apresenta um comprimento saído reduzido, há um guiamento seguro através da manga (13), de modo que a zona inicial do furo a trabalhar apresenta uma excelente precisão e as qualidades desejadas da superfície. Por meio do dispositivo de accionamento (33), faz-se sair o comprimento desejado da ferramenta interior (5,50). A ferramenta interior pode então ser suportada em qualquer posição. Devido à configuração especial do ajuste sem folga, entre a cabeça (3,40) da ferramenta e a ferramenta interior (5,50), garante-se que as forças de accionamento da cabeça (3,30) da ferramenta sejam sempre transmitidas à ferramenta interior (5,50).

Pode, sem mais, ver-se que durante o trabalho da peça em curso de fabrico se efectua, por meio da alimentação de um meio de arrefecimento e de lavagem, um arrefecimento, tanto da ferramenta (1,10) como da peça em curso de fabrico a trabalhar, sendo também conduzidas para fora as aparas.

Devido à construção especial do dispositivo de accionamento (33) e à passagem rotativa (41) da alimentação do meio de arrefecimento, este último pode ser fornecido em todas 12 as posições da ferramenta (5,50). Apesar de tudo, a ferramenta (1.10) caracteriza-se por uma construção muito compacta. O que é essencial é que, num tratamento de uma peça em curso de fabrico, de acordo com o processo aqui descrito, se consiga uma qualidade particularmente elevada do tratamento, de modo que a ferramenta (1,10) pode ser usada em especial para o trabalho de precisão de furos. A ferramenta pode ser substituída de maneira fácil automaticamente, num trem de transferência ou numa estação de trabalho automática. É também possível combinar qualquer cabeça de ferramenta (3,30) com quaisquer ferramentas interiores (5,50), sendo possíveis diâmetros exteriores diferentes da ferramenta interior, mediante uma escolha apropriada dos casquilhos. Em todos os casos é particularmente preferido escolher elementos de accionamento (15) com a mesma configuração, de modo que não seja necessária uma adaptação da cabeça (3,30) da ferramenta.

Como a ferramenta interior (5,50) é accionada directamente pela cabeça (3,30) da ferramenta, a construção da ferramenta (1.10) é particularmente curta. Em especial não necessita de qualquer adaptação especial do dispositivo de fixação (31) que serve para a recepção da ferramenta (1,10). A realização do dispositivo de accionamento (33), em combinação com a passagem rotativa (41) para a alimentação do meio de limpeza e refrigeração, é também facilmente possível. Basta simplesmente a introdução de uma barra móvel axialmente, que é oca pelo menos a partir da passagem rotativa (41), para que o meio de arrefecimento passe para a ferramenta. O deslocamento da barra pode então ser, sem mais, efectuado por meio de um cilindro hidráulico tradicional (35). Para suportar 13

a ferramenta (1,10), podem de resto utilizar-se dispositivos de fixação tradicionais, que são construídos de maneira substancialmente mais simples que os eixos especiais utilizados nos sistemas "feed-out". O dispositivo de fixação (31) faz em especial parte de um eixo de ferramenta conhecido, que pode ser facilmente modificado para a realização de um dispositivo de accionamento (33). É particularmente preferida uma forma de realização do dispositivo de accionamento (33) que seja posto em rotação conjuntamente com o eixo da ferramenta ou, respectivamente, o dispositivo de fixação (31) , de modo que não se verifique na zona do dispositivo de acoplamento ou, respectivamente, do elemento de acoplamento (27) qualquer atrito e portanto nenhum desgaste. O movimento de rotação do dispositivo de accionamento (33) pode também ser produzido fazendo um ajuste sem folga entre a ferramenta interior (5,50), na zona do bico de encaixar (17), e o elemento de acoplamento (27), de maneira apropriada, de modo que este último seja arrastado. Mas é preferido um alívio da carga na zona do acoplamento, aplicando, como se disse, num outro ponto, ao dispositivo de accionamento (33) uma força de accionamento e colocando-se em rotação.

Finalmente, afirma-se mais uma vez que, por meio do accionamento da ferramenta interior directamente no interior da ferramenta (1,10), que pode prescindir-se de um accionamento separado da ferramenta interior, de modo que o dispositivo de fixação (31) pode fazer parte de um eixo da ferramenta tradicional, podendo em especial efectuar uma substituição automática da ferramenta (1,10), como era o caso nas ferramentas tradicionais que não eram utilizadas no quadro dos sistemas "feed-out". Portanto a ferramenta (1,10) pode ser 14 usada de maneira universal, na zona dos trens de transferência e nos centros de processamentos.

Lisboa, 06 de Abril de 2000.

O AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL 15

Claims

Γ REIVINDIÇAÕES 1. Ferramenta, em especial para trabalhos de acabamento fixo de superfícies de metais, com arranjos de apara, com duas ferramentas parciais situadas uma no interior da outra, das quais a ferramenta que se situa no interior, está montada de maneira deslizante no interior da cabeça da ferramenta situada exteriormente, caracterizada por a ferramenta interior (5,50) estar acoplada com a cabeça (3,30) da ferramenta, com um ajuste sem folgas, de tal modo que as forças de accionamento que actuam na cabeça (3,30) da ferramenta podem ser transmitidas à ferramenta interior (5,50) e por as ferramentas parciais (3,5,30,5R) estarem dotadas de uniões de acoplamento que possibilitam uma substituição automática da ferramenta (1,10).
2. Ferramenta de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o ajuste sem folga ser proporcionado por um elemento de accionamento (15), formado de preferência como uma cunha múltipla.
3. Ferramenta de acordo com qualquer das reivindicações anteriores caracterizada por a ferramenta interior (5;50) estar ligada com dispositivo de accionamento que produz um movimento axial no interior da cabeça (2;30) da ferramenta.
4. Ferramenta de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por o dispositivo de accionamento (33) compreender um cilindro hidráulico.
5. Ferramenta de acordo com as reivindicações 3 ou 4, caracterizada por o dispositivo de accionamento (33) poder ser posto em rotação e, de preferência, rodar com o mesmo 1 L· sentido e com a mesma velocidade periférica que a ferramenta interior (5;50).
6. Ferramenta de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por a cabeça (3;30) da ferramenta ou, de preferência, a ferramenta interior (5;50) poder acoplar-se com uma alimentação de um meio de arrefecimento.
7. Ferramenta de acordo com a reivindicação 6, caracterizada por a alimentação do meio de arrefecimento poder ligar-se e desligar-se automaticamente.
8. Ferramenta de acordo com as reivindicações 6 ou 7, caracterizada por a alimentação do meio de arrefecimento poder combinar-se com o dispositivo de accionamento que produz o movimento axial da ferramenta interior (5;50).
9. Ferramenta de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por a cabeça (3;30) da ferramenta apresentar um furo (9) concêntrico com eixo de rotação (7) e que recebe a ferramenta interior (5;50) .
10. Ferramenta de acordo com a reivindicação 9, caracterizada por o furo (9) apresentar um casquilho (12) que serve de guia e suporte da ferramenta interior (5;50).
11. Ferramenta de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por a cabeça (3,30) da ferramenta estar dotada de uma haste oca (23), que serve para o acoplamento- e o desacoplamento com o dispositivo de fixação (31).
12. Ferramenta de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por a cabeça (3;30) da ferramenta 2 poder combinar-se com diferentes ferramentas interiores (5;50) .
13. Ferramenta de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por a ferramenta interior (5;50) poder combinar-se com .diferentes cabeças (3; 30) da ferramenta. Lisboa, 06 de Abril de 2000 O AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

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