PT2200903E - Recipiente para uma substância, em particular uma bebida, com um elemento de fecho com patilha de abrir - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO

Recipiente para uma substância, em particular uma bebida, com um elemento de fecho com patilha de abrir

CAMPO DO INVENTO 0 presente invento diz respeito a um recipiente, por exemplo com a forma de uma lata, que pode conter qualquer substância, em particular uma bebida. 0 recipiente compreende uma parede superior, que funciona como uma tampa, que por seu lado compreende um elemento de fecho, na forma de uma lingueta que, graças a um mecanismo de alavanca, pode ser completamente aberta para o exterior, e sem que desta forma entre em contacto com a substância contida lá dentro. Além disso, mesmo quando está aberta, permanece solidária com a parte restante da tampa, pelo que é fácil descartá-la em conjunto com o resto do recipiente. 0 documento US-A-5 145 086 revela um recipiente com um fecho de patilha de rasgar tendo as caracteristicas do preâmbulo das reivindicações principais. São conhecidos os recipientes para substâncias tais como alimentos sólidos e bebidas, tais como latas, tendo uma superfície lateral, uma parede inferior e superior, oposta à inferior, todas feitas em alumínio, aço, ou suas ligas. A parede superior, que actua como uma tampa, tem uma linha de enfraquecimento fechada, que define o contorno de um elemento de fecho, que funciona como um tampa, e uma abertura correspondente. Uma alavanca, normalmente proporcionada numa extremidade com um olhai de levantamento, está associada à tampa e pode ser inclinada para provocar a separação da tampa 1 da parte restante da tampa, ao longo da dita linha de enfraquecimento. A tampa é então dobrada para o exterior e completamente removida. A desvantagem destes recipientes conhecidos é que, quando são abertos, a alavanca e a tampa ficam completamente separados do recipiente e podem ser descartados no meio ambiente, poluindo e, ao mesmo tempo, constituindo um perigo para aqueles que entram acidentalmente em contacto com elas.

Um recipiente para bebidas de um tipo conhecido que resolve este problema tem a linha de enfraquecimento que não é fechada em si própria. Neste caso, para abrir a tampa, a actuação da alavanca provoca a dobragem da tampa, ao longo da linha de enfraquecimento, dentro do recipiente, através da abertura associada. Desta forma, no entanto, a parte externa da tampa, que não está normalmente protegida de contaminação externa, é colocada em contacto directo com a substância dentro do recipiente, com risco sério para a saúde de quem ingerir a substância, tornando assim ineficaz as precauções em relação à esterilidade com a qual o recipiente foi cheio com a substância e selado. A necessidade de eliminar a potencial contaminação da substância no recipiente é o tema de nova legislação de saúde a nivel mundial, que proíbe expressamente a produção e comercialização de recipientes que tenham uma tampa potencialmente contaminada, que possa entrar em contacto com a substância colocada dentro do recipiente.

Para satisfazer esta legislação, e para evitar que a tampa se perca no meio ambiente, sabe-se como fabricar recipientes com a chamada tampa higiénico, que abre para o exterior do recipiente e que permanece ligada ao recipiente mesmo quando este está aberto. 2

Um exemplo de um recipiente conhecido tem a linha de enfraquecimento fechada e tem uma lingueta metálica de um tipo flexível, ligada por uma extremidade à parede superior e também ligada, quer à tampa quer à alavanca.

Rodando a alavanca associada no sentido dos ponteiros do relógio, a tampa é cortada e dobrada para o exterior do recipiente, mas, graças à lingueta flexível, permanece solidária com o recipiente. A desvantagem deste recipiente conhecido é que a alavanca, devido à forma como é colocada e feita, corta e remove a tampa por meio de uma acção de rasgar que, uma vez que exige um esforço global superior ao de outros recipientes conhecidos, é desvantajosa e não muito prática. 0 objectivo do presente invento consiste em conseguir-se um recipiente para bebidas que permita remover a tampa da abertura de forma a garantir boas condições higiénicas da bebida dentro do recipiente, isto é, que tenha uma tampa higiénico, que a tampa permaneça solidária com o recipiente para não se perder no meio ambiente, e que seja prática e não exija grande esforço para remover a tampa. 0 requerente imaginou, testou e materializou o presente invento para ultrapassar as desvantagens do estado da arte e para obter estes e outros objectivos e vantagens.

RESUMO DO INVENTO 0 presente invento está definido e caracterizado nas reivindicações independentes, enquanto as reivindicações dependentes escrevem outras características do invento ou alterações à principal ideia do invento.

De acordo com o objectivo acima, um recipiente para uma substância, em particular uma bebida, de acordo com o presente 3 invento, compreende pelo menos uma parede superior funcionando como uma tampa, tendo uma nervura periférica e uma zona central solidária com a dita nervura periférica e na qual é feita uma linha de enfraquecimento, que define um elemento de fecho com patilha de abrir, que funciona como um tampa amovível para uma abertura associada, feita na zona central, para a passagem da dita substância. 0 recipiente também compreende uma alavanca tendo pelo menos uma parte ligada ao dito elemento de fecho e que pode ser actuada para remover, pelo menos parcialmente, o dito elemento de fecho da parte restante da dita zona central, separando-a ao longo da dita linha de enfraquecimento e colocando assim a dita abertura em comunicação com o exterior.

De acordo com uma característica do presente invento, a dita alavanca compreende: uma primeira extremidade que pode funcionar como um ponto de apoio; uma segunda extremidade, oposta à primeira, que é colocada em correspondência substancial com a dita zona central e que pode funcionar como um elemento para agarrar; e uma zona intermédia, entre as ditas duas extremidades, por meio da qual a alavanca está ligada ao dito elemento de fecho. A dita primeira extremidade da alavanca, que pode funcionar como um ponto de apoio, pode ser colocada, com vantagem, em correspondência com a dita nervura periférica. Em qualquer caso, a alavanca é sempre vantajosa, uma vez que o ponto de aplicação da força de resistência (ligação ao elemento de fecho) é intermédia entre o ponto de apoio (primeira extremidade da alavanca) e o ponto de aplicação da força de levantamento (segunda extremidade da alavanca).

Com vantagem, o método para abrir o dito elemento de fecho compreende os seguintes passos: 4 - levantar a segunda extremidade da dita alavanca articulando-a na dita primeira extremidade, para que a dita zona intermédia da dita alavanca separe parcialmente o dito elemento de fecho da parte restante da dita zona central, ao longo da dita linha de enfraquecimento; e - puxar a dita segunda extremidade da dita alavanca para trás, para levantar o dito elemento de fecho e continuar a separá-lo ao longo da dita linha de enfraquecimento até que a abertura esteja aberta.

Desta forma consegue-se, com vantagem, o objectivo definido de abrir a tampa do recipiente de modo fácil e sem grande esforço em apenas dois passos, sem que qualquer parte da tampa entre em contacto com a substância contida dentro do recipiente, e mantendo a tampa sempre solidária com a parte restante do recipiente.

Além disso, para aumentar ainda mais o carácter higiénico do recipiente, está também previsto cobrir a tampa, pelo menos parcialmente, com um filme higiénico, que pode ser removido em conjunto com o elemento de fecho, ou antes de aceder à alavanca que acciona o elemento de fecho.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

Estas e outras caracteristicas do invento serão tornadas evidentes a partir da descrição seguinte de algumas formas de realização preferenciais, dadas como exemplo não restritivo com referência aos desenhos anexos, nos quais: 5 a figura 1 é um corte parcial de um recipiente de acordo com uma primeira forma de realização que não faz parte do invento; a figura 2 é uma planta do recipiente da figura 1, numa condição fechada; a figura 3 é uma planta do recipiente da figura 1, numa condição aberta; as figuras 4 a 15 são cortes esquemáticos de parte do recipiente da figura 1, que representam, em sequência, os passos para abrir o elemento de fecho do recipiente; a figura 16 é uma planta de uma variante do recipiente da figura 1, que não faz parte do invento, numa condição fechada; a figura 17 é um corte do recipiente da figura 16; a figura 18 é uma planta de uma tampa de um recipiente de acordo com o presente invento, numa condição fechada; a figura 19 é um corte ao longo das linhas XIX a XIX da figura 18; a figura 20 é uma planta da tampa da figura 18 numa condição parcialmente aberta; a figura 21 é um corte ao longo das linhas XXI a XXI da figura 20; a figura 22 é uma planta da tampa da figura 18 numa condição completamente aberta; a figura 23 é um corte ao longo da linha XXII a XXII da figura 22; a figura 24 é uma planta de alguns detalhes do recipiente da figura 18; 6 - a figura 25 é uma planta de uma tampa de um recipiente de acordo com o presente invento, de acordo com uma forma de realização que não faz parte do invento.

DESCRIÇÃO DETALHADA DE ALGUMAS FORMAS DE REALIZAÇÃO PREFERENCIAIS 0 objecto que corresponde às primeira (figuras 1 - 17) e terceira (figura 25) formas de realização não faz parte do presente invento. A figura 1 ilustra um recipiente 10 que é representado por uma lata para conter uma substância, tal como, por exemplo, uma bebida. O recipiente 10 é feito, por exemplo, em alumínio, aço ou suas ligas, tem uma forma substancialmente cilíndrica e tem uma superfície lateral externa 40, uma parede superior 11, que funciona como uma tampa, e um fundo, de qualquer tipo conhecido, e não ilustrado nos desenhos. A parede superior 11 tem uma forma substancialmente circular (figuras 2 e 3), concêntrica em relação a um eixo central Y (figuras 1 a 15) . Além disso, a parede superior 11 tem uma nervura periférica 12 com uma forma anular, que delimita a zona central 36 tendo um raio determinado A. É feita uma ranhura 38 na parede superior 11 e, na forma de realização ilustrada nas figuras 1 a 15, é definida por uma linha fechada circular, concêntrica com a nervura periférica 12.

Na zona central 36 é feita uma linha de enfraquecimento 13 (figura 2), de uma forma conhecida, fechada em si própria, tendo uma secção transversal localmente reduzida ou variável, que delimita um elemento de fecho ou tampa 14 na forma de uma lingueta. A tampa 14 fecha normalmente uma abertura 7 correspondente 15 através da qual a substância pode ser retirada do recipiente 10. Em particular, quando o recipiente 10 está numa condição fechada (figura 2), a tampa 14 fecha a abertura 15 de forma completa e hermética, enquanto que numa condição aberta está levantada e pelo menos parcialmente removida da abertura 15 (figura 3), embora permaneça solidária com a parte restante do recipiente 10. A tampa 14, tal como será ilustrado seguidamente em maior detalhe na descrição, está fixa solidamente a uma alavanca 16 que, na condição fechada (figura 2), sobrepõe pelo menos parcialmente a tampa 14.

Alavanca 16 é actuada manualmente, por meio de uma extremidade de preensão ou anel 32, para separar a tampa 14 da parte restante da parede superior 11 ao longo da linha de enfraquecimento 13. O anel 32 está voltado para o interior da parede superior 11 isto é, para a zona central 36, para tornar mais fácil o agarrar e actuar a alavanca 16. Com vantagem, na condição fechada, o anel 32 está substancialmente em correspondência com o eixo central Y que passa através do centro da zona central 36 . A alavanca 16 está articulada numa extremidade 34 (figura 1) oposta ao anel 32, isto é, colocada substancialmente em correspondência com a nervura periférica 12. Em particular, na condição fechada (figura 2) a extremidade 34 está fora da linha de enfraquecimento 13 e assenta em contacto directo numa nervura 35, voltada para cima e feita na parede superior 11. A nervura 35 tem a forma substancial de um U, isto é, com dois segmentos rectilíneos, opostos e paralelos, ligados por um segmento curvo, mais próximo da nervura periférica 12. 8 0 segmento curvo da nervura 35 está compreendido, pelo menos parcialmente, entre a nervura periférica 12 e a linha de enfraquecimento 13, e envolve, pelo menos parcialmente, quer a tampa 14, quer a abertura correspondente 15, e também a alavanca 16. Em particular, a extremidade 34 da alavanca 16 assenta no segmento curvo da nervura 35 (figura 1).

Além disso, a alavanca 16 compreende uma zona intermédia 39 (figura 1) compreendida entre as suas extremidades 32 e 34, às quais a lingueta flexível 17 está ligada, que está por seu lado ligada à tampa 14. A zona intermédia 39 está, com vantagem, mais próxima da extremidade 34, que funciona como um ponto de apoio e, em particular, está fixa, por exemplo por meio de soldadura, a uma extremidade 18 da lingueta 17.

Na condição fechada (figura 12), a extremidade 18 da lingueta 17 é colocada em substancial proximidade com a nervura periférica 12. A lingueta 17 é colocada normalmente na parede superior 11, interposta entre a alavanca 16 e a tampa 14 (figura 1). Em particular, a lingueta 17 tem uma extensão que cobre toda a tampa 14 e está fixa a esta por meio de um rebite 20 (figura D .

Além disso, a lingueta 17 tem uma extremidade 19 (figura 2) colocada normalmente em correspondência com a zona central 36, por meio da qual está ligada solidamente à parede superior 11, por exemplo com um rebite 37.

Neste caso, a lingueta 17 é também proporcionada com cinco linhas de dobragem pré-determinadas, respectivamente 21, 22, 23, 24 e 25, que delimitam partes relativas destas 26, 27, 28, 29, 30 e 31. 9 A primeira linha de dobragem 21 delimita a parte 26 (figura 9) em correspondência substancial com a extremidade 18 da lingueta 17, que funciona como um elemento de ligação com a alavanca 16. Desta forma, uma vez que a lingueta 17 está, por seu lado, ligada solidamente à tampa 14, consegue-se uma ligação entre a tampa 14 e a alavanca 16. A segunda linha de dobragem 22 define a parte 27 (figuras 8 e 9), que está adjacente à parte 26 e está ligada à tampa 14 por meio do rebite 20. A terceira linha de dobragem 23 define a parte 28 (figura 11) que é colocada adjacente à parte 27, enquanto a quarta linha de dobragem 24 define a parte 29 (figura 12), que é colocada adjacente à parte 28.

Finalmente, a quinta linha de dobagem define a parte 31 (figuras 13 e 14), em correspondência com a extremidade 19 a lingueta 17 e numa posição oposta à parte 26. Em particular, a parte 31 está ligada à parede superior 11 por meio do rebite 37.

Rodando a alavanca 16 em torno da sua extremidade 34, a extremidade 32 é afastada da parede 11 e a tampa 14 é parcialmente separado da parede superior 11, para que a abertura 15 comece a abrir . Isto acontece porque a linha de enfraquecimento 13 se rompe, se sujeita a uma força de levantamento pré-determinada.

Uma vez que as zonas de ligação entre a alavanca 16 e a lingueta 17, e entre a lingueta 17 e a tampa 14, são diferentes e estão em grande proximidade, a alavanca 16, que actua na tampa 14, define um braço extremamente favorável que permite, com força limitada, aplicar um movimento angular elevado.

Além disso, a força da alavanca 16 é aplicada num ponto de aplicação em grande proximidade com a linha de enfraquecimento 10 13 e com uma rotação para fora do recipiente 10. Mais ainda, a secção resistente da linha de enfraquecimento 13 na qual a alavanca 16 actua é muito inferior à parte restante da linha de enfraquecimento 13. Assim, do que foi dito acima, é claro que a força necessária para levantar a tampa 14 ao lonqo da linha de enfraquecimento 13 é muito inferior quando comparada com recipientes com uma tampa higiénico que são conhecidos no estado da arte.

Uma outro movimento para cima da extremidade 34 da alavanca 16 permite remover completamente a tampa 14 da parede superior 11 e colocar a lingueta flexível 17 na sua configuração dobrada.

Na configuração dobrada (figura 15), a lingueta flexível 17 é colocada por cima da parede superior 11 e ao lado da abertura 15, enquanto as suas partes 26, 27, 28, 29, 30, 31 são substancialmente paralelas à parede 11 e sobrepõem-se entre si. Na configuração dobrada, a parte 26 está numa posição superior, imediatamente por baixo da alavanca 16, enquanto a parte 31 está por baixo de todas as outras partes 26, 27, 28, 29 e 30, em contacto com a parede superior 11. Consequentemente, na configuração dobrada da lingueta flexível 17, as partes 27, 28, 29 e 30 são colocadas entre a parte 26 e a parte 31, como se pode ver claramente nas figuras 14 e 15. O rebite 20, cooperando com um bordo da alavanca 16, também mantém selectivamente a lingueta flexível 17 na sua configuração dobrada. É claro que a tampa 14, uma vez que é solidária com a lingueta 17, pode também dobrar para as partes associadas, que são colocadas uma por cima da outra, em correspondência com as linhas intermédias de dobragem 22, 23, e 24 da lingueta 17. 11

Tal como está descrito acima, na configuração dobrada, as partes 26, 27, 28, 29, 30 e 31 sobrepõem-se entre si como uma concertina, e a alavanca 16 é colocada por cima delas. Desta forma, a alavanca 16 não ressalta excessivamente do recipiente 10, e nem a alavanca 16, nem a lingueta 17, nem a tampa 14, são um impedimento para o utilizador que pretende retirar a substância do recipiente 10. 0 recipiente 10, tal como foi descrito até agora, é usado como segue.

Inicialmente, o recipiente 10 está normalmente na sua condição fechada (figuras 2 e 4) . Para o abrir, o utilizador tem de agarrar o anel 32 da alavanca 16 e rodá-lo no sentido de rotação identificado pela seta R nas figuras 5, 6 e 7, em torno da sua extremidade 34. Isto leva a que uma parte da tampa 14 se separe da parte restante da parede superior 11, e leva também à consequente definição de uma parte da abertura 15, em correspondência com a parte 2 7, e à dobragem da tampa 14 e da lingueta 17 ao longo da linha de dobragem 22. A tampa 14 é levantada e assim nunca entra em contacto com a substância dentro do recipiente 10, garantindo que as condições de higiene óptimas, sob as quais a substância foi introduzida no recipiente 10, são mantidas.

Subsequentemente, o utilizador puxa a alavanca 16 com uma força tangencial na direcção da seta F nas figuras 8 a 13, provocando mais inclinação, para além dos 90°, da tampa 14 e da lingueta 17, em correspondência com a linha de dobragem 22 (figuras 7 a 10) e, subsequentemente, levando a tampa 14 e a lingueta 17 a dobrar ao longo das linhas de dobragem 23 e 24 e a inclinar-se ainda mais (figuras 11 e 12). Desta forma, a tampa 14, permanecendo solidária com as partes 27 e 28 da lingueta 17, por seu lado fixas à parede superior 11, liberta 12 completamente a abertura 15, e o recipiente 10 é colocado na sua condição aberta (figuras 3, 12 e 13).

Neste ponto, com movimento na direcção indicada pela seta G na figura 14, as partes 26, 27, 28, 29, 30 e 31 da lingueta 17, a tampa 14 e a alavanca 16 são sobrepostas. Finalmente, tal como está indicado pela seta P na figura 15, as partes 26, 27, 28, 29, 30 e 31 da lingueta 17, a tampa 14 e a alavanca associada 16 fecham como uma concertina.

Graças às linhas de dobragem 21, 22, 23, 24 e 25, a alavanca 16, a tampa 14 e a lingueta flexível 17 são facilmente reposicionadas várias vezes na condição fechada, permitindo que o utilizador feche o recipiente 10 com a tampa 14 de acordo com o que pretender e temporariamente.

De acordo com uma variante, um recipiente 110 que não faz parte do presente invento, ilustrado nas figuras 16 e 17, onde os mesmos números de referência correspondem a partes equivalentes, compreende uma ranhura 138, aberta na parede superior 11, que em vez de estar fechada como a ranhura 38, está aberta, isto é, interrompida em relação à tampa 14 e à abertura 15. Desta forma, evita-se que a substância contida no recipiente 110, logo que tenha saído, se agarre, parcialmente à ranhura 138, criando condições pouco higiénicas.

De acordo com outra variante, não ilustrada nos desenhos, a alavanca 16 é proporcionada com um anel para agarrar com um tamanho duplo em relação ao anel 32, para poder actuar a alavanca 16 mais facilmente com dois dedos, em vez de com um, como normalmente acontece.

De acordo com uma forma de realização do presente invento, ilustrada nas figuras 18 a 24, um recipiente 210 tem uma parede superior 211 proporcionada com uma nervura periférica 212 com uma forma anular, que delimita uma zona central 236. 13

Uma ranhura 238, análoga à ranhura 38, é feita na parede superior 211. É feita uma linha de enfraquecimento 213 na zona central 236, que não está fechada em si própria e que delimita um elemento de fecho ou tampa 214, na forma de uma lingueta, sempre solidária com a parte restante da parte central 236, mesmo quando está na condição aberta (figuras 22 e 23).

Em particular, a tampa 214 (figura 24) compreende uma primeira parte 214a com uma forma substancialmente circular, e uma segunda parte 214b com uma forma substancialmente rectangular e contígua à primeira parte 214a. A tampa 214 fecha normalmente uma abertura correspondente 215 e está solidamente ligada a uma alavanca 216 que, na posição fechada (figuras 18 e 19), é com elas parcialmente sobreposta. A alavanca 216 é actuada manualmente, por meio de uma sua extremidade de agarrar ou anel 232, para separar a tampa 214 da parte restante da zona central 236 da parede superior 211 ao longo da linha de enfraquecimento. A alavanca 216 está articulada numa extremidade 234 (figura 18) oposta ao anel 232, isto é, disposta substancialmente em correspondência com a nervura periférica 212 .

Além disso, a alavanca 216 compreende uma zona intermédia 239 (figura 18) compreendida entre as suas extremidades 232 e 234 na qual é feita uma lingueta flexível 216, que por seu lado está ligada à tampa 214 por meio de um rebite 215. A zona intermédia 239 está, com vantagem, mais próxima da extremidade 234, que funciona como um ponto de apoio. A tampa 214 é removido da seguinte forma: em primeiro lugar, o anel 232 da alavanca 216 é levantado manualmente para fora do recipiente 210, rodando na sua primeira extremidade 14 214, para que a zona intermédia 239 da alavanca 216 separe parcialmente a tampa 214 da parte restante da zona central 236 (figuras 20 e 21), ao longo da linha de enfraquecimento 213; então o anel 232 é puxado para trás para levantar a tampa 214 e continuar a separá-la ao longo da linha de enfraquecimento 213, até que a abertura 215 esteja totalmente aberta (figuras 22 e 23) . A figura 25 ilustra uma terceira forma de realização de um recipiente 310 que não faz parte do presente invento, que compreende uma parede superior 311 proporcionada com uma nervura periférica 312 com forma anular, que delimita uma zona central 336.

Uma ranhura 238, análoga às ranhuras 338 e 238, é feita na parede superior 311.

Uma linha de enfraquecimento 313 é feita na zona central 336, que (tal como a linha 213) não está fechada em si própria e que delimita um elemento de fecho ou tampa 314, na forma de uma lingueta, sempre solidária com a parte restante da parte central 336, mesmo quando está na posição aberta.

Em particular, a tampa 314 tem uma forma substancialmente rectangular, fechando normalmente uma abertura correspondente 315 e estando ligada firmemente a uma alavanca 316 que, na condição fechada, se sobrepõe pelo menos parcialmente a ela. A alavanca 316 é actuada manualmente, por meio da sua extremidade de preensão, ou anel 232, para separar a tampa 314 da parte restante da zona central 336 da parede superior 311, ao longo da linha de enfraquecimento 313. A alavanca 316 está articulada numa extremidade 334 oposta ao anel 332, isto é, colocada substancialmente em correspondência com o centro da zona central 336. 15

Além disso, a alavanca 316 compreende uma zona intermédia 339 compreendida entre as suas extremidades 332 e 334 na qual é feita uma lingueta flexível 351, que por seu lado está ligada à tampa 314 por meio de um rebite 350. A tampa 314 é removida da seguinte forma: em primeiro lugar, o anel 332 da alavanca 316 é levantado manualmente, dobrando-o para o centro da parede superior 301, rodando na primeira extremidade 314, para que a zona intermédia 339 da alavanca 316 separe parcialmente a tampa 314 da restante parte da zona central 336, ao longo da linha de enfraquecimento 313; então o anel 332 é puxado ainda mais para trás e no mesmo lado, para levantar a tampa 314 e continuar a separá-la ao longo da linha de enfraquecimento 313, até que a abertura 315 esteja totalmente aberta. É claro que podem ser feitas modificações e/ou acrescentos de partes nos recipientes 210, tal como foi descrito acima, sem que se afastem do âmbito do presente invento.

Lisboa, 6 de Junho de 2012. 16

Claims (11)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Recipiente para uma substância, em particular uma bebida, compreendendo pelo menos: uma parede superior (211) funcionando como uma tampa, tendo uma nervura periférica (212) delimitando uma zona central (236) tendo uma forma substancialmente circular com um raio definido (A) , concêntrico em relação a um eixo central (Y) , solidário com a dita nervura periférica (212) e na qual é feita uma linha de enfraquecimento interrompida (213), a qual define um elemento de fecho (214) com patilha de abrir, formada sempre de forma solidária com a parte restante da parte central (236) e proporcionada com uma parte terminal dianteira adjacente à dita nervura periférica (212), o elemento de fecho (214) funcionando como um tampa amovível para uma abertura associada (215) disposta na dita zona central (236) e destinada a deixar passar a dita substância; e uma alavanca (216), tendo pelo menos uma parte ligada ao dito elemento de fecho (214) e que pode ser actuada para remover, pelo menos parcialmente, o dito elemento de fecho (214) da parte restante da dita zona central (236), separando-a ao longo da dita linha de enfraquecimento (213) e colocando assim a dita abertura (215) em comunicação com o exterior, a dita linha de enfraquecimento (213) sendo interrompida numa extremidade do dito elemento de fecho (214) que está no lado oposto da dita alavanca (216) em relação ao dito eixo central (Y) , pelo que o dito elemento de fecho (214) tem um bordo sólido com a parte restante da dita zona central (236), caracterizado por a dita alavanca (216) compreender: 1 - uma primeira extremidade (234) tendo uma parte central funcionando como um ponto de apoio em correspondência com a dita nervura periférica (212), fora do dito elemento de fecho (214) definido pela dita linha de enfraquecimento (213) e em frente da dita parte terminal dianteira, o dito ponto de apoio podendo determinar a elevação do dito elemento de fecho (214) por tracção; - uma segunda extremidade (232) disposta em correspondência substancial com a dita zona central (236), oposta à dita primeira extremidade (234) e funcionando como um elemento para agarrar, levantar e puxar, a distância entre a dita primeira extremidade (234) e a dita segunda extremidade (232) sendo ligeiramente inferior ao comprimento do dito raio (A); - e uma zona intermédia (239) entre a dita primeira extremidade (234) e a dita segunda extremidade (232), por meio da qual a dita alavanca (216) está ligada ao dito elemento de fecho (214), a dita zona intermédia (239) da dita alavanca (216) compreendendo uma lingueta flexível (251) ligada mecanicamente ao dito elemento de fecho (214) na sua parte terminal dianteira, para levantar e separar a dita parte terminal dianteira do dito elemento de fecho (214) da parte restante da zona central (236), sem que qualquer parte do elemento de fecho (214) entre em contacto com a substância contida dentro do recipiente.
2. 2. Recipiente de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a dita alavanca (216) ser substancialmente paralela ao dito raio (A). 2
3. 3. Recipiente de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por a dita segunda extremidade (232) ser colocada perto do dito eixo central (Y).
4. 4. Recipiente de acordo com as reivindicações 2 ou 3, caracterizado por o dito elemento de fecho (214) definido pela dita linha de enfraquecimento (213) compreender uma lingueta tendo uma primeira parte (214a) com uma forma substancialmente circular e uma segunda parte (214b) com uma forma substancialmente rectangular e contígua à dita primeira parte (214a), a dita primeira parte compreendendo a dita parte terminal dianteira.
5. 5. Recipiente de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por a dita alavanca (216) ser colocada por cima da dita primeira parte (214a) do dito elemento de fecho (214) .
6. 6. Recipiente de acordo com as reivindicações 4 ou 5, caracterizado por a dita linha de enfraquecimento (213) ser interrompida na extremidade da dita segunda parte (214) que está no lado oposto da dita alavanca (216) em relação ao dito eixo central (Y) , pelo que o dito elemento de fecho (214) tem um bordo sólido com a parte restante da dita zona central (236) .
7. 7. Recipiente de acordo com as reivindicações 4, 5 ou 6, caracterizado por a dita lingueta flexível (251) estar ligada mecanicamente à dita parte terminal dianteira do dito elemento de fecho (214) através de um meio de ligação mecânica (250) . 3
8. 8. Recipiente de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por o dito meio de ligação mecânica (250) ser um rebite ou um ponto de soldadura.
9. 9. Recipiente de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por a dita alavanca (216) poder rodar para fora da dita nervura periférica (212).
10. 10. Tampa para um recipiente que pode conter uma substância, em particular uma bebida, compreendendo: uma nervura periférica (212) delimitando uma zona central (236) tendo uma forma substancialmente circular com um determinado raio (A) , concêntrico em relação a um eixo central (Y) , que é solidário com a dita nervura periférica (212) e na qual é feita uma linha interrompida de enfraquecimento (213), que define um elemento de fecho com patilha de abrir (214) sempre solidária com a parte restante da parte central (236) e proporcionada com uma parte terminal dianteira disposta perto da dita nervura periférica (212), o elemento de fecho (214) funcionando como um tampa amovível para uma abertura associada (215) disposta na dita zona central (236) e destinada a deixar passar a dita substância; e uma alavanca (216) tendo pelo menos uma parte ligada ao dito elemento de fecho (214) e que pode ser actuada para remover, pelo menos parcialmente, o dito elemento de fecho (214) da parte restante da dita zona central (236), separando-a ao longo da dita linha de enfraquecimento (213) e colocando assim a dita abertura (215) em comunicação com o exterior, a dita linha de enfraquecimento (213) sendo interrompida 4 numa extremidade do dito elemento de fecho (214) que está no lado oposto da dita alavanca (216) em relação ao dito eixo central (Y) , pelo que o dito elemento de fecho (214) tem um rebordo sólido com a parte restante da dita zona central (236), caracterizada por a dita alavanca (216) compreender: - uma primeira extremidade (234) tendo uma parte central funcionando como um ponto de apoio disposto em correspondência com a dita nervura periférica (212), fora do dito elemento de fecho (214) definido pela dita linha de enfraquecimento (213) e em frente da dita parte terminal dianteira, o dito ponto de apoio podendo determinar o levantamento do dito elemento de fecho (214) por tracção; - uma segunda extremidade (232) disposta em correspondência substancial com a dita zona central (236) oposta à dita primeira extremidade (234) e funcionando como um elemento para agarrar, levantar e puxar, a distância entre a dita primeira extremidade (234) e a dita segunda extremidade (232) sendo ligeiramente inferior ao comprimento do dito raio (A); - e uma zona intermédia (239) entre a dita primeira extremidade (234) e a dita segunda extremidade (232), por meio da qual a dita alavanca (216) está ligada ao dito elemento de fecho (214), a dita zona intermédia (239) da dita alavanca (216) compreendendo uma lingueta flexível (251) ligada mecanicamente ao dito elemento de fecho (214) na sua parte terminal dianteira, para levantar e separar a dita parte terminal dianteira do dito elemento de fecho (214) da parte dianteira da zona 5 central (236), sem que qualquer parte do elemento de fecho (214) entre em contacto com a substância contida dentro do recipiente e mantendo o elemento de fecho (214) sempre solidário com a parte restante da zona central (236) .
11. 11. Processo para abrir um elemento de fecho (214) de um recipiente que pode conter uma substância, em particular uma bebida, em que o dito recipiente compreende uma parede superior (211) funcionando com uma tampa, tendo uma nervura periférica (212) delimitando uma zona central (236) tendo uma forma substancialmente circular com um determinado raio (A) concêntrico em relação a um eixo central (Y) que é solidário com a dita nervura periférica (212) e na qual é feita uma linha interrompida de enfraquecimento (213), que define o dito elemento de fecho com patilha de abrir (214) sempre solidário com a parte restante da parte central (236) e proporcionado com uma parte terminal dianteira disposta próxima da dita nervura periférica (212), o elemento de fecho (214) funcionando como um tampa amovível para uma abertura associada (215) disposta na dita zona central (236) e destinada a deixar passar a dita substância; e uma alavanca (216) tendo pelo menos uma parte ligada ao dito elemento de fecho (214) e que pode ser actuada para remover, pelo menos parcialmente o dito elemento de fecho (214) da parte restante da dita zona central (236) por tracção, separando-a ao longo da dita linha de enfraquecimento (213), a dita linha de enfraquecimento (213) sendo interrompida numa extremidade do dito elemento de fecho (214) que está no lado oposto da dita alavanca (216) em relação ao dito eixo central, pelo 6 que o dito elemento de fecho (214) tem um bordo solidário com a parte restante da dita zona central (236); em que a dita alavanca (216) compreende: - uma primeira extremidade (234) tendo um ponto de apoio colocado em correspondência com a dita nervura periférica (212), fora do dito elemento de fecho (214) definido pela dita linha de enfraquecimento (213) e em frente da dita parte terminal dianteira, o dito ponto de apoio podendo determinar o levantamento do dito elemento de fecho por tracção, sem que este último entre dentro do recipiente; - uma segunda extremidade (232) disposta em correspondência substancial com a dita zona central (236), oposta à dita primeira extremidade (234) e funcionando com um elemento para agarrar, levantar e puxar, a distância entre a dita primeira extremidade (234) e a dita segunda extremidade (232) sendo ligeiramente inferior ao comprimento do dito raio (A); - e uma zona intermédia (239) entre a dita primeira extremidade (234) e a dita segunda extremidade (232), por meio da qual a dita alavanca (216) está ligada ao dito elemento de fecho (214), a dita zona intermédia (239) da dita alavanca (216) compreendendo uma lingueta flexível (251) ligada mecanicamente ao dito elemento de fecho (214) na sua parte terminal dianteira, o dito método compreendendo os seguintes passos: - levantar a dita segunda extremidade (232) da dita alavanca (216), rodando-a para fora da dita nervura periférica (212), articulando-a na dita primeira extremidade (234) para que a dita lingueta flexível 7 (251) da dita zona intermédia (239) levante e separe a parte terminal dianteira do dito elemento de fecho (214) da parte restante da zona central (236), sem que qualquer parte do elemento de fecho (214) entre em contacto com a substância contida dentro do recipiente e mantendo o elemento de fecho (214) sempre solidário com a parte restante da zona central (236); e - puxar para trás a dita segunda extremidade (216) para levantar o dito elemento de fecho (214) e continuar a separá-lo ao longo da dita linha de enfraquecimento (213), mantendo o elemento de fecho (214) sempre solidário com a parte restante da zona central (236), até que a dita abertura (215) seja aberta. Lisboa, 6 de Junho de 2012. 8