PT685567E - Aco inoxidavel ferritico com maquinabilidade melhorada - Google Patents
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Description
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DESCRIÇÃO
“AÇO INOXIDÁVEL FERRÍTICO COM MAQUINABILIDADE MELHORADA” A presente invenção diz respeito a um aço inoxidável com estrutura ferrítica e com maquinabilidade melhorada, utilizável em especial no domínio do corte.
Designa-se por aços inoxidáveis, as ligas de ferro que contêm pelo menos 10,5% de crómio. O documento FR-A-2 456 785 divulga um ácido inoxidável de corte que apresenta uma excelente maqumabilidade e que pode conter até 40% de Ni e Te, de tal como que a razão %Te/%S seja superior a 0,04.
Outros elementos entram na composição dos aços a fim de modificar a sua estrutura e as suas propriedades. Conhecem-se quatro famílias-tipo de aços inoxidáveis diferenciadas pela sua estrutura. Trata-se de: - os aços inoxidáveis de estrutura martensítica; - os aços inoxidáveis de estrutura austenítica, - os aços inoxidáveis de estrutura austeno-ferrítica; - os aços inoxidáveis de estrutura ferrítica.
Os aços inoxidáveis ferríticos caracterizam-se por uma composição determinada, sendo a estrutura ferrítica em particular assegurada, após laminagem e arrefecimento da composição, por um tratamento térmico de recozido que lhes confere a referida estrutura.
Entre as quatro grandes famílias de aços inoxidáveis ferríticos definidas em especial em função do seu teor de crómio e de carbono, citam-se: - os aços inoxidáveis ferríticos que podem conter até 0,17% de carbono. 2
Esses aços, após o arrefecimento que se segue à sua elaboração, têm uma estrutura bifásica austeno-ferrítica. Eles são transformados em aços inoxidáveis ferríticos após recozido apesar de um teor de carbono relativamente elevado. - os aços inoxidáveis ferríticos cujo teor de crómio varia entre 11 e 12 %. Eles são bastante próximos dos aços martensíticos que contêm 12% de crómio, mas diferem pelo seu teor de carbono que é nitidamente mais baixo.
Por exemplo, o quadro que se segue apresenta uma série de aços ferríticos e martensíticos com o teor de carbono imposto pela norma.
Matiz Teor imposto pela norma Ferríticos ÁISI430 (Z 8 C 17) AISI434 = (Z8CD 17-01) AISI430 F = (Z10CF) C < 0,12 % C < 0,12 % C < 0,12 % Martensíticos AISI 420 A (Z 20 C 13) AISI 416 (Z 12 CF 13) 0,15 %<C <0,24% 0,08 %<C <0,15% - os aços inoxidáveis ferríticos com 17% de crómio. São os mais correntes. Deles existem numerosas variantes em particular ao nível do teor de carbono. A adição de molibdénio permite melhorar a sua resistência à corrosão.
De uma maneira geral, a estrutura ferrítica dos aços é de preferência obtida mediante limitação da quantidade de carboneto de crómio, e é por isso que a maior parte dos aços inoxidáveis ferríticos tem um teor de carbono inferior a 0,12 %, inclusivamente 0,08 %. - os aços inoxidáveis ferríticos com 17 % de crómio estabilizados para adição de elementos que têm uma forte afinidade para o carbono ou o azoto, tais como o titânio, o nióbio, o zircómo. - os aços inoxidáveis femticos com elevado teor de crómio, geralmente superior a 24%. 3
Do ponto de vista metalúrgico, sabe-se que alguns elementos contidos na composição do aço favorecem o aparecimento da fase ferrítica de estrutura cúbica centrada. Esses elementos são denominados alfa-genes. Entre esses figuram o crómio e o molibdénio. Outros elementos ditos gama-genes favorecem o aparecimento da fase gama-austenítica de estrutura cúbica com faces centradas. Entre esses elementos figuram o níquel assim como o carbono e o azoto.
Quando da laminagem dos aços a quente, a estrutura do aço pode ser bifásica, ferrítica e austenítica. Se o arrefecimento for, por exemplo enérgico, a estrutura final é ferrítica e martensítica. Se ele for mais lento, a austenite decompõe-se parcialmente em ferrite e em carbonetos, mas com um teor de carbono mais rico que a matriz envolvente, tendo a austenite solubilizado a quente mais carbono que a ferrite. Nos dois casos, um revenido ou recozido deve ser pois praticado sobre os aços laminados a quente e arrefecidos para produzir uma estrutura totalmente ferrítica. O revenido pode fazer-se a uma temperatura de cerca'de 820°C inferior à temperatura AI de transição alfa —» gama, que gera uma precipitação de carbonetos.
Pode-se igualmente efectuar um recozido a uma temperatura mais elevada como por exemplo 870°C que conduz a um amaciamento mais acentuado da martensite mas provoca uma transformação parcial em austenite. E então necessário um arrefecimento lento para decompor a austenite formada em ferrite e carbonetos, evitando assim a formação de nova martensite:
Na elaboração dos aços ferríticos, ditos estabilizados, o carbono combina-se com os elementos estabilizantes tais como o titâmo e/ou o nióbio e já não participa na formação da fase gama-gene, que já não se encontra presente na matriz. Nesse caso, é possível obter após a laminagem a quente um aço cuja estrutura seja totalmente ferrítica.
Do ponto de vista das propriedades físicas, a diferença mais aparente entre aços ferríticos e aços austeníticos é o comportamento ferromagnético dos primeiros. A condutibilidade térmica dos aços ferríticos é muito baixa. Ela situa-se entre os aços martensíticos e a dos aços austeníticos à temperatura ambiente. Ela é equivalente à condutibilidade térmica dos aços austeníticos a temperaturas compreendidas entre 800°C e 1000°C, temperaturas que correspondem às temperaturas dos aços quando da maquinagem.
Do ponto de vista da maquinagem, o coeficiente de dilatação térmica dos aços ferríticos é aproximadamente 60 % mais elevado que o dos aços austeníticos.
Além disso, os aços ferríticos têm características mecânicas nitidamente mais baixas que as dos aços martensíticos e austeníticos.
Num exemplo, o quadro que se segue apresenta úina série de aços inoxidáveis, ferríticos, martensíticos, austeníticos e as características mecânicas (Rm) correspondentes. Aço inoxidável Rm normalizado (MPa) Ferrítico AISI430 (Z8C 17) 440-640 AISI430F (Z20 CF 17) 440-640 Martensítico AISI 420A (Z20 C 13) 700-850 AISI420B (Z33 C13) 850-1000 F16 H(Z7CNUI6-04) (temperado) 930-1100 Austenítico AISI 304 (Z6CNT18 10) 510-710
Na elaboração dos aços de estruturas ferríticas, os constrangimentos de escoamento às temperaturas de laminagem são nitidamente mais pequenos que os dos aços austeníticos ou dos aços martensíticos. Deste modo. efectua-se a laminagem a temperaturas relativamente mais baixas. A título de exemplo indicativo, o constrangimento de escoamento a uma temperatura de laminagem de 1100°C e para uma velocidade de deformação de 1 s'1 é de 110 MPa para um aço martensítico de tipo AISI 420 A, de 130 MPa, para um aço austenítico de tipo AISI 304 enquanto que ela é de 30 MPa para um aço ferrítico de tipo AISI 430.
Os aços de estrutura ferrítica não são submetidos a um arrefecimento rápido de tipo têmpera ou hipertêmpera como os aços martensíticos ou austeníticos. Pelo contrário, eles são submetidos geralmente a tratamentos térmicos difendos bem específicos que lhes conferem a sua estrutura. Os tratamentos térmicos diferidos têm também por objectivo homogeneizar o elemento crómio e evitar a criação de carboneto de crómio e o aparecimento de zonas empobrecidas em crómio.
Por exemplo, os aços de estrutura ferrítica com 17"% de crómio não estabilizados têm, após laminagem, uma estrutura ferrítica e martensítica. Um tratamento térmico assegura, por um lado a transformação da martensite em ferrite e em carbonetos e, por outro lado, uma repartição uniforme do crómio.
No domínio da sua utilização, os aços inoxidáveis ferríticos põem problemas de maquimbilidade muito diferentes dos encontrados com os aços inoxidáveis de estrutura austenítica ou martensítica.
Com efeito, um grande inconveniente dos aços ferríticos é a má conformação da apara. Eles produzem aparas compridas e enchavetadas, que são muito difíceis de fragmentar. E então necessário aos operadores permanecer próximo da máquina para libertar as ferramentas Este inconveniente pode tomar-se muito penalizante em 6 modos de maquinagem em que a apara se encontra confinada, como por exemplo na furação profunda, a ruptura em pedaços, etc.
Uma solução para resolver este problema é a maquinagem com velocidade de corte elevada para provocar a fragmentação da apara, mas, por um lado, o aumento da velocidade de corte diminui de maneira crítica a duração de vida das ferramentas, por outro lado as máquinas não permitem sempre atingir velocidades suficientemente elevadas, em particular quando da realização de pequenos diâmetros em especial em corte.
Uma outra solução fornecida para remediar os problemas de maquinagem dos aços ferríticos é a introdução de enxofre na sua composição. 0 enxofre forma com o manganês sulfuretos de manganês que têm um efeito favorável sobre a fragmentação das aparas e, acessoriamente, sobre a duração de vida das ferramentas. No entanto, o enxofre degrada as propriedades do aço ferrítico, em especial a capacidade de deformação a quente e a frio, e a resistência à corrosão.
Os referidos aços ferríticos contêm habitualmente inclusões duras de tipo crómio (Cr Mn, Al Ti)0, alumina (AlMg)O, silicato (SiMn)O, abrasivas para as ferramentas de corte.
Verificou-se que os aços ferríticos re-sulfurados tinham uma boa maquinabilidade, no entanto, além da resistência à corrosão, as propriedades mecânicas em sentido inverso encontram-se grandemente degradadas. A invenção tem por objectivo propor um aço ferrítico com maquinabilidade melhorada tendo características bastante superiores às, por. exemplo, dos aços ferríticos re-sulfurados e, numa outra forma, apresentar um aço ferrítico maquinável que não contém ou contém pouco enxofre. 7 7
A invenção por objecto um aço inoxidável com estrutura ferrítica e com maquinibilidade melhorada, utilizável em especial no domínio do corte e que compreende na sua composição ponderai: - carbono < 0,17% - silício < 2% - manganês < 2% - crómio 11 - 20 % - níquel < 1 % - enxofre < 0,55 % - cálcio > 30 10-4% - oxigénio > 70 10'4%
Opcionalmente : Mo < 3 %, sendo o restante constituído por ferro e pelas impurezas inevitáveis, sendo a razão do teor de cálcio e de oxigénio Ca/O de 0,2 < Ca/O < 0,6.
De preferência, o aço inoxidável de estrutura ferrítica compreende na sua composição: - carbono < 0,12% - silício < 2% - manganês < 2% - crómio 15- 19% - níquel < 1 % - enxofre < 0,55 % - cálcio > 35 10-4% 8 8
-oxigénio > 70 10-4% uma razão do teor de cálcio e de oxigénio Ca/O compreendida no intervalo 0,35 < Ca/O < 0,6.
Numa forma da invenção: - o aço inoxidável de estrutura ferrítica compreende na sua composição: -c < 0,08 % -Si < 2,0 % - Mn < 2,0 % -Cr 15- 19 |% -Ni < 1 % -S < 0,55 % - Ca > 35 10-4% -O > 70 10-4% a razão entre o teor de cálcio e de oxigénio Ca/O satisfazendo à relação de 0,35 < Ca/O < 0,6.
As outras características da invenção são: - o aço ferrítico compreende entre 0,15 % e 0,45 % de enxofre.
Numa outra forma da invenção: - o aço ferrítico compreende menos de 0,035 % de enxofre, - o aço ferrítico compreende entre 0,05 e 0,15 % de enxofre, - o aço ferrítico pode conter na sua composição menos de 3 % de molibdénio. A descrição que se segue e os desenhos anexos, tudo dado a título de exemplo não limitativo, farão compreender melhor a invenção. 9 9
As figuras 1 e 2 apresentam um diagrama de conformação das aparas em função das condições de maquinagem respectivamente para um aço ferrítico conhecido AISI 430 não re-sulfurado, designado pela referência A e para um aço austenítico AISI 304. A figura 3 apresenta diferentes conformações de aparas resultantes da maquinagem quando do corte de diferentes metais. A figura 4 é um diagrama ternário que define as composições dos óxidos maleáveis introduzidos na composição do aço ferrítico de acordo com a invenção.
As figuras 5 e 6 apresenta um diagrama de conformação de aparas em função das condições de maquinagem, respectivamente para um aço C ferrítico conhecido AISI 430F re-sulfurado e para um aço ferrítico re-sulfurado S de acordo com a invenção. A figura 7 é um esquema que apresenta três curvas características de ensaio de maquinabilidade das quais uma corresponde ao aço de referência A, as duas outras correspondem a dois aços do domínio da invenção Cl e C2 e que contêm pouco enxofre. A figura 8 apresenta um diagrama que esquematiza a conformação de aparas em função do avanço da ferramenta e da profundidade da passagem de maquinagem para um aço C2 de acordo com a invenção.
No domínio da maquinabilidade dos aços inoxidáveis em geral e em função das diferentes estruturas dos aços utilizados, os problemas encontrados verificam-se ser, por um lado, diferentes, mas igualmente particularmente específicos. Os problemas encontrados quando da maquinagem dos aços ferríticos são sem ligação com os problemas encontrados quando da maquinagem dos aços austeníticos ou 10 martensíticos.
Por exemplo, os aços inoxidáveis austeníticos têm o inconveniente de ser marteláveis e de gastar muito depressa as ferramentas de corte, a conformação das aparas é má, mas sem comparação com a dos aços ferríticos.
As figuras 1 e 2 apresentam um diagrama de conformação de aparas em função do avanço e da profundidade da passagem de maquinagem determinadas, respectivamente para um aço ferrítico AISI 430 não re-sulfurado que corresponde à referência A e um aço austenítico AISI 304. A fim de poder comparar as conformações de aparas, a figura 3 é um quadro que associa a diferentes conformações de aparas um coeficiente que comporta diversos números sucessivos, definindo o primeiro número diferentes imagens gerais da apara, formando as colunas do quadro tais como 1: apara fita, 2: apara tubular; 3: apara espiral 4: apara helicoidal em rodela; 5: apara helicoidal cónica; 6: apara em arco; 7: apara elementar; 8: apara agulha, definindo o segundo número uma característica de dimensão e de forma classificativa em cada uma das colunas tais como: 1: comprida, 2: curta; 3: enchavetada; 4: plana; 5: cónicas; 6: fixada; 7: desligada.
Os aços inoxidáveis martensíticos têm características mecânicas elevadas, o que gera temperaturas de corte importantes e um desgaste rápido das ferramentas.
Devido às fracas características mecânicas dos aços inoxidáveis de estrutura ferrítica, os referidos aços não têm os mesmos modos de maquinagem e de degradação das ferramentas de corte que as dos aços martensíticos.
Existem dois tipos de aços inoxidáveis ferríticos, em fúnção do seu teor de enxofre: 11 - aços de corte que têm um teor de enxofre compreendido entre 0.15 % e 0,55%. Este tipo de aço utilizado em corte apresenta uma boa maquinabilidade, em prejuízo da resistência à corrosão, - aços convencionais que têm um teor de enxofre inferior a 0,035 %. Este tipo de aço apresenta uma boa resistência à corrosão, mas é pouco ou nada maquinado, exactamente por causa das dificuldades encontradas quando do corte. - os aços que têm níveis intermediários de enxofre que correspondem a um teor compreendido entre 0,05 % e 0,15 % não são comercializados. Com efeito, a sua maquinabilidade é apenas muito moderadamente melhorada para esses teores de enxofre, em comparação com os aços ditos re-sulfurados. Eles não apresentam uma vantagem real dado o inconveniente que permanece da degradação da resistência à corrosão.
De acordo com a invenção, o aço inoxidável ferrítico com maquinabildade melhorada, utilizável em especial no domínio do corte, compreende na sua composição em peso, menos de 0,17 % de carbono, menos de 2 % de silício, menos de 2 % de manganês, entre 11 e 20% de crómio, menos de 1 % de níquel, menos de 0,55 % de enxofre, mais de 30 IO-4 % de cálcio e mais de 70 10"4 % de oxigénio, sendo o aço submetido, após elaboração, a um tratamento de recozido para lhe conferir uma estrutura ferrítica. A presença do níquel na composição devido à elaboração industrial do aço é apenas um elemento residual que se procura reduzir e mesmo eliminar. A introdução de maneira controlada e voluntária de cálcio e de oxigénio para teores elevados e verificando a relação 0,2 < Ca/O < 0,6 favorece no aço ferrítico, a formação de óxidos maleáveis, escolhidos num diagrama ternário A1203; Si02; CaO,
na zona do ponto triplo anortite, gelenite, pseudowolastonite conforme representado na figura 4. A presença de cálcio e de oxigénio reduz de maneira consequente a formação de inclusões duras e abrasivas do tipo cromite, alumina, silicato.
Constatou-se que a introdução de óxidos à base de cálcio e oxigénio num aço de estrutura ferrítica, mediante substituição dos óxidos duros existentes, não modifica de modo nenhum as outras características do aço ferrítico no domínio da deformação a quente ou a frio ou ainda no domínio da resistência à corrosão.
Embora os aços ferríticos re-sulfurados tenham uma boa maquinabilidade, sendo a fragmentação da apara assegurada pela presença de enxofre na composição do referido aço, de maneira surpreendente, a introdução de óxidos maleáveis na estrutura do aço melhora ainda de maneira espectacular a maquinabilidade.
As inclusões ditas maleáveis contidas no aço igualmente maleável, não podem ter o mesmo comportamento que inclusões maleáveis num aço não maleável de estrutura austenítica ou martensítica.
Com efeito, as temperaturas de laminagem dos aços ferríticos são inferiores às temperaturas de laminagem dos aços de uma outra estrutura, e o constrangimento do escoamento dos aços ferríticos mantem-se muito baixo para essas temperaturas de laminagem. É efectivamente inesperado, devido à fraqueza dos constrangimentos de escoamento que os óxidos ditos maleáveis possam ser deformados para influenciar a conformação e o comportamento da apara quando da maquinagem.
As figuras 5 e 6 representam um diagrama de conformação de aparas em função de um avanço da ferramenta e de uma profundidade de passagem de 13 maquinagem determinadas, respectivamente, para um aço referenciado C do tipo AISI 430F re-sulfurado e para um aço S, re-sulfurado de acordo com a invenção. A composição do aço C de referência encontra-se indicada no quadro 1. quadro 1 aço C Si Mn Ni Cr Ref C 0,062 0,505 0,680 0,273 16,1 aço Mo Cu S P N2 Ref C 0,214 0,091 0,298 0,022 0,037 A composição do aço S de acordo com a invenção encontra-se indicada no quadro 2. quadro 2 aço C Si Mn Ni Cr Mo Cu S 0,059 0,523 0,610 0,323 16,1 0,221 0,151 aço S P N2 Ca (ppm) 02 (ppm) CalO S 0,293 0,021 0,035 57 141 0,40
Para um aço de acordo com a invenção, o fenómeno de retirada da apara é muito particular. Sem ser marcada de maneira nítida sobre a apara, a fragmentação é aumentada significativamente. A introdução de maneira controlada de cálcio e de oxigénio foi igualmente efectuada num aço ferrítico tendo, na sua composição, um teor de enxofre inferior a 0,035 %.
Os aços de acordo com a invenção podem conter igualmente menos de 3 % de molibdénio, elemento que melhora a resistência à corrosão.
Verificou-se que um aço de estrutura ferrítica de acordo com a invenção, que não contem ou que contem muito pouco enxofre, tem uma maquinabilidade 14 14
grandemente melhorada de modo tal que este aço pode ser utilizado industrialmente em corte, ao mesmo tempo que apresenta uma boa resistência à corrosão.
Num exemplo de aplicação, . apresenta-se uma comparação de maquinabilidade entre o aço referenciado A, ferrítico não re-sulfurado e que não contêm oxigénio de tipo anortite, gelenite e pseudowolastonite e dois aços C1 e C2 sendo C2 do domínio da invenção. O quadro 3 ilustra a composição do aço A de referência. O quadro 4 apresenta a composição dos aços Cl e C2, sendo C2 do domínio da invenção. quadro 3 aço C Si Mn Ni Cr Ref. A 0,058 0,356 0,514 0,212 16,35 aço Mo Cu S P N2 Ref. A 0,226 0,021 0,0114 · 0,019 0,046 quadro 4 aço C Si Mn Ni Cr Mo Cu Cl 0,059 0,380 . 0,461 0,153 16,53 0,229 0,022 C2 0,066 0,523 0,487 0,205 16,19 0,241 0,021 aço S P N2 Ca (ppm) 02 (ppm) Ca/O Cl 0,0093 0,017 0,052 13 197 0,07 C2 0,0097 0,017 0,048 47 189 0,28
Num ensaio de maquinabilidade apresentado na figura 7, constatou-se, quando da maquinagem do aço de referência A, do aço Cl e do aço C2, as diferentes taxas de desgaste de uma ferramenta de carboneto revestido. Realiza-se o ensaio sem lubrificação de modo a ser mais severo. Constatou-se uma diminuição do desgaste em despojos da ferramenta quando se compara o aço de referência A (curva A), o
I aço de Cl (curva Cl) e o aço C2 (curva C2) de acordo com a invenção.
Com efeito, o aço comparativo Cl devido à sua composição não comporta suficientemente óxidos ditos maleáveis do tipo anotite, gelenite, pseudowolastonite, à parte a falta de cálcio no metal. Além disso, observou-se nos diagramas da figura 8, que o aço C2 de acordo com a invenção tem uma zona de fragmentação nitidamente superior ao aço de referência A, e mesmo próxima do aço de referência C que é um aço ferrítico re-sulfurado.
Relativamente aos aços que têm teores intermédios de enxofre, compreendidos entre 0,05 % e 0,15 %, constatou-se que os aços de acordo com a invenção têm uma maquinabilidade comparável à dos aços re-sulfurados ao mesmo tempo que têm uma melhor resistência à corrosão.
Numa outra aplicação, verificou-se que a presença de óxidos ditos maleáveis num aço ferrítico, tinha vantagens específicas.
Com efeito, os óxidos maleáveis são susceptíveis de se 'deformar no sentido da laminagem, enquanto que os óxidos duros que eles substituem têm a forma de grãos.
No domínio da trefilaria de fios de aço ferrítico de pequeno diâmetro, as inclusões escolhidas de acordo com invenção reduzem de maneira consequente a taxa de ruptura do fio trefílado.
No domínio da fabricação de lã de aço por raspagem de fio de aços inoxidáveis ferríticos, as inclusões duras que gastam rapidamente as ferramentas de raspagem provocam igualmente, devido à sua forma de grão, rupturas importantes que prejudicam a qualidade da lã de aço.
De acordo com a invenção, os aços inoxidáveis ferríticos sob a forma de fios 16 que comportam inclusões maleáveis, submetidas à raspagem, apresentam características que asseguram a formação de pequenos ramos de lã de aço com um comprimento médio maior e permitem raspagens com fios residuais muito mais reduzido, o que permite uma economia de material.
Num outro domínio de aplicação, por exemplo em operações de polimento, as inclusões duras incrustam-se no aço ferrítico e provocam sulcos à superfície. O aço ferrítico, de acordo com a invenção, que comporta inclusões maleáveis pode ser polido com muito mais facilidade para a obtenção de um estado de superfície polida melhorado.
Lisboa, 20 de Julho de 2000
Claims (7)
1 REIVINDICAÇÕES 1. Aço inoxidável de estrutura ferrítica e com maquinabilidade melhorada utilizável, em especial no domínio do corte, caracterizado pelo facto de compreender na sua composição ponderai: - carbono < 0,17% - silício < 2% - manganês < 2% - crómio 11 - 20 % - níquel < 1 % - enxofre < 0,55 % - cálcio > 30 10-4% - oxigénio > 70 10-4% Opcionalmente : Mo < 3 %, sendo o restante constituído por ferro e pelas impurezas inevitáveis, sendo a razão entre o teor de cálcio e de oxigénio Ca/O igual a 0,2 < Ca/O < 0,6.
2. Aço de estrutura ferrítica de acordo com a reivindicação caracterizado pelo facto de compreender na sua composição ponderai: - carbono < 0,12% - silício < 2,0 % - manganês < 2,0 % - crómio 15- 19% - níquel < 1 % - enxofre < 0,55 % 2 2 - cálcio > 35 10-4% - oxigénio > 70 \0A% Opcionalmente : Mo < 3 %, sendo o restante constituído por ferro e pelas impurezas inevitáveis, satisfazendo a razão entre o teor de cálcio e de oxigénio Ca/O a relação 0,35 < Ca/O < 0,6.
3. Aço inoxidável de estrutura ferrítica de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado pelo facto de compreender na sua composição ponderai: -C < 0,08 % -Si < 2,0 % -Mn < 2,0 % -Cr 15- 19% -Ni < 1 % -S < 0,55 % -Ca > 35 10-4% -O > 70 10'4% Opcionalmente : Mo < 3 %, sendo o restante constituído por ferro e pelas impurezas inevitáveis, satisfazendo a razão entre o teor de cálcio e de oxigénio Ca/O à relação 0,35 < Ca/O < 0,6.
4. Aço de estrutura ferrítica de acordo com as reivindicações 1 e 3, caracterizado pelo facto de compreender menos de 0,035 % de enxofre.
5. Aço de estrutura ferrítica de acordo com as reivindicações 1 e 3, 3 caracterizado pelo facto de compreender entre 0,15 % e 0,45 % de enxofre.
6. Aço de estrutura ferrítica de acordo com as reivindicações 1 e 3, caracterizado pelo facto de compreender entre 0,05 % e 0,15 % de enxofre.
7. Aço de estrutura ferrítica de acordo com as reivindicações 1 e 6, caracterizado pelo facto de conter inclusões de sílico-alumina de cal de tipo anortite e/ou pseudo-wolastonite e/ou gelenite. Lisboa, 20 de Julho de 2000
Rua do Salitre, 195, r/c-Brt 1250 LISBOA
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