PT2171007E - Tintas para impressão em talhe doce - Google Patents

Tintas para impressão em talhe doce Download PDF

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PT2171007E
PT2171007E PT87861381T PT08786138T PT2171007E PT 2171007 E PT2171007 E PT 2171007E PT 87861381 T PT87861381 T PT 87861381T PT 08786138 T PT08786138 T PT 08786138T PT 2171007 E PT2171007 E PT 2171007E
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PT87861381T
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Pierre Degott
Patrick Magnin
Stephane Chabrier
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Sicpa Holding Sa
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    • C09DYES; PAINTS; POLISHES; NATURAL RESINS; ADHESIVES; COMPOSITIONS NOT OTHERWISE PROVIDED FOR; APPLICATIONS OF MATERIALS NOT OTHERWISE PROVIDED FOR
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    • C09D11/00Inks
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    • C09D11/10Printing inks based on artificial resins
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Description

1
DESCRIÇÃO "TINTAS PARA IMPRESSÃO EM TALHE DOCE" Área da invenção A presente invenção relaciona-se com tintas para impressão para o processo de impressão em talhe doce, também referido como processo de impressão com troquei de aço gravado. Em particular são divulgadas tintas oxidativamente curadas compreendendo uma combinação de cera fusível e um componente ligante de cura por UV. Estas tintas podem ser impressas numa prensa de impressão padrão, e, através de uma pequena irradiação de UV após impressão, permitir que se reduza significativamente ou se elimine o contraste indesejado que pode ocorrer após a impressão e o empilhamento das folhas impressas. 0 uso das tintas da presente invenção resulta em folhas impressas menos contaminadas com contraste, permitindo um maior empilhamento do bem impresso, o uso de profundidades de gravura aumentadas, um desenho de talhe doce mais desafiante, e a impressão em substratos menos porosos, possibilitando simultaneamente a impressão numa prensa de impressão padrão, e oferecendo a possibilidade de usar uma temperatura de placa de impressão mais baixa.
Antecedentes da invenção
No processo de impressão com troquei de aço gravado, doravante chamado de processo de impressão em talhe doce, a um cilindro de aço gravado rotativo, carregando um padrão ou imagem a ser impresso, e aquecido até uma temperatura na ordem de 80°C, é fornecida tinta por um ou mais cilindros de tinta modelo. Após a tintagem, qualquer excesso de tinta na superfície plana do cilindro de impressão é limpo por um cilindro de limpeza rotativo. A tinta remanescente na gravura do cilindro de impressão é transferida sob pressão 2 para o substrato a ser impresso, o qual pode ser um material de papel ou de plástico na forma de folha, enquanto o cilindro de limpeza é limpo por uma solução de limpeza. Outras técnicas de limpeza podem também ser usadas, tais como limpeza com papel ou limpeza com tecido ("calicó").
Uma das características distinguíveis do processo de impressão em talhe doce é que a espessura do filme da tinta transferida para o substrato pode ser variada desde alguns micrómetros até várias dezenas de micrómetros por uma placa de impressão correspondentemente moldada. Esta capacidade para variar a espessura do filme é uma característica muito desejável do processo de impressão em talhe doce e pode ser usada para produzir efeitos de gravura em relevo, i.e. para conferir tactilidade ao documento impresso, bem como para produzir variações de sombra usando uma e a mesma tinta. 0 relevo pronunciado da impressão em talhe doce acentua o problema do "contraste", o qual é a transferência de tinta de uma folha impressa para o verso da folha impressa que se segue, ou para o verso da folha infinita numa teia. Os fatores que influenciam o "contraste" são determinados pela formulação da tinta para impressão, pela profundidade e regularidade da gravura, pelas condições de impressão, pelo substrato de impressão, pelo número de folhas empilhadas por pilha, pelo tempo entre a impressão e o manuseamento das pilhas e pela forma como as pilhas impressas de papel são manuseadas após impressão. 0 "contraste" causado pela pegajosidade residual da tinta impressa, a qual adere à superfície do substrato do verso da folha seguinte, é agravado quando é aplicada pressão a uma pilha de folhas impressas empilhadas. Dependendo da sua extensão, o "contraste" pode inutilizar irreversivelmente o 3 produto impresso afetado por ele. Um método clássico de evitar perdas do bem impresso devido ao "contraste" é intercalar folhas de separação entre todas as folhas impressas; isto leva no entanto a um abrandamento do processo de impressão e também a uma impressão mais cara. 0 problema da redução do contraste em tintas oxidativamente curadas tem sido tratado na técnica de várias formas: i) pelo uso de ligantes oxidativamente curáveis de alto peso molecular, ii) por solventes com ponto de ebulição relativamente pequeno que evaporariam parcialmente na placa de impressão, iii) por ceras, formando uma camada protetora no filme de tinta, iv) por uma razão do ligante em relação ao enchimento alta que reduziria a pegajosidade residual da tinta, e v) por catalisadores de metal eficazes que asseguram a rápida cura direta do filme de tinta impressa. A WO 03/066759 (e as relacionadas JP 2002-38065 e JP 01-289878) divulga uma matriz de tinta de dupla cura, compreendendo um material curável por UV como o componente principal (à volta de 40 p-%), em conjunto com uma resina alcaloide oxidativamente curada como um componente secundário (à volta de 5 p-%), um fotoiniciador, e um catalisador de polimerização oxidativa. A composição de tinta divulgada não compreende cera fusível.
Esta tinta é sujeita à cura por UV imediatamente a seguir à operação de impressão, na qual seca instantaneamente, pelo menos à superfície, com a consequência de que o contraste não pode ocorrer. Uma pós-cura mais lenta, em profundidade tem lugar durante as horas e dias seguintes de acordo com 4 um mecanismo de oxipolimerização, permitindo uma boa adesão da tinta ao substrato mesmo na presença de pigmentos ou enchimentos opacos quanto à UV. A tinta de acordo com a WO 03/066759 requer prensas de impressão particulares, e.g. equipadas com borracha MEPD, desenhadas para a impressão de tintas curadas por UV; a tinta não pode ser impressa numa pressa de impressão em talhe doce equipada para tintas para impressão gordurosas, curadas por oxipolimerização padrão. A WO 01/38445 AI trata do "contraste" de tintas para impressão em talhe doce em substratos de polímero. O ligante da tinta para impressão em talhe doce aí divulgada inclui uma resina de poliéster auto-oxidável tendo resíduos de ácido gordo, e uma dispersão de cera tendo uma temperatura de transição do vidro abaixo da temperatura máxima alcançada durante o processo de impressão. A tinta para impressão divulgada inclui adicionalmente solventes e pigmentos e pode ser curada sob radiação de UV. Esta tinta para impressão não contém nenhuns acrilatos de todo. A maioria das tintas para impressão em talhe doce usadas hoje são ainda tintas gordurosas, à base de alquido, as quais curam de acordo com um mecanismo de secagem puramente oxidativo. Elas contêm tradicionalmente solventes de hidrocarboneto. Como consequência, as máquinas de impressão na maioria dos trabalhos de impressão estão equipadas com sistemas de impressão, coberturas de impressão e cilindros de limpeza os quais são especificamente desenhados para resistir à química UV-tinta mais polar.
Alquidos de secagem oxidativa, em comparação com tintas curadas por UV, têm, não obstante as insuficiências de uma secagem inerentemente lenta, a qual resulta numa taxa de 5 produção mais baixa, a necessidade de usar solventes orgânicos não amigos do ambiente (COV = compostos orgânicos voláteis), e a predisposição intrínseca destas tintas para produzir "contraste" como uma consequência da sua secagem lenta. A sua principal vantagem, por sua vez, é uma boa cura em profundidade proporcionada pelo mecanismo de secagem oxidativa, resultando em boas resistências físicas e químicas do produto impresso e seco. 0 equipamento de impressão adaptado para os imprimir já está além disso em vigor em todo o trabalho de impressão.
As tintas para impressão em talhe doce curadas por UV, por outro lado, têm a vantagem de uma secagem da superfície rápida ou quase imediata, eliminando tempos de espera e permitindo uma alta taxa de produção. A presença, na formulação da tinta, de compostos orgânicos voláteis pode ser evitada, e o contraste não ocorre devido à secagem instantânea.
As insuficiências das tintas por UV, por sua vez, são que a cura em profundidade permanece um desafio, em particular no caso de uma carga de pigmento alta na tinta e/ou da presença de pigmentos que são opacos ou que têm uma alta absorvância no espetro de UV. As tintas para impressão em talhe doce curáveis por UV são além disso significativamente mais caras do que tintas à base de alquido tradicionais, e, ainda mais importante, o equipamento de impressão necessita de uma grande mudança de todos os componentes que entrem em contacto com a tinta para impressão curável por UV, em particular os rolos feitos de borracha ou de outros materiais de polímero, que têm de ser redesenhados para resistir à diferente química das tintas por UV. 6 A composição química das tintas para impressão curadas por UV é inteiramente diferente daquela das tintas para impressão de talhe doce à base de solvente de alquido/hidrocarboneto. Quando as tintas para impressão em talhe doce curáveis por UV entram em contacto com os componentes de borracha específicos quanto ao solvente de alquido/hidrocarboneto do sistema de impressão, com as coberturas de impressão e com os cilindros de limpeza da máquina de impressão, podem causar uma dilatação ou encolhimento da borracha, o que por sua vez altera a geometria dos rolos e das coberturas. Isto resulta numa baixa qualidade de impressão, bem como num tempo de vida do rolo reduzido, aumentando ao todo o custo de impressão e de manutenção.
Na prática, para permitir a impressão das tintas em talhe doce curadas por UV, os rolos da máquina de impressão têm de ser feitos de um material especial ou protegidos por um composto altamente resistente tal como uma borracha de MEPD (borracha de monómero de etileno propileno dieno) não polar. Assim sendo surge um custo adicional para a impressora se ela mudar de tintas em talhe doce à base de alquido tradicionais para tintas em talhe doce curáveis por energia, o qual é causado por um lado pela própria tinta para impressão em talhe doce curável por energia (curável por UV), e por outro lado pela atualização cara do equipamento de impressão para se tornar compatível com a tinta por UV. Resulta uma desvantagem adicional para a impressora, que necessita de imprimir em ambas as tecnologias, porque de cada vez que ela muda o tipo de tinta para impressão (curável por UV ou oxidativamente curável, respetivamente), todas as partes correspondentes da máquina de impressão têm de ser mudadas conformemente numa operação demorada. 7
Seria assim altamente desejável que se tivesse disponível uma tinta que combinasse as propriedades de contraste favoráveis das tintas em talhe doce por UV com a boa cura em profundidade das tintas em talhe doce de alquido, o que resulta em altas resistências físicas e químicas da tinta impressa no documento, e que é compatível com o (i.e. imprimível sem mudança no) equipamento de impressão em talhe doce existente em utilização nas instalações das impressoras. É o objeto da presente invenção proporcionar uma tinta para impressão em talhe doce que tenha valores de resistência ao contraste e de cura em profundidade muito bons, e que possa ser impressa no equipamento de impressão em talhe doce convencional desenhado para tintas de cura oxidativa.
Sumário da invenção A presente invenção está relacionada com uma composição de tinta para impressão em talhe doce que após um ciclo térmico de 25°C a 80°C, a 25°C, e após irradiação com uma dosagem de cura de luz UV, mostra um aumento no seu módulo dinâmico complexo de pelo menos 50%, preferencialmente de pelo menos 100%. O ciclo térmico usado na presente invenção corresponde à variação típica da temperatura da tinta durante o processo de impressão em talhe doce convencional. A temperatura da placa de talhe doce durante a operação de impressão é tradicionalmente escolhida para ser à volta de 80°C, e as tintas são formuladas como consequência da gama de temperaturas de fusão dos seus componentes de cera fusíveis. As tintas da presente invenção, tendo um mecanismo particular para aumentar a viscosidade após a impressão, permitem maior liberdade na escolha da temperatura da placa de impressão. Em particular, podem ser formuladas tintas contendo componentes sensíveis à temperatura para serem imprimíveis a uma temperatura mais baixa, tal como 60°C ou mesmo 50°C, obtendo ainda simultaneamente uma boa resistência ao contraste das folhas recentemente impressas.
De acordo com a presente invenção, uma dosagem de cura de luz UV significa uma dosagem que curaria a seco uma tinta por UV correspondente.
Um aumento no módulo dinâmico complexo significa que a tinta impressa está a gelificar após a irradiação de UV, e como consequência perde muita da sua pegajosidade inicial. 0 módulo dinâmico é uma medida do comportamento reológico da tinta; um aumento deste módulo em 50% é altamente significativo no que diz respeito à resistência ao contraste. A tinta de acordo com a presente invenção tem, como um componente principal, um material de cura oxidativa selecionado do grupo consistindo nas resinas de alquido e nas resinas de alquido modificadas de origem sintética ou natural numa quantidade entre 20 e 50 p-% da tinta para impressão total, o que a proporciona com boas propriedades de secagem em profundidade, e, como um componente auxiliar, uma combinação de cera fusível tendo um ponto de fusão ou gama de fusão entre 50 e 120°C numa quantidade de até 10 p-%, preferencialmente entre 2 e 5 p-%, e um acrilato de cura por UV numa quantidade entre 2 e 15 p-%.
Foi descoberto que a referida combinação de cera fusível e o componente de cura por UV permitiu que a tinta impressa estabilizasse à superfície através de uma pequena irradiação de UV após a operação de impressão, de modo a evitar o contraste, sendo ainda imprimível em equipamento 9 de impressão padrão à velocidade de impressão plena, mas permitindo um maior empilhamento dos bens impressos. As boas cura em profundidade e as resistências físicas e químicas das tintas em talhe doce oxidativamente curadas tradicionais são mantidas. A tinta da invenção tem propriedades químicas que são próximas das das tintas em talhe doce tradicionais, e pode, por esta razão, ser impressa numa prensa de impressão em talhe doce convencional, sem a necessidade de mudar as partes de borracha na máquina de impressão que entram em contacto com a tinta para impressão. 0 único requisito para a impressora é a presença adicional de uma unidade de irradiação de UV numa máquina de impressão de talhe doce de outro modo padrão. A tinta para impressão em talhe doce da presente invenção é principalmente uma tinta em talhe doce oxidativamente curada, a qual adicionalmente à cera compreende um acrilato curável por UV, numa quantidade de 2 a 15 p-%, mais preferencialmente de 4 a 8 % por peso da composição de tinta para impressão total. Através de uma exposição a UV imediatamente após a operação de impressão, a superfície de tinta impressa é estabilizada, de modo a permitir um armazenamento (empilhamento) das folhas impressas, sem a produção de "contraste" mesmo sob condições particularmente desfavoráveis. Podem portanto ser previstas pilhas significativamente maiores de bens impressos. A tinta da presente invenção não está, no entanto, seca após a pequena irradiação de UV após a operação de impressão. Isto é evidenciado pelo facto de, sob pressão reduzida, a tinta impressa e irradiada por UV da presente invenção se transferir não obstante para uma segunda folha, 10 ao passo que uma tinta impressa e irradiada por UV e curada por UV não. A cura à superfície e em profundidade da tinta da presente invenção tem lugar durante as horas ou dias que se seguem à operação de impressão, através de um processo de oxipolimerização sob a influência de oxigénio do ar, como conhecido para as tintas em talhe doce tradicional. A formulação das tintas oxidativamente curadas é conhecida da pessoa perita. Tais tintas compreendem um material oxidativamente curável e um catalisador da oxipolimerização (secante). Os materiais oxidativamente curáveis, úteis como o componente oxidativamente curável, podem ser de origem natural ou sintética. Materiais de cura oxidativa típicos de origem natural são oligómeros ou polímeros à base de óleos vegetais, tais como óleo de linhaça, óleo de tungue, resina líquida, bem como outros óleos de secagem conhecidos da pessoa perita. Materiais de cura oxidativa típicos de origem sintética são resinas de alquido, tais como podem ser obtidas, como conhecido dos peritos na técnica, por exemplo pela condensação conjunta (esterificação) a de 180°C a 240°C de i) um ou mais ácidos policarboxílicos, tal como ácidos orto-, iso-, ou ter-ftálicos, ácido orto-tetrahidroftálico, ácido fumárico, ácido maleico, ou um seu anidro correspondente; ii) um ou mais álcoois poliídricos, tal como glicol, trimetiloletano, pentaeritritol, sorbitol, etc.; e iii) um ou mais ácidos gordos insaturados, tal como ácidos gordos de óleo de linhaça, de óleo de tungue ou de resina líquida. 11
Os componentes oxidativamente curáveis selecionados do grupo consistindo nas resinas de alquido e nas resinas de alquido modificadas de origem sintética ou natural estão presentes na tinta de acordo com a invenção numa quantidade de 20 a 50% por peso, o mais preferencialmente de 30 a 40% por peso, da tinta para impressão total. O material curável por UV, útil como o componente curável por UV, é selecionado do grupo consistindo em monómeros, oligómeros ou polímeros de acrilato, tais como acrilatos de amino, acrilatos de epoxi, acrilatos de poliéster, acrilatos de uretano, acrilatos de oligómero autofotoiniciadores, acrilatos dendríticos, bem como suas misturas. Componentes curáveis por UV preferenciais são oligómeros e polímeros de acrilato. A tinta para impressão em talhe doce da presente invenção compreende adicionalmente pelo menos um agente sicativo, i.e. um catalisador da oxipolimerização, o qual pode ser o sal de um ácido gordo de cadeia longa com um catião metálico polivalente, tal como cobalto (2 + ), vanádio (2 + ) , manganês (3+), ou cério (3+). Os sais do referido tipo são solúveis em óleo e assim sendo compatíveis com tintas à base de alquidos gordos. A tinta pode adicionalmente compreender sabões de cálcio e/ou de zircónio e/ou de cério como um agente sicativo para melhorar adicionalmente a cura em profundidade. O agente sicativo está usualmente presente em quantidades de até 5% por peso, preferencialmente de 1 a 3% por peso, da composição de tinta para impressão total. A tinta para impressão em talhe doce da presente invenção compreende adicionalmente pelo menos um fotoiniciador para a iniciação da reação de polimerização dos componentes curáveis por UV. O fotoiniciador está usualmente presente em quantidades até 5% por peso, preferencialmente de 1 a 3% por peso, da composição de tinta para impressão total. 12
Fotoiniciadores adequados são conhecidos da pessoa perita e são e.g. do tipo acetofenona, do tipo benzofenona, do tipo α-aminocetona, ou, preferencialmente, do tipo óxido de fosfina. Um fotoiniciador adequado é Irgacure 819 da Ciba. A composição de tinta para impressão em talhe doce pode adicionalmente compreender estabilizantes do fotoiniciador (estabilizante por UV) numa quantidade de até 3%, preferencialmente de 0,5 a 3%, mais preferencialmente de 1,5% por peso da tinta para impressão total.
Os inventores descobriram adicionalmente que a presença simultânea de, por um lado, cera fusivel, que é conhecida por reduzir o "contraste" nas tintas para impressão em talhe doce tradicionais, e, por outro lado, acrilatos curáveis por UV, resultou num efeito sinérgico na prevenção do "contraste" das tintas em talhe doce impressas da presente invenção num grau surpreendente e inesperado, se as tintas forem sujeitas a irradiação de UV imediatamente após a operação de impressão. A tinta para impressão em talhe doce da presente invenção compreende assim adicionalmente pelo menos uma cera fusivel, tal como um material à base de cera Montan, e.g. cera Montan refinada, ácidos, amidas ou ésteres montânicos; cera Montan modificada ou saponifiçada, ou cera de Carnaúba, ou outras ceras de éster de cadeia longa sintéticos ou suas misturas. A cera ou ceras fusíveis estão compreendidas na tinta para impressão em talhe doce da presente invenção em quantidades de até 10% por peso, preferencialmente entre 1 e 10%, mais preferencialmente entre 1 e 5%, e ainda mais preferencialmente entre 2 e 5% por peso da tinta para impressão total. 13
Dentro do contexto da presente invenção, cera fusível refere-se a uma cera ou mistura de ceras tendo um ponto de fusão ou um intervalo de fusão do produto puro na gama de entre 50-120°C, preferencialmente de entre 55-100°C, mais preferencialmente de entre 60-85°C. Na composição de tinta para impressão, os correspondentes pontos de fusão ou intervalos de fusão da cera são reduzidos devido à presença de outros componentes. A composição de tinta para impressão em talhe doce pode adicionalmente compreender outros componentes tais como pigmentos para proporcionar a cor da tinta, enchimentos, emulsificantes, solventes, e.g. para o ajuste da viscosidade, bem como aditivos e/ou marcadores especiais para fins de segurança ou forênsicos.
Descrição detalhada da invenção A composição de tinta para impressão em talhe doce da presente invenção compreende pelo menos um componente principal oxidativamente curável selecionado do grupo consistindo nas resinas de alquido e nas resinas de alquido modificadas de origem sintética ou natural numa quantidade entre 20 e 50 p-% da composição de tinta total, pelo menos um acrilato curável por UV numa quantidade entre 2 e 15 p-% da composição de tinta total, pelo menos um secante da oxipolimerização, pelo menos um fotoiniciador, e pelo menos uma cera fusível tendo um ponto de fusão ou gama de fusão entre 50 e 120°C numa quantidade entre 1 e 10 p-%, da composição de tinta total. Opcionalmente podem estar presentes pigmentos, enchimentos, aditivos e solventes, bem como um agente estabilizante para a parte curada por UV. O componente oxidativamente curável é selecionado do grupo consistindo nas resinas de alquido e nas resinas de alquido modificadas de origem sintética ou natural, em particular 14 resinas de alquido modificadas de fenol, epoxi, uretano, silicone, acrilo e vinilo, alquidos de ácido neutralizados, e óleos vegetais sicativos. Resinas de alquido oxidativamente curadas de origem sintética típicas são as resinas de alquido obtidas pela esterificação de uma mistura de um ou mais ácidos carboxílicos poliídricos ou derivados do ácido, tais como anidros e/ou os seus equivalentes hidrogenados, e um ou mais ácidos gordos insaturados de origem natural, com um ou mais polióis, tais como etileno glicol, glicerol, pentaeritritol, etc. Exemplos de tais resinas de alquido são divulgados na EP 0 340 163 Bl, sendo o seu respetivo conteúdo incorporado aqui por referência, em particular os exemplos II e III. O componente oxidativamente curável está presente em quantidades de 20 a 50% por peso, preferencialmente de 25 a 40% por peso, e o mais preferencialmente numa quantidade de 30 a 35% por peso da tinta para impressão total. O agente sicativo (secante), i.e. o catalisador da oxipolimerização, é adicionado para promover a cura em profundidade do alquido sob a influência do oxigénio do ar. O referido secante é tipicamente baseado em sais de metais de transição os quais são solúveis no óleo à base do meio de tinta para impressão. Os iões dos elementos químicos com os números de 23 a 29, bem como aqueles de certos outros elementos químicos, são potencialmente úteis em secantes. Particularmente preferencial é uma combinação de carboxilatos de cobalto e de manganês, ou de carboxilatos de cobalto, de manganês e de zircónio, em que o carboxilato é um anião de ácido carboxílico de cadeia longa. Um secante particularmente preferencial compreende octoato de cobalto (II), octoato de manganês (II), e octoato de zircónio (IV) num solvente de hidrocarboneto. Outros secantes adequados foram divulgados na aplicação de patente copendente 15 ΕΡ07112020.8 do mesmo requerente. 0 secante está presente em quantidades de até 5%, preferencialmente de 0,5 a 5 p-%, e mais preferencialmente de 1 a 3 p-% da tinta para impressão total. O componente curável por UV é um acrilato, um monómero ou preferencialmente um oligómero ou polímero. O referido acrilato pode ser selecionado do grupo consistindo nos acrilatos de amino, nos acrilatos de epoxi, nos acrilatos de poliéster, nos acrilatos de uretano, nos acrilatos oligoméricos do autofotoiniciador, nos acrilatos dendriméricos, e nas suas misturas. Exemplos de componentes por UV adequados são dados na Tabela 1. TABELA 1 Tipo de Resina Nome Comercial Fornecedor Monómeros de TMPTA, HDDA, NPGDA, Cytec e muitos acrilato PETA, e muitos outros outros produtos de diferentes fornecedores fornecedores Acrilatos de amino Genomer 5275 Rahn Uvecryl P115 UCB Acrilatos de epoxi Craynor 132 Sartomer Acrilatos de Laromer LR 8765 BASF poliésteres Ebecryl 450 Cytec Acrilatos de Photomer 6618 Cognis uretanos Actilane 245 Akzo Ebecryl 2003 Cytec Ebecryl 220 Cytec Acrilatos BDE-1029 IGM Resins dendríticos BDE 1025 IGM Resins Acrilato de Drewrad 1122 Ashland 16 16 Ebecryl 600
Cytec oligómero autofotoiniciador Oligómero de acrilato O acrilato curável por UV está presente numa quantidade de 2 a 15% por peso, mais preferencialmente de 4 a 8% por peso, o mais preferencialmente de 5 a 7% por peso, da tinta para impressão total. A tinta para impressão em talhe doce compreende adicionalmente pelo menos um fotoiniciador. O referido fotoiniciador está tipicamente presente em quantidades de até 5% por peso, preferencialmente de 0,5 a 5% por peso, mais preferencialmente em quantidades de 1 a 3% por peso, e o mais preferencialmente de 1 a 2% por peso da tinta para impressão total.
Fotoiniciadores adequados podem ser escolhidos do grupo consistindo nas α-aminocetonas (e.g. Irgacure 369, Irgacure 907), nas α-hidroxicetonas (e.g. Irgacure 2959), nos óxidos de fosfina (e.g. Irgacure 819), nas tioxantonas (e.g. ITX) , nas tioxantonas oligoméricas (e.g. Genopol TX-1), nos benzoatos de amino oligoméricos (Genopol AB-1), nas benzofenonas oligoméricas (e.g. Genopol BP-1). Estes tipos de fotoiniciadores são conhecidos da pessoa perita; eles geram radicais livres aquando da irradiação de UV, iniciando uma reação de polimerização radical do componente curável por UV, tal como o acrilato.
Ceras fusíveis adequadas para levar a cabo a presente invenção podem ser escolhidas do grupo da cerca Montan, do ácido, amida ou éster montânico; da cera Montan modificada ou saponifiçada, da cera de Carnaúba, da cera de éster de 17 cadeia longa, e de suas misturas. Exemplos de ceras adequadas são dados na Tabela 2. 0 ponto de fusão ou gama de fusão da cera fusível adequada para levar a cabo a invenção é entre 50 e 120°C, preferencialmente entre 55 e 100°C, mais preferencialmente entre 60 e 85°C.
Tipo de Cera Nome Ponto de Comercial Fusão* Cera Montan refinada Licowax U ~86 °C Ácidos montânicos Licowax S ~82 °C Licowax SW ~83 °C Licowax LP ~83 °C Licowax UL ~84°C Licowax NC ~84°C Ácidos montânicos esterifiçados Licowax E ~82 °C Licowax F ~79°C Licowax KP ~87°C Licowax KPS ~82 °C Ácidos montânicos esterifiçados, Licowax 0 ~100°C parcialmente saponifiçados Licowax OP ~100°C Licowax OM ~89 °C À base de Montan Printwax MM8015 ~95°C Montan/de Carnaúba Printwax MX6815 ~90 °C *Os pontos de fusão indicados são aqueles dados pelos fornecedores da cera pura.
Licowax é fornecida por CLARIANT
Printwax é fornecida por DEUREX GmbH, Tõglitz
Outro tipo de ceras, tais como parafina, polipropileno, polietileno amida ou ceras SPF e similares pode estar adicionalmente compreendido na composição de tinta para 18 impressão da presente invenção sem perturbar o efeito sinérgico no contraste exibido pela presença simultânea de cera fusível e acrilato sob irradiação de UV imediatamente após a impressão. Elas podem ser usadas para ajustar outras propriedades da tinta para impressão em talhe doce, tal como resistência da borracha ou comportamento reológico, como conhecido da pessoa perita.
De acordo com um aspeto adicional da invenção, um estabilizante do fotoiniciador (estabilizante por UV) pode também estar compreendido na tinta. Tais estabilizantes do fotoiniciador são conhecidos da pessoa perita. Estabilizantes úteis são e.g. Florstab UV-1, fornecido pela Kromachem, e Genorad 16, fornecido pela Rahn. 0 referido estabilizante do fotoiniciador está compreendido na tinta numa quantidade de até 3%, preferencialmente de 0,5 a 3%, mais preferencialmente numa quantidade de 1 a 2%, o mais preferencialmente numa quantidade de 1,5% por peso da tinta para impressão total. A presença do estabilizante por UV serve para evitar uma polimerização prematura durante a preparação ou durante o manuseamento da tinta antes do uso na prensa de impressão bem como antes do passo de cura por radiação. Além disso, o estabilizante por UV proporciona um tempo de prateleira da tinta para impressão mais longo. A tinta em talhe doce da presente invenção pode adicionalmente compreender pigmentos e enchimentos, bem como solventes minerais. 0 conteúdo em pigmentos da composição de tinta para impressão em talhe doce está geralmente na gama de 3 a 30%, mais usualmente na gama de 5 a 15%, por peso da tinta para impressão total. Pigmentos 19 adequados para uso em tintas para impressão sao conhecidos da pessoa perita.
De acordo com um aspeto adicional da invenção, o conteúdo em enchimento da composição de tinta para impressão pode estar na gama de 5 a 50%, por peso da tinta para impressão total. O enchimento pode ser e.g. de origem natural, tal como calcário, argila da China, mica esfoliada, ou talco, ou preparado sinteticamente, tal como carbonatos de cálcio precipitados, sulfato de bário, bentonite, aerosil, dióxido de titânio, ou também misturas de alguns destes.
Solventes minerais adequados para formar as presentes invenções são solventes de hidrocarboneto orgânico linear ou ramificado com comprimentos de cadeia de Ci0 a Ci5 e tendo um ponto de ebulição entre 180 e 290°C, tais como PKW 1/3, PKW 4/7 AF, PKWF 6/9 neu ou PKW 6/9 AF (e.g. da Haltermann) , bem como ésteres de ácido gordo. Podem ser adicionados solventes oxigenados ou polares, tais como éteres de glicol, como cosolventes. A viscosidade da tinta é ajustada com solvente minerais e aditivos, e.g. Aerosil, até cerca de 1 a 40 Pa-s, preferencialmente cerca de 3 a 25 Pa-s, mais preferencialmente até cerca de 6 a 15 Pa-s, medida numa geometria de placa cónica a 1000 s_1 e 40°C. A tinta para impressão em talhe doce da presente invenção é preferencialmente preparada de acordo com o seguinte processo, compreendendo os passos de: a) trituração em conjunto, preferencialmente num moinho com três rolos, de pelo menos um componente curável pela oxipolimerização, selecionado do grupo consistindo nas resinas de alquido e nas resinas de alquido modificadas 20 de origem sintética ou natural, pelo menos um acrilato curável por UV, pelo menos uma cera fusível tendo um ponto de fusão ou gama de fusão entre 50 e 120°C, e enchimentos e solventes adicionais, para obter uma dispersão homogénea; b) trituração em conjunto, preferencialmente num moinho com três rolos, de pelo menos um componente curável pela oxipolimerização, selecionado do grupo consistindo nas resinas de alquido e nas resinas de alquido modificadas de origem sintética ou natural, pelo menos um pigmento, e enchimentos e solventes adicionais, para obter uma dispersão homogénea; c) mistura e trituração em conjunto da dispersão do passo a), a dispersão do passo b), um secante oxidativo (agente sicativo), um fotoiniciador e um estabilizante do fotoiniciador opcional, para obter a tinta para impressão da invenção, em que o material principal oxidativamente curável está presente numa quantidade entre 2 e 15 p-% da tinta para impressão total, e o material curável por UV está presente numa quantidade entre 2 e 15 p-% da tinta para impressão total, e a cera fusível está presente numa quantidade de até 10 p-%, da tinta para impressão total.
Uma primeira resina de alquido curável pela oxipolimerização pode ser usada no passo a) e uma segunda resina de alquido curável pela oxipolimerização diferente no passo b) , de modo a assegurar a melhor compatibilidade com o acrilato curável por UV e com o pigmento, respetivamente.
Deve ser tomado cuidado durante a mistura em conjunto dos componentes da tinta para impressão para que a temperatura não exceda 50°C, porque o componente de acrilato curável por UV pode sofrer uma reação de polimerização prematura, tornando a tinta inútil para aplicação adicional. Por esta 21 razão, a mistura dos componentes da tinta é preferencialmente levada a cabo num sistema de moinho com três rolos aberto ao invés de num equipamento de mistura de moinho de bolas.
Como será apreciado pela pessoa perita, a produção da tinta de acordo com a presente invenção não está restringida ao processo indicado; no entanto, o uso do processo indicado previne qualquer aquecimento descontrolado da tinta para impressão e portanto oferece algumas garantias contra a polimerização prematura e descontrolada dos componentes acrílicos durante o passo de fabrico da tinta.
Os inventores descobriram que existe uma correlação inerente entre o "contraste" mostrado por uma tinta para impressão em talhe doce e as suas propriedades estruturais internas, algumas vezes também referida como a força de coesão ou força coesiva, a qual pode ser considerada como a força que é necessária para romper uma camada de revestimento aplicada (separação do filme). 0 módulo dinâmico complexo G* é uma medida da referida força coesiva da tinta, e é definido como: G* c f em que G' é o módulo elástico (também chamado módulo de armazenamento), e G'' é o módulo plástico ou viscoso (também chamado módulo de perda).
Os inventores surpreendentemente descobriram que a presença simultânea de cera fusível e uma quantidade moderada de oligómero de acrilato curável por UV aumentou significativamente o G* após o ciclo térmico, seguida da 22 exposição da tinta a luz UV. Por outras palavras, a coesão interna da tinta aumentou, o que acabou por diminuir fortemente a tendência de "contraste" da tinta.
Devido à presença simultânea da cera fusível e do componente curável por UV, após irradiação da tinta em talhe doce impressa da presente invenção com luz UV após a operação de impressão, envolvendo um ciclo térmico da tinta, já não foi observado nenhum "contraste", como é o caso de tintas curadas por UV irradiadas por UV. Em contraste com as tintas curadas por UV, a tinta da presente invenção não está, no entanto, "seca" após a irradiação de UV, e somente seca através da oxipolimerização durante as horas e dias seguintes. A presente tinta permanece, quanto às suas partes principais, uma tinta em talhe doce oxidativamente curada tendo boas secagem em profundidade e resistências mecânica e química de longa duração, a qual pode ser impressa usando equipamento de impressão padrão com partes de borracha desenhadas para imprimir tintas de alquido gordurosas, dado que uma unidade de irradiação de UV está presente na prensa de impressão. A radiação de UV pode por este meio ser gerada por lâmpadas de UV de mercúrio convencionais, por lâmpadas de UV de bolbo sem eletrões, por lâmpadas de UV pulsadas, por díodos emissores de luz UV (DELs-UV) e similares, capazes de emitir radiação UV-A, UV-B, e/ou UV-C.
Um método de impressão em talhe doce, usando uma tinta para impressão em talhe doce de acordo com a presente invenção, compreende assim os passos de a) impressão em talhe doce da tinta num substrato, alterando-se por este meio a temperatura da tinta da temperatura ambiente para a temperatura da placa de impressão e de volta para a temperatura ambiente; b) sujeição do documento impresso a 23 radiação de UV após a operação de impressão; e c) armazenamento do documento impresso durante vários dias, para permitir a cura oxidativa da tinta impressa.
De acordo com a presente invenção pretende-se que a temperatura ambiente seja 25°C. A temperatura da placa de impressão é tipicamente 80°C, como descrito acima, mas com tintas especificas pode ser tão baixa como 50°C.
As caracteristicas da tinta em talhe doce divulgada resultam numa vantagem agradável para a impressora, que pode fazer funcionar a sua prensa de talhe doce padrão com eficácia e versatilidade maiores. Estas melhorias são alcançadas através do efeito sinérgico na tendência do "contraste" da tinta impressa de pequenas quantidades de quer a cera fusível, quer os acrilatos curáveis por UV. A presente invenção irá agora ser descrita em mais detalhe com referência a exemplos não limitantes e desenhos. A Fig. 1 mostra um gráfico do módulo dinâmico complexo experimentalmente determinado (G*, Pa), medido antes e depois do ciclo térmico (25°C - 80°C - 25°C) da tinta, com o valor da resistência ao contraste experimentalmente determinado (determinado de acordo com o método dado abaixo numa escala empírica indo de 1 (má) a 6 (excelente)) para quatro tintas em talhe doce diferentes da técnica prévia, cada uma sem e com um componente de cera fusível.
As Fig. 2a-c ilustram o efeito sinérgico da presença simultânea de cera fusível e acrilato curável por UV numa tinta em talhe doce para prevenir o contraste após a impressão para o exemplo 1 e os exemplos comparativos 1 a 3 seguintes. Em detalhe: A Fig. 2a mostra um gráfico do valor de contraste experimentalmente determinado versus o módulo dinâmico complexo G* = G' + iG'' [Pa, como um valor absoluto]. A Fig. 2b mostra um gráfico do valor de contraste versus o componente elástico G' (parte real de G*; também chamado de módulo de armazenamento). A Fig. 2c mostra um gráfico do valor de contraste versus o componente plástico ou viscoso G'' (parte imaginária de G*, também chamado de módulo de perda) . A Fig. 3 mostra uma imagem de teste impressa em talhe doce usada para avaliar o contraste e as propriedades de secagem das tintas (mostrados na Fig. 4a-d).
As Fig. 4a-d ilustram o efeito cooperante de um componente curável por UV e uma cera fusível nas propriedades de contraste das tintas, como exemplificado com o exemplo 1 e o exemplo comparativo 1.
Exemplo 1: Tinta da presente invenção ("Modificada 30")
Uma tinta em talhe doce de acordo com a presente invenção foi preparada como se segue (as quantidades são dadas como p-% no que diz respeito à composição da tinta final):
Uma primeira parte da tinta foi preparada pela combinação dos seguintes componentes, e pela sua trituração num moinho de três rolos convencional (Biihler SDY-200), como conhecido do perito na técnica, de modo a formar uma dispersão homogénea: 25
Parte I Componente Quantidade (p-%) Alquido de ácido neutralizado (preparado como divulgado na EP 0 340 163 Bl, p. 9, 1.45-51) 11 Oligómero acrilatado (Ebecryl 600, da Cytec) 7 Surfatante (sulfonato de sódio de dodecilobenzeno) 3 Solvente mineral (PKWF 6/9 neu, da Haltermann) 4 Talco 2 Cera de polietileno (Ceridust 9615A, da Clariant) 2 Cera fusível (cera de Carnaúba) 5 Enchimento mineral (Sturcal L, da Speciality Minerais) 24,5 Total 58,5
Uma segunda parte da tinta foi preparada pela combinação dos seguintes componentes, e pela sua trituração num moinho de três rolos, de modo a formar uma dispersão homogénea:
Parte II Componente Quantidade (P-%) Alquido modificado (Urotufõl SB650 MO 60, da Reichhold Chemie, ou a resina de alquido da parte I) 12,5 Verniz à base de colofónia modificado fenólico (solução de Sylvaprint MP6364 de Arizona (45%) em PKWF 4/7 (15%) e óleo de linhaça (40%)) 5, 5 Solvente mineral (PKWF 6/9 neu, da Haltermann) 1 Pigmento azul PB 15:3 (Irgalite azul GLO, da CIBA) 7 Enchimento mineral (Sturcal L, da Speciality Minerais) 9,5 Total 35,5 A tinta final foi preparada pela combinação num moinho de três rolos das partes I e II acima com os seguintes componentes adicionais: 26
Tinta Final Componente Quantidade (P-%) Parte I 58,5 Parte II 35,5 Fotoiniciador (Irgacure 819, da Ciba) 2 Estabilizante de UV (Florstab 1, da Floridienne) 1,5 Secante de metal (combinação de cobalto de octa-soligen (12 partes e manganês de octa-soligen (8 partes), da Borchers) 2,5 Total 100 A viscosidade da tinta final foi ajustada com solventes minerais e aditivos, e.g. Aerosil, até cerca de 1 a 40 Pa-s, preferencialmente cerca de 3 a 25 Pa-s, mais preferencialmente até cerca de 6 a 15 Pa-s, medida numa geometria de placa cónica a 1000 s_1 e 40°C.
Exemplo comparativo 1: ("Modificada 30 sem cera") A tinta foi preparada como descrito acima no exemplo 1, exceto que na parte I não foi adicionada nenhuma cera fusível. Em vez disso, a quantidade de enchimento mineral (Sturcal L, da Speciality Minerais) foi aumentada para 29,5 p-% (baseada na composição de tinta final) de modo a compensar a falta de cera fusível.
Exemplo comparativo 2: ("Padrão") A tinta foi preparada como descrito no exemplo 1, exceto que na parte I não estava presente nenhuma resina curável por UV.
Uma primeira parte da tinta foi preparada pela combinação dos seguintes componentes, e pela sua trituração num moinho de três rolos, de modo a formar uma dispersão homogénea (as 27 quantidades são dadas como p-% no que diz respeito à composição de tinta final):
Parte I Componente Quantidade (P-%) Alquido de ácido neutralizado (preparado como divulgado na EP 0 340 163 Bi, p. 9, 1.45-51) 18 Oligómero acrilatado (Ebecryl 600, da Cytec) - Surfatante (sulfonato de sódio de dodecilobenzeno) 3 Solvente mineral (PKWF 6/9 neu, da Haltermann) 4 Talco 2 Cera de polietileno (Ceridust 9615A, da Clariant) 2 Cera fusível (cera de Carnaúba) 5 Enchimento mineral (Sturcal L, da Speciality Minerais) 24, 5 Total 58,5
Uma segunda parte da tinta foi preparada pela combinação dos seguintes componentes, e pela sua trituração num moinho de três rolos, de modo a formar uma dispersão homogénea (a quantidade da resina de alquido e do enchimento na parte II foi aumentada para compensar a falta do fotoiniciador de UV e do estabilizante de UV na tinta final):
Parte II Componente Quantidade (P-%) Alquido modificado (Urotufõl SB650 MO 60, da Reichhold Chemie, ou a resina de alquido da parte I) 14 Verniz à base de colofónia modificado fenólico (solução de Sylvaprint MP6364 de Arizona (45%) em PKWF 4/7 (15%) e óleo de linhaça (40%)) 5,5 Solvente mineral (PKWF 6/9 neu, da Haltermann) 1 Pigmento azul PB 15:3 (Irgalite azul GLO, da CIBA) 7 Enchimento mineral (Sturcal L, da Speciality Minerais) 11,5 Total 39 28 A tinta final foi preparada pela combinação num moinho de três rolos das partes I e II acima com os seguintes componentes adicionais:
Tinta Final Componente Quantidade (P-%) Parte I 58,5 Parte II 39 Fotoiniciador (Irgacure 819, da Ciba) - Estabilizante de UV (Florstab 1, da Floridienne) - Secante de metal (combinação de cobalto de octa-soligen (12 partes e manganês de octa-soligen (8 partes), da Borchers) 2,5 Total 100 A viscosidade da tinta final foi ajustada com solventes minerais e aditivos, e.g. Aerosil, até cerca de 1 a 40 Pa-s, preferencialmente cerca de 3 a 25 Pa-s, mais preferencialmente até cerca de 6 a 15 Pa-s, medida numa geometria de placa cónica a 1000 s 1 e 40°C.
Exemplo comparativo 3: ("Padrão sem cera") A tinta foi preparada como descrito acima no exemplo comparativo 2, exceto que na parte I não foi adicionada nenhuma cera fusível. Em vez disso, a quantidade de enchimento mineral (Sturcal L, da Speciality Minerais) foi aumentada para 29,5 p-% (baseada na composição de tinta final) de modo a compensar a falta de cera fusível.
Medições
Os valores da resistência ao contraste foram determinados como se segue: foram feitas 10 impressões em talhe doce em papel de nota bancária (175 x 145 mm) numa prensa de ensaio com as tintas exemplares, usando uma placa de talhe doce padrão, aquecida tendo gravuras finas, médias e profundas 29 (até 120 μιη) . As 10 folhas impressas foram imediatamente empilhadas umas em cima das outras, com 10 folhas intercalantes em branco entre elas, e um peso de 2 kg foi colocado em cima da pilha. Após 24 horas, a pilha foi separada, e o contraste nas folhas intercalantes foi avaliado numa base estatística, pela comparação de cada folha intercalante com uma escala de folhas de contraste de referência. Um valor entre 1 (mau) e 6 (excelente) foi atribuído a cada folha, e o valor médio das 10 folhas foi tido como representativo do contraste da tinta em questão.
As folhas de contraste de referência representam uma imagem de talhe doce padrão (Fig. 3) numa série linear de graduações fotométricas, indo desde a cópia perfeita (valor de contraste 1) até nenhuma cópia de todo (valor de contraste 6) . Os valores de contraste para tintas praticáveis têm de ser próximos de 6. O módulo dinâmico complexo G* (em Pa) das tintas em questão foi determinado num reómetro AR1000 da TA Instruments no modo de oscilação a 25°C; cone a quatro graus, 2 cm de diâmetro, frequência de 1 Hz.
Na Fig. 1 é mostrado um gráfico do módulo dinâmico complexo G* experimentalmente determinado (em Pa) com os valores da resistência ao contraste (como determinados cima). A Fig. 1 refere-se a tintas em talhe doce que são formuladas como dado no Exemplo Comparativo 2 ("Padrão") e no Exemplo Comparativo 3 ("Padrão sem cera"), com variações quanto ao tipo e à quantidade de cera fusível, bem como conteúdo em solvente. Estas tintas não contêm quaisquer componentes curáveis por UV. As quatro tintas à esquerda correspondem ao exemplo comparativo 3 (i.e. tintas sem cera). As quatro tintas à direita do gráfico correspondem ao Exemplo Comparativo 2 e contêm diferentes tipos e concentrações de 30 ceras fusíveis. Um primeiro conjunto de valores do módulo dinâmico complexo foi determinado nas tintas recentemente preparadas (de outro modo como descrito acima) (pontos triangulares na Fig. 1). Um segundo conjunto de valores de resistência ao contraste e de valores do módulo dinâmico complexo foi medido nas mesmas tintas após um ciclo térmico, no qual a temperatura da tinta foi elevada até 80°C (i.e. a temperatura da placa de impressão) e arrefecida até 25°C novamente (pontos quadrangulares na Fig. 1). Somente os pontos quadrangulares representam um par de valores (módulo dinâmico/contraste); os pontos triangulares, correspondentes às tintas que não sofreram o ciclo térmico, representam somente os valores do módulo dinâmico das tintas correspondentes antes da impressão e foram extrapolados a partir dos pontos quadrangulares no que diz respeito aos valores de resistência ao contraste. Para a determinação dos valores de contraste, as tintas têm de ser impressas, e portanto passar obrigatoriamente através de um ciclo térmico.
Um relance à Fig. 1 mostra que as tintas sem cera fusível (pontos à esquerda) mostram somente um ligeiro aumento no G* após o ciclo térmico. Estas tintas permanecem pegajosas após impressão, e correspondentemente produzem contraste, como indicado pelos seus baixos valores de resistência ao contraste. As tintas com cera fusível (pontos à direita) mostram um grande aumento no G* após o ciclo térmico. Estas tintas perdem a sua pegajosidade após impressão, e correspondentemente evitam o contraste, como indicado pelos seus altos valores de resistência ao contraste. O aumento observado no módulo dinâmico complexo após o ciclo de aquecimento/arrefecimento é um indicador da mudança estrutural interna da tinta após impressão. Pode ser visto que tintas mostrando um grande aumento do módulo 31 dinâmico complexo G* (i.e. o grupo de tintas à direita no gráfico, que compreendem cera fusível) após ciclo térmico têm valores de resistência ao contraste mais altos do que tintas mostrando um pequeno aumento do módulo dinâmico complexo (i.e. o grupo de tintas à esquerda no gráfico, sem cera fusível). A Fig. 2 ilustra o efeito sinérgico da combinação de cera fusível e de acrilato curável por UV numa tinta em talhe doce na prevenção do contraste após impressão. As tintas de acordo com o exemplo 1 e com os exemplos comparativos 1 a 3 foram aplicadas como se segue: uma camada com 15 micrómetros de espessura da tinta em questão foi aplicada numa placa de vidro pré-aquecida a 80°C usando um aplicador SHINN. A placa de vidro foi colocada a 80°C num forno durante 10 segundos adicionais, depois arrefecida até 25°C novamente. Onde indicado, a placa de vidro foi depois sujeita a irradiação de UV (1 passagem, 50 m/min, 150 W/cm, 2 lâmpadas de UV) ; este tratamento é designado como "2 x 100 UV". A camada de tinta foi subsequentemente raspada da placa de vidro com uma espátula e medida no reómetro ARI 000 . A Fig. 2a mostra um gráfico dos valores de resistência ao contraste experimentalmente determinados (determinados como descrito acima) versus o módulo dinâmico complexo G* (em Pa como um valor absoluto). A Fig. 2b mostra um gráfico do valor de contraste versus o componente elástico G' (parte real de G*; também chamado de módulo de armazenamento) do módulo dinâmico complexo G* medido. 32 A Fig. 2c mostra um gráfico do valor de contraste versus o componente plástico ou viscoso G'' (parte imaginária de G*, também chamado de módulo de perda) do módulo dinâmico complexo G* medido. A tinta do exemplo 1, compreendendo quer cera, quer acrilato curável por UV, e sujeita ao ciclo térmico acima, seguida por irradiação de UV ("Modificado 30 + 2 x 100 UV") , tem o valor mais alto do módulo dinâmico complexo G* (Pa) , e também proporciona os melhores valores de resistência ao contraste de todas as tintas investigadas. As propriedades do contraste correlacionam-se além disso da mesma maneira com ambos os componentes do módulo dinâmico complexo, i.e. com os módulos elástico (G') e plástico (G' '); este último sendo o contribuinte mais importante para o módulo dinâmico complexo. Em particular, foi observado um aumento inesperadamente alto do valor de resistência ao contraste após o ciclo térmico acima com a tinta do exemplo 1. O referido aumento excedeu de longe o aumento respetivo do valor de resistência ao contraste das outras tintas examinadas.
Como pode ser inferido da Fig. 2a, a irradiação de UV da tinta da presente invenção levou a um aumento em mais do que o dobro do módulo dinâmico complexo G*. Mesmo para a mesma tinta sem cera, foi observado um aumento em cerca do dobro do módulo dinâmico complexo G*. Por outro lado, para a tinta padrão, com ou sem cera, a irradiação de UV não mostrou qualquer efeito notável no módulo dinâmico complexo G* . O efeito cooperante da cera e do acrilato curável por UV na prevenção do contraste foi avaliado como se segue: a Fig. 3 mostra a imagem de teste impressa em talhe doce usada para 33 avaliar o referido contraste e as propriedades de secagem das tintas. A placa de talhe doce de teste tem diferentes profundidades de gravura, variando desde gravura superficial (padrão de linha fina na parte da face e do cabelo) , de profundidade média (parte do chapéu), a profunda (guilhoché da SICPA). A gravura profunda produz as partes mais sensíveis na imagem impressa para a avaliação das propriedades do contraste. Estas últimas são avaliadas pela sujeição de uma impressão recente coberta por uma folha de papel a um peso de 2 kg durante 24 horas, depois pela separação da folha de papel da impressão. A imagem do contraste é o inverso da imagem impressa.
As Fig. 4a-d ilustram o efeito cooperante de um componente por UV e uma cera fusível nas propriedades do contraste da tinta. A tinta do exemplo 1 foi usada nos casos mostrados na Fig. 4b e 4d, enquanto nos casos das Fig. 4a e 4c foi usada a tinta do exemplo comparativo 1 (i.e. a cera fusível (cera de Carnaúba) foi substituída por enchimento mineral a 5%) . Nos casos mostrados nas Fig. 4c e 4d, uma irradiação de UV acima foi levada a cabo, enquanto nos casos mostrados nas Fig. 4a e 4b, nenhuma irradiação de UV foi levada a cabo.
Na ausência da irradiação de UV e de cera (Fig. 4a, exemplo comparativo 1), resultou uma nota de contraste má (5,44). A presença de cera fusível (Fig. 4b, exemplo 1) já melhorou consideravelmente a nota de contraste (5,60). A irradiação de UV na ausência de cera fusível (Fig. 4c, exemplo comparativo 1) deu um resultado similar (5,66) . O contraste estava completamente ausente (Fig. 4d, exemplo 1) na presença de cera fusível após irradiação de UV (nota 5,90).
Lisboa, 22 de Março de 2013

Claims (15)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Uma composição de tinta para impressão em talhe doce compreendendo pelo menos um material principal oxidativamente curável selecionado do grupo consistindo nas resinas de alquido e nas resinas de alquido modificadas de origem sintética ou natural numa quantidade entre 20 e 50 p-% da tinta para impressão total, pelo menos um acrilato curável por UV numa quantidade entre 2 e 15 p-% da tinta para impressão total, pelo menos uma cera fusível tendo um ponto de fusão ou gama de fusão entre 50 e 120°C, numa quantidade de até 10 p-% da tinta para impressão total, pelo menos um secante da oxipolimerização, pelo menos um fotoiniciador, e opcionalmente pigmentos, enchimentos, aditivos e solventes.
2. Uma composição de tinta para impressão em talhe doce de acordo com a reivindicação 1, tendo uma viscosidade na gama de cerca de 1 a 40 Pa-s, medida numa geometria de placa cónica a 1000 s_1 e 40°C.
3. Uma composição de tinta para impressão em talhe doce de acordo com uma das reivindicações 1 a 2, em que as resinas de alquido oxidativamente curáveis e as resinas de alquido modificadas de origem sintética ou natural são selecionadas do grupo consistindo em resinas de alquido modificadas de fenol, epoxi, uretano, silicone, acrilo e vinilo, e alquidos de ácido neutralizados.
4. Uma composição de tinta para impressão em talhe doce de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, em que o acrilato curável por UV é selecionado do grupo consistindo nos acrilatos de amino, nos acrilatos de epoxi, nos acrilatos de poliéster, nos acrilatos de 2 uretano, nos acrilatos oligoméricos autofotoiniciadores, nos acrilatos dendriméricos, e nas suas misturas.
5. Uma composição de tinta para impressão em talhe doce de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, em que a cera fusível é selecionada do grupo consistindo em cera Montan refinada, ácidos, amidas ou ésteres montânicos; cera Montan modificada ou saponifiçada, cera de Carnaúba, cera de éster de cadeia longa, e suas misturas.
6. Uma composição de tinta para impressão em talhe doce de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, em que o referido secante da oxipolimerização é baseado em sais de metais de transição os quais são solúveis na tinta para impressão.
7. Uma composição de tinta para impressão em talhe doce de acordo com uma das reivindicações 1 a 6, em que o secante está presente em quantidades de até 5 p-% da tinta para impressão total.
8. Uma composição de tinta para impressão em talhe doce de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, em que o referido fotoiniciador é selecionado do grupo consistindo nas α-aminocetonas, nas a-hidroxicetonas, nos óxidos de fosfina, nas tioxantonas, nas tioxantonas oligoméricas, nos benzoatos de amino oligoméricos, e nas benzofenonas oligoméricas.
9. Uma composição de tinta para impressão em talhe doce de acordo com a reivindicação 8, em que o referido fotoiniciador está compreendido na tinta numa quantidade de até 5% por peso da tinta para impressão. 3
10. Uma composição de tinta para impressão em talhe doce de acordo com uma das reivindicações 1 a 9, adicionalmente compreendendo um estabilizante do fotoiniciador numa quantidade de até 3% por peso da tinta para impressão total.
11. Processo para produção de uma composição de tinta para impressão em talhe doce de acordo com uma das reivindicações 1 a 10, compreendendo os passos de a) trituração em conjunto de pelo menos um material curável pela oxipolimerização selecionado do grupo consistindo nas resinas de alquido e nas resinas de alquido modificadas de origem sintética ou natural, pelo menos um acrilato curável por UV, pelo menos uma cera fusivel tendo um ponto de fusão ou gama de fusão entre 50 e 120°C, e enchimentos e solventes adicionais, para obter uma dispersão homogénea; b) trituração em conjunto de pelo menos um material curável pela oxipolimerização selecionado do grupo consistindo nas resinas de alquido e nas resinas de alquido modificadas de origem sintética ou natural, pelo menos um pigmento, e enchimentos e solventes adicionais para obter uma dispersão homogénea; c) mistura e trituração em conjunto da dispersão do passo a), a dispersão do passo b), um secante oxidativo, um fotoiniciador e um estabilizante do fotoiniciador opcional, para obter a tinta para impressão da invenção, em que o material principal oxidativamente curável está presente numa quantidade entre 20 e 50 p-% da tinta para impressão total, e o material curável por UV está presente numa quantidade entre 2 e 15 p-% da tinta para 4 impressão total, e a cera fusível está presente numa quantidade de até 10 p-%, da tinta para impressão total.
12. Processo de acordo com a reivindicação 11, em que uma primeira resina de alquido curável pela oxipolimerização é usada no passo a) e uma segunda resina de alquido curável pela oxipolimerização diferente é usada no passo b) , para assegurar compatibilidade com o acrilato curável por UV e com o pigmento, respetivamente.
13. Uso de uma composição de tinta para impressão em talhe doce de acordo com uma das reivindicações 1 a 10 para impressão de documentos de segurança ou documentos de valor, em particular passaportes, documentos de identificação, carta de condução, notas bancárias, ações, bandeirolas fiscais, selos fiscais, e etiquetas de segurança.
14. Método de impressão em talhe doce usando uma tinta para impressão em talhe doce de acordo com uma das reivindicações 1 a 10, compreendendo os passos de 1) impressão em talhe doce da tinta num substrato, alterando-se por este meio a temperatura da tinta da temperatura ambiente para a temperatura da placa de impressão e de volta para a temperatura ambiente; b) sujeição do documento impresso a radiação de UV subsequentemente após a operação de impressão; c) armazenamento do documento impresso durante vários dias, para permitir a cura oxidativa.
15. Documento de particular segurança um ou documento de valor, passaporte, um documento em de 5 identificação, uma carta de condução, uma nota bancária, uma ação, uma bandeirola fiscal, um selo fiscal, ou uma etiqueta de segurança, compreendendo uma impressão feita com uma composição de tinta para impressão em talhe doce de acordo com uma das reivindicações 1 a 10. Lisboa, 22 de Março de 2013
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